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Componentes da Célula Núcleo, NUcléolo, Mitocôndrias, Retículo Endoplasmático e Lisossomos

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS 
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
Disciplina: Bases Biológicas I 
Professor-Orientador: Paty Karoll Picardi 
Aluno-Monitor: Giovanna Beatriz André Lopes 
Matrícula: 2022020053 
 
FICHAMENTO III REFERENTE AO MÊS DE OUTUBRO 
 
COMPONENTES DA CÉLULA: NÚCLEO, NUCLÉOLO, MITOCÔNDRIAS, 
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO E LISOSSOMOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O núcleo é a maior organela das células eucariontes. Ele contém o ácido 
desoxirribonucleico (DNA) presente na célula (com exceção da parte do DNA da célula 
presente nas mitocôndrias), assim como a maquinaria para síntese do ácido ribonucléico 
(RNA). 
O núcleo é delimitado por duas membranas lipídicas e abriga três componentes 
importantes: a cromatina, o material genético da célula; o nucléolo, centro da síntese 
do RNA ribossômico (RNAr); e o nucleoplasma, que contém macromoléculas 
envolvidas na manutenção da célula. Geralmente, o núcleo é esférico e localizado no 
centro da célula. Entretanto, em algumas células, ele pode ser de formato fusiforme a 
alongado, retorcido, lobulado ou, até mesmo, discóide. O núcleo, usualmente, 
acompanha a mesma morfologia da célula em que se encontra. 
A membrana nuclear interna está voltada para o conteúdo nuclear. Ela está em 
contato íntimo com a lâmina nuclear, uma malha entrelaçada de filamentos 
intermediários. 
A membrana nuclear externa está voltada para o citoplasma e é contínua com o 
retículo endoplasmático granular (REG). Ela contém polirribossomos presos à sua 
superfície citoplasmática e é contínua com o retículo endoplasmático granuloso (REG). 
Os poros nucleares são interrupções do envoltório nuclear, onde as membranas 
nucleares interna e externa fundem-se uma com a outra, estabelecendo sítios através dos 
quais pode ocorrer comunicação entre o núcleo e o citoplasma. O número de poros 
COMPONENTES DA CÉLULA 
NÚCLEO 
nucleares varia de algumas dúzias a vários milhares, e está diretamente correlacionado 
com a atividade metabólica da célula. O poro nuclear está circundado por estruturas 
não-membranosas localizadas em sua borda. Estas estruturas, juntamente com o 
poro, são denominadas complexo do poro nuclear, que permite a passagem seletiva de 
determinadas substâncias (entrada e saída) através do poro. 
O núcleo é o centro de controle de todas as atividades celulares porque contém, nos 
cromossomos, quase todo o genoma da célula. Além de conter a maquinaria molecular 
para duplicar seu DNA, o núcleo é responsável pela síntese e pelo processamento de 
todos os tipos de RNA (RNAr, RNAm e RNAt), que são exportados para o citoplasma. 
 
A cromatina se encontra dentro do núcleo e se encontra na forma de heterocromatina 
e eucromatina. A heterocromatina é elétron-densa e aparece como grânulos grosseiros 
quando observados no microscópio. A heterocromatina é inativa porque nela a hélice 
dupla de DNA está muito compactada, o que impede a transcrição dos genes. A 
eucromatina aparece granulosa e clara, entre os grumos de heterocromatina. Na 
eucromatina, o filamento de DNA não está condensado e tem condições de transcrever 
os genes. Portanto, eucromatina significa cromatina ativa, sendo mais abundante nas 
células que estão produzindo muita proteína. 
 Células do Fígado (hepatócitos). Os núcleos estão bem 
corados e visíveis. 
 Distribuição dos poros nucleares 
 
 Micrografia eletrônica de um núcleo. HC, heterocromatina; 
EC, eucromatina. Setas apontam para o nucléolo (NU). Pontas de seta indicam a cisterna perinuclear. 
 
 
Os nucléolos são as fábricas para produção de ribossomos. Existe uma porção de 
heterocromatina presa ao nucléolo, que é chamada cromatina associada ao nucléolo. O 
nucléolo é a estrutura que não está envolvida por uma membrana, que se cora 
fortemente, situada dentro do núcleo, e está envolvida com a síntese de RNAr e com a 
montagem das subunidades ribossômicas, pequenas e grandes. O nucléolo pode ser 
observado somente durante a interfase, pois fica disperso durante a divisão celular. 
Quando corado com hematoxilina e eosina, ele toma uma coloração basófila, por ser 
rico em RNAr e proteínas. Em geral, há somente dois ou três nucléolos por célula e 
quatro áreas distintas no nucléolo: um centro fibrilar, pouco corado, que contém DNA 
inativo; a pars fibrosa, que contém os RNAs nucleolares, que estão sendo transcritos; a 
pars granulosa, na qual estão reunidas as subunidades ribossômicas em maturação; e a 
matriz do nucléolo, uma malha de fibras ativas na organização do nucléolo. 
 Esta micrografia eletrônica de parte de uma 
célula mostra um nucléolo. Estão visíveis o DNA organizador do nucléolo (NO), a pars fibrosa do 
nucléolo (PF), a pars granulosa do nucléolo (PG), a cromatina associada ao nucléolo (NAC), o envelope 
nuclear (NE) e o citoplasma (C). 
 
NUCLÉOLO 
 
 
 
 
As mitocôndrias são organelas esféricas ou alongadas e sua distribuição na célula varia, 
tendendo a se acumular nos locais do citoplasma em que o gasto de energia é mais 
intenso, por exemplo, no polo apical das células ciliadas, na peça intermediária dos 
espermatozoides e na base das células transportadoras de íons. São constituídas por duas 
membranas. A membrana interna apresenta projeções para o interior da organela, as 
cristas mitocondriais. Essas duas membranas delimitam dois compartimentos. O 
localizado entre as duas membranas denomina-se espaço intermembranoso; o outro 
compartimento é limitado pela membrana interna e contém a matriz mitocondrial. Na 
maioria das mitocôndrias as cristas têm um aspecto achatado, como prateleiras. As 
cristas aumentam a superfície da membrana interna da mitocôndria e contêm as enzimas 
e outros componentes da fosforilação oxidativa e do sistema transportador de 
elétrons. A degradação inicial das moléculas de glicídios, lipídios e proteínas é feita no 
citosol. O produto final dessas vias extra mitocondriais produz acetil-coenzima A 
(acetil-CoA), que entra nas mitocôndrias e combina-se com o ácido oxalacético para 
formar ácido cítrico, dando início ao ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs). Nesse ciclo 
energético há várias reações de descarboxilação que produzem C02 e quatro pares de 
H+ que são removidos por reações específicas catalisadas por desidrogenases. 
Os íons H+ reagem com oxigênio para formar H20. Pela atividade dos citocromos A, B 
e C, da coenzima Q, e da citocromo oxidase, o sistema transportador de elétrons, 
localizado na membrana mitocondrial interna, libera energia que é capturada para 
formar ATP, a partir de ADP e fosfato inorgânico. A teoria mais aceita sobre o 
funcionamento das mitocôndrias (teoria quimiosmótica) admite que a síntese 
de ATP ocorre às expensas de um fluxo de prótons através das partículas elementares. A 
quantidade de mitocôndrias e o número de cristas por organela são proporcionais ao 
metabolismo energético das células. As que consomem muita energia, como é o caso 
das células do músculo estriado cardíaco, têm grande quantidade de mitocôndrias, com 
elevado número de cristas. O DNA das mitocôndrias se apresenta como filamentos 
duplos e circulares. As mitocôndrias contêm os três tipos de RNA: RNA 
ribossomal (RNAr), RNA mensageiro (RNAm) e RNA transportador (RNAt). As 
mitocôndrias têm algumas características em comum com as bactérias, e, por isso, 
muitos pesquisadores admitem que elas se originaram de uma bactéria ancestral 
aeróbia que se adaptou a uma vida endossimbiótica em uma célula eucariótica. 
Endossimbiose é a simbiose intracelular. 
 
 No centro da micrografia se observa uma mitocôndria, 
com suas membranas, crístas (C) e matriz (M). Notam-se também numerosas cisternas achatadas do retículo 
endoplasmático granuloso (REG), com ribossomos na superfície citoplasmática. 
MITOCÔNDRIAS 
 
 
 
Os ribossomos são pequenas partículas compostos por proteínas e RNA ribossômico 
(RNAr). Eles funcionam como uma superfície para a síntese de proteínas. Cada 
ribossomo é composto por uma subunidade grande e uma subunidade pequena, 
ambas fabricadas ou montadas nonucléolo e liberadas como entidades separadas no 
citosol. compostas de quatro tipos de RNA ribossômico (RNAr) e cerca de 80 proteínas 
diferentes. Em razão dos numerosos grupamentos fosfato do RNAr, os ribossomos são 
basófilos. Por isso, os locais do citoplasma que são ricos em ribossomos se coram 
intensamente pelos corantes básicos como o azul de metileno e hematoxilina. 
 
 Ribossomos vistos por um microscópio eletrônico. 
 
 
 
São grupos de ribossomos unidos por uma molécula de RNA mensageiro. São os 
polirribossomos que traduzem RNAm que codificam proteínas para serem segregadas 
nas cisternas do retículo endoplasmático granuloso (REG) se prendem à membrana do 
retículo pelo lado das subunidades maiores de seus ribossomos, quando estão 
produzindo as suas respectivas proteínas. Essas proteínas podem ser secretadas ou 
armazenadas na célula. 
 
 
 
 
 
É o maior sistema de membranas da célula, constituindo aproximadamente metade do 
volume total das membranas. Os processos metabólicos que ocorrem são síntese e 
modificação de proteínas, síntese de lipídios e esteroides e fabricação de todas as 
membranas da célula. É uma rede intercomunicante de vesículas achatadas, vesículas 
redondas e túbulos, formada por uma membrana contínua e que delimita um 
espaço muito irregular, a cisterna do retículo endoplasmático. dois tipos de retículo 
endoplasmático: o granuloso e o liso. 
 
RIBOSSOMOS 
POLIRRIBOSSOMOS 
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO 
 O retículo endoplasmático liso (parte anterior do desenho) não 
apresenta ribossomos, porém o retículo endoplasmático granuloso tem muitos ribossomos presos à sua 
superfície. 
 
 
 
 
 
É constituído por um sistema de túbulos anastomosados e vesículas achatadas 
delimitados por membranas. Acredita-se que a luz do REL seja contínua com a do 
retículo endoplasmático granular (REL). Com exceção das células com síntese ativa de 
esteróides, colesterol e triglicerídeos, a maioria das células não possui um REL 
abundante. O REL tornou-se especializado em algumas células (por exemplo, nas 
células musculares esqueléticas), nas quais ele é denominado retículo sarcoplasmático. 
Nestas células ele funciona sequestrando íons cálcio do citosol, auxiliando o controle 
da contração muscular. Não apresenta ribossomos, outra função importante do retículo 
endoplasmático liso é a síntese de fosfolipídios para todas as membranas celulares. 
 
 
 
 
 
 
 
Consiste em cisternas saculares ou achatadas, limitadas por membrana que é 
contínua com a membrana externa do envelope nuclear. Tem a existência de 
polirribossomos na superfície citosólica da membrana. As células que sintetizam 
proteínas para exportação têm um REG muito desenvolvido por possuírem proteínas 
integrais, que funcionam reconhecendo e ligando ribossomos à sua superfície citosólica. 
O REG participa da síntese de todas as proteínas que serão empacotadas ou levadas à 
membrana plasmática. Ele também efetua modificações pós-tradução destas proteínas, 
incluindo sulfatação, dobramento e glicosilação. Adicionalmente, lipídios e proteínas 
integrais de todas as membranas celulares são manufaturados pelo REG. A cisterna do 
REG é contínua com a cisterna perinuclear, o espaço existente entre as membranas 
interna e externa do núcleo. A principal função do retículo endoplasmático granuloso é 
segregar do citosol proteínas destinadas à exportação, ou para uso intracelular. Outras 
funções são a glicosilação inicial das glicoproteínas, a síntese de fosfolipídios, a 
síntese das proteínas integrais da membrana e a montagem de moléculas proteicas com 
múltiplas cadeias polipeptídicas. 
 
 
 
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO 
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO GRANULAR 
 
 
 
É um conjunto de vesículas achatadas e empilhadas, com as porções laterais dilatadas. 
Na maioria das células, o complexo de Golgi se localiza em uma determinada região do 
citoplasma. O complexo de Golgi completa as modificações pós-traducionais das 
proteínas, empacota e coloca um endereço nas moléculas sintetizadas pela célula, 
encaminhando-as, principalmente, para as vesículas de secreção, para lisossomos ou 
para a membrana celular. As proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático 
granuloso (REG) são transferidas para o complexo de Golgi por meio de pequenas 
vesículas que se destacam de uma parte do retículo endoplasmático desprovida de 
polirribossomos, migram e se fundem com as membranas do complexo de Golgi. Nas 
células secretoras, o material é condensado em vesículas grandes e densas aos 
elétrons, que são envoltas por uma membrana, formando as vesículas de secreção. Em 
geral, o Complexo de Golgi atua na síntese de carboidratos e modificando e 
selecionando proteínas produzidas pelo REG. As proteínas produzidas e empacotadas 
no REG seguem uma via obrigatória dirigindo-se para o aparelho de Golgi, 
onde são modificadas e empacotadas após a tradução. As proteínas destinadas a 
permanecerem no REG, ou irem para outro compartimento, que não o Golgi, possuem o 
sinal que as desviará da via obrigatória. É constituído por uma ou mais séries 
de cisternas achatadas, levemente encurvadas e delimitadas por membranas, periferia 
de cada cisterna é dilatada e revestida por vesículas, que estão se fundindo com, ou se 
separando daquele compartimento determinado. 
Possuem 3 faces: a face cis (ou rede cis do Golgi); a face medial (face intermediária); 
e a face trans. 
A face cis é a mais próxima do REG. Ela tem forma convexa e é considerada a face de 
entrada, porque as proteínas recém-formadas pelo REG penetram na face cis antes do 
que nas outras cisternas do aparelho de Golgi, recebendo as vesículas que 
brotam do retículo endoplasmático. A face trans tem forma côncava e é considerada a 
face de saída, porque a proteína modificada está pronta para ser empacotada e enviada 
para seu destino. Essa face origina vesículas onde o material deixa o Complexo de 
Golgi. As cisternas do Complexo de Golgi apresentam enzimas diferentes conforme a 
posição da cisterna para glicosilação, sulfatação, fosforilação e hidrólise parcial. 
 
 Representação em três dimensões de um 
Complexo de Golgi 
 
 
COMPLEXO DE GOLGI 
A ilustração maior é uma 
elétron-micrografia do Complexo de Golgi de uma célula mucosa. Observe pequenas vesículas redondas 
colocadas à direita e que se fundem com as grandes vesículas achatadas do Golgi. Na periferia dessas 
grandes vesículas achatadas observam-se dilatações com conteúdo granular fino, que apresentam o produto 
de secreção dessa célula. Essas dilatações se destacam do complexo de Golgi (seta) e confluem, formando 
vesículas de secreção (1-2-3). À esquerda, dispostas verticalmente, duas membranas plasmáticas separando 
duas células. Observa-se retículo endoplasmático com partes lisas, e, portanto, sem ribossomos, e partes 
rugosas (REG e REL). Embaixo, à direita, uma mitocôndria. Uma cisterna do retículo endoplasmático 
granular está assinalada (C). 
 
 
 
 
Os lisossomos têm um pH ácido e contêm enzimas hidrolíticas. Cada um contém pelo 
menos 40 tipos diferentes de hidrolases ácidas, tais como sulfatases, proteases, 
nucleases, lipases e glicosidases, entre outras. Como todas estas enzimas requerem um 
ambiente ácido para seu funcionamento ótimo, a membrana lisossômica possui bombas 
de prótons, que transportam ativamente íons H+ para dentro do lisossomo, mantendo, 
desta maneira, sua luz em pH 5,0. Os lisossomos ajudam a digerir não somente 
macromoléculas, micro-organismos fagocitados, restos de células e células, mas 
também organelas em excesso ou remanescentes, tais como mitocôndrios e REG. As 
várias enzimas digerem o material englobado tornando pequenos e solúveis os produtos 
finais, que são transportados por proteínas carregadoras da membrana dos lisossomos 
para o citosol e, ou são reusados pela célula, ou são exportados da célula para o espaço 
extra celular. Os lisossomos recebem suas enzimas hidrolíticas, assim como suas 
membranas, da rede trans do Complexo de Golgi. No geral, os lisossomos são vesículas 
delimitadaspor membrana, com a função de digestão intracitoplasmática. São 
encontrados em todas as células; porém, são mais abundantes nas células fagocitárias, 
como os macrófagos. As enzimas dos lisossomos variam com a célula, porém, todas 
têm atividade máxima em pH 5,0 e as mais comuns são: fosfatase ácida, ribonuclease, 
desoxirribonuclease, protease, sulfatase, lipase e betaglicuronidase. A membrana dos 
lisossomos constitui uma barreira, impedindo que as enzimas ataquem o 
citoplasma. O pH do citosol (aproximadamente de 7,2) constitui uma defesa 
adicional para proteger a célula contra a ação das enzimas que, acidentalmente, 
poderiam escapar dos lisossomos para o citosol. As enzimas dos lisossomos são 
segregadas no retículo endoplasmático granuloso e transportadas para o Complexo de 
Golgi, no qual são modificadas e empacotadas nas vesículas que constituem os 
LISOSSOMOS 
lisossomos primários. Os lisossomos que ainda não participam de processo digestivo 
são denominados lisossomos primários. Partículas do meio extracelular são introduzidas 
na célula por meio dos fagossomos, vesículas que se formam pela fagocitose. A 
membrana dos lisossomos primários funde-se com a dos fagossomos, misturando as 
enzimas com o material a ser digerido. A digestão intracelular tem lugar dentro desse 
novo vacúolo, que é chamado de lisossomo secundário (autofagossomo), formado 
pelo lisossomo primário e o fagossomo. Outra função dos lisossomos relaciona-se com 
a renovação das organelas celulares. Em certos casos, os lisossomos são eliminados 
da célula e suas enzimas agem sobre o meio extracelular. 
 
 Esta elétron-micrografia mostra quatro lisossomos 
secundários (escuros) circundados por muitas mitocôndrias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS (TEXTO E IMAGENS) 
 
JUNQUEIRA, LC; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 12o ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013. 
 
GARTNER, LESLIE P; HIATT, JAMES L. Tratado de Histologia em cores. 3} ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

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