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AT -PSICOLOGIA DO ESPORTE E LEGISLAÇÃO ESPORTIVA

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CASOS DE DOPING OCORRIDO NO ESPORTE
Rebeca Gusmão
A punição mais grave de um atleta brasileiro pego no exame antidoping aconteceu com Rebeca Gusmão, que foi banida do esporte profissional. A nadadora testou positivo para a substância testosterona, em um exame realizado em julho de 2007, durante os jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Com a decisão do banimento, Rebeca acabou perdendo todos os resultados obtidos a partir de julho daquele ano, incluindo quatro medalhas conquistadas no pan 2007.
Cesar Cielo
Em 2011, o campeão olímpico Cesar Cielo também foi flagrado com uma substância proibida. O nadador testou positivo para furosemida, um diurético conhecido por esconder outras substâncias proibidas. Na época, a farmácia de manipulação que produzia suplementos para o atleta assumiu a culpa, afirmando que havia causado uma contaminação das cápsulas de cafeína ingeridas por Cielo. No julgamento do caso, a Federação Internacional de Natação (FINA) pediu uma suspensão de três meses para o atleta, suficiente para tirar o nadador do Mundial daquele ano. Havia também uma chance de uma pena mais dura, superior a seis meses de suspensão, que impediria também a sua participação nos Jogos Olímpicos de 2012. No entanto, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) decidiu apenas por uma advertência para o atleta. Assim, o nadador brasileiro pôde disputar o Mundial de 2011, onde conquistou dois ouros, e a Olimpíada de 2012, conquistando um bronze.
Giba
Considerado um dos melhores jogadores de vôlei da história, Giba testou positivo, em dezembro de 2002, para a substância cannabis sativa (popularmente conhecida como maconha). Na época, o atleta defendia o Ferrara, um clube italiano, e foi punido com oito jogos de suspensão pela Federação Italiana de Vôlei. Assim, Giba acabou ficando cerca de dois meses fora das quadras. Essa pena foi considerada bastante branda, já que ele poderia pegar até dois anos de suspensão pelas regras da Agência Mundial Antidoping (WADA).
O que é doping?
Doping ou dopagem em português é conhecido como a aplicação de substâncias ou procedimentos ilegais que possibilitam modificações físicas e até mesmo psíquicas que trazem vantagens (mesmo que ilusórias), ao desempenho esportivo do atleta.
Portanto, entende-se como uma droga estimulante ilícita que, visa suprir temporariamente a fadiga, aumentar ou diminuir a velocidade e melhorar a execução do trabalho de um esportista.
Por ser ilegal, em 1968, no México, a comissão médica do comitê olímpico internacional elaborou testes que detectava o doping, punindo com a exclusão dos jogos qualquer atleta que fazia uso de tais substâncias.
Classificação dos dopings
· Pré-competitivo: hormona de crescimento e esteroides anabolizantes;
· Durante a competição: doping calmante, doping analgésico, doping estimulante;
· Pós-competitivo: diuréticos; Doping sanguíneo;
Tipos de doping
Os principais tipos de doping banidos pela Wada (Agência Mundial Antidoping) são:
· Estimulantes;
· Esteroides;
· Diuréticos;
· Hormônio de Crescimento Humano (HGH);
· Eritropoietina (EPO);
· Betabloqueadores;
· Doping sanguíneo;
O Doping pode ser discriminado em sete categorias diferentes conforme os efeitos que o mesmo causa e a forma de ser aplicado no atleta:
· Hormona do crescimento
A hormona do crescimento ou hormonas peptídicas possuem diversas funções, entre elas a fixação peptídica, ou seja, elas auxiliam os músculos nas suas reações anabólicas, contribuindo para a fixação dos aminoácidos necessários a construção muscular. É produzida pela glândula pituitária (intramuscular), contribuindo para o aumento da resistência e da capacidade de transporte de oxigênio.
Há diversos tipos de hormonas peptídicas, entre elas destaca-se:
· Eritropoietina
· HCG
· HC
· LH
Os esportistas que mais usam essas substâncias perigosas são os halterofilistas, culturistas e lançadores. Porém o uso dessas drogas causas danos irreversíveis ao corpo como: deformações ósseas, distúrbios hormonais, miopia, hipertensão, coágulos sanguíneos, diabetes, doenças articulares.
· Esteroides anabolizantes
Essa é considerada a droga mais usada nos esportes de alta competição e de grande força muscular. Os esteroides encontram-se naturalmente em nosso corpo, principalmente nos homens. Sua função é desenvolver a massa muscular e a massa óssea, por isso, ela atrai os atletas a utilização da mesma com o intuito de potencializar o efeito anabólico.
Os esteroides possuem duas funções no nosso organismo que são: a função androgênica e a função anabolizante.
· Função androgênica dos esteroides: são responsáveis pelas características sexuais masculinas como: crescimento de barba, pelos pubianos, engrossamento da voz, desenvolvimento do pênis e testículos;
· Função anabólica: é responsável pelo desenvolvimento da massa muscular e massa óssea;
Esses esteroides podem ser consumidos oralmente ou podem ser injetáveis, porém quando consumidos via oral, eles passam pelo fígado, sofrendo um processo de alcalinização (processo extremamente prejudicial ao fígado).
Essas drogas são proibidas nos esportes, pois dão uma vantagem enorme aos atletas que as utilizam em relação aos outros atletas que não fazem uso dessas substâncias.
· Doping calmante
O efeito do doping calmante restringe-se a coibir a frequência cardíaca, ou seja, diminuir os batimentos do coração e também o tremor. São muito utilizados, porém, em modalidades que requerem precisão e autodomínio. Os beta-bloqueantes são substâncias calmantes mais consumidas pelos atletas.
Eles são semelhantes aos analgésicos, pois ajudam a combater o nervosismo, stress e ansiedade. Alguns beta-bloqueantes mais utilizados são:
· Acebutolol;
· Alprenolol;
· Atenolol;
· Labetolol;
· Metipranolol;
· Pindolol;
Com a diminuição do ritmo cardíaco, pode ocorrer a tensão arterial baixa, acarretando numa possível parada cardíaca. As modalidades que estão proibidas de utilizar qualquer um desses dopings são: tiro ao alvo, tiro com arco, bilhar, xadrez, nado sincronizado.
· Doping analgésico
Assim como os beta-bloqueantes, os dopings analgésicos são calmantes e também ajudam a diminuir a dor. Assim, o atleta aguenta mais tempo durante as atividades, aumentando naturalmente sua resistência, pois os mesmo ficam menos propensos à sofrer por lesões. Muitos maratonistas e triatletas, por exemplo, utilizam os analgésicos.
Exemplos de analgésicos utilizados pelos desportistas são:
· Morfina;
· Metadona;
· Petidina;
· Doping estimulante
O doping estimulante é o segundo mais usado pelos atletas, perdendo apenas para os esteroides. Essa substância intensifica e acelera as atividades cerebrais, fazendo com que respostas do sistema nervoso sejam mais rápidas, resultando então numa maior resistência às atividades e menor cansaço.
Algumas dessas substâncias são:
· Anfetaminas;
· Estricnina;
· Cafeína;
· Cocaína;
São ingeridas oralmente, ou por inspiração nasal, por injeções e até mesmo através do ato de fumar.
Essas drogas fazem com que o atleta tenha uma grande vantagem em relação aos outros atletas tidos como “limpos”, pois o sistema nervoso deles fica mais ativo do que o normal.
· Doping sanguíneo
Este doping consiste no aumento do volume sanguíneo através de transfusão de sangue. o objetivo dessa transfusão é aumentar a capacidade de transporte de oxigênio. Porém na grande maioria das vezes o sangue utilizado nesse procedimento é o sangue do próprio atleta. Esta infusão endovenosa de sangue induz eritrocitemia, ou seja, o aumento dos glóbulos vermelhos circulantes no sangue, fazendo com que há um aumento do transporte de oxigênio, como havia dito.
O doping sanguíneo pode aumentar a capacidade de um atleta que pratica atividades de endurance, ele reduz também a sensação fisiológica de esforço durante exercícios em altas temperaturas e também em grandes altitudes. Ele também está relacionado em fracassar e prejudicar o desempenho do atleta.
O método consiste entre oito e doze semanas antes da competição, onde são retiradas duas unidades de sangue do atleta, são separadas então as hemácias do plasma:as hemácias são congeladas para manter sua conservação e perder o mínimo possível de hemácias. Depois essas hemácias são reconstituídas com solução salina e são transfundidas em mais ou menos duas horas, a infusão é feita no atleta entre um a sete dias antes da competição
O quadro a seguir apresenta as violações das normas de dopagem e as sanções aplicáveis do art. 2º, 2.1 a 2.8 do CMA. 
Quadro 1- Punições por dopagem
	Violações das normas antidopagem
	Aplicação de sanções disciplinares
	2.1 Presença de uma substância proibida, dos seus metabólicos ou marcadores:
	1ª infração: 2 (dois) anos de suspensão 
2ª infração: suspensão por toda a vida (vitalícia)
	2.2 Utilização ou tentativa de utilização de uma substância ou de um método proibido:
	1ª infração: 2 (dois) anos de suspensão 
2ª infração: suspensão por toda a vida (vitalícia) Exceção: Substâncias Específicas: 
1ª infração: mínimo: um aviso e uma advertência; máximo 1 (um) ano de suspensão 
2ª infração: 2 (dois) anos de suspensão 
3ª infração: suspensão por toda a vida (vitalícia)
	2.3 Recusa ou uma falta sem justificativa válida a uma recolha de amostras após notificações:
	1ª infração: 2 (dois) anos de suspensão 
2ª infração: suspensão por toda a vida (vitalícia) Exceção: Substâncias Específicas: 
1ª infração: mínimo: um aviso e uma advertência; máximo 1 (um) ano de suspensão; 
2ª infração: 2 (dois) anos de suspensão 
3ª infração: suspensão por toda a vida (vitalícia)
	2.4 Disponibilidade do praticante nos controles fora de competição
	Mínimo: 3 (três) meses e no máximo 2 (dois) anos
	2.5 Falsificação ou tentativa de falsificação de qualquer elemento integrante do controle de dopagem:
	1ª infração: 2 (dois) anos de suspensão 2ª infração: suspensão por toda a vida (vitalícia) Exceção: Substâncias Específicas: 
1ª infração: mínimo: um aviso e uma advertência; máximo 1 (um) ano de suspensão 
2ª infração: 2(dois) anos de suspensão 
3ª infração: suspensão por toda a vida (vitalícia)
	2.6 Posse de substâncias e métodos proibidos:
	1ª infração: 2 (dois) anos de suspensão 
2ª infração: suspensão por toda a vida (vitalícia)
	2.7 Tráfico de qualquer substância proibida ou método proibido:
	Mínimo de 4 (quatro) anos de suspensão e máximo de suspensão por toda a vida (vitalícia)
	2.8 Administração ou tentativa de administração de uma substância proibida ou método proibido a qualquer participante esportivo:
	Mínimo de 4 (quatro) anos de suspensão e máximo de suspensão por toda a vida (vitalícia)
Fatores de risco
Os riscos são inúmeros para quem faz uso dessas substâncias nocivas à saúde humana. Segue os efeitos colaterais, os fatores de risco e os possíveis distúrbios causados pelo uso contínuo de doping:
Hormona de crescimento provoca:
· Deformações ósseas,
· Distúrbios hormonais,
· Miopia,
· Hipertensão,
· Coágulos sanguíneos,
· Diabetes,
· Doenças articulares;
Esteroides anabolizantes provocam:
· Traços masculinos em mulheres;
· Infertilidade;
· Impotência;
· Danos nos rins;
· Aumento da pressão sanguínea;
· Endurecimento das artérias, acarretando em doenças coronarianas;
· Doenças hepáticas;
· Alguns tipos de câncer;
Os esteroides anabolizantes provocam muitos males a saúde e o seu uso prolongado pode fazer com que ocorra um desequilíbrio hormonal no organismo do homem, ocasionando efeitos como: calvície, acne, aumento da agressividade, desenvolvimento anormal dos seios, hipertrofia da próstata, insônia, nível de colesterol desregulado, complicações cardíacas, redução na produção de espermatozoides, mau halito e tremores.
Doping calmante pode provocar:
· Fadiga;
· Depressão;
· Falência do coração;
O consumo de beta-bloqueantes provoca hipotensão e parada cardíaca, além de asma, hipoglicemia, insônia e impotência sexual.
Doping analgésico pode provocar:
· Quando usado para reduzir a dor de uma lesão, na verdade pode agravá-la;
· Perda de equilíbrio e coordenação;
· Náuseas e vômitos;
· Insônias;
· Depressão;
· Diminuição da frequência cardíaca;
· E quando tomado em excesso overdose;
Doping estimulante provoca:
· Aumento da pressão sanguínea e temperatura corporal;
· Batimento cardíaco irregular;
· Paradas cardíacas;
· Derrames;
· Euforia;
· Insônia;
· Alterações de comportamento;
· Tremores;
· Respiração acelerada;
· Confusão cerebral;
Doping sanguíneo pode provocar:
· Infecções virais como hepatite;
· Infecção por citomegalovírus ou a AIDS;
· Infecção bacteriana;
· Reações fatais por identificação equivocada do sangue;
· Falência dos rins e fígado;
· Danos cerebrais;
Diuréticos podem provocar:
· Desidratação;
· Cãibras;
· Doenças reanais;
· Perda de sais minerais;
· Alterações no volume de sangue;
· Alterações no ritmo cardíaco;
Efeitos fisiológicos no corpo
Os efeitos no corpo e organismo do atleta que faz uso de doping são variados:
· Doping sanguíneo
· Calmantes ou betabloqueadores
· Estimulantes
· Analgésicos
· Diuréticos
· Anabolizantes esteroides
· Hormônio de crescimento
Conclusão
A utilização de substâncias ilícitas nos jogos olímpicos e no esporte em geral, sempre gerou grandes polêmicas no mundo desportivo. O doping tornou-se um problema de grande extensão e relevância, até porque essas substâncias  são cientificamente comprovadas quanto à melhora da capacidade aeróbica de um atleta e em contrapartida, podem acarretar em danos irreversíveis aos mesmos.
Sabemos que o controle do uso de doping é demasiadamente difícil. Atualmente, não existe nenhum método capaz de confirmar com total segurança se um atleta fez uso de doping sanguíneo, por exemplo.
Por isso, existe a necessidade de difundir entre os esportistas o comportamento íntegro, honesto e principalmente, despertar a consciência tanto dos atletas como de pessoas comuns sobre o risco de utilizar esses elementos e as consequências negativas para a saúde dos mesmos.

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