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Danielle Nunes Gomes (20015011) Miquéias A. Santos Junior (20014501) RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS Pipetagem Tipagem Sanguínea (Lâmina e Tubo) Teste de Coombs Imunologia Clínica Prof° Janyerson Dannys 2023.1 PIPETAGEM - AULA PRÁTICA 1 1.0. INTRODUÇÃO A pipetagem e micropipetagem são técnicas fundamentais em laboratórios para medir e transferir volumes precisos de líquidos. Essas técnicas são utilizadas em diversas áreas, como biologia, química, medicina e outras. A pipetagem é a técnica utilizada para transferir volumes maiores de líquidos, geralmente acima de 1 mL, enquanto a micropipetagem é utilizada para volumes menores, na faixa de microlitros. As pipetas e micropipetas são ferramentas precisas e sensíveis e devem ser manuseadas com cuidado e precisão. Além disso, a escolha do tipo de pipeta ou micropipeta adequado para cada aplicação é importante para obter resultados confiáveis e precisos. 1.1. OBJETIVOS Os objetivos das técnicas de pipetagem e micropipetagem são garantir precisão e acurácia na medição de volumes de líquidos em trabalhos laboratoriais. Isso é importante para evitar erros na preparação de soluções, reações químicas e análises biológicas. Além disso, essas técnicas ajudam a economizar reagentes e amostras, pois permitem a medição exata do volume necessário 1.2. MATERIAIS E MÉTODOS ● Micropipetas com ponteiras descartáveis ● Solução a ser pipetada ● Tubo Graduado ● Suporte para pipetas ou micropipetas ● Recipiente com água para descarte de ponteiras Passo a passo uso da pipeta (figura 1) 1. Selecionamos a micropipeta com a capacidade necessária para a quantidade de solução a ser pipetada. 2. Escolhemos a ponteira adequada para a micropipeta. 3. Ajustamos o volume desejado na micropipeta. 4. Colocamos a ponta da micropipeta na solução a ser pipetada 5. Pressionamos o êmbolo até o primeiro ponto de parada para aspirar a solução. 6. Retiramos a ponta da micropipeta da solução e colocamos no tubo graduado onde a solução será transferida. 7. Pressionamos o êmbolo até o segundo ponto de parada para liberar a solução no tubo graduado. 8. Retiramos a micropipeta do tubo graduado e descartamos a ponteira usada em local apropriado. (Figura 1) Uso delle micropipette (Ourboox, 2021) Passo a passo teste de dissolução 1. Separou-se 7 tubos graduados e colocou-se 300 uL da amostra de cor forte (figura 2) no primeiro tubo e 100 uL de água destilada nos outros. 2. Foi coletado 100 uL da amostra do primeiro tubo e transferido para o segundo tubo que contém água destilada. 3. Depois, após trocar a ponteira da pipeta, foi coletado 100 uL do segundo tubo e transferido para o terceiro. 4. Foi realizado esse processo para todos os outros tubos 5. Observamos a diferença entre os tubos, e os resultados foram comparados com os dos colegas. (Figura 2) Amostras utilizadas 1.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Foi relatado a diferença do uso dos tipos de pipetas do laboratório, seja em seu manuseio ou em seus resultados. Também foi observado que podem haver diferenças nos resultados com o mesmo equipamento, mostrando que o manuseio implica diretamente nos resultados. 1.4. CONCLUSÕES Nesta prática, foi possível observar a importância da técnica de micropipetagem em trabalhos que necessitam de alta precisão na manipulação de líquidos em volumes reduzidos. Foi possível realizar a transferência de soluções com precisão e acurácia, seguindo os passos corretamente para evitar erros experimentais. A escolha da ponteira adequada para a micropipeta, o ajuste do volume necessário e o enxágue da ponteira após cada transferência foram fundamentais para garantir a qualidade dos resultados, além da importância de seguir o manuseio correto do equipamento. 1.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KASVI. Boas práticas em pipetagem. Disponível em: https://kasvi.com.br/boas-praticas-em-pipetagem/. Acesso em: 12 abr. 2023. https://kasvi.com.br/boas-praticas-em-pipetagem/ TIPAGEM SANGUÍNEA (LÂMINA E TUBO) - AULA PRÁTICA 2 2.0. INTRODUÇÃO A tipagem sanguínea é um teste laboratorial realizado para identificar as características do sangue de uma pessoa, incluindo o grupo sanguíneo e o fator Rh. tipo de sangue de uma pessoa é determinado pelos antígenos presentes na superfície dos glóbulos vermelhos e pelos anticorpos presentes no plasma sanguíneo. A tipagem sanguínea é importante para a doação e transfusão de sangue, pois, se uma pessoa receber sangue de um tipo diferente do seu, pode ocorrer uma reação imunológica que pode ser grave ou até mesmo fatal. Por isso, é necessário que os profissionais de saúde façam a tipagem sanguínea antes de realizar uma transfusão de sangue ou de um transplante de órgão. 2.1. OBJETIVOS O objetivo desta aula prática foi realizar o teste de tipagem sanguínea em lâmina, utilizando os reagentes Anti-A, Anti-B e Anti-AB, e em tubo, para determinar o grupo sanguíneo ABO dos pacientes. 2.2. MATERIAIS E MÉTODOS ● Lâminas e tubos de ensaio ● 1 reagente 1 (Anti-A) ● 1 reagente 2 (Anti-B) ● 1 reagente 3 (Anti-AB) ● Amostras de sangue com EDTA ● Micropipeta automática com capacidade de 50 µL. A suspensão de glóbulos foi preparada de 40% em solução salina a 0,9%, conforme descrito no procedimento. Teste em lâmina: O teste de lâminas para tipagem sanguínea consiste em identificar os tipos de antígenos presentes na superfície das hemácias, e é realizado através de uma série de reagentes que reagem com os diferentes tipos de antígenos. Abaixo segue um passo a passo do procedimento: ● Preparamos uma suspensão de glóbulos de 40% em solução salina à 0,9%. ● Adicionamos uma gota do reagente Anti-A no lado esquerdo da lâmina e uma gota de reagente Anti-B no lado direito. Em uma segunda lâmina, colocamos uma gota de reagente Anti-AB. ● Adicionamos uma gota da suspensão de hemácias a cada reagente. ● Misturamos os reagentes com a suspensão de glóbulos em uma área de 2x3 cm. Movimentamos delicadamente a lâmina para promover a mistura. Foi nesse momento que a aglutinação na lâmina contendo Anti-A pôde ser observada macroscópicamente. A aglutinação começou em poucos segundos. É importante ressaltar que o teste de lâminas deve ser realizado com cuidado e precisão, seguindo os procedimentos corretos e utilizando os materiais adequados. O objetivo é identificar o tipo sanguíneo do indivíduo e evitar transfusões sanguíneas incompatíveis, que podem levar a reações graves ou até mesmo fatais. Teste em Tubo: ● Prepararam-se suspensões a 3-5% dos glóbulos a serem testados em solução salina à 0,9%. ● Adicionaram-se uma gota de reagente Anti-A, Anti-B e Anti-AB respectivamente em três tubos de ensaio e identificaram-se os tubos. ● Acrescentou-se uma gota de cada suspensão de glóbulos vermelhos em cada um dos tubos. Os conteúdos foram misturados bem. ● Os tubos foram centrifugados por 15 segundos a 3400 rpm. ● O botão de glóbulos vermelhos foi suspenso delicadamente e a presença ou ausência de aglutinação foi examinada. ● Os resultados foram graduados e registrados. A força centrífuga aplicada foi a mínima necessária para obter um sobrenadante claro e um botão de glóbulos vermelhos nitidamente delineados, que pudesse ser ressuspenso facilmente. Este teste é útil para determinar a compatibilidade sanguínea entre doadores e receptores em transfusões sanguíneas e em outras investigações médicas. É importante destacar que a força centrífuga aplicada deve ser a mínima necessária para obter um sobrenadante claro e um botão de glóbulos vermelhos nitidamente delineado, que possa ser ressuspenso facilmente. Esse teste é útil para determinar a compatibilidade sanguínea entre doador e receptor em transfusões sanguíneas e para a realização de outras investigações médicas. Interpretação do resultado Após a realização do teste de lâminas para tipagem sanguínea, é possível interpretar os resultados da seguinte forma: ● Se houver aglutinação no lado esquerdo da lâmina, significa que o sangue do indivíduo possui o antígenoA em sua superfície, e portanto é do tipo A. ● Se houver aglutinação no lado direito da lâmina, significa que o sangue do indivíduo possui o antígeno B em sua superfície, e portanto é do tipo B. ● Se houver aglutinação em ambos os lados da lâmina, significa que o sangue do indivíduo possui tanto o antígeno A quanto o antígeno B em sua superfície, e portanto é do tipo AB. ● Se não houver aglutinação em nenhum dos lados da lâmina, significa que o sangue do indivíduo não possui nem o antígeno A nem o antígeno B em sua superfície, e portanto é do tipo O. Limitações do teste Assim como qualquer outro teste laboratorial, o teste de lâminas para tipagem sanguínea também possui suas limitações. Algumas das principais limitações incluem: 1. Sensibilidade: O teste pode não detectar com precisão todos os antígenos presentes nas hemácias, especialmente em casos de baixa concentração de antígenos ou em amostras de baixa qualidade. 2. Especificidade: O teste pode reagir com outras substâncias presentes na amostra, o que pode levar a resultados falsos positivos ou falsos negativos. 3. Interferências: Fatores como temperatura, pH e presença de substâncias interferentes podem afetar os resultados do teste. 4. Interferências: Fatores como temperatura, pH e presença de substâncias interferentes podem afetar os resultados do teste. 5. Limitação do tipo sanguíneo: O teste de lâminas pode não ser capaz de determinar todos os tipos sanguíneos, como o fenótipo Duffy, o que pode levar a resultados inconclusivos em algumas situações. 2.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados obtidos nos testes de lâminas para tipagem sanguínea indicaram a presença dos tipos de sangue O e A (Figura 3 e 4). (Figura 3) Teste positivo para sangue O em tubo. (Figura 4) Teste positivo para sangue A em lâmina. (Figura 5) Tabela de interpretação para tipagem sanguínea. 2.4. CONCLUSÕES Com base nos resultados obtidos através do teste de lâminas para tipagem sanguínea, foi possível identificar os tipos sanguíneos presentes na amostra analisada como sendo tipo O e tipo A. É importante destacar a importância deste teste para evitar transfusões sanguíneas incompatíveis, que podem causar reações graves ou fatais nos pacientes. Portanto, a realização da tipagem sanguínea é fundamental em situações de transfusão de sangue, transplantes de órgãos e outras intervenções médicas que envolvem o uso de sangue ou derivados. A precisão e a correta execução deste teste são fundamentais para garantir a segurança e a saúde dos pacientes envolvidos. 2.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Belli, M. Tipagem Sanguínea. Famivita. Disponível em: https://www.famivita.com.br/conteudo/tipagem-sanguinea/. Acesso em: 12 abr. 2023 https://www.famivita.com.br/conteudo/tipagem-sanguinea/ TESTE DE COOMBS - AULA PRÁTICA 3 3.0. INTRODUÇÃO O teste de Coombs, também conhecido como teste de antiglobulina ou teste de aglutinação, é uma técnica laboratorial que permite a detecção de anticorpos presentes no soro sanguíneo de pacientes que possam estar causando danos às hemácias. Existem dois tipos principais de teste de Coombs: o direto, que detecta a presença de anticorpos ou complementos fixados às hemácias, e o indireto, que identifica a presença de anticorpos no soro do paciente. 3.1. OBJETIVOS O objetivo desta aula prática foi aprender sobre o teste de Coombs, uma técnica utilizada para detectar aloanticorpos ou componentes do complemento fixados às hemácias "in vivo" ou "in vitro". Mais especificamente, foram abordados o Coombs direto, que é utilizado para detecção de anticorpos já fixados às hemácias, e o Coombs indireto, utilizado para pesquisar no soro do paciente a presença de aloanticorpos irregulares voltados contra antígenos clinicamente significativos de importância transfusional e/ou gestacional. 3.2. MATERIAIS E MÉTODOS Foram utilizados diversos materiais e equipamentos durante a aula prática de teste de COOMBS. Para a preparação das amostras, foram utilizados ● Tubos e lâminas ● Reagentes BIO PEG (reagente 1) ● Anti IGG HUMANA (reagente 2) ● Salina a 0,9% As amostras analisadas foram o soro do paciente (amostra 1) e as hemácias do doador (amostra 2). Para a realização das pipetagens, foram utilizadas micropipetas de 50uL. Os materiais foram organizados em uma estante para facilitar o manuseio durante a aula prática. Parte experimental ● As hemácias teste foram lavadas 3 a 4 vezes em salina e uma suspensão de 3 a 5% foi preparada em salina. ● Identificaram-se dois tubos (IgG, Poli) e adicionou-se 1 gota de suspensão de hemácias em cada tubo. ● Adicionou-se de 1 a 2 gotas do soro antiglobulina correspondente a cada tubo. ● Misturaram-se e centrifugaram-se os tubos de 3000 a 3600 rpm por 15-20 segundos. ● Ressuspendeu-se gentilmente e examinaram-se a aglutinação. Registraram-se os resultados. ● Os resultados negativos foram confirmados adicionando o controle de Coombs, centrifugando e observando a aglutinação: Coombs Indireto ● Foram marcados dois tubos identificados como I e II, ambos com o número da amostra teste; ● Em cada tubo, foram adicionadas 2 gotas de soro do paciente e 1 gota do reagente de hemácia de triagem I e II, respectivamente; ● Foi acrescentado 2 gotas de Bio PEG em cada tubo, homogeneizado e não foi centrifugado; ● Os tubos foram incubados a 370C por 15 minutos; ● Não houve centrifugação. ● As hemácias foram lavadas 3 vezes com salina, agitando sempre os tubos para que ocorra o desprendimento total do botão formado no fundo do tubo antes de acrescentar novamente a salina; ● Foi feita a decantação completa do sobrenadante final, desprezando o botão formado e adicionando 1 gota de soro antigamaglobulina anti-IgG; ● Homogeneizado e centrifugado por 15 segundos a 3400 rpm; ● Foi examinada a aglutinação das hemácias e registrados os resultados de acordo com a ausência ou presença aglutinação, anotando sempre a intensidade de aglutinação. 3.3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Não foram detectados aloanticorpos irregulares no soro do paciente, voltados contra antígenos clinicamente significativos de importância transfusional e/ou gestacional. É importante ressaltar que um resultado negativo não descarta totalmente a possibilidade da presença desses anticorpos, e que testes adicionais podem ser necessários para confirmar o resultado. 3.4. CONCLUSÕES Esta aula prática permitiu a realização de testes de Coombs direto e indireto, que são fundamentais para a detecção de anticorpos ou componentes do complemento fixados às hemácias. Com o uso de reagentes e equipamentos específicos, foi possível realizar as etapas necessárias para cada método, como a preparação de suspensões de hemácias, adição de reagentes e soro do paciente, centrifugação e observação de aglutinação. Os resultados obtidos durante a aula prática demonstraram a importância desses testes para a identificação de aloanticorpos irregulares voltados contra antígenos clinicamente significativos de importância transfusional e/ou gestacional. A ausência de aglutinação indicou resultados negativos, enquanto a presença de aglutinação indicou resultados positivos, os quais devem ser interpretados e confirmados de acordo com os protocolos estabelecidos. Dessa forma, a realização dessa aula prática foi essencial para a compreensão dos princípios dos testes de Coombs direto e indireto e sua relevância para o diagnóstico e tratamento clínico de diversas condições, como anemia hemolítica autoimune, doença hemolítica do recém-nascido e transfusão sanguínea. 3.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Câmara, B. Teste de Coombs Direto. Biomedicina Padrão. Publicado em: 28 dez. 2018. Disponível em: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2010/11/teste-de-coombs-direto.html?m=1. Acesso em: 18 abr. 2023. https://www.biomedicinapadrao.com.br/2010/11/teste-de-coombs-direto.html?m=1
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