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RESUMO História do Brasil e Geografia do Brasil

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RESUMO História do Brasil e Geografia do Brasil 
CONCURSO DE ADMISSÃO 
FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO DE SARGENTOS 2021-2022 
Exame Intelectual (EI) no dia 12 de julho de 2020 
Autor: Marcelo Henrique Alves Espindola 
Contato: (33)9 9936-7803 
 
Expansão Marítima Europeia 
 
A expansão marítima europeia foi o período compreendido entre os séculos 
XV e XVIII quando alguns povos europeus partiram para explorar o oceano que 
os rodeava. 
Estas viagens deram início ao processo da Revolução Comercial, ao encontro 
de culturas diferentes e da exploração do novo mundo, possibilitando a 
interligação dos continentes. 
Expansão Ultramarina 
As primeiras grandes navegações permitiram a superação das barreiras 
comerciais da Idade Média, o desenvolvimento da economia mercantil e o 
fortalecimento da burguesia. 
A necessidade do europeu lançar-se ao mar resultou de uma série de fatores 
sociais, políticos, econômicos e tecnológicos. 
A Europa saía da crise do século XIV e as monarquias nacionais eram levadas 
a novos desafios que resultariam na expansão para outros territórios. 
Veja no mapa abaixo as rotas empreendias em direção ao Ocidente pelos 
navegadores e o ano das viagens: 
https://www.todamateria.com.br/as-primeiras-grandes-navegacoes/
Rota das viagens 
A Europa atravessava um momento de crise, pois comprava mais que vendia. 
No continente europeu, a oferta era de madeira, pedras, cobre, ferro, estanho, 
chumbo, lã, linho, frutas, trigo, peixe, carne. 
Os países do Oriente, por sua vez, dispunham de açúcar, ouro, cânfora, 
sândalo, porcelanas, pedras preciosas, cravo, canela, pimenta, noz-moscada, 
gengibre, unguentos, óleos aromáticos, drogas medicinais e perfumes. 
Cabia aos árabes o transporte dos produtos até a Europa em caravanas 
realizadas por rotas terrestres. O destino eram as cidades italianas de Gênova 
e Veneza que serviam como intermediárias para a venda das mercadorias ao 
restante do continente. 
Outra rota disponível era pelo Mar Mediterrâneo monopolizada por Veneza. Por 
isso, era necessário encontrar um caminho alternativo, mais rápido, seguro e, 
principalmente, econômico. 
Paralela à necessidade de uma nova passagem, era preciso solucionar a crise 
dos metais na Europa, onde as minas já davam sinais de esgotamento. 
Uma reorganização social e política também impulsionava à busca de mais 
rotas. Eram as alianças entre reis e burguesia que formaram as monarquias 
nacionais. 
O capital burguês financiaria a infraestrutura cara e necessária para o feito ao 
mar. Afinal, era preciso navios, armas, navegadores e mantimentos. 
https://www.todamateria.com.br/mar-mediterraneo/
https://www.todamateria.com.br/formacao-das-monarquias-nacionais/
https://www.todamateria.com.br/formacao-das-monarquias-nacionais/
Os burgueses pagavam e recebiam em troca a participação nos lucros das 
viagens. Este foi um modo de fortalecer os Estados nacionais e submeter à 
sociedade a um governo centralizado. 
No campo da tecnologia foi necessário o aperfeiçoamento da cartografia, da 
astronomia e da engenharia náutica. 
Os portugueses tomaram a dianteira deste processo através da chamada 
da Escola de Sagres. Ainda que não fosse uma instituição do modo que 
conhecemos hoje, serviu para reunir navegadores e estudiosos so patrocínio 
do Infante Dom Henrique (1394-1460). 
 
Brasil Colônia 
 
O Brasil Colônia, na História do Brasil, é a época que compreende o período 
de 1530 a 1822. 
Este período começou quando o governo português enviou ao Brasil a primeira 
expedição colonizadora chefiada por Martim Afonso de Souza. 
Em 1532, ele fundou o primeiro núcleo de povoamento, a Vila de São Vicente, 
no litoral do atual estado de São Paulo. 
Período Pré-Colonial 
Logo após a chegada dos portugueses à sua nova colônia, a primeira atividade 
econômica girava em torno da exploração do pau-brasil, existente em grande 
quantidade na costa brasileira, principalmente no nordeste do País. Esse 
período ficou conhecido como Ciclo do Pau-Brasil. 
A exploração do pau-brasil foi meramente extrativista e não deu origem a uma 
ocupação efetiva. 
O trabalho de derrubar árvores e preparar a madeira para embarque era feito 
pelos indígenas e uns poucos europeus que permaneciam em feitorias na 
costa. 
Explorado de forma predatória, as árvores próximas da costa desapareceram já 
na década de 1520. 
Veja também: Período Pré-Colonial 
O Início da Colonização 
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-cartografia/
https://www.todamateria.com.br/escola-de-sagres/
https://www.todamateria.com.br/ciclo-do-pau-brasil/
https://www.todamateria.com.br/periodo-pre-colonial/
Mapa do Brasil no Período 
Colonial 
Várias expedições foram enviadas por Portugal, visando reconhecer toda costa 
brasileira e combater os piratas e comerciantes franceses. 
As mais importantes foram as comandadas por Cristóvão Jacques (1516 e 
1526), que combateu os franceses. 
Também Martim Afonso de Sousa (1532), combateu a pirataria francesa. Da 
mesma forma, ele instalou em São Vicente, a primeira povoação dotada de um 
engenho para produção de açúcar. 
Para colonizar o Brasil e garantir a posse da terra, em 1534, a Coroa dividiu o 
território em 15 capitanias hereditárias. Estas eram imensos lotes de terra que 
se estendiam do litoral até o limite estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas. 
Esses lotes foram doados a capitães (donatários), pertencentes à pequena 
nobreza lusitana que, por sua conta promoviam a defesa local e a colonização. 
A empresa açucareira foi escolhida, porque apresentava possibilidade de vir a 
ser um empreendimento altamente lucrativo, abastecendo o grande mercado 
de açúcar da Europa. 
Foi no nordeste do país que a atividade açucareira atingiu seu maior grau de 
desenvolvimento, principalmente nas capitanias de Pernambuco e da Bahia. 
Nos séculos XVI e XVII, o Nordeste tornou-se o centro dinâmico da vida social, 
política e econômica do Brasil. 
Veja também: Ciclo da Cana-de-Açúcar 
O Governo Geral 
O sistema de Governo Geral foi criado em 1548, pela Coroa, com o objetivo de 
organizar a administração colonial. 
https://www.todamateria.com.br/capitanias-hereditarias/
https://www.todamateria.com.br/tratado-de-tordesilhas/
https://www.todamateria.com.br/ciclo-da-cana-de-acucar/
https://www.todamateria.com.br/governo-geral/
O primeiro governador foi Tomé de Souza (1549 a 1553), que recebeu do 
governo português, um conjunto de leis. Estas determinavam as funções 
administrativas, judicial, militar e tributária do Governo Geral. 
O segundo governador geral foi Duarte da Costa (1553 a 1558), e o terceiro 
foi Mem de Sá (1558 a 1572). 
Em 1572, depois da morte de Mem de Sá e de seu sucessor Dom Luís de 
Vasconcelos, o governo português dividiu o Brasil em dois governos cuja 
unificação só voltou em 1578: 
 Governo do Norte, com sede em Salvador 
 Governo do Sul, com sede no Rio de Janeiro 
Em 1580, Portugal e todas as suas colônias, inclusive o Brasil, ficaram sob o 
domínio da Espanha, situação que perdurou até 1640. Este período é 
conhecido como Unificação Ibérica. 
Em 1621, ainda sob o domínio espanhol, o Brasil foi novamente dividido em 
dois estados: o Estado do Maranhão e o Estado do Brasil. Essa divisão durou 
até 1774, quando o Marquês do Pombal decretou a unificação. 
A Formação Social do Brasil Colônia 
Representação de uma aldeia 
no período colonial 
Fundamentalmente três grandes grupos étnicos, o índio, negro africano e o 
branco europeu, principalmente o português, entraram na formação da 
sociedade colonial brasileira. 
Os portugueses que vieram para o Brasil pertenciam a várias classes sociais 
em Portugal. A maioria era formada por elementos da pequena nobreza e do 
povo. 
Também é preciso ter em conta que as tribos indígenas tinham línguas e 
culturas distintas. Algumas eram inimigas entre si e isto era usado pelos 
europeus quando desejavam guerrear contra os portugueses. 
Da mesma forma, os negros trazidos como escravos da África possuíam 
crenças, idiomas e valores que foram sendoabsorvidos pelos portugueses e 
indígenas. 
https://www.todamateria.com.br/tome-de-sousa/
https://www.todamateria.com.br/duarte-da-costa/
https://www.todamateria.com.br/mem-de-sa/
https://www.todamateria.com.br/marques-de-pombal/
No Brasil Colônia, o engenho era o centro dinâmico de toda a vida social. Isso 
possibilitava o “senhor da casa grande” concentrar em torno de si, grande 
quantidade de indivíduos e ter a autoridade máxima, o prestígio e o poder local. 
Em torno do engenho viviam os mulatos, geralmente filhos dos senhores com 
escravas, o padre, os negros escravos, o feitor, o mestre do açúcar, os 
trabalhadores livres, etc. 
 
Ameaças ao Domínio Português 
Nos primeiros anos logo depois da descoberta, a presença de piratas e 
comerciantes franceses no litoral brasileiro foi constante. 
A invasão francesa se deu em 1555, quando conquistaram o Rio de Janeiro, 
fundando ali a "França Antártica", sendo expulsos em 1567. 
Em 1612, os franceses invadiram o Maranhão, ali fundaram a "França 
Equinocial" e a povoação de São Luís, onde permaneceram até 1615, quando 
foram novamente expulsos. 
Os ataques ingleses no Brasil se limitaram a assaltos de piratas e corsários 
que saquearam alguns portos. Invadiram as cidades de Santos e Recife e o 
litoral do Espírito Santo. 
As duas invasões holandesas no Brasil se deram durante o período em que 
Portugal e o Brasil estavam sob o domínio espanhol. A Bahia, sede do Governo 
Geral do estado do Brasil, foi invadida, mas a presença holandesa durou pouco 
tempo (1624-1625). 
Em 1630, a capitania de Pernambuco, o maior centro açucareiro da colônia, foi 
invadida por tropas holandesas. 
A conquista foi consolidada em 1637, com a chegada do governante holandês 
o conde Maurício de Nassau. Ele conseguiu firmar o domínio holandês em 
Pernambuco e estendê-lo por quase todo o nordeste do Brasil. 
A cidade do Recife, o centro administrativo, foi urbanizada, saneada, 
pavimentada, foram construídos pontes, palácios e jardins. O governo de 
Maurício de Nassau chegou ao fim em 1644, mas os holandeses só foram 
expulsos em 1654. 
O Século do Ouro e dos Diamantes 
A procura de metais preciosos sempre constituiu o sonho dos colonizadores. 
As descobertas começaram na década de 1690, na região de Minas Gerais. 
A partir daí se espalhou em várias partes do território nacional. No século XVIII 
a mineração era a grande fonte de riqueza da metrópole. 
O Ciclo do Ouro e do Diamante foram responsáveis por profundas mudanças 
na vida do Brasil colônia, com o crescimento urbano e do comércio. 
https://www.todamateria.com.br/franca-antartica/
https://www.todamateria.com.br/franca-equinocial/
https://www.todamateria.com.br/franca-equinocial/
https://www.todamateria.com.br/invasoes-holandesas/
https://www.todamateria.com.br/mauricio-de-nassau/
https://www.todamateria.com.br/ciclo-do-ouro/
A Crise do Sistema Colonial 
Em 1640, Portugal contava apenas com as rendas do Brasil. Por isso passou a 
exercer um controle mais rígido sobre a arrecadação de impostos e as 
atividades econômicas, chegando a proibir o comércio com estrangeiros. 
O descontentamento com a política econômica da metrópole fez surgir algumas 
revoltas, entre elas: 
 Revolta de Beckman (1684), no Maranhão 
 Guerra dos Emboabas (1708-1709), em Minas Gerais 
 Guerra dos Mascates (1710), em Pernambuco 
Em fins do século XVIII, teve início os movimentos que tinham como objetivo 
libertar a colônia do domínio português, entre elas: 
 Inconfidência Mineira (1789) 
 Conjuração Baiana (1798) 
No início do século XIX, as condições para a emancipação brasileira estavam 
maduras. Contribuíram também a conjuntura criada pelas Guerras 
Napoleônicas e pela Revolução Industrial Inglesa. 
Com a invasão de Portugal, a sede do reino transferiu-se para o Brasil. Em 
1822, deu-se o passo decisivo para consolidar a Independência do Brasil. 
 
Estrutura Político-Administrativa do Brasil 
GEOGRAFIA DO BRASIL 
A estrutura político-administrativa que gerencia e controla o Brasil. 
 
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https://brasile
 
 
 25 
PUBLICIDADE 
Em todo território autônomo existem divisões internas que servem 
para facilitar a administração. No Brasil não é diferente, o país precisa 
ser gerenciado e controlado por entidades ligadas ao governo, sendo 
uma subordinada à outra. 
Diante da necessidade de dividir a administração e o controle do país, 
foi estabelecida uma fragmentação do território brasileiro em estados, 
https://www.todamateria.com.br/revolta-de-beckman/
https://www.todamateria.com.br/guerra-dos-emboabas/
https://www.todamateria.com.br/guerra-dos-mascates/
https://www.todamateria.com.br/inconfidencia-mineira/
https://www.todamateria.com.br/conjuracao-baiana/
https://www.todamateria.com.br/independencia-do-brasil/
municípios e distritos, além de outras regionalizações, como as 
regiões e os complexos regionais. 
Atualmente, o Brasil possui 26 estados, chamados também de 
unidades da federação; incluindo ainda o Distrito Federal, uma das 
unidades federativas que foi criada com intuito de abrigar a capital do 
país, a cidade de Brasília. Grande parte das decisões políticas acontece 
na sede do governo federal que se localiza nessa cidade. 
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As delimitações dos territórios de muitos dos estados brasileiros 
ocorreram, principalmente, no final do século XIX. Mas tivemos 
outras mudanças mais contemporâneas, que aconteceram em 1977, 
quando surgiu o Mato Grosso do Sul. Mais tarde, em 1988, Goiás foi 
dividido, dando origem a um novo estado, o Tocantins. 
Os estados possuem a liberdade de criar leis autônomas, mas que são 
subordinadas à Constituição Federal Brasileira. Dentro dos estados 
existe ainda outra divisão, os municípios. Esses também possuem leis 
próprias, que devem seguir os moldes estipulados pela nossa 
constituição. Dentro dos territórios municipais é possível encontrar 
outra divisão de proporção menor, que os subdivide em distritos. 
Por Eduardo de Freitas 
 
 
O processo de colonização do Brasil esteve inserido na lógica de 
acumulação primitiva de capital ou mercantilismo (séculos XV ao 
XVIII), período marcado pela 1ª Divisão Internacional do Trabalho, em 
que diferentes regiões forneciam bens agrícolas, vegetais e minerais 
para as metrópoles, que por sua vez ficavam responsáveis pela 
fabricação dos produtos manufaturados. Nesse contexto, o Oriente era 
o produtor de especiarias, a África fornecia a mão de obra escrava, a 
América Latina se destacava principalmente pela mineração, enquanto 
que a Europa Ocidental produzia as manufaturas. O Brasil foi 
responsável pelo fornecimento de matérias-primas em diferentes 
períodos: pau-brasil, cana-de-açúcar, mineração, café. 
A expansão mercantilista de Portugal iniciada no século XV foi pautada 
na conquista e expropriação material e cultural, alcançando status de 
nação expansionista ao quebrar o monopólio italiano e abrir novos 
caminhos pela costa da África. O Brasil, diferente de países como Peru 
e México, não possuía uma sociedade hierarquizada e tão bem 
organizada, nem mesmo contava com grandes jazidas de ouro e prata. 
Mas a rivalidade entre os centros expansivos europeus fez com que os 
portugueses tratassem de explorar e ocupar ao máximo o território 
brasileiro. Tal determinação de origem perpetuou-se em sociedades que 
tinham na conquista do solo um dos seus vetores de estruturação, em 
certo sentido até os dias atuais. 
As sesmarias e as capitanias hereditárias pareciam feudos, tinham 
antecedentes feudais, mas sua essência não era feudal, funcionavam 
como mecanismos de expansão do sistema capitalista mercantil. 
O cultivo da cana-de-açúcar (que obteve seu auge entre o final do século 
XVI e meados do século XVII), baseado no sistema colônia-metrópole, 
estruturou o comércio e o desenvolvimento das cidades nordestinas, 
principalmente na faixa litorânea. Portugal ampliou seu comércio 
açucareiro com os recursosinvestidos principalmente em Pernambuco, 
com base no trabalho indígena e capital estrangeiro (holandês). Para 
produzir de acordo com as necessidades da colônia, foram trazidos os 
negros africanos. Esse sistema consolidou a estrutura fundiária 
encontrada na região até os dias atuais, marcada por uma concentração 
de terras e influência de oligarquias e famílias tradicionais nas decisões 
políticas e econômicas. 
A economia açucareira norteou outras atividades, como a criação de 
gado (carne, transporte, energia para os engenhos, sebo, lenha para as 
caldeiras), sendo que esta atividade acabou por se expandir para áreas 
do sertão, constituindo a base de sua economia. Ao final do século 
XVII, o açúcar produzido nas Antilhas aumentou a oferta do produto 
no mercado internacional, abaixando vertiginosamente seu preço. Com 
o declínio da produção açucareira, a pecuária absorveu grande parte da 
população. 
A ocupação das regiões brasileiras 
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Na Bahia e no Sudeste do Brasil, a penetração portuguesa foi mais 
expressiva já nos fins do século XVI. No Sudeste, os bandeirantes 
avançaram na procura de metais preciosos e índios para escravizar. Na 
Bahia, esse movimento foi realizado através da pecuária, que se 
expandiu no sentido interior e também se preocupava com a 
manutenção das terras colonizadas frente aos indígenas, que 
representavam para os portugueses uma ameaça à integridade das vilas 
e fazendas do litoral. 
No século XVIII, a penetração alcançou expressão significativa, 
principalmente na área correspondente à Bacia do São Francisco e 
Sertão setentrional nordestino, através do estabelecimento de grandes 
propriedades onde se estabeleciam e criavam bovinos, caprinos, ovinos, 
suínos e equinos. As bandeiras paulistas provocaram o descobrimento 
de jazidas de metais preciosos, com destaque para o ouro e o diamante. 
Tais descobertas contribuíram para um grande deslocamento 
populacional para essas áreas, formando aglomerados descontínuos em 
torno dos garimpos, principalmente o núcleo das Gerais, localizado 
entre o oeste de Goiás, sul do Mato Grosso e sul de Minas Gerais. A 
cana-de-açúcar também foi introduzida na região e ganhou relevância 
no litoral e em algumas áreas interioranas. 
No Sul, o povoamento se concentrou na porção ocidental com o 
ingresso de jesuítas, onde foi desenvolvida a pecuária e a agricultura de 
subsistência. As bandeiras que se sucederam na região destruíram esses 
núcleos, provocando a desestruturação do sistema, com a escravização 
dos índios e expulsão dos jesuítas. Porém, a pecuária se estabeleceu, 
configurando o papel de principal fornecedor de gado para mineiros e 
paulistas. 
A Amazônia teve um processo de ocupação mais lento em função das 
condições naturais e pela presença de tribos indígenas mais hostis do 
que aquelas encontradas no restante do país. Ainda assim, a ocupação 
da foz do rio Amazonas e a formação de Belém garantiram a 
consolidação dos colonizadores portugueses em relação aos espanhóis, 
permitindo a interiorização através da navegação fluvial na busca pelas 
drogas do sertão. 
Após a Revolução Industrial (século XVIII), ocorreu um rearranjo 
estrutural, em que a divisão do trabalho mundial se dividiu entre 
produtores de matéria-prima e os detentores de tecnologia, com o fim 
do trabalho escravo, substituído pelo trabalho assalariado. O Brasil 
manteve as relações de escravatura até o final do século XIX, 
mantendo-se na condição de fornecedor de matérias-primas até o final 
da 2ª Guerra Mundial. 
 
Júlio César Lázaro da Silva 
Colaborador Brasil Escola 
Graduado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP 
Mestre em Geografia Humana pela Universidade Estadual Paulista - 
UNESP 
O cultivo da cana-de-
açúcar obteve seu auge entre o final do século XVI e meados do século XVII 
 
Em 1500, os portugueses chegaram ao Brasil. Logo, outros países 
passaram a se interessar pelas novas terras. Isso fez com que 
invasões e ataques fossem programados pelos outros povos 
europeus, como franceses, holandeses e ingleses. 
Esses ataques aconteceram principalmente durante os séculos XVI e 
XVII, no Brasil Colonial. Todos tinham o mesmo objetivo, que era a 
exploração dos recursos naturais e a apropriação de determinadas 
regiões no território recém-descoberto. 
Confira agora quais foram as invasões estrangeiras no Brasil Colonial. 
Índice [esconder] 
 Invasões francesas 
 Invasões holandesas 
 Invasões inglesas 
Invasões francesas 
As invasões francesas se iniciaram no ano de 1555, comandadas pelo 
almirante francês Nicolas Villegaignon. Nesse período, foi fundada 
a França Antártica, no Rio de Janeiro. Mas, os invasores foram 
expulsos da região pelos portugueses e povos indígenas em 1567. 
Após isso, no ano de 1962, os franceses tentaram invadir as terras 
brasileiras mais uma vez. O comandante foi o capitão da marinha 
francesa Daniel de La Touche. Fundaram, então, a cidade São Luís 
https://escolaeducacao.com.br/descobrimento-do-brasil/
https://escolaeducacao.com.br/brasil-colonia/
https://escolaeducacao.com.br/invasoes-estrangeiras-no-brasil/
https://escolaeducacao.com.br/invasoes-estrangeiras-no-brasil/#Invasoes_francesas
https://escolaeducacao.com.br/invasoes-estrangeiras-no-brasil/#Invasoes_holandesas
https://escolaeducacao.com.br/invasoes-estrangeiras-no-brasil/#Invasoes_inglesas
https://escolaeducacao.com.br/franca-antartica/
https://escolaeducacao.com.br/geografia-do-estado-do-rio-de-janeiro-clima-caracteristicas/
(Maranhão) e paralelo a isso, a França Equinocial. Após três anos, 
foram expulsos. 
Houve uma terceira tentativa de invasão, entre os anos 1710 e 1711. 
Porém, sem sucesso. 
Invasões holandesas 
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No ano de 1599, as cidades Rio de Janeiro, Salvador e Santos foram 
atacadas pelos holandeses. Em 1603, a Bahia também foi invadida. 
Mas, com a ajuda dos espanhóis, os portugueses conseguiram 
expulsar os holandeses em 1625. 
Em 1630, se iniciou a maior invasão estrangeira no Brasil. Esta se 
iniciou quando os holandeses invadiram a região do litoral 
pernambucano. Entre 1630 e 1641, conseguiram ocupar outras áreas 
litorâneas, como Maranhão, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte. 
O mapa de Nicolaes Visscher mostra o cerco a Olinda e Recife (PE) em 1630. 
Com o objetivo de administrar as áreas até então invadidas, o Conde 
holandês Maurício de Nassau, chegou ao Pernambuco em 1637. 
Após todas essas invasões holandesas, em 1644, atitudes foram 
tomadas pelos portugueses para a expulsão dos invasores 
do nordeste brasileiro. Então, no ano de 1645 se iniciou a Insurreição 
Pernambucana. 
https://escolaeducacao.com.br/mauricio-de-nassau/
https://escolaeducacao.com.br/regiao-nordeste/
https://escolaeducacao.com.br/wp-content/uploads/2019/08/invasao-holandesa-pernambuco.jpg
Apesar de as tropas holandesas terem sido vencidas em 1648, com a 
conhecida Batalha dos Guararapes, a expulsão definitiva só foi em 
1654. 
Invasões inglesas 
Aos comandos do corsário inglês Thomas Cavendish, os ingleses 
invadiram e ocuparam as cidades de São Vicente e Santos. Isso foi no 
ano de 1951 e permaneceram por menos de três meses. 
Expansão Territorial Brasileira 
Por Ana Paula de Araújo 
A expansão territorial brasileira está associada à diversidade de atividades que foram 
se desenvolvendo no Brasil Colônia à medida em que foi ocorrendo a expansão 
demográfica e também em decorrência da crise do ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste. 
Após a União Ibérica (1580-1640), houve a anulação do Tratado de Tordesilhas, que 
possibilitou que as terras mais afastadas do litoral brasileiro pudessem ser ocupadas 
pelos colonos, e ainda mais porque eram áreas que não interessavam na colonização 
espanhola. Então, ocupado de maneira desigual e por diferentes motivos, podemos 
resumir a expansão territorial brasileira assim: 
 Região Nordeste: o litoral foi o primeiro local da ocupação portuguesa,devido 
ao interesse econômico da cana-de-açúcar e também por motivo da defesa 
militar do território. Podemos observar que a maioria das capitais nordestinas, 
com exceção de Teresina-PI, são cidades litorâneas. Já o interior do Nordeste foi 
povoado pela expansão da pecuária, tendo como principal eixo o Rio São 
Francisco, e outros povoamentos que eram cortados pelos rios, como o Rio 
Jaguaribe, no Ceará. A pecuária torna-se o principal meio econômico do 
Nordeste, que traz até hoje a figura do vaqueiro como representante de sua 
cultura. 
 Região Sudeste e Centro-Oeste: essas regiões foram povoadas pela atuação 
dos bandeirantes, em busca de ouro e no apresamento dos índios. Na verdade, a 
figura do bandeirante é decisiva para a expansão territorial brasileira, já que foi 
através das bandeiras que o interior do Brasil foi sendo penetrado, na corrida do 
ouro, no início do século XVIII. As cidades mineiras onde se concentraram a 
extração mineradora, também foi onde mais se concentrou a população, 
contribuíndo para o desenvolvimento das cidades, construção de estradas, 
surgimento de vilas e a urbanização do Sudeste brasileiro. 
 Região Norte: teve como processo de povoamento também a atuação dos 
bandeirantes que foram em busca das drogas do sertão (as epeciarias da floresta 
Amazônica brasileira) para comercialização. 
 Região Sul: foi colonizada por incentivo da Metrópole para assegurar o controle 
das fronteiras com a América espanhola, além de ter desenvolvido um grande 
centro de ação jesuítica com os Sete Povos das Missões. A Região Sul também 
se desenvolveu economicamente através da pecuária e charqueadas; 
https://www.infoescola.com/autor/ana-paula-de-araujo/21/
https://www.infoescola.com/historia/ciclo-da-cana-de-acucar/
https://www.infoescola.com/historia/uniao-iberica/
https://www.infoescola.com/historia/tratado-de-tordesilhas/
https://www.infoescola.com/geografia/regiao-nordeste/
https://www.infoescola.com/hidrografia/rio-sao-francisco/
https://www.infoescola.com/hidrografia/rio-sao-francisco/
https://www.infoescola.com/geografia/regiao-sudeste/
https://www.infoescola.com/geografia/regiao-centro-oeste/
https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/bandeirantes/
https://www.infoescola.com/brasil-colonia/corrida-do-ouro/
https://www.infoescola.com/brasil-colonia/corrida-do-ouro/
https://www.infoescola.com/geografia/urbanizacao/
https://www.infoescola.com/geografia/regiao-norte/
https://www.infoescola.com/brasil-colonia/drogas-do-sertao/
https://www.infoescola.com/biomas/floresta-amazonica/
https://www.infoescola.com/biomas/floresta-amazonica/
https://www.infoescola.com/geografia/regiao-sul/
https://www.infoescola.com/historia/sete-povos-das-missoes/
Entradas e Bandeiras 
As chamadas Entradas e Bandeiras foram expedições empreendidas 
no período colonial brasileiro que possuíam diversos objetivos, 
entre eles: capturar índios e descobrir minas de ouro. 
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 
 
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 CURTIDAS 3 
No processo de colonização do Brasil, houve uma fase que pode ser 
compreendida sob o termo “interiorização”, isto é, o adentramento 
e desbravamento das regiões centrais do país. Essa fase começou 
efetivamente no século XVII. Os empreendimentos que levaram a 
cabo a “interiorização” do Brasil ficaram conhecidos 
como Entradas e Bandeiras. 
Sabemos que, a princípio, o Brasil, enquanto colônia, forneceu a 
Portugal e aos aventureiros e colonos que aqui se estabeleceram 
apenas a extração de madeiras, como o pau-brasil, e a montagem dos 
engenhos de açúcar e dos latifúndios a eles associados. A prospecção 
de pedras e metais preciosos era algo que demorou a se fazer 
presente nos planejamentos dos colonizadores. 
Entretanto, em meados do século XVII, sobretudo em razão de várias 
disputas políticas nas quais Portugal envolveu-se e que provocaram 
o declínio do comércio do açúcar, os colonos brasileiros foram 
estimulados pela coroa portuguesa a procurarem minas de ouro, 
prata e de pedras preciosas no interior da colônia. Antes mesmo 
desse “estímulo”, houve expedições, organizadas desde o século XVI, 
com o objetivo de reconhecer território e apresar índios para o 
trabalho escravo. Essas expedições eram organizadas sob orientação 
do Império Português e receberam o nome de Entradas. 
A partir do século XVII, os próprios colonos, sobretudo da Capitania 
de São Vicente, passaram a organizar as suas formas de 
adentramento no interior da colônia, que possuíam objetivos 
semelhantes aos das Entradas. Entretanto, as expedições dos 
colonos eram feitas a partir da Vila de São Paulo (que depois se 
tornaria a cidade de São Paulo), de onde saíam homens armados em 
busca de índios, de minas ou de cumprimento de servições 
contratados, como destruição de Quilombos. Essas expedições, por 
sua vez, receberam o nome de Bandeiras; e seus protagonistas, o 
nome de bandeirantes. 
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Os historiadores costumam qualificar os bandeirantes que tinham 
seu serviço contratado como sertanistas de 
contrato. Domingos Jorge Velho, bandeirante responsável pela 
destruição do Quilombo de Palmares, foi um dos principais 
representantes desse tipo de bandeira. As expedições para 
encontrar minas ficaram conhecidas 
como Bandeiras Prospectoras, e as encarregadas de aprisionar 
índios, de Bandeiras de Apresamento. 
O bandeirantismo, com o passar dos séculos, também se tornou um 
mito no imaginário paulista. O historiador Boris Fausto aponta bem 
isso no seu livro História do Brasil, como pode ser visto no trecho a 
seguir: 
“A figura do bandeirante e as qualidades da sociedade paulista do 
século XVII foram exaltadas principalmente por historiadores de São 
Paulo como Alfredo Elis Jr. e Afonso de Taunay, que escreveram suas 
obras entre 1920 e 1950. Ellis Jr escreveu um livro intitulado Raça 
de Gigantes para exaltar a superioridade racial dos paulistas. Essa 
superioridade derivaria da existência, em número ponderável, de 
uma população branca, do êxito do cruzamento com o índio e da 
tardia entrada do negro na região. Tudo não passa de fantasias, com 
pretensões científicas.” [1] 
Reformas Pombalinas 
HISTÓRIA DO BRASIL 
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https://brasile
 
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 46 
PUBLICIDADE 
Durante a segunda metade do século XVIII, a Coroa Portuguesa 
sofreu a influência dos princípios iluministas com a chegada de 
Sebastião José de Carvalho aos quadros ministeriais do governo de 
Dom José I. Mais conhecido como Marquês de Pombal, este “super-
ministro” teve como grande preocupação modernizar a administração 
pública de seu país e ampliar ao máximo os lucros provenientes da 
exploração colonial, principalmente em relação à colônia brasileira. 
 
Esse tipo de tendência favorável a reformas administrativas e ao 
fortalecimento do Estado monárquico compunha uma tendência 
política da época conhecida como “despotismo esclarecido”. A 
chegada do esclarecido Marquês de Pombal pode ser compreendida 
como uma conseqüência dos problemas econômicos vividos por 
Portugal na época. Nessa época, os portugueses sofriam com a 
dependência econômica em relação à Inglaterra, a perda de áreas 
coloniais e a queda da exploração aurífera no Brasil. 
 
Buscando ampliar os lucros retirados da exploração colonial em terras 
brasileiras, Pombal resolveu instituir a cobrança anual de 1500 quilos 
de ouro. Além disso, ele resolveu tirar algumas atribuições do 
Conselho Ultramarino e acabou com as capitanias hereditárias que 
seriam, a partir de então, diretamente pelo governo português. Outra 
importante medida foi a criação de várias companhias de comércio 
incumbidas de dar maior fluxo às transações comerciais entre a 
colônia e a metrópole. 
 
No plano interno, Marquês de Pombal instituiu uma reforma que 
desagradou muitos daqueles que viviam das regalias oferecidas pela 
Coroa Portuguesa. O chamado Erário Régio tinha como papel 
controlar os gastos do corpo de funcionários reais e, principalmente, 
reduzir os seus gastos. Outraimportante medida foi incentivar o 
desenvolvimento de uma indústria nacional com pretensões de 
diminuir a dependência econômica do país. 
 
Outra importante medida trazida com a administração de Pombal foi a 
expulsão dos jesuítas do Brasil. Essa medida foi tomada com o 
objetivo de dar fim às contendas envolvendo os colonos e os jesuítas. 
O conflito se desenvolveu em torno da questão da exploração da mão-
de-obra indígena. A falta de escravos negros fazia com que muitos 
colonos quisessem apresar e escravizar as populações indígenas. Os 
jesuítas se opunham a tal prática, muitas vezes apoiando os índios 
contra os colonos. 
 
Vendo os prejuízos trazidos com essa situação, Pombal expulsou os 
jesuítas e instituiu o fim da escravidão indígena. As terras que foram 
tomadas dos integrantes da Ordem de Jesus foram utilizadas como 
zonas de exploração econômica através da venda em leilão ou da 
doação das mesmas para outros colonos. Com relação aos índios, 
Pombal pretendia utilizá-los como força de trabalho na colonização de 
outras terras do território. 
 
Mesmo pretendendo trazer diversas melhorias para a Coroa, Pombal 
não conseguiu manter-se no cargo após a morte de Dom José I, em 
1777. Seus opositores o acusaram de autoritarismo e de trair os 
interesses do governo português. Com a saída de Pombal do governo, 
as transformações sugeridas pelo ministro esclarecido encerraram um 
período de mudanças que poderiam amenizar o atraso econômico dos 
portugueses. 
 
Revoltas Coloniais 
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Ainda hoje, muitos historiadores pensam sobre como o Brasil conseguiu 
dar fim a dominação colonial exercida pelos portugueses. O interesse 
pelo assunto promove uma discussão complexa que interliga as 
transformações intelectuais e políticas que tomaram conta do continente 
europeu e o comportamento das ideias que sustentaram a luta pelo fim 
da ingerência lusitana. Por fim, tivemos que alcançar nossa autonomia 
graças ao interesse de sujeitos diretamente ligados ao poder 
metropolitano. 
 
No século XVIII, podemos observar que algumas revoltas foram fruto da 
incompatibilidade de interesses existente entre os colonos e os 
portugueses. Algumas vezes, a situação de conflito não motivou uma 
ruptura radical com a ordem vigente, mas apenas a manifestação por 
simples reformas que se adequassem melhor aos interesses locais. 
Usualmente, os livros de História costumam definir essas primeiras 
revoltas como sendo de caráter nativista. 
 
Outras rebeliões desenvolvidas no mesmo século XVIII tomaram outra 
feição. As chamadas rebeliões separatistas pensavam um novo meio de 
se organizar a vida no espaço colonial a partir do banimento definitivo da 
autoridade lusitana. Em geral, seus integrantes eram membros da elite 
que se influenciaram pelas manifestações liberais que engendraram a 
Independência das Treze Colônias, na América no Norte, e a Revolução 
Francesa de 1789. 
 
Mesmo preconizando os ideais iluministas e liberais, as revoltas 
acontecidas no Brasil eram cercadas por uma série de limites. O mais 
visível deles se manifestava na conservação da ordem escravocrata e a 
limitação do poder político aos membros da elite econômica local. Além 
disso, ao contrário do que apregoavam muitos historiadores, essas 
revoltas nem mesmo tinham a intenção de formar uma nação soberana 
ou atingir amplas parcelas do território colonial. 
 
Entre os principais eventos que marcam a deflagração das revoltas 
nativistas, destacamos a Revolta dos Beckman (1684, Maranhão); a 
Guerra dos Emboabas (1707, Minas Gerais); a Guerra dos Mascates 
(1710, Pernambuco); e a Revolta de Filipe dos Santos (1720, Minas 
Gerais). As únicas revoltas separatistas foram a Inconfidência Mineira, 
ocorrida em 1789, na região de Vila Rica, e a Conjuração Baiana, 
deflagrada em 1798, na cidade de Salvador. 
 
Tiradentes (esq.) e Cipriano Barata (dir.): personagens marcantes das revoltas coloniais brasileiras 
Revoltas Emancipacionistas no Brasil 
Colonia 
Os movimentos emancipacionistas, ou rebeliões coloniais, foram 
movimentos conspirativos, de bases iluministas, que objetivavam a 
conquista da independência do Brasil. Eram rebeliões cujo objetivo 
era o de separação politica, diferentemente dos Movimentos 
Nativistas que tinham um caráter local e um baixo grau de definição 
ideológica, não revelavam uma consciência mais ampla da 
dominação colonial e nem apresentavam propostas alternativas a 
elas, mas talvez tenham sido elas o impulso. Durante o século XVII, 
iniciaram-se as primeiras manifestações contra a metrópole, dando 
origem aos movimentos emancipacionistas. 
(fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimentos_Emancipacionistas) 
 
Principais revoltas emancipacionistas no Brasil Colonia 
 
1. Conjuração Mineira (1789) 
 
A Inconfidência Mineira, também referida como Conjuração 
Mineira, foi uma possível conspiração, de natureza separatista que 
poderia ocorrer na então capitania de Minas Gerais, no Estado do 
Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o 
domínio português, sendo abortada pela Coroa portuguesa em 
1789. 
 
(Saber mais ... ) 
 
2. Conjuração Carioca (1794) 
 
A chamada Conjuração Carioca foi o nome pelo qual ficou conhecida 
a repressão a uma associação de intelectuais que se reuniam, no Rio 
de Janeiro, em torno de uma sociedade literária, no fim do século 
XVIII. Esta repressão ocorreu em 1794 na Sociedade Literária do 
Rio de Janeiro. 
Um processo de devassa foi aberto e se estendeu de 1794 a 1795, 
sem que fossem encontradas provas conclusivas de que uma 
conspiração se encontrava em curso, além de livros de circulação 
proibida. Desse modo, os implicados detidos foram libertados. 
(fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjura%C3%A7%C3%A3o_Carioca) 
(Saber mais ... ) 
 
3. Conjuração Baiana (1796) 
 
A Conjuração Baiana também denominada como Revolta dos 
Alfaiates (uma vez que alguns participantes da trama exerciam este 
ofício) e recentemente também chamada de Revolta dos Búzios, foi 
um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido no final do 
século XVIII (1796-1799), na então Capitania da Bahia, no país do 
Brasil. Diferentemente da Inconfidência Mineira (1789-1792), foi 
http://projeto-militar.blogspot.com.br/p/inconfidencia-mineira.html
http://projeto-militar.blogspot.com.br/p/conjuracao-carioca-1794.html
difundida pela historiografia tradicional enquanto sendo um 
movimento de caráter popular em que defendiam a independência 
e o fim da escravidão, um governo republicano, democrático, com 
liberdades plenas, o livre-comércio e abertura dos portos como 
principais pontos. 
(fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjura%C3%A7%C3%A3o_Baiana) 
(Saber mais ... ) 
 
4. Conjuração Pernambucana (1817) 
 
A chamada Revolução Pernambucana, também conhecida como 
Revolução dos Padres, foi um movimento emancipacionista que 
eclodiu em 6 de março de 1817, na então Capitania de Pernambuco, 
no Brasil. 
Dentre as suas causas, destacam-se a influência das ideias 
Iluministas propagadas pelas sociedades maçônicas (sociedades 
secretas), a crise econômica regional, o absolutismo monárquico 
português e os enormes gastos da Família Real e seu séquito recém-
chegados ao Brasil — o Governo de Pernambuco era obrigado a 
enviar para o Rio de Janeiro grandes somas de dinheiro para 
custear salários, comidas, roupas e festas da Corte, o que 
ocasionava o atraso no pagamento dos soldados, gerando grande 
descontentamento do povo brasileiro. 
 
Período Joanino 
O período joanino corresponde a uma fase da história do Brasil que ocorreu 
entre os anos de 1808 e 1821. Recebe esse nome em referência ao rei D. João 
VI que transferiu seu governo para o Brasil. 
Vale notar que essa foi a primeira vez na história que um rei europeu transferiu 
seu reino para um país do continente americano. 
Conheça a vida de Dom João VI. 
Resumo 
http://projeto-militar.blogspot.com/p/blog-page_26.htmlhttps://www.todamateria.com.br/dom-joao-vi/
Em janeiro de 1808 e com o apoio da Inglaterra, a família real portuguesa 
chegou ao Brasil. Cerca de 15 mil pessoas vieram com eles, o que totalizou 
cerca de 2% da população portuguesa da época. Eles se instalaram na capital 
do Rio de Janeiro e permaneceram durante 12 anos ali. 
Ameaçados pela invasão do francês Napoleão Bonaparte, a família Real 
deixou Portugal para garantir que o país continuasse independente. 
Isso porque Napoleão decretou o Bloqueio Continental em 1806, determinando 
o fechamento dos portos aos navios ingleses. 
Portugal, que apoiava a Inglaterra e tinha grande relação comercial com esse 
país, não se submeteu ao bloqueio. Isso levou a invasão de Napoleão às terras 
lusitanas. 
Sendo assim, em outubro de 1807, D. João e o rei da Inglaterra Jorge III, 
assinaram um decreto que transferia a sede monárquica de Portugal para o 
Brasil. 
Além disso, Portugal se comprometia a assinar um tratado de comércio com a 
Inglaterra, quando chegasse ao Brasil. 
Foi dessa maneira que em 1808 o Pacto Colonial, um acordo comercial entre a 
colônia e a metrópole, chega ao fim. Nesse ano, Dom João instituiu a “Carta 
Régia”, a qual permitia a abertura dos portos a outras nações amigas, inclusive 
a Inglaterra. 
Diante disso, a economia do país alavancou, no entanto, impediu o 
desenvolvimento das manufaturas no Brasil. Isso porque grande parte dos 
produtos eram importados da Inglaterra. 
Os produtos ingleses tinham uma menor taxa alfandegária em relação aos 
outros países. Eles pagavam 15%, enquanto as outras nações cerca de 24%. 
Além da economia, o país, e sobretudo a capital, que até então era o Rio de 
Janeiro, sofreram diversas mudanças. 
Muitas obras de caráter público foram erigidas nesse período, por exemplo, a 
casa da moeda, o banco do Brasil, o jardim botânico, dentre outras. 
A Educação no Período Joanino 
Na educação e na cultura, esse período marcou diversos avanços nessas 
áreas. Isso porque muitos investimentos foram feitos, o que podemos confirmar 
com a construção da Biblioteca Real, da Academia Real de Belas Artes, da 
Imprensa Real, além das escolas de medicina. 
Período Joanino e a Independência do Brasil 
Esse período da história do Brasil influenciou diretamente no processo de 
independência do país. 
https://www.todamateria.com.br/napoleao-bonaparte/
https://www.todamateria.com.br/bloqueio-continental/
https://www.todamateria.com.br/pacto-colonial/
Isso porque em 1815 a administração do governo joanino extingui a condição 
de colônia ao Brasil. Foi assim que o páis recebeu o título de “Reino Unido de 
Portugal e Algarves”, tornando-se a sede administrativa de Portugal. 
Esse fato deixou muito descontentes os portugueses que estavam em Portugal. 
Com isso, eles exigiam o retorno de Dom João IV, que por fim, retorna à 
Portugal para a Revolução Liberal do Porto, em abril de 1821. Esse evento 
marcou o fim do período joanino. 
Em seu lugar permanece seu filho, Dom Pedro I. O príncipe regente governou 
o país de 1822 a 1831, estabelecendo em 1824, a primeira Constituição do 
país. 
Quando Portugal exigiu seu retorno, ele se recusou a voltar para a metrópole. 
Sendo assim, no dia 07 de setembro de 1822, ele declara a Independência do 
Brasil. 
Leia mais: 
 A Vinda da Família Real para o Brasil 
 Causas da Independência do Brasil 
 Congresso de Viena 
Exercícios de Vestibular com Gabarito 
1. (FGV) A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, 
representou uma alternativa para um contexto de crise política na Metrópole e 
a possibilidade de implementar as bases para a formação de um império luso-
brasileiro na América. Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO diz 
respeito ao período joanino. 
a) ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina e sua incorporação 
ao Império Português, como resultado da política externa agressiva adotada 
por D. João. 
b) abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a 
Inglaterra, dando início a uma fase de livre-comércio. 
c) ocorreu uma inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede 
política do império passava do centro para a periferia. 
d) atendeu às exigências do comércio britânico, que conseguiu isenções 
alfandegárias. 
e) ocorreu a Revolução Pernambucana de 1817, que defendia o separatismo 
com o governo republicano e a manutenção da escravidão. 
 
2. (Mackenzie-SP) Podem ser consideradas características do governo joanino 
no Brasil: 
a) a assinatura de tratados que beneficiam a Inglaterra e o crescimento do 
comércio externo brasileiro devido à extinção do monopólio; 
b) o desenvolvimento da indústria brasileira graças às altas taxas sobre os 
produtos importados; 
c) a redução dos impostos e o controle do déficit em função da austera política 
econômica praticada pelo governo; 
d) o não envolvimento em questões externas sobretudo de caráter 
expansionista; 
https://www.todamateria.com.br/constituicao-de-1824/
https://www.todamateria.com.br/dom-pedro-i/
https://www.todamateria.com.br/independencia-do-brasil/
https://www.todamateria.com.br/independencia-do-brasil/
https://www.todamateria.com.br/a-vinda-da-familia-real-para-o-brasil/
https://www.todamateria.com.br/causas-da-independencia-do-brasil/
https://www.todamateria.com.br/congresso-de-viena/
e) a total independência econômica de Portugal com relação à Inglaterra em 
virtude de seu acelerado desenvolvimento. 
 
3. (UNIFOR-CE) A vinda da Corte para o Brasil marca a primeira ruptura 
definitiva do Antigo Sistema Colonial. (Fernando A Novais. Portugal e Brasil na 
crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1981. p. 298). 
A ruptura a que o autor se refere estava intimamente relacionada, dentre outros 
fatores, à decisão da Coroa portuguesa de: 
a) conceder liberdade para o estabelecimento de fábricas nas cidades 
brasileiras. 
b) interromper o comércio de escravos praticado entre a colônia e a Inglaterra. 
c) proibir o comércio de manufaturas feito entre a colônia e a burguesia inglesa. 
d) romper os laços comerciais com a Inglaterra por exigência dos franceses. 
e) abrir os portos brasileiros ao livre-comércio com as “nações amigas”. 
 
 A presença britânica no Brasil – não só política e econômica, mas também social e 
cultural-desde a transferência da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1807-8 até a 
abdicação do primeiro Imperador brasileiro em 1831. Os britânicos usaram a sua 
influência política na Corte portuguesa no Rio não apenas para obter uma posição 
privilegiada pelo comércio britânico e pelos direitos para os residentes britânicos no 
Brasil, como também para garantir os primeiros compromissos de Portugal pela 
abolição do tráfico de escravos. Houve um declínio na influência britânica depois de 
1812 e, especificamente, depois da decisão de D. João de ficar no Brasil ao fim da 
guerra na Europa. Entretanto, a declaração da independência do Brasil em 1822 e a 
necessidade urgente pelo reconhecimento criaram a oportunidade para a Grã-
Bretanha reestabelecer sua influência política dominante, consolidar sua 
predominância econômica e forçar o Brasil declarar a abolição do tráfico de escravos 
(ou ao menos a sua ilegalidade)., 
A vinda da família real para o Brasil deu-se na passagem de 1807 
para 1808 e foi resultado da guerra travada entre França e Reino Unido 
durante o período napoleônico. A transferência da corte ocorreu pela 
recusa de Portugal em obedecer as ordens da França e aderir 
ao Bloqueio Continental, instituído com o objetivo de prejudicar os 
ingleses, em 1806. 
Com isso, o regente de Portugal, d. João, filho de d. Maria I, decidiu 
transferir toda a corte para o Brasil. Assim, o poder português instalou-
se no Rio de Janeiro, resultando em transformações que tiveram 
influência fundamental no desencadeamento do processo 
de independência do Brasil, alguns anos depois. 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/era-napoleonica.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/bloqueio-continental.htmhttps://brasilescola.uol.com.br/historiab/independencia-brasil.htm
Acesse também: Detalhes sobre a relação de d. João VI e sua esposa, 
Carlota Joaquina 
Contexto da vinda da família real para o Brasil 
A invasão de Portugal, por 
ordem de Napoleão Bonaparte, foi o motivo que levou a corte 
portuguesa a mudar-se para o Brasil. 
A transferência da corte portuguesa para o Brasil tem relação direta com 
os acontecimentos da Revolução Francesa e do período napoleônico. 
Desde o início da revolução, a existência dos regimes absolutistas na 
Europa foi severamente ameaçada. Após 10 anos do levante, Napoleão 
Bonaparte surgiu como governante da França. 
Os acontecimentos da revolução reforçaram severamente a rivalidade 
entre França e Inglaterra na Europa, e isso se refletiu diretamente na 
relação de Portugal com esses dois países. Internamente, uma divisão 
muito grande instalou-se em Portugal, uns defendendo que o país se 
aproximasse da França, e outros defendendo a boa relação, estabelecida 
havia séculos, com o Reino Unido. 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/carlota-joaquina-dom-joao-vi.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/carlota-joaquina-dom-joao-vi.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-francesa.htm
https://brasilescola.uol.com.br/politica/absolutismo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/napoleao-bonaparte.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/napoleao-bonaparte.htm
Veja mais: Queda da Batilha - o estopim para a revolução na França, 
no final do século XVIII 
Portugal, ainda no período revolucionário, assinou um acordo de 
proteção militar com os ingleses, mas, ainda assim, buscava manter 
publicamente uma posição neutra, de forma a não desagradar 
nenhuma das nações. Na medida em que a tensão crescia, o que d. João 
fez como medida cautelar foi reforçar as defesas do país na fronteira 
com a Espanha, entre 1804 e 1807, segundo pontuam as historiadoras 
Lilia Schwarcz e Heloísa Starling|1|. 
A ascensão de Napoleão Bonaparte só contribuiu para que a situação 
agravasse-se, pois o ímpeto expansionista e o desejo de reformular o 
mapa europeu do general reforçaram a polarização do continente. O 
regente, d. João (que só se tornou d. João VI em 1816), como 
mencionado, era constantemente pressionado, pelos apoiadores de 
franceses e ingleses, a tomar partido. 
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O motivo da vinda da família real para o Brasil 
A partir de 1804, Napoleão “autocoroou-se” imperador francês, o que 
reforçou seu poder e ampliou a tensão na Europa. Antes disso, a 
situação já era apreensiva para Portugal, uma vez que os espanhóis 
haviam se aliado com os franceses, o que representava uma grande 
ameaça à soberania do território português. Em 1801, uma pequena 
guerra entre Portugal e Espanha, a Guerra das Laranjas, aconteceu e 
fez Portugal perder a cidade de Olivença para a Espanha. 
Nessa derrota, os portugueses ainda foram obrigados a aceitar o 
seguinte termo dos franceses: fechar os portos de seu país para 
embarcações inglesas. O termo foi aceito, mas não foi colocado em 
prática. Incapaz de invadir a Inglaterra, Napoleão resolveu, a partir de 
1806, estabelecer o Bloqueio Continental, o que determinou que os 
portos das nações europeias ficariam terminantemente fechados para 
embarcações inglesas. 
Com o bloqueio, os portugueses começaram a ventilar a proposta de 
mudarem-se para o Brasil a fim de fugir do alcance de Napoleão. 
Portugal não aceitou aderir ao bloqueio porque as relações com os 
ingleses eram boas e estavam de pé por séculos. A situação estendeu-se 
até meados de 1807, quando Napoleão realizou um ultimato. 
O ultimato de Napoleão determinou que Portugal deveria, até 1º de 
setembro, realizar as seguintes medidas: convocar seu embaixador que 
estava em Londres; expulsar o embaixador inglês de Lisboa; fechar os 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/queda-bastilha.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/queda-bastilha.htm
https://guerras.brasilescola.uol.com.br/seculo-xvi-xix/a-guerra-das-laranjas.htm
portos para navios ingleses; prender os ingleses em Portugal e confiscar 
os bens deles; e declarar guerra à Inglaterra|2|. 
Seguiram-se semanas de negociação entre Portugal e França e Portugal 
e Reino Unido, mas não se chegou a nenhum entendimento. Os 
britânicos orientaram que, se os portugueses aceitassem integralmente 
os termos franceses, os dois países entrariam em guerra; já os franceses 
exigiam o aceite integral dos seus termos, caso contrário, invadiriam o 
território português, dividindo-o com a Espanha. 
Como não houve solução, Napoleão ordenou o envio de tropas para 
invadir Portugal. Em 24 de novembro, d. João informou que as tropas 
francesas chegariam a Lisboa em até quatro dias e autorizou o início 
dos preparativos de uma viagem ao Brasil. A corte portuguesa tinha o 
compromisso dos ingleses de ser escoltada em segurança até o Brasil. 
Viagem da corte portuguesa 
Os preparativos para a viagem ao Brasil ficaram marcados pelo pânico 
e correria. Estima-se que até 15 mil pessoas tenham embarcado. 
O embarque da corte portuguesa aconteceu entre os dias 25 e 27 de 
novembro de 1807. Em meio aos preparativos, o governo português 
realizou a transferência das instituições que administravam o país, 
portanto, tratava-se de uma missão muito grande para tão poucos dias. 
Nessa transferência, todas as pessoas que possuíssem algum papel no 
governo mudaram-se para o Rio de Janeiro com suas famílias. 
As naus portuguesas que fizeram a transferência da corte reuniram 
de 10 mil a 15 mil pessoas, segundo os levantamentos feitos por 
diferentes historiadores. Lilia Schwarcz e Heloísa Starling dão a real 
dimensão do que foi essa vinda para o Brasil: “não eram indivíduos 
isolados que fugiam às pressas, e sim a sede do Estado português que 
mudava de endereço, com seu aparelho administrativo e burocrático, 
seu tesouro, suas repartições, secretarias, tribunais, arquivos e 
funcionários”|3|. 
O regente de Portugal autorizou todos os seus súditos a mudarem-se 
para o Brasil, caso desejassem, mas se não houvesse espaço nas 
embarcações da corte, eles deveriam procurar meios próprios de vir 
para o Brasil. Todos os preparativos da mudança foram realizados às 
pressas, e, por isso, houve correria e pânico. Muita coisa que deveria 
ter embarcado foi deixada para trás, e os navios, abarrotados de gente, 
não tinham suprimentos suficientes para todos. 
As embarcações portuguesas iniciaram a viagem para o Brasil no dia 
29 de novembro de 1807, e, em alto-mar, encontraram-se com as quatro 
embarcações inglesas, que as escoltaram até o Brasil. Acredita-se que 
as embarcações que vieram ao nosso país trazendo a corte eram cerca 
de 15 (há desencontro nas informações). No fim do dia 29, as tropas 
francesas entravam em Lisboa e eram formadas por cerca de seis mil 
soldados. 
Os problemas na viagem foram muitos. A citada superlotação fez com 
que alimentos e água fossem racionados; não havia dormitórios e 
camas para todos, e os problemas de higiene era muitos. Estes 
resultaram em um surto de piolhos que forçou as mulheres rasparem 
seus cabelos. 
Saiba mais: Cinco curiosidades sobre a independência do Brasil 
Período Joanino 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/cinco-curiosidades-sobre-independencia-brasil.htm
O regente de Portugal, d. João, foi quem ordenou a vinda da corte 
portuguesa para o Brasil. [1] 
A viagem da corte portuguesa estendeu-se por 54 dias, e, no dia 22 de 
janeiro de 1808, a embarcação de d. João chegou a Salvador. Da antiga 
capital do Brasil, d. João já tomou a primeira medida que mudaria o 
curso da história brasileira: ele decretou a abertura dos portos às 
nações amigas, no dia 28 de janeiro. 
Depois de uma breve estadia em Salvador, d. João foi para o Rio de 
Janeiro, chegando lá no dia 8 de março. As outras embarcações foram 
chegando nos dias seguintes (umatempestade havia separado elas). 
A chegada da corte ao Brasil inaugurou o Período Joanino, durante 
o qual d. João esteve no Brasil. A abertura dos portos foi apenas a 
primeira de várias medidas tomadas pelo regente português e que 
mudaram radicalmente a história brasileira. 
 
TRATADOS ANTIGOS DO BRASIL - Colônia de Portugal 
 - Bula "Inter Coetera" do Papa Alexandre VI -1493. Concedeu à Espanha as terras 
descobertas ou que se descobrissem a partir de um meridiano distante 100 (Cem) léguas a 
Ocidente de qualquer das ilhas de Açores e Cabo Verde. 
 
 
 - Tratado de Tordesilhas - 1494. Anulando a Bula Alexandrina, estabeleceu a divisão do globo 
terrestre em dois hemisférios por um meridiano localizado 370 (Trezentos e Setenta) léguas a 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/dom_joao.htm
http://info.lncc.br/bula.html
http://info.lncc.br/tordes.html
Oeste das ilhas de Cabo Verde. (A localização correta das Linhas de Tordesilhas revelou-se 
impraticavel, na época, pela impossibilidade da determinação de longitudes, o que só foi 
possível cerca de dois séculos após). 
 
 
 - Convenção de Saragoça - 1529. Escritura da venda feita pelo Rei da Espanha ao de Portugal 
da região onde se encontravam as ilhas Molucas. (Estabelecido também na base de um 
meridiano localizado à Leste dessas ilhas, passando pelas ilhas denominadas "las Velas e de 
Santo Thome"). 
 
 
 - Primeiro Tratado de Utrecht - 1713. Firmado entre Portugal e a França para estabelecer os 
limites entre os dois paises na costa norte do Brasil. Estas disposições serviram, quase dois 
séculos após, para defender a posição brasileira na questão do Amapa. 
 
 
 - Segundo Tratado de Utrecht - 1715. Firmado entre Portugal e a Espanha, restabelecendo a 
posse da Colônia de Sacramento para Portugal. 
 
 
 - Tratado de Madri - 1750. Também entre Portugal e a Espanha, esbabeleceu os limites entre 
as colônias dos dois, na America do Sul, respeitando a ocupação realmente exercida nos 
territórios e abandonando inteiramente a "linha de Tordesilhas". (A Colônia de Sacramento 
passaría para o domínio da Espanha). Com esse Tratado o Brasil ganhou já um perfil próximo 
ao de que dispõe hoje. 
 
 
 - Tratado do Pardo - 1761. Tornou nulas todas as disposições e feitos, decorrentes do 
Tratado de Madri. 
 
 
 - Tratado de Santo Ildefonso - 1777. Ainda entre Portugal e Espanha. Seguiu em linhas gerais 
os limites estabelecidos pelo Tratado de Madri, embora com prejuizo para Portugal no 
extremo sul do Brasil. 
 
 
 - Convenção (ou Paz) de Badajoz - 1801. Estabelece as condições de paz na Península 
Ibérica (sem fazer menção aos limites das colônias de Portugal e da Espanha na América do 
Sul). Com isto tornou nulas, na prática, todas as disposições a respeito - entre estes dois países 
-, permitindo a expansão da ocupação gaúcha até o rio Uruguai. 
 
http://info.lncc.br/saragoca.html
http://info.lncc.br/utrech1.html
http://info.lncc.br/utrech2.html
http://info.lncc.br/madri.html
http://info.lncc.br/pardo.html
http://info.lncc.br/ildef.html
http://info.lncc.br/badajo.html
O que foi o Período Joanino? 
O Período Joanino refere-se ao momento da história da colonização 
brasileira marcado pela presença da família real portuguesa no Brasil. 
Essa época específica foi iniciada em 1808, quando a Corte portuguesa 
e D. João VI chegaram ao Brasil, e estendeu-se até 1821, quando esse 
rei, pressionado pelas cortes portuguesas, optou por retornar para 
Portugal. Durante esse período, a família real portuguesa habitou a 
cidade do Rio de Janeiro. 
Por que a família real portuguesa mudou-se para o Brasil? 
A mudança da família real portuguesa para o Brasil estava relacionada 
com os acontecimentos na Europa durante o Período Napoleônico. 
Como forma de enfraquecer economicamente a Inglaterra, Napoleão 
Bonaparte decretou o Bloqueio Continental, que consistia na proibição 
às nações europeias de comercializar com a Inglaterra. 
Segundo essa política estabelecida por Napoleão, as nações que não 
aderissem ao bloqueio seriam militarmente invadidas pelas tropas 
francesas. Portugal não aceitou aderir a esse bloqueio, justamente 
porque a Inglaterra era sua maior aliada política e econômica. Para 
fechar essa brecha existente, Napoleão ordenou a invasão da Península 
Ibérica em 1807. 
Com a invasão francesa, Napoleão destituiu o rei espanhol e colocou 
seu irmão, José Bonaparte, no trono espanhol. Durante a invasão 
napoleônica em Portugal, D. João VI optou por fugir da presença das 
tropas francesas e, assim, realizou o embarque às pressas com tudo o 
que pudesse carregar para o Brasil. A respeito disso, segue o relato de 
Boris Fausto: 
Entre 25 e 27 de novembro de 1807, cerca de 10 a 15 mil pessoas 
embarcaram em navios portugueses rumo ao Brasil, sob a proteção da frota 
inglesa. Todo um aparelho burocrático vinha para a Colônia: ministros, 
conselheiros, juízes da Corte Suprema, funcionários do Tesouro, patentes 
do Exército e da Marinha, membros do alto clero. Seguiam também o 
tesouro real, os arquivos do governo, uma máquina impressora e várias 
bibliotecas que seriam a base da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro|1|. 
A expedição portuguesa era composta de 46 embarcações, que foram 
escoltadas até a costa brasileira pela Marinha inglesa. A viagem foi 
cheia de percalços, como uma tempestade que separou parte dos navios, 
a falta de comida por causa da quantidade de pessoas e, de acordo com 
os historiadores, um surto de piolhos que forçou as mulheres a rasparem 
os cabelos. 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/colonizacao-brasil.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/colonizacao-brasil.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/era-napoleonica.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/bloqueio-continental.htm
D. João VI e toda a Corte portuguesa chegaram ao Brasil, na região de 
Salvador, em janeiro de 1808. No mês seguinte, o rei português 
embarcou para a cidade do Rio de Janeiro, chegando a essa cidade em 
março. Do Rio de Janeiro, D. João VI governaria Portugal e o Brasil até 
1821, quando, então, retornou à Europa. 
Quais grandes mudanças ocorreram com a chegada de D. 
João VI ao Brasil? 
Assim que chegou ao Brasil, D. João VI tomou a primeira medida de 
relevância: a abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Isso 
aconteceu no dia 28 de janeiro de 1808 e iniciou todas as mudanças que 
estavam por vir. A abertura dos portos brasileiros às nações amigas 
significava, na prática, que a única nação a beneficiar-se disso seria a 
Inglaterra, dona de um gigantesco comércio marítimo. 
Essa medida significou o fim do monopólio comercial exercido por 
Portugal sobre as atividades econômicas do Brasil e permitia aos 
comerciantes e grandes proprietários brasileiros negociar diretamente 
com seus compradores estrangeiros. Para Portugal, essa medida era 
resultado de uma necessidade óbvia, uma vez que, com a ocupação 
francesa, seria impossível comercializar com os portos portugueses. 
Outras decisões importantes tomadas por D. João VI foram a permissão 
para instalar manufaturas no Brasil e a criação de incentivos para que 
essas manufaturas surgissem. Apesar dessa medida ser extremamente 
importante, as mercadorias manufaturadas produzidas no Brasil sofriam 
com a concorrência das mercadorias inglesas, que possuíam mais 
qualidade e um preço atrativo (Portugal taxou as mercadorias inglesas 
em apenas 15% de imposto alfandegário). 
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Por ordem de D. João VI, foram desenvolvidas faculdades de medicina 
em Salvador e no Rio de Janeiro. Além disso, construíram-se museus, 
teatros e bibliotecas, e foi permitida a instalação de uma tipografia na 
cidade do Rio de Janeiro. Tudo isso contribuiu para o crescimento do 
intelectualismo no Brasil e possibilitou a circulação de ideias, sobretudo 
na capital. 
Esse crescimento do intelectualismo no Brasil acabouincentivando a 
vinda de intelectuais e artistas estrangeiros notáveis daquele período, 
como a viagem do botânico e naturalista francês Auguste de Saint-
Hilaire e a Missão Artística Francesa, que trouxe importantes artistas 
franceses, com destaque para Debret e suas pinturas sobre o Rio de 
Janeiro. 
No entanto, a medida mais importante tomada por D. João ocorreu em 
1815, quando o Brasil foi elevado à condição de Reino e, assim, surgiu 
o Reino de Portugal, Brasil e Algarves. Isso aconteceu porque as 
nações integrantes do Congresso de Viena consideravam inaceitável 
que um rei europeu estivesse em uma colônia e não em seu reino de 
fato. Como resposta, D. João VI tomou essa medida e transformou o 
Brasil em parte integrante do reino português. 
Além de permitirem o desenvolvimento econômico e intelectual do Rio 
de Janeiro, todas essas mudanças resultaram no aumento populacional 
da cidade do Rio de Janeiro, que passou de 50 mil habitantes, em 1808, 
para 100 mil habitantes em 1822. 
Como foi a política externa de D. João durante o Período 
Joanino? 
Enquanto esteve presente no Brasil, D. João VI envolveu-se 
diretamente em questões territoriais com nações vizinhas e territórios 
vizinhos dominados por nações estrangeiras. Primeiramente, houve a 
invasão da Guiana Francesa, realizada em 1809. D. João VI ordenou 
essa ocupação, junto com tropas inglesas, como represália à ocupação 
de Portugal pelos franceses. A presença lusitana na Guiana Francesa 
estendeu-se até 1817, quando essa região foi devolvida para a França 
após a derrota de Napoleão. 
Outra questão muito importante, e que gerou impactos no Brasil após a 
independência, foi o conflito pela Cisplatina. Por ordem de D. João VI, 
a Banda Oriental do Rio da Prata (atual Uruguai) foi invadida e anexada 
ao território brasileiro em 1811. Pouco tempo depois, em 1816, foram 
travadas guerras contra José Artigas, que lutava pela independência do 
Uruguai. 
Como foi o retorno de D. João VI para Portugal? 
O retorno da Corte portuguesa a Portugal decorreu das pressões que D. 
João VI passou a sofrer da burguesia portuguesa a partir de 1820. Nesse 
momento, era iniciada a Revolução Liberal do Porto, na qual a 
burguesia formou as cortes portuguesas (espécie de assembleia) e 
passou a exigir mudanças em Portugal de acordo com os princípios 
liberais e ilustrados em voga. 
Os liberais portugueses queriam que algumas mudanças fossem 
implantadas com a finalidade de recuperar a economia portuguesa. As 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/congresso-viena.htm
principais exigências das cortes portuguesas eram o rebaixamento do 
Brasil novamente à condição de colônia e o retorno imediato de D. 
João VI para Portugal. Essas pressões exercidas pelas cortes 
portuguesas forçaram o rei a retornar por causa do temor de perder o 
trono português. 
D. João VI retornou para Portugal com aproximadamente quatro mil 
pessoas em 1821, no entanto, deixou seu filho D. Pedro, futuro D. Pedro 
I, como regente do Brasil. As tensões provocadas pelas cortes 
portuguesas com o Brasil e D. Pedro criaram a ruptura que deu início 
ao processo de independência do Brasil. 
 
Partidos do Brasil Colônia 
A história do Brasil é dividida em três fases. A primeira delas, o período colonial, 
fala sobre os primeiros tempos da colonização portuguesa em nosso país. De 
1500 a 1530, Portugal estava mais interessado em suas colônias nas Índias, e 
pouco ou nenhum interesse demonstrou por nossas terras. Mas depois que os 
portugueses perderam o controle do comércio das especiarias para os ingleses, 
eles começaram a olhar o Brasil com outros olhos. Daí os portugueses 
implantaram por aqui o monopólio comercial, que quer dizer: a colônia (Brasil) só 
podia comprar e vender produtos para a metrópole (Portugal). 
Em 1822, pouco antes da independência do Brasil, em 1822, havia três partidos 
políticos no Brasil. São eles: 
 O partido português – formado por comerciantes que queriam manter Portugal no controle 
do comércio, por pessoas que trabalhavam para o Império (como são hoje os funcionários 
públicos) e militares que não queriam a independência do Brasil. Eles torciam pela 
recolonização. 
 O partido brasileiro – formado pelos grandes proprietários rurais (os ricos), alguns 
comerciantes portugueses, brasileiros e estrangeiros, que achavam que o comércio livre era 
a melhor opção. Eles não queriam a independência e nem a recolonização. Defendiam a 
criação de uma monarquia dual. Monarquia dual? Uma monarquia que dividisse os 
poderes entre o Brasil e Portugal e garantisse a liberdade de comércio. 
 Partido Liberal Radical – composto por pessoas da classe média da época. Eles defendiam 
a implantação de uma república democrática, sistema que o Brasil vive hoje. 
Agora que você já sabe sobre os partidos do Brasil Colônia, vamos aos partidos da fase 
do Brasil império. 
Partidos do Império 
Na época do Brasil Império (período entre 1822 e 1889, quando o nosso país deixa 
de ser colônia portuguesa, mas ainda não é uma república), o regime adotado aqui 
era a monarquia. 
Após o “grito de independência”, o primeiro governante do Brasil foi Dom Pedro I. 
Ele ficou no poder até o ano de 1831, período chamado de Primeiro Império. Logo 
https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/monopolio/
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https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/monarquia/
depois, ele foi forçado a deixar o cargo em favor de seu filho, Dom Pedro II, que 
tinha apenas 5 anos. E até Dom Pedro II completar 15 anos – idade em que 
poderia começar a governar – o Brasil foi administrado por regentes, que eram 
representantes do Poder Executivo. 
Vamos saber agora sobre os partidos das três etapas: primeiro império; regência e 
segundo império. 
No primeiro império, havia três grandes partidos políticos: Restauradores ou 
Caramurus – que queriam a volta de D. Pedro I ao Brasil e um regime monárquico. 
Não deu certo e, quando D. Pedro I morreu, em 1834, o partido desapareceu. O 
segundo, formado por pessoas radicais, tinha o nome de Liberal Exaltado ou 
Jurujubas. O pessoal desse partido era a favor do fim da monarquia. Eles queriam 
que o Brasil se transformasse em uma República. Um último grupo, chamado 
Liberal Moderado ou Chimangos, defendiam a permanência da monarquia e a 
escravidão, mas não queriam a volta de Dom Pedro I e os “exageros” 
do partido dos exaltados. 
Mas os principais partidos do império – Conservadores (também chamados de 
saquaremas) e Liberais (também chamados de luzias) – só surgiram no Segundo 
Reinado. Época governada por Dom Pedro II. 
A diferença entre esses dois partidos era a visão que cada um deles tinha sobre 
a monarquia. Os conservadores queriam sempre um regime forte, com a 
autoridade do imperador e pouca liberdade para as províncias (as províncias eram 
como são hoje os Estados brasileiros). Já os liberais queriam que as províncias 
tivessem mais poder. 
Partidos na República 
República Velha (1889-1930) 
O império acabou quando a República foi proclamada em 15 de novembro de 
1889. Foi aí que o Brasil deixou de ser governado por uma monarquia e passou a 
ser comandado por presidentes, como é até hoje. 
O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Neste 
período, quem dominava a política eram os grandes donos de terras de Minas 
Gerais e de São Paulo. Época em que o Brasil cresceumuito e tornou-se 
exportador de café. 
Com isso, os donos de terras acabaram criando seus partidos 
políticos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro 
(PRM). Poderosos por causa do dinheiro que tinham, acabaram elegendo vários 
presidentes, que implementavam políticas para beneficiar os dois estados. Os 
estados se revezavam na indicação do presidente: uma vez paulista e outra vez 
um mineiro. 
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https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/indicacao/
Essa prática ficou conhecida como política do café-com-leite (porque São Paulo 
era o maior produtor de café do País, e Minas era grande produtor de leite). 
Em 1922, surgiu o Partido Comunista do Brasil (PCB), que décadas mais tarde 
mudou seu nome para Partido Comunista Brasileiro. Pregava os ideais marxistas e 
atuou na clandestinidade durante muito tempo. 
Tempo de Getúlio Vargas (1930-1945) 
Em 1930, ano de eleição para a presidência do Brasil, de acordo com a política do 
café-com-leite, era a vez de um mineiro do PRM assumir o cargo. Mas 
o Partido Republicano Paulista não cumpriu o trato e indicou um político paulista. 
O nome dele? Júlio Prestes. Essa quebra do trato acabou com a política do café-
com-leite. O PRM, desiludido, junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande 
do Sul para lançar o gaúcho Getúlio Vargas à Presidência da República. Mas o 
nome de Getúlio não foi aceito. Júlio Prestes acabou ganhando as eleições, mas 
não ocupou o cargo. Por quê? Porque Getúlio Vargas liderou 
uma revolução – Revolução de 1930 – para tomar o poder. Assim, ocorreu o fim 
da República Velha e início da Era Vargas. 
Para quem não sabe ou não se lembra, Getúlio foi presidente do Brasil por um 
tempão. Primeiro como chefe do governo provisório depois da Revolução de 30, 
depois como presidente eleito em 1934. E não parou por aí. Em 1937, ele 
implantou a ditadura do Estado Novo, até que foi deposto (tirado do cargo) em 
1945. Pensa que acabou? Nada disso, Getúlio voltou à presidência em 1951, por 
meio do voto popular. Ficou mais três anos no poder. Ele suicidou-se em 24 de 
agosto de 1954 com um tiro no coração. 
Os partidos políticos mais conhecidos da época de Getúlio Vargas são: Ação 
Integralista Brasileira (AIB), criado em 1932, e Aliança Nacional Libertadora (ANL), 
de 1935. 
A AIB defendia um governo em que só o presidente poderia tomar decisões. 
Assim, acreditavam que o Brasil caminharia para o progresso. Essa ideia era 
inspirada no fascismo. 
Já o pessoal da ANL, liderado por Luís Carlos Prestes, defendia um programa de 
mudanças para melhorar a vida dos brasileiros. Eles queriam mais emprego, 
melhores salários e apoio para as empresas brasileiras. 
República democratizada (1945-1964) 
Depois da “ditadura” de Getúlio Vargas, o chamado Estado Novo, em 1945 o Brasil 
volta a ter eleições para presidente. Com a volta da democracia, três candidatos – 
Eurico Gaspar Dutra, Eduardo Gomes e Ricardo Fiúza – concorreram ao cargo de 
presidente do Brasil. Nessa época, o que se viu foi uma disputa entre os partidos 
que defendiam Getúlio Vargas – Partido Social-Democrático (PSD) 
e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); e o que era contra – União Democrática 
Nacional (UDN). 
https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/
https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/
https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/eleicao/
https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/
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https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/fascismo/
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https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/estado/
https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/democracia/
https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/
https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/partido/
O PSD era formado por lideranças rurais e por altos funcionários das empresas 
do governo, enquanto que o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) unia os líderes 
dos sindicatos e os operários que trabalhavam nas fábricas. 
A União Democrática Nacional (UDN), partido de oposição ou partido rival, era 
formado pelas pessoas mais ricas das cidades. Pessoas que defendiam a entrada 
de dinheiro de empresas internacionais no Brasil e o desenvolvimento das 
empresas brasileiras que não pertenciam ao governo. Essas empresas são 
chamadas de empresas privadas. 
Governo militar (1964-1985) 
Depois de quatro presidentes eleitos pelo povo e um montão de substituições 
(1945 a 1964), uma nova ditadura se instalou no Brasil: a do regime militar. Tudo 
começou com um golpe de Estado em 1964 que tirou o presidente João Goulart do 
poder. Como você já sabe, ditadura é o contrário de democracia. E, na ditadura, 
quem discorda das regras do jogo é perseguido e reprimido. E foi assim em 1964. 
Quem discordou dos militares foi preso, torturado e até morto. 
A partir de 1965, com o Ato Institucional 2 (AI-2), os militares permitiram apenas a 
criação de duas associações políticas (associações, viu? Porque não se podia 
usar a palavra “partido”). E assim, surgiram a Aliança Renovadora Nacional 
(ARENA), que defendia o regime militar, e o Movimento Democrático Brasileiro 
(MDB), que tinha a permissão para fazer uma oposição ao regime militar, desde 
que fosse bem de leve… 
Nova República (1985 até hoje) 
Em 1974, o presidente Ernesto Geisel, que era um general do Exército, decidiu 
adotar a política da “abertura lenta e gradual”, quer dizer, acabar com o regime 
militar aos pouquinhos para dar lugar à democracia. E democracia se faz com 
partidos políticos. Por quê? Porque os partidos representam as diferentes opiniões. 
No final de 1979, novos partidos políticos começaram a se organizar no lugar da 
Arena e do MDB. Assim, em 1982, a Arena se transformou no Partido Democrático 
Social (PDS), e o MDB no Partido Democrático Brasileiro (PMDB). Nessa mesma 
época surgiram também o Partido Trabalhista Brasileiro, formado por pessoas que 
defendiam as ideias de Getúlio Vargas; o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e 
o Partido dos Trabalhadores (PT). 
Muita mudança, não? E teve mais! Nas eleições indiretas para presidente 
da República de 1984, o PDS ficou na maior dúvida porque tinha dois candidatos a 
lançar – Mário Andreazza e Paulo Maluf – e isso acabou causando um “racha” 
no partido. Daí a criação de um outro partido para apoiar Paulo Maluf, o Partido da 
Frente Liberal (PFL). E como o PFL, surgiram também outros: o Partido Popular 
Brasileiro (PPB), formado por pessoas insatisfeitas com o PDS; e o Partido Social-
Democrático Brasileiro (PSDB), que foi formado com parte de insatisfeitos do 
PMDB. 
E assim, a Nova República ou República redemocratizada ficou marcada pela 
grande quantidade de partidos que tinha. Alguns deles existem até hoje. 
https://plenarinho.leg.br/index.php/glossary/governo/

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