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@estuda_vets A pele é constituída por 4 camadas: basal, espinhosa, granulosa e córnea. Quais os pigmentos produzidos pelos A pele é constituída por um tecido epitelial pavimentoso, estratificado e queratinizado. Com células chamadas de queratinócitos (anucleada), exceto na camada córnea onde as células são nomeadas como corneócitos. Camadas da epiderme: Camada basal: Camada única com células apoiadas sobre uma membrana. Células com alta camada de proliferação (todas as camadas da pele surgem pela camada basal). Função de fixação, proliferação e reparação. Camada espinhosa: Queratinócitos unidos pelos desmossomos. Início do processo de queratinização da pele. Anatofisiologia da pele Epiderme Derme Hipoderme @estuda_vets Camada granulosa: Possui grânulos de querato-hialina e lamelares. Vedação contra passagem de água. Camada córnea: Resultado final das camadas anteriores (processo dura em torno de 21/28 dias). Possui escamas de queratina. Células dessa camada se chamam corneócitos. Melanócitos: Situados na membrana basal, com vesículas chamadas de melanossomas. Pigmentos → Eumelanina (pigmentos escuros, preto ou castanho), Feomelanina (pigmentos amarelos) Proteção ao DNA dos raios solares (UVA) Células dendríticas: Também chamadas de células de Langerhans Produzidas pela medula óssea Localizadas na camada espinhosa Realiza captura e apresentação de antígenos (linfonodos) @estuda_vets Derme: Constituída por tecido conjuntivo, compostas por fibras e sua espessura varia de acordo com cada região da do corpo. Possui capilares sanguíneos, terminações nervosas e vasos linfáticos, além do músculo eretor do pele. Folículo piloso: Unidade folicular formado por: Pelos, glândula sebácea, glândula sudorípara e músculo eretor do pelo. Nos grandes animais, geralmente o folículo piloso é constituído por apenas um pelo, enquanto nos animais domésticos se tem até 25 pelos por folículo piloso. Funções: Proteção Sensação tátil Comunicação Regulação da temperatura corporal @estuda_vets Formado por: Infundíbulo, istmo, tronco e bulbo. Fases do crescimento do pelo: Anágena: Fase de crescimento do pelo Catágena: Bulbo mais adelgaçado, com transição de local Telógena: Fase de repouso (depois retorna para fase anágena) (os huscky siberiano tem a fase de telógena mais prolongada). @estuda_vets Glândulas sudoríparas: Glândulas sebáceas Também chamadas de apócrinas (epitriquiais), estão em grandes quantidades no corpo dos animais, enquanto a parte merócrina (não estão relacionadas ao folículo piloso), estão presentes em menores quantidades. (são compostas principalmente por água e depois outros elementos). A ação das bactérias produzem o odor especifico para cada espécie (e até mesmo sobre o ciclo reprodutivo). Função: Forma “filme” de proteção ao tecido. Nos animais existem diversas especializações das glândulas sudoríparas: glândulas anais, sacos anais, prepuciais e ceruminosas. Também estão associadas ao folículo piloso. Com funções de: Secretar os lipídeos formando uma “capa gordurosa” Limpeza do folículo Controle da microbiota bacteriana e fúngica Na pele existem aglomerados pelo corpo: Órgão supracaudal de carnívoros (pode leva a hiperplasia, e nos gatos é conhecido como “cauda de garanhão”) Glâ. Circum- anais dos carnívoros Glâ.circum orais e órgão submentoniano dos felinos Glândulas palpebrais @estuda_vets Identificação do paciente: É necessário sempre saber que existem diversas dermatopatias interligadas com predisposição sexual ou racial, portanto é importante conhecer tais doenças e inclui-las nos possíveis diagnósticos diferenciais. Anamnese A queixa principal é o relato espontâneo do proprietário em linguajar próprio (subjetivo), ao mesmo tempo o clínico deve organizar logicamente as queixas, situando- as em sequência temporal, topográfica, de configuração, tendências de progressividade ou remissibilidade. Não há anamnese direcionada, sempre deve ser completa, incluindo antecedentes (se já teve alguma doença, informações sobre pais e irmãos), periodicidade, manifestações clínicas como prurido com graduação, dor, alopecia, alterações otológicas como meneios cefálicos (chacoalhar de cabeça), otalgia (dor), prurido ótico (coceira nas orelhas), se houve uso de medicações tópicas ou sistêmicas (dose/frequência e tempo de uso, quando suspendeu as medicações e resposta do quadro durante a terapia). Muitas doenças sistêmicas tem reflexos cutâneos, por isso é bastante importante que as investigações de todos os sistemas sejam realizadas. O manejo, em relação a banhos, local onde o paciente vive, viagens, uso de parasiticidas, viagens e passeios devem ser registrados no prontuário. Existem diversas dermatopatias infecciosas que são zoonoses ou contagiosas, portanto a investigação sobre contactantes (sintomáticos ou assintomáticos) e pessoas que convivem com o paciente que apresentam lesões ou manifestações é bastante relevante. Dos meios semiológicos clássicos, utiliza-se na dermatologia: inspeção direta (observação das lesões) e indireta (exames complementares), além da palpação e olfação. *** Texto da professora. Dra. Ana Claudia Balda. Lesões elementares: 1- Alterações de cor – Vásculo – sanguíneo, discromia (ausência de pigmentação) 2- Formações sólidas – Pápulas, nódulos, tumores 3- Formações líquidas – Pústulas, edema, hematoma Semiologia da pele @estuda_vets 4- Alterações de espessuras – Hiperqueratose e liquinificação 5- Perdas e reparações teciduais – Úlceras (perda tecidual profunda que acomete a hipoderme, levando as cicatrizes) e exulceração (perda tecidual superficial, sem cicatrização) A pele é o órgão externo que sinaliza alterações sistêmicas. Os cães acometidos por prurido, apresentam alopecias e rarefação pilosas (podendo ser intensas por auto traumatismo), enquanto os gatos (considerados “coçadores ruins”), apresentam as mesmas alterações dermatológicas por excesso de lambeduras. Dermograma Desenho do animal que auxilia a localizar as principais alterações dermatológicas, suas características e tipografias. (principais alterações dermatológicas: eritema e alopecia. A rarefação pilosa também é considerada uma alopecia sendo uma manifestação clínica). Alterações de cor: São classificadas como vásculo-sanguíneas (mancha ou mácula),são originadas por vasodilatação ou constrição dos vasos da derme. Ainda se tem os casos de extravasamento de sangue para a pele, e as alterações por aumento ou diminuição da melanina. Eritema: Manchas de cor vermelhas, por alteração da circulação, acompanhadas ou não de inflamação, que cedem a digitopressão. Cianose: Eritema arroxeado, frio ao toque, decorrente de congestão dos vasos. Rubor: Eritema vermelho rubro, quente ao toque, decorrente de congestão arterial. Enantema: Eritema localizado em mucosas aparentes (comum em quadros autoimunes, ex: pênfigo e farmacodermia). Exantema: Eritema localizado, que surge de maneira abrupta, e desaparece rapidamente. @estuda_vets Eritrodermia: Eritema localizado, de decurso longo, com descamação (ex: farmacodermia). Telangiectasia: Diminuição da espessura da pele, com vasos aparentes.“aspecto de tela”. Púrpuras: Manchas avermelhadas por extravasamento de hemácias para a pele, não cedem a digitopressão. Petéquias: Púrpuras com até 1cm. Vibíces: Púrpuras em formato linear. Equimoses: Púrpuras com mais de 1cm. Lesões pigmentares ou discrômicas: Diferentes das alterações vasculo-sanguíneas, as alterações pigmentares e/ou discrômicas, ocorrem por alterações de concentrações dos pigmentos produzidos pela melanina (que podem estar diminuídos ou aumentados). Hiperpigmentação: Aumento da concentração da melânico, deixando a pele com coloração escura (pode ser também por prurido crônico). Hipocromia: Redução parcial do pigmento melânico. Acrômia: Redução total do pigmento melânico. Formações sólidas: Formações que podem ser benignas ou malignas, com caracter não determinado pelo tamanho. Papulas: Formações sólidas com até 1cm → Geralmente associadas aos processos inflamatórios e/ou neoplásicos. Nódulos: Formações sólidas entre 1 e 3 cm. Tumores: Formações sólidas com mais de 3 cm. Coleções líquidas: Pústulas: Coleção líquida com conteúdo purulento (rupturas podem levar ás formações de crostas melícéricas e ao colarinho epidérmico). Hematoma (otohematoma): Coleções líquidas com conteúdo sanguinolento na pele ou no subcutâneo. @estuda_vets Abcessos: Coleções purulentas, circunscritas, geralmente acompanhada de inflamação. Alterações de espessura: Hiperqueratose: Espessamento da pele que é perceptível durante a palpação, decorrente do espessamento da camada córnea (comum em doenças pruriginosas crônicas e também na cinomose). Liquínificação: Acentuação dos sulcos cutâneos. Edema: Distensão da pele por acúmulo de líquido na derme ou hipoderme. Cicatriz: Lesão lisa, desprovida de sulcos, poros e pelos. Esclerose: Aumento da consistência da pele. Perdas e reparações teciduais: Geralmente associadas ás lambeduras, mordeduras e auto traumatismo. Escamas: Lâminas ou massas epidérmicas que se desprendem da superfície da pele (varia de acordo com o tamanho, podendo ser furfúraceas – intermediárias- , foliáceas -menores - ou micáceas – coloração “prateada”). Erosão: Também chamada de exulceração, são lesões vindas da superfície da epiderme, geralmente por prurido e/ou lambeduras. Sem tendência á formação de cicatrizes. Escoriação: Lesões lineares Úlceras: Perda tecidual profunda que atinge a derme e hipoderme, e que geralmente deixa cicatrizes (sem cicatrização e sem alopecia). Fissuras: Lesões lineares decorrente de perdas da derme e hipoderme, situadas em dobras ou pregas, ao redor de orifícios naturais. Fístulas: Formações de canais ligados aos focos de supuração e/ou necrose. @estuda_vets Crostas: Concreções líquidas (serosidade, pús ou sangue), na superfície das coleções líquidas (melicéricas quando serosas, purulenta quando houver pús e hemorrágica quando houver sangue). Escaras ou esfacelo: Áreas do tegumento necrosado de cor azulada ou negra separada do tecido por um sulco profundo (observa-se úlceras, e está geralmente associadas aos pacientes que ficam em posição de decúbito prolongado, sendo indicado o manejo de feridas). Lesões sem classificações nos grandes grupos: Comedo: Dilatação do folículo piloso preenchido por células e material sebáceo Colarinhos epidérmicos: Remanescentes na superfície de uma vesícula, bolha ou pústula, com conformação circular e se caracteriza por esfoliação. Anotações gerais de aula: “pele de elefante”: Termo designado para liquinificação, especialmente em regiões de intertrigo (axilas por exemplo), sendo uma condição frequentemente visto em malassezia. Leucomelanodermia: Alteração de pigmentação de pele, onde se ver áreas hiperpigmentadas mescladas como regiões hipopigmentadas (visto especialmente nas doenças autoimunes como lúpus e vitiligo, sendo essa última mais comum em cães da raça rottweiler). Dermatofibrose nodular do pastor alemão : Faz parte do grupo de formação sólidas Linfoma epiteliotrópico: Formações nodulares benignas, e com a presença de leiomiomas uterinos, cistoadenomas e principalmente cistoadenomarenais, sendo esse último causador de alterações renais (precisam ser drenados). É uma condição associada aos cães da raça Pastor alemão e que se apresentam em região de cabeça e membro. @estuda_vets Neoplasia com diagnóstico ruim. Geralmente é uma neoplasia que se assemelha ás dermatites atópicas (prurido intenso), onde se tem início com quadros de alopecia, escamas e prurido intenso. Quinze dias depois, a doença evolui de forma grave com formações de úlceras, liquínificação, hiperqueratose e uma lesão característica da doença (lesão com superfícies ulceradas e bordas elevadas). Lesão em goma ** Nome dado as lesões com superfícies ulceradas. Lesão em flexão de decúbito ** Comum na dermatite atópica. Dermatofitose** Comum especialmente em Yorkshire e gatos persas. Possui lesões com características centrifugas (fogem do centro da lesão, dando origem á uma lesão com centro descamativo, pois fungo se alimenta de queratina), e a lesão se apresenta com um formato circular. Demodex ** Recidivas de demodex geralmente ocorre por alguma doença sistêmica, pois demodex é oportunista (sempre se investigar em animais adultos). Nas fêmeas, o cio pode levar ás manifestações de demodex, e nos casos de afecções pelo oportunista, não é indicado fazer corticoide (especialmente aqueles de depósitos). Associado ao demodex, também é comum ter piodermites. (demodex se grave, pode levar ao óbito). Síndrome do Akita/Úveo dermatológica** @estuda_vets Doença autoimune que provoca lesões faciais, especialmente na parte oftalmológica (pode levar á perda do globo ocular). O tratamento precisa ser realizado com ajuda de oftalmologista, pois a doença pode evoluir para glaucoma e cegueira (tratar a pele e fazer corticoide de manutenção com oftalmologista que vai ajustar a terapia). Esporotricose** Não fazer corticoide (principalmente de deposito), pois se tem piora das lesões. (comum de se ver neutrófilos associados á infecções 2º, macrófagos e leveduras). Exames importantes nos gatos ** Citologia + cultivo micológico + histopatológico Criptococose** Apresenta capsula lipoproteica na citologia. Pode coletar liquor como material para citologia, pois pode ter casos de meningite por criptococose. No histopatológico, o corante que cora a capsula lipoproteica se chama mucicarmim de Mayer. @estuda_vets Hiperadrenocorticismo ** Animais que apresentam alopecia com ausência do crescimento dos pelos, associado á polifagia, poliúria e polidipsia, pensar em hiperadreno. Além disso, no hiperadrenocorticismo também pode ocorrer formação de petéquias, equimoses, telangiectasia, abdômen abalado e comedos. Onicogrifose ** Crescimento exagerado das unhas. Pode ocorrer nos casos de leishmaniose e na síndrome hepatocutânea. @estuda_vets A síndrome hepatocutânea é uma condição que afeta os membros e fígado. É comum em animais com cirrose por ausência da produção de aminoácidos com reflexos cutâneos. Causa edema de membros (patas), onicogrifose por dor, hiperqueratose e eritema. Furunculose eosinofílica da face** Condição comum em cães brancos e associada á picada de insetos. É uma doença aguda que costuma desaparecer do “nada”. Pode ser diferenciado do pênfigo e lúpus , pois tem a conservação do plano nasal, sem despigmentação. As lesões são alopécicas com formação de crostas, exculceração. Pode tratar com corticoide. Lúpus ** Doença autoimune que causa despigmentação e perdados sulcos do plano nasal, além de alopecia e crostas melicéricas. @estuda_vets Complexo granuloma lepróide** Doença que acomete cães da raça boxer. Apresenta-se primeiramente com um nódulo em pavilhão auricular e na cauda, que depois úlcera. A coloração por PANOTIC por exemplo, se ver estruturas “transparentes”, causada por micobactérias. O uso de algumas colorações específicas, pode corar bacilo álcool resistente. Pode se fazer decalque de lâmina. Os exames complementares são usados para fins de confirmação de suspeita clínica. ** Anotação de aula: Reflexo otopedal geralmente é associado aos quadros de escabiose, contudo, também pode ser visto na dermatite atópica. “ toda escabiose tem reflexo otopedal, mas nem todo reflexo otopedal é sinal de escabiose”. Uso do microscópio: Menor aumento (1x) → magnitude de 20/40 → parasitos grandes, análise de tricrograma Médio (10x) → magnitude de 100 → usado para checar os detalhes vistos no menor aumento Maior, sem óleo de imersão (40x) → magnitude de 400 → parasitos pequenos, artrópodes de dermatófitos e células neoplásicas. Maior, com óleo de imersão (100x) → magnitude de 1000 → células/bactérias/leveduras Exames complementares @estuda_vets Parasitológico e raspado cutâneo: Uso para pesquisa de ácaros. Se possível, usar hidróxido de potássio 10% para deixar a lâmina mais clara. (custo baixo e resultado rápido). Dermatites parasitárias: Sarna sarcóptica: Escabiose canina e sarna vermelha; Sarna notroédrica: Escabiose felina; Sarna demodexica: Demodiciose ou sarna negra; **Doenças que estão desaparecendo pelo uso de medicamentos preventivos que pegam ácaros. Demodex: Para raspado, SEMPRE fazer o pinçamento da pele (ácaro sobe para superfície). @estuda_vets Raspagem de capilares, profundo, colhido de áreas com alopecia, sem presença de infecções bacterianas ou em áreas interdigitais que não esteja comprometidas com grande presença de edema. Em animais idosos, a presença de demodex indica sinais de doença sistêmica grave (neoplasias, hemoparasitoses, leishmaniose, doença renal ou hepáticas), com lesões que costumam se manifestar primeiro que a doença primária. Ideal sempre solicitar: hemograma, contagem de plaquetas, perfil completo e ultrassom abdominal. Para demodex, os raspado tem quase 100% de sensibilidade, exceto em sharpei (pele com presença de murcina que dificulta o achado do ácaro), ou quadros onde se tem piodermite com muito edema (se houver também hiperqueratose, pode se pedir também histopatológico se dê negativo no raspado). O uso de fita adesiva no demodex pode ser usado (analisar no menor aumento), entretanto tem que tomar cuidado com os artefatos (como cola), e pode substituir o raspado (lembrar de pinçar a pele). Escabiose: Causa lesões em pavilhões auriculares, jarret e articulações. A transmissão não ocorre apenas para espécie especifica. O raspado precisa ser profundo e amplo e é necessário encontrar apenas 1 para fechar o diagnóstico (diferente do demodex). Escabiose felina: Sempre pensar nos diferencias para pênfigo. Causa prurido intenso, crostas em regiões cefálica, bordas de pavilhões auriculares e na região frontal da face. Raspado mais sensível que em cães (notroedes catti). @estuda_vets Tricrogama: Usado para análise de pelos. Usar pinça hemostática com auxílio de garrote em suas extremidades, pegado um bom volume de pelos (indicado até 100 pelos por literatura), e avulciona os pelos. Análise do bulbo → Observa-se se tem prurido; Análise da raiz → Indicado para saber qual a fase de crescimento do pelo e se a alopecia pode ser de origem endócrina. Na cauda de rato (rarefação pilosa, comum em hipotiroidismo e hiperadrenocorticismo), o pelo se encontra na fase teleogena, visto no histopatológico. *** Anotação de aula: A fase catágena não é vista no microscópio. E o tricograma é indicado para gatos, para analisar se tem auto traumatismo por lambedura. Exame para fungos: Exame direito: Usado para visualizar artrópodes de dermotifos, por exemplo, ao redor dos pelos (precisa ver estruturas circulares + pela irregular), podendo ter falsos negativos ou positivos (não se basear apenas nele). Lâmpada de wood: @estuda_vets Reflete uma fluorescência amarelo/esverdeado, iluminando as lesões que estão em pelames. Na dermatofitose, 60% das cepas de M.cannis (não são todas), produzem triptofano (aminoácido), que pode ser confundido com outros microsporuns, fazendo chance de falso negativo. O falso positivo também pode acontecer quando se tem excesso de queratina, que induz á fluorescência (shampoos á base de alcatrão é uma contraindicação devido o excesso de queratina). Pode fazer análise de carpetes nos casos assintomáticos. Cultivo **: Indicado para agentes patogênicos, ou seja, que não fazem parte da microbiota. Ainda é indicado solicitar microcultivo para análise de macroconídeos. Citologia **: Indicado para agentes não patogênicos, para quantificar agentes da microbiota, e saber se precisa tratar ou não. Nesse caso, o cultivo não é indicado porque como faz parte da microbiota, vai crescer sempre no cultivo, não tendo uma relevância clínica. Ex: Malassezia, S.pseudintermedius Bacteriológico: Solicitado para cultura e antibiograma. @estuda_vets Dermatofitose: Sempre coletar pelame da perilesionado pois o fungo tem atividade centrífuga. Se não houver pelos de escova de dentes ou carpete e passar na superfície corpórea por portador ou assintomático. A cultura para dermatofitose é demorada, e se for uma animal com predisposição (york e persa), com lesões caraterísticas, podem entrar com o tratamento até o resultado da cultura. Citologia : Pode fazer lâminas dupla fase, mas se a lesão for seca, pode usar bisturi. Para orelhas, usar cotonete ou swab (que não precisa ser estéril). Usar corantes rápidos como PANOTIC + lente de imersão. Decalque de lâminas: Fazer com luvas, pois a mão possui gordura (podendo ter artefato). Artefatos de cito: especialmente melanina e gordura. Cito para esporo ** Se ver macrófago/ células leviduriformes em forma de “charutos’. Malassezia: anotação de aula! @estuda_vets Na malassezia, aos se observar queratinócitos nucleados, é um sinal de queratinização (melassezia secundária). Na malassezia, se trata quando se tem >3 malassezia por campo. Na dermatite atópica se houver descompensação, pode acontecer malassezia por disbiose. Micobacteriose atípica: M. fortuitum e M. shoelane Entram por instrumento cirurgico (em gatos é comum pós mastectomia e castração), e nos cães é visto especialmente extremidades (orelhas e cauda). São (BAAR), álcool ácido resistente (corar com Ziehl neelsen ou fite faraco). Gram – PANOTIC: não cora micobacterias. Nesses caso a cultura demora, melhor fazer histopatológico e citopatologico. Pênfigo foliáceo: @estuda_vets Fazer citologia para avaliar células acantolíticas (núcleo grande) e infiltrado neutrofílico íntegros e sem infecção bacteriana. Pústulas não melhoram com antibiótico. Histopatológico e biopsia: Anestesia geral depende do local e da extensão! Usar Punch cirúrgico. Membros – face – pavilhão: Anestesia geral (região que dói), + doenças autoimunes (fazer analgesia também). Indicações de histopatológico + biopsia: Lúpus eritematoso: Lesão em camada basal (corar com PAS), e diagnóstico SEMPRE com histopatológico (anestesia geral). Pênfigo: SEMPRE coletar pústulas integras. O Punch pode furar, indicado delimitar com bisturi. Endocrinopatias: Alopecia simétrica e bilateral (emcães), sem prurido: endócrino. Pode fazer histopatológico para ajudar a identificar se é endócrino ou dermato. Síndrome da fragilidade cutânea: Alteração de colágeno que faz a pele desgrudar, podendo ser adquirida ou congênita. Pele se rompe sem sangrar (no histopatológico se tem redução numérica e volumosa de fibras colágenas), corar SEMPRE com corante tricrômico de masson verhoeff para corar fibras de colágeno. @estuda_vets Síndrome hepatocutânea: Hiperqueratose, paraqueratose, edema epidérmica na faixa superior “bandeira francesa” (alteração microscópica). Fazer diagnóstico exclusivo por histopatológico. Pode ocorrer principalmente por alteração hepática ou neoplasia em pâncreas.
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