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antipsicóticos O termo neuroléptico está em desuso. • Além de tratar delírios e alucinações, há alterações de ordem motora/sintomas extrapiramidais. • São utilizados para várias situações críticas, mas com um foco especial em tratar pctes com esquizofrenia. esquizofrenia Trata-se de uma doença psiquiátrica que afeta 1% da população. Geralmente inicia-se no fim da adolescência ou início da fase adulta, sendo com frequência crônica e progressiva. Apresenta 3 tipos de sintomas: • Positivo - alucinações, delírios e discurso desorganizado. • Negativo - isolamento social, embotamento afetivo, anedonia (perda da satisfação e interesse em realizar as atividades do dia a dia) e aparência descuidada. • Sintomas cognitivos - deficiência de aprendizado e memória AS VIAS QUE SE ALTERAM NA ESQUIZOFRENIA – VIA MESOLÍMBICA E MESOCORTICAL. A teoria mais aceita que tenta explicar a fisiopatologia da esquizofrenia é a hipótese dopaminérgica. Essa hipótese afirma que a esquizofrenia está relacionada com uma hiperfunção dopaminérgica central. A hipótese dopaminérgica postula a dopamina, sendo necessário falar sobre as vias dopaminérgicas: 1) Via mesolímbica (relacionada ao prazer) - neurônios dopaminérgicos que parte de uma região chamada área tegmental ventral (ATV) para o núcleo accumbens aumentando os níveis de DA, se ligando ao receptor D2, produzindo os sintomas positivos. Essa via está relacionada com a presença dos sintomas positivos e ao prazer. Nessa via, acontece uma hiperatividade dopaminérgica (excesso de DA). Assim, há fármacos que agem como antagonistas do receptor D2, tratando dos sintomas positivos. 2) Via mesocortical - são neurônios que partem da ATV para o CPF (córtex pré-frontal), produzindo sintomas negativos e cognitivos, visto que os neurônios dopaminérgicos estão em hipoatividade dopaminérgica. Assim, quando os fármacos de ° geração são utilizados, por agirem nos mesmos receptores, há aumento da sintomatologia negativa (o pcte quer se isolar mais). 3) Via nigroestriatal – são os neurônios que parte da substância negra para o estriado. Sua função está relacionada aos movimentos (parte motora). Ex.: Parkinson farmacológico. 4) Via tuberoinfundibular ou Via hipotálamo-hipófise - relacionada com a prolactina (hiperprolactenemia – galactorreia e ginecomastia pelo excesso de liberação da prolactina). antipsicóticos Também são chamados de anti-esquizofrênicos ou tranquilizantes maiores. ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS (1° GERAÇÃO) São antagonistas de receptor D2 na via mesolímbica, sendo úteis apenas para aliviar os sintomas positivos e tendem a piorar os sintomas negativos e cognitivos (via mesocortical), aumentando o isolamento social, aparência descuidada e alterações motoras. • Fármacos - Clorpromazina (alivia os sintomas - delírios/alucinações), Haloperidol, Levomepromazina, Pimozida, Triflupromazina, Triflufenazina e Acetafenazina. HALOPERIDOL – ALIVIA OS SINTOMAS POSITIVOS E NAO É SEDATIVO. CLORPROMAZINA - ALTAMENTE SEDATIVO POR ANGATONIZAREM H1. ALUCINAÇÕES SÃO ALTERAÇÕES DAS MODALIDADES SENSORIAIS (AUDITIVA, OLFATIVA, VISUAL, TATEIS ETC). OS DELÍRIOS ATRIBUEM UM SIGNIFICADO (IDEIA FICTÍCIA, IRREAL). • Efeitos adversos - por antagonizar H1 (sedação, ganho de peso) e efeitos anticolinérgicos (boca seca/xerostomia, visão turva, constipação e retenção urinária), hipotensão ortostática/postural (por antagonizar a1). • Piores efeitos adversos - SEP (sintomas extrapiramidais - alterações motoras), pioram os sintomas negativos e cognitivos e aumenta potência para hiperprolactinemia (ginecomastia em homens; galactorreia, amenorreia em mulheres; diminuição da libido e disfunções sexuais) SINTOMAS EXTRAPIRAMIDAIS - PARKINSONISMO FARMACOLÓGICO (TREMORES + HIPOCINESIA - LENTIDÃO DOS MOVIMENTOS), DISTONIA DE MEMBROS, DISTONIA CERVICAL (MUSCULATURA COMEÇA A CONTRAIR PARA O LADO), ACATISIA (INQUIETAÇÃO MOTORA - INCAPACIDADE DO PCTE DE SE MANTER PARADO) E DISCINESIA TARDIA (MOVIMENTOS OROFACIAIS HIPERCINÉTICOS - CARETAS). ESES SINTOMAS OCORREM DEVIDO OS FÁRMACOS ANTAGONIZAREM OS RECEPTORES D2 NA VIA NIGROESTRIATAL. ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS (2° GERAÇÃO) Se baseia na hipótese serotoninérgica (5-HT → recep. 5- HT2A). A serotonina endógena super estimulando o sub receptor 5-HT2A, fazendo com que o pcte apresente delírios e alucinações. • Mecanismo de ação (mecanismo duplo) - são antagonistas do receptor 5-HT2a (maior afinidade) e também continuam bloqueando o receptor D2 (bloqueiam em menor proporção - sendo uma vantagem por ter menor ação potencial motora por bloquear em • Fármacos – Risperidona, Olanzapina, Clozapina, Quetiapina, Ziprazidona, Sulpirida, Amissulprida e Aripiprazol. • São úteis para aliviar os sintomas positivos, negativos e cognitivos. • Vantagem - em termos de reações adversas possuem menor potencial para SEP e menor potencial para elevar a prolactina (não causando hiperprolactinemia). • Efeitos adversos - antagonizar H1 (sedação e ganho de peso), efeitos anticolinérgicos (boca seca/xerostomia, visão turva, constipação e retenção urinária), hipotensão ortostática/postural (por antagonizar a1). ESSES MEDICAMENTOS FAZEM ENGORDAR MUITO MAIS QUANDO COMPARADO AO USO DE FÁRMACOS DE 1° GERAÇÃO EM DECORRÊNCIA TANTO DO ANTAGONISMO H1 QUANTO DO ANTAGONISMO 5-HT2C NO HIPOTÁLAMO, PODENDO LEVAR O PCTE A SÍNDROME METABÓLICA. SÍNDROME METABÓLICA – AUMENTO DE APETITE, AUMENTO DE TRIGLICERÍDEOS, HIPERINSULINEMIA, EVENTOS CARDIOVASCULARES E MORTE SÚBITA.
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