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Ensino médio Ca de rn o do a lu no distribuição gratuita, venda proibida introdução ao mundo do trabalho MATERIAL DE APOIO AO PROgRAMA EnsInO InTEgRAL DO EsTADO DE sÃO PAULO CADERnO DO ALUnO introdução ao mundo do trabalho EnsInO MÉDIO Nova edição 2014 governo do estado de são paulo secretaria da educação são Paulo governo do estado de são paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos secretário da Educação Herman Jacobus Cornelis Voorwald secretária-adjunta Cleide Bauab Eid Bochixio Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes subsecretária de articulação regional Raquel Volpato Serbi Serbino Coordenadora da Escola de Formação e aperfeiçoamento dos Professores – EFaP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de informação, monitoramento e avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de infraestrutura e serviços Escolares Dione Whitehurst Di Pietro Coordenadora de orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o desenvolvimento da Educação – FdE Barjas Negri O senhor... Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas — mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. João Guimarães Rosa | Grande sertão: veredas Apresentação | 6 | UnidAde de estUdo 1 | 8 | identidade: aprendendo a ser seqUênciA didáticA 1.1 | 10 | Integração seqUênciA didáticA 1.2 | 13 | Autoconhecimento: passado e presente seqUênciA didáticA 1.3 | 16 | Autoconhecimento: futuro seqUênciA didáticA 1.4 | 19 | Minhas potencialidades UnidAde de estUdo 2 | 22 | Aprendendo a conviver seqUênciA didáticA 2.1 | 24 | Eu e o outro seqUênciA didáticA 2.2 | 28 | Vida em sociedade seqUênciA didáticA 2.3 | 32 | Diversidade e igualdade seqUênciA didáticA 2.4 | 37 | Preconceito UnidAde de estUdo 3 | 40 | cidadania e ética seqUênciA didáticA 3.1 | 42 | Eu, cidadão seqUênciA didáticA 3.2 | 47 | Ética, moral e vida em sociedade seqUênciA didáticA 3.3 | 52 | Participação na vida social seqUênciA didáticA 3.4 | 58 | Documentação e trabalho formal UnidAde de estUdo 4 | 64 | Fazendo escolhas no mundo do trabalho seqUênciA didáticA 4.1 | 66 | Escolhendo caminhos seqUênciA didáticA 4.2 | 70 | Como funciona o mundo do trabalho seqUênciA didáticA 4.3 | 76 | Minha escolha profissional seqUênciA didáticA 4.4 | 80 | Portas de entrada SUMÁRIO UnidAde de estUdo 5 | 88 | competências básicas para o mundo do trabalho i seqUênciA didáticA 5.1 | 90 | Vocação e competências seqUênciA didáticA 5.2 | 94 | Como desenvolver competências seqUênciA didáticA 5.3 | 100 | Relacionamento interpessoal seqUênciA didáticA 5.4 | 104 | Comunicação interpessoal UnidAde de estUdo 6 | 110 | competências básicas para o mundo do trabalho ii seqUênciA didáticA 6.1 | 112 | Buscar soluções seqUênciA didáticA 6.2 | 116 | Pensar antes de agir seqUênciA didáticA 6.3 | 122 | Dar o melhor de si seqUênciA didáticA 6.4 | 127 | Enfrentar dificuldades UnidAde de estUdo 7 | 132 | Procurando trabalho seqUênciA didáticA 7.1 | 134 | Quero trabalhar: por onde começar? seqUênciA didáticA 7.2 | 142 | Marketing pessoal seqUênciA didáticA 7.3 | 147 | Preparando-se para a seleção seqUênciA didáticA 7.4 | 155 | Fui selecionado. E agora? UnidAde de estUdo 8 | 160 | educação financeira seqUênciA didáticA 8.1 | 162 | Dinheiro e qualidade de vida seqUênciA didáticA 8.2 | 166 | Controle financeiro seqUênciA didáticA 8.3 | 171 | Por uma vida melhor no futuro seqUênciA didáticA 8.4 | 176 | Por uma vida melhor no presente Não tenha pressa Namore a opção escolhida Explore suas possibilidades Tenha sempre alternativas Não se preocupe só com o dinheiro Não confunda interesse com proposta de vida Confie nos seus sentimentos Vá em frente com coragem e determinação E seja um eterno aprendiz Paula Bourroul ApresentAção 6 Caro estudante, Este livro que você tem nas mãos é parte da metodologia educacional denominada Introdução ao Mundo do Trabalho. Ela foi desenvolvida pelo Instituto Unibanco com o objetivo de ajudá-lo a se preparar para ingressar de forma qualificada na vida profissional. Sabemos que esse é um tema de grande interesse para você. Ao entrar no mundo do trabalho você poderá, pouco a pouco, realizar seus sonhos, participar mais da vida social e conquistar autono- mia financeira e pessoal. Para auxiliá-lo nessa trajetória, sugerimos neste livro uma série de atividades. Por meio delas poderá desenvolver algumas competências essenciais para o exercício de qualquer profissão. Receberá ainda dicas e orientações sobre escolha profissional, processos seletivos e diversos outros assuntos. O sucesso dessa iniciativa, contudo, depende de você. Participe com empenho. Comprometa-se. Invista em seu futuro: estude muito e aproveite ao máximo o direito de estar na escola e aprender. As chances no mundo do trabalho dependem diretamente do desempenho escolar, da capacidade de aprender continuamente e da postura profissional. Por fim, cuide bem deste livro. Conserve-o com cuidado, sem dobrar, rasgar ou fazer anotações nas páginas. Ele poderá ser usado por você, colegas e outras pessoas que talvez não conheça. Há muitas oportunidades à vista. Mãos à obra! introdução Ao mundo do trAbAlho 7 7 unidadE dE Estudo 1 | Identidade | Integração do grupo | Trabalho em grupo | Sonhos | Projeto de futuro | Interesses e vocações para o trabalho | Habilidades | Aptidões | Experiências de vida | Autoconhecimento 8 aPrEndEndo a sEr IDENtIDADE: 9 sequêncIa dIdáTIca 1.1: intEGração O objetivo desta sequência de atividades é promover a inte- gração do grupo, a partir da valorização da identidade dos participantes. ao final, esperamos que você: a conheça o objetivo geral do projeto que está se iniciando. a conheça melhor os colegas e o professor que o orientará neste programa. a sinta-se à vontade para compartilhar com eles suas experiências e aprendizados. a Perceba que as diferenças individuais podem enriquecer a vivência em grupo. a Reflita sobre suas próprias qualidades e interesses em relação ao futuro. 10 AtIVIdAde 1 Minha bandeira pessoal Você já parou para pensar sobre a função de uma bandeira para um país? Elas representam aspectos importantes da história, da cultura e dos valores dos povos. Japão: conhecida como a bandeira do sol, é composta por um grande círculo vermelho sobre um fundo branco, simbolizando o sol nascente. Líbano: apresenta o desenho estilizado de um cedro-do-líbano, árvore característica da região, simbolizando força e imortalidade. Essa espécie pode viver muitos séculos. A cor verde representa a força da juventude. França: composta por três faixas verticais com o mesmo tamanho, simbolizando a Revolução Fran- cesa. O azul representa o Poder Legislativo, o branco representa o Poder Executivo e o vermelho representa o povo. Assim como os países, as pessoas também podem escolher frases ou imagens que representem aspectos e valores importantes de suas vidas. dinâmiCa MInhA bAndeIRA peSSOAl: a divida uma folha de papel em seis campos. a escreva e responda em cada campo às seguintes questões sobre você mesmo, por meio de palavras ou imagens: 1. Quais aspectos marcaram sua história de vida? 2. em qual atividade você se considera muito bom? 3. Qual a sua melhor qualidade? 4. O que gostaria de mudar em você? 5. O que mais valoriza na vida? 6. Como se vê no futuro? Compartilhe suas respostas com seus colegas. observe: Como é importante nos conhecermos e conhecermos os outros para nos relacionar melhor. Afinal, somos diferentes e únicos, e as diferenças podem enriquecer nossas relações. 1 2 3 4 5 6 Data:..../..../...minha banDeira pessoal pArA concluir: no seu caderno ou fichário pessoal do projeto, cole ou arquive o material que você produziu na dinâmica “Minha bandeira pessoal”, conforme o modelo abaixo. não se esqueça de incluir a data e o título. 11 identidAde: Aprendendo A ser AtIVIdAde 2 Muito prazer, eu sou... É importante conhecermos as pessoas a fim de nos rela- cionarmos melhor com elas. Também é muito importante a gente se conhecer. Para isso, é necessário pensarmos sobre nós mesmos, ou seja, fazer autorreflexão. dinâmiCa MUItO pRAzeR, eU SOU... para que o grupo possa conhecer melhor quem você é, responda às seguintes questões em uma folha de papel: sinto-me bem quando... eu sempre gostei de... tenho mais habilidade para... meus colegas pensam que eu... meus pais gostariam que eu... Quando criança queria... no mundo em que vivemos vale mais a pena... o mais importante na vida é... estou certo de que... Gostaria de saber mais sobre... se não estudasse... no ensino médio... uma pessoa que admiro muito é... se eu fosse... poderia... não consigo me ver fazendo... no futuro, me imagino... Acho que poderei ser feliz... eu... PREFERên CIA s EsCo lh A s h A BI lI D A D Es D IF ER En ç A s sEM Elh A n ç A s Data:..../..../... nosso grupo é uma árvore pArA concluir: no seu caderno ou fichário pessoal do projeto, desenhe uma árvore semelhante à que foi construída coletivamente com a turma e redija um pequeno texto destacando algumas de suas expec- tativas a respeito do grupo que está se formando, conforme o modelo abaixo. não se esqueça de incluir a data e o título. a Compartilhe suas experiências em duplas ou trios, contando quais foram as afirmações mais fáceis e as mais difíceis de completar, as mais interessantes, as mais curiosas etc. observe: Ao conhecer as respostas dos colegas, identifique diferenças e semelhanças entre suas histórias, sentimentos e percep- ções da vida. Assim, vocês poderão se conhecer melhor e se fortalecer como grupo. dinâmiCa nOSSO GRUpO é UMA ÁRVORe: a Recorte cartolinas em formato de folhas de árvore com aproximadamente um palmo de comprimento. a escreva nas folhas palavras que repre- sentem, na sua visão, o grupo que está se formando. a Cole as folhas, formando a árvore. a Compartilhe com o grupo as expec- tativas a respeito do projeto, que será desenvolvido nas próximas semanas. 12 sequêncIa dIdáTIca 1.2: autoConHECimEnto: Passado E PrEsEntE O objetivo desta sequência de atividades é contribuir para a construção de sua identidade pessoal, a partir de reflexões sobre experiências marcantes em sua vida, no passado e no presente. ao final, esperamos que você: a entenda a importância do autoconhecimento para seu desenvolvimento pessoal. a Valorize as experiências marcantes de sua história de vida, identificando pontos que fortaleçam sua autoestima e identidade. a conheça melhor os colegas e o professor que o orientará neste programa. a sinta-se capaz de estabelecer e manter vínculos de confiança com pessoas de suas relações que constituem seu círculo de apoio. 13 dinâmiCa lInhA dO teMpO: a pense em fatos marcantes que aconteceram em sua vida, momentos e situações que ajudaram a determinar a sua maneira de ser no presente. a por exemplo: o nascimento de um irmão; uma mudança de bairro ou cidade; a descoberta de um talento; a entrada numa nova escola; o início de um relacionamento afetivo etc. a Faça cinco nós em um barbante, relacionando, para cada um deles, cinco fatos que deixaram marcas em seu passado. a Cole o barbante com nós em uma folha de papel, registrando a situação marcante e a idade que tinha quando o fato ocorreu. observe: nossa memória funciona de modo curioso: lembramos aquilo que é importante e significativo para nós, e esquecemos aquilo que não é. Por isso, é importante valorizar e guardar na memória certas experiências marcantes que vivenciamos no passado. Reconhecer e valorizar nossa história de vida nos ajuda a entender de onde viemos, quem somos hoje e que caminhos desejamos percorrer no futuro. AtIVIdAde 1 histórias de vida dinâmiCa eSte bIChO é A MInhA CARA: a escreva em um cartão o nome de um animal com o qual você se identifica. a em grupo, discuta a sua escolha e a dos colegas, considerando as características dos animais e as carac- terísticas pessoais de cada integrante do grupo. deFInIçãO: Autoconhecimento: conhecimento que se tem de si mesmo, dos próprios defeitos e qualidades, caráter, gostos e tendências, opiniões, limites etc. In: site Aulete Digital. Disponível em: http://www.aulete.com.br/autoconhecimento. observe: somos diferentes uns dos outros e temos características próprias porque, dentre outros aspectos, nossa trajetória de vida é única. Essas experiências fazem parte da nossa história, ajudam a construir a nossa identidade pessoal, que é a característica que nos diferencia das demais pessoas. Data:..../..../... linha Do tempo pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, cole ou arquive o material que você produziu na dinâmica “linha do tempo”. não se esqueça de incluir a data e o título. 14 AtIVIdAde 2 Minha vida hoje dinâmiCa QUeM SOU eU hOJe: a Reflita sobre o momento que você está vivendo e registre em pequenas fichas o que gosta de fazer e suas preferências atuais. a Coloque suas fichas dentro de um balão e encha-o de ar. a Misture seu balão com os dos colegas. depois, esco- lha um deles, estoure e leia as anotações encontradas. a Compartilhe suas impressões com o grupo. observe: As preferências de cada um determinam características pes- soais, e esse conhecimento também ajuda a entender quem somos hoje. É na relação com outras pessoas que descobri- mos as coisas de que gostamos ou não, nossas preferências etc. Daí a importância de cultivarmos relações de confiança com um grupo de pessoas próximas a nós, com quem pode- mos contar em qualquer situação. dinâmiCa CíRCUlOS de ApOIO: a em uma folha de papel, desenhe um círculo menor e mais três círculos maiores, como na figura a seguir. a escreva seu nome no círculo menor. a em cada um dos três círculos maiores, escreva o nome de até três pessoas importantes, com quem você sempre pode contar no âmbito da família, da escola ou dos amigos. essas pessoas formam o seu círculo de apoio pessoal no presente. a em dupla, compartilhe seus registros, explicando as razões de suas escolhas. ReFLITa: a Como fortalecer o vínculo com essas pessoas que formam nosso círculo de apoio? a O que precisamos fazer para ampliá-lo? a Esses círculos podem evoluir ou se modificar ao longo do tempo? observe: a É importante convivermos com pessoas que acrescentam aspectos positivos à nossa vida, que nos ajudem a entender quem somos hoje, o que podemos ser no futuro e que nos dão apoio nas horas difíceis. a Quando ampliamos nosso círculo de relações, ampliamos também a chance de encontrar pessoas com quem temos afi- nidade e podemos estabelecer laços de confiança. pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, cole ou arquive o material que você produziu na dinâmica “Círculos de apoio”. não se esqueça de incluir a data e o título. Data:..../..../... CÍrCulos De apoio identidade: aprendendo a ser 15 sequêncIa dIdáTIca 1.3: autoConHECimEnto: Futuro O objetivo desta sequência de atividades é contribuir para a construção de sua identidade pessoal, a partir de reflexões sobre seus ideais e sonhos de futuro. ao final, esperamos que você: a Reflita sobre o momento de transição para a vida adulta que está vivendo. a Perceba a importância de sonhar com o futuro e de planejar sua realização. a sinta-se capaz de construir uma perspectiva para o seu futuro. 16 ResuMIndO: Planejar é uma forma de antecipar, no campo das ideias, o caminho que nos levará ao futuro desejado, reduzindo as incertezas, mas sem eliminá-las, pois é impossível ter certeza do que vaiacontecer no amanhã. dinâmiCa SOnhOS de FUtURO: em dupla, converse sobre as seguintes questões: a Qual o seu sonho de futuro em relação a estudo, trabalho e família? a Quais caminhos você enxerga para realizar esse sonho? observe: a A concretização dos nossos sonhos é uma construção que empreendemos com as nossas forças, usando os recursos que temos disponíveis. Quando começamos a pensar nos cami- nhos, estamos iniciando o planejamento de sua realização. a Ao longo deste projeto, você terá oportunidade para traba- lhar seus planos de vida de forma mais aprofundada. AtIVIdAde 1 transição para a vida adulta A passagem da juventude para a vida adulta é um momento muito importante na vida de toda pessoa. Você já pensou neste assunto? Como se vê fazendo essa passagem? Que sentimentos essa ideia provoca? dinâmiCa tRAnSIçãO pARA A VIdA AdUltA: a Ouça as músicas que o professor vai apresentar. a Ajude a escolher uma delas como tema. a preste atenção na letra, e expresse na forma de desenho os sentimentos que ela inspira. a Compartilhe com o grupo seus desenhos e suas impressões. observe: a A transição para a vida adulta pode acontecer de diversas maneiras. Por exemplo: saída de casa em busca de oportuni- dades de estudo ou trabalho; conquista de um emprego mais estável; constituição de uma nova família. a Muitos jovens fazem essa passagem sem planejar ou sem pensar o futuro: simplesmente deixam as coisas acontecer. Mas, quando a pessoa pensa, deseja e procura planejar o que quer para o seu futuro, os benefícios são muito maiores. 17 identidAde: Aprendendo A ser Data:..../..../... sonhos De futuro pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, registre quais são, hoje, as suas expectativas para o seu futuro em relação aos estudos, ao trabalho e à família. não se esqueça de incluir a data e o título. AtIVIdAde 2 Minha vida no futuro Conheça alguns exemplos de epitáfios de pessoas conhecidas: Isaac Newton (físico): “É uma honra para o gênero humano que tal homem tenha existido”. Cazuza (compositor e cantor): “O tempo não para...” Fernando Sabino (escritor): “Aqui jaz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino”. dinâmiCa MInhA VIdA nO FUtURO: a Organizem-se em quatro grupos, de acordo com os temas: 1. Vida financeira 2. Vida afetiva 3. lazer 4. Saúde a Com seu grupo, crie uma narrativa, em primeira pessoa, sobre o tema escolhido, como se estivesse vivendo no futuro, como adulto. por exemplo, sobre o tema vida financeira: “trabalhei durante muitos anos no comércio. Consegui juntar alguns bens, comprei a casa onde moro hoje...” a Além dos textos, use também desenhos para ilus- trar suas ideias. a Quando o professor indicar, troque de mesa ou de folha com um grupo próximo e dê continuidade à história iniciada pelo grupo anterior. e assim, sucessi- vamente, até que todos os grupos tenham contribuído com todas as histórias. a Ao final, os grupos devem ler as histórias completas. a escreva agora um pequeno texto, narrando sua pró- pria história de vida, como se você estivesse vivendo no futuro, como adulto. pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, elabore um epitáfio para você mesmo, em forma de uma frase que resuma uma vida feliz e produtiva. não se esqueça de incluir a data e o título. observe: o exercício de se imaginar no futuro é uma forma de esti- mular a capacidade de sonhar com algo melhor para nossa vida e de buscar os caminhos para sua realização. 18 Data:..../..../... epitáfio sequêncIa dIdáTIca 1.4: minHas PotEnCialidadEs O objetivo desta sequência de atividades é contribuir para a con- strução de sua identidade pessoal, a partir de reflexões sobre habilidades pessoais, interesses e vocações para o trabalho. ao final, esperamos que você: a sinta-se capaz de construir uma perspectiva para o seu futuro. a Reconheça as habilidades que possui ou deseja desenvolver para atuar no mundo do trabalho. a Identifique interesses e vocações pessoais que seriam pontos de partida para a sua escolha profissional. 19 AtIVIdAde 1 habilidades para uM Mundo Melhor Você gosta de ficção científica? Já leu livros, histórias em quadrinhos ou assistiu a filmes que retratam como o mundo será no futuro? O que você acha mais inte- ressante ou curioso nas visões de mundo criadas pela ficção? Os mundos futuros são melhores ou piores do que o que temos hoje? observe: a os autores ou artistas representam o mundo futuro con- forme a visão otimista ou pessimista que têm a respeito dos homens e da sociedade. a Este projeto, do qual você faz parte, se baseia na crença em sua capacidade de construir um projeto de futuro, com visão de responsabilidade socioeconômica e ambiental para con- sigo e para com a sociedade. dinâmiCa Se fôssemos construir um mundo novo, diferente e melhor do que o atual... 1. Como ele seria? 2. Por que valeria a pena viver nele? 3. COnStRUIndO UM MUndO nOVO: em grupo: a desenhe uma tabela como indicado ao lado e discuta com seus colegas as questões propostas. a A terceira coluna será preenchida mais à frente. a Compartilhe as conclusões do seu grupo com a classe. a em grupo, discuta a seguinte questão: Quais habi- lidades eu possuo hoje ou me sinto em condições de desenvolver e que podem contribuir para a construção desse mundo novo? a Considere que habilidade é tudo aquilo que sabe- mos fazer ou podemos desenvolver. a Registre suas observações na terceira coluna e com- partilhe os resultados com a turma. observe: a A realização de um sonho de futuro, individual ou coletivo, depende da nossa iniciativa e do nosso trabalho. a Todos nós temos coisas que podemos aprender a fazer e outras que podemos ensinar aos outros, e que constituem o conjunto das nossas habilidades pessoais. a Essas habilidades, quando desenvolvidas e aplicadas no mundo do trabalho, podem ajudar a transformar o mundo para melhor. pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, redija um texto relacionando o que você gostaria de aprender e o que poderia ensinar a fim de tornar o mundo um lugar melhor, conforme o modelo. não se esqueça de incluir a data e o título. Data:..../..../... um munDo melhor 20 Autoconhecimento em relação a interesses e vocações para o trabalho Pesquisa sobre áreas e profissões de interesse Reflexão sobre benefícios, riscos e oportunidades da profissão escolhida Projeto de vida pessoal, com definição de metas Exemplo 1 2 3 ATIVIDADE 2 interesses e vocações para o trabalho dinâmiCa InteReSSeS e VOCAçõeS: a divida uma folha de papel em quatro partes. a entreviste um colega e também responda a ele as seguintes questões, anotando as respostas em cada um dos quatro quadrantes: 1. O que você faz bem? 2. O que você gosta de estudar? 3. Que trabalho você se imagina fazendo? por quê? 4. Que trabalho você não se imagina fazendo? por quê? dIscuTa: Fatores que podem contribuir para a escolha de uma profissão: a Autoconhecimento em relação a interesses, habilidades e valores para o trabalho. a Projeto de vida, com definição de metas. a Pesquisa sobre áreas ou profissões de interesse, incluindo diálogo com profissionais que atuam nessas áreas. a Reflexão pessoal sobre benefícios, riscos e oportunidades da profissão escolhida. dinâmiCa eSCOlhA pROFISSIOnAl – FAtOReS QUe COntRIbUeM: a em uma folha de papel, construa um diagrama em forma de cruz, como no modelo abaixo. a Avalie-se em relação aos quatro fatores que podem contribuir para a escolha de uma profissão, estudados no item anterior, com notas de 0 a 3. a Una os pontos dos quatro quadrantes. O polígono formado representa sua situação atual em relação ao assunto, indicando os pontos fortes e outros que preci- sam ser melhorados. a discuta com seus colegas sugestões práticas para melhoria dos pontos fracos identificados. pArA concluir: no seu caderno oufichário pessoal do projeto, cole ou arquive o material que você produziu na dinâmica “escolha profissional: fatores que contribuem”, incluindo sugestões para melhoria dos pontos fracos identificados. não se esqueça de incluir a data e o título. Data:..../..../... esColha profissional: fatores que Contribuem 21 identidAde: Aprendendo A ser | Convivência | Amizade | Diversidade | Vida em sociedade | Cultura | Valores | Preconceitos | Relacionamento interpessoal | Respeito unidadE dE Estudo 2 22 a ConViVEr APRENDENDo 23 sequêncIa dIdáTIca 2.1: Eu E o outro esta sequência de atividades tem como objetivo fazer com que você perceba a importância da convivência com as pessoas para o seu desenvolvimento pessoal. a ao final, esperamos que você: a compreenda que a convivência com outras pessoas é uma necessidade humana. a Juntamente com seus colegas, consiga estabelecer regras de convivência para o bom andamento do projeto. a seja capaz de estabelecer relações de convivência baseadas no respeito ao outro. 24 AtIVIdAde 1 juntos soMos Muitos dinâmiCa a em pequenos grupos, brinque de jogar peteca ou balões com os colegas. a A cada sinal do professor, os grupos devem se unir de dois em dois, sem deixar que as petecas caiam, até formar um único grande grupo. a Quando o grupo maior estiver formado, o professor recolherá as petecas ou balões, um a um, sem inter- romper a brincadeira, até que sobre um único em jogo. observe: a Essa dinâmica só dá certo quando todos conseguem trabalhar juntos, em sintonia. o sucesso é consequência do esforço coletivo. a somos incompletos e precisamos uns dos outros para sobreviver e realizar nossos projetos. Para o filósofo grego Aristóteles, “o homem é naturalmente um animal político, destinado a viver em sociedade”. ReFLITa: a A partir dessa afirmação, converse com seus colegas sobre os benefícios e os desafios da convivência com outras pessoas, nos diversos grupos sociais dos quais participa. Por exemplo: família, escola, amigos etc. a Em grupos, discuta a seguinte questão: Considerando a vida em sociedade uma necessidade humana, o que podemos fazer para conviver melhor uns com os outros? pArA concluir: Com seus colegas, construa um painel com as respostas dos grupos para a questão acima, ilustrando com desenhos ou pensamentos. aprendendo a conviver 25 AtIVIdAde 2 contrato de convivência dinâmiCa VOCê é MeU AMIGO? a Com seus colegas, formem uma roda fechada. todos devem permanecer sentados, menos um, que ficará em pé no centro do círculo. a A pessoa que está em pé deve iniciar a brincadeira, escolhendo alguém da roda e questionando-a, frente a frente: “Você é meu amigo?” a A pessoa escolhida deve responder: “Sim, eu sou seu amigo(a) porque...”, apontando alguma caracte- rística do outro, mas que seja comum a mais pessoas da roda. por exemplo: “... está usando tênis branco.” a A partir da resposta, todos os que se identificarem com a característica apontada devem trocar de lugar, inclusive a pessoa escolhida. Aquele que, ao final, restar dentro da roda deverá recomeçar, escolhendo outra pessoa. ReFLITa: a Existe diferença entre convivência e amizade? a Somos amigos de todos aqueles com quem convivemos? a Todas as pessoas nesta classe são amigas? observe: A amizade pode ou não nascer da convivência, e não precisa- mos ser amigos para conviver bem uns com os outros. eLabORe: a Com os colegas, construa um “contrato de convivência”, composto por 9 ou 10 regras, adotando como premissa o respeito mútuo entre todos os participantes (alunos, profes- sores etc.). a O resultado final deverá ser validado por meio de uma votação. a Essas regras serão usadas como padrão de conduta ao longo das atividades e deverão ser consultadas em caso de conflitos ou dificuldades de relacionamento. Data:..../..../.... Contrato De ConvivênCia pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, copie, cole ou arquive os princípios do Contrato de Convivência acordado com a turma. não se esqueça de incluir a data e o título. 26 AtIVIdAde 3 teias de relações dinâmiCa teIAS de RelAçõeS: a em três folhas de papel diferentes, escreva as pala- vras: família, escola e amigos. a em cada uma delas, anote o seu nome no centro e, ao redor, o nome de pessoas significativas com quem você se relaciona em cada um desses grupos, criando um diagrama em forma de estrela, como na figura abaixo. Algumas pessoas podem aparecer em mais de um diagrama. Data:..../..../.... teias De relações dinâmiCa Se SOUbeSSe QUeM eU SOU: a em pé, forme um círculo fechado com seus colegas. a Aquele que iniciar a dinâmica deve segurar a ponta de um barbante ou fio de lã e atirar o novelo para outra pessoa, dizendo: “(nome da pessoa), se você soubesse quem eu sou, saberia que...”. Cada um deve completar a frase com algo sobre si mesmo que o outro desconheça. a Quem receber o novelo deve segurar o fio, escolher outra pessoa e atirá-lo novamente, completando a frase com algo pessoal. a Quando todos tiverem recebido o novelo, com cui- dado e ao mesmo tempo, devem depositar no chão a teia que se formou. ela é uma representação do grupo, do qual todos, sem exceção, fazem parte. observe: É importante pautarmos nosso convívio com outras pessoas pelo respeito mútuo, pois, em geral, desconhecemos sua his- tória de vida, seus sentimentos ou sua visão de mundo. eLabORe: Em dupla, crie uma regra de respeito ao outro que possa ser aplicada em qualquer tipo de relacionamento. Por exemplo: “Não faça ao outro o que não quer que o outro faça a você”. pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, copie, cole ou arquive os desenhos que realizou na atividade “teias de relações”. não se esqueça de incluir a data e o título. a Ao final, com seus colegas, coloque seus desenhos no chão e analise a quantidade de pessoas envolvidas nas redes de relações pessoais cotidianas da classe. observe: se fôssemos sozinhos no mundo, como um náufrago em uma ilha, não teríamos com quem compartilhar nossos sonhos e descobertas, nossos fracassos e dificuldades. A convivência nos humaniza. nome do Jovem aprendendo a conviver 27 a sequêncIa dIdáTIca 2.2: Vida Em soCiEdadE esta sequência de atividades tem como objetivo contribuir para você compreender como a convivência é importante para o seu desenvolvimento pessoal nas diversas situações da vida em sociedade. ao final, esperamos que você: a compreenda a diversidade de relacionamentos envolvidos nas situações de trabalho. a Perceba a importância de aprender a colocar-se no lugar do outro a fim de superar desafios de convivência. a entenda a importância da promoção da cultura de paz para a melhor convivência em sociedade. 28 a observe: a A convivência com as pessoas no ambiente profissional é um dos grandes desafios do mundo do trabalho. Comporta- mentos inadequados causam mais demissões do que o baixo desempenho do profissional. a Uma das formas de enfrentar esse desafio é aprender a relacionar-se com as pessoas, mantendo sempre o foco no objetivo principal do trabalho ou da organização. eLabORe: Com seus colegas, construa um objetivo geral para o estabelecimento comercial em análise, de forma bem simplificada. Por exemplo, se o negócio escolhido for uma padaria: “Vender pães e outros produtos alimentícios com menor preço e ótimo atendimento”. ReFLITa: Em dupla, escolha uma das relações profissionais do atendente e responda às seguintes questões, considerando o objetivo definido acima: a O que o outro espera de mim como atendente? a O que espero dele? a Quais aprendizados espero construir trabalhando aqui? AtIVIdAde 1 convivência no Mundo do trabalho ReFLITa: a Imagine o trabalho de um atendente em um pequeno estabelecimento comercial, que pode ser uma loja, um posto de gasolina, um supermercado etc. a Pense no número de pessoas comas quais esse aten- dente precisa se relacionar cotidianamente. dinâmiCa UM dIA de tRAbAlhO: a em dupla, escolha uma das relações possí- veis do atendente em seu cotidiano profissional. por exemplo: • Atendente-colega de trabalho • Atendente-dono do negócio • Atendente-cliente a Uma vez definida essa relação, dramatize uma cena no ambiente de trabalho com a presença dos dois perso- nagens escolhidos (por exemplo: atendente-cliente). Aprendendo A conviver 29 observe: Em um ambiente profissional, há muitos interesses e expec- tativas em jogo, e isso pode gerar conflitos e dificuldades de relacionamento. Uma das formas de superá-los é se colocar no lugar do outro, mantendo o foco no objetivo do trabalho a ser realizado. eLabORe: Em dupla, escolha uma das relações profissionais do atendente e proponha duas ou três atitudes que poderiam melhorar a convivência profissional entre as partes. pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, registre as atitudes discutidas no item anterior com as quais mais se identifica. não se esqueça de incluir a data e o título. Data:..../..../.... ConvivênCia no munDo Do trabalho AtIVIdAde 2 cultura de paz dinâmiCa COnFlItOS dO MUndO a em dupla, reflita sobre situações de conflito no mundo. a Registre em pequenas tiras de papel, usando frases curtas, o que leva as pessoas a se desentenderem. ReFLITa: “Se as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser erguidas as defesas da paz”. Ato Constitutivo da UNESCO, 1945. mAnifesto 2000 por umA culturA de pAz e não violênciA O período 2000-2010 foi definido pela UneSCO como a “década internacional da cultura de paz e não violên- cia para as crianças do mundo”, com inúmeras ações de mobilização em diversos países. Uma dessas ações foi o Manifesto 2000, que convidava à participação individual, a partir da assinatura do seguinte termo: 30 Reconhecendo a minha cota de responsabilidade com o futuro da humanidade, especialmente com as crianças de hoje e as das gerações futuras, eu me com- prometo – em minha vida diária, na minha família, no meu trabalho, na minha comunidade, no meu país e na minha região – a: 1. Respeitar a vida: respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminação ou preconceito; 2. Rejeitar a violência: praticar a não violência ativa, rejeitando a violência sob todas as suas formas: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular, contra os grupos mais desprovidos e vul- neráveis, como as crianças e os adolescentes; 3. Ser generoso: compartilhar o meu tempo e meus recursos materiais em um espírito de generosidade visando ao fim da exclusão, da injustiça e da opres- são política e econômica; 4. Ouvir para compreender: defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, dando sempre preferência ao diálogo e à escuta do que ao fana- tismo, à difamação e à rejeição do outro; 5. preservar o planeta: promover um comporta- mento de consumo que seja responsável e práticas de desenvolvimento que respeitem todas as for- mas de vida e preservem o equilíbrio da natureza no planeta; 6. Redescobrir a solidariedade: contribuir para o desenvolvimento da minha comunidade, com a ampla participação da mulher e o respeito pelos princípios democráticos, de modo a construir novas formas de solidariedade. ReFLITa: Em grupo, escolha um dos seis tópicos do Manifesto acima e discuta: a Eu pratico essa atitude? De que forma? a Quais pessoas eu vejo praticando essa atitude? De que forma? a O que podemos fazer para praticar essas atitudes em nosso dia a dia? Data:..../..../.... a paZ no munDo pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, registre atitudes que podem promover a cultura de paz e facilitar a convivência entre as pessoas. não se esqueça de incluir a data e o título. aprendendo a conviver 31 32 sequêncIa dIdáTIca 2.3: diVErsidadE E iGualdadE esta sequência de atividades tem como objetivo ajudá-lo a perceber a importância de, em suas relações de convivência, valorizar e respeitar as diferentes formas de pensar. ao final, esperamos que você: a compreenda e valorize a identidade cultural de sua família. a Perceba a diversidade como uma riqueza para as relações humanas. a seja capaz de estabelecer relações de convivência baseadas no respeito ao outro, em conformidade com o princípio cons- titucional da igualdade de direitos perante a lei. AtIVIdAde 1 a origeM de cada uM dinâmiCa MInhAS ORIGenS: a entreviste um colega, fazendo as seguintes perguntas: • Onde você nasceu (cidade, estado ou país)? • Qual a história da sua família? de onde seus familiares vieram? a Você ou sua família cultivam algum hábito ligado a esse lugar de origem? a Responda também a ele sobre as mesmas questões. ReFLITa: Em conjunto, levante outros aspectos culturais relacionados à sua origem familiar, como formas de falar, expressões regionais, canções ou brincadeiras infantis, comidas típicas, danças ou festas populares etc. observe: a no Brasil, as manifestações culturais são numerosas e fazem com que nossa diversidade seja uma das mais ricas do mundo. a o convívio com pessoas com experiências culturais e his- tórias de vida diferentes pode ampliar e enriquecer nossa visão de mundo. A pluralidade cultural representa acúmulo de experiências que podem nos ensinar diferentes maneiras de entender a realidade. a Quanto mais rica for nossa experiência cultural, mais bem preparados estaremos para enfrentar, com criatividade, os desafios da vida pessoal e profissional. pArA concluir: Com seus colegas, construa um painel com frases ou desenhos que representem a diversidade cultural das origens familiares de cada um. aprendendo a conviver 33 observe: a Quanto mais diversificadas forem nossas relações, mais adaptados estaremos para enfrentar as dificuldades. a o mesmo ocorre na natureza. Uma praga é capaz de dizi- mar a área de vegetação com pouca variedade de espécies. A floresta rica em biodiversidade suportará melhor a mesma praga, que atacará apenas algumas de suas espécies. a A convivência com pessoas que pensam de modo dife- rente pode: • Ampliar nossa visão de mundo; • Fortalecer a construção da nossa identidade; • Desenvolver nossa capacidade de respeitar o outro; • Estimular os outros a nos respeitar como somos. pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, registre como você se avalia em relação à convivência com a diversidade e o que pretende fazer a fim de aprimorá-la. não se esqueça de incluir a data e o título: “Convivendo com a diversidade”. Data:..../..../.... ConvivenDo Com a DiversiDaDe AtIVIdAde 2 convivendo coM a diversidade observe: É comum, no ambiente de escola ou trabalho, valorizar a con- vivência com pessoas com as quais temos afinidade. nós nos sentimos bem quando pertencemos a um grupo de pessoas que pensam e agem de forma semelhante à nossa. Contudo, para nosso desenvolvimento pessoal, é importante estarmos abertos à convivência com pessoas que pensam diferente- mente de nós. dinâmiCa dIVeRSIdAde: a em grupo, discuta as seguintes questões: a no dia a dia, convivo com pessoas ou grupos que pensam de forma diferente de mim? a essa convivência é fácil ou difícil? por quê? a O que aprendo ou posso aprender com essas pessoas? 34 AtIVIdAde 3 igualdade perante a lei ReFLITa: a “Palavras diferentes descrevem pessoas diferentes, mas aos olhos da lei há uma que se aplica a todos nós: iguais”. Youth for Human Rights International, sobre o artigo 7o da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Declaração Universal dos Direitos Humanos: a Em 1948, após o impacto das atrocidades e da enorme perda de vidas durante a Segunda Guerra Mundial, os países-membros das Nações Unidas assinaram essa decla- ração, que define a compreensão comum sobre o que são os direitos de todos nós, formando a base para um mundo construídosob liberdade, justiça e paz. a O artigo 7o, mencionado no item acima, afirma que todas as pessoas têm direito a igual proteção da lei, sem qualquer discriminação. observe: A ideia de igualdade no convívio em sociedade pressupõe a aceitação e o respeito às diferenças individuais. A igUAldAde de direitos nA constitUição brAsileirA de 1988: a o artigo 5o da Constituição brasileira, sancionada em 1988, aborda este tema: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangei- ros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos seguintes termos... a Este artigo é considerado “cláusula pétrea”, ou seja, deve ser obrigatoriamente cumprido e não pode ser alterado. 35 Aprendendo A conviver 35 observe: A interpretação de cada frase do texto constitucional tem implicações práticas na vida em sociedade. Por exemplo, no referido artigo 5o: a o princípio de que “todos são iguais perante a lei, sem dis- tinção de qualquer natureza” assegura a garantia dos direitos previstos na Constituição a todas as pessoas, inclusive suspei- tos de crimes e criminosos condenados (inciso XlIX). a A proibição da pena de morte no Brasil, por exemplo, está amparada no princípio de “inviolabilidade do direito à vida” (inciso XlVII, alínea a). a A proibição da tortura também se ampara no mesmo prin- cípio, pois se entende que agredir o corpo humano é uma forma de agredir a vida, já que a vida se realiza por meio do corpo (inciso III). a Esse mesmo princípio assegura ainda a mulheres presidi- árias o direito de permanecer com seus filhos durante o perí- odo de amamentação (inciso l). a o princípio da “inviolabilidade do direito à liberdade” é con- trário ao estado de escravidão (inciso II). dinâmiCa IGUAldAde de dIReItOS peRAnte A leI: a Analise os seguintes incisos do artigo 5o da atual Constituição brasileira: • Inciso I – homens e mulheres são iguais em direi- tos e obrigações, nos termos desta Constituição. • Inciso II – ninguém será obrigado a fazer ou dei- xar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. • Inciso IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. • Inciso VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. a em grupo, escolha um dos temas acima e elabore um cartaz para uma campanha de sensibilização na escola sobre o tema da igualdade de direitos perante a lei. a Com a turma, analise os cartazes e discuta os bene- fícios da disseminação desses direitos garantidos pela Constituição. pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, registre sua visão sobre o tema da igualdade. Utilize palavras, poemas, ilustrações ou colagens. não se esqueça de incluir a data e o título. Data:..../..../.... somos toDos iguais perante a lei 36 37 sequêncIa dIdáTIca 2.4: PrEConCEito esta sequência de atividade tem por objetivo ajudá-lo a desen- volver o respeito à diversidade e a combater todas as formas de preconceito em suas relações com pessoas ou culturas. ao final, esperamos que você: a entenda o preconceito como opinião ou julgamento anteci- pado, sem conhecimento prévio e quase sempre negativo, sobre algo ou alguém. a compreenda o impacto negativo do preconceito no desenvol- vimento dos indivíduos e da sociedade. a seja capaz de estabelecer relações de convivência baseadas no respeito ao outro, com aceitação e tolerância em relação às diferenças. AtIVIdAde 1 julgar seM conhecer deFInIçãO: Preconceito é a opinião ou julgamento antecipado, sem conhecimento prévio e quase sempre negativo, sobre algo ou alguém. observe: a Em geral, o preconceito está associado a atitudes de discri- minação ou rejeição de pessoas, grupos e ideias em relação a temas sensíveis, como sexualidade, gênero, etnia, nacionali- dade, religião, costumes, deficiências, dentre outros. a o preconceito, de qualquer tipo, pode provocar sentimen- tos de inferioridade, vergonha ou inadequação social por parte de quem o sofre. a Por outro lado, quem o pratica coloca-se em posição de superioridade, estabelecendo diferenças que, na verdade, não existem, ferindo a dignidade do outro. ReFLITa: a Discuta, em grupo, as seguintes questões: • Quais são as causas do preconceito? • O que leva as pessoas a agir assim? a Compartilhe as opiniões com a classe. a Faça a seguinte autoavaliação: • Tenho preconceitos? Quais? Data:..../..../.... lutanDo Contra o preConCeito observe: a o preconceito e, por consequência, o desrespeito ao outro podem se expressar em atitudes aparentemente inofensivas, como comentários irônicos, piadas ou apelidos. a silenciar não apaga o problema. É importante discutir e buscar soluções. cOnsIdeRe: O primeiro item do artigo 1o da “Declaração sobre a raça e os preconceitos raciais”, aprovada e promulgada pela Conferência Geral da Organização das Nações Unidas em 1978, trata assim a questão: Todos os seres humanos pertencem à mesma espécie e têm a mesma origem. Nascem iguais em dignidade e direitos e todos formam parte integrante da humanidade. ReFLITa: O preconceito prejudica toda a sociedade pela limitação do potencial de desenvolvimento individual, pelo estímulo à violência e à agressividade, e pelos obstáculos que cria à convivência humana. pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, registre a sua visão sobre a declaração das nações Unidas citada acima sobre o preconceito racial. Utilize palavras, poemas, ilustrações ou colagens. não se esqueça de incluir a data e o título. 38 AtIVIdAde 2 eu taMbéM sou igual a você dinâmiCa IGUAl A VOCê: a em grupo, elabore uma campanha publicitária de combate ao preconceito, no rádio ou na tV, a partir do seguinte texto: Igual a você, tenho amigos, família Tenho projetos, trabalho, planos Tenho fé, crença, esperanças Tenho amor Tristeza, alegria, opinião Lembranças Tenho sonhos e desejos Tenho responsabilidades e direitos Igual a você, quero respeito. observe: a Esse texto foi usado na campanha “Igual a você”, veiculada no Brasil em 2009, e desenvolvida pelo Programa das nações Unidas para hIV e AIDs – UnAIDs Brasil, em parceria com diversas organizações da sociedade civil. a o objetivo da campanha era chamar a atenção da popu- lação brasileira para a defesa dos direitos de pessoas que, diariamente, sofrem com o preconceito, como gays, lésbi- cas, portadores do vírus hIV, população negra, profissionais do sexo, refugiados, transexuais e travestis, usuários de drogas, dentre outros. Data:..../..../.... ConstruinDo a tolerânCia ReFLITa: Em dupla, discuta a seguinte questão: a O que posso fazer para conviver melhor com pessoas próximas a mim, que pensam e agem de modo dife- rente do meu? cOnsIdeRe: Há inúmeras iniciativas de âmbito mundial contra o preconceito, como a “Declaração de princípios sobre a tolerância”, aprovada e promulgada pela Conferência Geral da Organização das Nações Unidas em 1995. O primeiro item do artigo 1o define: a “A tolerância é o respeito, a aceitação e o apreço da riqueza e da diversidade das culturas de nosso mundo, de nossos modos de expressão e de nossas maneiras de exprimir nossa qualidade de seres humanos. a É fomentada pelo conhecimento, a abertura de espírito, a comunicação e a liberdade de pensamento, de consciência e de crença. a A tolerância é a harmonia na diferença...” pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, registre a sua visão sobre a declaração das nações Unidas citada acima, sobre princípios de tolerância. Utilize palavras, poemas, ilustrações ou colagens. não se esqueça de incluir a data e o título. aprendendo a conviver 39 39 | cidadania | Ética | Moral | Direitos | deveres | leis | Constituição Federal| vida em sociedade | Bem comum | Participação social | Voluntariado | trabalho formal e informal unidadE dE Estudo 3 40 E étiCa CIDADANIA 41 42 sequêncIa dIdáTIca 3.1: Eu, Cidadão O objetivo desta sequência de atividades é ajudá-lo a refletir sobre a importância da convivência em sociedade e da sua par- ticipação como cidadão. ao final, esperamos que você: a Reconheça-se como parte integrante da comunidade e da sociedade em que vive, em relação de interdependência com outras pessoas. a compreenda o conceito de cidadania e a importância de seu papel como cidadão, pelo exercício de direitos e deveres. a sinta-se em condições de participar da vida social de forma assertiva e responsável. AtIVIdAde 1 faço parte de uM Mundo Maior ReFLITa: Você participa de algum espaço de convivência em sua comunidade além da família e da escola? dinâmiCa FAçO pARte de UM MUndO MAIOR: a desenhe numa folha de papel sulfite uma figura humana representando a si mesmo. a Recorte e cole sua figura, na posição que dese- jar, na superfície do planeta terra, apresentada pelo professor. a Compartilhe com os colegas a discussão sobre o fato de sermos diferentes uns dos outros, enxergar- mos a vida de formas distintas e, no entanto, vivermos juntos no mesmo mundo. observe: a somos seres de relação: precisamos uns dos outros para nos desenvolver. a Construímos nossa identidade assimilando e transfor- mando, à nossa maneira, as características, as ideias e os valo- res de pessoas e grupos que são significativos para nós. a Demonstramos nossa identificação com eles de diversas maneiras: Usando determinado tipo de roupa Cultivando interesse por certo tipo de ideias Agindo ou nos comportando de determinada forma etc. a Mas, mesmo influenciados por outras pessoas, somos únicos, em função das nossas características genéticas, da nossa trajetória de vida. anaLIse: Com quantas pessoas se relaciona cotidianamente? Que tipo de laço une você a seus amigos ou seguidores nas redes sociais da internet? a hIPóTese dOs seIs gRaus de sePaRaçãO: O psicólogo americano Stanley Milgram (1933-1984) trabalhou como pesquisador e professor nas Universidades Yale e Harvard, dois importantes centros de pesquisa nos EUA. Em 1967, realizou estudo científico que chamou de Small World Experiment, baseado na expressão popular “o mundo é pequeno”. Nessa experiência, o pesquisador enviou aleatoriamente 296 pacotes a pessoas nas cidades de Nebraska e Boston. Nos pacotes, havia a instrução para o encaminharem a um amigo ou conhecido até chegar a uma pessoa que provavelmente desconheciam: um corretor da Bolsa de Valores de Boston. 43 cidAdAniA e éticA reD e so Cia l A sua hipótese era de que duas pessoas que não se conhecem podem se conectar por meio de uma rede de amigos ou conhecidos comuns. Na experiência, 64 pacotes chegaram às mãos do corretor, depois de passar, em média, por seis pessoas que se conheciam. O estudo ficou conhecido como a “teoria dos seis graus de separação” e se popularizou rapidamente. Inspirou uma peça de teatro, diversos filmes e documentários. Em 1996, o matemático Brett Tjaden, com base nessa hipótese, criou um aplicativo para internet chamado Oráculo de Bacon, demonstrando que há pouquíssimos graus de separação entre o ator americano Kevin Bacon (do filme Apolo 13) e qualquer outro ator de cinema, norte-americano ou não, com base nos filmes em que atuaram juntos. A hipótese foi testada por outros estudiosos em situações específicas, como redes de cientistas e de funcionários de empresas. Recentemente, a pesquisa de Milgram foi questionada por outros cientistas, principalmente em função do tamanho reduzido da amostra e do nível sociocultural das pessoas envolvidas, colocando em dúvida a conclusão de que estamos realmente conectados. Há uma interessante experiência em curso para comprovação dessa hipótese, lançada em 2011 pelo provedor de serviços na internet Yahoo!, chamada Small World. O projeto envolve cerca de 750 milhões de usuários da rede social Facebook e quer mapear por quantas pessoas uma mensagem precisa passar para chegar a um desconhecido de um país qualquer. ReFLITa: Quais benefícios, riscos e responsabilidades a convivência em sociedade traz para cada um de nós? Data:..../..../.... faço parte De um munDo maior pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, redija um texto com sua visão sobre o lugar que ocupa ou espera ocupar no mundo. não se esqueça de incluir a data e o título. 44 AtIVIdAde 2 cidadania anaLIse: a Leia a letra da canção A cidade ideal, composta por Chico Buarque, e reflita sobre as diferenças entre sonho e realidade dos personagens ali retratados. a Essa música faz parte da peça teatral infantil Os saltimbancos (1977), baseada no conto Os músicos de Bremen, recolhido pelos Irmãos Grimm, e conta a história de um grupo de animais que se rebela contra a situação de opressão e sofrimento em que vivem e partem juntos, em viagem, em busca de uma cidade ideal. a Observe que cada personagem da canção tem visão particular a respeito de como deve ser esse lugar. dinâmiCa A CIdAde IdeAl: em grupo, usando papel e material de desenho, desenvolva o projeto de uma cidade ideal, com todos os serviços e espaços essenciais para seus habitantes viverem bem. observe: a o esforço coletivo para a construção de objetivos comuns, que atendam a todos os indivíduos, está na origem da orga- nização da sociedade. a Isso implica o estabelecimento de uma série de direitos e deveres, decididos em conjunto, e de um trabalho de aprimo- ramento constante de leis e instituições públicas. a Esse processo não é simples. há muitas lacunas e situa- ções de desigualdade de forças, em que grupos mais fortes impõem sua vontade sobre os demais. Daí a importância do aprendizado e da vivência da cidadania. observe: a na Roma Antiga, cidadãos eram os habitantes das cidades, e cidadania eram os direitos que essas pessoas tinham ou podiam exercer. a As duas palavras derivam do latim civita, que significa cidade. deFInIçÕes: cidadão: indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e políticos garantidos pelo mesmo Estado e desempenha os deveres que, nessa condição, lhe são atribuídos. cidadania: condição da pessoa que, como membro de um Estado, se acha no gozo de direitos que lhe permitem participar da vida política. In: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2009. 45 45 cidAdAniA e éticA observe: a A ideia de cidadania pressupõe a existência de interesses comuns ou coletivos que o cidadão deve respeitar e defender por meio da sua atuação na vida pública. Envolve o exercício efetivo dos direitos civis, políticos e socioeconômicos, assim como a participação e a contribuição para o bem-estar da sociedade. a Cidadania é processo contínuo e de construção coletiva. Por exemplo: o fato de existir um Código de Proteção ao Consumidor não significa o fim das situações de desrespeito ao consumidor. Para que tais direitos se tornem efetivos, é preciso que os cidadãos se apropriem da lei e exijam o seu cumprimento. Alguns direitos e deveres previstos pela Constituição brasileira: Deveres: a Cumprir as leis. a Votar para escolher nossos governantes. a Respeitar os direitos sociais de outras pessoas. a Educar e proteger nossos semelhantes. a Proteger a natureza. a Proteger o patrimônio público e social do país. a Colaborar com as autoridades. Direitos: a Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. a Saúde, educação, moradia, segurança, lazer, ves- tuário, alimentação e transporte são direitos dos cidadãos. a Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. a Ninguém deve ser submetido à tortura nem a tra- tamento desumano ou degradante. a A manifestação do pensamento é livre, sendo vedado o anonimato. a A liberdade de consciência e de crençaé inviolá- vel, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto. In: Portal Brasil (Presidência da República), seção Cidadania, 2011. Disponível em: <www.brasil.gov.br>. observe: A Constituição de 1988 reserva cinco capítulos aos direitos fundamentais do cidadão. Existem leis importantes que regu- lam esses direitos, como Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso e lei de Diretrizes e Bases da Educação. Data:..../..../.... CiDaDania pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, redija um texto sobre o que considera ser o seu papel como cidadão na sociedade. não se esqueça de incluir a data e o título. 46 47 sequêncIa dIdáTIca 3.2: étiCa, moral E Vida Em soCiEdadE esta sequência de atividades tem como objetivo contribuir para você refletir sobre a importância da aplicação cotidiana dos princípios éticos e das regras de conduta moral nas relações de convivência em sociedade. ao final, esperamos que você: a compreenda o significado de ética e moral como princípios e regras de conduta para a convivência em sociedade. a consiga identificar a aplicação cotidiana desses princípios e regras de conduta nos grupos sociais dos quais participa. a sinta-se em condições de participar da vida social de forma assertiva e responsável. AtIVIdAde 1 ética e Moral ReFLITa: O que é ética para você? dIscuTa: É certo uma pessoa roubar um remédio caro para salvar a vida de alguém? Como agiria se estivesse nessa situação? dinâmiCa dIleMA étICO nA eSCOlA: Com os colegas, dramatize a seguinte situação: a na aula de educação Física, durante a escolha de jogadores para a montagem de times de futebol, dois jovens iniciam uma discussão. a Um deles afirma que o colega é um “perna de pau” e não deve participar do seu time. O outro, a princípio, fica sem reação. depois, tenta conversar, afirmando que pretende permanecer no time. Ambos são irredu- tíveis em suas posições. A conversa vira discussão. a Uma colega, que assiste à cena, toma partido do primeiro, dizendo que o outro, de fato, joga muito mal e deve sair do time. Outro colega toma partido do segundo, defendendo o direito de todos jogarem. a A professora chega durante a discussão e tenta mediar o conflito. observe: a A situação descrita acima é chamada de dilema ético, pois sempre envolve uma decisão baseada em valores morais. Em um dilema, ambas as opções apresentam justificativas consis- tentes, o que torna a decisão, quase sempre, muito difícil. a As diferentes opiniões refletem os diferentes valores morais que orientam a conduta de cada um. Isso ocorre porque cada indivíduo constrói ao longo da vida um sistema próprio de valores, com base na educação familiar, na formação religiosa, nas experiências, na visão de mundo etc. a Pessoas diferentes enxergam o mundo sob pontos de vista diferentes. 48 observe: a o exercício de negociação sobre valores e regras de con- vivência acontece cotidianamente em qualquer grupo social, de uma família a uma nação. a Toda sociedade precisa de normas morais comuns a fim de assegurar o funcionamento, a estabilidade nas relações sociais e a possibilidade de melhorá-la. se cada pessoa impu- sesse ao mundo a própria visão sobre o que é o certo e o que é o errado, a vida em sociedade seria inviável. a Desse modo, devemos estabelecer acordos sobre “que vida queremos viver” uns com os outros, e sobre “como devemos agir” em relação a eles, a fim de viabilizar a vida em sociedade. ReFLITa: Ainda sobre o caso estudado da aula de Educação Física, pense sobre maneiras de reduzir a ocorrência de conflitos futuros, a partir das seguintes questões: a Que vida queremos viver entre nós? a Como devemos agir para isso acontecer? deFInIçÕes: Ética: conjunto de princípios e valores em determinado contexto de relações sociais (“Que vida queremos viver?”). Moral: conjunto de regras e normas de conduta para aplicação desses princípios e valores (“Como devemos agir?”). Data:..../..../.... étiCa e moral pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, escreva ou desenhe sobre os princípios éticos e as regras de conduta moral que gostaria de ver observados nos grupos sociais de que você participa, como família, amigos e escola. não se esqueça de incluir a data e o título. observe: a Ética e moral são imprescindíveis à vida em sociedade. a Regras e normas morais de conduta são relativas e especí- ficas, variam conforme as necessidades dos grupos sociais e podem se modificar ao longo do tempo. a Princípios éticos estão sempre associados ao bem comum e a ideais, como dignidade, justiça e generosidade. 49 cidAdAniA e éticA Exemplo 1 PrincíPios éticos dA rePúblicA do brAsil: A Constituição Federal do Brasil, no seu artigo 1o, Capítulo I, preconiza como fundamentos da República, entre outros aspectos, a dignidade da pessoa humana e o pluralismo político: a Art. 1o A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I – a soberania; II – a cidadania; III – a dignidade da pessoa humana; IV – os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa; V – o pluralismo político. a A ideia de dignidade da pessoa humana (inciso III) pressu- põe o valor moral do respeito, sem qualquer tipo de humilha- ção ou discriminação. É o princípio básico de convivência. na sociedade brasileira, não é permitido tratar o outro de forma preconceituosa ou como inferior. a Da mesma forma, a ideia de pluralismo político (inciso V) pressupõe o valor moral da liberdade para cada cidadão expressar suas opiniões e se organizar em torno delas. Esse princípio assegura a expressão da diversidade de valores, cos- tumes, crenças e manifestações religiosas, que caracterizam a sociedade brasileira. a Esses e outros princípios indicam a conduta esperada dos cidadãos brasileiros nas situações de convivência social. AtIVIdAde 2 códigos de ética ReFLITa: Discuta com seus colegas o seguinte problema: a A escola em que você estuda definiu como princípio ético que nenhuma pessoa deveria ser tratada de forma injusta por um adulto ou por um aluno. Em outras palavras: todos deveriam ser justos uns com os outros. a Porém, como fazê-lo? Quais regras de conduta devem ser adotadas a fim de colocar em prática esse princípio? 50 observe: Esse tipo de acordo, como o estudado no item anterior, que combina princípios éticos e normas ou regras de conduta moral, é adotado em diversos contextos sociais. Por exemplo: 1. A Constituição brasileira possui um capítulo inicial com princípios gerais e um conjunto de regras definindo direitos e deveres para todos os cidadãos. 2. Em empresas, é comum a adoção de um enunciado de valores ou código de ética ou de conduta, a ser seguido por todos os funcionários. PrincíPios exeMPlos de regrAs de condUtA 1. identidAde: Alinhamos as nossas empresas à identidade corporativa, baseada em elevados padrões de ética, resiliência e respeito à sustentabilidade. relações de trabalho: Cultivamos um ambiente de respeito à dignidade, à diversidade e aos direitos humanos. 2. boA-Fé: Agimos com transparência e assumimos a responsabilidade por nossos atos e escolhas. Atitudes que são exemplos de boa-fé: • Empenhar-se em fazer o que é certo. • Fazer aos outros o mesmo que gostaríamos que fizessem conosco. 3. interdePendênciA: Estamos abertos ao diálogo e interagimos com nosso público de modo a compartilhar ações e objetivos que levem ao bem comum. em relação a concorrentes: Prezamos a propriedade intelectual e não utilizamos informações de concorrentes sem sua autorização expressa. 4. excelênciA: Cultivamos ambientes que propiciem a realização de um trabalho de alta qualidade, relevante para quem o executa, para a instituição e para a sociedade. sobre condutapessoal: • Respeite quem pensa diferente ou discorda de você. • Cuide das instalações, recursos, equipamentos e materiais de trabalho, e não os utilize para fins particulares. In: Código de Ética Itaú Unibanco, 2010. Disponível em: http://goo.gl/rQF1Y4 Data:..../..../.... meu CóDigo De étiCa pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, redija ou ilustre os princípios e regras de conduta que você considera essenciais à vida em sociedade. não se esqueça de incluir a data e o título. observe: a no caso da Constituição Federal, os princípios éticos estão refletidos em direitos e deveres que devem ser seguidos por todos os cidadãos. a no mundo do trabalho, o enunciado de valores ou código de ética ou conduta das empresas são documentos públicos e podem ser acessados nos sites institucionais. A não obser- vância pelos funcionários dos princípios e regras ali definidos resultaria em advertências ou outros tipos de punição. a Desse modo, a ética e a moral fazem parte da vida coti- diana em qualquer situação em que duas ou mais pessoas se relacionam socialmente. Exemplo 2 código de éticA do itAú UnibAnco: a Este documento é um compromisso público que reflete os valores que a empresa quer preservar em suas práticas organizacionais. a Compreende quatro grandes princípios e uma série de regras de conduta que orientam sua aplicação por todos os funcionários. 51 cidAdAniA e éticA 52 sequêncIa dIdáTIca 3.3: PartiCiPação na Vida soCial O objetivo desta sequência de atividades é ajudá-lo a refletir sobre a importância de sua participação na vida social da comu- nidade e do país. ao final, esperamos que você: a compreenda a perspectiva do bem comum expressa na cons- tituição brasileira. a Perceba a importância da participação social para a reali- zação dos objetivos fundamentais do país. a considere, em seu projeto de vida, a atuação na vida social, além dos objetivos de interesse pessoal. a conheça algumas formas de participação social de jovens, com destaque para o voluntariado em projetos ou institui- ções de interesse social e comunitário. AtIVIdAde 2 projeto de vida e sociedade dinâmiCa pROJetO de nAçãO: a em grupo, pense em um país imaginário e nos cida- dãos que o compõem. a defina os objetivos fundamentais desse país, que devem ser seguidos por todos os seus cidadãos, a fim de atingir o bem comum. por exemplo: “nesta nação, todos devem ter oportu- nidades iguais”. a proponha de um a três objetivos, registrando as ideias em fichas. a Compartilhe com o grupo os princípios formulados. a Os objetivos gerais, com os quais a maioria da turma concorda, indicam o ponto aonde aqueles cida- dãos pretendem chegar como nação. observe: a o processo de elaboração da atual Constituição Federal, promulgada em 1988, se deu de forma semelhante à dinâ- mica do item anterior. a Um grupo de representantes da sociedade, formado por deputados federais e senadores eleitos, reuniu-se na Assem- bleia nacional Constituinte a fim de discutir e votar os objeti- vos fundamentais do Brasil, entre outros aspectos relevantes. a Essa Assembleia trabalhou durante 18 meses e definiu, no texto constitucional, além dos objetivos fundamentais, os princípios gerais da nossa nação, os direitos e deveres dos cidadãos, a organização político-administrativa do Estado e dos Poderes Executivo, legislativo e Judiciário, entre outros pontos. deFInIçãO: Bem comum: aquilo que propicia satisfação coletiva; conquista social que beneficia todos. In: Aulete Digital, 2012. ReFLITa: A partir dessa definição, discuta a seguinte proposição do filósofo grego Aristóteles: a A vida em sociedade é um meio para atingir o bem comum, que, por sua vez, é fundamentado no bem particular de cada indivíduo. 53 cidAdAniA e éticA observe: não basta cada um fazer sua parte em ações pontuais. o esforço coletivo de muitos cidadãos, na mesma direção, produz grandes transformações na sociedade. Um bom exemplo está na relação entre participação social e educação: sabe-se que a baixa escolaridade da população brasileira com- promete não somente as perspectivas de futuro dos jovens, mas o desenvolvimento de todo o país. A ação coordenada entre governo, escolas, famílias e jovens transformaria esse cenário, trazendo benefícios para toda a sociedade, como: a Maior oferta de mão de obra qualificada para o mundo do trabalho; a Maiores estímulos para inovação científica e empreendedorismo; a Maior participação da sociedade nas decisões políticas; a Melhores condições de saúde da população; a Menores taxas de violência etc. Data:..../..../.... projeto De viDa e soCieDaDe dIscuTa: Leia os quatro incisos do Artigo 3o da Constituição brasileira indicados abaixo e compare-os com as propostas elaboradas na dinâmica inicial: Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I. Construir uma sociedade livre, justa e solidária; II. Garantir o desenvolvimento nacional; III. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV. Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas e discriminação. ReFLITa: O que pode ser feito para os objetivos fundamentais da Constituição serem atingidos pela sociedade brasileira? pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, registre em texto ou ilustração como o seu projeto de vida pessoal contempla o bem comum. não se esqueça de incluir a data e o título. 54 AtIVIdAde 2 forMas de participação na vida social ReFLITa: De que forma os jovens podem ajudar a transformar o país? observe: a A participação social está amparada no fundamento do pluralismo político e da liberdade de expressão, expressos no artigo 1o (inciso V) da Constituição Federal, conforme estudado na sequência 3.2. a segundo esse princípio, os cidadãos brasileiros têm o direito de se organizar em torno de ideias e pontos de vista diversos, a fim de buscar a realização dos objetivos fundamentais do país. a A diversidade de partidos políticos, associações e organi- zações de interesse social e comunitário se fundamenta nesse princípio. A participação desses grupos na vida social do país, contudo, é desigual. Depende da capacidade maior ou menor de mobilização de recursos e pessoas, organização e articula- ção política. dinâmiCa FORMAS de pARtICIpAçãO JUVenIl: em grupo: a Analise uma das formas possíveis de participação indicadas na tabela da próxima página. a Responda às perguntas propostas, fazendo buscas na internet a partir das palavras-chave indicadas. observe: nem todas as pessoas se sentem à vontade para ocupar posição de liderança ou protagonismo nesses espaços de participação. Contudo, a participação social é dever do cidadão e pode se dar de diversas formas: a Acompanhando as decisões de pessoas e instituições que afetam o interesse público a Posicionando-se de forma consciente e responsável nos espaços de opinião a Contribuindo com iniciativas ou organizações voltadas ao bem comum a Denunciando ou pedindo apoio a organizações públicas e privadas que atendem à população em situações de desres- peito aos direitos fundamentais dos cidadãos. Data:..../..../.... partiCipação soCial pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, redija ou ilustre como você se avalia em relação à participação na sociedade. não se esqueça de incluir a data e o título. Veja tabela na próxima página 55 cidAdAniA e éticA ForMA de PArticiPAção: grêMio estUdAntil O que é: organização que representa os interesses dos estudantes, discutindo, propondo e desenvolvendo ações no ambiente escolar e na comunidade à qual a escola pertence. Perguntas: Que tipo de ações um grêmio estudantil pode propor? Quais os benefícios para os alunos e para a escola? Palavras-chave: o que é o grêmio estudantil saiba como criar um grêmio estudantil os estudantes e os grêmiosestudantis livres ForMA de PArticiPAção: volUntAriAdo O que é: Conjunto de ações realizadas de forma espontânea e não remunerada por pessoas que doam seu tempo, trabalho e talento para causas de interesse social e comunitário. Perguntas: Que tipo de ações de voluntariado podem ser desenvolvidas por jovens? Quais os benefícios para os jovens e para a sociedade? Palavras-chave: Jovem voluntário: escola solidária Dia Global do Voluntariado Jovem lei do Voluntariado ForMA de PArticiPAção: eleições obrigAtóriAs O que é: Forma de escolher os representantes da nossa nação por meio de votação para cargos do Poder legislativo (vereador, deputado estadual, deputado federal e senador) e do Poder Executivo (prefeito, governador e presidente). Perguntas: Como exercer o direito de voto de forma consciente? Quais benefícios essa atitude traz para a sociedade? Palavras-chave: Voto consciente Voto aos 16 anos, uma idade inesquecível ForMA de PArticiPAção: conFerênciAs nAcionAis O que é: Espaços de participação democrática na forma de fóruns municipais, estaduais e nacionais, convocados pelo governo federal para discussão de temas de interesse público, com recomendação de propostas de lei e aprimoramento de políticas públicas. Perguntas: Quais assuntos podem ser discutidos em uma conferência nacional? Quais temas foram discutidos na última Conferência nacional de Juventude? Palavras-chave: Conferência nacional Conferência nacional de Juventude 56 AtIVIdAde 3 voluntariado dIscuTa: Compartilhe com seus colegas exemplos de ações voluntárias que conheça ou tenha vivenciado. dinâmiCa QUAl A SUA CAUSA? a Converse com os colegas sobre as causas de inte- resse social ou comunitário que gostaria de apoiar por meio de ação de voluntariado. a desenhe o contorno de uma camiseta em uma folha de papel e crie uma frase ou desenho para promoção dessa causa. O que um voluntário faz • o campo de ação voluntária é abrangente e diversificado. • É comum o voluntário procurar oportunidades de atuação em áreas com as quais tenha maior afinidade ou interesse, como: Brincar com crianças pequenas no recreio de escolas; Ajudar no reforço escolar de crianças e jovens; Ajudar no atendimento do público em hospitais; Cuidar de cães e gatos abandonados; Participar de grupos ambientalistas etc. Que dedicação de tempo o voluntariado exige? Depende da sua disponibilidade de tempo livre, incluindo o transporte de sua casa até o local. De que forma o voluntário atua • Desenvolvendo ações voluntárias individuais. • Participando de campanhas de interesse público. • Juntando-se a grupos comunitários. • Trabalhando em organizações sociais. • Participando de projetos de interesse público. Quais as principais obrigações de um voluntário? • Contribuir com seu tempo, trabalho e talento para concretização dos objetivos do projeto ou organização para a qual pretende atuar. • Cumprir os compromissos livremente assumidos com dedicação, assiduidade e pontualidade. • Exercer suas atividades mediante a celebração de termo de adesão, com a descrição do objeto e das condições de trabalho, conforme determina a lei do Voluntariado. Por onde começar? • Buscando oportunidades de voluntariado no grêmio ou na biblioteca da escola onde estuda. • Fazendo busca na internet por projetos ou instituições que aceitam voluntários. • Visitando projetos e instituições a fim de conhecer o seu funcionamento e condições para o exercício do voluntariado. observação: praticamente em todas as cidades do país há instituições sociais que precisam de ajuda. Fonte: (CEnTRo DE VolUnTARIADo DE sÃo PAUlo, s/d) e (loMonACo, 2008). observe: a A escolha de uma causa de interesse social ou comunitário é o ponto de partida para a participação social por meio do voluntariado. a o voluntariado pode proporcionar experiência interessante de trabalho e responsabilidade, além de ser uma forma de par- ticipação legítima na vida social da comunidade em que se vive. a leia e discuta com os colegas as seguintes informações sobre o trabalho voluntário: pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, copie, cole ou arquive o material que produziu na atividade sobre volun- tariado. não se esqueça de incluir a data e o título. Data:..../..../.... qual a minha Causa? 57 cidAdAniA e éticA 58 sequêncIa dIdáTIca 3.4: doCumEntação E traBalHo Formal esta sequência de atividades tem por objetivo orientá-lo sobre a documentação básica do cidadão e a importância do trabalho formal para sua participação na vida social do país. ao final, esperamos que você: a compreenda a importância dos documentos do cidadão para sua identidade ser reconhecida pela sociedade. a entenda o objetivo, a importância e a forma de conseguir esses documentos, organizando-se a fim de obter aqueles que ainda não possui. a compreenda a diferença entre o mundo do trabalho formal e informal, e os riscos da informalidade para o trabalhador e para o país. 58 AtIVIdAde 1 docuMentos do cidadão dinâmiCa MInhA IdentIdAde: a escreva numa ficha de papel o trecho de uma letra de música com a qual se identifica ou que tenha a ver com sua identidade. a As fichas devem ser embaralhadas e redistribuídas. a Invente uma frase, usando o trecho da música da ficha que recebeu, como: • Conheci ontem uma pessoa muito legal. • ela se chama... [letra da música]. • O próximo cliente a ser atendido pelo dentista é... [idem]. • este currículo é excelente! Chamem agora... [idem]. a A classe deve tentar identificar o aluno. Ao ser identificado, justifique a escolha da música. observe: a Todos nós temos um nome, uma origem, uma história de vida e um modo particular de ver o mundo, que compõem nossa identidade. a Convivendo em um grupo pequeno, reconhecemo-nos uns aos outros por meio de poucos sinais: nome, tom de voz, gosto pessoal, jeito de nos vestirmos etc. observe: A sociedade reconhece a nossa existência comprovando nossa identidade por meio de documentos. sem eles, é muito difícil participar da vida social, ter acesso a direitos ou ao trabalho. anaLIse: Estude as informações descritas nas fichas a seguir sobre os principais documentos do cidadão. Acrescente informações adicionais, com base em suas vivências. Data:..../..../.... meus DoCumentos pArA concluir: no caderno ou fichário pessoal do projeto, redija ou ilustre quais documentos você possui e quais os que ainda precisa providenciar. não se esqueça de incluir a data e o título. Fichas na próxima página 59 cidAdAniA e éticA docUMento: certidão de nAsciMento objetivo: • É o primeiro registro do cidadão que comprova legalmente sua existência. Importância: • A Certidão de nascimento possibilita o acesso a programas de assistência social do governo, à educação pública ou privada e o direito de tirar documentos oficiais, como a carteira de identidade e o CPF. Como obter: • Deve ser obtida em até 15 dias após o nascimento, pelo pai ou pela mãe, em Cartório de Registro Civil ou Posto de Prestação de serviços ao Cidadão. Desde 2003, algumas maternidades abrem espaço aos cartórios, para os bebês serem registrados lá mesmo. • o principal documento para requerer a Certidão de nascimento é a Declaração de nascido Vivo, emitida pela maternidade em que a criança nasceu. • Após o prazo de 15 dias, é preciso se informar sobre os procedimentos necessários no cartório de registro mais próximo da residência do requerente. docUMento: cArteirA de identidAde objetivo: • É o documento mais utilizado para identificação civil no Brasil. Importância: • Tem o poder de comprovar inequívoca e irrefutavelmente a identidade de um indivíduo perante órgãos públicos ou privados, por toda a sua vida. Como obter: • sua emissão é de responsabilidade dos governos estaduais. • Pode ser obtida em Delegacia de Polícia Civil ou Posto de Prestação de serviços ao Cidadão. observação: • Atualmente, encontra-se em fase
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