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FUNDAMENTOS DE FILOSOFIA PARA CIÊNCIAS HUMANAS PENSAMENTO, REFLEXÃO E FILOSOFIA José Adir Lins Machado • Unidade de Ensino: 2. • Competência da Unidade: Compreender a Filosofia como conhecimento que estrutura a construção do ser humano ao conferir sentido e significado à própria existência. • Resumo: Compreender as correntes filosóficas contemporâneas. • Palavras-chave: Verdade. Ideologia. Discurso. • Título da Teleaula: Pensamento, reflexão e Filosofia. • Teleaula nº: 2. Contextualização • Re-flexão: pensar sobre o próprio pensamento; • Refletir acerca dos limites do conhecimento; • A Filosofia e a (re) significação da realidade; • Primum vivere, deinde philosophare? A Filosofia e as verdades conflitivas A Filosofia e as verdades conflitivas • Vivemos em um mundo paradoxal; • Os atuais incômodos seriam um thaumazein às avessas? • Incômodo proveniente da natureza humana: apego a matéria (K. Marx); • A centralidade do trabalho como dominação velada e gerando conflitos; • O capitalismo é o auge do acúmulo e dominação. • Esse processo dialético abarca poder e conhecimento; • A concepção de trabalho e ética oculta a espoliação como algo natural; • Produtor e produto tornam-se mercadorias compráveis; • Marx afirma que o tempo do trabalhador está sendo roubado; • A nossa sociedade é marcada pela desigualdade. A Filosofia e as verdades conflitivas A Filosofia e as verdades conflitivas • Os processos psíquicos são inconscientes, os conscientes são atos isolados, frações da vida psíquica; • O inconsciente (impulsos, angústia) tem primazia nos processos psíquicos; • Tendências sexuais podem gerar doenças e impactar no espírito humano, na cultura, na arte e na vida social; • A estrutura mental determina a nossa saúde e vida psíquica, e revelam origem do mal-estar: reprimimos nossos instintos inconscientes. Discurso e ideologia: significados filosóficos • Nietzsche abordou o mal-estar criticando a racionalidade em prol da tragicidade; • O trágico desafia e reclama a vontade de potência; • Vontade de potência é a afirmação incondicional da vida, uma vontade de viver, fazendo-a valer a pena, sempre (eterno retorno); • Bem e mal são criações da moral dos fracos; • O mal-estar só acaba quando o übermensch prevalecer. Discurso e ideologia: significados filosóficos Discurso e ideologia: significados filosóficos • A linguagem se tornou um problema filosófico; • Ela se faz no encontro de subjetividades intermediadas por signos; • Ela tem componentes psicológicos e mentais articulados entre a consciência e a materialidade; • Para Foucault, a linguagem reflete uma estruturação de poder, ao lado da moralidade; • Na linguagem podem colidir micropoderes numa dinâmica relacional, aspirando convencimento. Discurso e ideologia: significados filosóficos ht tp s: // bi t.l y/ 3r Dq TO D • Habermas acentua a dimensão pragmática e a aceitação do outro; • Sua Teoria da Ação Comunicativa (TAC) mostra como a democracia é a realização dos princípios básicos da comunicação humana; • Habermas defende a Democracia Deliberativa e a Ética do Discurso; • A T.A.C. requer a Condição Ideal de Fala; • A verdade deve ser alcançada consensualmente, a partir do respeito e da tolerância. Discurso e ideologia: significados filosóficos • No Tractatus, Wittgenstein (W1) visa uma linguagem com a positividade das exatas; • Para ele a linguagem é um retrato da realidade, daí o seu interesse pelo alcance da mesma; • Em Investigações ele (W2) alega que somos nós que produzimos o significado da linguagem, pelo seu uso; • Ele tenta responder o porquê de nos comunicarmos. Discurso e ideologia: significados filosóficos • Para Chomsky a linguagem possui uma gramática inata (gerativa); • A língua é um sistema radicado na mente, uma atividade criativa em nosso sistema nervoso central; • Uma criança começa a ouvir e se depara com sons que passam a fazer sentido em sua mente; • A criança utiliza um atributo corriqueiro e normal para um ser humano que é a criatividade. Discurso e ideologia: significados filosóficos O Conhecimento Filosófico: fundamentos críticos para as Ciências Humanas • Aristóteles inaugurou uma filosofia mais realista, ele é mais empírico, pé no chão; • A realidade é uma mescla de matéria e forma, oriunda da causa eficiente e tendendo à causa final; • A ciência é conhecimento verdadeiro e causal, é o conhecimento da essência necessária ou substância; • Ele ressalta o aspecto demonstrativo da ciência, e contrapõe a ciência à opinião; • A lógica é uma ferramenta científica imprescindível, estruturada em silogismos (deduções). O Conhecimento Filosófico: fundamentos críticos para as Ciências Humanas • As deduções foram questionadas na modernidade; • Houve quem afirmou que induções e deduções se baseavam no hábito e que não haveria causalidade; • Esse pensador conseguiu conjugar empirismo e ceticismo; • Estamos falando de David Hume, ele buscou a certeza partindo da dúvida; • Em nossa mente existe apenas questões de fato e relações de ideias. O Conhecimento Filosófico: fundamentos críticos para as Ciências Humanas • As afirmações de Hume desafiaram Kant, levando-o a buscar estabelecer as condições de possibilidade dos juízos científicos; • Haviam dois métodos: da análise e da síntese; • O analítico aceita a verdade antes (a priori) da experiência e o sintético depois (a posteriori); • Kant percebeu que a ciência se fundamenta em juízos sintéticos a priori. O Conhecimento Filosófico: fundamentos críticos para as Ciências Humanas • Juízos sintéticos a priori: uma experiência bem feita, levando em conta tudo o que pode interferir em seus resultados, passa a ser válida para experiências semelhantes no futuro; • Kant busca purificar a própria razão, gerando o criticismo; • A razão tem uma estrutura inata (as noções de espaço e tempo), mas não tem conhecimento inato; • A razão tem acesso aos fenômenos, mas não ao noúmeno. O Conhecimento Filosófico: fundamentos críticos para as Ciências Humanas RECAPITULANDO • A Filosofia e os conflitos contemporâneos: materiais e culturais: Marx, Freud e Nietzsche; • A verdade, os discursos e a linguagem na construção de uma sociedade democrática e humana: Foucault, Habermas, Wittgenstein e Chomsky; • A fundamentação crítica das ciências Humanas: Aristóteles, Hume e Kant.
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