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Metformina (diabetes tipo 2, resistência a insulina, posologia, sop, esteatose hepática e contraindicações) - Farmacologia

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1 
 
 
 O cloridrato de metformina é hipoglicemiante 
oral, ou seja, um medicamento em comprimidos 
utilizado para o controle da glicemia (taxas de 
açúcar no sangue) nos pacientes com diabetes 
mellitus. 
 A metformina está disponível no mercado desde 
a década de 1950 e é até hoje é um dos principais 
fármacos utilizado no tratamento do diabetes 
tipo 2, seja como monoterapia ou em conjunto 
com algum outro hipoglicemiante oral. 
 
COMO FUNCIONA 
 Enquanto a diabetes tipo 1 é causada por uma 
deficiente produção de insulina pelo pâncreas, a 
diabetes tipo 2 ocorre porque a insulina produzida 
funciona mal. 
 Essa característica da diabetes tipo 2 permite que 
ela possa não ser tratada inicialmente com 
insulina, mas sim com medicamentos por via 
oral, chamados antidiabéticos orais ou 
hipoglicemiantes orais; 
 Entre os antidiabéticos orais, o mais usado 
atualmente é o cloridrato de metformina, ou 
simplesmente, metformina, que é um fármaco 
que só funciona nos pacientes que ainda 
conseguem produzir insulina em quantidades 
relevantes; 
 A metformina ajuda no controle glicêmico do 
diabetes tipo 2 através de três mecanismos: 
 Reduz a produção de glicose pelo fígado. 
 Aumenta a sensibilidade dos tecidos, 
principalmente dos músculos, à insulina. A 
metformina não aumenta a produção de 
insulina, mas sim otimiza a ação daquela já 
produzida. 
 Reduz a absorção de glicose pelo trato 
gastrointestinal. 
 
METFORMINA E PESO CORPORAL 
 A metformina é a droga de escolha para 
pacientes diabéticos obesos, pois a mesma não está 
associada a indesejado ganho de peso, como 
acontece, por exemplo, com a insulina e outros 
antidiabéticos orais. 
 Porém, ao contrário do que algumas pessoas 
acreditam, a metformina não emagrece ninguém 
e não deve ser usada como medicação para se 
perder peso. 
 Além de não alterar o peso do paciente, a 
metformina também apresenta como efeito 
benéfico uma leve redução dos níveis de 
colesterol LDL e dos triglicerídeos. 
OUTRA INDICAÇÕES DA 
METFORMINA 
 A única doença com indicação formal para 
ser tratada com metformina é o diabetes tipo 2. 
Porém, existem outras situações que também 
apresentam resistência dos tecidos à ação da insulina 
e têm sido tratadas com metformina. 
 Síndrome dos ovários policísticos: o uso da 
metformina parece ser benéfico, principalmente 
metformina 
ENDOCRINOLOGIA 
 para que serve 
 
 2 
 
 
se a paciente tiver sobrepeso e alterações 
menstruais. 
 Esteatose hepática: a metformina costuma ser 
prescrita para os pacientes com esteatose 
hepática. 
 
POSOLOGIA 
TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 2 
 Os comprimidos de metformina podem ser 
encontrados nas dosagens de 500 mg, 850 mg e 1000 
mg. Já os comprimidos de ação prolongada podem 
ser encontrados nas doses de 750 mg ou 1000 mg. 
ADULTOS ≥ 17 ANOS 
 Dose inicial: 500 mg duas vezes por dia ou 850 
mg uma vez por dia; 
 A dose pode ser elevada em 500 mg a cada duas 
semanas; 
 Se for necessária uma dose maior que 2000 mg 
por dia, a posologia deve ser alterada para três 
vezes por dia. A dose total máxima recomendada 
é de 2550 mg por dia; 
 Nos casos de comprimidos de liberação 
prolongada, a dose inicial é de 500 a 1.000 mg 
uma vez por dia. A dosagem pode ser aumentada 
em 500 mg a cada semana, sendo a dose 
máxima: de 2000 mg uma vez por dia; 
 Em muitos casos, não conseguimos obter 
respostas clínicas significativas com doses 
menores que 1500 mg por dia; no entanto, para 
minimizar os efeitos colaterais gastrointestinais, 
recomenda-se uma dose inicial baixa, já 
imaginando um aumento gradual ao longo das 
semanas; 
 A metformina deve ser tomada junto às refeições 
e o comprimido deve ser engolido por inteiro, 
evitando parti-lo ou mastigá-lo. 
 
TRATAMENTO DA SÍNDROME DO 
OVÁRIO POLICÍSTICO 
 1500 mg a 2000 mg por dia, divididos em 2 ou 3 
doses diárias (dose inicial de 500 mg por dia, 
com incrementos de 500 mg a cada 1 ou 2 
semanas); 
 Nos comprimidos de liberação prolongada, a 
dose é de 1000 mg duas vezes por dia (dose 
inicial de 500 mg por dia, com incrementos de 
500 mg a cada 1 ou 2 semanas). 
 
CONTRAINDICAÇÕES 
 A metformina é uma droga com 
pouquíssimas contra-indicações, mas uma delas é 
muito importante: a insuficiência renal avançada. 
 A metformina não deve ser usada em pacientes 
com insuficiência renal: 
 Se o paciente tiver uma taxa de filtração 
glomerular abaixo de 45 ml/minuto, sugere-
se não iniciar a metformina. 
 Se o paciente já toma metformina e 
apresenta uma taxa de filtração glomerular 
abaixo de 30 ml/minuto, o medicamento 
deve ser suspenso. 
 O uso de metformina nos pacientes com 
insuficiência renal está relacionado a um alto 
risco de acidose láctica (aumento do ácido 
láctico no sangue), que é uma complicação 
potencialmente fatal; 
 Pacientes com doença hepática (fígado) grave 
também não devem tomar metformina; 
 A metformina pode ser usada na gravidez, mas a 
preferência deve ser pela insulina; 
 A metformina pode utilizada quando a gestante 
não pode tomar insulina ou quando a insulina 
sozinha não consegue controlar os níveis 
glicêmicos com doses baixas; 
 Nas mulheres amamentando, a presença de 
metformina no leite costuma ser pequena e o seu 
uso durante o aleitamento materno costuma ser 
autorizado pelos pediatras. 
 
 
 3 
 
 EFEITOS COLATERAIS 
 A metformina é uma droga geralmente bem 
tolerada, principalmente se for respeitada a 
contraindicação para pacientes com doença renal 
crônica avançada. 
 Entre os efeitos colaterais mais comuns estão a 
diarreia, náuseas e um gosto metálico na boca; 
 A hipoglicemia (baixa de glicose no sangue), 
efeito colateral comum dos outros 
hipoglicemiantes orais e da insulina, é rara com 
a metformina.

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