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PASTA - PEÇAS DIREITO PENAL - AUDIÊNCIAS - ULBRA

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Prévia do material em texto

Márcia Elcinda Luiz Fernandes Machado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA JURÍDICA EM DIREITO PENAL 
PORTIFÓLIO DE PEÇAS E ATIVIDADES DO SEMESTRE 
 
 
 
Professor Paulo Sydney Dalla Corte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CANOAS/RS 
 
 
2023/02
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
1 – Introdução; 
 
2 - Relaxamento de Prisão em Flagrante Delito; 
3 – Denúncia – Caso Milton; 
4 – Denúncia – Caso Zoinho; 
 
5 – Procuração/Queixa Crime casos Enrico e Rodolfo; 
6 – Resposta a Acusação – Caso Patrick; 
7 – Memoriais de Defesa – Caso Roberta; 
 
8 – Recurso em Sentido Estrito – Caso Jerusa; 
9 – Agravo de Execução – Caso Lucas; 
10– Recurso de Apelação – caso Ticio; 
11 – Relatório de Audiências 1; 
12 – Relatório de Audiências 2; 
 
13 – Conclusão. 
 
 
 
 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
Este relatório tem por objetivo de documentar as experiências 
vivenciadas ao longo da disciplina de Prática de Direito Penal, sob a orientação 
e supervisão do respeitável professor Paulo Sydney Dalla Corte. Durante este 
período, mergulhamos profundamente no mundo da prátiva do Direito Penal, 
participando ativamente na elaboração de peças que não apenas refletem os 
desafios encontrados no Exame da Ordem - OAB – mas também contrribuem 
para o desenvolvimento e aprimoramento de habilidades essecnciais no âmbito 
do Direito Penal. praticando ativamente da elaboração onde foram elaboradas 
peças que foram utilizadas nas provas da OAB, para assim praticarmos 
habilidades na área Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FRAGRANTE 
 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 
 ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XXX – ESTADO DO XXXX 
 
 
JOSÉ ALVES, brasileiro, fazendeiro, portador 
do RG e CPF, residente e domiciliado na Rua 
xxx, Bairro xxx, na de cidade de xxxx, vem, por 
seu advogado infra assinado em anexo, mui 
respeitosamente, na presença de Vossa 
Excelência, com base no artigo 5º, LXV, da 
CF/98 e artigo 310, I do CPP, requer 
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM 
FLAGRANTE, pelos motivos que possa a 
expor de fato e de direito: 
 
 
DOS FATOS 
No dia 10 de março de 2011, o Requerente foi detido após ser 
abordado por policiais e submetido ao teste de alcoolemia, resultando em um 
miligrama de álcool por litro de ar expelido. Diante desse resultado, foi lavrado 
o auto de prisão em flagrante, imputando-lhe a prática do crime descrito no 
artigo 306 da Lei 9.503/1997, c/c artigo 2º, Inciso II, do Decreto 6.488/2008. 
Destaca-se que ao Requerente foi negado o direito de ter um 
advogado presente ou de comunicar-se com seus familiares durante esse 
procedimento. Surpreendentemente, dois dias após a lavratura do Auto de 
Prisão em Flagrante, o delegado responsável não comunicou o ocorrido ao 
juízo competente, deixando também de informar a Defensoria Pública sobre o 
caso. 
 
 
 
Essa sequência de eventos levanta sérias questões quanto ao devido 
processo legal e aos direitos fundamentais do Requerente, exigindo uma 
análise minuciosa e uma defesa eficaz diante das possíveis irregularidades 
ocorridas durante sua prisão e detenção." 
 
 
DO DIREITO 
Considerando os apontamentos legais apresentados, emerge uma 
análise crítica acerca da situação do Requerente no contexto da abordagem 
policial e do subsequente processo. 
O artigo 5º, LVI, da Constituição Federal, destaca a proibição de 
utilização de provas ilícitas no processo. No caso em questão, a colheita forçada 
do teste de alcoolemia, em que o Requerente foi compelido a soprar o bafômetro, 
levanta questionamentos sobre a legalidade dessa prova, suscitando a possível 
violação desse preceito constitucional. 
Além disso, o artigo 157 do Código de Processo Penal reforça o 
princípio fundamental de que ninguém pode ser obrigado a produzir provas 
contra si mesmo. A coerção para a realização do teste de alcoolemia sem o 
consentimento do Requerente pode configurar uma afronta a esse direito 
constitucional. 
No âmbito do direito de defesa, o artigo 5º, LVIII, da CF assegura ao 
Requerente o direito de comunicar-se com seu advogado e familiares. Tal 
prerrogativa é corroborada pelo artigo 7º, III, do Estatuto da Ordem dos 
Advogados do Brasil (OAB). A negação desse direito durante a prisão levanta 
questões sérias quanto à garantia do amplo exercício da defesa. 
Além disso, o artigo 5º, LVII, da CF, estabelece a presunção de 
inocência, determinando que ninguém será considerado culpado até o trânsito 
em julgado de sentença penal condenatória. O artigo 306, §1º, do Código de 
Processo Penal, por sua vez, ressalta a necessidade de comunicar 
imediatamente a prisão ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do 
preso ou à pessoa por ele indicada. 
Nesse contexto, é imperativo uma análise aprofundada desses 
dispositivos legais, a fim de avaliar se houve irregularidades durante a 
 
 
 
abordagem, a prisão e o posterior processo, garantindo assim a proteção dos 
direitos fundamentais do Requerente. 
 
DOS PEDIDOS 
Diate do exposto, requera procedência do pedido com o consequente 
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE, com a imediata expedição 
ALVARÁ DE SOLTURA em favor do requerente, nos termos do artigo 310 do 
Código de Processo Penal. 
 
 
Nestes termo, pede deferimento. 
 
 
Local, dia, mês, ano. 
 
 
 
Advogado 
OAB 
 
 
 
 
3- DENÚNCIA – CASO MILTON 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 
VARA DO TRIBUNAL JÚRI DA COMARCA DE xxxxxx 
 
 
O Ministério Público do Estado xxxxxx, no uso 
de suas atribuições legais, nos termos do art. 
41 do CPP, com base no inquérito policial de 
número xxx, vem, respeitosamente, perante 
Vossa Excelência, oferecer DENÚNCIA 
contra: 
MILTON HENRIQUE SILVA, nacionalidade), 
estado civil, profissão, RG, CPF, filho de xxx, 
nascido em xxxx, residente e domiciliado na 
rua, bairro, cidade; e ELIZIER FELISBERTO, 
nacionalidade, estado civil, profissão, RG, CPF, 
filho de xxx, nascido em xxxx, residente e 
domiciliado na rua, bairro, cidade ..., pela 
prática do seguinte fato delituoso: 
 
 
I – DOS FATOS 
No dia 05 de abril de 2008, por volta das 00h50min, na rua Vaquiano 
Da, nº 25, bairro Vicentina, nesta cidade, os denunciados MILTON HENRIQUE 
SILVA e ELIZIER FELISBERTO, em comunhão de esforços e unidade de 
desígnios, fazendo uso de arma de fogo (não apreendida), mataram a vítima 
Marcos Eugênio mediante 3 (três) disparos, conforme auto de necropsia de 
fl.xx/IP, que atesta a “causa mortis” decorrente de hemorragia intracraniana e 
intratorácica consecutiva à ferimento penetrante de crânio e tórax por projétil de 
arma de fogo.” 
 
 
 
Os denunciados incorreram nos seguintes artigos: 
 
No artigo 121, § 2º, I do Código Penal, “Art. 121. Matar alguém: § 2° 
Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou 
por outro motivo torpe;” 
No artigo 121, §2º, III do Código Penal, “Art. 121. Matar alguém: § 2° 
Se o homicídio é cometido: III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, 
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo 
comum;” 
No artigo 121, §2º, IV do Código Penal, “Art. 121. Matar alguém: § 2° 
Se o homicídio é cometido: IV - à traição, de emboscada, ou mediante 
dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do 
ofendido;” 
Assim agindo os denunciados MILTON HENRIQUE SILVA e ELIZIER 
FELISBERTO incorreram nas sanções do artigo 121, §2º, I, III, IV, do Código 
Penal, para tanto requer: a citação dos denunciados, a intimação das 
testemunhas do rol abaixo e a pronuncia dos denunciados. 
 
Local, dia, mês, ano. 
 
 
ASSINATURA DO(A) PROMOTOR(A) DE JUSTIÇA 
 
 
Rol de testemunhas: 
 
1) Sinair, nacionalidade, profissão, estado civil e endereço completo; 
 
 
 
4- DENÚNCIA – CASO PAULO SÉRGIO REIS “ZOINHO” 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 
VARA CRIMINAL DA COMARCADE SÃO LEOPOLDO/RS. 
 
 
O Ministério Público do Estado do Rio Grande 
do Sul, no uso de suas atribuições legais, nos 
termos do art. 41 do CPP, com base no 
inquérito policial de número 278/99, vem, 
respeitosamente, perante Vossa 
Excelência, oferecer DENÚNCIA contra: 
PAULO SÉRGIO REIS, de alcunha “ZOINHO”, 
brasileiro, solteiro, pintor, 23 anos de idade no 
momento do fato, natural de Três Passos, filho 
de xxxx, nascido em xxxx, residente e 
domiciliado na rua, bairro, cidade, 
ATUALMENTE RECOLHIDO A CADEIA 
PÚBLICA DE PORTO ALEGRE – PRESÍDIO 
CENTRAL, pela prática do seguinte fato 
delituoso: 
 
 
I – DOS FATOS 
No dia 14 de outubro do ano 2009, por volta as 20hs na rua Saldanha 
da Gama, nº 442, nesta cidade, o acusado, agindo com o adolescente Rodrigo 
Martins, “furtaram” após romper obstáculo, uma sacola de nylon, cor preta, 
marca penalty, contendo: quatro blusões, um rádio AM/FM continental; uma 
sacola de napa, cor cinza, contendo: um colete feminino de viscose, marca 
Ledancris, avaliados em R$ 420,00 (quatrocentos e vinte reais), pertencentes a 
ELOIR JOSEFINO. 
Na ocasião do fato, o acusado e seu companheiro estouraram a 
 
 
 
fechadura da porta da propriedade da vítima, para perpetrar o ilícito e quando 
estavam colocando as mercadorias em sacolas, foram surpreendidos pelos 
policiais militares, que procederam a sua prisão. 
Nas mesmas circunstâncias de tempo e lugar, o acusado PAULO 
SÉRGIO REIS trazia consigo, para uso próprio, pequena quantidade de 
cannabis sativa, vulgarmente conhecido como” maconha”, substância 
entorpecente que causa dependência psíquica. 
 
O denunciado incorreu nos seguintes artigos: 
Artigo 155, §4º, I e IV do CP, usou do rompimento de obstáculo á subtração 
da coisa, mediante o concurso de duas ou mais pessoas; 
Artigo 244-B, do ECA, corromper ou facilitar a corrupção do menor de 18 anos 
com ele praticar infração penal ou induzi-lo a praticar; 
Artigo 28, da Lei nº11.343/06, trazer consigo para consumo pessoal drogas, sem 
autorização ou em desacordo com a determinação legal; 
Assim agindo o denunciado PAULO SÉRGIO REIS incorreu nas sanções do 
artigo 155, §4º, I e IV do CP, artigo 244-B do ECA, e artigo 28 da Lei nº11.343/06, 
para tanto requer: a citação do denunciado, a intimação das testemunhas do rol abaixo e 
a pronuncia do denunciado. 
 
Local, dia, mês, ano. 
 
ASSINATURA DO(A) PROMOTOR(A) DE JUSTIÇA 
 
Rol de testemunhas: 
1) ELOIR JOSEFINO, nacionalidade, estado civil, profissão, endereço; 
2) POLICIAL MILITAR 1, LOTADO EM 25º BATALHÃO MILITAR; 
3) POLICIAL MILITAR 2, LOTADO EM 25º BATALHÃO MILITAR.
 
 
 
5- PROCURAÇÃO/QUEIXA CRIME ENRICO E RODOLFO 
 
 
PROCURAÇÃO 
 
 
OUTORGANTE: ENRICO, brasileiro, solteiro, idade, engenheiro civil, portador 
do rg: ..., cpf: ..., residente e domiciliado na rua, bairro, cidade Niterói, telefone, 
email. 
OUTORGADO: ADVOGADO, inscrito na oab/xx sob o número, com escritório 
profissional situado na rua, bairro, cidade, telefone, email. 
 
PODERES E FINS: Poderes para o foro em geral, com as cláusulas “AD 
JUDICIA” e “ET EXTRA”, incluindo representação judicial e extrajudicial, 
podendo, para tanto, em qualquer instância ou tribunal, usar de todos os meios 
de recursos em direito admitidos, podendo assinar o que necessário for em Juízo, 
perante autoridade policial, juntar documentos, arrolar testemunhas e inquiri-las, 
levantar suspeição de quem for usar dos poderes “ad judicia”, acordar, desistir 
e transigir, podendo, ainda, substabelecer esta a outrem, com ou sem reserva 
de iguais poderes, permitindo-lhe à realização de todos os atos necessários ao 
fiel e cabal desempenho deste mandato, agindo em conjunto ou separadamente, 
dando tudo por bom, firme e valioso, e, especificamente neste ato, com fulcro 
do art. 44 do Código de Processo Penal, conceder PODERES ESPECIAIS 
PARA INGRESSAR EM JUÍZO COM QUEIXA CRIME contra HELENA, ora 
querelada, que no dia 19 de abril de 2014, publicou em uma rede social, com o 
intuito de OFENDER o querelante, com o seguinte comentário: “NÃO SEI O 
MOTIVO DA COMEMORAÇÃO, JÁ QUE HENRICO NÃO PASSA DE UM 
IDIOTA, BÊBADO, IRRESPONSÁVEL E SEM VERGONHA!”, e com o propósito 
de prejudicar o querelante perante seus colegas de trabalho e manchar sua 
reputação acrescentou, ainda, “ELE TRABALHA TODO DIA EMBRIAGADO! NO 
DIA 10 DO MÊS PASSADO, ELE CAMBALEAVA BÊBADO PELAS RUAS DO 
RIO, INCLUSIVE, ESTAVA TÃO BÊBADO NO HORÁRIO DO EXPEDIÊNTE 
QUE A EMPRESA EM QUE TRABALHA TEVE QUE CHAMAR UMA 
 
 
 
AMBULÂNCIA PARA SOCORRÊ-LO!”. 
Portanto, a querelada o ofendeu com o tipo penal dos artigos 139 e 140 do código 
Penal, tendo assim, praticado os crimes de DIFAMAÇÃO E INJÚRIA. 
 
Niterói, xx de xxx de xxx. 
 
 
ASSINATURA OUTORGANTE 
 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 
 VARA DO JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA COMARCA DE 
NITERÓI – RIO DE JANEIRO 
 
 
ENRICO, brasileiro, estado civil, idade, 
engenheiro civil, RG, CPF residente e 
domiciliado na rua, bairro, cidade Niterói/RJ, 
telefone, e-mail, neste ato, representado por 
seu advogado infra constituído conforme 
procuração anexa, respeitando o art.44 do 
CPP, com base no Termo Circunstanciado nº 
Xxx, vem, respeitosamente à presença de 
Vossa Excelência, oferecer QUEIXA CRIME 
art.30 do CPP CONTRA: 
HELENA, nacionalidade, estado civil, idade, 
profissão, RG, CPF, residente e domiciada na 
rua, bairro, cidade Niterói/RJ, telefone, email, 
pela prática dos seguintes fatos delituosos: 
 
 
 
 
 
 
 
I - DOS FATOS 
No dia 19 de abril de 2014, pela manhã, o querelante que utiliza 
constantemente as ferramentas da internet para contatos profissionais e lazer, 
comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião com parentes e 
amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói-
RJ., então resolveu enviar por meio de rede social, publicando postagem alusiva 
a comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. 
A querelada, vizinha e ex-namorada do querelante, publicou na rede 
social uma mensagem no perfil pessoal deste, com o intuito de OFENDÊ-LO, 
com o seguinte comentário: “NÃO SEI O MOTIVO DA COMEMORAÇÃO, JÁ 
QUE HENRICO NÃO PASSA DE UM IDIOTA, BÊBADO, IRRESPONSÁVEL E 
SEM VERGONHA!”, e com o propósito de prejudicar o querelante perante seus 
colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ELE 
TRABALHA TODO DIA EMBRIAGADO! NO DIA 10 DO MÊS PASSADO, ELE 
CAMBALEAVA BÊBADO PELAS RUAS DO RIO, INCLUSIVE, ESTAVA TÃO 
BÊBADO NO HORÁRIO DO EXPEDIÊNTE QUE A EMPRESA EM QUE 
TRABALHA TEVE QUE CHAMAR UMA AMBULÂNCIA PARA SOCORRÊ- 
LO!”. 
O querelante que estava em sua residência, conectado as redes 
sociais, recebeu e visualizou a mensagem da querelada com os comentários 
ofensivos da querelada em seu perfil pessoal, onde ficou mortificado, pois não 
sabia o que dizer aos seus amigos Carlos, Miguel e Ramires, que estavam ao 
seu lado naquele instante. Muito envergonhado, assim tentando disfarçar o 
constrangimento sofrido, deixou de realizar a festa comemorativa ao seu 
aniversário. 
 
II - DO DIREITO 
 
Art.139, do CP, - “Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua 
reputação”, quando difamou escrevendo “NÃO SEI O MOTIVO DA 
COMEMORAÇÃO, JÁ QUE HENRICO NÃO PASSA DE UM IDIOTA, BÊBADO, 
IRRESPONSÁVEL E SEM VERGONHA!”; 
Art. 140, do CP, - “Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o 
 
 
 
decoro”, quando injuriou dizendo “ELE TRABALHA TODO DIA 
EMBRIAGADO! NO DIA 10 DO MÊS PASSADO, ELE CAMBALEAVA BÊBADO 
PELAS RUAS DO RIO, INCLUSIVE, ESTAVA TÃO BÊBADO NO HORÁRIO DO 
EXPEDIÊNTE QUE A EMPRESA EM QUE TRABALHA TEVE QUE CHAMAR 
UMA AMBULÂNCIA PARA SOCORRÊ-LO!”. 
 
III - DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, nos termos fáticos e legais, pede, 
encarecidamente, a Vossa Excelência, que seja recebida e autuada a 
presente queixa-crime, julgando-se ao final, totalmente procedenteos pedidos 
formulados na inicial acusatória, para o fim de condenar a querelada HELENA, 
nas sanções dos artigos 139 e 140 ambos do Código Penal, bem como ao 
pagamento de honorários advocatícios e custas processuais, por ser medida 
de DIREITO E DE JUSTIÇA. 
Ainda, requer: 
A) A tramitação do feito no procedimento sumário (art.531 a 538, do 
CPP), nos termos do artigo 394, III, do CPP; 
B) A citação do querelado, para que apresente resposta por escrito, 
no prazo de 10 (dez) dias, bem como para que acompanhe os 
demais termos do processo; 
C) A designação de audiência de instrução e julgamento, nos 
termos do artigo 400 do CPP; 
D) A produção de todas as provas admissíveis em direito, em especial 
a tomada das declarações da querelada, bem como a oitiva das 
testemunhas abaixo arroladas, o que desde já, pugna para serem 
intimadas a comparecer em juízo; 
E) A fixação de valor mínimo para a reparação civil dos danos 
causados, Art. 387, IV, do CPP; 
F) A manifestação do Ministério Público. 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
 
 
 
 
 
Niterói/RJ, xx de xx de xxxx. 
 
 
Advogado, 
OAB/nº 
 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
 
1. CARLOS, nacionalidade, estado civil, idade, profissão, RG, CPF, 
residente e domiciliado na rua, bairro, cidade; 
2. MIGUEL, nacionalidade, estado civil, idade, profissão, RG, CPF, 
residente e domiciliado na rua, bairro, cidade; 
3. RAMIRES, nacionalidade, estado civil, idade, profissão, RG, CPF, 
residente e domiciliado na rua, bairro, cidade.
 
 
 
PROCURAÇÃO 
 
 
OUTORGANTE: RODOLFO T., brasileiro, divorciado, 57 anos de idade, 
administrador de empresas, RG, CPF, residente e domiciliado na rua bairro, 
cidade, telefone, email. 
OUTORGADO: ADVOGADO, inscrito na oab/xx sob o número,com escritório 
profissional situado na rua, bairro, cidade, telefon, email. 
 
PODERES E FINS: Poderes para o foro em geral, com as cláusulas “AD 
JUDICIA” e “ET EXTRA”, incluindo representação judicial e extrajudicial, 
podendo, para tanto, em qualquer instância ou tribunal, usar de todos os meios 
de recursos em direito admitidos, podendo assinar o que necessário for em 
Juízo, perante autoridade policial, juntar documentos, arrolar testemunhas e 
inquiri-las, levantar suspeição de quem for usar dos poderes “ad judicia”, 
acordar, desistir e transigir, podendo, ainda, substabelecer esta em outrem, 
com ou sem reserva de iguais poderes, permitindo-lhe à realização de todos os 
atos necessários ao fiel e cabal desempenho deste mandato, agindo em 
conjunto ou separadamente, dando tudo por bom, firme e valioso, e, 
especificamente neste ato, com fulcro do art. 44 do Código de Processo 
Penal, conceder PODERES ESPECIAIS PARA INGRESSAR EM JUÍZO COM 
QUEIXA CRIME contra os QUERELADOS CLOVIS V. E TEODORO S., 
porque na data de 07 de janeiro de 2010, por volta das 21:30hs, no canal de 
televisão VX e publicado em seu blog de comentários esportivos na internet 
endereço eletrônico www.clovisv.futebol.xx e no jornal impresso de circulação 
nacional em 08 de janeiro de 2010, declarações de que o querelante “HAVIA 
ROUBADO E SE APROPRIADO INDEVIDAMENTE”, de 5 milhões 
pertencentes ao LX F.C., que teria gasto parte de tal fortuna “COM FESTAS, 
BEBIDAS, DROGAS E PROSTITUTAS”, na data de 13 de janeiro de 2010 em 
seu blog pessoal na internet, prosseguiu com ofensas de que o querelante seria 
“UM BURRO DE CAPACIDADE INTELECTUAL INFERIOR A DE UMA 
BARATA” e, por isso, “TERIA LEVADO O CLUBE A FALÊNCIA”, porém estava 
“COM OS BOLSOS CHEIOS DE DINHEIRO DO CLUBE E DOS 
http://www.clovisv.futebol.xx/
 
 
 
TORCEDORES”, no dia 15 de janeiro de 2010 na última edição do blog, afirmou 
que “o dirigente do clube está tão decadente que passou a sair com homens, 
por isso, a mulher o deixou”, portanto, os querelados ofenderam com o tipo 
penal dos artigos 138, 139, 140 e 141, III, todos do Código Penal Brasileiro, 
tendo assim praticado os crimes de CALÚNIA, DIFAMAÇÃO, INJÚRIA NA 
PRESENÇA DE VÁRIAS PESSOAS. 
 
 
São Paulo, xx, de xx, de xxxx. 
 
 
ASSINATURA OUTORGANTE 
 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 
 VARA CRIMINAL COMUM DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP. 
 
 
RODOLFO T., brasileiro, divorciado, 57 anos 
de idade, administrador de empresas, RG, 
CPF, residente e domiciliado na rua, bairro, 
cidade, telefone, email, neste ato, representado 
por seu advogado infra constituído com 
procuração anexa, respeitando o art.44 do 
CPP, com base no Inquérito Policial nº xxx, 
vem, respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, oferecer QUEIXA CRIME nos 
termos do art.30 do CPP CONTRA: 
CLOVIS V., brasileiro, solteiro, 38 anos, 
jornalista, RG, CPF, residente e domiciliado na 
rua, bairro, cidade e 
TEODORO, brasileiro, casado, 60 anos, 
 
 
jornalista, redidente e domiciliado na rua, 
bairro, cidade, pela prática dos seguintes fatos 
delituosos: 
 
 
I - DOS FATOS 
Na data de 07 de janeiro de 2010, por volta das 21:30hs, no canal de 
televisão VX e publicado em seu blog de comentários esportivos na internet 
endereço eletrônico www.clovisv.futebol.xx e no jornal impresso de circulação 
nacional em 08 de janeiro de 2010, o querelado CLOVIS, deu declarações de 
que o querelante “HAVIA ROUBADO E SE APROPRIADO INDEVIDAMENTE”, 
de 5 milhões pertencentes ao LX F.C., que teria gasto parte de tal fortuna “COM 
FESTAS, BEBIDAS, DROGAS E PROSTITUTAS”. 
No dia 13 de janeiro de 2010 em seu blog pessoal na internet, 
prosseguiu com ofensas de que o querelante seria “UM BURRO DE 
CAPACIDADE INTELECTUAL INFERIOR A DE UMA BARATA” e, por isso, 
“TERIA LEVADO O CLUBE A FALÊNCIA”, porém estava “COM OS 
BOLSOS CHEIOS DE DINHEIRO DO CLUBE E DOS TORCEDORES”, no dia 
15 de janeiro de 2010 na ultima edição do blog, afirmou que “O DIRIGENTE 
DO CLUBE ESTÁ TÃO DECADENTE QUE PASSOU A SAIR COM HOMENS, 
POR ISSO, A MULHER O DEIXOU”. 
Destaca-se que o canal de televisão VX e o jornal Notícias do Futebol 
de circulação nacional, pertencem ao mesmo grupo econômico e têm como 
diretor-geral e redator-chefe o querelado TEODORO, onde sabe-se que todas 
as notícias foram veiculadas por ordem direta e expressa deste. 
Entre os documentos coletados pelo querelante e pelo escritório 
deste advogado, encontra-se a gravação em DVD, do programa de televisão, 
com dia e hora em que foi veiculado (anexo fls xx), bem como a edição do jornal 
impresso em que foi difundida a matéria sobre o assunto (anexo fls xx), além 
de cópias de páginas e registros extraídos (anexo fls xx), com ofensas 
perpetradas pelo jornalista, ora querelado CLOVIS. 
 
 
http://www.clovisv.futebol.xx/
 
 
 
II - DO DIREITO 
 
Art. 138, §1º do CP, 2x - “Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente 
fato definido como crime. § 1º Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a 
imputação, a propala ou divulga”, quando caluniou o querelante afirmando 
“HAVIA ROUBADO E SE APROPRIADO INDEVIDAMENTE”; 
Art.139, do CP, - “Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua 
reputação”, quando difamou dizendo “COM FESTAS, BEBIDAS, DROGAS E 
PROSTITUTAS” e “TERIA LEVADO O CLUBE A FALÊNCIA”, porém estava 
“COM OS BOLSOS CHEIOS DE DINHEIRO DO CLUBE E DOS 
TORCEDORES. 
Art. 140, do CP, 2x - “Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou 
o decoro”, quando injuriou dizendo “UM BURRO DE CAPACIDADE 
INTELECTUAL INFERIOR A DE UMA BARATA” e “O DIRIGENTE DO CLUBE 
ESTÁ TÃO DECADENTE QUE PASSOU A SAIR COM HOMENS, POR ISSO, 
A MULHER O DEIXOU”. 
Art. 141, III, do CP, - “As penas cominadas neste artigo Capítulo 
aumentam- se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: III – na 
presença de várias pessoas ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, 
da difamação ou da injúria.”. Além de praticar os crimes contra honra, o fizeram 
por intermédio de rede social de grande abrangência, o que facilitou a 
divulgação das ofensas. 
Art. 69, do CP, - “Quando o agente, mediante mais de uma ação ouomissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se 
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No 
caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se 
primeiro aquela.” 
 
III - DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, nos termos fáticos e legais, pede, 
encarecidamente, a Vossa Excelência, que seja recebida e autuada a 
 
 
 
presente queixa-crime, julgando-se ao final, totalmente procedente os pedidos 
formulados na inicial acusatória, para o fim de condenar os querelados CLOVIS 
E TEODORO, nas sanções dos artigos 138, §1º, 139, 140 e 141, III, todos do 
Código Penal, bem como ao pagamento de honorários advocatícios e custas 
processuais, por ser medida de DIREITO E DE JUSTIÇA. 
Ainda, requer: 
A) A tramitação do feito no procedimento sumário (art.531 a 538, do 
CPP), nos termos do artigo 394, III, do CPP; 
B) A citação dos querelados, para que apresentem resposta por 
escrito, no prazo de 10 (dez) dias, bem como para que 
acompanhem os demais termos do processo; 
C) A designação de audiência de instrução e julgamento, nos termos 
do artigo 400 do CPP; 
D) A produção de todas as provas admissíveis em direito, em especial 
a tomada das declarações dos querelados; 
E) A manifestação do Ministério Público; 
F) A condenação dos querelados ao pagamento das custas e 
demais despesas processuais; 
G) A fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do art. 387, 
IV do CP. Nestes termos, pede e espera deferimento. 
 
São Paulo, xx de xx de xxxx. 
 
 
Advogado, 
OAB/ nº... 
 
 
 
6- RESPOSTA A ACUSAÇÃO – CASO PATRICK 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA (...) VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE ARARUAMA/RJ 
 
 
Processo nº ... 
 
 
PATRICK, já qualificado nos autos da Ação 
Penal, através de seu representante que a esta 
subscreve, no uso de suas atribuições legais, 
vem, perante Vossa Excelência, propor a 
presente RESPOSTA À ACUSAÇÃO com 
base nos artigos 396 e 396-A, ambos do 
Código de Processo Penal, pelos fatos e 
fundamentos expostos abaixo: 
 
 
I – DOS FATOS 
 
Patrick foi denunciado pela tentativa de lesão corporal de natureza 
grave decorrente da perda ou inutilização do membro, sentido ou função, pois 
no dia 05 de março de 2017 ele tentou defender sua sobrinha Natália, 18 anos, 
que estava sendo agredida pelo seu namorado, Lauro. 
Na tentativa de cessar a injusta agressão, após gritar para que Lauro 
parasse de agredir Natália, Patrick sacou sua arma de fogo e tentou efetuar 
disparos em Lauro. A arma possui registro e Patrick possui autorização para tal 
posse. 
Contudo, por razões alheias à sua vontade, a arma falhou em realizar 
os disparos. A falha no funcionamento da arma, entretanto, teve um 
desdobramento inesperado, levando Lauro a fugir do local e se dirigir 
 
 
diretamente à Delegacia de Polícia para prestar depoimento sobre o incidente. 
 
Diante dos fatos, Patrick restou denunciado, sendo procurado em sua 
residência, uma única vez, pelo Oficial de Justiça para a citação, o qual 
consignou que o réu tentou frustrar tal fato, sendo citado por hora certa para 
apresentar resposta à acusação no prazo legal. 
 
II – DAS PRELIMINARES 
 
II.I Nulidade da citação 
 
Conforme depreende-se dos autos, houve a tentativa de citação do 
réu em sua casa pelo Oficial de Justiça, que, não o encontrando, agiu conforme 
o Artigo 362 do Código de Processo Penal, citando-o por hora certa. 
Ocorre que tal citação não é cabível, pois houve apenas uma única 
tentativa de localizar o réu em sua residência, não esgotando, dessa forma, 
todos os meios para citá-lo, manifestando assim a nulidade do ato citatório. 
Assim, o acusado restou prejudicado no seu direito de ampla defesa, 
pois não teve tempo hábil para contatar seu advogado de defesa para narrar 
os fatos de forma integral, estando afastado de sua residência por motivos 
profissionais. 
 
 
III – DO DIREITO 
 
Nos fatos narrados percebe-se que Patrick utilizou de arma de fogo 
para cessar injusta agressão provocada por Lauro. Ocorre que tal meio 
empregado pelo acusado estava absolutamente incapaz de efetuar os disparos, 
conforme laudo pericial anexo. 
Logo, com fulcro no Artigo 17 do Código Penal, não se pune a 
tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta 
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime, devendo o réu ser 
absolvido sumariamente com fulcro no artigo 397, inciso III do Código de 
Processo Penal. 
 
 
 
Não obstante, caso o entendimento deste Juízo seja diferente, deverá 
ser declarada em favor do réu a excludente de ilicitude de legítima defesa, que 
encontra respaldo jurídico no Artigo 25 do Código Penal, conforme abaixo: 
 
“Art. 25 - Entende-se em legítima defesa 
quem, usando moderadamente dos meios 
necessários, repele injusta agressão, atual ou 
iminente, a direito seu ou de outrem. 
 
No caso em tela, é cristalino o fato de que o objetivo primordial de 
Patrick era repelir a injusta agressão de terceiro, cuja vítima era sua sobrinha, 
Natália. Porém, a única alternativa para cessar os atos de Lauro foi fazendo o 
uso de sua arma de fogo, pois Patrick possuía 57 anos na data dos fatos, além 
de estar se recuperando de um acidente de trânsito que sofrera recentemente. 
Ademais, a tentativa de advertência verbal para que Lauro parasse não logrou 
êxito. 
Assim relatado, tem-se caracterizada a legitima defesa de outrem, 
devendo, amparado pela excludente de ilicitude, ser absolvido sumariamente, 
nos termos do art. 397, inciso I do CPP. 
 
IV– DOS PEDIDOS 
 
Ante todo o exposto, pede e requer: 
A) A anulação do processo em razão da nulidade da citação, vez 
que o Sr. Oficial de Justiça não esgotou os meios de procura para 
citar o réu; 
B) Subsidiariamente, requer-se a absolvição sumária do réu, com 
fulcro no art. 397, incisos I e III do CPP; 
C) Por fim, pugna pela apresentação do rol de testemunhas. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
Araruama, dia, mês e ano. 
 
 
 
 
ADVOGADO 
OAB/..., Nº... 
 
 
Testemunhas: 
 
1) Natália, brasileira, CPF, RG, endereço; 
2) Maria, brasileira, CPF, RG, endereço; 
3) José, brasileiro, CPF, RG, endereço.
 
 
 
7- MEMORIAIS DE DEFESA- CASO ROBERTA 
 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE MANAUS/AM 
 
PROCESSO Nº... 
 
 
ROBERTA, já qualificada nos autos do 
processo, através de seus procuradores ao 
final subscritos, vem respeitosamente à 
presença de V. Exa., nos termos do art.403, 
§3º do Código de Processo Penal, apresentar: 
MEMORIAIS, pelas razões de fato e direito 
a seguir expostas: 
 
 
I - DAS PREMILIMINARES 
 
Primeiramente, requer-se a nulidade dos atos processuais 
ocorridos durante a instrução probatória, considerando a ausência de oferta 
de proprosta de suspensão condicional do processo. 
 Conforme o artigo 89 da Lei nº9.099/95, caberá ao Ministério Público 
oferecer proposta de suspensão condicional do processo, nos termos dos 
art.564, IV, do CPP, quando a pena mínima cominada ao delito for de até 01 
ano, abrangidos ou não por esta Lei, preenchidos os demais requisitos legais, 
dentre os quais se destacam primariedade e a presença dos requisitos do Art.77 
do Código penal. 
Tem-se também a necessidade de rejeição liminar da peça acusatória 
em virtude da ausência de interesse de ação, nos termos do art.395, II, do CPP. 
 
 
 
 
 
II – DOS FATOS 
A acusada frequentava um curso preparatório para concursos na 
cidade de Manaus/AM. No dia 23 de fevereiro de 2016, ao final da aula 
resolveu comprar um café na cantina do então estabelecimento, tendo deixado 
seu notebook carregando na tomada. Ao retornar, retirou um notebook da 
tomada e foi para sua residência. Ao chegar em casa, foi informada de que foi 
realizado registro de ocorrência na delegacia em seu desfavor, visto que as 
câmeras de segurança da salade aula captaram o momento em que subtraiu 
o notebook da autora, sua colega de classe, que havia colocado seu 
computador para carregar em substituição ao da ré, o qual estava ao lado. 
No dia seguinte, antes mesmo de qualquer busca e apreensão do 
bem ou atitude da autoridade policial, a ré restituiu a coisa subtraída. Roberta 
foi indiciada pelo crime de furto simples, tipificado no art.155, caput, do Código 
Penal. Durante a instrução, foi ouvida a autora que confirmou ter deixado seu 
notebook acoplado a tomada, mas que a ré o subtraíra, somente havendo 
restituição do bem com a descoberta dos agentes da lei. Também foram 
ouvidos os funcionários do curso preparatório, que disseram ter identificado a 
autoria a partir das câmeras de segurança. 
Juntada a folha de antecedentes criminais da ré sem qualquer outra 
anotação, o laudo de avaliação do bem subtraído que constatou seu valor de 
R$3.000,00 (três mil reais), e o CD com as imagens captadas pela câmera de 
segurança. 
 
 
III – DO MÉRITO 
III.I) Erro de Tipo, nos termos do caput do art. 20 do CP. 
Notoriamente a acusada subtraiu o computador de outra pessoa 
acreditando estar pegando algo que efetivamente lhe pertence. 
Nesta modalidade de erro, o agente pratica uma determinada conduta 
por entender equivocadamente que esta não caracterizaria nenhum tipo de 
infração penal, estando perfeitamente de acordo com os objetivos primários da 
norma no que tange a proteção dos bens jurídicos. Ou seja, o agente pratica 
uma conduta por acreditar sinceramente que seus atos não configuram nenhum 
 
 
tipo de crime ou contravenção, quando de fato estes atos correspondem a uma 
definição normativa típica. 
O erro de tipo essencial se subdivide em duas modalidades: evitável 
e inevitável. Contudo, em ambos os casos, o dolo estará eliminado. 
Como o crime imputado pelo MP a acusada foi de furto, nos termos 
do art.155 do CP, que só admite elemento subjetivo do dolo, o qual requer a 
intensão e consciência de cometer o ato, em qualquer situação, sendo 
reconhecido o erro de tipo, o crime estará excluído. 
 
III.II) Oferecimento de suspensão condicional 
O sursis processual é aplicável ainda que o crime não seja 
considerado de menor potencial ofensivo, e não esteja submetido a alçada de 
competência do JECRIM, bastando que sua pena mínima seja igual ou inferior 
a 01 e que os demais requisitos presentes no art.89 da lei 9.099/95 estejam 
presentes no caso concreto, o que de fato se manifesta. 
 
III.III) Do reconhecimento do Arrepednimento Posterior 
Há a possibilidade de reconhecimento do arrependimento posterior, 
nos termos do art.16 do CP, visto que a imputação constante na denuncia 
refere- se a um crime praticado sem violência ou grave ameaça e que a 
acusada, por sua voluntariedade, restituiu o bem a pretensa vítima, antes do 
recebimento da denúncia, sem que este estivesse gravado de qualquer ônus ou 
dano. Assim cabe a redução de pena de 1/3 a 2/3. 
 
III.IV) Atenuante Genérica 
Na determinação da pena intermediaria, deveria ser solicitado o 
reconhecimento da atenuante da confissão espontânea, prevista no art.65, 
inciso III, alínea d, do Código Penal, assim como da menoridade relativa, uma 
vez que Roberta era menor de 21 anos na data dos fatos, conforme o art. 65, 
inciso I, do CP. 
O reconhecimento das atenuantes da reparação espontânea do bem 
e da confissão espontânea, nos termos do art.65, III, b e d do Código Penal, 
visto que no dia seguinte a data da pretensa subtração, ao perceber o equivoco, 
a acusada procurou de forma voluntaria e espontânea a pretensa vítima e 
devolveu o bem, além de ter confirmado a prática de todos os atos perante a 
 
 
autoridade, indicando seu equivoco. 
Em caso de aplicação de pena privativa de liberdade, deveria ser 
requerida a substituição desta por restritiva de direitos, pois preenchidos os 
requisitos do art.44 do Código penal. 
O regime inicial de cumprimento da pena a ser buscado é o 
aberto. Possibilidade de inicio da pena em regime aberto, por estarem satisfeito 
os requisitos constantes a o teor do art.33, paragrafo 20, c, do Código Penal. 
 
 
IV – DOS PEDIDOS 
 
Ante o exposto, requer Vossa Excelência digne-se de: 
a) Nulidade da instrução em decorrência da nulidade por omissão de 
formalidade essencial ao ato, nos termos do artigo 564, inciso IV do 
CPP, com oferecimento de proposta de suspensão condicional do 
processo nos termos do artigo 89 da lei 9.099/95; 
b) Absolvição do crime de furto, na forma do art.289, inciso III, do CPP em 
decorrência da manifestação de erro de tipo; 
c) Aplicação da pena base no mínimo legal, por serem favorável todas as 
circunstâncias do artigo 59, do CP; 
d) Reconhecimento das atenuantes da menoridade relativa, pelo fato de 
ser a acusada menor de 21 anos a época do fato, conforma at.65, I; da 
voluntaria do bem do bem e confissão espontânea, conforme o art. 65, 
III, b e d do CP; 
e) Aplicação da causa de diminuição do arrependimento posterior 
conforme art.16 do CP; 
f) Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos nos 
termos do art.44 do CP. Não entendendo Vossa Excelência pela 
possibilidade de substituição da PPL por PRD na situação analisada, 
que seja decretada a suspensão condicional da pena, nos termos do 
art.77 do CP; 
g) Aplicação do regime aberto, nos termos do art.33, paragrafo 2º, c do 
CP pela necessidade de efetivo cumprimento da pena privativa de 
liberdade. 
 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local, dia, mês, ano. 
 
ADVOGADO, OAB/Nº 
 
8 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO – CASO JERUSA 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA 
CRIMINAL DO TRIBUNAL DO JURI DA COMARCA DE XXXX 
 
 
 
 
JERUSA, já qualificada nos autos em epígrafe, 
através de seu advogado infra-assinado, com 
procuração anexa, vem, respeitosamente, à 
presença de Vossa Excelência, por não se 
conformar com a decisão de fls xx, interpor o 
presente RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, 
nos termos do art. 581, IV, do Código de 
Processo Penal: 
 
Neste ensejo, requer seja recebido o recurso e procedido o juízo 
de retratação, nos termos do art. 589, do Código de Processo Penal. 
Se mantida a decisão, requer seja o recurso encaminhado ao 
Tribunal de Justiça, com as razões já inclusas, para o seu devido 
processamento. 
 
 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local, dia, mês, ano. 
 
ADVOGADO 
OAB/nº 
 
 
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
PROCESSO n° (...) 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE (...) COLENDA 
CÂMARA CRIMINAL 
 
 
RECORRENTE: Jerusa 
RECORRIDO: Ministério Público 
 
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
 
 
I - DOS FATOS 
Jerusa trafegava com seu veículo em uma via de mão dupla. Atrasada 
para um compromisso, mas ainda assim dirigindo nos limites da velocidade 
permitida, ela decidiu ultrapassar o carro à sua frente, o qual estava abaixo da 
velocidade. No entanto, ao realizar a manobra, a ré não ligou a seta de 
sinalização e veio atingir o motociclista Diogo, que estava em alta velocidade 
com sua moto no sentido oposto da via. 
A própria Jerusa chamou socorro a fim de ajudar a vítima, mas Diogo 
faleceu em virtude dos ferimentos causados pela colisão. 
 
 
 
O Ministério Público ofereceu denúncia contra Jerusa, imputando-lhe 
a prática de homicídio doloso simples, na modalidade dolo eventual (Art. 121 
c/c Art. 18, I parte final, ambos do Código Penal). 
O órgão ministerial argumentou a imprevisão de Jerusa acerca do 
resultado que poderia causar ao não ligar a seta para realizar a ultrapassagem, 
além de não atentar para o trânsito em sentido contrário. 
A denúncia foi recebida pelo juiz de 1º grau, e finda a instrução 
probatória, o juiz decidiu pronunciar a ré pelo delito de homicídio simples, na 
modalidade dolo eventual. 
 
 
II - DO DIREITO 
II.I) Do mérito 
Nobres julgadores, de acordo com os autos em momentonenhum está 
evidenciado que a ré assumiu o risco de provocar a morte da vítima, sendo que conduzia 
seu veículo dentro dos limites da velocidade imposta à via. 
Ela estava preocupada pelo atraso diante de um importante compromisso 
profissional, e por um lapso, mas ainda dentro dos limites de velocidade, esqueceu de 
ligar a seta sinalizadora, o que poderia ter evitado o acidente. Some-se o fato também 
que a vítima conduzia a sua motocicleta em alta velocidade. 
O dolo eventual se configura quando o agente prevê o resultado, mas ainda 
assim assume o risco de provocá-lo. Tal hipótese não se adéqua a conduta da 
recorrente. Ela agiu com imprudência, sem o devido cuidado na ação, o que caracteriza 
culpa em sua conduta comissiva. 
Imperioso, pois, que o delito de homicídio doloso seja desclassificado, nos 
termos do art. 419, do Código de Processo Penal, para homicídio culposo na direção de 
veículo automotor, previsto no caput do art. 302, do Código de Trânsito Brasileiro, sem 
incidir a causa de aumento de pena prevista no inciso III do referido artigo, pois provado 
está nos autos que Jerusa prestou socorro à vítima. Com efeito, o Tribunal do Júri não é 
competente para o julgamento do feito. 
 
 
 
 
III – DOS PEDIDOS 
Ante o exposto requer que o recurso seja conhecido e provido, e que 
a decisão do juízo a quo seja REFORMADA a fim de que o delito seja 
desclassificado, nos termos do art. 419 do CP, de forma que a recorrida 
resposta pelo delito de homicídio culposo na direção de veículo automotor, 
previsto no art. 302 do CTB, e os autos sejam remetidos para o juízo 
competente. 
Nestes termos, pede deferimento, 
 
Local, dia, mês e ano 
 
ADVOGADO 
OAB/nº 
 
9- AGRAVO DE EXECUÇÃO – CASO LUCAS 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE 
EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG 
 
PROCESSO n° (...) 
 
 
LUCAS, já qualificado nos autos do processo 
em epígrafe, por intermédio de seu procurador 
signatário, vem, respeitosamente, à presença 
de Vossa Excelência, inconformado com a r. 
sentença, interpor AGRAVO EM EXECUÇÃO 
com fulcro no art. 197, da Lei 7.210/84, em face 
da respeitável decisão que indeferiu o pedido 
de progressão de regime. 
 
 
 
 
 
Requer, portanto, seja recebido o presente Recurso com as Razões 
ora acostadas, com a possibilidade de retratação, caso seja esse Vosso 
entendimento, forte no artigo 589 do CPP. Outrora, caso não seja esse 
entendimento, requer-se que Vossa Excelência conheça e admita este recurso, 
com sua consequente remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de 
Minas Gerais para seu devido processamento e que, ao final, tenha provimento. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
Belo Horizonte, xx de xx de xxxx. 
 
 
ADVOGADO 
OAB/nº 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
 
PROCESSO n° (...) 
 
AGRAVANTE: LUCAS 
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
COLENDA CÂMARA CRIMINAL, 
EMINENTES JULGADORES, 
 
RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
I - DOS FATOS: 
O agravante restou condenado pela prática do delito capitulado no 
artigo 35 da Lei 11.343/06 à pena de 06 (seis) anos de reclusão em regime 
inicialmente semiaberto. No mês subsequente, durante o cumprimento da pena, 
sofreu nova condenação definitiva pela prática do crime previsto no artigo 147, 
CP, sendo lhe aplicada pena de multa, motivo pelo qual não houve regressão de 
regime. O referido crime de ameaça ocorrera anteriormente ao de associação. 
Após o cumprimento de um ano da pena fixada pelo crime de 
associação, a defensoria pública, na defesa do agravante, apresentou 
requerimento de progressão de regime sob o argumento de que o apenado não 
sofreu sanção disciplinar. Ocorre que o r. Magistrado indeferiu o pedido de 
progressão de regime arguindo que: o crime de associação ao tráfico é hediondo 
e que inclusive o livramento condicional somente poderá ser deferido após o 
cumprimento de 2/3 da pena aplicada; que o apenado é reincidente em razão da 
prática do crime de ameaça; e que deve cumprir 3/5 da pena aplicada; e alegou 
57 a imprescindibilidade do exame criminológico, relativamente à gravidade do 
crime previsto no artigo 35 da Lei 11.343/06. 
 
II - DO DIREITO: 
A r. sentença, contudo, merece reforma dado que, concessa magna 
venia, o magistrado não agiu com total acerto. Isto por que se percebe equívocos 
na respeitável sentença exarada pelo nobre magistrado. Senão vejamos: 
 
II.I) Da não hediondez do crime do art. 35 da lei 11.343/06: 
O inciso XLIII do artigo 5º da Constituição Federal/1988, equipara 
os crimes de tortura, tráfico ilício de entorpecentes e drogas e o terrorismo aos 
hediondos, regulamentada na lei n.º 8.072/1990, onde consta o rol taxativo 
dos seus crimes. O Art.2º da Lei de Crimes Hediondos, repete o inciso XLIII 
do art. 5º da CF/88, nesses termos: 
CF/88- Art. 5º [...] XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
 
 
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes 
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, 
podendo evitá-los, se omitirem; 
Lei n.º 8072/90. Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis 
de: I - anistia, graça e indulto; II - fiança. 
Neste sentido, o Superior Tribunal de Justiça se manifestou e 
encerrou a discussão sobre a hediondez do crime ao decidir que o crime de 
associação para o tráfico de entorpecentes (art. 35 da Lei n. 11. 343/2006) não 
figura no rol taxativo de crimes hediondos ou de delitos a eles equiparados. 
Portanto, basta, o cumprimento de 1/6 da pena aplicada para que 
seja concedido o benefício da progressão, nos termos do artigo 112 da LEP. 
II.II) Da não reincidência: 
 
De acordo com a r. decisão o Magistrado entendeu que o agravante 
era reincidente por haver cometido crime de ameaça. Ocorre que o momento 
do cometimento do crime de ameaça foi antes da sentença que o condenou 
pela prática do crime de associação para o tráfico. 
Conforme previsão do art. 63 do Código Penal, a reincidência 
ocorre quando o agente comete novo crime após o trânsito em julgado de 
sentença condenatória de crime anterior. Nesses termos: Art. 63, CP: Verifica-
se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em 
julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por 
crime anterior. 
Logo, percebe-se que o caso em comento não se trata de 
reincidência, dado que não se verifica as circunstâncias do artigo 63 do Código 
Penal ao passo que a apesar de a condenação pelo crime de ameaça ser 
posterior, o cometimento do crime foi anterior à sentença do crime de 
associação. 
Portanto, demonstra-se evidente o preenchimento dos requisitos 
para a progressão de regime em razão do cumprimento de 1/6 da pena. 
 
 
 
 
 
II.III) Da desnecessidade do exame criminológico: 
O doutor juiz a quo ateve-se à suposta gravidade do delito para arguir 
a necessidade de realização de exame criminológico, porém, a gravidade do 
delito cometido não justifica a necessidade de realização de exame 
criminológico para concessão de progressão de regime. 
Ocorre que a fundamentação apresentada pelo magistrado não foi 
idônea, pois considerou a natureza em abstrato do delito e não em concreto. 
Outrossim, deixou de observar a disposição da Súmula Vinculante n. 26 do STF 
e a Súmula 439 do STJ, violando-as. 
 
 
III - DOS PEDIDOS: 
 
Ante o exposto, requer seja conhecido e provido, para que seja 
concedida a progressão de regime para um menos gravoso, nos termos do 
artigo 112 da LEP. 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
Local, dia, mês e ano. 
 
 
ADVOGADO 
OAB/ nº 
 
 
 
10- RECURSO DE APELAÇÃO 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 1a VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DE xxxxxxxxPROCESSO N° xxxxxxxxxx 
 
 
TÍCIO, já qualificado nos autos do processo em 
epígrafe, por intermédio de seu procurador 
signatário, vem, respeitosamente, à presença 
de Vossa Excelência, inconformado com a R. 
sentença condenatória, tempestivamente, 
interpor RECURSO DE APELAÇÃO com base 
no artigo 593, inciso I do Código de Processo 
Penal. 
 
 
Requer, portanto, seja recebido o presente Recurso com as Razões 
ora acostadas, com a oitiva do Ministério Público Estadual, requer-se que Vossa 
Excelência conheça e admita este recurso, com sua consequente remessa ao 
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado para que, ao final, tenha provimento. 
 
 
LOCAL, DATA 
 
ADVOGADO 
OAB 
 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE (xxx) 
 
 
PROCESSO n° (...) 
 
 
APELANTE: TÍCIO 
 
APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 
 
 
COLENDA CÂMARA, EMINENTES JULGADORES 
 
 
RAZÕES DE APELAÇÃO 
 
 
I - DOS FATOS: 
O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face do apelante, 
dando-o como incurso nas sanções do artigo 157, § 2º, inciso I do Código Penal, 
por supostamente ter cometido o crime de roubo com emprego de arma de fogo. 
O apelante foi processado pela 1ª Vara Criminal da Comarca do Município X. 
 
Tício foi reconhecido pela vítima em sede policial que observou 
através de um orifício existente em uma porta. Apenas o apelante encontrava-
se no local. 
O reconhecimento não foi confirmado em juízo. 
 
Em sede processual, durante a instrução criminal, as testemunhas e 
a vítima em seus depoimentos não afirmaram terem ouvido disparo da arma de 
 
 
fogo, porém, foram categóricas ao assegurarem que o apelante portava arma. 
As testemunhas policiais afirmaram em sede processual que após 
escutarem “pega ladrão”, perceberam o apelante correndo e iniciaram 
perseguição. Relataram que durante a perseguição notaram que o réu 
dispensou um objeto em um córrego. 
O réu, durante o interrogatório, exerceu o direito constitucional de 
permanecer em silêncio. 
A suposta arma de fogo não foi apreendida. Não houve perícia. 
 
O r. juízo, levando em consideração o reconhecimento em sede 
policial, os depoimentos das testemunhas, bem como a reincidência e os maus 
antecedentes, proferiu sentença condenando o réu pela prática do delito 
tipificado no artigo 157, § 2º, inciso I do Código Penal, à pena privativa de 
liberdade de 08 (oito) anos e 06 (seis) meses de reclusão, em inicial fechado. 
 
 
II - DO DIREITO: 
 
A r. sentença, contudo, merece reforma dado que, Concessa magna 
vênia, o magistrado não ágil com total acerto. 
 
 
PRELIMINARMENTE - RECONHECIMENTO EM ESCONFORMIDADE COM 
O 226, II, CP: 
O douto juízo condenou o apelante com base em reconhecimento 
feito em sede policial em desacordo com o previsto no artigo 226 do Código de 
Processo Penal. 
O artigo é claro ao estabelecer a forma que deve ser procedido o 
reconhecimento de pessoas. Lembrando que procedimentos são formas e 
formas são garantias individuais do réu. Senão vejamos: 
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento 
de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma: 
 
 
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a 
descrever a pessoa que deva ser reconhecida; 
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se 
possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, 
convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la; 
- se houver razão para recear que a pessoa chamada para o 
reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a 
verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade 
providenciará para que esta não veja aquela; 
- do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, 
subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao 
reconhecimento e por duas testemunhas presenciais. 
 
Inclusive pelo fato de que se tratam de garantias processuais e 
constitucionais, que devem ser rigorosamente cumpridas para que o princípio 
do devido processo legal seja observado em sua integralidade. 
O reconhecimento de pessoas deve observar o procedimento 
previsto no artigo 226 do Código de Processo Penal, cujas formalidades 
constituem garantia mínima para quem se encontra na condição de suspeito 
da prática de um crime. 
Em recente julgado, o Superior Tribunal de Justiça absolveu um 
homem acusado de “tentativa de latrocínio”, devido à falha no processo de 
reconhecimento fotográfico do suspeito. Para o colegiado, o reconhecimento 
não seguiu as formalidades mínimas exigidas pelo artigo 226 do Código de 
Processo Penal. Neste sentido: 
 
 
 
 
 
 
Pelo exposto, demonstra-se imperioso o reconhecimento da nulidade 
processual, forte no artigo 564, inciso IV do Código de Processo Penal. 
 
DA INEXISTÊNCIA DE PROVA DE AUTORIA: 
 
Da leitura dos autos, depreende-se que inexistem provas concretas 
desfavoráveis ao réu, senão a produzida eivada de nulidade em sede policial, 
obtida em ofensa ao Código de Processo Penal. Não há, portanto, nos autos, 
prova da autoria do crime, o que demonstra a viabilidade da absolvição do 
apelante. 
Isto é, o que há no processo não se faz suficiente para comprovar 
a autoria do crime: houve reconhecimento do apelante em sede policial, em 
absoluta desconformidade com o que prevê o artigo 226 do Código de 
Processo Penal e, além disso, tal reconhecimento não foi confirmado em sede 
processual. 
A vítima reconheceu o acusado através do orifício de uma porta. O 
acusado estava sozinho. 
 
 
Há que se fazer valer, no caso em tela, o que dispõe o artigo 157 do 
Código de Processo Penal que determina que são inadmissíveis e devem ser 
desentranhadas as provas ilícitas. 
Logo, caso não seja o entendimento de Vossa Excelência pelo 
reconhecimento da nulidade, que haja o provimento do recurso para reformar 
a sentença no sentido de absolver o apelante por inexistência de prova de 
autoria, nos termos do artigo 386, VII do Código de Processo Penal. 
 
 
DA NÃO APREENSÃO DE ARMA DE FOGO - DA INEXISTÊNCIA DE 
PERÍCIA: 
 
Outro ponto que merece reparo na sentença guarda relação com a 
majorante de emprego de arma de fogo. 
O douto juiz a quo ateve-se aos depoimentos das testemunhas que 
alegaram que o réu portava arma de fogo e o condenou neste sentido. Ocorre 
que a referida não restou apreendida e, portanto, não houve perícia e sequer 
perícia indireta, pois as testemunhas e as vítimas não relataram terem ouvido 
disparos. 
Ou seja, mais uma vez não houve observância do Código de 
Processo Penal ao passo que o processo deixou de cumprir os procedimentos 
dos artigos 158 e 167. 
 
Logo, mais uma vez não se fez prova a respeito do emprego da 
arma de fogo, motivo pelo qual não se pode dizer sequer que houve grave 
ameaça. 
Absolutamente viável, portanto, a desclassificação do delito previsto 
no caput artigo 157, CP para o previsto no caput do artigo 155, Código Penal. 
 
 
III - DOS PEDIDOS: 
 
 
 
 
Ante o exposto, requer seja REFORMADA A DECISÃO de 1º 
grau, com provimento do presente recurso, a fim de que: 
 
 
a) Seja reconhecida a nulidade nos termos do artigo 564, inciso IV, do 
Código de Processo Penal; 
b) Subsidiariamente, seja o réu absolvido, forte no artigo 386, inciso VII 
do Código de Processo Penal; 53 
c) Ainda, caso não seja esse o entendimento de Vossas Excelências, seja 
o delito desclassificado para furto, em razão da inexistência de prova 
de grave ameaça. 
 
 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
 
Local (...) e data (...) 
 
Advogado 
 
OAB
 
 
 
11- Relatório de Audiências 1 
 
 
1. Processo nº: 0046774-90.2014.8.12.0001 
Autor: Ministério Público 
Réu: Silvio Misrael da Silva e Alex Henrique Pedro 
Vítima: Hermes Coeva 
Natureza: Homicídio Simples (Competência do Júri) 
Tipo de Audiência: Instrução e Julgamento 
Relatório: Trata-se de audiência de instrução e julgamentopela prática do 
suposto crime de homicídio, no qual o Ministério Público ofereceu a denúncia 
para dar início à Ação Penal Pública contra os acusados SILVIO MISRAEL DA 
SILVA, alcunha "buguinho," e o acusado ALEX HENRIQUE PEDRO, alcunha 
"negão," agindo com animus necandi, contra vítima Hermes Coeva. Segundo 
apurou-se, no dia dos fatos, ALEX estava discutindo com SILVIO na esquina 
do Bar do Edson, momento em que a vítima Hermes apareceu no local. 
Verificou-se que o denunciado ALEX e a vítima Hermes moravam juntos 
debaixo da ponte e momentos antes do fato haviam discutido e, por isso, Alex 
teria efetuado um golpe de faca contra Hermes, lesionando-o na mão. Em 
decorrência desse fato, a vítima Hermes, portando uma faca, foi tirar satisfação 
com Alex; no entanto, foi desarmado pelos denunciados. A vítima, ao visualizar 
que Silvio e Alex também estavam armados com facas, empreendeu fuga. 
Diante da situação, os denunciados começaram a correr atrás da vítima 
Hermes. Conforme investigações, ALEX, com auxílio de SILVIO, esfaqueou a 
vítima Hermes com a faca que havia retirado da própria vítima momento antes 
do fato, causando-lhe a morte. 
 
 
 
 
 
 
 
2. Processo nº: 0037754-41.2015.8.12.0001 
Autor: Ministério Público 
Réu: Fabiano Santa de Souza, Danilo Campos Garcia, Vitor Henrique 
Santana e Renan da Silva 
Vítima: Elton Troche de Mendonça 
Natureza: Homicídio Qualificado (Competência do Júri) 
Tipo de Audiência: Interrogatório 
Relatório: No dia 18 de agosto de 2015, por volta de 00h00min, na Rua Padre 
João Delfino, nº 1290, bairro Jardim Itamaracá, os denunciados Fabiano 
Santana de Souza, Danilo Campos Garcia, Vitor Henrique Santana e Renan da 
Silva Ferreira, em unidade de desígnios com os menores Maysson Vinicius 
Vitório Costa, alcunha "neguinho," e Ygor Toledo de Jesus, de alcunha "ygão," 
mataram a vítima Elton Troche de Mendonça. Segundo restou apurado, a 
vítima Elton adquiriu uma motocicleta Honda 150 do adolescente Ygor Toledo 
de Jesus, na qual constava na documentação o nome do denunciado Fabiano 
 
Santana de Souza. Posteriormente, o referido veículo foi entregue pela vítima 
 
 
a seu amigo Matheus Vinicius de Souza Garcia. Ocorre que, mesmo após as 
transações de compra e venda, o veículo permaneceu registrado em nome do 
denunciado Fabiano. Este, acreditando que Matheus estava cometendo 
infrações com a motocicleta, assim, tomou de volta a motocicleta e afirmou que 
só a entregaria mediante transferência do documento para 
o adquirente, sendo que se ele não o fizesse, acionaria a polícia. Sendo este o 
relato do Parquet na denúncia, entretanto, em depoimento ficou claro que os 
réus estavam sendo ameaçados com arma de fogo diariamente pela vítima, 
que era o traficante da “área” onde moravam. Dessa forma, estando coagidos 
e com medo, foram tirar satisfações e foi quando ocorreu o crime de Homicídio 
por parte dos réus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Processo nº: 0047707-58.2017.8.12 
Autor: Ministério Público 
Réu: Erick Wiliam dos Santos Britez (Furto), Douglas Fernando Rodrigues 
(Furto) e Leopoldo Garcia (Receptação). 
Vítima: Luiz Alberto da Silva 
 
Natureza: Furto e Receptação (Procedimento Ordinario) 
Tipo de Audiência: Instrução e Julgamento 
Relatório: Prisão em flagrante dos acusados Erick Willian, Douglas Fernando 
e Leopoldo Garcia, que, no dia 13 de dezembro de 2017, pela manhã, os 
denunciados ERICK e DOUGLAS subtraíram, em concurso de agentes e em 
unidade de desígnios, mediante emprego de chave falsa "micha," o veículo VW 
Voyage, cor azul, ano 1984, placa HQI-8178, bem como o "macaco hidráulico" 
preto, ambos de propriedade de Luiz Alberto da Silva. No mesmo dia, o 
denunciado LEOPOLDO GARCIA adquiriu coisas que sabia serem produtos de 
crime, quais sejam, as rodas do referido veículo furtado por Erick e Douglas, no 
exercício de atividade comercial. Nos autos de inquérito policial, foi instaurado 
após a prisão em flagrante dos réus; em interrogatório, confessaram que 
furtaram, em conluio, o veículo VW Voyage, cor azul, placa HQI-8178, fazendo 
uso de chave micha, e que, após, venderam uma das rodas para o denunciado 
Leopoldo, que, segundo Erick, é conhecido dos usuários de drogas por comprar 
objetos roubados e furtados. 
 
 
 
 
 
 
 
4. Processo nº: 0006484-85.2019.8.12.0800 
Réu: Fernando Sabino Gomes 
Natureza: Roubo 
Tipo de Audiência: Custódia 
Relatório: Durante audiência o custodiado disse que está respondendo por 
tráfico de drogas, homicídio e ganhou indulto para visitar a família, e foi pego 
fugindo de motocicleta após a prática de roubo; a guarnição policial pegou o 
indivíduo fugindo, prendeu o acusado e ainda corre o risco de responder por 
agressão. O custodiado diz ao juiz que tomou coronhadas, tapas e foi 
humilhado pelos policiais. O juiz perguntou para o flagrado se ele reconheceria 
os policiais que bateram nele, ao qual respondeu que não viu quem foram os 
policiais. Foi lavrado na Delegacia o Auto de Prisão em Flagrante Delito. A 
Defensoria Pública pedia para o Magistrado que o mesmo aplicasse o art. 319 
do Código Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
5. Processo nº: 0006487-40.2019.8.12.0800 
Réu: Juarez Espindola dos Santos Natureza: 
Porte Ilegal de Arma de Fogo Tipo de Audiência: 
Custódia 
Relatório: Durante a audiência de custódia foi perguntado para o réu se ele sofreu 
algum tipo de agressão física ou verbal; o mesmo respondeu que não sofreu 
nenhum tipo de agressão. Custodiado estava respondendo por tráfico de drogas; no 
momento da prisão, o réu estava sendo acusado por porte ilegal de armas de fogo, 
e o mesmo tinha rompido a tornozeleira eletrônica para poder trabalhar em outra 
cidade. Benefício dado para o réu ir visitar sua família. Por fim, a Defensoria Pública 
pediu uma medida cautelar conforme o art. 319, inciso I do Código de Processo 
Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Processo nº: 0006483-03.2019.8.12.0800 
Réu: Nilson Fernandes Ribeiro 
Natureza: Embriaguez ao Volante Tipo 
de Audiência: Custódia 
Relatório: A audiência de custódia se refere ao crime de trânsito; o condutor do 
veículo estava dirigindo sob efeito de álcool. O réu não era primário, pois já estava 
respondendo por outro delito semelhante. O juiz de custódia perguntou para o réu 
se o mesmo estava sendo bem tratado e se sofreu algum tipo de agressão, tanto 
física como psicológica. O Magistrado perguntou também se o réu sofria de algum 
tipo de doença; o réu respondeu que sofria com pressão alta e tomava medicação 
para a cabeça devido a um acidente de moto sofrido no passado. O delegado de 
polícia estipulou uma fiança de R$1.000,00 (mil reais) para que o réu fosse liberado, 
mas o mesmo não possuía este valor, devido a ser um marceneiro, com ganhos 
mensais de R$2.000,00 (dois mil reais). A Defensoria Pública pediu para o 
Magistrado que não fosse cobrado o valor da fiança, que fosse aplicado o art. 350 
do Código de Processo Penal e o art. 319 do Código de Processo Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12- Relatório de Audiências 2 
 
 
Processo nº: 0046774-90.2014.8.12.0001 
Autor: Ministério Público 
Réu: Silvio Misrael da Silva e Alex Henrique Pedro 
Vítima: Hermes Coeva 
Natureza: Homicídio Simples (Competência do Júri) 
Tipo de Audiência: Instrução e Julgamento 
Relatório: Trata-se de audiência de instrução e julgamento pela prática do suposto 
crime de homicídio, no qual o Ministério Público ofereceu a denúncia para dar início 
à Ação Penal Pública contra os acusados SILVIO MISRAEL DA SILVA, alcunha 
"buguinho," e o acusado ALEX HENRIQUE PEDRO, alcunha "negão," agindo com 
animus necandi, contra vítima Hermes Coeva. Segundo apurou-se, no dia dos fatos, 
ALEX estava discutindo com SILVIO na esquina do Bar do Edson, momento em 
que a vítima Hermes apareceu no local. Verificou-se que o denunciado ALEX e a 
 
 
 
vítima Hermes moravam juntosdebaixo da ponte e momentos antes do fato haviam 
discutido e, por isso, Alex teria efetuado um golpe de faca contra Hermes, 
lesionando-o na mão. Em decorrência desse fato, a vítima Hermes, portando uma 
faca, foi tirar satisfação com Alex; no entanto, foi desarmado pelos denunciados. A 
vítima, ao visualizar que Silvio e Alex também estavam armados com facas, 
empreendeu fuga. Diante da situação, os denunciados começaram a correr atrás da 
vítima Hermes. Conforme investigações, ALEX, com auxílio de SILVIO, esfaqueou 
a vítima Hermes com a faca que havia retirado da própria vítima momento antes do 
fato, causando-lhe a morte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Processo nº: 0006487-40.2019.8.12.0800 
Réu: Juarez Espindola dos Santos Natureza: 
Porte Ilegal de Arma de Fogo Tipo de 
Audiência: Custódia 
Relatório: Durante a audiência de custódia foi perguntado para o réu se ele sofreu 
algum tipo de agressão física ou verbal; o mesmo respondeu que não sofreu 
nenhum tipo de agressão. Custodiado estava respondendo por tráfico de drogas; 
no momento da prisão, o réu estava sendo acusado por porte ilegal de armas de 
fogo, e o mesmo tinha rompido a tornozeleira eletrônica para poder trabalhar em 
outra cidade. Benefício dado para o réu ir visitar sua família. Por fim, a Defensoria 
Pública pediu uma medida cautelar conforme o art. 319, inciso I do Código de 
Processo Penal. 
 
 
 
 
 
 
6. Processo nº: 0006483-03.2019.8.12.0800 
Réu: Nilson Fernandes Ribeiro 
Natureza: Embriaguez ao Volante 
Tipo de Audiência: Custódia 
Relatório: A audiência de custódia se refere ao crime de trânsito; o condutor do 
veículo estava dirigindo sob efeito de álcool. O réu não era primário, pois já estava 
respondendo por outro delito semelhante. O juiz de custódia perguntou para o réu 
se o mesmo estava sendo bem tratado e se sofreu algum tipo de agressão, tanto 
física como psicológica. O Magistrado perguntou também se o réu sofria de algum 
tipo de doença; o réu respondeu que sofria com pressão alta e tomava medicação 
para a cabeça devido a um acidente de moto sofrido no passado. O delegado de 
polícia estipulou uma fiança de R$1.000,00 (mil reais) para que o réu fosse 
liberado, mas o mesmo não possuía este valor, devido a ser um marceneiro, com 
ganhos mensais de R$2.000,00 (dois mil reais). A Defensoria Pública pediu para o 
Magistrado que não fosse cobrado o valor da fiança, que fosse aplicado o art. 350 
do Código de Processo Penal e o art. 319 do Código de Processo Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13. Conclusão 
 
Ao concluir este relatório, é inegável destacar a relevância e a riqueza 
das experiências vivenciadas ao longo da disciplina de Prática de Direito Penal, 
sob a orientação e supervisão do professor Paulo Sydney Dalla Corte. O período 
dedicado a essa disciplina representou não apenas um mergulho profundo no 
universo prático do Direito Penal, mas também uma oportunidade valiosa para 
aprimorar habilidades fundamentais no contexto jurídico. 
Durante esse percurso, participamos ativamente na elaboração de 
peças que transcendem a teoria, refletindo os desafios tangíveis encontrados no 
Exame da Ordem - OAB. A contribuição direta para a elaboração de peças 
utilizadas em provas da OAB foi não apenas gratificante, mas também uma 
validação da eficácia do aprendizado adquirido. Essa prática constante não 
apenas nos desafiou, mas também nos impulsionou a alcançar um entendimento 
mais profundo e uma aplicação mais precisa dos preceitos do Direito Penal. 
Cabe ressaltar que a condução meticulosa do professor Paulo 
Sydney Dalla Corte desempenhou um papel crucial em nossa jornada, 
proporcionando insights valiosos, orientação perspicaz e um ambiente propício 
para o desenvolvimento acadêmico. Sua expertise e dedicação à formação dos 
alunos foram elementos fundamentais para o nosso progresso ao longo desta 
disciplina. 
À medida que encerramos este capítulo, é inegável que as 
habilidades essenciais cultivadas na Prática de Direito Penal não apenas nos 
preparam para os desafios da advocacia criminal, mas também enriquecem 
nossa compreensão do papel do jurista na sociedade. A experiência prática 
adquirida não se limita apenas à resolução de casos, mas serve como um 
alicerce sólido para enfrentar os complexos dilemas éticos e legais que 
permeiam o campo do Direito Penal. 
Expresso minha sincera gratidão ao professor Paulo Sydney Dalla 
Corte. Sigo confiante de que as lições aqui aprendidas continuarão a reverberar 
 
 
em nossa prática profissional, fortalecendo nosso compromisso com a justiça e 
a ética no exercício do Direito Penal. 
Que esta disciplina seja apenas o início de uma trajetória profissional 
marcada pelo constante aprimoramento e pela busca incansável pela verdade e 
justiça.

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