Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO História do Brasil e Geografia do Brasil CONCURSO DE ADMISSÃO FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO DE SARGENTOS 2021-2022 Exame Intelectual (EI) no dia 12 de julho de 2020 Autor: Marcelo Henrique Alves Espindola Contato: (33)9 9936-7803 Expansão Marítima Europeia A expansão marítima europeia foi o período compreendido entre os séculos XV e XVIII quando alguns povos europeus partiram para explorar o oceano que os rodeava. Estas viagens deram início ao processo da Revolução Comercial, ao encontro de culturas diferentes e da exploração do novo mundo, possibilitando a interligação dos continentes. Expansão Ultramarina As primeiras grandes navegações permitiram a superação das barreiras comerciais da Idade Média, o desenvolvimento da economia mercantil e o fortalecimento da burguesia. A necessidade do europeu lançar-se ao mar resultou de uma série de fatores sociais, políticos, econômicos e tecnológicos. A Europa saía da crise do século XIV e as monarquias nacionais eram levadas a novos desafios que resultariam na expansão para outros territórios. Veja no mapa abaixo as rotas empreendias em direção ao Ocidente pelos navegadores e o ano das viagens: https://www.todamateria.com.br/as-primeiras-grandes-navegacoes/ Rota das viagens A Europa atravessava um momento de crise, pois comprava mais que vendia. No continente europeu, a oferta era de madeira, pedras, cobre, ferro, estanho, chumbo, lã, linho, frutas, trigo, peixe, carne. Os países do Oriente, por sua vez, dispunham de açúcar, ouro, cânfora, sândalo, porcelanas, pedras preciosas, cravo, canela, pimenta, noz-moscada, gengibre, unguentos, óleos aromáticos, drogas medicinais e perfumes. Cabia aos árabes o transporte dos produtos até a Europa em caravanas realizadas por rotas terrestres. O destino eram as cidades italianas de Gênova e Veneza que serviam como intermediárias para a venda das mercadorias ao restante do continente. Outra rota disponível era pelo Mar Mediterrâneo monopolizada por Veneza. Por isso, era necessário encontrar um caminho alternativo, mais rápido, seguro e, principalmente, econômico. Paralela à necessidade de uma nova passagem, era preciso solucionar a crise dos metais na Europa, onde as minas já davam sinais de esgotamento. Uma reorganização social e política também impulsionava à busca de mais rotas. Eram as alianças entre reis e burguesia que formaram as monarquias nacionais. O capital burguês financiaria a infraestrutura cara e necessária para o feito ao mar. Afinal, era preciso navios, armas, navegadores e mantimentos. https://www.todamateria.com.br/mar-mediterraneo/ https://www.todamateria.com.br/formacao-das-monarquias-nacionais/ https://www.todamateria.com.br/formacao-das-monarquias-nacionais/ Os burgueses pagavam e recebiam em troca a participação nos lucros das viagens. Este foi um modo de fortalecer os Estados nacionais e submeter à sociedade a um governo centralizado. No campo da tecnologia foi necessário o aperfeiçoamento da cartografia, da astronomia e da engenharia náutica. Os portugueses tomaram a dianteira deste processo através da chamada da Escola de Sagres. Ainda que não fosse uma instituição do modo que conhecemos hoje, serviu para reunir navegadores e estudiosos so patrocínio do Infante Dom Henrique (1394-1460). Brasil Colônia O Brasil Colônia, na História do Brasil, é a época que compreende o período de 1530 a 1822. Este período começou quando o governo português enviou ao Brasil a primeira expedição colonizadora chefiada por Martim Afonso de Souza. Em 1532, ele fundou o primeiro núcleo de povoamento, a Vila de São Vicente, no litoral do atual estado de São Paulo. Período Pré-Colonial Logo após a chegada dos portugueses à sua nova colônia, a primeira atividade econômica girava em torno da exploração do pau-brasil, existente em grande quantidade na costa brasileira, principalmente no nordeste do País. Esse período ficou conhecido como Ciclo do Pau-Brasil. A exploração do pau-brasil foi meramente extrativista e não deu origem a uma ocupação efetiva. O trabalho de derrubar árvores e preparar a madeira para embarque era feito pelos indígenas e uns poucos europeus que permaneciam em feitorias na costa. Explorado de forma predatória, as árvores próximas da costa desapareceram já na década de 1520. Veja também: Período Pré-Colonial O Início da Colonização https://www.todamateria.com.br/o-que-e-cartografia/ https://www.todamateria.com.br/escola-de-sagres/ https://www.todamateria.com.br/ciclo-do-pau-brasil/ https://www.todamateria.com.br/periodo-pre-colonial/ Mapa do Brasil no Período Colonial Várias expedições foram enviadas por Portugal, visando reconhecer toda costa brasileira e combater os piratas e comerciantes franceses. As mais importantes foram as comandadas por Cristóvão Jacques (1516 e 1526), que combateu os franceses. Também Martim Afonso de Sousa (1532), combateu a pirataria francesa. Da mesma forma, ele instalou em São Vicente, a primeira povoação dotada de um engenho para produção de açúcar. Para colonizar o Brasil e garantir a posse da terra, em 1534, a Coroa dividiu o território em 15 capitanias hereditárias. Estas eram imensos lotes de terra que se estendiam do litoral até o limite estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas. Esses lotes foram doados a capitães (donatários), pertencentes à pequena nobreza lusitana que, por sua conta promoviam a defesa local e a colonização. A empresa açucareira foi escolhida, porque apresentava possibilidade de vir a ser um empreendimento altamente lucrativo, abastecendo o grande mercado de açúcar da Europa. Foi no nordeste do país que a atividade açucareira atingiu seu maior grau de desenvolvimento, principalmente nas capitanias de Pernambuco e da Bahia. Nos séculos XVI e XVII, o Nordeste tornou-se o centro dinâmico da vida social, política e econômica do Brasil. Veja também: Ciclo da Cana-de-Açúcar O Governo Geral O sistema de Governo Geral foi criado em 1548, pela Coroa, com o objetivo de organizar a administração colonial. https://www.todamateria.com.br/capitanias-hereditarias/ https://www.todamateria.com.br/tratado-de-tordesilhas/ https://www.todamateria.com.br/ciclo-da-cana-de-acucar/ https://www.todamateria.com.br/governo-geral/ O primeiro governador foi Tomé de Souza (1549 a 1553), que recebeu do governo português, um conjunto de leis. Estas determinavam as funções administrativas, judicial, militar e tributária do Governo Geral. O segundo governador geral foi Duarte da Costa (1553 a 1558), e o terceiro foi Mem de Sá (1558 a 1572). Em 1572, depois da morte de Mem de Sá e de seu sucessor Dom Luís de Vasconcelos, o governo português dividiu o Brasil em dois governos cuja unificação só voltou em 1578: Governo do Norte, com sede em Salvador Governo do Sul, com sede no Rio de Janeiro Em 1580, Portugal e todas as suas colônias, inclusive o Brasil, ficaram sob o domínio da Espanha, situação que perdurou até 1640. Este período é conhecido como Unificação Ibérica. Em 1621, ainda sob o domínio espanhol, o Brasil foi novamente dividido em dois estados: o Estado do Maranhão e o Estado do Brasil. Essa divisão durou até 1774, quando o Marquês do Pombal decretou a unificação. A Formação Social do Brasil Colônia Representação de uma aldeia no período colonial Fundamentalmente três grandes grupos étnicos, o índio, negro africano e o branco europeu, principalmente o português, entraram na formação da sociedade colonial brasileira. Os portugueses que vieram para o Brasil pertenciam a várias classes sociais em Portugal. A maioria era formada por elementos da pequena nobreza e do povo. Também é preciso ter em conta que as tribos indígenas tinham línguas e culturas distintas. Algumas eram inimigas entre si e isto era usado pelos europeus quando desejavam guerrear contra os portugueses. Da mesma forma, os negros trazidos como escravos da África possuíam crenças, idiomas e valores que foram sendoabsorvidos pelos portugueses e indígenas. https://www.todamateria.com.br/tome-de-sousa/ https://www.todamateria.com.br/duarte-da-costa/ https://www.todamateria.com.br/mem-de-sa/ https://www.todamateria.com.br/marques-de-pombal/ No Brasil Colônia, o engenho era o centro dinâmico de toda a vida social. Isso possibilitava o “senhor da casa grande” concentrar em torno de si, grande quantidade de indivíduos e ter a autoridade máxima, o prestígio e o poder local. Em torno do engenho viviam os mulatos, geralmente filhos dos senhores com escravas, o padre, os negros escravos, o feitor, o mestre do açúcar, os trabalhadores livres, etc. Ameaças ao Domínio Português Nos primeiros anos logo depois da descoberta, a presença de piratas e comerciantes franceses no litoral brasileiro foi constante. A invasão francesa se deu em 1555, quando conquistaram o Rio de Janeiro, fundando ali a "França Antártica", sendo expulsos em 1567. Em 1612, os franceses invadiram o Maranhão, ali fundaram a "França Equinocial" e a povoação de São Luís, onde permaneceram até 1615, quando foram novamente expulsos. Os ataques ingleses no Brasil se limitaram a assaltos de piratas e corsários que saquearam alguns portos. Invadiram as cidades de Santos e Recife e o litoral do Espírito Santo. As duas invasões holandesas no Brasil se deram durante o período em que Portugal e o Brasil estavam sob o domínio espanhol. A Bahia, sede do Governo Geral do estado do Brasil, foi invadida, mas a presença holandesa durou pouco tempo (1624-1625). Em 1630, a capitania de Pernambuco, o maior centro açucareiro da colônia, foi invadida por tropas holandesas. A conquista foi consolidada em 1637, com a chegada do governante holandês o conde Maurício de Nassau. Ele conseguiu firmar o domínio holandês em Pernambuco e estendê-lo por quase todo o nordeste do Brasil. A cidade do Recife, o centro administrativo, foi urbanizada, saneada, pavimentada, foram construídos pontes, palácios e jardins. O governo de Maurício de Nassau chegou ao fim em 1644, mas os holandeses só foram expulsos em 1654. O Século do Ouro e dos Diamantes A procura de metais preciosos sempre constituiu o sonho dos colonizadores. As descobertas começaram na década de 1690, na região de Minas Gerais. A partir daí se espalhou em várias partes do território nacional. No século XVIII a mineração era a grande fonte de riqueza da metrópole. O Ciclo do Ouro e do Diamante foram responsáveis por profundas mudanças na vida do Brasil colônia, com o crescimento urbano e do comércio. https://www.todamateria.com.br/franca-antartica/ https://www.todamateria.com.br/franca-equinocial/ https://www.todamateria.com.br/franca-equinocial/ https://www.todamateria.com.br/invasoes-holandesas/ https://www.todamateria.com.br/mauricio-de-nassau/ https://www.todamateria.com.br/ciclo-do-ouro/ A Crise do Sistema Colonial Em 1640, Portugal contava apenas com as rendas do Brasil. Por isso passou a exercer um controle mais rígido sobre a arrecadação de impostos e as atividades econômicas, chegando a proibir o comércio com estrangeiros. O descontentamento com a política econômica da metrópole fez surgir algumas revoltas, entre elas: Revolta de Beckman (1684), no Maranhão Guerra dos Emboabas (1708-1709), em Minas Gerais Guerra dos Mascates (1710), em Pernambuco Em fins do século XVIII, teve início os movimentos que tinham como objetivo libertar a colônia do domínio português, entre elas: Inconfidência Mineira (1789) Conjuração Baiana (1798) No início do século XIX, as condições para a emancipação brasileira estavam maduras. Contribuíram também a conjuntura criada pelas Guerras Napoleônicas e pela Revolução Industrial Inglesa. Com a invasão de Portugal, a sede do reino transferiu-se para o Brasil. Em 1822, deu-se o passo decisivo para consolidar a Independência do Brasil. Estrutura Político-Administrativa do Brasil GEOGRAFIA DO BRASIL A estrutura político-administrativa que gerencia e controla o Brasil. https://brasile 25 PUBLICIDADE Em todo território autônomo existem divisões internas que servem para facilitar a administração. No Brasil não é diferente, o país precisa ser gerenciado e controlado por entidades ligadas ao governo, sendo uma subordinada à outra. Diante da necessidade de dividir a administração e o controle do país, foi estabelecida uma fragmentação do território brasileiro em estados, https://www.todamateria.com.br/revolta-de-beckman/ https://www.todamateria.com.br/guerra-dos-emboabas/ https://www.todamateria.com.br/guerra-dos-mascates/ https://www.todamateria.com.br/inconfidencia-mineira/ https://www.todamateria.com.br/conjuracao-baiana/ https://www.todamateria.com.br/independencia-do-brasil/ municípios e distritos, além de outras regionalizações, como as regiões e os complexos regionais. Atualmente, o Brasil possui 26 estados, chamados também de unidades da federação; incluindo ainda o Distrito Federal, uma das unidades federativas que foi criada com intuito de abrigar a capital do país, a cidade de Brasília. Grande parte das decisões políticas acontece na sede do governo federal que se localiza nessa cidade. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) As delimitações dos territórios de muitos dos estados brasileiros ocorreram, principalmente, no final do século XIX. Mas tivemos outras mudanças mais contemporâneas, que aconteceram em 1977, quando surgiu o Mato Grosso do Sul. Mais tarde, em 1988, Goiás foi dividido, dando origem a um novo estado, o Tocantins. Os estados possuem a liberdade de criar leis autônomas, mas que são subordinadas à Constituição Federal Brasileira. Dentro dos estados existe ainda outra divisão, os municípios. Esses também possuem leis próprias, que devem seguir os moldes estipulados pela nossa constituição. Dentro dos territórios municipais é possível encontrar outra divisão de proporção menor, que os subdivide em distritos. Por Eduardo de Freitas O processo de colonização do Brasil esteve inserido na lógica de acumulação primitiva de capital ou mercantilismo (séculos XV ao XVIII), período marcado pela 1ª Divisão Internacional do Trabalho, em que diferentes regiões forneciam bens agrícolas, vegetais e minerais para as metrópoles, que por sua vez ficavam responsáveis pela fabricação dos produtos manufaturados. Nesse contexto, o Oriente era o produtor de especiarias, a África fornecia a mão de obra escrava, a América Latina se destacava principalmente pela mineração, enquanto que a Europa Ocidental produzia as manufaturas. O Brasil foi responsável pelo fornecimento de matérias-primas em diferentes períodos: pau-brasil, cana-de-açúcar, mineração, café. A expansão mercantilista de Portugal iniciada no século XV foi pautada na conquista e expropriação material e cultural, alcançando status de nação expansionista ao quebrar o monopólio italiano e abrir novos caminhos pela costa da África. O Brasil, diferente de países como Peru e México, não possuía uma sociedade hierarquizada e tão bem organizada, nem mesmo contava com grandes jazidas de ouro e prata. Mas a rivalidade entre os centros expansivos europeus fez com que os portugueses tratassem de explorar e ocupar ao máximo o território brasileiro. Tal determinação de origem perpetuou-se em sociedades que tinham na conquista do solo um dos seus vetores de estruturação, em certo sentido até os dias atuais. As sesmarias e as capitanias hereditárias pareciam feudos, tinham antecedentes feudais, mas sua essência não era feudal, funcionavam como mecanismos de expansão do sistema capitalista mercantil. O cultivo da cana-de-açúcar (que obteve seu auge entre o final do século XVI e meados do século XVII), baseado no sistema colônia-metrópole, estruturou o comércio e o desenvolvimento das cidades nordestinas, principalmente na faixa litorânea. Portugal ampliou seu comércio açucareiro com os recursosinvestidos principalmente em Pernambuco, com base no trabalho indígena e capital estrangeiro (holandês). Para produzir de acordo com as necessidades da colônia, foram trazidos os negros africanos. Esse sistema consolidou a estrutura fundiária encontrada na região até os dias atuais, marcada por uma concentração de terras e influência de oligarquias e famílias tradicionais nas decisões políticas e econômicas. A economia açucareira norteou outras atividades, como a criação de gado (carne, transporte, energia para os engenhos, sebo, lenha para as caldeiras), sendo que esta atividade acabou por se expandir para áreas do sertão, constituindo a base de sua economia. Ao final do século XVII, o açúcar produzido nas Antilhas aumentou a oferta do produto no mercado internacional, abaixando vertiginosamente seu preço. Com o declínio da produção açucareira, a pecuária absorveu grande parte da população. A ocupação das regiões brasileiras Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Na Bahia e no Sudeste do Brasil, a penetração portuguesa foi mais expressiva já nos fins do século XVI. No Sudeste, os bandeirantes avançaram na procura de metais preciosos e índios para escravizar. Na Bahia, esse movimento foi realizado através da pecuária, que se expandiu no sentido interior e também se preocupava com a manutenção das terras colonizadas frente aos indígenas, que representavam para os portugueses uma ameaça à integridade das vilas e fazendas do litoral. No século XVIII, a penetração alcançou expressão significativa, principalmente na área correspondente à Bacia do São Francisco e Sertão setentrional nordestino, através do estabelecimento de grandes propriedades onde se estabeleciam e criavam bovinos, caprinos, ovinos, suínos e equinos. As bandeiras paulistas provocaram o descobrimento de jazidas de metais preciosos, com destaque para o ouro e o diamante. Tais descobertas contribuíram para um grande deslocamento populacional para essas áreas, formando aglomerados descontínuos em torno dos garimpos, principalmente o núcleo das Gerais, localizado entre o oeste de Goiás, sul do Mato Grosso e sul de Minas Gerais. A cana-de-açúcar também foi introduzida na região e ganhou relevância no litoral e em algumas áreas interioranas. No Sul, o povoamento se concentrou na porção ocidental com o ingresso de jesuítas, onde foi desenvolvida a pecuária e a agricultura de subsistência. As bandeiras que se sucederam na região destruíram esses núcleos, provocando a desestruturação do sistema, com a escravização dos índios e expulsão dos jesuítas. Porém, a pecuária se estabeleceu, configurando o papel de principal fornecedor de gado para mineiros e paulistas. A Amazônia teve um processo de ocupação mais lento em função das condições naturais e pela presença de tribos indígenas mais hostis do que aquelas encontradas no restante do país. Ainda assim, a ocupação da foz do rio Amazonas e a formação de Belém garantiram a consolidação dos colonizadores portugueses em relação aos espanhóis, permitindo a interiorização através da navegação fluvial na busca pelas drogas do sertão. Após a Revolução Industrial (século XVIII), ocorreu um rearranjo estrutural, em que a divisão do trabalho mundial se dividiu entre produtores de matéria-prima e os detentores de tecnologia, com o fim do trabalho escravo, substituído pelo trabalho assalariado. O Brasil manteve as relações de escravatura até o final do século XIX, mantendo-se na condição de fornecedor de matérias-primas até o final da 2ª Guerra Mundial. Júlio César Lázaro da Silva Colaborador Brasil Escola Graduado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP Mestre em Geografia Humana pela Universidade Estadual Paulista - UNESP O cultivo da cana-de- açúcar obteve seu auge entre o final do século XVI e meados do século XVII Em 1500, os portugueses chegaram ao Brasil. Logo, outros países passaram a se interessar pelas novas terras. Isso fez com que invasões e ataques fossem programados pelos outros povos europeus, como franceses, holandeses e ingleses. Esses ataques aconteceram principalmente durante os séculos XVI e XVII, no Brasil Colonial. Todos tinham o mesmo objetivo, que era a exploração dos recursos naturais e a apropriação de determinadas regiões no território recém-descoberto. Confira agora quais foram as invasões estrangeiras no Brasil Colonial. Índice [esconder] Invasões francesas Invasões holandesas Invasões inglesas Invasões francesas As invasões francesas se iniciaram no ano de 1555, comandadas pelo almirante francês Nicolas Villegaignon. Nesse período, foi fundada a França Antártica, no Rio de Janeiro. Mas, os invasores foram expulsos da região pelos portugueses e povos indígenas em 1567. Após isso, no ano de 1962, os franceses tentaram invadir as terras brasileiras mais uma vez. O comandante foi o capitão da marinha francesa Daniel de La Touche. Fundaram, então, a cidade São Luís https://escolaeducacao.com.br/descobrimento-do-brasil/ https://escolaeducacao.com.br/brasil-colonia/ https://escolaeducacao.com.br/invasoes-estrangeiras-no-brasil/ https://escolaeducacao.com.br/invasoes-estrangeiras-no-brasil/#Invasoes_francesas https://escolaeducacao.com.br/invasoes-estrangeiras-no-brasil/#Invasoes_holandesas https://escolaeducacao.com.br/invasoes-estrangeiras-no-brasil/#Invasoes_inglesas https://escolaeducacao.com.br/franca-antartica/ https://escolaeducacao.com.br/geografia-do-estado-do-rio-de-janeiro-clima-caracteristicas/ (Maranhão) e paralelo a isso, a França Equinocial. Após três anos, foram expulsos. Houve uma terceira tentativa de invasão, entre os anos 1710 e 1711. Porém, sem sucesso. Invasões holandesas PUBLICIDADE No ano de 1599, as cidades Rio de Janeiro, Salvador e Santos foram atacadas pelos holandeses. Em 1603, a Bahia também foi invadida. Mas, com a ajuda dos espanhóis, os portugueses conseguiram expulsar os holandeses em 1625. Em 1630, se iniciou a maior invasão estrangeira no Brasil. Esta se iniciou quando os holandeses invadiram a região do litoral pernambucano. Entre 1630 e 1641, conseguiram ocupar outras áreas litorâneas, como Maranhão, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte. O mapa de Nicolaes Visscher mostra o cerco a Olinda e Recife (PE) em 1630. Com o objetivo de administrar as áreas até então invadidas, o Conde holandês Maurício de Nassau, chegou ao Pernambuco em 1637. Após todas essas invasões holandesas, em 1644, atitudes foram tomadas pelos portugueses para a expulsão dos invasores do nordeste brasileiro. Então, no ano de 1645 se iniciou a Insurreição Pernambucana. https://escolaeducacao.com.br/mauricio-de-nassau/ https://escolaeducacao.com.br/regiao-nordeste/ https://escolaeducacao.com.br/wp-content/uploads/2019/08/invasao-holandesa-pernambuco.jpg Apesar de as tropas holandesas terem sido vencidas em 1648, com a conhecida Batalha dos Guararapes, a expulsão definitiva só foi em 1654. Invasões inglesas Aos comandos do corsário inglês Thomas Cavendish, os ingleses invadiram e ocuparam as cidades de São Vicente e Santos. Isso foi no ano de 1951 e permaneceram por menos de três meses. Expansão Territorial Brasileira Por Ana Paula de Araújo A expansão territorial brasileira está associada à diversidade de atividades que foram se desenvolvendo no Brasil Colônia à medida em que foi ocorrendo a expansão demográfica e também em decorrência da crise do ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste. Após a União Ibérica (1580-1640), houve a anulação do Tratado de Tordesilhas, que possibilitou que as terras mais afastadas do litoral brasileiro pudessem ser ocupadas pelos colonos, e ainda mais porque eram áreas que não interessavam na colonização espanhola. Então, ocupado de maneira desigual e por diferentes motivos, podemos resumir a expansão territorial brasileira assim: Região Nordeste: o litoral foi o primeiro local da ocupação portuguesa,devido ao interesse econômico da cana-de-açúcar e também por motivo da defesa militar do território. Podemos observar que a maioria das capitais nordestinas, com exceção de Teresina-PI, são cidades litorâneas. Já o interior do Nordeste foi povoado pela expansão da pecuária, tendo como principal eixo o Rio São Francisco, e outros povoamentos que eram cortados pelos rios, como o Rio Jaguaribe, no Ceará. A pecuária torna-se o principal meio econômico do Nordeste, que traz até hoje a figura do vaqueiro como representante de sua cultura. Região Sudeste e Centro-Oeste: essas regiões foram povoadas pela atuação dos bandeirantes, em busca de ouro e no apresamento dos índios. Na verdade, a figura do bandeirante é decisiva para a expansão territorial brasileira, já que foi através das bandeiras que o interior do Brasil foi sendo penetrado, na corrida do ouro, no início do século XVIII. As cidades mineiras onde se concentraram a extração mineradora, também foi onde mais se concentrou a população, contribuíndo para o desenvolvimento das cidades, construção de estradas, surgimento de vilas e a urbanização do Sudeste brasileiro. Região Norte: teve como processo de povoamento também a atuação dos bandeirantes que foram em busca das drogas do sertão (as epeciarias da floresta Amazônica brasileira) para comercialização. Região Sul: foi colonizada por incentivo da Metrópole para assegurar o controle das fronteiras com a América espanhola, além de ter desenvolvido um grande centro de ação jesuítica com os Sete Povos das Missões. A Região Sul também se desenvolveu economicamente através da pecuária e charqueadas; https://www.infoescola.com/autor/ana-paula-de-araujo/21/ https://www.infoescola.com/historia/ciclo-da-cana-de-acucar/ https://www.infoescola.com/historia/uniao-iberica/ https://www.infoescola.com/historia/tratado-de-tordesilhas/ https://www.infoescola.com/geografia/regiao-nordeste/ https://www.infoescola.com/hidrografia/rio-sao-francisco/ https://www.infoescola.com/hidrografia/rio-sao-francisco/ https://www.infoescola.com/geografia/regiao-sudeste/ https://www.infoescola.com/geografia/regiao-centro-oeste/ https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/bandeirantes/ https://www.infoescola.com/brasil-colonia/corrida-do-ouro/ https://www.infoescola.com/brasil-colonia/corrida-do-ouro/ https://www.infoescola.com/geografia/urbanizacao/ https://www.infoescola.com/geografia/regiao-norte/ https://www.infoescola.com/brasil-colonia/drogas-do-sertao/ https://www.infoescola.com/biomas/floresta-amazonica/ https://www.infoescola.com/biomas/floresta-amazonica/ https://www.infoescola.com/geografia/regiao-sul/ https://www.infoescola.com/historia/sete-povos-das-missoes/ Entradas e Bandeiras As chamadas Entradas e Bandeiras foram expedições empreendidas no período colonial brasileiro que possuíam diversos objetivos, entre eles: capturar índios e descobrir minas de ouro. CURTIDAS 3 No processo de colonização do Brasil, houve uma fase que pode ser compreendida sob o termo “interiorização”, isto é, o adentramento e desbravamento das regiões centrais do país. Essa fase começou efetivamente no século XVII. Os empreendimentos que levaram a cabo a “interiorização” do Brasil ficaram conhecidos como Entradas e Bandeiras. Sabemos que, a princípio, o Brasil, enquanto colônia, forneceu a Portugal e aos aventureiros e colonos que aqui se estabeleceram apenas a extração de madeiras, como o pau-brasil, e a montagem dos engenhos de açúcar e dos latifúndios a eles associados. A prospecção de pedras e metais preciosos era algo que demorou a se fazer presente nos planejamentos dos colonizadores. Entretanto, em meados do século XVII, sobretudo em razão de várias disputas políticas nas quais Portugal envolveu-se e que provocaram o declínio do comércio do açúcar, os colonos brasileiros foram estimulados pela coroa portuguesa a procurarem minas de ouro, prata e de pedras preciosas no interior da colônia. Antes mesmo desse “estímulo”, houve expedições, organizadas desde o século XVI, com o objetivo de reconhecer território e apresar índios para o trabalho escravo. Essas expedições eram organizadas sob orientação do Império Português e receberam o nome de Entradas. A partir do século XVII, os próprios colonos, sobretudo da Capitania de São Vicente, passaram a organizar as suas formas de adentramento no interior da colônia, que possuíam objetivos semelhantes aos das Entradas. Entretanto, as expedições dos colonos eram feitas a partir da Vila de São Paulo (que depois se tornaria a cidade de São Paulo), de onde saíam homens armados em busca de índios, de minas ou de cumprimento de servições contratados, como destruição de Quilombos. Essas expedições, por sua vez, receberam o nome de Bandeiras; e seus protagonistas, o nome de bandeirantes. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Os historiadores costumam qualificar os bandeirantes que tinham seu serviço contratado como sertanistas de contrato. Domingos Jorge Velho, bandeirante responsável pela destruição do Quilombo de Palmares, foi um dos principais representantes desse tipo de bandeira. As expedições para encontrar minas ficaram conhecidas como Bandeiras Prospectoras, e as encarregadas de aprisionar índios, de Bandeiras de Apresamento. O bandeirantismo, com o passar dos séculos, também se tornou um mito no imaginário paulista. O historiador Boris Fausto aponta bem isso no seu livro História do Brasil, como pode ser visto no trecho a seguir: “A figura do bandeirante e as qualidades da sociedade paulista do século XVII foram exaltadas principalmente por historiadores de São Paulo como Alfredo Elis Jr. e Afonso de Taunay, que escreveram suas obras entre 1920 e 1950. Ellis Jr escreveu um livro intitulado Raça de Gigantes para exaltar a superioridade racial dos paulistas. Essa superioridade derivaria da existência, em número ponderável, de uma população branca, do êxito do cruzamento com o índio e da tardia entrada do negro na região. Tudo não passa de fantasias, com pretensões científicas.” [1] Reformas Pombalinas HISTÓRIA DO BRASIL https://brasile 46 PUBLICIDADE Durante a segunda metade do século XVIII, a Coroa Portuguesa sofreu a influência dos princípios iluministas com a chegada de Sebastião José de Carvalho aos quadros ministeriais do governo de Dom José I. Mais conhecido como Marquês de Pombal, este “super- ministro” teve como grande preocupação modernizar a administração pública de seu país e ampliar ao máximo os lucros provenientes da exploração colonial, principalmente em relação à colônia brasileira. Esse tipo de tendência favorável a reformas administrativas e ao fortalecimento do Estado monárquico compunha uma tendência política da época conhecida como “despotismo esclarecido”. A chegada do esclarecido Marquês de Pombal pode ser compreendida como uma conseqüência dos problemas econômicos vividos por Portugal na época. Nessa época, os portugueses sofriam com a dependência econômica em relação à Inglaterra, a perda de áreas coloniais e a queda da exploração aurífera no Brasil. Buscando ampliar os lucros retirados da exploração colonial em terras brasileiras, Pombal resolveu instituir a cobrança anual de 1500 quilos de ouro. Além disso, ele resolveu tirar algumas atribuições do Conselho Ultramarino e acabou com as capitanias hereditárias que seriam, a partir de então, diretamente pelo governo português. Outra importante medida foi a criação de várias companhias de comércio incumbidas de dar maior fluxo às transações comerciais entre a colônia e a metrópole. No plano interno, Marquês de Pombal instituiu uma reforma que desagradou muitos daqueles que viviam das regalias oferecidas pela Coroa Portuguesa. O chamado Erário Régio tinha como papel controlar os gastos do corpo de funcionários reais e, principalmente, reduzir os seus gastos. Outraimportante medida foi incentivar o desenvolvimento de uma indústria nacional com pretensões de diminuir a dependência econômica do país. Outra importante medida trazida com a administração de Pombal foi a expulsão dos jesuítas do Brasil. Essa medida foi tomada com o objetivo de dar fim às contendas envolvendo os colonos e os jesuítas. O conflito se desenvolveu em torno da questão da exploração da mão- de-obra indígena. A falta de escravos negros fazia com que muitos colonos quisessem apresar e escravizar as populações indígenas. Os jesuítas se opunham a tal prática, muitas vezes apoiando os índios contra os colonos. Vendo os prejuízos trazidos com essa situação, Pombal expulsou os jesuítas e instituiu o fim da escravidão indígena. As terras que foram tomadas dos integrantes da Ordem de Jesus foram utilizadas como zonas de exploração econômica através da venda em leilão ou da doação das mesmas para outros colonos. Com relação aos índios, Pombal pretendia utilizá-los como força de trabalho na colonização de outras terras do território. Mesmo pretendendo trazer diversas melhorias para a Coroa, Pombal não conseguiu manter-se no cargo após a morte de Dom José I, em 1777. Seus opositores o acusaram de autoritarismo e de trair os interesses do governo português. Com a saída de Pombal do governo, as transformações sugeridas pelo ministro esclarecido encerraram um período de mudanças que poderiam amenizar o atraso econômico dos portugueses. Revoltas Coloniais Ainda hoje, muitos historiadores pensam sobre como o Brasil conseguiu dar fim a dominação colonial exercida pelos portugueses. O interesse pelo assunto promove uma discussão complexa que interliga as transformações intelectuais e políticas que tomaram conta do continente europeu e o comportamento das ideias que sustentaram a luta pelo fim da ingerência lusitana. Por fim, tivemos que alcançar nossa autonomia graças ao interesse de sujeitos diretamente ligados ao poder metropolitano. No século XVIII, podemos observar que algumas revoltas foram fruto da incompatibilidade de interesses existente entre os colonos e os portugueses. Algumas vezes, a situação de conflito não motivou uma ruptura radical com a ordem vigente, mas apenas a manifestação por simples reformas que se adequassem melhor aos interesses locais. Usualmente, os livros de História costumam definir essas primeiras revoltas como sendo de caráter nativista. Outras rebeliões desenvolvidas no mesmo século XVIII tomaram outra feição. As chamadas rebeliões separatistas pensavam um novo meio de se organizar a vida no espaço colonial a partir do banimento definitivo da autoridade lusitana. Em geral, seus integrantes eram membros da elite que se influenciaram pelas manifestações liberais que engendraram a Independência das Treze Colônias, na América no Norte, e a Revolução Francesa de 1789. Mesmo preconizando os ideais iluministas e liberais, as revoltas acontecidas no Brasil eram cercadas por uma série de limites. O mais visível deles se manifestava na conservação da ordem escravocrata e a limitação do poder político aos membros da elite econômica local. Além disso, ao contrário do que apregoavam muitos historiadores, essas revoltas nem mesmo tinham a intenção de formar uma nação soberana ou atingir amplas parcelas do território colonial. Entre os principais eventos que marcam a deflagração das revoltas nativistas, destacamos a Revolta dos Beckman (1684, Maranhão); a Guerra dos Emboabas (1707, Minas Gerais); a Guerra dos Mascates (1710, Pernambuco); e a Revolta de Filipe dos Santos (1720, Minas Gerais). As únicas revoltas separatistas foram a Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, na região de Vila Rica, e a Conjuração Baiana, deflagrada em 1798, na cidade de Salvador. Tiradentes (esq.) e Cipriano Barata (dir.): personagens marcantes das revoltas coloniais brasileiras Revoltas Emancipacionistas no Brasil Colonia Os movimentos emancipacionistas, ou rebeliões coloniais, foram movimentos conspirativos, de bases iluministas, que objetivavam a conquista da independência do Brasil. Eram rebeliões cujo objetivo era o de separação politica, diferentemente dos Movimentos Nativistas que tinham um caráter local e um baixo grau de definição ideológica, não revelavam uma consciência mais ampla da dominação colonial e nem apresentavam propostas alternativas a elas, mas talvez tenham sido elas o impulso. Durante o século XVII, iniciaram-se as primeiras manifestações contra a metrópole, dando origem aos movimentos emancipacionistas. (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimentos_Emancipacionistas) Principais revoltas emancipacionistas no Brasil Colonia 1. Conjuração Mineira (1789) A Inconfidência Mineira, também referida como Conjuração Mineira, foi uma possível conspiração, de natureza separatista que poderia ocorrer na então capitania de Minas Gerais, no Estado do Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português, sendo abortada pela Coroa portuguesa em 1789. (Saber mais ... ) 2. Conjuração Carioca (1794) A chamada Conjuração Carioca foi o nome pelo qual ficou conhecida a repressão a uma associação de intelectuais que se reuniam, no Rio de Janeiro, em torno de uma sociedade literária, no fim do século XVIII. Esta repressão ocorreu em 1794 na Sociedade Literária do Rio de Janeiro. Um processo de devassa foi aberto e se estendeu de 1794 a 1795, sem que fossem encontradas provas conclusivas de que uma conspiração se encontrava em curso, além de livros de circulação proibida. Desse modo, os implicados detidos foram libertados. (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjura%C3%A7%C3%A3o_Carioca) (Saber mais ... ) 3. Conjuração Baiana (1796) A Conjuração Baiana também denominada como Revolta dos Alfaiates (uma vez que alguns participantes da trama exerciam este ofício) e recentemente também chamada de Revolta dos Búzios, foi um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido no final do século XVIII (1796-1799), na então Capitania da Bahia, no país do Brasil. Diferentemente da Inconfidência Mineira (1789-1792), foi http://projeto-militar.blogspot.com.br/p/inconfidencia-mineira.html http://projeto-militar.blogspot.com.br/p/conjuracao-carioca-1794.html difundida pela historiografia tradicional enquanto sendo um movimento de caráter popular em que defendiam a independência e o fim da escravidão, um governo republicano, democrático, com liberdades plenas, o livre-comércio e abertura dos portos como principais pontos. (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjura%C3%A7%C3%A3o_Baiana) (Saber mais ... ) 4. Conjuração Pernambucana (1817) A chamada Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, foi um movimento emancipacionista que eclodiu em 6 de março de 1817, na então Capitania de Pernambuco, no Brasil. Dentre as suas causas, destacam-se a influência das ideias Iluministas propagadas pelas sociedades maçônicas (sociedades secretas), a crise econômica regional, o absolutismo monárquico português e os enormes gastos da Família Real e seu séquito recém- chegados ao Brasil — o Governo de Pernambuco era obrigado a enviar para o Rio de Janeiro grandes somas de dinheiro para custear salários, comidas, roupas e festas da Corte, o que ocasionava o atraso no pagamento dos soldados, gerando grande descontentamento do povo brasileiro. Período Joanino O período joanino corresponde a uma fase da história do Brasil que ocorreu entre os anos de 1808 e 1821. Recebe esse nome em referência ao rei D. João VI que transferiu seu governo para o Brasil. Vale notar que essa foi a primeira vez na história que um rei europeu transferiu seu reino para um país do continente americano. Conheça a vida de Dom João VI. Resumo http://projeto-militar.blogspot.com/p/blog-page_26.htmlhttps://www.todamateria.com.br/dom-joao-vi/ Em janeiro de 1808 e com o apoio da Inglaterra, a família real portuguesa chegou ao Brasil. Cerca de 15 mil pessoas vieram com eles, o que totalizou cerca de 2% da população portuguesa da época. Eles se instalaram na capital do Rio de Janeiro e permaneceram durante 12 anos ali. Ameaçados pela invasão do francês Napoleão Bonaparte, a família Real deixou Portugal para garantir que o país continuasse independente. Isso porque Napoleão decretou o Bloqueio Continental em 1806, determinando o fechamento dos portos aos navios ingleses. Portugal, que apoiava a Inglaterra e tinha grande relação comercial com esse país, não se submeteu ao bloqueio. Isso levou a invasão de Napoleão às terras lusitanas. Sendo assim, em outubro de 1807, D. João e o rei da Inglaterra Jorge III, assinaram um decreto que transferia a sede monárquica de Portugal para o Brasil. Além disso, Portugal se comprometia a assinar um tratado de comércio com a Inglaterra, quando chegasse ao Brasil. Foi dessa maneira que em 1808 o Pacto Colonial, um acordo comercial entre a colônia e a metrópole, chega ao fim. Nesse ano, Dom João instituiu a “Carta Régia”, a qual permitia a abertura dos portos a outras nações amigas, inclusive a Inglaterra. Diante disso, a economia do país alavancou, no entanto, impediu o desenvolvimento das manufaturas no Brasil. Isso porque grande parte dos produtos eram importados da Inglaterra. Os produtos ingleses tinham uma menor taxa alfandegária em relação aos outros países. Eles pagavam 15%, enquanto as outras nações cerca de 24%. Além da economia, o país, e sobretudo a capital, que até então era o Rio de Janeiro, sofreram diversas mudanças. Muitas obras de caráter público foram erigidas nesse período, por exemplo, a casa da moeda, o banco do Brasil, o jardim botânico, dentre outras. A Educação no Período Joanino Na educação e na cultura, esse período marcou diversos avanços nessas áreas. Isso porque muitos investimentos foram feitos, o que podemos confirmar com a construção da Biblioteca Real, da Academia Real de Belas Artes, da Imprensa Real, além das escolas de medicina. Período Joanino e a Independência do Brasil Esse período da história do Brasil influenciou diretamente no processo de independência do país. https://www.todamateria.com.br/napoleao-bonaparte/ https://www.todamateria.com.br/bloqueio-continental/ https://www.todamateria.com.br/pacto-colonial/ Isso porque em 1815 a administração do governo joanino extingui a condição de colônia ao Brasil. Foi assim que o páis recebeu o título de “Reino Unido de Portugal e Algarves”, tornando-se a sede administrativa de Portugal. Esse fato deixou muito descontentes os portugueses que estavam em Portugal. Com isso, eles exigiam o retorno de Dom João IV, que por fim, retorna à Portugal para a Revolução Liberal do Porto, em abril de 1821. Esse evento marcou o fim do período joanino. Em seu lugar permanece seu filho, Dom Pedro I. O príncipe regente governou o país de 1822 a 1831, estabelecendo em 1824, a primeira Constituição do país. Quando Portugal exigiu seu retorno, ele se recusou a voltar para a metrópole. Sendo assim, no dia 07 de setembro de 1822, ele declara a Independência do Brasil. Leia mais: A Vinda da Família Real para o Brasil Causas da Independência do Brasil Congresso de Viena Exercícios de Vestibular com Gabarito 1. (FGV) A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, representou uma alternativa para um contexto de crise política na Metrópole e a possibilidade de implementar as bases para a formação de um império luso- brasileiro na América. Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO diz respeito ao período joanino. a) ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina e sua incorporação ao Império Português, como resultado da política externa agressiva adotada por D. João. b) abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a Inglaterra, dando início a uma fase de livre-comércio. c) ocorreu uma inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do império passava do centro para a periferia. d) atendeu às exigências do comércio britânico, que conseguiu isenções alfandegárias. e) ocorreu a Revolução Pernambucana de 1817, que defendia o separatismo com o governo republicano e a manutenção da escravidão. 2. (Mackenzie-SP) Podem ser consideradas características do governo joanino no Brasil: a) a assinatura de tratados que beneficiam a Inglaterra e o crescimento do comércio externo brasileiro devido à extinção do monopólio; b) o desenvolvimento da indústria brasileira graças às altas taxas sobre os produtos importados; c) a redução dos impostos e o controle do déficit em função da austera política econômica praticada pelo governo; d) o não envolvimento em questões externas sobretudo de caráter expansionista; https://www.todamateria.com.br/constituicao-de-1824/ https://www.todamateria.com.br/dom-pedro-i/ https://www.todamateria.com.br/independencia-do-brasil/ https://www.todamateria.com.br/independencia-do-brasil/ https://www.todamateria.com.br/a-vinda-da-familia-real-para-o-brasil/ https://www.todamateria.com.br/causas-da-independencia-do-brasil/ https://www.todamateria.com.br/congresso-de-viena/ e) a total independência econômica de Portugal com relação à Inglaterra em virtude de seu acelerado desenvolvimento. 3. (UNIFOR-CE) A vinda da Corte para o Brasil marca a primeira ruptura definitiva do Antigo Sistema Colonial. (Fernando A Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1981. p. 298). A ruptura a que o autor se refere estava intimamente relacionada, dentre outros fatores, à decisão da Coroa portuguesa de: a) conceder liberdade para o estabelecimento de fábricas nas cidades brasileiras. b) interromper o comércio de escravos praticado entre a colônia e a Inglaterra. c) proibir o comércio de manufaturas feito entre a colônia e a burguesia inglesa. d) romper os laços comerciais com a Inglaterra por exigência dos franceses. e) abrir os portos brasileiros ao livre-comércio com as “nações amigas”. A presença britânica no Brasil – não só política e econômica, mas também social e cultural-desde a transferência da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1807-8 até a abdicação do primeiro Imperador brasileiro em 1831. Os britânicos usaram a sua influência política na Corte portuguesa no Rio não apenas para obter uma posição privilegiada pelo comércio britânico e pelos direitos para os residentes britânicos no Brasil, como também para garantir os primeiros compromissos de Portugal pela abolição do tráfico de escravos. Houve um declínio na influência britânica depois de 1812 e, especificamente, depois da decisão de D. João de ficar no Brasil ao fim da guerra na Europa. Entretanto, a declaração da independência do Brasil em 1822 e a necessidade urgente pelo reconhecimento criaram a oportunidade para a Grã- Bretanha reestabelecer sua influência política dominante, consolidar sua predominância econômica e forçar o Brasil declarar a abolição do tráfico de escravos (ou ao menos a sua ilegalidade)., A vinda da família real para o Brasil deu-se na passagem de 1807 para 1808 e foi resultado da guerra travada entre França e Reino Unido durante o período napoleônico. A transferência da corte ocorreu pela recusa de Portugal em obedecer as ordens da França e aderir ao Bloqueio Continental, instituído com o objetivo de prejudicar os ingleses, em 1806. Com isso, o regente de Portugal, d. João, filho de d. Maria I, decidiu transferir toda a corte para o Brasil. Assim, o poder português instalou- se no Rio de Janeiro, resultando em transformações que tiveram influência fundamental no desencadeamento do processo de independência do Brasil, alguns anos depois. https://brasilescola.uol.com.br/historiag/era-napoleonica.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/bloqueio-continental.htmhttps://brasilescola.uol.com.br/historiab/independencia-brasil.htm Acesse também: Detalhes sobre a relação de d. João VI e sua esposa, Carlota Joaquina Contexto da vinda da família real para o Brasil A invasão de Portugal, por ordem de Napoleão Bonaparte, foi o motivo que levou a corte portuguesa a mudar-se para o Brasil. A transferência da corte portuguesa para o Brasil tem relação direta com os acontecimentos da Revolução Francesa e do período napoleônico. Desde o início da revolução, a existência dos regimes absolutistas na Europa foi severamente ameaçada. Após 10 anos do levante, Napoleão Bonaparte surgiu como governante da França. Os acontecimentos da revolução reforçaram severamente a rivalidade entre França e Inglaterra na Europa, e isso se refletiu diretamente na relação de Portugal com esses dois países. Internamente, uma divisão muito grande instalou-se em Portugal, uns defendendo que o país se aproximasse da França, e outros defendendo a boa relação, estabelecida havia séculos, com o Reino Unido. https://brasilescola.uol.com.br/historiab/carlota-joaquina-dom-joao-vi.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/carlota-joaquina-dom-joao-vi.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-francesa.htm https://brasilescola.uol.com.br/politica/absolutismo.htm https://brasilescola.uol.com.br/biografia/napoleao-bonaparte.htm https://brasilescola.uol.com.br/biografia/napoleao-bonaparte.htm Veja mais: Queda da Batilha - o estopim para a revolução na França, no final do século XVIII Portugal, ainda no período revolucionário, assinou um acordo de proteção militar com os ingleses, mas, ainda assim, buscava manter publicamente uma posição neutra, de forma a não desagradar nenhuma das nações. Na medida em que a tensão crescia, o que d. João fez como medida cautelar foi reforçar as defesas do país na fronteira com a Espanha, entre 1804 e 1807, segundo pontuam as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling|1|. A ascensão de Napoleão Bonaparte só contribuiu para que a situação agravasse-se, pois o ímpeto expansionista e o desejo de reformular o mapa europeu do general reforçaram a polarização do continente. O regente, d. João (que só se tornou d. João VI em 1816), como mencionado, era constantemente pressionado, pelos apoiadores de franceses e ingleses, a tomar partido. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) O motivo da vinda da família real para o Brasil A partir de 1804, Napoleão “autocoroou-se” imperador francês, o que reforçou seu poder e ampliou a tensão na Europa. Antes disso, a situação já era apreensiva para Portugal, uma vez que os espanhóis haviam se aliado com os franceses, o que representava uma grande ameaça à soberania do território português. Em 1801, uma pequena guerra entre Portugal e Espanha, a Guerra das Laranjas, aconteceu e fez Portugal perder a cidade de Olivença para a Espanha. Nessa derrota, os portugueses ainda foram obrigados a aceitar o seguinte termo dos franceses: fechar os portos de seu país para embarcações inglesas. O termo foi aceito, mas não foi colocado em prática. Incapaz de invadir a Inglaterra, Napoleão resolveu, a partir de 1806, estabelecer o Bloqueio Continental, o que determinou que os portos das nações europeias ficariam terminantemente fechados para embarcações inglesas. Com o bloqueio, os portugueses começaram a ventilar a proposta de mudarem-se para o Brasil a fim de fugir do alcance de Napoleão. Portugal não aceitou aderir ao bloqueio porque as relações com os ingleses eram boas e estavam de pé por séculos. A situação estendeu-se até meados de 1807, quando Napoleão realizou um ultimato. O ultimato de Napoleão determinou que Portugal deveria, até 1º de setembro, realizar as seguintes medidas: convocar seu embaixador que estava em Londres; expulsar o embaixador inglês de Lisboa; fechar os https://brasilescola.uol.com.br/historiag/queda-bastilha.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/queda-bastilha.htm https://guerras.brasilescola.uol.com.br/seculo-xvi-xix/a-guerra-das-laranjas.htm portos para navios ingleses; prender os ingleses em Portugal e confiscar os bens deles; e declarar guerra à Inglaterra|2|. Seguiram-se semanas de negociação entre Portugal e França e Portugal e Reino Unido, mas não se chegou a nenhum entendimento. Os britânicos orientaram que, se os portugueses aceitassem integralmente os termos franceses, os dois países entrariam em guerra; já os franceses exigiam o aceite integral dos seus termos, caso contrário, invadiriam o território português, dividindo-o com a Espanha. Como não houve solução, Napoleão ordenou o envio de tropas para invadir Portugal. Em 24 de novembro, d. João informou que as tropas francesas chegariam a Lisboa em até quatro dias e autorizou o início dos preparativos de uma viagem ao Brasil. A corte portuguesa tinha o compromisso dos ingleses de ser escoltada em segurança até o Brasil. Viagem da corte portuguesa Os preparativos para a viagem ao Brasil ficaram marcados pelo pânico e correria. Estima-se que até 15 mil pessoas tenham embarcado. O embarque da corte portuguesa aconteceu entre os dias 25 e 27 de novembro de 1807. Em meio aos preparativos, o governo português realizou a transferência das instituições que administravam o país, portanto, tratava-se de uma missão muito grande para tão poucos dias. Nessa transferência, todas as pessoas que possuíssem algum papel no governo mudaram-se para o Rio de Janeiro com suas famílias. As naus portuguesas que fizeram a transferência da corte reuniram de 10 mil a 15 mil pessoas, segundo os levantamentos feitos por diferentes historiadores. Lilia Schwarcz e Heloísa Starling dão a real dimensão do que foi essa vinda para o Brasil: “não eram indivíduos isolados que fugiam às pressas, e sim a sede do Estado português que mudava de endereço, com seu aparelho administrativo e burocrático, seu tesouro, suas repartições, secretarias, tribunais, arquivos e funcionários”|3|. O regente de Portugal autorizou todos os seus súditos a mudarem-se para o Brasil, caso desejassem, mas se não houvesse espaço nas embarcações da corte, eles deveriam procurar meios próprios de vir para o Brasil. Todos os preparativos da mudança foram realizados às pressas, e, por isso, houve correria e pânico. Muita coisa que deveria ter embarcado foi deixada para trás, e os navios, abarrotados de gente, não tinham suprimentos suficientes para todos. As embarcações portuguesas iniciaram a viagem para o Brasil no dia 29 de novembro de 1807, e, em alto-mar, encontraram-se com as quatro embarcações inglesas, que as escoltaram até o Brasil. Acredita-se que as embarcações que vieram ao nosso país trazendo a corte eram cerca de 15 (há desencontro nas informações). No fim do dia 29, as tropas francesas entravam em Lisboa e eram formadas por cerca de seis mil soldados. Os problemas na viagem foram muitos. A citada superlotação fez com que alimentos e água fossem racionados; não havia dormitórios e camas para todos, e os problemas de higiene era muitos. Estes resultaram em um surto de piolhos que forçou as mulheres rasparem seus cabelos. Saiba mais: Cinco curiosidades sobre a independência do Brasil Período Joanino https://brasilescola.uol.com.br/historiab/cinco-curiosidades-sobre-independencia-brasil.htm O regente de Portugal, d. João, foi quem ordenou a vinda da corte portuguesa para o Brasil. [1] A viagem da corte portuguesa estendeu-se por 54 dias, e, no dia 22 de janeiro de 1808, a embarcação de d. João chegou a Salvador. Da antiga capital do Brasil, d. João já tomou a primeira medida que mudaria o curso da história brasileira: ele decretou a abertura dos portos às nações amigas, no dia 28 de janeiro. Depois de uma breve estadia em Salvador, d. João foi para o Rio de Janeiro, chegando lá no dia 8 de março. As outras embarcações foram chegando nos dias seguintes (umatempestade havia separado elas). A chegada da corte ao Brasil inaugurou o Período Joanino, durante o qual d. João esteve no Brasil. A abertura dos portos foi apenas a primeira de várias medidas tomadas pelo regente português e que mudaram radicalmente a história brasileira. TRATADOS ANTIGOS DO BRASIL - Colônia de Portugal - Bula "Inter Coetera" do Papa Alexandre VI -1493. Concedeu à Espanha as terras descobertas ou que se descobrissem a partir de um meridiano distante 100 (Cem) léguas a Ocidente de qualquer das ilhas de Açores e Cabo Verde. - Tratado de Tordesilhas - 1494. Anulando a Bula Alexandrina, estabeleceu a divisão do globo terrestre em dois hemisférios por um meridiano localizado 370 (Trezentos e Setenta) léguas a https://brasilescola.uol.com.br/historiab/dom_joao.htm http://info.lncc.br/bula.html http://info.lncc.br/tordes.html Oeste das ilhas de Cabo Verde. (A localização correta das Linhas de Tordesilhas revelou-se impraticavel, na época, pela impossibilidade da determinação de longitudes, o que só foi possível cerca de dois séculos após). - Convenção de Saragoça - 1529. Escritura da venda feita pelo Rei da Espanha ao de Portugal da região onde se encontravam as ilhas Molucas. (Estabelecido também na base de um meridiano localizado à Leste dessas ilhas, passando pelas ilhas denominadas "las Velas e de Santo Thome"). - Primeiro Tratado de Utrecht - 1713. Firmado entre Portugal e a França para estabelecer os limites entre os dois paises na costa norte do Brasil. Estas disposições serviram, quase dois séculos após, para defender a posição brasileira na questão do Amapa. - Segundo Tratado de Utrecht - 1715. Firmado entre Portugal e a Espanha, restabelecendo a posse da Colônia de Sacramento para Portugal. - Tratado de Madri - 1750. Também entre Portugal e a Espanha, esbabeleceu os limites entre as colônias dos dois, na America do Sul, respeitando a ocupação realmente exercida nos territórios e abandonando inteiramente a "linha de Tordesilhas". (A Colônia de Sacramento passaría para o domínio da Espanha). Com esse Tratado o Brasil ganhou já um perfil próximo ao de que dispõe hoje. - Tratado do Pardo - 1761. Tornou nulas todas as disposições e feitos, decorrentes do Tratado de Madri. - Tratado de Santo Ildefonso - 1777. Ainda entre Portugal e Espanha. Seguiu em linhas gerais os limites estabelecidos pelo Tratado de Madri, embora com prejuizo para Portugal no extremo sul do Brasil. - Convenção (ou Paz) de Badajoz - 1801. Estabelece as condições de paz na Península Ibérica (sem fazer menção aos limites das colônias de Portugal e da Espanha na América do Sul). Com isto tornou nulas, na prática, todas as disposições a respeito - entre estes dois países -, permitindo a expansão da ocupação gaúcha até o rio Uruguai. http://info.lncc.br/saragoca.html http://info.lncc.br/utrech1.html http://info.lncc.br/utrech2.html http://info.lncc.br/madri.html http://info.lncc.br/pardo.html http://info.lncc.br/ildef.html http://info.lncc.br/badajo.html O que foi o Período Joanino? O Período Joanino refere-se ao momento da história da colonização brasileira marcado pela presença da família real portuguesa no Brasil. Essa época específica foi iniciada em 1808, quando a Corte portuguesa e D. João VI chegaram ao Brasil, e estendeu-se até 1821, quando esse rei, pressionado pelas cortes portuguesas, optou por retornar para Portugal. Durante esse período, a família real portuguesa habitou a cidade do Rio de Janeiro. Por que a família real portuguesa mudou-se para o Brasil? A mudança da família real portuguesa para o Brasil estava relacionada com os acontecimentos na Europa durante o Período Napoleônico. Como forma de enfraquecer economicamente a Inglaterra, Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Continental, que consistia na proibição às nações europeias de comercializar com a Inglaterra. Segundo essa política estabelecida por Napoleão, as nações que não aderissem ao bloqueio seriam militarmente invadidas pelas tropas francesas. Portugal não aceitou aderir a esse bloqueio, justamente porque a Inglaterra era sua maior aliada política e econômica. Para fechar essa brecha existente, Napoleão ordenou a invasão da Península Ibérica em 1807. Com a invasão francesa, Napoleão destituiu o rei espanhol e colocou seu irmão, José Bonaparte, no trono espanhol. Durante a invasão napoleônica em Portugal, D. João VI optou por fugir da presença das tropas francesas e, assim, realizou o embarque às pressas com tudo o que pudesse carregar para o Brasil. A respeito disso, segue o relato de Boris Fausto: Entre 25 e 27 de novembro de 1807, cerca de 10 a 15 mil pessoas embarcaram em navios portugueses rumo ao Brasil, sob a proteção da frota inglesa. Todo um aparelho burocrático vinha para a Colônia: ministros, conselheiros, juízes da Corte Suprema, funcionários do Tesouro, patentes do Exército e da Marinha, membros do alto clero. Seguiam também o tesouro real, os arquivos do governo, uma máquina impressora e várias bibliotecas que seriam a base da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro|1|. A expedição portuguesa era composta de 46 embarcações, que foram escoltadas até a costa brasileira pela Marinha inglesa. A viagem foi cheia de percalços, como uma tempestade que separou parte dos navios, a falta de comida por causa da quantidade de pessoas e, de acordo com os historiadores, um surto de piolhos que forçou as mulheres a rasparem os cabelos. https://brasilescola.uol.com.br/historiab/colonizacao-brasil.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/colonizacao-brasil.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/era-napoleonica.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/bloqueio-continental.htm D. João VI e toda a Corte portuguesa chegaram ao Brasil, na região de Salvador, em janeiro de 1808. No mês seguinte, o rei português embarcou para a cidade do Rio de Janeiro, chegando a essa cidade em março. Do Rio de Janeiro, D. João VI governaria Portugal e o Brasil até 1821, quando, então, retornou à Europa. Quais grandes mudanças ocorreram com a chegada de D. João VI ao Brasil? Assim que chegou ao Brasil, D. João VI tomou a primeira medida de relevância: a abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Isso aconteceu no dia 28 de janeiro de 1808 e iniciou todas as mudanças que estavam por vir. A abertura dos portos brasileiros às nações amigas significava, na prática, que a única nação a beneficiar-se disso seria a Inglaterra, dona de um gigantesco comércio marítimo. Essa medida significou o fim do monopólio comercial exercido por Portugal sobre as atividades econômicas do Brasil e permitia aos comerciantes e grandes proprietários brasileiros negociar diretamente com seus compradores estrangeiros. Para Portugal, essa medida era resultado de uma necessidade óbvia, uma vez que, com a ocupação francesa, seria impossível comercializar com os portos portugueses. Outras decisões importantes tomadas por D. João VI foram a permissão para instalar manufaturas no Brasil e a criação de incentivos para que essas manufaturas surgissem. Apesar dessa medida ser extremamente importante, as mercadorias manufaturadas produzidas no Brasil sofriam com a concorrência das mercadorias inglesas, que possuíam mais qualidade e um preço atrativo (Portugal taxou as mercadorias inglesas em apenas 15% de imposto alfandegário). Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Por ordem de D. João VI, foram desenvolvidas faculdades de medicina em Salvador e no Rio de Janeiro. Além disso, construíram-se museus, teatros e bibliotecas, e foi permitida a instalação de uma tipografia na cidade do Rio de Janeiro. Tudo isso contribuiu para o crescimento do intelectualismo no Brasil e possibilitou a circulação de ideias, sobretudo na capital. Esse crescimento do intelectualismo no Brasil acabouincentivando a vinda de intelectuais e artistas estrangeiros notáveis daquele período, como a viagem do botânico e naturalista francês Auguste de Saint- Hilaire e a Missão Artística Francesa, que trouxe importantes artistas franceses, com destaque para Debret e suas pinturas sobre o Rio de Janeiro. No entanto, a medida mais importante tomada por D. João ocorreu em 1815, quando o Brasil foi elevado à condição de Reino e, assim, surgiu o Reino de Portugal, Brasil e Algarves. Isso aconteceu porque as nações integrantes do Congresso de Viena consideravam inaceitável que um rei europeu estivesse em uma colônia e não em seu reino de fato. Como resposta, D. João VI tomou essa medida e transformou o Brasil em parte integrante do reino português. Além de permitirem o desenvolvimento econômico e intelectual do Rio de Janeiro, todas essas mudanças resultaram no aumento populacional da cidade do Rio de Janeiro, que passou de 50 mil habitantes, em 1808, para 100 mil habitantes em 1822. Como foi a política externa de D. João durante o Período Joanino? Enquanto esteve presente no Brasil, D. João VI envolveu-se diretamente em questões territoriais com nações vizinhas e territórios vizinhos dominados por nações estrangeiras. Primeiramente, houve a invasão da Guiana Francesa, realizada em 1809. D. João VI ordenou essa ocupação, junto com tropas inglesas, como represália à ocupação de Portugal pelos franceses. A presença lusitana na Guiana Francesa estendeu-se até 1817, quando essa região foi devolvida para a França após a derrota de Napoleão. Outra questão muito importante, e que gerou impactos no Brasil após a independência, foi o conflito pela Cisplatina. Por ordem de D. João VI, a Banda Oriental do Rio da Prata (atual Uruguai) foi invadida e anexada ao território brasileiro em 1811. Pouco tempo depois, em 1816, foram travadas guerras contra José Artigas, que lutava pela independência do Uruguai. Como foi o retorno de D. João VI para Portugal? O retorno da Corte portuguesa a Portugal decorreu das pressões que D. João VI passou a sofrer da burguesia portuguesa a partir de 1820. Nesse momento, era iniciada a Revolução Liberal do Porto, na qual a burguesia formou as cortes portuguesas (espécie de assembleia) e passou a exigir mudanças em Portugal de acordo com os princípios liberais e ilustrados em voga. Os liberais portugueses queriam que algumas mudanças fossem implantadas com a finalidade de recuperar a economia portuguesa. As https://brasilescola.uol.com.br/historiag/congresso-viena.htm principais exigências das cortes portuguesas eram o rebaixamento do Brasil novamente à condição de colônia e o retorno imediato de D. João VI para Portugal. Essas pressões exercidas pelas cortes portuguesas forçaram o rei a retornar por causa do temor de perder o trono português. D. João VI retornou para Portugal com aproximadamente quatro mil pessoas em 1821, no entanto, deixou seu filho D. Pedro, futuro D. Pedro I, como regente do Brasil. As tensões provocadas pelas cortes portuguesas com o Brasil e D. Pedro criaram a ruptura que deu início ao processo de independência do Brasil. Partidos do Brasil Colônia A história do Brasil é dividida em três fases. A primeira delas, o período colonial, fala sobre os primeiros tempos da colonização portuguesa em nosso país. De 1500 a 1530, Portugal estava mais interessado em suas colônias nas Índias, e pouco ou nenhum interesse demonstrou por nossas terras. Mas depois que os portugueses perderam o controle do comércio das especiarias para os ingleses, eles começaram a olhar o Brasil com outros olhos. Daí os portugueses implantaram por aqui o monopólio comercial, que quer dizer: a colônia (Brasil) só podia comprar e vender produtos para a metrópole (Portugal). Em 1822, pouco antes da independência do Brasil, em 1822, havia três partidos políticos no Brasil. São eles: O partido português – formado por comerciantes que queriam manter Portugal no controle do comércio, por pessoas que trabalhavam para o Império (como são hoje os funcionários públicos) e militares que não queriam a independência do Brasil. Eles torciam pela recolonização. O partido brasileiro – formado pelos grandes proprietários rurais (os ricos), alguns comerciantes portugueses, brasileiros e estrangeiros, que achavam que o comércio livre era a melhor opção. Eles não queriam a independência e nem a recolonização. Defendiam a criação de uma monarquia dual. Monarquia dual? Uma monarquia que dividisse os poderes entre o Brasil e Portugal e garantisse a liberdade de comércio. Partido Liberal Radical – composto por pessoas da classe média da época. Eles defendiam a implantação de uma república democrática, sistema que o Brasil vive hoje. Agora que você já sabe sobre os partidos do Brasil Colônia, vamos aos partidos da fase do Brasil império. Partidos do Império Na época do Brasil Império (período entre 1822 e 1889, quando o nosso país deixa de ser colônia portuguesa, mas ainda não é uma república), o regime adotado aqui era a monarquia. Após o “grito de independência”, o primeiro governante do Brasil foi Dom Pedro I. Ele ficou no poder até o ano de 1831, período chamado de Primeiro Império. Logo https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/monopolio/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/metropole/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/monarquia/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/monarquia/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/monarquia/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/republica/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/brasil-imperio/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/brasil-imperio/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/republica/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/monarquia/ depois, ele foi forçado a deixar o cargo em favor de seu filho, Dom Pedro II, que tinha apenas 5 anos. E até Dom Pedro II completar 15 anos – idade em que poderia começar a governar – o Brasil foi administrado por regentes, que eram representantes do Poder Executivo. Vamos saber agora sobre os partidos das três etapas: primeiro império; regência e segundo império. No primeiro império, havia três grandes partidos políticos: Restauradores ou Caramurus – que queriam a volta de D. Pedro I ao Brasil e um regime monárquico. Não deu certo e, quando D. Pedro I morreu, em 1834, o partido desapareceu. O segundo, formado por pessoas radicais, tinha o nome de Liberal Exaltado ou Jurujubas. O pessoal desse partido era a favor do fim da monarquia. Eles queriam que o Brasil se transformasse em uma República. Um último grupo, chamado Liberal Moderado ou Chimangos, defendiam a permanência da monarquia e a escravidão, mas não queriam a volta de Dom Pedro I e os “exageros” do partido dos exaltados. Mas os principais partidos do império – Conservadores (também chamados de saquaremas) e Liberais (também chamados de luzias) – só surgiram no Segundo Reinado. Época governada por Dom Pedro II. A diferença entre esses dois partidos era a visão que cada um deles tinha sobre a monarquia. Os conservadores queriam sempre um regime forte, com a autoridade do imperador e pouca liberdade para as províncias (as províncias eram como são hoje os Estados brasileiros). Já os liberais queriam que as províncias tivessem mais poder. Partidos na República República Velha (1889-1930) O império acabou quando a República foi proclamada em 15 de novembro de 1889. Foi aí que o Brasil deixou de ser governado por uma monarquia e passou a ser comandado por presidentes, como é até hoje. O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Neste período, quem dominava a política eram os grandes donos de terras de Minas Gerais e de São Paulo. Época em que o Brasil cresceumuito e tornou-se exportador de café. Com isso, os donos de terras acabaram criando seus partidos políticos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Poderosos por causa do dinheiro que tinham, acabaram elegendo vários presidentes, que implementavam políticas para beneficiar os dois estados. Os estados se revezavam na indicação do presidente: uma vez paulista e outra vez um mineiro. https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/governar/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/monarquia/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/republica/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/monarquia/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/monarquia/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/republica/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/monarquia/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/republica/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/indicacao/ Essa prática ficou conhecida como política do café-com-leite (porque São Paulo era o maior produtor de café do País, e Minas era grande produtor de leite). Em 1922, surgiu o Partido Comunista do Brasil (PCB), que décadas mais tarde mudou seu nome para Partido Comunista Brasileiro. Pregava os ideais marxistas e atuou na clandestinidade durante muito tempo. Tempo de Getúlio Vargas (1930-1945) Em 1930, ano de eleição para a presidência do Brasil, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de um mineiro do PRM assumir o cargo. Mas o Partido Republicano Paulista não cumpriu o trato e indicou um político paulista. O nome dele? Júlio Prestes. Essa quebra do trato acabou com a política do café- com-leite. O PRM, desiludido, junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul para lançar o gaúcho Getúlio Vargas à Presidência da República. Mas o nome de Getúlio não foi aceito. Júlio Prestes acabou ganhando as eleições, mas não ocupou o cargo. Por quê? Porque Getúlio Vargas liderou uma revolução – Revolução de 1930 – para tomar o poder. Assim, ocorreu o fim da República Velha e início da Era Vargas. Para quem não sabe ou não se lembra, Getúlio foi presidente do Brasil por um tempão. Primeiro como chefe do governo provisório depois da Revolução de 30, depois como presidente eleito em 1934. E não parou por aí. Em 1937, ele implantou a ditadura do Estado Novo, até que foi deposto (tirado do cargo) em 1945. Pensa que acabou? Nada disso, Getúlio voltou à presidência em 1951, por meio do voto popular. Ficou mais três anos no poder. Ele suicidou-se em 24 de agosto de 1954 com um tiro no coração. Os partidos políticos mais conhecidos da época de Getúlio Vargas são: Ação Integralista Brasileira (AIB), criado em 1932, e Aliança Nacional Libertadora (ANL), de 1935. A AIB defendia um governo em que só o presidente poderia tomar decisões. Assim, acreditavam que o Brasil caminharia para o progresso. Essa ideia era inspirada no fascismo. Já o pessoal da ANL, liderado por Luís Carlos Prestes, defendia um programa de mudanças para melhorar a vida dos brasileiros. Eles queriam mais emprego, melhores salários e apoio para as empresas brasileiras. República democratizada (1945-1964) Depois da “ditadura” de Getúlio Vargas, o chamado Estado Novo, em 1945 o Brasil volta a ter eleições para presidente. Com a volta da democracia, três candidatos – Eurico Gaspar Dutra, Eduardo Gomes e Ricardo Fiúza – concorreram ao cargo de presidente do Brasil. Nessa época, o que se viu foi uma disputa entre os partidos que defendiam Getúlio Vargas – Partido Social-Democrático (PSD) e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); e o que era contra – União Democrática Nacional (UDN). https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/eleicao/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/republica/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/revolucao/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/revolucao/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/republica/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/governo/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/revolucao/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/ditadura/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/estado/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/voto/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/governo/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/fascismo/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/ditadura/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/estado/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/democracia/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/ O PSD era formado por lideranças rurais e por altos funcionários das empresas do governo, enquanto que o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) unia os líderes dos sindicatos e os operários que trabalhavam nas fábricas. A União Democrática Nacional (UDN), partido de oposição ou partido rival, era formado pelas pessoas mais ricas das cidades. Pessoas que defendiam a entrada de dinheiro de empresas internacionais no Brasil e o desenvolvimento das empresas brasileiras que não pertenciam ao governo. Essas empresas são chamadas de empresas privadas. Governo militar (1964-1985) Depois de quatro presidentes eleitos pelo povo e um montão de substituições (1945 a 1964), uma nova ditadura se instalou no Brasil: a do regime militar. Tudo começou com um golpe de Estado em 1964 que tirou o presidente João Goulart do poder. Como você já sabe, ditadura é o contrário de democracia. E, na ditadura, quem discorda das regras do jogo é perseguido e reprimido. E foi assim em 1964. Quem discordou dos militares foi preso, torturado e até morto. A partir de 1965, com o Ato Institucional 2 (AI-2), os militares permitiram apenas a criação de duas associações políticas (associações, viu? Porque não se podia usar a palavra “partido”). E assim, surgiram a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), que defendia o regime militar, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que tinha a permissão para fazer uma oposição ao regime militar, desde que fosse bem de leve… Nova República (1985 até hoje) Em 1974, o presidente Ernesto Geisel, que era um general do Exército, decidiu adotar a política da “abertura lenta e gradual”, quer dizer, acabar com o regime militar aos pouquinhos para dar lugar à democracia. E democracia se faz com partidos políticos. Por quê? Porque os partidos representam as diferentes opiniões. No final de 1979, novos partidos políticos começaram a se organizar no lugar da Arena e do MDB. Assim, em 1982, a Arena se transformou no Partido Democrático Social (PDS), e o MDB no Partido Democrático Brasileiro (PMDB). Nessa mesma época surgiram também o Partido Trabalhista Brasileiro, formado por pessoas que defendiam as ideias de Getúlio Vargas; o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e o Partido dos Trabalhadores (PT). Muita mudança, não? E teve mais! Nas eleições indiretas para presidente da República de 1984, o PDS ficou na maior dúvida porque tinha dois candidatos a lançar – Mário Andreazza e Paulo Maluf – e isso acabou causando um “racha” no partido. Daí a criação de um outro partido para apoiar Paulo Maluf, o Partido da Frente Liberal (PFL). E como o PFL, surgiram também outros: o Partido Popular Brasileiro (PPB), formado por pessoas insatisfeitas com o PDS; e o Partido Social- Democrático Brasileiro (PSDB), que foi formado com parte de insatisfeitos do PMDB. E assim, a Nova República ou República redemocratizada ficou marcada pela grande quantidade de partidos que tinha. Alguns deles existem até hoje. https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/governo/
Compartilhar