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Raphaela Xavier Arruda Santo – Farmácia Vias de sinalização e receptores Resumo do artigo: Receptores acoplados à proteína G (GPCR) constituem a maior superfamília de proteínas codificadas pelo genoma humano. Estes receptores são proteínas de membrana que compartilham uma estrutura de sete hélices transmembranares, tendo como função a transdução do sinal celular pela ativação de proteínas heterotriméricas (proteína G) no meio intracelular. Esta ativação, mediada pela interação do agonista no domínio extracelular do receptor, se propaga no meio intracelular, ativando diversas cascatas de sinalização em diferentes processos fisiológicos como neurotransmissão, crescimento, metabolismo, diferenciação celular, secreção e defesa imunológica. Receptores acoplados a proteína G: (RAPG) compõem um sistema modular que permite a transmissão de uma variedade de sinais no organismo, a comunicação entre células, certas vezes distantes entre si, só é possível devido a existência desse sistema modular. A proteína G é formada por três subunidades a saber: alfa, beta e gama. O RAPG apresenta duas conformações: ativa e inativa. Cada receptor apresenta alta afinidade a uma serie de ligantes específicos, estes ligantes atuam na região extracelular, ativando (ou não) a proteína G dentro da célula. Outro detalhe que não se deve esquecer é que a subunidade alfa está ligada a uma molécula de GDP. A importância dos RAPG para o funcionamento do organismo é inquestionável. Muitas atividades celulares são reguladas por sinais extracelulares gerados por agonistas ou mecanismos de mecanotransdução, os quais são reconhecidos por via ativação de diferentes classes de receptores localizados na superfície celular. Dessa forma, as proteínas das membranas agem como uma interface de comunicação entre os ambientes extremos e internos da célula, sendo também alvos terapêuticos de diversas classes de fármacos, receptor de GABA (ansiolíticos, antiepilépticos e anestésicos), receptor de insulina (hipoglicemiantes), receptor do fator de crescimento vascular endotelial (antitumorais) e β1-adrenoreceptor (anti-hipertensivos). Receptor ativo e inativo: Quando o receptor acoplado à proteína G não está ligado a um agonista, ele permanece inativo. A proteína G também permanece inativa na membrana celular. As três subunidades da proteína G são Gsα, Gβ e Gγ. Após a ligação de um ligante / agonista (aminoácidos, peptídeos, lipídeos, nucleotídeos e proteínas, hormônios ou neurotransmissores), o GPCR sofre uma alteração conformacional, ativando seu domínio GEF. Após a ativação, o domínio Gsα se dissocia do complexo da proteína GPCR-G e se liga à enzima efetora na membrana celular para ativá-lo. Referência Bibliográfica Albuquerque, M. G., Da Silva, J. F. M., Pascutti, P. G., & De Alencastro, R. B. Receptores Acoplados à Proteína G Hoelz, LVB. HAUACHE, Omar M. Receptores acoplados à proteína G: implicações para a fisiologia e doenças endócrinas. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 45, n. 3, p. 228-239, 2001. G-PROTEIN-COUPLED receptors (GPCRs). [S. l.], 2014. Disponível em:https://www.nature.com/scitable/topicpage/gpcr-14047471/. Acesso em: 24 maio 2022. Fonte da imagem: Luellmann, Color Atlas of Pharmacology. 2005. Thieme
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