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APS - Crime de Extorsão Art 158

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1. Conceito
 
O significado jurídico da extorsão está estabelecido no artigo 2.º. artigo 158.º do código Penal nestes termos:
"Art. 158 - Constranger alguém, com violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter vantagem econômica indevida para si ou para outrem, de fazer, tolerar fazer ou deixar de fazer:
Pena - Reclusão de quatro a dez anos e multa.
· § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.
· § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
· § 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2º e 3º, respectivamente.” (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009).
 
“Para Fernando Capez, a característica essencial desse crime é que o agente obriga a vítima a fazer, a não fazer ou a tolerar fazer algo, por meio do uso da força ou grave ameaça. Em suma, estamos diante de uma forma de constrangimento ilícito, acrescido, porém, de uma finalidade especial do agente, consubstanciada no anseio de obter vantagem econômica.”
Conjetura-se então que este crime é aquele que é cometido contra a vítima, através de violência ou grave ameaça, de modo que a vítima tolera, faz ou dá a entender que tem problemas que não pode ser conhecido por mais ninguém e que por isso consegue para desviar propriedades e dinheiro.
O Art. 158 não prevê a força indevida, ou seja, se o agente não usar força ou grave ameaça, mas reduzir a vítima à impossibilidade de resistência, podemos dizer, por exemplo, que se o agente drogar a vítima e induzi-la a subscrever cheques não é chantagem, é roubo.
Além disso, enquanto a extorsão não é onde a violência ou ameaças sérias são postas posteriormente, o roubo violento pode ocorrer imediatamente antes ou durante o lucro (roubo apropriado) ou imediatamente após o lucro ser obtido (roubo impróprio). roubo).
2. SUJEITO DO CRIME.
O objeto desse crime, assim como o furto, pode ser qualquer pessoa, porém, quando o pedido de uso indevido em razão da função que exerce for cometido por funcionário público, será tipificado o crime de contusão. Mas mesmo um agente de autoridade coagiria alguém com extrema violência e ameaças para obter uma vantagem indevida. Ele foi punido não apenas pela concussão. Mas também extorsão.
3. SUJEITO PASSIVO
É aqui que uma ou mais pessoas podem ser responsáveis ​​pelo crime em questão. As vítimas são as que sofrem violência ou ameaças, as que não agem ou as toleram e as que sofrem perdas econômicas.
 Em suma, chegamos à conclusão de que o crime de extorsão pode ter até três sujeitos passivos, entendemos: primeiro sobre quem usa violência, depois sobre quem omite ou permite algo, bem como o terceiro, quem sofre dano à propriedade, ao patrimônio. 
4. OBJETIVIDADE JURÍDICA
 O crime em causa, que é também crime contra o património protege também a proteção fundamental, a integridade física, a liberdade individual, a vida e a paz.
Assim como no caso do roubo o insulto pessoal é um meio de obter ganho de propriedade o objetivo final). Este é um crime claro. Por esta razão, juntamente com o crime de furto, a extorsão é classificada como crime contra a propriedade e não como crime contra a pessoa.
Assim, a tutela primária é a inviolabilidade dos bens e a tutela secundária é a vida e a integridade física e psíquica da vítima.
5. ELEMENTO OBJETIVO
É humilhar alguém com violência ou ameaças graves. Ações que precedem os benefícios econômicos que o agente espera obter. Esta restrição destina-se a impor, compelir a fazer, concordar em fazer o que foi dito ou não feito.
6. ELEMENTO SUBJETIVO
Consiste em maldade, isto é, hostilidade à apreensão final da propriedade de outra pessoa. Obtenção de ganhos ilegais por meio de violência ou ameaças graves. Consequentemente, cabe ressaltar que o crime em questão tem objetivo patrimonial, ou seja, a obtenção de benefícios econômicos. Porque sem esse benefício, estaríamos enfrentando o crime de vergonha ilegal, não extorsão.
7. TENTATIVA E CONSUMAÇÃO.
 Por levar à comissão e tentar o crime de extorsão existem duas colocações sobre o sucesso.
 Entendemos:
Na primeira, a extorsão é considerada crime formal, cometido quando a vítima faz, deixa de fazer ou tolera algo.
Para o segundo fluxo os crimes são substantivos e só são cometidos se o agente estiver recebendo benefícios econômicos.
Consequentemente, quanto à segunda corrente, por se tratar de crime contra o patrimônio termina quando o agente recebe um benefício econômico, portanto o dano é necessário. Depende do resultado pois é um crime grave. Antes disso, haverá apenas tentativas.
Para resolver essas diferenças. A Suprema corte revisou a Súmula de nº. 96, O crime de extorsão é determinado independentemente do benefício indevido recebido”.
Para o resumo acima, isso é oficialmente um crime, significa que afeta apenas o comportamento, a conduta
"Obrigar alguém a agir, a agir, ou permitir que alguém aja, por meio de força ou grave ameaça, com o fim de obter vantagem econômica injustificada para si ou para outrem.".
No entanto, a súmula não especificou um momento exato de sucesso, consequentemente, existem dois fluxos, duas correntes doutrinarias:
A primeira diz que a coerção, a extorsão só termina com o constrangimento da vítima. A tentativa é admissível, por exemplo, quando o mandatário fizer o registo por escrito, ou seja, por carta, e faltar.
A segunda doutrina diz que a coerção, a extorsão se completa quando a vítima obedece ao chantagista, ou seja, quando faz ou deixa de fazer o que o agente mandou, independentemente do ganho Também é possível tentar quando a vítima não obedece ao agente.
Desta forma, o resultado é claro na categoria penal descrita no art. 158, que ainda dispõe: “é fazer, transigir ou não fazer. Assim, se a vítima, apesar ilegítima coação exercida pelo agente, mediante violência ou grave ameaça, não praticar a conduta positiva ou omissa desejada pelo agente, por circunstâncias alheias à sua vontade, o ato permanecerá no seu destino na sua modalidade.
Quanto a essa tentativa, também há uma diferença na incidência. Ocorrência contrário, entendemos:
Ocorre quando o sujeito, embora coagido pelo agressor por meio de violência física ou moral, não realiza o comportamento positivo ou negativo esperado, devido a circunstâncias fora do controle do agressor. A este respeito. 9 E no sentido de que há tentativa quando o interessado não obtém o benefício apesar da conduta da vítima vinculada. Além disso, também há tentativa se a ameaça não for do conhecimento do contribuinte. E mesmo que a vítima não se amedronta.
 
Como chegamos anteriormente, embora esse crime seja formal, a tentativa é admissível, pois tal crime não pode ser resumido em um único fato.
 
8. CAUSAS DE AUMENTO
 É imediatamente óbvio que as causas do crescimento são fornecidas pelo art. Com base no § 158, § 1º, a pena pode ser aumentada de um terço, ou até da metade conforme segue:
· SE DA VIOLÊNCIA OU AMEAÇA É EXERCIDA COM ARMA
É indicado no § 1º do artigo acima e esse tipo penal tem um significado mais amplo sobre armas. Como se refere tanto o armas próprias ou impróprias quanto, entendemos: Uma arma própria é uma arma específica criada para ataque ou defesa, como: armas de fogo: revólveres, revólveres; armas cortantes: punhais, facas, granadas, punhais, espadas, etc. Além disso, armas impróprias incluem objetos ou ferramentas criadas sem a intenção de ferir ou prejudicar outras pessoas, como cadeiras, machados, barras de ferro, etc.
A razão para esse aumento é que o uso de uma arma seja ela própria ou imprópria, causa mais medo na vítima, o que reduz a probabilidade de sua reação.
É importante observar que antes da extinção da súmula 174 do STF, as razões acima para o aumento eram utilizadas mesmo que a arma fosse de brinquedo.No entanto, prevalece o posicionamento atual de que, se a arma utilizada para amedrontar a vítima for um brinquedo, o autor responderá apenas por simples chantagem.
· SE O CRIME É COMETIDO POR DUAS OU MAIS PESSOAS.
É preciso dizer que a lei se refere ao cometimento, e não à competência que informa que é imprescindível que os co-autores pratiquem os atos de execução do crime.
Consequentemente, esse aumento não é definido se um agente apenas supervisiona seu cúmplice para fazer a chantagem. Consequentemente, para coautoria é necessária não é só participação. Não deve ser confundido com as disciplinas previstas no § 4º, IV e 157, § 2º, II, que preveem o concurso de pessoas, que abrange a coautoria e a participação, ao contrário da majorante em estudo.
 
Assim, para que esse aumento, essa majoração de fato afete o aumento da pena, não basta a simples participação no crime, mas que os coautores de fato pratiquem atos executivos para esse fim, ou seja, como obrigar a vítima a fazer, não fazer ou tolerar que algo seja feito, por meio do uso da força ou grave ameaça.
9. EXTORSÃO QUALIFICADA
A extorsão qualificada esta tipificada no § 3 do Artigo 150, nestes termos: :
 “Se resultarem da violência lesões corporais graves, a pena é de reclusão de 7 (sete)a 15 (quinze)anos, além de coima; em caso de morte, a reclusão é de 20 (vinte)a 30 (trinta)anos, ressalvada a pena pecuniária”.
· CRIME QUALIFICADO PELO RESULTADO LESÕES GRAVES
Este é um crime qualificado, hediondo e pode aumentar a pena de prisão para 7 a 15 anos. É imputada se houver dolo no crime de extorsão, bem como nos casos de injúria à integridade física grave com fundamento no Art. 129, § § 1º e 2º do Código Penal.
· DO CRIME QUALIFICADO PELO RESULTADO MORTE
Trata-se de crime hediondo por estar incluído no rol taxativo do art. 1º, III, da lei. 8.072/90 e como sabemos, a competência será do juíz singular e não do júri. Pressupõe também dolo para extorsão e dolo ou culpa por conduta ulterior (morte), a pena para este crime é de 20 a 30 anos.
Ressalte-se que a lei dos Crimes Atrozes, em seu art. 9º, estabelece que quando a vítima se encontrar em qualquer das hipóteses do art. 224 da codificação Penal, a pena para extorsão qualificada como morte deve ser aumentada pela metade respeitando assim o limite de 30 anos. Porém o art. 224 foi revogado pela lei. 12.015 de 2009 e que logo o artigo 9º da lei de Crimes Hediondos foi tacitamente invalidado.
10. CONCURSO DE CRIMES
Entende-se que quando um agente solicita e recebe benefícios indevidos da mesma pessoa várias vezes, haverá continuação do delito de extorsão.
Vale lembrar que um dos pré-requisitos para a configuração da continuidade criminal é que os crimes sejam da mesma natureza, pois furto e extorsão são crimes contra o patrimônio ou seja, possuem a mesma natureza, portanto não são da mesma tipologia prevista em diferentes tipologias criminosas, pelo que não cabe falar em continuidade penal entre furto e extorsão.
Além disso, o Tribunal de Justiça Federal manifestou-se no sentido de que o agente que responde por uma única prática fática enseja, por atos sucessivos, furto e extorsão, em razão de nexo fático relevante.
11. Competência do processamento e julgamento do feito:
Se o crime afetar bens ou interesses da associação a competência será da Justiça Federal, nos termos do art. 109 CF. Nesse sentido, TRF da 4ª região: “processo Penal. Recurso penal em sentido estrito. Extorsão (artigo 158 do código Penal) contra comunidades indígenas. Prejuízo aos interesses sindicais Competência da Justiça Federal, Art. 109, IV e XI, CF/88, Súmula 140 do STJ Não aplicável. 1. A Súmula STJ 140 não esgota completamente as possibilidades de crimes em que o indígena figura como vítima ou autor, devendo ser relativizada quando o crime adquire a proporção de transindividualidade, encaixando em risco a cultura e a estrutura de toda uma comunidade. 2. Sendo caraterizada, "in casu", prática criminosa dirigida contra indígenas, cuja proteção é de interesse da associação -em particular, da FUNAI-, esta, por si só, já atrai jurisdição federal, conforme estabelece o art. 109, IV, da CF/88. 3. Como se não bastasse, a extorsão foi realizada às custas de parte considerável da população indígena (idosos e gestantes), visando aos réus extorquir o dinheiro que ganhavam com a aposentação e o auxílio-maternidade., que se refere a todo o grupo residente na reserva Guarita, observado o inciso XI do referido dispositivo constitucional. 4. Recurso provido, firmando a Competência da 2ª Vara Federal de Santo Ângelo para processar e julgar o feito” (TRF 4ª Região, RSE 2002.04.0/1.050790-2/RS, 8ª T., DJU 23-4-2003, p. 400); TRF 4ª Região: “Penal. Extorsão. Ex-funcionário. Uso da carteira funcional. Competência da Justiça Federal. Pena-base reduzida. 1– As provas colhidas demonstram que os réus, ex-servidores da Receita Federal, utilizando-se de carteira funcional, abordaram a vítima e, depois de tê-la conduzida de carro a local distante e ermo, exigiram para si a mercadoria estrangeira que a vítima portava. 2 – Competência da Justiça Federal em razão da ameaça ter sido feita com uso da carteira funcional, recebida pelos réus quando estavam no exercício da função. 3 – Reduz-se a pena-base para o mínimo legal, tendo em vista as circunstâncias judiciais amplamente favoráveis. Mantida a majorante especial do art. 153, § 1º, CP. 4 – Apelação parcialmente provida” (TRF 4ª Região, Ap. Crim. 96.04.59375-7/PR, 2ª T., DJU 4-4-2001, p. 586); e TRF da 4ª Região: “Indígenas. Competência federal. 1. Denúncia por extorsão e cárcere privado contra indígenas que causaram conflito, com resultado morte, ao buscar cobrar percentual sobre plantio em terra cultivada dentro da reserva indígena. Caso em que se vislumbra condutas violentas provocadoras de instabilidade e utilização incorreta de áreas da Reserva, afetando os interesses de toda aquela comunidade indígena. 2. Competência Federal para processar e julgar o feito, nos termos dos arts. 109, IV e XI, e 231, da CF, visto a obrigação da União em proteger e fazer respeitar todos os bens dos indígenas” (TRF 4ª Região, RSE 2002.04.0 l.041639-8/SC, 8ª T., DJU 16-7-2003, p. 371). Em sentido contrário, fixando a competência da Justiça Estadual para o processamento da ação penal, STJ: “Conflito positivo de competência. Penal. Juízos estadual e federal. Crime de extorsão praticado por servidora pública. Condenação proferida pelo juízo estadual. Âmbito estadual. A ré, ao praticar o delito do qual já foi inclusive condenada pelo juízo estadual, estava atuando no exercício de cargo em comissão na esfera estadual. Infundadas as alegações trazidas pelo d. juízo federal suscitante. Conflito conhecido declarando-se a competência do Juízo Estadual envolvido” (STJ, CC 45282/MG, 3ª S., Rel. Min. José Arnaldo da Fonseca, DJ 3-11- 2004, p. 132); STJ: “Conflito de competência. Prática em tese de crimes (extorsão e roubo) imputados a integrantes de entidade privada – INSTITUTO NACIONAL DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE - INPANA. Associados que se arvoram na condição de funcionários públicos federais, portando carteiras similares às utilizadas por autoridades Públicas (c/ brasão semelhante ao da República Federativa do Brasil). Bens, interesses e serviços da União, autarquias e empresas públicas (CF, art. 109, IV) não lesados, mas sim de particulares. Competência da justiça estadual. 1. Não obstante os associados de entidade privada, acusados pela prática em tese de roubo e extorsão, se fazerem passar por funcionários públicos federais, portando inclusive carteiras com brasão semelhante ao da República Federativa do Brasil, não há no caso bens, serviços ou interesses da União a justificar a competência da Justiça Federal. 2. Competência da Justiça Comum Estadual” (STJ, CC 26849/SP, 3ª S., Rel. Min. Edson Vidigal, DJ 8-10-2001, p. 160); STJ: “Conflito de competência. Inquérito policial. Crime de extorsão. Funcionário público federal fora de suas atribuições funcionais. Inocorrência de prejuízo ao erário. Competência da justiça estadual. 1.Compete à justiça estadual apreciar inquérito policial instaurado para apurar crime de extorsão praticado por funcionário público federal fora de suas atribuições funcionais e sem prejuízo aos cofres públicos” (STJ, CC 19179/PE, 3ª S., Rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJ 19-6-2000, p. 107); e STJ: “Penal. Processual. Policial federal. Extorsão. Prisão preventiva. Competência. Habeas corpus. Recurso. 1. Policial federal que comete crime de extorsão contra particular, não configurando-se qualquer lesão a bens, serviços ou interesses da União ou de suas entidades, é processado e julgado pela Justiça Comum estadual e não pela Justiça Federal” (STJ, RHC 1562/SP, 5ª T., Rel. Min. Edson Vidigal, DJ 30-3-1992, p. 3995).
Roubo e extorsão.
Distinção: STJ: “Penal. Roubo. Extorsão. Diferença. No roubo e na extorsão, o agente emprega violência, ou grave ameaça a fim de submeter a vontade da vítima. No roubo, o mal é ‘iminente’ e o proveito ‘contemporâneo’; na extorsão, o mal prometido é ‘futuro’ e ‘futura’ a vantagem a que se visa (Carrara). No roubo, o agente toma a coisa, ou obriga a vítima (sem opção) a entregá-la. Na extorsão, a vítima pode optar entre acatar a ordem ou oferecer resistência. Hungria escreveu: “no roubo, há contrectatio; na extorsão, traditio’” (REsp 90097/PR, 6ª T., Rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, DJ 25-2-1998, p. 127). No mesmo sentido, TJRS: “Distinção entre roubo e extorsão. Não há distinção entre alguém, sob ameaça, ter o bem tomado pelo meliante ou entregá-lo diante da ordem deste. A diferença situa-se em permitir a extorsão alguma opção à vítima, o que não se viabiliza no roubo, bem como, naquela ser o proveito futuro e incerto, o que, no roubo, incorre, diante da indispensável contemporaneidade entre a ação e a vantagem” (TJRS, Ap. Crim. 70000743351, 7ª Câmara Criminal, Rel. Luís Carlos Ávila de Carvalho Leite, j. 23-3- 2000); e TJRS: “Extorsão. Roubo. Imediatidade do Constrangimento. Dispensabilidade da conduta da vítima. Distinção. Tratando-se de ação imediata à subjugação da vítima pelo emprego de arma, o constrangimento de entregar a res e a dispensabilidade da conduta da vítima para a subtração da res, o delito que se configura é o de roubo e não extorsão” (TJRS, Ap. Crim. 70010503563, 5ª Câmara Criminal, Rel. Aramis Nassif, j. 16-8-2006).
“O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida.”
Referência: CP, art. 158, caput.
 Precedentes: 
REsp 3.591-RJ (6ª T, 06.11.1990 — DJ 26.11.1990) 
REsp 30.485-RJ (5ª T, 1º.03.1993 — DJ 22.03.1993) 
REsp 32.057-SP (5ª T, 03.05.1993 — DJ 24.05.1993) 
REsp 32.809-SP (5ªT, 12.05.1993 — DJ 07.06.1993) 
RHC 3.201-ES (5ª T, 17.11.1993 — DJ 29.11.1993) 
Terceira Seção, em 03.03.1994 DJ 10.03.1994, p. 4.021 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BITTENCOURT, Cézar Roberto, Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2014.
CAPEZ, Fernando; Curso de Direito Penal; Parte Especial; 8ed; São
Paulo/SP:Saraiva,2008. vol.2.
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal. Parte Especial. 17. ed Rio de
Janeiro:Forense,2006, vol.1.
Disponível em: < http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=175>
HUNGRIA, Nélson. Comentários ao Código Penal. 6.ed. G.Z: .,2019, vol.2.
JESUS, Damásio E. de; Código Penal Anotado; 23 ed. Nova edição. São Paulo: Saraiva; 2015;
MIRABETE, Júlio Fabbrini; Manual de Direito Penal; Parte Especial. 25 ed. São Paulo: Atlas, 2019. vol.3.
https://www.academia.edu/7311174/Codigo_Penal_Comentado_2012_Fernando_Capez
https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2010_7_capSumula96.pdf

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