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Inelegibilidades (LC 64)

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Prévia do material em texto

INELEGIBILIDADES – LC nº 64/1990.
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: Lei Complementar nº 184, de 29.9.2021.
Última atualização jurisprudencial: 15/01/2021 - Info 892 (art. 1º, I, “d”); Info 951 (art. 1º, I, “d”); Info 04/19, TSE (art. 1º, I, “e”, 1).
Última atualização questões de concurso: 12/02/2023.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe na LC 64/90).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJMG (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc.
LEI COMPLEMENTAR Nº 64, DE 18 DE MAIO DE 1990
	
	Estabelece, de acordo com o art. 14, § 9º da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação, e determina outras providências.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
        Art. 1º São inelegíveis:
        I - para qualquer cargo:
        a) os inalistáveis e os analfabetos; (MPAM-2007) (TJGO-2015)
	(MPRS-2014): Assinale a alternativa correta: São inelegíveis para todo e qualquer cargo, nos termos da Lei Complementar 64/90, com a redação dada pela Lei Complementar 135/10 (Lei da Ficha Limpa), os inalistáveis e os analfabetos. BL: art. 1º, I, “a”, LC 64. 
        b) os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subseqüentes ao término da legislatura; (Redação dada pela LCP 81, de 13/04/94) (TJGO-2012/2015)
	(TJDFT-2011): De acordo com a LC nº 64/90 (Lei de Inelegibilidades), é correto afirmar: São inelegíveis, para qualquer cargo, os membros da Câmara Legislativa que hajam perdido os respectivos mandatos por procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 anos subsequentes ao término da legislatura. BL: art. 1º, I, “b”, LC 64 e art. 55, II, CF. 
##Atenção: Vide art. 55, I e II da CF: “Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; (...)”.
c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJPI-2012) (TJGO-2012) (TJMSP-2016)
d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPSC-2012) (TRF1-2013) (TJGO-2012/2015) (MPGO-2016) (TJSP-2017) (MPBA-2018) (TJPR-2021)
	##Atenção: ##STF: ##DOD: É possível aplicar o prazo de 8 anos de inelegibilidade, introduzido pela LC 135/10 (Lei da Ficha Limpa), às condenações por abuso de poder, mesmo nos casos em que o processo já tinha transitado em julgado quando a Lei da Ficha Limpa entrou em vigor. O fato de a condenação nos autos de representação por abuso de poder econômico ou político haver transitado em julgado, ou mesmo haver transcorrido o prazo da sanção de três anos, imposta por força de condenação pela Justiça Eleitoral, não afasta a incidência da inelegibilidade constante da alínea “d” do inciso I do art. 1º da LC 64/90, cujo prazo passou a ser de 8 anos. Exemplo: em 2009, João, político, foi condenado em Ação de Investigação Judicial Eleitoral, pela prática de abuso de poder político. Naquela época não havia ainda a Lei da Ficha Limpa. Vigorava a redação originária do art. 1º, I, “d”, da LC 64/90. Logo, a Justiça Eleitoral determinou que João ficasse inelegível por 3 anos. O processo transitou em julgado em 10/9/10 e João cumpriu os 3 anos de inelegibilidade, conforme havia sido determinado. Nas eleições de 2016, já imaginando que estaria livre da inelegibilidade, ele tentou concorrer ao cargo de Prefeito, apresentando requerimento de registro de candidatura. Ele não pode concorrer. Isso porque, em 2010, a Lei da Ficha Limpa aumentou a punição prevista no art. 1º, I, “d”, da LC 64/90 de 3 para 8 anos. Mesmo a Lei da Ficha Limpa tendo entrado em vigor após o fato praticado por João, este novo diploma deve ser aplicado ao caso concreto. Logo, a inelegibilidade de João, que era de 3 anos (e que acabou em 2012 = 3 + 2009), subiria para 8 anos (e a inelegibilidade perduraria até 2017 = 8 + 2009). STF. Plenário. ARE 1180658 AgR/RN, rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, j. 10/9/2019 (Info 951).
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMS-2018: A condenação por abuso do poder econômico ou político em ação de investigação judicial eleitoral, transitada em julgado, “ex vi” do art. 22, inciso XIV, da Lei Complementar 64/90, em sua redação primitiva, é apta a atrair a incidência da inelegibilidade do art. 1º, inciso I, alínea "d", na redação dada pela Lei Complementar 135/10, aplicando-se a todos os processos de registros de candidatura em trâmite. STF. Plenário. RE 929670/DF, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, j. 1º/3/18 (repercussão geral) (Info 892).
##Atenção: ##TSE: ##MPMS-2018: Ac.-TSE, de 4.9.2012, no REspe nº 18984: incidência da norma prevista nesta alínea ainda que se trate de condenação transitada em julgado referente a eleição anterior à vigência da LC nº 135/2010.
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJRO-2011) (TJPB-2011) (TJPI-2012) (TJGO-2012) (MPGO-2012) (MPRJ-2012) (MPRR-2012) (MPSP-2011/2013) (TJRN-2013) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (TRF1-2013) (MPMG-2010/2014) (MPMA-2014) (TJRS-2016) (TJMSP-2016) (MPPR-2011/2012/2017) (TJSP-2017) (MPRO-2017) (TJBA-2019) (TJPA-2019) (TJMS-2015/2020) (TJPR-2021) (TJMG-2022) (MPCSC-2022)
	Súmula 61-TSE: O prazo concernente à hipótese de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90 projeta-se por oito anos após o cumprimento da pena, seja ela privativa de liberdade, restritiva de direito ou multa.
Súmula 60-TSE: O prazo da causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90 deve ser contado a partir da data em que ocorrida a prescrição da pretensão executória e não do momento da sua declaração judicial.
Súmula 59-TSE: O reconhecimento da prescrição da pretensão executória pela Justiça Comum não afasta a inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90, porquanto não extingue os efeitos secundários da condenação.
	##Atenção: ##TSE: ##MPPR-2017: Ac.-TSE, de 4.11.14,no RMS nº 15090: o indulto presidencial não equivale à reabilitação para afastar a inelegibilidade decorrente de condenação criminal, sendo mantidos os efeitos secundários da condenação.
##Atenção: ##TSE: ##MPPR-2017: Ac.-TSE, de 14.2.13, no AgR-REspe nº 36440: a conversão da pena privativa de liberdade em pena restritiva de direitos não afasta a incidência da causa de inelegibilidade prevista nesta alínea.
##Atenção: ##TJRN-2013: ##CESPE: O artigo 1º, inciso I, alínea "e" da LC 64/90, não elenca a condenação por crime contra a honra como hipótese de inelegibilidade. Caso a condenação se dê por crimes não previstos nessa lista, o eleitor terá apenas os seus direitos políticos suspensos enquanto durar a condenação, conforme artigo 15, III da CF/88.
##Atenção: Não é pela prática de QUALQUER crime doloso. Logo, existe um rol de crimes.
##Atenção: ##TJMG-2022: ##FGV: A Lei Complementar nº 64/1990, em seu art. 1º, inciso I, alínea e, trata, na verdade, de hipótese de restrição da capacidade eleitoral passiva, que não se confunde com a suspensão dos direitos políticos.
1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPGO-2012) (MPRR-2012) (MPSC-2013) (MPSP-2013) (TRF1-2013) (MPMA-2014) (TJMS-2015) (TJMSP-2016) (MPRO-2017) (TJPA-2019) (TJMS-2020)
	##Atenção: ##TSE: ##TJPA-2019: ##CESPE: Condenação criminal em competência originária e inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I do art. 1º da LC nº 64/90: A decisão criminal condenatória proferida por órgão judicial colegiado no exercício de sua competência originária atrai a incidência da causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC 64/90. Trata-se de recurso ordinário interposto do indeferimento do registro de candidato ao cargo de deputado estadual, em razão da inelegibilidade atraída pela condenação em crime contra a administração pública (art. 316 do CP). O recorrente afirmou que foi condenado pelo TRE em ação penal originária decorrente do foro de prerrogativa de função, por exercer, à época dos fatos, o mandato de deputado estadual. Alegou que essa condenação em ação originária pelo Colegiado não teria o condão de atrair a inelegibilidade da referida alínea e, sob o argumento de que representaria ofensa à ampla defesa. O Min. Admar Gonzaga, relator, asseverou que não se pode confundir colegialidade com duplo grau de jurisdição. Assim, frisou que condenação por órgão colegiado enseja inelegibilidade, ainda que proferida em sede de competência originária. Em contraponto ao que alegado pelo recorrente, ao acompanhar o relator, o Min. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto afirmou que a legislação prevê como requisito para incidência da inelegibilidade apenas que a decisão condenatória seja proferida por órgão colegiado, não fazendo alusão a duplo grau de jurisdição. Agravo Regimental no RO nº 060095391, Porto Alegre/RS, rel. Min. Admar Gonzaga, j. 12.3.2019 (Info 04/19, TSE).
	(TJPA-2019-CESPE): Tales interpôs recurso ordinário contra o indeferimento do registro de sua candidatura ao cargo de deputado estadual por TRE em razão de inelegibilidade atraída por condenação em crime contra a administração pública. O recorrente afirma que a condenação pelo TRE se deu em ação penal originária decorrente do foro de prerrogativa de função, por exercer, à época dos fatos, o mandato de deputado estadual. Ele alega que a condenação originária não tinha o condão de atrair a inelegibilidade prevista na legislação eleitoral. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta: Não assiste razão ao recorrente, pois a condenação por órgão colegiado enseja inelegibilidade, ainda que proferida em sede de competência originária. BL: Info 04/19, TSE.
##Atenção: ##TSE: ##TJMS-2020: ##FCC: Os crimes contra a ordem tributária enquadram-se nos crimes contra a administração pública, previstos no item “1", da alínea “e", inciso I, do art. 1º, da LC 64/90, de modo que são abrangidos pela citada hipótese de inelegibilidade (TSE, AgR-Respe. n.º 40650, j. 19.12.2016). 
##Atenção: ##TSE: ##TJMS-2020: ##FCC: Os crimes previstos na Lei de Licitações estão abrangidos nos crimes contra a administração e o patrimônio públicos referidos no art. 1º, I, e, da LC 64/90 (TSE, REspe nº 12922, rel. Min. Nancy Andrighi, j. 4.10.2012).
	(TJRN-2013-CESPE): De acordo com a Lei de Inelegibilidade e o disposto na Lei de Ficha Limpa, a condenação por órgão colegiado, na hipótese de crime contra a administração pública, implica inelegibilidade, ainda que o processo não tenha transitado em julgado. BL: art. 1º, I, “e”, item 1, LC 64.
2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJPB-2011) (MPGO-2012) (MPSC-2013) (MPPR-2017) (MPRO-2017)
	(TJMS-2015-VUNESP): No que se refere à denominada “Lei da Ficha Limpa”, é correto afirmar que são inelegíveis os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 anos após o cumprimento da pena pelos crimes contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência. BL: art. 1º, I, “e”, item 2, LC 64.
3. contra o meio ambiente e a saúde pública; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJRO-2011) (TJPI-2012) (MPGO-2012) (TJRN-2013) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (MPPR-2011/2012/2017)
	(MPRO-2017-FMP): Assinale a alternativa correta: A inelegibilidade decorrente de sentença criminal pode ser declarada se a condenação pelo crime contra o meio ambiente for confirmada por órgão judicial colegiado. BL: art. 1º, I, “e”, item 3, LC 64.
4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJPB-2011) (MPGO-2012) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (TJMS-2015) (TJRS-2016) (MPRO-2017)
5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPGO-2012) (MPSC-2013) (MPRO-2017)
6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPGO-2012) (MPSC-2013) (MPRO-2017)
7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPMG-2010) (TJGO-2012) (MPGO-2012) (MPSC-2013) (MPRO-2017)
	Súmula 60-TSE: O prazo da causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, "e", da Lei Complementar 64/1990 deve ser contado a partir da data em que ocorrida a prescrição da pretensão executória e não do momento da sua declaração judicial.
	(MPSP-2017): O reconhecimento da prescrição da pretensão executória, pela Justiça Comum, do réu condenado definitivamente por tráfico de entorpecentes, implica, em relação a sua elegibilidade: o fim da sua inelegibilidade após o decurso de oito anos contados da data em que ocorreu a extinção da pretensão executória estatal. BL: art. 1º, I, “e”, item 7, LC 64 e Súmula 60, TSE (citada acima).
8. de redução à condição análoga à de escravo; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPGO-2012) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (MPRO-2017)
9. contra a vida e a dignidade sexual; e (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPSP-2011) (TJDFT-2012) (MPGO-2012) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (MPPR-2017) (MPRO-2017)
	##Atenção: ##TSE: ##MPRO-2017: ##TJMS-2020: ##FCC: ##FMP: A inelegibilidade do art. 1º, I, e, da LC 64/90 incide nas hipóteses de condenação criminal emanada do Tribunal do Júri, o qual constitui órgão colegiado soberano, integrante do Poder Judiciário (TSE, RO nº 263449, rel. Min. João Otávio de Noronha, red. designado Min. Maria Thereza Rocha de Assis Moura, j. 11.11.2014). Em outros termos, a inelegibilidade prevista no item 9,da alínea “e”, inciso I, do art. 1, da LC 64/90, incide nas hipóteses de condenação criminal emanada do Tribunal do Júri, órgão colegiado soberano, integrante do Poder Judiciário. Portanto, o Tribunal do Júri pode ser considerado órgão judicial colegiado para os fins da aplicação dessa hipótese de inelegibilidade.
10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPGO-2012) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (MPRO-2017)
f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPMG-2013) (MPMA-2014)
g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPGO-2010) (TJPB-2011) (TJMS-2012) (TJRJ-2012) (TJDFT-2012) (TJSC-2013) (MPPR-2013) (TJRS-2016) (TJSP-2017) (MPRO-2017) (MPMS-2011/2013/2018) (TJRO-2019) (MPSC-2019) (MPSP-2019) (TJMG-2022)
	(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A decisão irrecorrível da Câmara Municipal que rejeite por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, torna o Prefeito inelegível, para qualquer cargo, às eleições que se realizarem nos oito anos seguintes, contados a partir da data da decisão. BL: art. 1º, I, “g”, LC 64.
##Atenção: ##TJMG-2022: ##FGV: A decisão judicial de suspensão da decisão da corte de contas geradora da inelegibilidade inscrita no art. 1º, I, g da LC 64/90, independentemente de ter sido proferida por órgão judicial colegiado ou monocrático, afasta a incidência da inelegibilidade decorrente da rejeição de contas.
h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJPA-2012) (MPMS-2013) (MPBA-2018) (TJBA-2019)
          i) os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de qualquer responsabilidade; (MPMT-2008) (MPMS-2011) (MPMA-2014) (TJGO-2012/2015)
	Súmula 69-TSE: Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do inciso I do art. 1º da LC nº 64/90 têm termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPBA-2010) (MPPB-2010) (TJPB-2011) (TJDFT-2012) (TJPI-2012) (TJPR-2013) (TJSC-2013) (MPES-2013) (MPGO-2013) (MPMS-2013) (TJRJ-2013/2014) (TJMS-2015) (MPF-2015) (TJBA-2019)
	Súmula 69-TSE: Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do inciso I do art. 1º da LC nº 64/90 têm termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
	(TJRJ-2011-VUNESP): No que se refere à captação ilícita de sufrágio, assinale a alternativa correta: De acordo com a Lei Eleitoral e a atual redação da Lei das Inelegibilidades, as cominações podem compreender a imposição de multa, a cassação do registro ou do diploma e a inelegibilidade octonal. art. 41-A, caput, da Lei 9504 e art. 1º, I, “j”, LC 64/90.
##Atenção: Vejamos o art. 41-A, caput, L9504: “Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990.”
k) o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJPI-2012) (TJAM-2013) (MPRO-2013)
	(TJPA-2012-CESPE): Considere que um senador da República que tenha renunciado ao mandato, em 2003, após ter sido protocolada contra ele petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da CF, formalize pedido de registro de candidatura a prefeito de município nas eleições de 2012. Nessa situação, o referido pedido deve ser indeferido. BL: art. 1º, inciso I, “k”, LC 64.
l) os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPMS-2011) (TJPA-2012) (TJRJ-2012) (MPES-2013) (MPPR-2013) (MPMA-2014) (MPF-2015) (TJRS-2016) (MPRS-2016) (MPBA-2018) (TJRO-2019) (MPGO-2019)
	(Anal. Legisl.-Valinhos/SP-2017-VUNESP): A Lei da Ficha Limpa consiste na LC nº 135/10, que promoveu alterações na LC nº 64/90. Ela estabelece, entre outras hipóteses, a inelegibilidade da pessoa que for condenada à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena. BL: art. 1º, I, “l”, LC 64.
m) os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;  (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJPA-2012) (TJPI-2012) (TJRJ-2012) (MPRR-2012) (TJRN-2013) (MPES-2013) (MPMS-2013) (MPRO-2013) (TJRO-2019)
	(TJSP-2017-VUNESP): São considerados inelegíveis pela lei, para qualquer cargo: os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de infraçãoético-profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato for suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário. BL: art. 1º, I, “m”, LC 64.
##Atenção: ##TJRN-2013: ##CESPE: O advogado excluído dos quadros de sua entidade profissional está inelegível para qualquer cargo, conforme art. 1º, inciso I, alínea "m", da LC 64/90.
n) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão que reconhecer a fraude; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJMS-2012)
	(TJRS-2016): Conforme a Lei Complementar nº 64/90, com as alterações introduzidas pela Lei Complementar 135/10 (Lei da Ficha Limpa), é considerado inelegível o candidato que for condenado, com decisão proferida por órgão judicial colegiado, em razão de ter desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade. BL: art. 1º, I, “n” da Lei e SV 18, STF.
o) os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário;  (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJDFT-2012) (TJMSP-2016)
p) a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão, observando-se o procedimento previsto no art. 22 [obs.: da ação de investigação judicial eleitoral]; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
	(TJRO-2019-VUNESP): São inelegíveis: a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão, observando-se o procedimento da ação de investigação judicial eleitoral. BL: art. 1º, inciso I, “p”, LC 64.
(TJPB-2011-CESPE): Com relação à inelegibilidade, assinale a opção correta: Consideram-se inelegíveis para qualquer cargo a pessoa física e(ou) o dirigente de pessoa jurídica responsáveis por doação eleitoral tida por ilegal, se reconhecida contra si inelegibilidade, por prazo contado da decisão que reconheça a ilegalidade. BL: art. 1º, inciso I, “p”, LC 64.
q) os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos;  (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPSP-2011) (TJMS-2012) (TJPA-2012) (MPPE-2014)
	(MPSC-2014): São inelegíveis, para qualquer cargo, os Magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos. BL: art. 1º, I, “q” da LC 64/90.
        II - para Presidente e Vice-Presidente da República:
        a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções: (MPAL-2012) (TJMA-2013) (MPMA-2014) (PGESC-2018)
        1. os Ministros de Estado: (MPMA-2014)
        2. os chefes dos órgãos de assessoramento direto, civil e militar, da Presidência da República; 
        3. o chefe do órgão de assessoramento de informações da Presidência da República;
        4. o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;
        5. o Advogado-Geral da União e o Consultor-Geral da República;
        6. os chefes do Estado-Maior da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
        7. os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica;
        8. os Magistrados; (MPMS-2011) (MPMA-2014) (PGESC-2018)
        9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e as mantidas pelo poder público; (TJGO-2009)
        10. os Governadores de Estado, do Distrito Federal e de Territórios;
        11. os Interventores Federais;
        12, os Secretários de Estado; (MPAL-2012) (TJMA-2013) (PGESC-2018)
        13. os Prefeitos Municipais;
        14. os membros do Tribunal de Contas da União, dos Estados e do Distrito Federal; (MPPE-2008) (TJGO-2009) (PGESC-2018)
        15. o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal; (TJGO-2009)
        16. os Secretários-Gerais, os Secretários-Executivos, os Secretários Nacionais, os Secretários Federais dos Ministérios e as pessoas que ocupem cargos equivalentes;
        b) os que tenham exercido, nos 6 (seis) meses anteriores à eleição, nos Estados, no Distrito Federal, Territórios e em qualquer dos poderes da União, cargo ou função, de nomeação pelo Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do Senado Federal; (MPPE-2008) (TJGO-2009) (MPAP-2021)
        c) (Vetado);
        d) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, tiverem competência ou interesse, direta, indireta ou eventual, no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos, taxas e contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafiscais, ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades; (TJGO-2009)
        e) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, tenham exercido cargo ou função de direção, administração ou representação nas empresas de que tratam os arts. 3° e 5° da Lei n° 4.137, de 10 de setembro de 1962, quando, pelo âmbito e natureza de suas atividades, possam tais empresas influir na economia nacional; (MPPB-2010) (MPES-2013)
        f) os que, detendo o controle de empresas ou grupo de empresas que atuem no Brasil, nas condições monopolísticas previstas no parágrafo único do art. 5° da lei citada na alínea anterior, não apresentarem à Justiça Eleitoral, até 6 (seis) meses antes do pleito, a prova de que fizeram cessar o abuso apurado, do poder econômico, ou de que transferiram, por força regular, o controle de referidas empresas ou grupo de empresas;
        g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação em entidades representativas de classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela Previdência Social; (TJRR-2008) (MPPE-2008) (TJGO-2009/2015)
	(TJGO-2009-FCC): É de quatro meses o prazo para desincompatibilização, para candidatarem-se aos cargos de Presidente e Vice- Presidente da República, dentre outros, dos que estejam ocupando cargo ou função de direção, administração ou representação em entidades representativas de classe, mantidas com recursos arrecadados ou repassados pela Previdência Social. BL: art. 1º, II, “g” da LC 64/90.
        h) os que, até 6 (seis) meses depois de afastados das funções, tenham exercido cargo de Presidente, Diretor ou Superintendente de sociedades com objetivos exclusivos de operações financeiras e façam publicamente apelo à poupança e ao crédito, inclusive através de cooperativas e da empresa ou estabelecimentos que gozem, sob qualquer forma, de vantagens asseguradas pelo poder público, salvo se decorrentes de contratos que obedeçam a cláusulas uniformes;
        i) os que, dentro de 6 (seis) meses anteriores ao pleito, hajam exercido cargo ou função de direção, administração ou representação em pessoa jurídica ou em empresa que mantenha contrato de execução de obras, de prestação de serviços ou de fornecimento de bens com órgão do Poder Público ou sob seu controle, salvo no caso de contrato que obedeça a cláusulas uniformes; (TJDFT-2011) (TJSC-2013)
        j) os que, membros do Ministério Público, não se tenham afastado das suas funções até 6 (seis)) mesesanteriores ao pleito;
        I) os que, servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou entidades da Administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se afastarem até 3 (três) meses anteriores ao pleito, garantido o direito à percepção dos seus vencimentos integrais; (MPPE-2008) (TJMT-2009) (MPPI-2012) (TJCE-2014) (MPAM-2015) (MPAP-2021)
	Súmula 5-TSE: Serventuário de cartório, celetista, não se inclui na exigência do art. 1°, II, l, da LC nº 64/90.
	(TJMT-2009-VUNESP): Servidor Público do Município de Cuiabá, aprovado em concurso público realizado em 1998, exerce o cargo efetivo de professor da rede pública municipal. Já possuindo filiação político-partidária, o servidor pretende candidatar-se a vereador no município de Santo Antônio do Leverger nas próximas eleições municipais. Para atender aos requisitos constitucionais e legais de elegibilidade, e, assim, poder concorrer ao pleito, o servidor deve pedir licença do cargo, no mínimo 3 (três) meses antes do pleito, com direito a percebimento de proventos integrais nesse período.. BL: art. 1º, II, “l” da LC 64/90.
        III - para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
        a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República especificados na alínea a do inciso II deste artigo e, no tocante às demais alíneas, quando se tratar de repartição pública, associação ou empresas que operem no território do Estado ou do Distrito Federal, observados os mesmos prazos; (TJMA-2013) (MPF-2013) (MPMA-2014) (MPAM-2015)
        b) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de seus cargos ou funções:
        1. os chefes dos Gabinetes Civil e Militar do Governador do Estado ou do Distrito Federal;
        2. os comandantes do Distrito Naval, Região Militar e Zona Aérea;
        3. os diretores de órgãos estaduais ou sociedades de assistência aos Municípios;
        4. os secretários da administração municipal ou membros de órgãos congêneres;
        IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:
        a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) meses para a desincompatibilização; (MPPI-2012) (MPRO-2013) (PGESC-2018) (TJRO-2019)
        b) os membros do Ministério Público e Defensoria Pública em exercício na Comarca, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais; (MPMS-2018) (MPAP-2021)
        c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito; (MPPB-2011) (MPES-2013) (MPMA-2014) (PGESC-2018)
        V - para o Senado Federal:
        a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República especificados na alínea a do inciso II deste artigo e, no tocante às demais alíneas, quando se tratar de repartição pública, associação ou empresa que opere no território do Estado, observados os mesmos prazos; (MPAL-2012) (TJMA-2013) (MPAM-2015)
	(MPAL-2012-FCC): A respeito das inelegibilidades e das impugnações ao registro de candidaturas, é correto afirmar: São inelegíveis para o Senado Federal, até seis meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções, os Secretários de Estado. BL: art. 1º, II, “a”, item 12[footnoteRef:1] c/c art. 1º, V, “a”, LC 64/90. [1: Art. 1º São inelegíveis: (...) II - para Presidente e Vice-Presidente da República: a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções: (...) 12. os Secretários de Estado;] 
        b) em cada Estado e no Distrito Federal, os inelegíveis para os cargos de Governador e Vice-Governador, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos; (MPAM-2015)
        VI - para a Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa e Câmara Legislativa, no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o Senado Federal, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos; (TJMA-2013) (MPAM-2015)
        VII - para a Câmara Municipal:
        a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o Senado Federal e para a Câmara dos Deputados, observado o prazo de 6 (seis) meses para a desincompatibilização;
        b) em cada Município, os inelegíveis para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, observado o prazo de 6 (seis) meses para a desincompatibilização. (MPPB-2011) (PGESC-2018)
	(MPAP-2021-CESPE): Os prazos de desincompatibilização para que membros da Defensoria Pública dos estados em exercício na comarca concorram às eleições para prefeito, vereador e deputado estadual são, respectivamente, de até quatro meses antes do pleito, seis meses antes do pleito e três meses antes do pleito. 
##Atenção: Desincompatibilização – Defensor Público:[footnoteRef:2] [2: https://www.tse.jus.br/eleicoes/desincompatibilizacao/defensor-publico ] 
-Prefeito/Vice-Prefeito:
Prazo de Afastamento: 4 meses
Modalidade de Afastamento: Sem anotação.
Legislação: LC 64/90, art. 1º, IV, b[footnoteRef:3] [3: LC 64/90, art. 1º, IV, b: para Prefeito e Vice-Prefeito: [...] b) os membros do Ministério Público e Defensoria Pública em exercício na Comarca, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais;] 
Precedente 1: Res. 19.508, de 16/4/1996 (formato TIFF)
-Deputado Federal:
Prazo de Afastamento: 3 meses.
Modalidade de Afastamento: Sem anotação.
Legislação: LC 64/90, art. 1º, II, l[footnoteRef:4] [4: Deputado Federal/Estadual/Distrital: LC 64/90, art. 1º, II, l: os que, servidores públicos, estatutários ou não,»dos órgãos ou entidades da Administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se afastarem até 3 (três) meses anteriores ao pleito, garantido o direito à percepção dos seus vencimentos integrais;] 
Precedente 1: Res. 21.074, de 23/4/2002 (formato PDF)
-Deputado Estadual/Distrital:
Prazo de Afastamento: 3 meses.
Modalidade de Afastamento: Sem anotação.
Legislação: LC 64/90, art. 1º, II, l
Precedente 1: Res. 21.074, de 23/4/2002 (formato PDF)
-Vereador:
Prazo de Afastamento: 6 meses
Modalidade de Afastamento: Sem anotação.
Legislação: LC 64/90 art. 1º, VII, b c/c LC 64/90, art. 1º, IV, b[footnoteRef:5] [5: Vereador: LC 64/90 art. 1º, VII, b c/c LC 64/90, art. 1º, IV, b: em cada Município, os inelegíveis para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, observado o prazo de 6 (seis) meses para a desincompatibilização.] 
Precedente 1: Res. 22.141, de 9/2/2006 (formato TIFF)
Precedente 2: Res. 19.508, de 16/4/1996 (formato TIFF)
        § 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito. (MPAM-2007) (MPF-2005/2012) (MPPI-2012)
        § 2° O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou substituído o titular. (MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPF-2012)
	(TJRJ-2011-VUNESP): Vice-Prefeito que não tenha substituído o titular em ambos os mandatos pode se candidatar ao cargo de Prefeito, sendo-lhe facultada, ainda, a reeleição ao cargo de Chefe do Poder Executivo por um único período.
##Atenção: Está correta, sendo entendimento do TSE que o vice-prefeito que não substitui o prefeito nos últimos 6 meses de mandato pode se candidatar ao cargo de prefeito e ainda a uma reeleição.
        § 3° São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes, consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território,do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. (MPAM-2007) (MPPB-2011) (MPRO-2013)
§ 4o  A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJDFT-2012) (MPGO-2012) (MPRR-2012) (MPSP-2011/2013) (MPMS-2013) (MPMG-2014) (TJRS-2016) (MPPR-2012/2017)
	(TJMSP-2016-VUNESP): A inelegibilidade dos que forem condenados por crimes contra a administração pública e o patrimônio público, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, prevista pela Lei da Ficha Limpa, não se aplica aos crimes culposos. BL: art. 1º, I, “e”, item 1 c/c art. 1º, §4º da LC 64/90.
(MPSC-2013): De acordo com a LC 135/10, a inelegibilidade decorrente de condenação, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 anos após o cumprimento da pena, pelos crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; contra o meio ambiente e a saúde pública; eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública; de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; de redução à condição análoga à de escravo; contra a vida e a dignidade sexual; e praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando; não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada. BL: art. 1º, I, “e”, c/c art. 1º, §4º da LC 64/90.
§ 4º-A. A inelegibilidade prevista na alínea “g” do inciso I do caput deste artigo não se aplica aos responsáveis que tenham tido suas contas julgadas irregulares sem imputação de débito e sancionados exclusivamente com o pagamento de multa. (Incluído pela Lei Complementar nº 184, de 2021)
§ 5o  A renúncia para atender à desincompatibilização com vistas a candidatura a cargo eletivo ou para assunção de mandato não gerará a inelegibilidade prevista na alínea k, a menos que a Justiça Eleitoral reconheça fraude ao disposto nesta Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPRO-2013)
        Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as arguições de inelegibilidade. (MPF-2011) (MPAL-2012) (MPPR-2012) (MPSP-2013) (MPBA-2018) (PGERS-2021)
        Parágrafo único. A arguição de inelegibilidade será feita perante: (TJAP-2009) (TJRJ-2012) (TJCE-2012) (MPAL-2012) (MPPR-2012) (MPF-2011/2013) (MPRO-2013) (MPSP-2013) (TJPA-2012/2014) (MPMA-2014) (MPRR-2017) (TJMA-2022)
        I - o Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da República; (MPAL-2012) (MPSP-2013) (MPF-2013)
        II - os Tribunais Regionais Eleitorais, quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital; (TJAP-2009) (MPAL-2012) (MPPR-2012) (MPF-2011/2013) (MPRO-2013) (MPSP-2013) (MPMA-2014) (MPRR-2017) (TJMA-2022)
	(MPRR-2017-CESPE): A ação de impugnação ao pedido de registro de candidatura (AIRC) será ajuizada no TRE quando a impugnação se referir a candidatura de deputado federal. BL: art. 2º, §único, II, LC 64/90.
        III - os Juízes Eleitorais, quando se tratar de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. (TJRJ-2012) (TJCE-2012) (MPAL-2012) (MPRO-2013) (MPSP-2013) (MPF-2013)
        Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato, impugná-lo em petição fundamentada. (TJMS-2008) (TJAP-2009) (MPPB-2010) (MPF-2008/2011) (TJRO-2011) (TJES-2011) (TJPA-2012) (MPAL-2012) (MPAP-2012) (MPMG-2012) (MPPR-2012) (MPRJ-2012) (TJPE-2013) (TJRN-2013) (MPSP-2013) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (TJDFT-2015) (TJSE-2015) (MPAM-2015) (MPMS-2015) (MPRS-2016) (MPRO-2017) (MPRR-2017) (MPBA-2010/2018) (TJCE-2012/2018) (MPBA-2018) (MPSC-2012/2013/2019) (MPGO-2013/2019) (TJAL-2019) (TJPR-2013/2021) (TJMG-2022)
	Súmula 49-TSE: O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC nº 64/90, para o Ministério Público impugnar o registro inicia-se com a publicação do edital, caso em que é excepcionada a regra que determina a sua intimação pessoal.
	(TJMG-2022-FGV): Sobre ações judiciais eleitorais, assinale a afirmativa correta: Poderá haver litispendência, em determinados casos, entre a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) e a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). BL: art. 3º, LC 64/90 e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##TSE: ##TJMG-2022: ##FGV: “[...] Ação de impugnação de mandato eletivo (AIME). Ação de investigação judicial eleitoral (AIJE). Identidade. Fatos. Provas. Partes. Litispendência. [...] 1. No decisum monocrático, anulou–se aresto do TRE/PI, por meio do qual se reconhecera a litispendência entre a AIME 1–43 (objeto dos presentes autos) e a AIJE 554–27, determinando–se o retorno do feito à origem para regular processamento. 2. A litispendência caracteriza–se quanto há duas ou mais ações em curso com as mesmas partes, causa de pedir e pedido, hipótese que gera a extinção do segundo processo sem exame de mérito (arts. 337, §§ 1º e 2º e 485, V, do CPC/2015). Trata–se de instrumento que prestigia a segurança jurídica, bem como a economia, a celeridade, a racionalidade e a organicidade da sistemática processual, evitando o manejo de inúmeras demandas que conduziriam ao mesmo resultado. 3. Nos termos da jurisprudência desta Corte Superior, ‘[a] litispendência entre feitos eleitorais pode ser reconhecida quando há identidade entre a relação jurídica–base das demandas, o que deve ser apurado a partir do contexto fático–jurídico do caso concreto’ [...] 4. Na espécie, verifica–se inequívoca identidade entre a AIME 1–43 e a AIJE 554–27, circunstância que leva ao reconhecimento da litispendência da primeira em relação à segunda, pois se extrai da moldura do aresto regional que: a) ambas possuem a mesma base fática e probatória; b) há coincidência do polo ativo e, no tocante ao polo passivo, o da AIJE é mais extenso; c) a procedência dos pedidos na AIJE poderá acarretar, além da perda dos diplomas, a sanção de inelegibilidade, inexistindo nenhum efeito prático no prosseguimento da AIME. [...]” (Ac. de 15.4.2021 no AgR-REspEl nº 060053336, rel. Min. Luis Felipe Salomão.)
(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta: O eleitor não possui legitimação ativa para a propositura de Ação de Impugnação de Registro de Candidatura - AIRC. BL: art. 3º, LC 64/90.
(MPAM-2015-FMP): O Ministério Público Eleitoral tem legitimidade para impugnar pedido de registro de candidatura e, para tanto, dispõe do mesmo prazo previsto para os candidatos, partidos políticos e coligações. BL: art. 3º, LC 64/90.
(TJSE-2015-FCC): A impugnação de pedido de registro de candidatura NÃO pode ser feita, por qualquer eleitor. BL: art. 3º, LC 64/90.
##Atenção: Pela leitura do art. 3º da LC 64/90, percebe-se que o eleitor não tem legitimidade. 
##Atenção: ##TSE: Ac.-TSE, de 19.12.2016, no AgR-REspe nº 26234 e, de 16.11.2016, no AgR-REspe nº 28954: eleitor não possui legitimidade para recorrer de decisão que defere registro de candidatura, mas pode apresentar notícia de inelegibilidade ao juiz competente.
(TJMS-2008-FGV): Quanto à impugnação de candidatura, assinale a afirmativa correta: São legitimados ativos o candidato a candidato, o partido político, a coligação partidária (como partido político temporário) e o Ministério Público.BL: art. 3º, LC 64/90. [adaptada]
(Anal. Judic./TRERS-2008-Consuplan): Tem legitimidade para impugnar registro de candidatura, EXCETO: Entidade de classe de âmbito nacional. BL: art. 3º da LC 64.
##Atenção: ##TJMG-2022: ##FGV: De acordo com a Doutrina, embora o Código Eleitoral apresente o recurso contra a expedição de diploma (RCD) como “recurso”, trata-se de uma ação eleitoral, já que inexiste ação anterior para ser atacada por algum recurso. Assim, o RCD é autônomo e, por isso, alguns autores indicam a nomenclatura de Ação de Impugnação da Diplomação (AIDI). 
        § 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, não impede a ação do Ministério Público no mesmo sentido. (TJMS-2008) (TJAP-2009) (MPBA-2010) (TJCE-2012) (MPMG-2012) (MPRJ-2012) (MPSC-2012) (TJPE-2013) (MPSC-2014) (TJDFT-2011/2015) (MPRO-2017) (TJAL-2019)
	##Atenção: A atuação do MP independe de terem os outros colegitimados apresentado impugnações ao registro.
        § 2° Não poderá impugnar o registro de candidato o representante do Ministério Público que, nos 4 (quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidária. (TJMS-2008) (TJAP-2009) (TJPE-2013) (TJPR-2013/2014) (MPAM-2015) (MPRO-2017) (MPRS-2017) (TJAL-2019)
	##Atenção: Esse prazo foi reduzido para dois anos pelo art. 80 da LC n.º 75/93. Portanto, mesmo que haja autorização do Conselho Superior do Ministério Público, não poderá impugnar o registro de candidato o representante do Ministério Público que, nos 2 anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidária, isto é, tenha tido filiação partidária.
        § 3° O impugnante especificará, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis). (TJAP-2009) (MPBA-2010) (TJPR-2010/2013) (TJPE-2013) (MPRO-2017)
	(TJAP-2009-FCC): A respeito da arguição de inelegibilidade e da impugnação de registro de candidatura, é correto afirmar: Na impugnação de pedido de registro de candidato, o impugnante especificará, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo de seis. BL: art. 3º, §3º da LC 64/90.
        Art. 4° A partir da data em que terminar o prazo para impugnação, passará a correr, após devida notificação, o prazo de 7 (sete) dias para que o candidato, partido político ou coligação possa contestá-la, juntar documentos, indicar rol de testemunhas e requerer a produção de outras provas, inclusive documentais, que se encontrarem em poder de terceiros, de repartições públicas ou em procedimentos judiciais, ou administrativos, salvo os processos em tramitação em segredo de justiça. (TJAP-2009) (TJPR-2010) (TJES-2011) (TJPA-2012) (MPAP-2012) (TJPE-2013) (MPRO-2017)
	(MPAP-2012-FCC): No processo de impugnação de registro de candidaturas, é de sete dias o prazo para o candidato, partido político ou coligação contestarem a impugnação. BL: art. 4º, LC 64/90.
        Art. 5° Decorrido o prazo para contestação, se não se tratar apenas de matéria de direito e a prova protestada for relevante, serão designados os 4 (quatro) dias seguintes para inquirição das testemunhas do impugnante e do impugnado, as quais comparecerão por iniciativa das partes que as tiverem arrolado, com notificação judicial. (TJPA-2012) (TJPB-2015)
        § 1° As testemunhas do impugnante e do impugnado serão ouvidas em uma só assentada.
        § 2° Nos 5 (cinco) dias subseqüentes, o Juiz, ou o Relator, procederá a todas as diligências que determinar, de ofício ou a requerimento das partes. (TJAL-2019)
	##Atenção: O Juiz Eleitoral poderá determinar diligências DE OFÍCIO no âmbito da AIRC (§ 2.º do art. 5.º da LC 64/90). 
        § 3° No prazo do parágrafo anterior, o Juiz, ou o Relator, poderá ouvir terceiros, referidos pelas partes, ou testemunhas, como conhecedores dos fatos e circunstâncias que possam influir na decisão da causa.
        § 4° Quando qualquer documento necessário à formação da prova se achar em poder de terceiro, o Juiz, ou o Relator, poderá ainda, no mesmo prazo, ordenar o respectivo depósito.
        § 5° Se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não comparecer a juízo, poderá o Juiz contra ele expedir mandado de prisão e instaurar processo por crime de desobediência.
        Art. 6° Encerrado o prazo da dilação probatória, nos termos do artigo anterior, as partes, inclusive o Ministério Público, poderão apresentar alegações no prazo comum de 5 (cinco) dias. (TJPR-2010) (TJCE-2012) (MPAP-2012)
        Art. 7° Encerrado o prazo para alegações, os autos serão conclusos ao Juiz, ou ao Relator, no dia imediato, para sentença ou julgamento pelo Tribunal.
        Parágrafo único. O Juiz, ou Tribunal, formará sua convicção pela livre apreciação da prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes, mencionando, na decisão, os que motivaram seu convencimento. (TJMA-2022)
        Art. 8° Nos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz Eleitoral apresentará a sentença em cartório 3 (três) dias após a conclusão dos autos, passando a correr deste momento o prazo de 3 (três) dias para a interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral. (TJPA-2012) (TJAC-2012) (MPAP-2012) (TJMS-2015) (TJDFT-2015)
	Súmula 10-TSE: No processo de registro de candidatos, quando a sentença for entregue em Cartório antes de três dias contados da conclusão ao Juiz, o prazo para o recurso ordinário, salvo intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele tríduo.
	(MPRS-2016): Nos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz Eleitoral deve apresentar a sentença em cartório 3 dias após a conclusão dos autos, passando a correr deste momento o prazo para interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral. BL: art. 8º, LC 64.
(TJES-2011-CESPE): No que se refere a impugnação de registro de candidatura, competência para julgamento, procedimentos, prazos e efeitos recursais no âmbito da Lei Complementar 64/90 e alterações posteriores, assinale a opção correta: Na impugnação dos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o juiz eleitoral formará sua convicção pela livre apreciação da prova — atendendo aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes, e mencionando na decisão os que motivaram seu convencimento — e apresentará a sentença em cartório três dias após a conclusão dos autos; a partir desse momento, passa a correr o prazo de três dias para a interposição de recurso para o TRE. BL: arts. 7º e 8º, LC 64.
        § 1° A partir da data em que for protocolizada a petição de recurso, passará a correr o prazo de 3 (três) dias para a apresentação de contra-razões. (TJCE-2012)
        § 2° Apresentadas as contra-razões, serão os autos imediatamente remetidos ao Tribunal Regional Eleitoral, inclusive por portador, se houver necessidade, decorrente da exigüidade de prazo, correndo as despesas do transporte por conta do recorrente, se tiver condições de pagá-las.
        Art. 9° Se o Juiz Eleitoral não apresentar a sentença no prazo do artigo anterior, o prazo para recurso só começará a correr após a publicação da mesma por edital, em cartório.
        Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese prevista neste artigo, o Corregedor Regional, de ofício, apurará o motivo do retardamento e proporá ao Tribunal Regional Eleitoral, se for o caso, a aplicação da penalidade cabível.
        Art. 10. Recebidos os autos na Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral, estes serão autuados e apresentados no mesmo dia ao Presidente, que, também na mesma data, os distribuirá a um Relator e mandará abrir vistas ao Procurador Regional pelo prazo de 2 (dois) dias. (TJES-2011)
        Parágrafo único. Findo o prazo, com ou sem parecer, os autos serão enviados ao Relator, queos apresentará em mesa para julgamento em 3 (três) dias, independentemente de publicação em pauta. (TJES-2011)
        Art. 11. Na sessão do julgamento, que poderá se realizar em até 2 (duas) reuniões seguidas, feito o relatório, facultada a palavra às partes e ouvido o Procurador Regional, proferirá o Relator o seu voto e serão tomados os dos demais Juízes. (TJES-2011)
        § 1° Proclamado o resultado, o Tribunal se reunirá para lavratura do acórdão, no qual serão indicados o direito, os fatos e as circunstâncias com base nos fundamentos do Relator ou do voto vencedor.
        § 2° Terminada a sessão, far-se-á a leitura e a publicação do acórdão, passando a correr dessa data o prazo de 3 (três) dias, para a interposição de recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, em petição fundamentada.
        Art. 12. Havendo recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, a partir da data em que for protocolizada a petição passará a correr o prazo de 3 (três) dias para a apresentação de contra-razões, notificado por telegrama o recorrido. (MPAP-2012)
        Parágrafo único. Apresentadas as contra-razões, serão os autos imediatamente remetidos ao Tribunal Superior Eleitoral.
        Art. 13. Tratando-se de registro a ser julgado originariamente por Tribunal Regional Eleitoral, observado o disposto no art. 6° desta lei complementar, o pedido de registro, com ou sem impugnação, será julgado em 3 (três) dias, independentemente de publicação em pauta. (TJES-2011) (TJCE-2012)
        Parágrafo único. Proceder-se-á ao julgamento na forma estabelecida no art. 11 desta lei complementar e, havendo recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, observar-se-á o disposto no artigo anterior.
        Art. 14. No Tribunal Superior Eleitoral, os recursos sobre registro de candidatos serão processados e julgados na forma prevista nos arts. 10 e 11 desta lei complementar.
Art. 15.  Transitada em julgado ou publicada a decisão proferida por órgão colegiado que declarar a inelegibilidade do candidato, ser-lhe-á negado registro, ou cancelado, se já tiver sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido. (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJSC-2010) (DPU-2010) (TJDFT-2011) (TJES-2011) (TJPI-2012) (MPRR-2017) (MPPB-2018)
	##Atenção: ##MPRR-2017: ##CESPE: A causa de pedir da Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) é composta pela ausência de elegibilidade ou pela presença de inelegibilidade. Desse modo, a diplomação do candidato não impede os efeitos da AIRC. Portanto, o objeto não será perdido se não for julgado até a diplomação do candidato eleito, pois o diploma poderá ser declarado nulo, se já expedido, consoante dispõe o art. 15 da LC 64/90. 
##Atenção: ##TJDFT-2011: Não é admissível a execução provisória, visto que a decisão que declara a inelegibilidade só pode ser executada após o trânsito em julgado ou de sua publicação por órgão colegiado. Nesse caso, o recurso terá efeito suspensivo, não sendo passível de execução provisória.
Parágrafo único.  A decisão a que se refere o caput, independentemente da apresentação de recurso, deverá ser comunicada, de imediato, ao Ministério Público Eleitoral e ao órgão da Justiça Eleitoral competente para o registro de candidatura e expedição de diploma do réu. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (TJES-2011) (MPPB-2018)
        Art. 16. Os prazos a que se referem o art. 3º e seguintes desta lei complementar são peremptórios e contínuos e correm em secretaria ou Cartório e, a partir da data do encerramento do prazo para registro de candidatos, não se suspendem aos sábados, domingos e feriados. (MPF-2005/2011) (MPMG-2013)
        Art. 17. É facultado ao partido político ou coligação que requerer o registro de candidato considerando inelegível dar-lhe substituto, mesmo que a decisão passada em julgado tenha sido proferida após o termo final do prazo de registro, caso em que a respectiva Comissão Executiva do Partido fará a escolha do candidato.
	(MPRS-2016): É facultado ao partido político ou coligação que requerer o registro de candidato considerado inelegível dar-lhe substituto, mesmo que a decisão passada em julgado tenha sido proferida após o termo final do prazo de registro. BL: art. 17 da Lei.
        Art. 18. A declaração de inelegibilidade do candidato à Presidência da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e Prefeito Municipal não atingirá o candidato a Vice-Presidente, Vice-Governador ou Vice-Prefeito, assim como a destes não atingirá aqueles. (TJSC-2010) (MPBA-2010) (MPSC-2012) (MPSP-2011/2013)
	(TJSC-2010): A declaração de inelegibilidade do candidato a Prefeito Municipal não atingirá o candidato a Vice-Prefeito, assim como a deste não atingirá aquele.. BL: art. 18, LC 64/90.
        Art. 19. As transgressões pertinentes à origem de valores pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais. (MPRR-2008) (MPF-2011) (TJRS-2012) (MPPR-2012) (TJMA-2022)
        Parágrafo único. A apuração e a punição das transgressões mencionadas no caput deste artigo terão o objetivo de proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou do abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta, indireta e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (MPRR-2008) (TJMG-2018)
	##Atenção: A AIJE objetiva proteger a normalidade e legitimidade das eleições, na forma do art. 14, § 9º, da CF. Por conseguinte, para a procedência da AIJE é necessária a incidência de uma hipótese de cabimento (abuso do poder econômico, abuso do poder de autoridade ou político, utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social e transgressão de valores pecuniários), além da prova de que o ato abusivo rompeu o bem jurídico tutelado, ou seja, teve potencialidade de influência na lisura do pleito (ou, na dicção legal do art. 22, XVI, da LC nº 64/90, a prova de “gravidade das circunstâncias” do ato abusivo). Para a procedência da AIJE é necessário, além de uma das hipóteses de cabimento, a prova de que o ato abusivo teve potencialidade de influência na lisura do pleito.
        Art. 20. O candidato, partido político ou coligação são parte legítima para denunciar os culpados e promover-lhes a responsabilidade; a nenhum servidor público, inclusive de autarquias, de entidade paraestatal e de sociedade de economia mista será lícito negar ou retardar ato de ofício tendente a esse fim, sob pena de crime funcional. (MPSC-2010)
        Art. 21. As transgressões a que se refere o art. 19 desta lei complementar serão apuradas mediante procedimento sumaríssimo de investigação judicial, realizada pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais, nos termos das Leis nºs 1.579, de 18 de março de 1952, 4.410, de 24 de setembro de 1964, com as modificações desta lei complementar.
        Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito: (Vide Lei nº 9.504, de 1997) (MPRR-2008) (TJPA-2009) (MPPB-2010) (TJSP-2011) (MPPR-2012) (MPRJ-2012) (MPTO-2012) (MPSP-2013) (TJMT-2014) (MPMA-2014) (MPF-2011/2012/2015) (TJPB-2015) (MPRS-2014/2017) (MPBA-2010/2018) (TJCE-2018) (TJMG-2018) (MPMG-2012/2019) (TJRO-2019) (MPPI-2019) (MPCE-2020) (MPSC-2010/2012/2016/2021) (TJPR-2019/2021) (MPAP-2021) (TJAP-2022) (TJMA-2022)
	(MPAP-2021-CESPE): O candidato A, após o deferimento de sua candidatura, recebeu e usou, com auxílio do tesoureiro de seu partido, determinada quantia consideradaexcessiva pela justiça eleitoral. O candidato foi eleito. Tendo conhecimento do ocorrido após a diplomação, outro candidato, B, que não fora eleito, representou ao MPE, requerendo a adoção de providências. Com relação a essa situação hipotética, julgue o seguinte item, considerando o entendimento do TSE acerca das inelegibilidades por abuso do poder econômico e demais temas relacionados: Observado o prazo legal, o MPE poderá oferecer ação de impugnação do mandato eletivo de A. BL: art. 22, LC 64/90 e Entend. TSE.
##Atenção: ##TSE: ##MPAP-2021: ##CESPE: “A disposição do art. 14, § 11, da Constituição, no que pertinente a ilegitimidade ad causam, está complementada pelo art., 22 da Lei de Inelegibilidade, no qual se credenciam qualquer partido político, candidato ou o Ministério Público Eleitoral para a representação perante a Justiça Eleitoral.” (Ac 11.835. de 9.6.94)
(MPCE-2020-CESPE): O objetivo da ação de investigação judicial eleitoral é apurar denúncias de atos que configurem abuso de poder econômico e(ou) político durante campanha eleitoral. BL: art. 22 da LC 64/90.
##Atenção: ##MPPI-2019: ##CESPE: Do art. 22 da LC 64/90 extrai-se que o objetivo da ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) é apurar a ocorrência, no período eleitoral (do registro de candidatura até a diplomação), de: i) uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico; ii) uso indevido, desvio ou abuso do poder de autoridade; ou iii) utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social.
(TJPR-2019-CESPE): Com relação ao Ministério Público Eleitoral, assinale a opção correta: Na defesa do regime democrático, cumpre ao Ministério Público Eleitoral a proteção das eleições contra influência do poder econômico ou contra abuso do poder político. BL: art. 72, § único, da LC 75[footnoteRef:6] e art. 22, caput da LC 64/90. [6: Art. 72. (...) Parágrafo único: O Ministério Público Federal tem legitimação para propor, perante o juízo competente, as ações para declarar ou decretar a nulidade de negócios jurídicos ou atos da administração pública, infringentes de vedações legais destinadas a proteger a normalidade e a legitimidade das eleições, contra a influência do poder econômico ou o abuso do poder político ou administrativo.] 
##Atenção: O Ministério Público Eleitoral possui legitimidade para o ajuizamento de diversas ações, entre as quais insere-se a ação de investigação judicial eleitoral, prevista no art. art. 22 da LC 64/90, que tem por finalidade combater o abuso de poder político e econômico nas eleições, constituindo forma de proteção do regime democrático, uma das funções institucionais do MP.
(MPMG-2019): Acerca das ações eleitorais e suas finalidades, assinale a alternativa correta: Poderá o Ministério Público Eleitoral propor investigação judicial eleitoral, após o deferimento do registro de candidatura, por atos ilícitos decorrentes de abuso do poder econômico e/ou político. Nesse caso, se o pedido final importar em cassação do registro, diploma ou mandato, haverá litisconsórcio passivo necessário entre o titular e o vice da chapa majoritária. BL: S. 47, TSE[footnoteRef:7] e art. 22, LC 64/90. [7: Súmula TSE nº 38: Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há litisconsórcio passivo necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária.] 
##Atenção: O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade infraconstitucional superveniente, inelegibilidade de natureza constitucional e falta de condição de elegibilidade. Na primeira hipótese, não basta que a inelegibilidade seja desconhecida, é preciso que seja superveniente ao processo de registro de candidatura. É o que determina o art. 262 do Código Eleitoral em combinação com a Súmula TSE n.º 47.
(TJMG-2018-Consulplan): O art. 14, §9º, da CF/88, que foi regulamentada com a promulgação da LC 64/90, a fim de resguardar a lisura e autenticidade do processo político-eleitoral, preconiza a propositura da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), a ser manejada por qualquer partido, coligação, candidato ou pelo MP. BL: art. 14, §9º, CF e art. 22 da LC 64/90.
##Atenção: ##MPBA-2010: ##MPMA-2014: ##TJCE-2018: ##CESPE: Roberto Moreira de Almeida explica que “a AIME é, indubitavelmente, uma ação civil-eleitoral de natureza constitucional [...]. O Tribunal Superior Eleitoral pacificou o entendimento segundo o qual a AIME deve tramitar segundo o procedimento da ação de impugnação de registro de candidatura (AIRC) previsto no art. 22 da LC n.º 64/90 (Lei das Inelegibilidades)". (ALMEIDA, Roberto Moreira. Curso de Direito Eleitoral. 14ª ed. Salvador: JusPodivm, 2020, p. 754/755). Vejamos o seguinte julgado do TSE: “Ação de impugnação de mandato eletivo. Rito da Lei nº 64, de 1990. O rito sumário disciplinado na Lei Complementar nº 64, de 1990, prevê alegações finais pelas partes e pelo Ministério Público, no prazo comum de cinco dias, depois de ‘encerrado o prazo para a dilação probatória’ (art. 6º). [...]” (Ac. de 21.08.2007 no REspe nº 26.100, rel. Min. Ari Pargendler).
##Atenção: ##TSE: ##MPRS-2017: “(...) Ação de investigação judicial eleitoral. Legitimidade ativa. Interesse de agir. Qualquer candidato. Repercussão direta. Desnecessidade. (...) 1. Para conhecer e dar provimento ao recurso ordinário o e. TSE entendeu estarem presentes a legitimidade ativa e o interesse processual. (...). 2. Interpretando o art. 96, caput, da Lei 9.504/97 e art. 22, caput, da LC 64/90 a jurisprudência do e. TSE, entende que para ajuizar ações eleitorais, basta que o candidato pertença à circunscrição do réu, tenha sido registrado para o pleito e os fatos motivadores da pretensão se relacionem à mesma eleição, sendo desnecessária a repercussão direta na esfera política do autor (Agnº 6.506/SP, Rel. e. Min. José Delgado, DJ de 8.11.06; REspe nº 26.012/SP, Rel. Min. José Delgado, DJ de 8.8.06). (...) In casu, o representante, candidato a deputado estadual, possui interesse de agir para ajuizar ação de investigação judicial eleitoral contra candidato eleito para o cargo de deputado federal, na mesma circunscrição eleitoral. (...)” (Ac. de 25.11.2008 no ED-RO nº 1.537, rel. Min. Felix Fischer.)
##Atenção: ##TSE: ##TJAP-2022: ##FGV: “[...] Ação de investigação judicial eleitoral. Governador e vice– governador. Conduta vedada e abuso do poder político. Cumulação de pedidos. Apuração concomitante. Possibilidade. Precedentes. [...] 5. Há muito é assente nesta Corte Superior o entendimento de que ‘não há óbice a que haja cumulação de pedidos na AIJE, apurando–se concomitantemente a prática de abuso de poder e a infração ao art. 73 da Lei nº 9.504/97, seguindo–se o rito do art. 22 da LC nº 64/90’ [...]” (Ac. de 6.5.2021 no RO-El nº 060038425, rel. Min. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto.)
(TJPA-2009-FGV): O pedido de abertura de investigação judicial para apurar o uso indevido, desvio ou abuso de poder econômico, através de representação à Justiça Eleitoral, poderá ser feito apenas por qualquer partido político, coligação, candidato ou pelo Ministério Público Eleitoral. BL: art. 22, LC 64/90.
        I - o Corregedor, que terá as mesmas atribuições do Relator em processos judiciais, ao despachar a inicial, adotará as seguintes providências: (TJPB-2015)
        a) ordenará que se notifique o representado do conteúdo da petição, entregando-se-lhe a segunda via apresentada pelo representante com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 5 (cinco) dias, ofereça ampla defesa, juntada de documentos e rol de testemunhas, se cabível; (TJPA-2012)
        b) determinará que se suspenda o ato que deu motivo à representação, quando for relevante o fundamento e do ato impugnado puder resultar a ineficiência da medida, caso seja julgada procedente;
        c) indeferirá desde logo a inicial, quando não for caso de representação ou lhe faltar algum requisito desta lei complementar;
	##Atenção: ##TJPB-2015: ##CESPE: Ac.-TSE, de 25.9.2003 nos EDclREspe no 20.976, rel. Min. Carlos Velloso: Ação de investigação fundadano art. 22 da LC no 64/90. Extinção do feito sem julgamento do mérito por ausência de capacidade postulatória da parte autora. [...] 2. É imprescindível que a representação seja assinada por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sob pena de ser extinto o feito sem julgamento do mérito, por violação do art. 133 da Constituição Federal.
        II - no caso do Corregedor indeferir a reclamação ou representação, ou retardar-lhe a solução, poderá o interessado renová-la perante o Tribunal, que resolverá dentro de 24 (vinte e quatro) horas;
        III - o interessado, quando for atendido ou ocorrer demora, poderá levar o fato ao conhecimento do Tribunal Superior Eleitoral, a fim de que sejam tomadas as providências necessárias;
        IV - feita a notificação, a Secretaria do Tribunal juntará aos autos cópia autêntica do ofício endereçado ao representado, bem como a prova da entrega ou da sua recusa em aceitá-la ou dar recibo;
        V - findo o prazo da notificação, com ou sem defesa, abrir-se-á prazo de 5 (cinco) dias para inquirição, em uma só assentada, de testemunhas arroladas pelo representante e pelo representado, até o máximo de 6 (seis) para cada um, as quais comparecerão independentemente de intimação; (TJPA-2012)
        VI - nos 3 (três) dias subseqüentes, o Corregedor procederá a todas as diligências que determinar, ex officio ou a requerimento das partes;
        VII - no prazo da alínea anterior, o Corregedor poderá ouvir terceiros, referidos pelas partes, ou testemunhas, como conhecedores dos fatos e circunstâncias que possam influir na decisão do feito;
        VIII - quando qualquer documento necessário à formação da prova se achar em poder de terceiro, inclusive estabelecimento de crédito, oficial ou privado, o Corregedor poderá, ainda, no mesmo prazo, ordenar o respectivo depósito ou requisitar cópias;
        IX - se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não comparecer a juízo, o Juiz poderá expedir contra ele mandado de prisão e instaurar processo s por crime de desobediência;
        X - encerrado o prazo da dilação probatória, as partes, inclusive o Ministério Público, poderão apresentar alegações no prazo comum de 2 (dois) dias; (MPTO-2012)
        XI - terminado o prazo para alegações, os autos serão conclusos ao Corregedor, no dia imediato, para apresentação de relatório conclusivo sobre o que houver sido apurado;
        XII - o relatório do Corregedor, que será assentado em 3 (três) dias, e os autos da representação serão encaminhados ao Tribunal competente, no dia imediato, com pedido de inclusão incontinenti do feito em pauta, para julgamento na primeira sessão subseqüente; 
        XIII - no Tribunal, o Procurador-Geral ou Regional Eleitoral terá vista dos autos por 48 (quarenta e oito) horas, para se pronunciar sobre as imputações e conclusões do Relatório;
        XIV – julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar;  (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPMG-2010) (MPPB-2010) (MPF-2012) (MPSP-2013) (TJPB-2015) (MPGO-2013/2016) (TJRJ-2016) (TJBA-2019) (TJPR-2021) (MPAP-2021)
	Súmula 19-TSE: O prazo de inelegibilidade decorrente da condenação por abuso do poder econômico ou político tem início no dia da eleição em que este se verificou e finda no dia de igual número no oitavo ano seguinte (art. 22, XIV, da LC nº 64/90).
	##Atenção: ##TSE: ##TJBA-2019: ##CESPE: Ac.-TSE, de 21.6.2016, no REspe nº 84356: a partir das eleições de 2016, o litisconsórcio passivo necessário entre o candidato beneficiário e o responsável pela prática de abuso do poder político passa a ser obrigatório nas ações de investigação judicial eleitoral.
##Atenção: ##TSE: ##MPF-2012: ##TJPB-2015: ##TJPR-2021: ##CESPE: ##FGV: [...] Investigação judicial eleitoral. Uso indevido de meio de comunicação. Jornal. Promoção pessoal. Potencialidade. Inelegibilidade. Art. 22, XIV, LC no 64/90. [...] NE: Trecho do voto do relator: “[...] viabiliza-se o ajuizamento de Ação de Investigação Judicial Eleitoral para apurar abuso de poder econômico e político praticado mesmo antes do período eleitoral.” (Ac. de 17.4.2008 nos EDclRO no 1.530, rel. Min. Felix Fischer.)
##Atenção: ##TSE: ##TJPR-2021: ##FGV: Representação. Investigação judicial. Alegação. Abuso do poder político e de autoridade. Atos de campanha em evento oficial. Infração aos arts. 73, I, e 74 da Lei n. 9.504/97. Preliminares. [...] Ausência de candidatura formalizada. Rejeição. [...] É pacífica a jurisprudência do TSE no sentido de que a ação de investigação judicial pode ter como objeto fato ocorrido em momento anterior ao da escolha e registro do candidato. [...]” NE: Alegação de não-subsunção do fato à norma pela ausência de formalização da candidatura do primeiro representado à reeleição ao cargo de presidente da República. (Ac. de 17.10.2006 na Rp no 935, rel. Min. Cesar Asfor Rocha; no mesmo sentido o Ac. de 7.12.2006 na Rp no 929, rel. Min. Cesar Asfor Rocha.)
        XV - (Revogado pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
        XVI – para a configuração do ato abusivo, não será considerada a potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (MPPB-2010) (MPF-2015) (TJRJ-2011/2016) (TJRS-2018) (TJBA-2019) (TJMA-2022)
	(TJMA-2022-CESPE): Assinale a opção correta no que se refere a ações e procedimentos eleitorais: Para a configuração de ato abusivo eleitoral, não será considerada a potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, mas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam. BL: art. 22, XVI, LC 64/90.
##Atenção: ##TSE: Ac.-TSE, de 9.3.2021, no REspEl nº 35773: possibilidade de utilização da potencialidade como aspecto secundário para aferição da gravidade.
##Atenção: ##TSE: Ac.-TSE, de 19.3.2019, no REspe nº 49451 e, de 6.11.2018, no RO nº 799627: as hipóteses de abuso de poder constituem cláusulas abertas e devem ser interpretadas em harmonia com o art. 14, § 9º, da Constituição Federal, considerando a gravidade da conduta e o desequilíbrio na disputa eleitoral, tendo em vista a normalidade e a legitimidade do pleito.
##Atenção: ##TSE: Ac.-TSE, de 23.6.2015, no REspe nº 115348: a análise das circunstâncias e eventuais ilicitudes que envolvam a transferência de elevado número de eleitores pode ser avaliada sob o ângulo da aferição do abuso do poder econômico e/ou político, a fim de se preservar a legitimidade e normalidade do pleito eleitoral.
(TJRJ-2016-VUNESP): Considere a seguinte situação hipotética. Candidato João obteve o segundo lugar na eleição para Prefeito no Município de Cantagalo e ajuizou Ação de Investigação Judicial Eleitoral em face dos vencedores do pleito, o candidato José, e Maria, que com ele compunha a chapa. Na ação, João alegou que os eleitos ofereceram empregos nas empresas de propriedade de terceiro, Antônio, irmão de Maria, eleita Vice-Prefeita, em troca de votos. A instrução processual comprovou os fatos, com robustas provas de que houve efetivamente a promessa de emprego em troca de votos. Diante desse caso, é correto afirmar que a Ação de Investigação Judicial Eleitoral deve ser julgada procedente, pois restou comprovada a promessa de emprego em troca de voto, o que caracteriza abuso de poder econômico na eleição municipal, com a consequente cassação

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