Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Práticas laboratoriais Amanda Goedert Síndromes hipertensivas na Gestação: As síndromes hipertensivas são a intercorrência clínica mais comum da gestação e representam a principal causa de morbimortalidade materna no mundo. Hipertensão arterial crônica: presença de hipertensão relatada pela gestante ou identificada antes da 20ª semana de gestação. Hipertensão gestacional: identificação de hipertensão arterial na segunda metade da gestação, em gestante previamente normotensa, porém sem proteinúria ou manifestação de outros sinais/sintomas relacionados à pré-eclâmpsia (PE). É um diagnóstico temporário de gestantes que não preenchem os critérios de pré-eclâmpsia. Pode evoluir para pré-eclâmpsia em 10% a 50% dos casos. Pré-eclâmpsia: identificação de hipertensão arterial, em gestante previamente normotensa, a partir da 20ª semana de gestação, associada à proteinúria significativa. Na ausência de proteinúria, também se considera pré-eclâmpsia quando a hipertensão arterial for acompanhada de comprometimento sistêmico ou disfunção de órgãos-alvo (trombocitopenia, alteração hepática, insuficiência renal, edema pulmonar) ou de sinais de comprometimento placentário (como restrição de crescimento fetal). A pré eclampsia em uma gestante com Hipertensão arterial crônica não resolve a situação após o parto (pré-eclâmpsia sobreposta a hipertensão arterial crônica), já a pré eclampsia na gestante com hipertensão gestacional, se resolve após o parto Da pré eclampsia a paciente pode evoluir para a eclampsia, que se caracteriza pela presença de convulsões Da pré eclampsia a paciente pode desenvolver a síndrome de HELLP, essa síndrome tem diagnóstico quase totalmente laboratorial Em uma gestante com hipertensão, os exames mínimos que devem ser pedidos é: · Hemograma (particularmente hematócrito, hemoglobina e plaquetas) – principalmente plaquetas · Desidrogenase láctica (DHL). · Bilirrubinas totais. – Vem da destruição dos eritrócitos · Creatinina. – Aumentada no sangue pois não há excreção · Transaminase oxalacética (TGO/AST). · Proteinúria, normalmente a primeira evidência de pré-eclâmpsia No caso da creatinina, a gestante pode já ter algum comprometimento renal, então a creatinina vai estar elevada, ai usa o parâmetro de: dobro da basal Síndrome HELLP: O acrônimo HELLP significa hemólise, aumento de enzimas hepáticas e plaquetopenia: H emolysis E levated L iver enzimes L ow P latelets A fisiopatologia dessa doença não está esclarecida, mas é considerada o comprometimento hepatohematológico da pré-elâmpsia (PE). A síndrome HELLP desenvolve-se em 10% a 20% das gestantes com pré-eclâmpsia grave/eclâmpsia. A sintomatologia geralmente é pobre, podendo-se encontrar mal-estar, epigastralgia, náuseas e cefaléia. O grau de suspeita clínica dos casos de síndrome HELLP é muito importante. Na presença de trombocitopenia em uma paciente com PE, deve-se pensar fortemente em síndrome HELLP. A confirmação diagnóstica dela é laboratorial. A trombocitopenia é a principal e mais precoce modificação laboratorial encontrada. Para definir a síndrome de HELLP precisa ter todos os fatores alterados, se um estiver alterado, significa que a pré eclampsia está se agravando, mas não é HELLP ainda Síndrome de HELLP não segue os valores de referência, e sim os parâmetros da tabela HIV Doença de notificação compulsória! Não existem testes laboratoriais que apresentem 100% de sensibilidade e 100% de especificidade. Janela imunológica é o tempo entre a exposição do indivíduo ao vírus e o surgimento de marcadores detectáveis no organismo (antígeno ou anticorpo) Os testes de triagem que combinam em sua metodologia antígeno e anticorpo permitem a detecção precoce da infecção pelo HIV. A janela imunológica varia muito para cada marcador RNA: Técnicas moleculares, não estão disponíveis rotineiramente Há 3 grupos de testes: Testes de triagem, testes confirmatórios e teste rápido Teste Confirmatório: RNA -biologia molecular Teste de triagem: Combinação de IgM, IgG e P24, testes de 3ª (detecta IgM e IgG) ou 4ª geração (detecta P24, IgM e IgG) 1ª Geração: Detectam apenas IgG - menos sensíveis do que os ensaios de gerações posteriores. Em média, a janela de soroconversão dos ensaios de primeira geração é de 35 a 45 dias. Atualmente, esses ensaios deixaram de ser utilizados na rotina diagnóstica dos laboratórios. 2ª Geração: Em comparação com os ensaios de primeira geração, os de segunda geração são um pouco mais sensíveis e específicos. Em média, a janela de soroconversão dos ensaios de segunda geração é de 25 a 35 dias. Detecta IgG 3ª Geração: Esse formato permite a detecção simultânea de anticorpos anti-HIV IgM e IgG. Em média, a janela de soroconversão dos ensaios de terceira geração é de 20 a 30 dia. 4ª Geração: O ensaio de quarta geração detecta simultaneamente o antígeno p24 e anticorpos específicos anti-HIV. Em média, a janela diagnóstica dos ensaios de quarta geração é de aproximadamente 15 dias, dependendo do ensaio utilizado Teste Rápido: Os testes rápidos (TR) são imunoensaios (IE) simples, com resultados em até 30 minutos, realizados preferencialmente na presença do indivíduo em ambiente não laboratorial com amostra de sangue total obtida por punção digital ou amostra de fluido oral. Tendo em vista que os TR são desenvolvidos para detectar anticorpos anti-HIV em até 30 minutos. Os TR são ideais para fornecer resultados no mesmo dia em uma variedade de situações e locais. É importante ressaltar que a janela diagnóstica dos TR que utilizam FO (fluido oral) pode variar de um a três meses, dependendo do conjunto diagnóstico empregado. Não confirma diagnóstico, em casos positivos precisa-se seguir com outros testes, usado em situações especiais Testes complementares: Os testes complementares utilizam diferentes formatos e princípios. Estão incluídos nessa categoria: western blot (WB), imunoblot (IB) ou imunoensaios em linha (LIA, do inglês line immunoassay), incluindo o imunoblot rápido (IBR) e imunofluorescência indireta (IFI). A maioria desses ensaios detectam apenas IgG. Os testes complementares convencionais (western blot - WB, imunoblot - IB ou imunoblot rápido - IBR) são menos sensíveis que os imunoensiaos de 3ª e 4ª gerações, podendo produzir resultados falso-não reagentes. Por isso, são inadequados para a detecção de infecções recentes, e elevam o custo do diagnóstico. Não são sensíveis, mas são específicos Testes moleculares: Mais recentemente, os testes moleculares (TM) também foram incluídos na rotina de resultado confirmatório, uma vez que auxiliam no esclarecimento dos resultados da infeção aguda pelo HIV, como nos casos de reatividade no teste de 4ª geração por detecção do antígeno (p24) e ausência anticorpos circulantes. Diante da diversidade de cenários, não é possível a utilização de apenas um fluxograma para cobrir todas as situações que se apresentam para o diagnóstico da infecção pelo HIV. · Assim, casos de infecção recente são mais bem identificados com a utilização de um teste de 4ª geração como teste inicial e um teste molecular como teste complementar. · Os controladores de elite (indivíduos com viremia em um nível baixo, que pode ser indetectável em testes moleculares), por sua vez, podem ser identificados com imunoensaios (IE) de 3ª ou 4ª geração, seguido da realização de um WB como teste complementar. · Pessoas na fase crônica da infecção são identificadas com sucesso por meio de qualquer combinação de testes iniciais (3ª ou 4ª gerações), seguido por um teste complementar (WB, IB, IBR ou TM). Em nosso país, ainda há uma porcentagem considerável de indivíduos diagnosticados na fase crônica da infecção Paciente recém infectado: Testes de triagem 4ª geração e teste confirmatório com biologia molecular Paciente crônico: Teste de triagem de 3ª e 4ª geração, e teste confirmatório de biologia molecular ou teste complementar Controlador de elite: (aquele paciente que foi infectado e não foi tratado, mas o organismo dele consegue manter a carga viral baixa, ou seja,testes que identificam o vírus podem dar falsos negativos). Teste de triagem 3ª geração ou 4ª geração, e teste confirmatório do tipo complementar, não pode ser feito nesse paciente com biologia molecular, por que provavelmente dará falso negativo
Compartilhar