Buscar

[cliqueapostilas com br]-administracao---apostila-concurso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 167 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 167 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 167 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APOSTILA CONCURSO
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE CRÉDITO 
 
Conceito de Análise de Crédito 
 
A análise de crédito consiste em atribuir valores à um conjunto de fatores que permitam a emissão de 
um parecer sobre determinada operação de crédito. 
 
Para cada fator individual emitimos um valor subjetivo (positivo ou negativo) para este. Se o conjunto de 
fatores apresentar valores positivos em maior número que os negativos, a tendência é que o parecer 
seja favorável a concessão do crédito. 
 
O processo de concessão de crédito para pessoas físicas ou jurídicas é muito parecido, todos tem um 
fluxo bem semelhante. A pessoa física tem sua fonte de renda e suas despesas que podem ser de curto 
ou longo prazo. Ela tem que tentar fazer com que sua receita seja suficiente para honrar suas despesas. 
Muitas vezes a falta de controle, o surgimento de despesas imprevistas ou outros fatores, fazem com 
que exista a necessidade se buscar um suprimento de dinheiro extra para preencher esta lacuna aberta 
em seu orçamento. Nesta situação é que surge o profissional de crédito com a missão de analisar se 
este proponente merece que a empresa/instituição conceda à ele os recursos que necessita. 
 
Existe também a situação que o proponente está procurando recursos para investimento. A análise é 
feita de maneira um pouco diferente, mas os princípios são os mesmos. 
 
São diversos os fatores, iremos falar neste portal de todos eles. Temos os fatores caráter e capacidade. 
Analisando estes fatores é possível emitir um parecer. Os fatores nos possibilitam ter uma idéia do 
provável comportamento do cliente. Estaremos analisando o seu passado e tentaremos prever seu 
comportamento futuro. Tentando assim só conceder crédito aos que demonstrem maiores e melhores 
chances de honrar seus compromissos. 
 
Outro fator de vital importância são as garantias. Apesar de não devermos realizar qualquer operação 
de crédito baseada somente nas garantias, estas são um fator fundamental na análise do crédito, pois 
elas podem nos dar a certeza de no caso de um sinistro, nosso capital investido terá um retorno mais 
rápido. 
 
A análise de crédito conta com a informática como instrumento de precioso auxílio. É possível, com uma 
grande base de dados estatísticos, saber o perfil de um provável bom pagador. 
 
Não podemos esquecer da informações que são obtidas pela checagem e pela análise dos documentos 
apresentados pelo tomador que deseja realizar uma operação de crédito. 
 
Todos estes fatores permitem que a análise de crédito seja possível com maior segurança. 
 
 
 
Equações do crédito 
 
Apenas com a idéia de facilitar e racionalizar os conceitos de uma análise de crédito para pessoas 
físicas, eu os agrupei em algumas equações. São utilizadas em minhas rotinas de trabalho. São elas: 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
Análise de Crédito 
Equação: Caráter + Capacidade + Patrimônio + Garantia = < ou > Risco 
 
Caráter 
Equação: Pontualidade + Restritivos + Identificação = < ou > Risco 
 
Capacidade 
Equação: Idade + Estado Civil + Fonte de Renda + Tempo de Atividade = < ou > Risco 
 
Patrimônio 
Equação: Comprovação de Existência + Valor de Mercado + Identificação da Origem = < ou > Risco 
 
Garantia 
Equação: Liquidez + Valor de Mercado + Correta Formalização = < ou > Risco 
 
 
Caráter 
 
Pode-se definir o caráter, em relação ao crédito, como a intenção do cliente em saldar a operação de 
tomada. 
 
Não é fácil identificar se uma pessoa deixou de pagar suas dívidas realmente por vontade própria. 
Serão mostrados aqui alguns critérios possíveis de serem adotados para se obter uma idéia do que 
seria alguém com caráter. Muitas vezes a pessoa que toma o empréstimo ou financiamento é de bom 
caráter, mas não tem a habilidade necessária para gerir seu negócio ou sua vida financeira, o que faz 
com ele se endivide em demasiado. 
 
 
 
Fontes de Informações 
Pontualidade 
Restrições 
 
 
Capacidade 
 
Definição: Podemos chamar de capacidade, no que diz respeito a análise do crédito, a condição ou 
habilidade apresentada por um tomador de crédito para honrar seus compromissos. 
 
O cliente pessoa física tem a capacidade de gerar receitas e recursos. Ao realizarmos uma operação de 
crédito devemos tentar mensurar esta capacidade. Devemos levar em consideração: o valor, a origem, 
a previsão de recebimentos dos valores e outros fatores. A análise deve ser feita de maneira diferente, 
de acordo com a fonte de seus recursos. 
 
É lógico que é muito difícil saber se aquele cliente que você emprestou dinheiro à ele ontem, irá ser 
demitido da empresa na qual ele trabalha. Além disto se vivermos sempre com este dilema não iremos 
realizar nunca operações de crédito. O que temos que tentar fazer é prever com um grande percentual 
de acerto se nossos clientes irão pagar ou não. 
 
Analisando a capacidade do cliente podemos ter uma idéia (não devemos esquecer que a análise de 
crédito é complexa e envolve diversos fatores, a capacidade é um deles e não deve ser analisada 
isoladamente) se o cliente apresenta uma situação de um provável pagador da operação.
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
O valor da renda do cliente já nos dá uma idéia de sua capacidade de pagamento, sua fonte pagadora 
também. Devemos "olhar" com atenção sua fonte pagadora. 
 
Se pensarmos nos motivos que possam existir para que um tomador deixe de honrar uma operação, 
chegaremos a várias conclusões, vamos relacionar algumas delas: 
 
• Desemprego 
 
• Morte do tomador 
 
• Endividamento demasiado 
 
• Doença 
 
A morte é com certeza um "bom" motivo para o cliente não honrar sua dívida. Existe uma forma de 
anularmos este risco de prejuízo e ainda gerarmos receita para nossa empresa/instituição. Podemos 
agregar ao contrato de financiamento/empréstimo um seguro prestamista, que irá saldar a dívida do 
cliente em caso de morte ou invalidez permanente. Agregar um seguro deste tipo pode trazer algum 
prejuízo comercial se ele fizer que tenhamos que aumentar muito a taxa de juros praticada nas 
operações mas isto será objeto de outro área deste portal. Podemos afirmar que se fizermos um 
levantamento estatístico em qualquer empresa/instituição a falta de pagamento devido a morte ou 
doença dos tomadores não estarão entre os principais motivos. 
 
Ao utilizar estes dois motivos como exemplo quisemos apenas mostrar que os responsáveis por decisão 
de crédito, devem estar atentos a todas as situações possíveis que cercam a operação, procurando 
analisar quais representam mais risco de sinistro e tomar as devidas decisões a respeito. 
 
Ao analisarmos o motivo "endividamento demasiado" podemos concluir que ele pode ser evitado. Antes 
de realizarmos a operação de crédito, quando tivermos observando a ficha cadastral e os resultados 
das checagens poderemos observar se o cliente declarou ter experiência de crédito em outras 
empresas/instituições e se foram apontadas "passagens" em outras empresas/instituições. As 
experiências de crédito informadas podem significar que ele ainda está com estes compromissos e as 
"passagens" indicam que ele realizou ou pelos menos solicitou crédito em outra ou outras empresas e/ 
ou instituições. Devemos procurar obter informações junto a estas empresas/instituições para termos a 
idéia dos valores que o cliente está solicitando/emprestando no mercado. Além disto podemos descobrir 
outras informações através de nossas checagens juntos as empresas/instituições. Ao descobrirmos o 
montante que o cliente deve no mercado, podemos enquadrar o valor a ser liberado para ele ou até 
mesmo negarmos o crédito se os valores forem muito elevados em relação a sua renda. 
 
Pode ser realizada uma checagem específica com o próprio tomador quando se encontra o 
apontamento de "passagem" em nome do cliente (esta consulta depende do valor da operação ou da 
disponibilidade de recursos humanos e de tempo quea operação pode dispor). Nesta página você 
encontra um exemplo desta checagem. 
 
Em relação ao motivo desemprego, podemos dizer que não há modo de prever isto, mas podemos ter 
uma noção da empregabilidade do tomador. É claro que sabemos que em relação a estabilidade do 
tomador para manutenção de sua fonte de renda o tipo de cliente mais seguro é o aposentado, pois ele 
não irá deixar de receber sua renda. O pensionista também oferece uma certa estabilidade, desde que a 
pensão não seja alimentícia, pois assim teríamos que analisar a pessoa que paga a pensão e não 
somente quem recebe. Os funcionários públicos, principalmente os militares também possuem 
estabilidade. 
 
Aproveitamos para escrever sobre a vital importância dos envolvidos em decisão de crédito de estarem 
atualizados, durante muito tempo o funcionário público foi sinônimo de estabilidade, pois era quase 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
impossível ele perder seu emprego. Os tempos mudaram. Primeiro foram as privatizações de empresas 
públicas que fizeram com que pessoas que achavam que nunca iriam ser demitidas e até mesmo não 
se atualizavam profissionalmente fossem postas no mercado de trabalho. Depois, como reflexo de uma 
democratização tardia do país, vieram as denuncias e punições de funcionários públicos envolvidos em 
corrupção, algo que seria impossível alguns anos atrás. Ou seja, funcionário público não é mais 
sinônimo de estabilidade total. Temos que ter sempre em mente que a sociedade é algo dinâmico e está 
em constante transformação, nós temos que estarmos atentos à elas e nos mantermos atualizados. 
 
A formação do tomador também é um dado importante, muitas empresas/instituições desprezam esta 
informação, não é comum existir nas fichas de cadastro um campo para o tomador indicar sua 
formação. Através da formação do cliente, além de outros dados podemos prever sua condição de 
conseguir ser recolocado no mercado. 
 
Abaixo estamos fornecendo alguns dados de como se analisar a capacidade um cliente de acordo com 
sua fonte de renda. 
 
Fontes de renda: 
 
 
Assalariado 
Pensionista 
Profissional Liberal 
Aposentado 
Autônomo 
Sócio de Micro ou pequena empresa 
Comprovação de Renda 
 
 
Checagens 
 
As checagens são fundamentais para uma análise de crédito, as perguntas feitas devem ser claras e 
objetivas para que não se perca tempo durante a checagem tendo que ficar repetindo o significado das 
perguntas. Elas tem como objetivo possibilitar que o emissor do parecer sobre a proposta de crédito 
possa levar em consideração realmente as informações dados pelo proponente. 
 
Não podemos esquecer que temos compromisso com o resultado da instituição/empresa e que 
devemos conceder crédito para os proponentes que apresentem melhores condições de honrar as 
operações. Temos que tentar respeitando a relação custo/benefício e no menor espaço de tempo 
possível realizar as checagens que achamos necessário para emitir um parecer com segurança. 
Qualquer tipo de checagem implica em custos, por isto não adianta checarmos todas as fontes de 
informação possíveis para um proposta cujo o valor seja baixo, pois pode acontecer que mesmo que o 
cliente pague em dia, já teremos gasto mais do que a instituição/empresa irá ganhar com a operação. 
 
Outro fato com que temos que nos preocupar é com a demora para a emissão do parecer em uma 
proposta, temos que ser cuidados com todo o processo de concessão de crédito mais ao mesmo tempo 
temos que ser ágeis, pois a demora na emissão pode significar a perda de um cliente potencial e até 
mesmo a perda de parceiro comercial, dependendo do produto que estamos operando. 
 
Nos casos de operação com cliente antigos algumas checagens podem deixar de serem feitas, 
principalmente aquelas referentes a dados já informados pelo cliente em seu contrato ou contratos 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
anteriores e que não tenham se modificado de acordo com a ficha cadastral preenchida para a nova 
operação. 
 
Os envolvidos na checagem devem ser treinados antes de realizarem estas tarefas. O ideal é que exista 
um roteiro para que o funcionário siga. 
 
As checagens podem e devem variar de acordo com o tipo de operação e até mesmo com o valor que o 
proponente está solicitando. 
 
Nunca podemos esquecer que ao ligarmos para uma pessoa ou empresa para realizarmos uma 
checagem, estamos representando nossa instituição ou empresa, por isto devemos mais do que nunca 
sermos educados, gentis e diretos com nossos interlocutores. As pessoas que irão atender o telefone 
do outro lado da linha estarão nos fazendo um favor. Deveremos tentar criar empatia com estas 
pessoas. 
 
O funcionário que realiza a checagem deve estar atento durante a sua verificação para como a pessoa 
que ele está questionando passa as informações. A fonte de informação pode: 
 
Informar: É a forma de resposta da fonte de informação que dá maior credibilidade para a checagem, 
mas mesmo assim, não impede que haja uma combinação prévia entre fonte de informação e o 
proponente. O atendente deve estar atento para a maneira que a fonte de informação responde as 
perguntas. As vezes perguntas que normalmente deveriam ser objeto de consulta a alguma fonte e são 
respondidas de imediato podem representar que a fonte de informação está passando informações 
inverídicas. Exemplo: Ao ligar para uma empresa para checar dados profissionais, a pessoa que atende 
dá todas as informações diretamente, informa tempo de serviço, salário, cargo e etc. Ou a empresa é 
muito pequena e o funcionário sabe os dados de cor dos funcionários ou existe alguma coisa errada. 
Normalmente estas informações deveriam ser obtidas em alguma tipo de arquivo seja ele manual ou 
eletrônico. 
 
Confirmar: Muitas vezes a fonte de informação se recusa a informar os dados do pesquisado, e diz que 
só pode confirmar. Este fato deve ser informado ao analista ou pessoa que irá emitir parecer sobre a 
operação, pois tal fato pode significar somente que a fonte de informação ficou desconfiada de alguma 
coisa e não se sentiu a vontade para falar sobre o proponente. Pode significar também que a fonte de 
informação esta combinada com o proponente e para evitar erros, vai confirmar os dados que foram 
informados na proposta. Sendo que os dados não são verídicos. Desconfie de perguntas como: Quanto 
ele disse que ganhava? 
 
Devemos procurar identificar na hora da ligação se a referência está consultando um "terceiro" antes de 
nos passar as informações. 
 
O funcionário que realiza a checagem deve sempre deixar claro ao analista quais os dados que foram 
informados e quais os que foram somente confirmados. Esta diferença possibilita ao analista identificar 
possíveis combinações feitas por estelionatários ou "espertos" para passarem informações falsas. 
 
 
 
Local de Trabalho 
Referência Bancária 
Referência Comercial 
Referência Pessoal 
Residência 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
Vizinhança 
 
 
Ficha Cadastral 
 
A ficha cadastral é o ponto de partida para uma análise de crédito, nela devem estar contidas as 
informações que irão permitir a emissão de um parecer sobre uma operação de crédito. A ficha 
cadastral deve ser elaborada de maneira objetiva, fazendo que o preenchimento desta seja simples e 
rápido. 
Todas as informações pedidas na ficha cadastral devem ter uma utilidade, ou seja, se a informação não 
vai servir para auxiliar a emissão do parecer, não deve ser posta na ficha cadastral. 
 
É comum vermos fichas cadastrais com espaços mínimos para o proponente e/ou avalista 
preencherem, tal fato faz com que estes tenham que abreviar palavras (as abreviações nem sempre 
obedecem regras da língua portuguesa, o que dificulta o entendimento), começar a frase ou palavra 
com um tamanho de letra e terminar com um rabisco ilegível. Resumindo não há como identificar os 
dados que foram postos em determinados campos da ficha. 
 
Devemos, ao elaborara ficha cadastral, procurar ser o mais claro possível, escolhendo bem os termos 
que irão dar os nomes aos campos que irão ser preenchidos. Exemplo: Filiação: Pai / Mãe. Sempre que 
pensarmos que um termo utilizado na ficha cadastral pode dar margem a erros de interpretação, 
devemos trocá-lo ou por um sinônimo ao lado. 
 
Nas empresas/instituições que utilizam as "propostas eletrônicas", ou seja, sistemas informatizados que 
registram os dados da ficha cadastral. A ordem de distribuição nos campos na tela do computador deve 
seguir uma ordem mais próxima possível da ordem apresentada na ficha cadastral em papel, para 
facilitar o trabalho de digitação. Isto quando os dois tipos de propostas (papel e eletrônica) existirem. 
 
Muitas empresas/instituições utilizam o credit score como ferramenta de concessão de crédito, nesta 
situação é importante que todos os dados que pontuam no credit score estejam presentes em forma de 
campos para serem preenchidos na ficha cadastral, parece óbvio, mas algumas instituições já 
montaram fichas cadastrais e esqueceram de colocar campos com dados que eram pontuados no credit 
score. 
 
Na ficha cadastral poderá ou não estar incluída uma proposta de crédito. A proposta de crédito, mesmo 
tendo campos em comum com a ficha cadastral, tem uma outra finalidade. Algumas instituições 
unificaram ambas em um único formulário. 
 
 
Apresentamos alguns modelos de ficha cadastral, estes modelos são o que nós consideramos ideal 
para uma ficha cadastral. Os modelos são bem abrangentes e contém muitas informações. O 
importante é que cada ficha cadastral atenda as necessidades específicas da instituição/empresa. 
Assim pode ser que o nosso modelo contenha muitas informações que não seriam utilizadas por 
diversas instituições/empresas. Nosso objetivo é apenas mostrar alguns exemplos 
 
 
 
Proposta de Crédito 
 
A proposta de crédito é um documento que define como a operação foi realizada e quem a autorizou. 
Ela pode ser emitida em papel ou eletronicamente. 
Na proposta de crédito devem estar contidos os seguintes dados: 
 
Dados do tomador
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
Dados que possibilitem a identificação do tomador da operação, dados como: nome, CPF, data de 
nascimento, endereço etc. Ou seja, os dados que qualifiquem quem vai realizar uma operação de 
crédito. 
 
Dados do avalista 
 
Se houver avalista na operação, os mesmos dados que forem preenchidos para o proponente, deverão 
ser preenchidos para o avalista. 
 
Dados da operação 
 
São os dados que descrevem como é a operação. Valor, prazo, valor das parcelas(contraprestação, pmt 
etc.) 
 
Dados da garantia 
 
Descrição da garantia, valores estimados ou reais etc. 
 
Dados das consultas 
 
Descrição dos resultados das pesquisas cadastrais realizadas para a emissão do parecer. 
 
Dados do aprovador 
 
Nome e cargo(ou função) de quem está aprovando a operação. Campo para assinatura do(s) 
responsáveis pela concessão. 
 
Muitas empresas/instituições unificam a proposta de crédito e a ficha cadastral em um único documento 
 
 
 
 
 
Análise de Crédito Pessoa Jurídica 
 
Iremos escrever nesta área do portal sobre o crédito destinado à empresas (pessoa jurídica). Aqui 
constarão informações sobre concessão, dicas para análise de crédito, estudos de casos e muito mais. 
 
Veremos os chamados C's do crédito. 
 
A análise de crédito está dividida nestes seis tópicos abaixo. Acesse as páginas e obtenha 
informações sobre cada um deles 
 
Caráter Capacidade 
Condições Capital 
Colateral Conglomerado 
 
Caráter 
 
Definição: Caráter é referente à intenção, a determinação, a vontade que o tomador tem em honrar 
uma operação. Identificar se um tomador que não honrou suas dívidas teve ou não a intenção de pagar 
não é uma tarefa fácil de se realizar, . As informações que a instituição/empresa possui de seus cliente, 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
as informações obtidas com outros bancos e fornecedores e as informações disponibilizadas pelas 
empresas/órgãos de informação são a melhor maneira de conhecer os hábitos de pagamento do 
tomador. 
 
É importante destacar que uma empresa pode não honrar seus compromissos por não possuir recursos, 
isto não significa que falta caráter aos responsáveis pela empresa. No meu ponto de vista, o caráter é 
um dos mais importantes elementos de uma análise de crédito, pois outros fatores que não permitam 
que o cliente consiga honrar sua dívidas podem até ser contornados. Mas se o tomador não possui a 
intenção de honrar seus compromissos, nada há para fazer, a não ser recorrer as meios legais de 
cobrança. Se o tomador possui caráter, ele tentará negociar a dívida, oferecer bens como forma de 
pagamento e tentará manter sua boa reputação. 
 
Também poderemos encontrar casos que a intenção de pagar do tomador não é muito grande, mas ele 
necessita de realizar negócios com determinado fornecedor para que seu empreendimento continue a 
existir, sendo assim podemos dizer que a importância do produto ou serviço em relação ao negócio do 
tomador, pode ser fundamental para o recebimento dos valores concedidos. Ou seja, se pararmos de 
vender nossos produtos ou serviços a um determinado cliente, seu negócio acaba. 
 
 
Capacidade 
 
Definição: Entre os profissionais de crédito, ela pode ser definida como a capacidade de pagamento de 
uma empresa de honrar suas dívidas e obrigações. Pode ser definida também como a habilidade e/ou a 
competência de se administrar a empresa. Este site não tem como objetivo "adotar uma verdade" sobre 
os assuntos aqui abordados, por isto sempre haverá espaço para as várias formas de conceituação dos 
temas relativos ao crédito, ao risco e a cobrança. Vamos adotar nesta página a definição para 
capacidade, como sendo a habilidade ou competência, como já escrito anteriormente. Esta definição é 
apenas para seguir uma linha nesta página. Em outras páginas iremos escrever sobre a outra definição. 
Para analisarmos a capacidade da empresa, deveremos analisar: 
 
- Seus administradores: a formação profissional destes, se possível a formação acadêmica também, sua 
exposição ao ramo de atuação na qual a empresa que ele dirige está inserida. 
 
- A empresa: suas instalações, seus métodos de trabalho 
 
Quanto maior o porte da empresa, mais profundamente deveremos "mergulhar" nela, até pelo fato que 
devido ao grande porte da empresa, a possibilidade das quantias envolvidas em operações de crédito e 
risco serem "astronômicas". 
 
 
Capital 
 
Um fator importantíssimo em um análise de crédito. Capital em uma análise de crédito de uma empresa 
não é entendido simplesmente como a conta de capital que usamos na contabilidade. Quando falamos 
de Capital em um análise estamos nos referindo a sua situação econômica, financeira e patrimonial. 
Estamos falando dos seus recursos e bens que podem ser utilizados para honrar suas dívidas. 
 
Através da análise dos demonstrativos contábeis, podemos levantar informações sobre como está o 
desempenho da empresa e sobre sua solidez. Estaremos fazendo uma análise financeira da empresa. 
 
Para a análise financeira não utilizamos somente os demonstrativos como balanços e relatórios de 
demonstração de resultados. Podemos fazer a análise financeira e descobrirmos a capacidade de 
pagamento de uma empresa ou de uma pessoa que não emita nenhum demonstrativo ou declare 
imposto de renda. Podemos nos basear em informações obtidas com o próprio e com terceiros. 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
 
Condições 
 
As "condições" na análise de crédito são os fatores externos e macroeconômicos. Estes fatores 
externos, muitas vezes imprevisíveis, não são controláveis pela empresa. Mudanças na política 
econômica do governo podem afetar positivamente ou negativamente uma empresa. Toda empresa 
está envolvida em um sistema onde diversas forças e fatores exercem influência sobre ela. Podemos 
citar como exemplos,as conjunturas nacionais e internacionais, o governo, o meio ambiente, a 
concorrência e etc. O ramo de atividade também é um fator que influi na existência da empresa. Alguns 
ramos de atividade funcionam em uma cadeia e só atendem a um outro ramo, se este ramo entra em 
crise, com certeza a crise irá lhe afetar. 
 
A sazonalidade é outro elemento de nosso estudo, existem empresas que produzem para comercializar 
somente durante determinada época do ano, podemos citar como exemplo as fábricas de ovos de 
Páscoa. Existem também os produtores agrícolas que cultivam culturas que não se desenvolvem 
durante o ano todo. 
 
As condições afetam as empresas de diferentes formas e de diferentes intensidade, o porte da empresa 
é um outro fator fundamental para a redução desta intensidade. Podemos citar também outros fatores 
que afetam as empresas como: a moda, a essencialidade e a região geográfica. 
 
 
Conglomerado 
 
Definição: O termo Conglomerado em análise de crédito significa analisar não apenas a empresa que 
está solicitando crédito, mas todo o conglomerado de empresas na qual a empresa está inserida. A 
idéia é que se faça a análise da empresa controladora ou das controladoras (se for o caso), das 
controladas e das coligadas. Desta maneira poderemos ter uma idéia do conjunto de empresas que 
formam um grupo. Isto é para evitar que alguém utilize uma coligada ou controlada que está em melhor 
condição financeira para obter recursos que na verdade serão utilizados em outra empresa que não 
está em boa situação. A idéia de conglomerado não é usada somente nos termos da lei, mas sim 
quando qualquer empresa possui participação nas tomadas de decisão de outra empresa. 
 
Definição de Coligada: Sociedade que uma participa com o mínimo de 10% do capital da outra sem 
porém controlá-la. 
 
Definição de Controlada: Chamamos de controlada uma sociedade na qual a condição de eleger a 
maioria dos administradores e o predomínio nas deliberações sociais é exercida de modo permanente. 
Ou seja a sociedade possui direitos de sócios que a possibilita controlar outra sociedade. O controle 
pode ser exercido de maneira direta ou através da intermediação de outras controladas 
 
 
 
Colateral 
 
Chamamos de Colateral uma espécie de segurança adicional à uma operação de crédito. É uma ou 
mais garantias dadas pelo tomador para aumentar o grau de segurança da operação e muitas vezes 
para fortalecer algum dos outros fatores da análise. Contudo não devemos nunca utilizarmos garantias 
para fortalecer uma proposta de um tomador que apresente restrições em relação seu caráter. 
 
 
 
Garantias
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
Definição: As garantias tem com objetivo dar reforço a segurança nas operações de crédito. 
 
Durante uma operação de crédito as garantias deverão ser examinadas em conjunto com as 
informações cadastrais, a finalidade da operação, sua forma e as fontes de pagamento. 
 
Tipos de Garantia: Existem dois tipos de garantias, as pessoais ou fidejussórias e as garantias reais. 
 
É fundamental adequar as garantias às características da operação de crédito, porém a liquidez do 
crédito não deve ser baseada somente nas garantias constituídas, mas sim em um conjunto de 
variáveis que nos permitam ter um idéia se a operação de crédito será concedida à um "bom cliente". 
 
Exemplo de adequação da garantia a característica da operação de crédito: Determinadas 
garantias necessitam de um prazo mais longo para serem formalizadas, por isto devem ser evitadas 
para operações de curto prazo. Como utilizar como garantia a hipoteca de um imóvel para um operação 
de desconto de duplicatas com um prazo de 60 dias. 
 
Exemplo de utilização de garantia para a concessão de crédito sem levar em consideração a 
análise do conjunto de variáveis: Um cliente solicita financiamento de um veículo e dá como entrada 
50% do valor deste. O cliente no ato da concessão do crédito apresentava algumas restrições 
cadastrais, como a emissão de 5 cheques sem fundos e dívidas em 2 bancos. Além disto sua fonte de 
renda, declarada de R$ 5.000,00 era oriunda de trabalhos como autônomo. Após alguns meses o 
cliente sofre um acidente e ocorre perda total no veículo. O veículo não estava segurado. Resumindo o 
valor da operação foi lançado como prejuízo para a instituição que concedeu o crédito, já que a garantia 
não mais existe, não há como apreendê-la e leiloá-la para tentar recuperar o prejuízo. 
 
Abaixo links para as áreas de garantias pessoais(fidejussórias) e reais. 
 
Pessoais 
Reais 
 
Garantias - Pessoais 
 
As garantias pessoais ou fidejussórias são garantias nas quais pessoas físicas ou jurídicas assumem, 
como avalistas ou fiadores, a obrigação de honrar os compromissos referentes a operação de crédito, 
caso o cliente não o faça. 
 
Os avalistas e fiadores devem passar pela mesma análise creditícia que o proponente, pois caso o 
cliente não honre seus compromissos o avalista ou fiador terá que fazê-lo, portanto é necessário que ele 
tenha condições econômica e financeiras para isto. 
 
Quando o aval ou fiança for dado por pessoa jurídica, deverá ser verificado no contrato ou estatuto 
social da empresa se existe esta possibilidade expressa no contrato, pois se não houver, o aval ou a 
fiança não terá validade jurídica. 
 
 
Aval 
 
Definição: É a promessa que alguém faz de cumprir obrigação de terceiro realizada através de um 
título de crédito, se o obrigado não vier a cumprir. O avalista é quem concede o aval. Avalizado é a 
pessoa que recebe o aval. Não existe aval em contrato, somente em títulos de crédito. 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
O aval é uma garantia pessoal e deve ser aceita desde que se possa constatar sua capacidade 
econômica e financeira e sua idoneidade moral, além de capacidade jurídica (se é maior de idade ou se 
não está interditado). 
 
O aval não pode ser limitado nem condicionado. O avalista responde pelo título como um todo. 
 
O aval dado por procurador, quando esse é o próprio emitente do título, tem sua validade dependente 
dos poderes expressos, no respectivo instrumento de procuração, desde que lavrada em cartório 
competente. Nas procurações, os poderes devem ser expressos, de forma clara, para a modalidade do 
título avalizado. 
 
O aval prestado por pessoas jurídicas somente é válido quando permitido expressamente no contrato ou 
estatuto social da empresa. A simples omissão determina a impossibilidade de prestar o aval. 
 
O aval prestado por pessoas casadas compromete o patrimônio do casal até o limite da meação do 
cônjuge, que é a metade do patrimônio do casal. Portando é recomendável que se tome também o aval 
do outro cônjuge. Exemplo: Se o marido entra como aval é recomendável que se tome o aval da esposa 
e vice-versa. 
 
O aval cruzado e a concentração de avais são práticas desaconselháveis, já que reduzem a eficácia do 
aval como reforço da segurança da operação de crédito. O aval cruzado é quando um proponente 
recebe um aval em uma operação e em outro operação os papéis se invertem, o aval passa a ser 
proponente e o proponente passar a ser o aval. A concentração de avais é quando uma única pessoa 
presta aval em várias operações. 
 
Fiança 
 
Definição: É uma garantia cujo fiador, seja pessoa física ou pessoa jurídica se constitui como principal 
responsável pelo pagamento das obrigações assumidas pelo afiançado, pessoa física ou pessoa 
jurídica, caso esta não cumpra as obrigações contratadas. A fiança é sempre estabelecida em relação a 
um contrato. 
 
Na fiança de pessoa física, é importante a outorga uxória, ou seja, a assinatura do cônjuge do 
contratante, a fim de coobrigar a responsabilidade pelo contrato. 
 
A fiança é uma garantia contratual e não cambial, o que significa que é uma garantia sempre dada em 
contratos. 
 
 
 
GARANTIAS REAIS 
 
Definição: São bens ou direitos de recebimentos dados em garantia de obrigações relativas a operações 
de crédito. 
 
Aescolha do tipo de garantia real deve ser feita de acordo com as características da operação de 
crédito, como: tipo de operação, prazo, valor etc. 
 
A escolha da garantia também deverá ser voltada para os bens e direitos de maior grau de liquidez 
(possibilidade de recebimento) e que deverão ser observados os preceitos de sua formalização. 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
Alienação Fiduciária 
Anticrese 
Caução 
Hipoteca 
Penhor Mercantil 
Reserva de Domínio 
 
 
 
 
 
Alienação Fiduciária 
 
Definição segundo o dicionário Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa 
 
a.li.e.na.ção sf (lat alienatione) 1 Ação ou efeito de alienar; alheação. 2 Cessão de bens. 3 Desarranjo 
das faculdades mentais. 4 Arrebatamento, enlevo, transporte. 5 Indiferentismo moral, político, social ou 
mesmo apenas intelectual. Antôn (acepção 5): engajamento, participação. A. mental: loucura. 
 
• Definição: É o contrato no qual o devedor transfere ao credor a propriedade de bens móveis para 
garantir pagamento de dívida com a condição de tornar a ter a propriedade do bem, quando liquidar a 
dívida. 
 
 
 
Anticrese 
 
Definição segundo o dicionário Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa 
 
an.ti.cre.se sf Dir (gr antíkhresis) Abandono ao credor das rendas de um imóvel, como compensação 
de dívida, ou à conta de juros. 
 
 
 
Caução 
 
Definição: É o penhor de um direito não material. Exemplo: o crédito. Para haver uma distinção entre o 
penhor de títulos e direitos creditórios do penhor tradicional, onde existe a transferência do bem móvel, 
ele é denominado de caução. 
 
A caução acarreta um direito sobre outro direito, daí ser essencial que haja a entrega dos títulos para 
caracterizar este tipo de garantia. Os direitos cedidos podem ser: penhor, hipoteca, depósito em 
dinheiro, valores e títulos. 
 
Não são os títulos em si(os papéis fisicamente) que são dados em garantia, mas sim o direito que esses 
títulos representam e que por terem valor econômico, podem ser oferecidos em garantia em uma 
operação. O credor que recebe títulos em caução é chamado de mandatário. 
 
Exemplo de títulos caucionáveis: Letras de Câmbio, duplicatas, Notas Promissórias de terceiros, ações 
de empresas de capital aberto e outros títulos cambiais.
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
Hipoteca 
 
Definição segundo o dicionário Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa 
 
hi.po.te.ca 1 sf (gr hypothéke) 1 Direito real constituído a favor do credor sobre imóvel do devedor ou 
de terceiro, como garantia exclusiva do pagamento da dívida, sem todavia tirá-lo da posse do dono. 2 
Dívida garantida por esse direito. H. convencional: a que resulta da estipulação das partes para garantir 
o cumprimento da obrigação. H. legal: a que a lei institui em favor de certas pessoas, naturais ou 
jurídicas, em garantia de obrigações decorrentes de certos fatos. 
 
Definição: Garantia baseada no direito real sobre bens imóveis, embarcações ou aeronaves, de forma a 
assegurar o pagamento da dívida, sem que exista a transferência da posse do bem ao credor. 
 
Após a liquidação da dívida, a hipoteca será liberada e deve ocorrer o cancelamento junto ao cartório. 
 
• É uma garantia normalmente utilizada para operações de longo prazo, tendo como objetivo dar 
segurança a instituição/empresa ao ter bens imóveis lastreando a operação de crédito. 
 
• A segurança que procuramos ao obter a hipoteca de um imóvel como garantia, só será conseguida se 
tivermos certos cuidados com a formalização desta. Devendo ela estar registrada em cartório de registro 
de imóveis, em primeiro grau e sem concorrência de terceiros. Se não houve o registro, não existe a 
hipoteca. 
 
• Os credores hipotecários tem preferência sobre outros credores, sendo que o credor que registrou 
primeiro a hipoteca é privilegiado. Não há contudo preferência sobre crédito fiscais ou trabalhistas. A 
hipoteca como garantia, pode ser dada pelo próprio devedor ou por terceiros intervenientes, que 
será(ão) solidariamente responsável(is) pela dívida. 
 
• Os direitos reais constituídos através de hipoteca continuarão a existir, caso o devedor transfira o bem 
a outra pessoa (direito de seqüela). Se a dívida hipotecária não for paga, o credor hipotecário tem o 
direito de executar a garantia, mesmo que essa não seja mais propriedade do devedor. 
 
• O pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa em exoneração correspondente da 
garantia. Enquanto não terminar o contato, a hipoteca não pode ser baixada. 
 
• O cônjuge do hipotecante deverá comparecer ao ato de constituição da hipoteca, qualquer que seja o 
regime de casamento(outorga uxória). 
 
• Um imóvel pode ser hipotecado mais de uma vez ao mesmo credor ou até mesmo a outro credor, 
mediante novo título. A ordem das hipotecas é fixada pela data da sua inscrição no Registro de Imóveis. 
A denominação que se dá é a ordinal. Por exemplo: O Sr. José dá em primeira hipoteca, em segunda 
hipoteca etc. Se a primeira hipoteca for cancelada, a segunda hipoteca passar a ser a primeira, a 
terceira assume o lugar da segunda e assim sucessivamente. 
 
• Tudo que for acrescido ao bem hipotecado passará a fazer parte integrante da hipoteca. É o princípio 
geral de direito que diz que: o acessório segue o principal. Este princípio é aplicado ao direito das 
coisas: imóveis, aviões, navios, etc. 
 
• Sempre temos que considerar a liquidez do bem ao recebermos um em hipoteca. Não podemos 
esquecer que esse bem poderá ter que ser vendido em praça pública e que somente atrairá 
interessados se o bem apresentar valor econômico. O valor do bem deve ser compatível com o risco 
assumido, principal somado aos encargos, que ele garante hipotecariamente, durante o período integral 
da operação. 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
• Se não houver o pagamento da dívida conforme o contrato, o credor hipotecário não poderá ficar com 
o bem dado em garantia. Ele deve promover a execução judicial da hipoteca. 
 
• A dívida poderá ser considerada vencida se: 
1 - O bem hipotecado deteriorar-se ou depreciar-se, reduzindo a garantia, e o devedor não reforçá-la; 
2 - O devedor cair em insolvência ou falir; 
3 - As obrigações não forem pontualmente cumpridas; 
4 - Se perecer o objeto dado em garantia; 
5 - Se houver desapropriação. 
 
• É extremamente necessário examinar previamente a documentação do imóvel ou de outros 
bens(embarcações marítimas, aeronaves etc.) e de seus proprietários. Documentos como: título de 
aquisição do imóvel ou outros bens, certidão do registro de imóveis ou outros bens, certidão de filiação 
vintenária e etc. 
 
• O simples fato de se constituir uma garantia hipotecária não representa, por si só, a segurança da 
liquidez do crédito. Na atividade de concessão de crédito, o importante é o retorno dos créditos nos 
prazos previstos, que é conseguido com uma análise global do risco assumido, ou seja a análise de 
crédito é fundamental para a concessão, não devemos nos basearmos somente na garantia para a 
emissão de nosso parecer de crédito. 
 
• A lei 8.009, de 29.03.90, eliminou os bens de família arrolados em venda judicial para fins de 
pagamento de dívidas contraídas. Assim são considerados para efeito de impenhorabilidade do bem de 
família: 
 
1 - O imóvel residencial próprio do casal, quando nele resida, e o bens móveis que o guarnecem; 
2 - Os bens móveis que guarnecem a residência locada; 
3 - A sede de moradia, na propriedade rural, com os respectivos bens móveis; 
4 - O imóvel de menor valor, se o casal ou a entidade familiar for possuidor(a) de mais de um e outro 
não houver sido construído, na forma legal, como bens de família. 
 
• Também, não são penhoráveis a pequena propriedade rural, na qual trabalha a família, para 
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, e o imóvel rural, até um módulo, desde 
que seja o único de que disponha o devedor. 
 
• Portantono ato da concessão de crédito, além da verificação de capacidade financeira momentânea 
do cliente, também deve ser verificado o patrimônio e serem descartados os bens que sejam 
impenhoráveis. 
 
 
 
Penhor Mercantil 
 
Definição segundo o dicionário Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa 
 
pe.nhor sm (lat pignore) 1 Contrato acessório pelo qual o devedor, ou terceiro, entrega ao credor ou a 
quem o represente uma coisa móvel, que é por ele retida com o fim de assegurar, preferencialmente, o 
cumprimento da obrigação. 2 Objeto entregue a um credor como garantia do pagamento de uma dívida. 
3 Objeto móvel ou imóvel que assegura o pagamento de uma dívida. 4 Garantia, prova, segurança. 5 
Certo jogo popular. Pl: penhores. Penhores de amor: os filhos. 
 
Definição: Chamamos de penhor mercantil a garantia na qual o bem empenhado faz parte integrante do 
negócio comercial.
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
• O penhor mercantil pode abranger tanto os estoques de matérias-primas quanto os estoques de 
produtos acabados de empresa cliente, devendo sempre ser dada a preferência aos produtos 
acabados, pois estes já estão prontos para a comercialização e oferecem maior liquidez. 
 
• Os estoques, que são objeto de penhor mercantil, são confiados obrigatoriamente à guarda dos fiéis 
depositários, os quais se tornam responsáveis pela guarda, existência e conservação dos bens dados 
em garantia, embora estes permaneçam de posse do cliente em locais próprios ou de terceiros. 
 
• Ao operar com pessoa jurídica, deve-se atentar se no contrato social ou no estatuto da empresa, 
existe a permissão de constituição de penhor como garantia. 
 
• Na descrição dos bens, devem ser fornecidos todos os detalhes que permitam sua completa e 
imediata identificação, avaliação e localização: 
 
1 - espécie, características, marca de identificação, classificação, tipo, safra (se houver) etc. 
 
2 - valor unitário (preço de custo). 
 
3 - quantidade (de cada tipo de bem penhorado). 
 
4 - valor total (para cada tipo de bem penhorado e total). 
 
5 - local ou locais onde estão depositados os bens penhorados. 
 
• Quando a mercadoria a ser penhorada esteja depositada em armazém geral, os títulos que a 
representam, conhecimento de depósito e warrants, devem ser endossados, com firmas reconhecidas 
em cartório e entregues na empresa/instituição que está realizando a operação. 
 
• Uma segurança maior em relação a garantia pode ser obtida se o bem estiver segurado e se existir um 
cláusula que beneficie a empresa/instituição que recebeu o bem em alienação fiduciária. 
 
• Não devem ser tomados em penhor mercantil ou vinculados aqueles bens passíveis de deteriorização, 
bens obsoletos ou de difícil comercialização. 
 
• A validade na constituição do penhor mercantil é calçada na figura do fiel depositário. Por isso, essa 
figura deve ser completa e corretamente identificada no contrato, devendo, no caso de operações com 
pessoa jurídica, ser escolhida uma pessoa que não possua controle acionário ou cargo diretivo na 
empresa 
 
 
 
Os cinco “C” do crédito 
 
Os analistas de crédito frequentemente utilizam-se dos 5 “C” para orientar suas análises 
sobre as dimensões-chaves da capacidade creditícia de um cliente. Cada uma dessas cinco 
dimensões será descrita a seguir: 
 
CARÁTER: O histórico do solicitante quanto ao cumprimento de suas obrigações financeiras, 
contratuais e morais. Os dados históricos de pagamentos e quaisquer causas judiciais 
pendentes ou concluídas contra o cliente seriam utilizadas na avaliação de seu caráter. 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
CAPACIDADE: O potencial do cliente para quitar o crédito solicitado. Análises dos 
demonstrativos financeiros, com ênfase especial nos índices de liquidez e de endividamento, 
são geralmente utilizados para avaliar a capacidade do solicitante de crédito. 
 
CAPITAL: A solidez financeira do solicitante, conforme se encontra indicada pelo patrimônio 
líquido da empresa. O total de exigíveis (a curto prazo e a longo prazo) em relação ao patrimônio 
líquido, bem como os índices de lucratividade são frequentemente usados para avaliar o capital 
do demandante do crédito. 
 
COLATERAL: O montante dos ativos colocados à disposição pelo solicitante para garantir o 
crédito. Naturalmente, quanto maior esse montante, maior será a probabilidade de se recuperar o 
valor creditado, no caso de inadimplência. O exame do balanço patrimonial e a avaliação de 
ativos em conjunto com o levantamento de pendências judiciais podem ser usados para estimar 
os colaterais. 
 
CONDIÇÕES: As condições econômicas e empresariais vigentes, bem como circunstâncias 
particulares que possam afetar qualquer das partes envolvidas na negociação. Por exemplo, 
caso a empresa tenha estoques excessivos de um item que o solicitante deseja comprar a 
crédito, a empresa poderá propor vendas em condições mais favoráveis ou vender para clientes 
com menos condições de obter crédito. Enfim, a análise das condições econômicas e 
empresariais, assim como as circunstâncias especiais que possam afetar tanto o cliente quanto 
a empresa vendedora, fazem parte da avaliação das condições. 
 
O analista de crédito geralmente dá maior importância aos dois primeiros “C” – caráter e 
capacidade – uma vez que eles representam os requisitos fundamentais para a concessão de 
crédito a um solicitante. A consideração para os demais “C” – capital, colateral e condições – é 
importante para a definição do acordo de crédito e tomada de decisão final, a qual depende da 
experiência e do julgamento do analista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTES ESPONTÂNEAS DE FINANCIAMENTO DE CURTO PRAZO 
NÃO GARANTIDAS 
 
As duplicatas a pagar representam a principal fonte de financiamento a curto prazo não 
garantido(não baseado no COLATERAL, possibilitando à empresa o aproveitamento de 
descontos financeiros no caso de efetuar pagamentos antecipados. 
 
Outras fontes: Salários a Pagar, Impostos a Pagar etc. 
 
Duplicatas a Pagar - resultam da compra de mercadorias a prazo sem que o comprador necessite 
submeter-se a muitas formalidades. O comprador registra o recebimento da mercadoria, dando o 
“aceite”, que significa ter assumido o compromisso de pagamento para com o fornecedor. 
Características: 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
Período de crédito – nº de dias até a data para pagamento 
Desconto financeiro – dedução em termos percentuais sobre o valor de compra, se o comprador 
pagar em um prazo especificado, que é menor que o período de crédito. 
Custo anual do não aproveitamento do desconto financeiro – DF X 360/N 
 
|---------------------------------|----------------------------------------------------------------------| 
 
01 10 30 
 
Compra término do período vencimento 
do desconto financeiro 
 
$ 1.000 DF=2% $ 980 $ 1.000 
 
 
Custo = 2% x 360/20 = 36% a.a. 
 
 
OUTRAS FONTES DE FINANCIAMENTO A CURTO PRAZO 
 
Empréstimos bancários: 
 
01. Empréstimos a taxa de juros fixa 
02. Empréstimos a taxa de juros flutuante 
03. Empréstimos com desconto d= J (M – J) 
04. Demais linhas de crédito 
 
Outras fontes de curto prazo com garantia – os empréstimos a curto prazo com garantias possuem 
ativos específicos – geralmente duplicatas a receber, cheques pré-datados ou estoques – empenhados 
como COLATERAIS: 
Caução de duplicatas a receber ou cheques pré-datados - o risco é da empresa e não do Banco; 
 
Factoring – venda direta de duplicatas a receber ou cheques, com desconto, a um Factor, que aceita 
todos os riscos de crédito inerentes à operação. 
 
Empréstimos com alienação de estoques – empréstimos com alienação fiduciária ou com Certificado de 
armazenagem. 
 
 
ADMINISTRAÇÃO EFICIENTE DE CAIXA 
 
O ciclo operacional (CO) de uma empresa é definido como o período de tempo que vai do ponto 
em que a empresa adquire matérias-primas e se utiliza da mão-de-obra no seu processo produtivo,até 
o ponto em que recebe o dinheiro pela venda do produto resultante. O ciclo é composto pela soma de 
dois componentes, a idade média dos estoques (IME ou PMRE) e o período médio de cobrança das 
vendas (PMC ou PMRV): 
 
CO = IME + PMC 
 
A empresa pode normalmente comprar muitos de seus insumos (matérias-primas e mão-de- 
obra) a crédito. O período de tempo que a empresa dispõe para pagar esses insumos é chamado de 
período médio de pagamentos (PMP) e, além disso, tais compras geram financiamentos espontâneos a 
curto prazo. O financiamento espontâneo tem custo zero, na medida em que a empresa pode aproveitar 
quaisquer descontos financeiros oferecidos. A habilidade de adquirir insumos a crédito possibilita que a 
empresa compense parcialmente (ou até totalmente) o período de tempo em que seus recursos
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
encontrem-se comprometidos no ciclo operacional. Afinal, o número de dias do ciclo operacional menos 
o período médio de pagamento pelos insumos representa o Ciclo de Caixa (CC) 
 
CC = CO – PMP = IME + PMC – PMP 
 
Administração do Ciclo de Caixa 
 
Ações estratégicas combinadas: 
 
01. Administração eficiente do Estoque-Produção – girar estoques tão rapidamente quanto possível, 
evitando a falta de estoques, que poderia resultar na perda de vendas. 
 
02. Aceleração do processo de cobrança de duplicatas – cobrar duplicatas o mais cedo possível, sem 
que isso motive perdas futuras de vendas, devido a técnicas que pressionem os clientes de forma 
exagerada. Descontos financeiros que sejam economicamente justificáveis poderiam ser utilizados para 
atingir esse objetivo. 
 
03. Ampliação do período de pagamento das duplicatas – Retardar o pagamento das duplicatas – 
retardar o pagamento das duplicatas a pagar tanto quanto possível, sem prejudicar o conceito de crédito 
da empresa, mas aproveitar quaisquer descontos favoráveis. 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE DUPLICATAS A RECEBER E ESTOQUES 
 
 
As duplicatas a receber são o resultado de concessão de crédito de uma empresa a seus 
clientes. Em termos médios, essa conta representa em torno de 37% dos ativos circulantes e 16% dos 
ativos totais das empresas industriais americanas. A concessão de crédito a clientes por parte dos 
fornecedores faz parte do custo se fazer negócio, pois ao manterem recursos comprometidos em 
duplicatas a receber, as empresas perdem poder aquisitivo, além de correr riscos de inadimplência. 
Entretanto, ao incorrer nesses custos, as empresas têm condições de ser competitivas, atraindo e 
mantendo clientes, e com isso melhoram e mantêm as vendas e os lucros. 
 
O administrador financeiro preocupa-se com duas vertentes: uma delas é a política de crédito 
(seleção, determinação de padrões e condições de crédito) e política de cobranças. 
 
Seleção de crédito – utilização, em geral, de concessão via 5 “C”. 
 
Alteração nos padrões de crédito 
 
Volume de vendas – se os padrões de crédito forem afrouxados, deve-se esperar um crescimento nas 
vendas; por outro lado, se ocorrer um arrocho nos padrões de crédito, deverá haver uma redução nas 
vendas. Em geral, os aumentos nas vendas afetam os lucros positivamente, enquanto as diminuições 
produzem efeitos negativos. 
 
Investimentos em Duplicatas a Receber – carregar ou manter duplicatas a receber acarreta um custo à 
empresa, equivalente aos ganhos que se deixa de obter em outras aplicações, decorrente da 
necessidade de fundos com esse ativo. Portanto, quanto maior o investimento em duplicatas a receber, 
maior o custo de mantê-las, e vice-versa. Se a empresa afrouxar seus padrões de crédito, o volume de 
duplicatas a receber deve crescer, assim como o custo relativo a esse maior investimento em 
recebíveis. Tal mudança resulta na expansão das vendas e dos maiores períodos de cobrança que 
ocorrem devido à maior morosidade dos pagamentos dos clientes, em geral. O inverso deverá ocorrer 
se os padrões de crédito sofrerem um arrocho. Portanto, espera-se que uma flexibilização dos padrões 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
de crédito afete os lucros negativamente, em decorrência de maiores custos de “carregamento”, ao 
passo que um arrocho traria conseqüências positivas, por reduzir tais custos. 
 
Perdas com devedores incobráveis - A probabilidade ou risco de uma conta tornar-se incobrável 
aumenta com a maior flexibilização dos padrões de crédito, afetando os lucros negativamente. Efeitos 
opostos sobre as perdas incobráveis e sobre os lucros podem ser esperados de um arrocho nos 
padrões de crédito. 
 
 
Maior flexibilização nos padrões de crédito podem causar as seguintes alterações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODELOS DE ANÁLISE(alterações no padrão de crédito): 
 
01. A Dodd Tool, fabricante de peças para tornos mecânicos, está atualmente vendendo um produto por 
$ 10 a unidade. As vendas, todas a crédito, do ano mais recente foram de 60.000 unidades. O custo 
variável unitário é de $ 6 e o custo fixo total é de $ 120.000. 
A empresa está pretendo flexibilizar os padrões de crédito e espera-se que esta medida acarrete um 
acréscimo de 5% nas vendas, para 63.000 unidades, um aumento no período médio de cobrança do 
seu nível atual de trinta para quarenta e cinco dias, e um aumento no nível de devedores incobráveis de 
1% para 2% sobre as vendas. O retorno exigido pela empresa sobre os investimentos de igual risco, o 
qual correspondente ao custo de oportunidade do comprometimento de fundos com as 
duplicatas a receber, é de 15% ao ano. 
Para calcular se a Dood Tool deve adotar padrões de crédito mais flexíveis, é necessário calcular o 
efeito sobre a contribuição adicional aos lucros, decorrentes das vendas, o custo de investimento 
marginal em duplicatas a receber e o custo marginal dos devedores incobráveis. 
Atenção deve ser dada os custos fixos que não sofrerão alteração no novo patamar de vendas, no plano 
proposto. 
 
Contribuição adicional aos Lucros (margem de contribuição) 
Margem de contribuição(MC) = Margem de contribuição unitária(Mcu) X nº de unidades resultantes do 
aumento 
MCu = PVu – CVu (Margem de Contribuição unitária = Preço unitário de venda – custo variável unitário) 
MC = ($ 10 – $ 6) X 3.000 = $ 12.000 
 
 
Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a receber: 
Investimento médio = custo variável total das vendas anuais 
em duplicatas a receber giro das duplicatas a receber 
 
Giro das duplicatas a receber = 360__________________ 
período médio de cobrança 
 
Giro de duplicatas a receber: 
Plano proposto: 360 = 8 Plano atual : 360 = 12 
Variável Direção da 
variável 
Efeito sobre os 
lucros 
Volume das vendas Aumenta Positivo 
Investimentos em duplicatas a receber Aumenta Negativo 
Perdas com devedores incobráveis Aumenta Negativo 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
45 30 
 
Investimento médio em duplicatas a receber: 
 
Plano proposto: $ 378.000 = $ 47.250 Plano atual: 360.000 = 30.000 
8 12 
 
Custo do investimento marginal em duplicatas a receber: 
 
+ Investimento médio com o plano proposto $ 47.250 
- Investimento médio com o plano atual $ 30.000 
Investimento marginal em duplicatas a receber $ 17.250 
x Retorno exigido sobre o investimento 0,15 
Custo do investimento marginal em D/R $ 2.588 
 
Custo marginal com devedores incobráveis: 
 
Plano proposto: (0,02 X $ 10/unidade X 63.000 unidades) = $ 12.600 
Plano atual : (0,01 X $ 10/unidade X 60.000 unidades) = $ 6.000 
Custo marginal com devedores incobráveis $ 6.600 
 
 
 
 
 
 
 
Efeitos de uma flexibilização nos padrões de crédito da Dood Tool: 
Contribuição adicional aos lucros 
(3.000 unidades X ($ 10 - $ 6) 
 $ 12.000 
Custo do investimento marginal em D/R 
Investimento médio com o plano proposto: 
($ 6 X 63.000) = $ 378.000 
8 8 
Investimento médio com o plano atual: 
($ 6 X 60.000) = $ 360.000 
12 12 
Investimento marginal em D/R 
Custo do investimentomarginal em D/R 
(15% X $ 17.250) 
 
$ 47.250 
 
$ 30.000 
 
$ 17.250 
 
($ 2.588) 
Custo marginal dos devedores incobráveis 
Incobráveis com o plano proposto 
(0,02 X $ 10 X 63.000) 
Incobráveis com o plano atual 
(0,01 X $ 10 X 60.000) 
Custo marginal dos devedores incobráveis 
 
$ 12.600 
 
$ 6.000 
 
($ 6.600) 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
Lucro líquido proveniente da implementação do plano 
proposto 
$ 2.812 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES NAS CONDIÇÕES DE CRÉDITO 
 
Desconto financeiro: quando uma empresa começa a oferecer um desconto financeiro ou o aumenta, 
podem-se esperar os seguintes efeitos sobre o lucro: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02. Suponha que a Dodd Tool esteja pretendendo introduzir um desconto financeiro de 2% para 
pagamento até dez dias após a compra. O atual período médio de cobrança é trinta dias (giro = 360/12 
= 12), as vendas a crédito montam em 60.000 unidades, o preço unitário de $ 10 e o custo variável por 
unidade de $ 6. A empresa espera que, com a introdução do desconto financeiro, 60% de suas vendas 
passarão a ser feitas com desconto e as vendas aumentarão em 5%, para 63.000 unidades. O período 
médio de cobrança deve cair para quinze dias (giro = 360/15 = 24). Espera-se que a perda com 
incobráveis caia do nível atual de 1% para 0,5% das vendas. O retorno exigido pela empresa sobre 
investimentos de igual risco permanece em 15%. A análise dessa decisão é semelhante ao do exemplo 
anterior. 
Variável Direção de mudança Efeito sobre o lucro 
Volume de vendas Aumenta Positivo 
Investimento em duplicatas a receber devido a clientes 
que aproveitaram o desconto financeiro e passam a 
pagar mais cedo 
Diminui Positivo 
Investimentos em duplicatas a receber devido a novos 
clientes 
Aumenta Negativo 
Perdas com incobráveis Diminui Positivo 
Lucro por unidade Diminui Negativo 
Margem de contribuição adicional aos lucros: 
3.000 unidades X ($ 10 - $ 6) 
 
$ 12.000 
Custo do investimento marginal em D/R: 
Investimento médio com o plano proposto: 
$ 6 X 63.000 = $ 378.000 
24 24 
Investimento médio com o plano atual 
Investimento marginal em D/R 
Custo do investimento marginal em D/R 
0,15 X $ 14.250 
 
$ 15.750 
$ 30.000 
($ 14.250) 
 
* $ 2.138 
Custo marginal dos devedores incobráveis: 
Com o plano proposto (0,005 X $ 10 X 63.000) 
Com o plano atual (0,01 X $ 10 X 60.000) 
Custo marginal dos devedores incobráveis 
 
$ 3.150 
$ 6.000 
 
* $ 2.850 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
� Este valor é positivo, pois representa uma economia e não um custo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Política de cobrança: os tradeoffs básicos que podem resultar de um aumento nos esforços de cobrança 
são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Política de Crédito 
 
A política de crédito é primordial para nortear e embasar os procedimentos e operacionalidade dos 
departamentos de crédito e cobrança, e demais departamentos administrativo-financeiros e também 
vendas, como as condições comerciais de prazo, taxas de desconto, encargos, etc. 
 
Ao definirmos a política de crédito a ser seguida, devemos nos basear nas seguintes variantes: uso da 
concessão de crédito para aumentar as vendas, critérios para a concessão, diretrizes e delegação das 
responsabilidades na obtenção das informações necessárias entre os departamentos de crédito e de 
vendas para a concessão de crédito e processo de cobrança, procedimentos e normas de 
cobrança, suspensão ou extinção do crédito de clientes inadimplentes, administração da carteira do 
contas a receber, autoridade e autonomia do departamento de crédito em relação a vendas, entre 
outras, definir padrões e critérios para se medir o desempenho da atuação operacional. Estas variáveis 
devem nortear o encontro do ponto de equilíbrio entre as vendas e a qualidade da carteira a receber. 
 
Objetivo da política de crédito deve ser equilibrar o lucro da empresa, através de uma excelente 
qualidade da carteira a receber, através do gerenciamento do risco, e as necessidades dos clientes. 
Além de atuar tática e estrategicamente com as metas e planos da empresa. 
Abaixo listamos os principais tipos de política de crédito: 
 
1.Crédito Moderado / Cobranças Moderadas 
Crédito moderado com uma política de cobrança moderada pode bem ser a política creditícia ótima. 
Pois otimiza o crescimento das vendas, condições de recebimento, margens de lucro e fluxo de caixa 
provavelmente, tendo maior probabilidade de alcançar o melhor ponto de equilíbrio nos negócios. 
Custos de avaliação de crédito e perdas podem ser mantidos como aceitáveis. 
O amplo uso de instrumentos de crédito pode encontrar uma base de crédito adequada para negociar 
com quase todos os clientes. Esta política creditícia geralmente encontra o equilíbrio necessário para o 
êxito nos negócios. 
Variável Direção da 
mudança 
Efeito sobre o 
lucro 
Volume de vendas Nenhuma ou 
diminuição 
Nenhum ou 
negativo 
Investimento em D/R Diminui Positivo 
Perdas com incobráveis Diminui Positivo 
Dispêndios com cobrança Aumenta Negativo 
Custo do desconto financeiro 
(0,02 X 0,60 X $ 10 X 63.000) 
 
$ 7.560 
Lucro líquido proveniente da implementação do 
plano proposto 
 
$ 9.428 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
2.Crédito Liberal / Cobranças Agressivas 
A empresa vende para praticamente qualquer cliente, independente de sua capacidade creditícia e 
todos os atrasos são perseguidos muito agressivamente. Este tipo de política creditícia inclui 
acompanhamento de cobrança conveniente, avaliação e cobrança de encargos moratórios, e ação 
judicial rápida. Programas organizados de cobrança são efetivamente implementados, o que pode 
produzir ótimos lucros. Freqüentemente, entretanto, ocorre aumento dos custos do pessoal de cobrança 
e perdas com dívidas incobráveis. 
 
3.Crédito Agressivo / Cobranças Liberais 
A concessão de crédito é rígida e procedimentos da política de aprovação de crédito são rigorosamente 
seguidos. Crédito é concedido somente para clientes de boa qualidade creditícia. Garantias pessoais, 
cartas de crédito e outras formas de instrumentos de crédito são usados sistematicamente. Problemas 
de atraso geralmente são mínimos devido às práticas de crédito rigorosas. Entretanto, o 
acompanhamento de cobrança é praticado muito brandamente. Esta política creditícia geralmente 
resulta em uma carteira de contas a receber de alta qualidade, mas vendas e receitas não são 
otimizadas. Muitas contas com risco de crédito um pouco acima do desejado são recusadas. Uma 
empresa usando este tipo de política não vai de encontro com as práticas altamente competitivas do 
mercado atual. 
 
4.Crédito Agressivo / Cobranças Agressivas 
São usadas práticas muito rígidas de aprovação de crédito e o acompanhamento de cobrança é 
extremamente rápido. Esta política minimiza perdas de dívidas incobráveis e mantém a carteira a 
receber em um alto nível de qualidade. Lamentavelmente, esta prática de crédito também restringe o 
crescimento do volume de vendas e produz baixos níveis de lucro. Uma política de cobrança muito 
restritiva pode não ser adequada para o ambiente atual no qual as empresas operam. 
 
5.Crédito Liberal / Cobranças Liberais 
Vendas a crédito são feitas para praticamente qualquer cliente, independente de seu histórico creditício. 
Ações de cobrança são aplicadas vagamente. Níveis de venda mostrarão dramáticos resultados de 
crescimento com este tipo de política creditícia. Entretanto, altas dívidas incobráveis, custos de 
cobrança, despesas legais e outros custos de crédito serão incrementados rapidamente. Uma política 
de cobrança e crédito liberais usualmente resulta em menos lucros, ou grandes perdas, do que em outr
o 
tipo de política. Basicamente, muitas empresas que seguem esta política creditícia tornam-se 
insolventes. 
 
GESTÃO DE RISCOS 
I - Introdução 
Um Sistema de Segurança por mais sofisticado que o seja,estará suscetível a 
falhas se não houver um trabalho preliminar de gerenciamento e prevenção de 
riscos. Este trabalho inicia com o levantamento de possíveis riscos a Organização 
(pública ou privada), o que chamamos Inteligência, ou seja, usar corretamente 
toda informação obtida para sanar ou evitar quaisquer dos fatores de risco. 
Ao utilizar-se destas informações em prol de uma política de prevenção, a 
Organização estará apoiando, de maneira direta ou indireta, departamentos que 
mesmo possuindo tarefas distintas estão interligados pelo objetivo comum: o 
sucesso da Organização. Corroborando este sucesso, o Departamento de 
Segurança executando com pró-atividade suas atribuições. 
A globalização implementou mudanças expressivas em praticamente todos os 
segmentos profissionais, onde a velocidade da informação dita novos conceitos e 
metodologias de trabalho. Neste contexto, até a criminalidade avançou mediante a 
troca de informações, técnicas e armamentos entre facções criminosas ou 
terroristas. 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
"Quem detém a informação, detém o poder", conforme este conceito a Segurança 
em seus diversos aspectos deve manter-se permanentemente atualizada e 
devidamente preparada para enfrentar quaisquer contingências, embora seja difícil 
prever-se onde e quando ocorrerão sinistros. 
Existem Organizações onde a Segurança fica limitada apenas ao controle de fluxo 
de visitantes ou tarefas de Portaria, mas na parte denominada Patrimonial 
englobam-se muitas tarefas (segurança de instalações, pessoal, valores, 
informações, inteligência empresarial...) e exige profissionais adequadamente 
preparados (Vigilantes e Gestores). 
 
 
 
Análise de Investimentos 
 
3.1 Princípios de Fluxos de Caixa e Orçamento de Capital 
 
O Orçamento de capital é o processo que consiste em avaliar e selecionar investimentos a longo prazo, 
que sejam coerentes com o objetivo da empresa de maximizar a riqueza de seus proprietários. O 
processo de orçamento de capital consiste de cinco etapas distintas porém interrelacionadas. Começa 
com a geração de propostas. É seguido pela avaliação e análise, tomada de decisão, implementação e 
acompanhamento das que foram selecionadas. 
 
As decisões de orçamento de capital (investimento) e decisões de financiamento são tratadas 
separadamente, tendo como elo comum o custo de capital. Estaremos nos concentrando aqui na 
aquisição de ativos imobilizados, sem considerar o método específico utilizado para seu financiamento. 
 
3.2 Avaliação de Projetos de Investimento 
 
A maioria das empresas só dispõe de uma quantia fixa para fins de dispêndios de capital. Inúmeros 
projetos poderão disputar essa quantia limitada. Então, a empresa precisa racioná-los, apropriando 
fundos aos projetos que possam maximizar os retornos a longo prazo. 
 
Os estudos de avaliação de projetos têm por base o fluxo de caixa do projeto estudado, e não o lucro 
contábil. Assim sendo, o primeiro passo a ser dado é a montagem de um fluxo de caixa. Com base 
nele serão aplicados os métodos de análise. 
 
 
3.1.1 Tipos de Projetos 
 
A) Projetos independentes 
 
Não competem entre si, de tal modo que a aceitação de um deles não elimina a consideração dos 
outros. Se uma empresa tiver fundos ilimitados para investir, todos os projetos independentes que 
satisfizerem seu critério mínimo para investimento podem ser implementados. 
 
B) Projetos mutuamente excludentes 
 
Aqueles que possuem a mesma função. A aceitação de um grupo de projetos mutuamente excludentes 
elimina a consideração de todos os outros projetos do grupo. 
 
 
3.1.2 Abordagens de Apoio à Decisão
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
Vejamos os dados da Tabela que se segue sobre dispêndios de capital para a Companhia XPTO. 
Estes dados serão utilizados nos exemplos sobre as seguintes técnicas: taxa média de retorno e 
payback, definidos a diante. 
 
Tabela: 
Projeto A Projeto B 
_____________________ ______________________ 
Investimento 
Inicial $42.000 $45.000 
 
Ano LAIR $ FC $ LAIR $ FC $ 
1 7.700 14.000 21.250 28.000 
2 4.760 14.000 2.100 12.000 
3 5.180 14.000 550 10.000 
4 5.180 14.000 550 10.000 
5 5.180 14.000 550 10.000 
 
Média 5.600 14.000 5.000 14.000 
 
 
A) Taxa Média de Retorno 
 
A taxa média de retorno utiliza dados contábeis (LAIR: lucro antes do imposto de renda. Esta medida é 
chamada, às vezes, de taxa de retorno contábil, e pode ser obtida através do seguinte cálculo: 
 
 
 
Taxa média de retorno = LAIR médio 
Investimento médio 
 
 
 
Critério de decisão: 
 
Escolher o que tiver a maior taxa média de retorno. 
 
Vantagens e desvantagens do uso da taxa média de retorno: 
 
Vantagens: facilidade de cálculo (único dado exigido é o lucro projetado) 
 
Desvantagens: 
 
Deficiência conceitual : inabilidade do método em especificar a taxa média de retorno 
adequada à luz do objetivo da maximização da riqueza do acionista. 
Uso de dados contábeis, ao invés de entradas de caixa. Este problema pode ser superado, 
utilizando-se entradas de caixa médias como numerador. 
Ignora o fator tempo no valor do dinheiro. 
 
 
 
 
 
Exemplo:
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
Com base na tabela 1, calcule a taxa média de retorno dos projetos A e B e indique qual o projeto 
preferido. 
 
TMRA = 5.600 / 21.000 = 26,67% 
 
TMRB = 5.000 / 22.500 = 22,22% 
 
TMRA > TMRB => Prefiro A a B 
 
 
B) Períodos de Payback 
 
O período de payback é o número de anos necessários para se recuperar o investimento inicial. 
 
Vantagens e desvantagens do uso de períodos de payback: 
 
Vantagens: 
 
Considera fluxos de caixa, em vez de lucros contábeis. 
Dá alguma consideração implícita à época dos fluxos de caixa, e assim ao fator tempo no 
valor do dinheiro. 
Medida de risco, pois reflete a liquidez do projeto e o risco de recuperar o investimento. 
 
Desvantagens: 
 
Incapacidade de especificar o período de payback de acordo com o objetivo de maximização 
da riqueza do acionista. 
Não considera integralmente o tempo no valor do dinheiro. 
Não considera fluxos de caixa que ocorrem após o período de payback. 
 
 
Exemplo: 
 
Com base na Tabela 1, calcular o período de payback para os projetos A e B e, com base neste critério, 
definir qual deve ser preferido. 
 
Projeto A: Inv. Inic. = $42.000 
Saídas $ = 5 x 14.000 
 
PaybackA = 42.000 – 14.000 – 14.000 – 14000 = 0 
=> 3 anos 
 
Projeto B: Inv. Inic = $45.000 
Saídas $ = 28.000, 12.000, 3 x 10.000 
 
 
 
PaybackB = 45.000 – 28.000 – 12.000 – 10.000/2 = 0 
=> 2,5 anos 
 
PaybackB < PaybackA => B é preferível a A. 
 
 
C) Valor Atual Líquido
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
Ou NPV (Net Present Value) 
 
 
VAL = valor atual das entradas de caixa – investimento 
inicial 
 
Critério de decisão: 
 
Se VAL ε 0, deve-se aceitar o projeto, caso contrário, deve-se rejeitá-lo. 
 
 
Exemplo: 
 
Com base na tabela 1, e sabendo-se que o custo de capital para a empresa XPTO é de 18,25% aa, 
calcular o VAL dos projetos A e B e definir qual deve ser o preferido. 
 
Na HP 12C: 
 
Projeto A: 
Cálculo do PV: [f] [REG] [14000] [PMT] [5] [n] [18.25] [i] [PV] 
PV = 
VALA = PV – Inv. Inic. = 
 
Projeto B: 
Cálculo do NPV: [f] [REG]] [18.25] [i] [45000] [CHS] [g] [CFo] [28000] [g] [CFj] [12000] [g] 
[CFj] [10000] [CFj] [3] [g] [Nj] [f] [NPV] 
VALB = 
 
Ambos projetos são aceitáveis, porém, dado que VALB VALA => é preferível a 
 
 
D) Índice de Lucratividade 
 
Às vezes denominado de índice de custo-benefício, o índice de lucratividade mede o retorno relativo ao 
valor atual por $1,00 investido. A diferença do IL para o VAL é que o VAL dá a diferença monetária 
entre o valor atual dos retornos e o investimento inicial. 
 
 
 
 
IL = valor atual das entradas de caixa 
Investimento inicial 
 
 
Critério de decisão: 
 
Se IL ε 1, deve-se aceitar o projeto; caso contrário, rejeitá-lo. 
 
Obs.: Se uma empresa tiverfundos ilimitados, provavelmente a classificação pelo VAL seria a preferida, 
ao passo que nos casos de racionamento de capital, provavelmente a classificação com base no IL 
seria mais útil, já que os IL’s indicam o retorno por dólar proveniente de um projeto. 
 
 
Exemplo:
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
 
Com base na tabela 1, e sabendo-se que o custo de capital da empresa XPTO é de 18,25% aa, calcular 
o índice de lucratividade dos projetos A e B e definir, com base neste critério, qual deve ser preferido. 
 
Projeto A: 
PV entradas de caixa: 43.533,62 
Inv. Inic.: 42.000 
ILA = 43.533,62 / 42.000 = 1,0365 
ILA > 0 => aceitar A 
 
Projeto B: 
PV entradas de caixa: 47.747,74 
Inv. Inic.: 45.000 
ILB = 47.747,74 / 45.000 = 1,0611 
ILB > 0 => aceitar B 
 
ILB > ILA => B é preferível a A 
 
 
E) Taxa Interna de Retorno (TIR) 
 
Ou Internal Rate of Return (IRR) 
 
Assim como a VAL, a TIR é uma técnica muito usada para se avaliar alternativas de investimento. É 
interessante notar que o mesmo conceito é utilizado para calcular a performance de uma carteira de 
investimentos. 
 
A TIR é definida como a taxa de desconto que leva o valor atual das entradas de caixa a se igualarem 
ao investimento inicial referente a um projeto. Em outras palavras, é a taxa de desconto que, aplicada 
aos cálculos do projeto, faz com que o VAL seja igual a zero. 
 
Quando não se dispõe de uma calculadora financeira, a TIR é calculada por tentativa-e-erro. 
 
Critério de decisão: 
 
Se TIR ε custo de capital, aceitar o projeto, caso contrário, rejeitá-lo. 
 
 
Exemplo : 
 
Com base na Tabela 1, calcular a TIR dos projetos A e B e, sabendo-se que o custo de capital da 
empresa XPTO é 18,25% aa, definir qual dos projetos é preferível. 
 
Projeto A: 
Na HP 12C: [f] [REG]] [42000] [CHS] [g] [CFo] [14000] [g] [CFj] [5] [g] [Nj] [f] [IRR] 
TIRA = 
 
Projeto B: 
Na HP 12C: [f] ] [REG]] [45000] [CHS] [g] [CFo] [28000] [g] [CFj] [12000] [g] [CFj] [10000] [g] 
[CFj] [3] [g] [Nj] [f] [IRR] 
TIRB = 
 
Dado que TIRA e TIRB > custo capital => ambos são aceitáveis. Porém, TIRB TIRA => é preferível a , 
de acordo com este critério.
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
 
F) Projetos Mutuamente Exclusivos: taxa de retorno do fluxo de caixa incremental 
 
Veremos aqui os caso em que as alternativas de investimentos são extremamente independentes, 
fazendo com qu duas ou mais alternativas se apresentem como atrativas; neste caso, poderá existir 
uma restrição (normalmente trata-se de uma limitação de recursos) que faça com que o investidor só 
possa escolher a melhor alternativa dentre duas ou mais que ele estiver analisando. 
 
 
Exemplo 
 
Considerando que a empresa só dispõe de $ 20.000 para investir e que a taxa mínima de atratividade é 
de 8% aa, qual das alternativas abaixo é a melhor para a empresa investir? 
- A alternativa A envolve investir a totalidade dos $ 20.000 disponíveis para investimento e irá gerar 
rendas anuais, durante 5 anos de $ 5.550, sem valor residual; 
- A alternativa B pressupõe investimento de parte da verba, $ 10.600, também trará lucros, na ordem 
de $ 3.000 durante o mesmo período e, novamente, sem valor residual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se optarmos pela alternativa B, o saldo restante, $ 9.940, seria aplicado à 8% aa, que é a taxa de 
atratividade fixada. Portanto, fica claro que a melhor alternativa é a A . 
 
Por outro lado, quais seriam as decisões tomadas pela empresa, caso a taxa mínima de atratividade 
fosse fixada para os seguintes valores: 9% aa, 11% aa, 12% aa, 13% aa, 15% aa e 16% aa? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
G) Comparação entre Projetos com Vidas Desiguais: Método do Valor Atual Líquido Anualizado 
 
Até agora, estudamos projetos mutuamente excludentes e com vidas iguais. Entretanto, na vida real, 
nem sempre o problema se apresenta desta forma. Neste caso, a técnica mais utilizada para comparar 
projetos com vidas desiguais é o método do Valor Atual Líquido Anualizado (VALA). 
 
O método do valor atual líquido anualizado transforma o valor atual líquido de projetos de vidas 
desiguais num montante anual equivalente 
Alternativa A Alternativa B Fluxo 
Incremental (A 
– B) 
Taxa Mínima de 
Atratividade 
Alternativa 
Escolhida 
12% 15% 9% 8% A 
12% 15% 9% 9% A ou B 
12% 15% 9% 11% B 
12% 15% 9% 12% B 
12% 15% 9% 13% B 
12% 15% 9% 15% B 
12% 15% 9% 16% nenhuma 
ANO ALTERNATIVA A ALTERNATIVA B FLUXO 
INCREMENTAL 
0 -20.000 -10.060 -9.940 
1 5.550 3.000 2.550 
2 5.550 3.000 2.550 
3 5.550 3.000 2.550 
4 5.550 3.000 2.550 
5 5.550 3.000 2.550 
Taxa de retorno 12%aa 15%aa 9%aa 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
que pode ser usado para escolher o melhor projeto. 
 
 
 
VALA= VAL . 
FVAA i,n 
 
n 
Sendo FVAAi,n = Σ 1/(1 + i)
t
 
t=1 
 
 
Exemplo: 
 
Calcular os VALAs dos projetos A, B e C abaixo e, com base neste critério, e num custo de capital de 
15,0% aa, informar qual deve ser preferido. 
 
Projeto 
A B C 
Inv. Inicial $10.000 $12.000 $15.000 
Ano Entradas de caixa 
1 1.000 5.000 3.800 
2 5.000 6.000 3.800 
3 5.000 7.000 3.800 
4 4.000 3.800 
5 3.000 3.800 
6 3.800 
7 3.800 
8 3.800 
 
 
Projeto A: 
VALA = 1.716 
Na Tabela anexa: FVAA15,5 = 3,352 
VALAA = 1.716 / 3,352 = 512 
 
Projeto B: 
VALB = 
Na HP 12C: [f] [REG] [1487] [PV] [15] [i] [3] [n] [PMT] 
VALAB = 
 
Projeto C: 
VLAC = 
VALAC = 
VALAB > VALAA > VALAC => é o projeto preferível. 
 
 
 
Exercícios propostos: 
 
1) A empresa Cheiro da Terra está avaliando uma máquina nova para fabricar velas aromáticas. O 
ativo requer um investimento inicial de $24.000 e gerará uma entrada de caixa após o imposto de renda 
de $5.000 ao ano por oito anos. Para cada uma das taxas de retorno exigidas listadas abaixo: (1)
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
calcule o valor atual líquido, (2) indique se a máquina deve ser aceita ou rejeitada e (3) explique sua 
decisão. 
a) Taxa de retorno exigida é 10% 
b) Taxa de retorno exigida é 12% 
c) Taxa de retorno exigida é 14% 
 
 
 
 
 
 
 
 
2)Uma empresa pode adquirir um ativo fixo por um investimento inicial de $13.000. Se o ativo rende 
uma entrada de caixa anual após o imposto de renda de $4.000 por quatro anos, 
a) Determine a taxa de retorno máxima exigida que a empresa possa ter e ainda aceitar o ativo (próxima 
taxa porcentual inteira) 
b) Determine o valor atual líquido do ativo, supondo que a empresa tenha um custo de capital de 10%. 
c) Determine o índice de lucratividade, supondo que a empresa tenha um custo de capital de 10%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) A empresa Sucesso e Participações Ltda. Obteve a seguinte estimativa para um projeto a longo 
prazo que está considerando. O investimento inicial será $18.250 e espera-se que o projeto renda 
entradas de caixa após o imposto de renda de $4.000 ao ano, por sete anos. A empresa tem uma taxa 
de retorno exigida de 10%. 
a) Determinar o valor atual líquido do projeto. 
b) Determinar o índice de lucratividade para o projeto. 
c) Determinar a taxa interna de retorno para o projeto. 
d) Você recomendaria a aceitação ou rejeição do projeto? Justifique sua resposta. 
 
 
 
 
 
 
4) A Companhia Agulhas Negras está considerando um dispêndio de capital que requer um 
investimento inicial de $42.000 e retorno de entradas de caixa após o imposto de renda de $7.000 ao 
ano, por 10 anos. A empresa estabeleceu um padrão de payback de 8 anos. 
a) Qual o pay-back descontado da empresa para uma taxa de atratividade de 20% aa? 
a) A empresa deveria aceitar o projeto? Justifique. 
 
 
 
 
 
 
5) Os Empreendimentos Vida Nova desejam selecionar a melhor entre três máquinas possíveis. 
Espera-se que cada máquina atenda à necessidade de capacidade adicional de extrusão de alumínio. 
As três máquinas – A, B e C – têm riscos idênticos. A empresa planeja usar um custo de capital de 12% 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br

Continue navegando

Outros materiais