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Administração financeira 
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados 1
Administração financeira 
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Créditos
Centro Universitário Senac São Paulo – Educação Superior a Distância
Diretor Regional 
Luiz Francisco de Assis Salgado
Superintendente Universitário 
e de Desenvolvimento 
Luiz Carlos Dourado
Reitor 
Sidney Zaganin Latorre
Diretor de Graduação 
Eduardo Mazzaferro Ehlers
Gerentes de Desenvolvimento 
Claudio Luiz de Souza Silva 
Roland Anton Zottele
Coordenadora de Desenvolvimento 
Tecnologias Aplicadas à Educação 
Regina Helena Ribeiro
Coordenador de Operação 
Educação a Distância 
Alcir Vilela Junior
Professor Autor 
Clodoir Vieira 
Revisora Técnica 
Fátima Guarda Sardeiro
Técnica de Desenvolvimento 
Regina de Freitas Jardim Ferraz
Coordenadoras Pedagógicas 
Ariádiny Carolina Brasileiro Silva 
Izabella Saadi Cerutti Leal Reis 
Nivia Pereira Maseri de Moraes
Equipe de Design Educacional 
Adriana Mitiko do Nascimento Takeuti 
Alexsandra Cristiane Santos da Silva 
Angélica Lúcia Kanô 
Cristina Yurie Takahashi 
Diogo Maxwell Santos Felizardo 
Elisangela Almeida de Souza 
Flaviana Neri 
Francisco Shoiti Tanaka 
João Francisco Correia de Souza 
Juliana Quitério Lopez Salvaia 
Kamila Harumi Sakurai Simões 
Karen Helena Bueno Lanfranchi 
Katya Martinez Almeida 
Lilian Brito Santos 
Luciana Marcheze Miguel 
Mariana Valeria Gulin Melcon 
Mayra Bezerra de Sousa Volpato 
Mônica Maria Penalber de Menezes 
Mônica Rodrigues dos Santos 
Nathalia Barros de Souza Santos 
Renata Jessica Galdino 
Sueli Brianezi Carvalho 
Thiago Martins Navarro
Coordenador Multimídia e Audiovisual 
Adriano Tanganeli
Equipe de Design Visual 
Adriana Matsuda 
Camila Lazaresko Madrid 
Danilo Dos Santos Netto 
Estenio Azevedo 
Hugo Naoto 
Inácio de Assis Bento Nehme 
Karina de Morais Vaz Bonna 
Lucas Monachesi Rodrigues 
Marcela Corrente 
Marcio Rodrigo dos Reis 
Renan Ferreira Alves 
Renata Mendes Ribeiro 
Thalita de Cassia Mendasoli Gavetti 
Thamires Lopes de Castro 
Vandré Luiz dos Santos 
Victor Giriotas Marçon 
William Mordoch
Equipe de Design Multimídia 
Cláudia Antônia Guimarães Rett 
Cristiane Marinho de Souza 
Eliane Katsumi Gushiken 
Elina Naomi Sakurabu 
Emília Correa Abreu 
Fernando Eduardo Castro da Silva 
Michel Iuiti Navarro Moreno 
Renan Carlos Nunes De Souza 
Rodrigo Benites Gonçalves da Silva 
Wagner Ferri 
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Objetivos Específicos
•	 Entender	as	principais	aplicações	da	disciplina,	sua	importância	é	relembrar	
as	principais	demonstrações	financeiras.
Temas
Introdução
1	Conceitos	gerais
2	As	origens	e	aplicações	de	caixa
Considerações	finais
Referências
Clodoir Vieira
Administração financeira
Aula 01
Professor
O papel e o ambiente da administração financeira 
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Introdução
As	 empresas	 são	 entidades	 vivas	 e	 em	 constante	 evolução.	 Portanto,	 não	 seria	 de	
estranhar	 que	 o	 estudo	 das	 finanças	 seja	 ainda	mais	 dinâmico.	 Nos	 últimos	 anos,	 temos	
presenciado	 importantes	mudanças	que	elevaram	o	grau	de	 sofisticação	da	administração	
financeira,	 cujo	papel	é	maximizar	o	valor	das	organizações	através	da	geração	de	 lucro	e	
caixa.	A	visão	atual	da	função	do	administrador	financeiro	não	envolve	apenas	a	tomada	de	
decisão	de	financiamento	e	investimentos	ou	o	controle	das	contas,	mas	abrange	a	chamada	
longevidade	 dos	 negócios.	 Isso	 quer	 dizer	 que	 o	 administrador	 financeiro,	 apesar	 de	 não	
se	envolver	com	a	produção,	é	uma	das	peças-chave	para	a	perpetuidade	da	companhia.	A	
palavra	sustentabilidade	entrou	no	jogo.
Após	a	intensificação	da	globalização,	na	década	de	1990,	o	fluxo	internacional	de	capitais,	
de	produtos	e	de	serviços	tornou-se	mais	intenso	e	as	empresas	ficaram	mais	vulneráveis	às	
crises	e	eventos	internacionais.	Isso	fica	claro	na	crise	de	2008,	que	iniciou	nos	Estados	Unidos	
e	contaminou	o	mundo	inteiro,	principalmente	a	Europa.	Por	esse	motivo,	a	administração	
financeira	torna-se	cada	vez	mais	sofisticada,	com	novos	 instrumentos	e	conceitos.	Há	um	
aumento	da	preocupação	com	a	gestão	de	riscos,	que	se	tornou	fundamental	no	estudo	da	
administração	financeira.
Novos	instrumentos	financeiros	surgiram,	como	os	derivativos.	Importante	lembrar	que,	
apesar	de	o	objetivo	das	empresas	ser	a	produção,	sua	trajetória	financeira	pode	ser	motivo	
de	seu	sucesso	ou	seu	fracasso.	Casos	recentes	como	o	da	Sadia,	que	sofreu	grandes	perdas	
financeiras	por	conta	de	operações	com	derivativos,	exemplificam	a	importância	de	uma	boa	
gestão	de	riscos.
Neste	capítulo	iremos	abordar	o	conceito	de	administração	financeira,	sua	importância	
para	a	geração	de	valor	nas	corporações,	retomar	os	conceitos	básicos	das	demonstrações	
financeiras	e	sua	relação	com	as	atividades	empresariais.
1 Conceitos gerais
1.1 Administração financeira
Para	 compreender	 a	 administração	 financeira	 e	 o	 papel	 dos	 profissionais	 que	 atuam	
nessa	área,	é	preciso	entender	o	conceito	de	finanças.	“Podemos	definir	finanças	como	a	arte	
e	a	ciência	de	administrar	fundos”	(GITMAN,	2005,	p.	4).	Ao	contrário	do	que	se	imagina,	os	
administradores	financeiros	não	atuam	apenas	em	instituições	financeiras,	mas	em	empresas	
e	segmentos	de	todos	os	tipos	e	tamanhos.	“Já	que	a	maioria	das	decisões	empresariais	são	
tomadas	em	termos	financeiros,	o	administrador	financeiro	desempenha	um	papel	crucial	na	
operação	da	empresa”	(GITMAN,	2005,	p.	10).
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No	contexto	das	empresas	a	administração	das	finanças	busca	otimizar	o	uso	dos	recursos	
disponíveis	com	vista	a	ampliar	a	 lucratividade	e	a	geração	de	caixa.	Para	 isso,	há	uma	grande	
variedade	de	funções	na	administração	financeira	que	envolve	atividades,	como	controle	de	gastos,	
elaboração	de	orçamento,	gestão	de	caixa,	captação	de	recursos	e	decisões	de	investimentos.
Dessa	forma,	afirma-se	que	as	funções	do	administrador	financeiro	concentram-se	em	
três	 áreas	principais:	 planejamento	financeiro	 (caixa),	 atividades	de	 investimento	 (ativo)	 e	
atividades	de	financiamento	(passivo	e	patrimônio	 líquido).	Deve-se,	entretanto,	frisar	que	
tanto	as	decisões	de	investimento	quanto	de	financiamento	dependem	de	um	fator:	caixa.	É	
a	geração	de	caixa	que	garante	a	longevidade	da	empresa	e	não	a	lucratividade.	Portanto	o	
caixa	é	o	“calcanhar	de	Aquiles”	de	um	administrador	financeiro.	Você	entenderá	melhor	o	
que	estamos	explicando	quando	falarmos	de	regime	de	caixa	versus	regime	de	competência.
1.2 Planejamento financeiro
A	principal	função	do	administrador	é	o	planejamento	financeiro,	que	traça	o	caminho	
a	 ser	 percorrido	 pela	 empresa	 para	 que	 seus	 objetivos	 sejam	 atingidos.	 Podemos	 ver	 o	
planejamento	financeiro	como	um	mapa	a	ser	seguido.	Ele	envolve	também	o	monitoramento	
de	 todas	 as	 atividades	 (produção,	 investimento	 e	 financiamento).	 Ao	 ter	 em	 mãos	 um	
planejamento	 financeiro	 consistente,	 a	 alta	 direção	 da	 empresa	 tem	maior	 confiança	 em	
tomar	suas	decisões,	seja	de	aumentar	ou	reduzir	a	produção,	contrair	um	empréstimo	ou	
realizar	 um	 investimento.	O	 processo	 começa	 com	 a	 elaboração	 de	 planos	 financeiros	 de	
longo	prazo,	ou	estratégicos.	A	estratégia	traçada	servirá	para	orientar	a	formulação	de	planos	
e	orçamentos	de	curto	prazo.
O	planejamento	financeiro	deve	ser	composto	por	dois	planos	essenciais:	o	planejamento 
de caixa e o planejamento de resultados.	Como	falamos,	a	gestão	de	caixa	é	primordial	para	
a	perpetuidade	da	empresa.	Dessa	forma,	o	orçamento	de	caixa	é	um	passo	importante.	O	
orçamento	de	caixa,	 também	denominado	de	previsão	de	caixa,	é	uma	demonstração	que	
apresentaas	entradas	e	as	saídas	de	caixa	planejadas	da	empresa,	que	a	utiliza	para	estimar	
suas	necessidades	de	caixa	no	curto	prazo,	com	especial	atenção	para	o	planejamento	do	
uso	de	superávits	e	a	cobertura	de	déficits.	De	uma	forma	geral,	o	orçamento	de	caixa	deve	
cobrir	o	prazo	de	um	ano,	dividido	em	intervalos.	Quanto	mais	estável	for	o	caixa	da	empresa,	
maiores	podem	ser	os	 intervalos	do	fluxo	de	caixa.	Mas	a	realidade	é	outra:	a	maioria	das	
empresas	 exibe	 certas	 sazonalidades	 nas	 suas	 contas	 e,	 por	 esse	 motivo,	 os	 executivos	
financeiros	acabam	por	elaborar	orçamentos	mensais.
O	 planejamento	 de	 resultados	 envolve	 a	 projeção	 das	 demonstrações	 da	 empresa.	
Tais	projeções	(receita,	custos,	despesas,	balanço	etc.)	irão	nortear	o	futuro	da	empresa	no	
longo	 prazo	 e	 evitar	 que	 o	 administrador	 seja	 surpreendido	 por	 um	 descasamento	 entre	
recebimentos	e	pagamentos.
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Essas	funções	abarcam	todo	o	balanço	patrimonial,	assim	como	a	demonstração	do	
resultado	do	exercício	e	outros	demonstrativos	contábeis.	Embora	essas	atividades	
repousem	fortemente	em	demonstrativos	financeiros	elaborados	com	base	no	regime	
de	competência,	 seu	objetivo	 fundamental	é	avaliar	o	fluxo	de	caixa	da	empresa	e	
desenvolver	planos	que	assegurem	que	os	recursos	necessários	estarão	disponíveis	
para	o	alcance	dos	objetivos.	(GITMAN,	2005,	p.	14)
1.3 Decisões de investimento
As	 atividades	 de	 investimento	 influenciam	 diretamente	 o	 lado	 esquerdo	 do	 balanço	
patrimonial,	ou	seja,	a	composição	do	ativo	(curto	ou	longo	prazo).	A	busca	do	administrador	
financeiro	deve	ser	por	obter	o	nível	ótimo	e	evitar	o	desequilíbrio	entre	o	curto	e	o	longo	prazo.	
As	decisões,	portanto,	são	de	aplicações	de	recursos	em	ativos	temporários	ou	permanentes.	
Como	exemplo,	podemos	citar	a	compra	de	maquinário,	integralização	de	capital	de	empresas	
controladas,	aplicações	financeiras	de	curto	e	longo	prazos,	nova	sede	etc.
1.4 Decisões de financiamento
Se	as	decisões	de	investimento	aparecem	do	lado	esquerdo	do	balanço,	as	decisões	de	
financiamento	encontram-se	do	lado	direito.	As	atividades	de	financiamento	envolvem	o	curto	
e	o	longo	prazo.	A	busca	do	administrador	é	pela	composição	ideal	que	represente	o	menor	
custo	de	capital	e,	para	 isso,	deve	avaliar	todas	as	alternativas	disponíveis	no	mercado.	Ao	
contrário	do	que	muitos	pensam,	nem	sempre	depender	apenas	de	capital	próprio	é	o	ideal	
para	uma	empresa.	Iremos	voltar	a	esse	assunto	mais	tarde.	Dentre	as	atividades	classificadas	
como	financiamento	podemos	destacar	 as	 contas	 classificáveis	 no	passivo	financeiro	 e	no	
patrimônio	líquido,	tais	como	empréstimos	bancários,	emissão	de	debêntures,	integralização	
de	capital	da	empresa	etc.
1.5 Caixa versus lucro
• Lucro: é	o	que	sobra	após	subtrair	do	valor	da	receita	todos	os	custos	e	despesas	
necessários	para	que	ocorra.
• Caixa: é	o	que	sobra	após	todos	os	recebimentos	de	receitas	e	pagamentos	de	custos	
e	despesas.
Ao	 avaliarmos	 a	 história	 de	 empresas	 de	 todos	 os	 portes	 fica	 claro	 que	 a	 causa	 da	
mortalidade	 ou	 da	 perpetuidade	 dos	 negócios	 está	 relacionada	 a	 um	 fator:	 a	má	 ou	 boa	
gestão	do	caixa.	Lembre-se:	caixa	é	todo	dinheiro	que	entra	e	sai	da	empresa	como	resultado	
de	suas	operações.	Se	a	empresa	não	tem	caixa,	torna-se	inadimplente	e	precisa	ampliar	seu	
endividamento	para	honrar	seus	compromissos,	decisão	nada	saudável.	Portanto,	a	função	
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crucial	do	administrador	financeiro	é	planejar	e	avaliar	financeiramente	o	negócio	como	um	
todo,	evitando	problemas	de	caixa.	O	caixa	representa	a	solvência	da	empresa.	Assim,	quando	
tratamos	da	função	do	administrador	financeiro,	estamos	falando	de	regime	de	caixa	e	não	
do	regime	de	competência.	Qual	a	diferença?
•	 Regime	de	Caixa
No	regime	de	caixa	as	receitas/despesas	são	reconhecidas	no	momento	em	que	ocorrem	
as	entradas/saídas	de	caixa.	O	regime	de	caixa	dá	uma	visão	mais	realista	da	empresa,	mas	
lembre-se:	sobra/falta	de	caixa	não	é	sinônimo	de	lucro/prejuízo.
•	 Regime	de	Competência
É	 utilizado	 na	 contabilidade.	Nessa	 abordagem,	 que	 serve	 de	 base	 para	 a	montagem	
das	demonstrações	financeiras,	as	receitas/despesas	são	reconhecidas	no	momento	em	que	
são	fechadas	com	os	compradores/vendedores.	 Isso	significa	que	não	há	a	necessidade	de	
transação	financeira	para	que	sejam	reconhecidas.
Agora	podemos	retomar	a	discussão	lucro versus caixa.	O	lucro	é	apurado	pelo	regime	
de	competência	e	não	no	regime	de	caixa.	“A	maximização	do	lucro	é	falha	por	várias	razões:	
ignora	 (1)	a	data	da	ocorrência	dos	 retornos,	 (2)	o	fluxo	de	caixa	disponível	aos	acionistas	
e	(3)	o	risco”	(GITMAN,	2005,	p.	17).	Há	uma	grande	diferença	entre	resultados	esperados	
e	a	efetividade	de	 tais	 resultados.	Dessa	 forma,	concluímos	que	o	papel	do	administrador	
financeiro	pode	ser	resumido	em	uma	frase:	maximização	do	retorno	do	acionista.
1.6 Revisão de contabilidade
Demonstrações Financeiras
Para	entendermos	melhor	como	o	administrador	financeiro	toma	suas	decisões	e	suas	
consequências	na	vida	das	empresas,	precisamos	compreender	as	principais	demonstrações	
financeiras.	Vale	a	pena	retomarmos	alguns	conceitos.	Recentemente,	as	normas	contábeis	
brasileiras	 sofreram	 profundas	 transformações,	 resultado	 da	 adoção	 do	 International 
Financial Reporting Standard (IFRS).	O	IFRS	consiste	em	um	conjunto	de	pronunciamentos	
de	 contabilidade	produzidos,	 publicados	 e	 revisados	por	 organismos	 internacionais.	A	 sua	
adoção	 visa	 à	 padronização	 das	 normas	 em	diversos	 países	 para	 facilitar	 o	 entendimento	
financeiro	internacional.
1.7 Balanço patrimonial
O	balanço patrimonial	pode	ser	definido	como	uma	demonstração	resumida	da	posição	
financeira	 da	 empresa	 durante	 determinado	 exercício.	 Na	 parte	 esquerda,	 é	 apresentado	
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o	ATIVO,	 ou	 seja,	 todos	 os	 bens	 e	 direitos	 que	 a	 empresa	 possui.	 Do	 lado	 direito,	 está	 o	
PASSIVO	que	abrande	todas	as	origens	de	recursos,	ou	seja,	as	obrigações	para	com	terceiros	
que	exigirão	ativos	para	a	sua	liquidação.	Ainda	do	lado	direito	está	o	PATRIMÔNIO LÍQUIDO,	
composto	pelos	 recursos	próprios	da	empresa.	O	patrimônio	 líquido	é	a	diferença	entre	o	
ativo	e	o	passivo.
Estrutura
• ATIVO
No	ativo	de	um	balanço	patrimonial	encontram-se	todos	os	investimentos	da	empresa,	
naquela	data,	expressos	em	valores	monetários.	Em	se	tratando	de	investimentos,	pode-se	
traduzir	que	o	ativo	representa	as	aplicações	da	empresa	que,	a	qualquer	momento,	poderão	
ser	realizadas.
De	acordo	com	as	normas	do	IFRS,	o	ATIVO	é	composto	por	duas	grandes	contas:
ATIVO CIRCULANTE
Aplicações resgatáveis no curto prazo, no 
curso do exercício.
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Aplicações resgatáveis no longo prazo, no 
exercício seguinte (após um ano).
Disponibilidades Direitos	realizáveis	após	o	exercício
Direitos	realizáveis	no	exercício Investimentos
Aplicações
Imobilizado
Intangível
• PASSIVO
No	passivo,	 encontram-se	 todos	 os	 financiamentos	 da	 empresa,	 naquela	 datas.	 Em	 se	
tratando	de	financiamentos,	pode-se	dizer	que	o	passivo	representa	as	dívidas	da	empresa.	Os	
credores	são	terceiros,	pessoas	físicas	ou	jurídicas	que	financiam	a	empresa	sem	ter	participação	
societária	ou	acionária,	e	também	os	proprietários,	aqueles	que	financiam	a	empresa	e	que	
são	seus	sócios	ou	acionistas.	O	IFRS	classifica	as	contas	do	passivo	da	seguinte	forma:
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PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTEObrigações	e	financiamentos	para	aquisição	
de	 direitos	 do	 Ativo	 quando	 vencerem	 no	
exercício	seguinte.
Obrigações	 com	 vencimento	 de	 prazo	mais	
longo	que	o	exercício	seguinte.
• PATRIMÔNIO LÍQUIDO	–	Financiamentos	dos	sócios,	acionistas,	proprietários
	◦ Capital	Social
	◦ Reserva	de	Capital
	◦ Reservas	de	Lucros
	◦ Lucros	ou	prejuízos	acumulados
1.8 Demonstração de resultado do exercício (DRE)
A	 Demonstração	 de	 Resultados	 aborda	 um	 resumo	 dos	 resultados	 operacionais	 da	
empresa	durante	o	exercício.	Destaca	as	alterações	provocadas	no	Patrimônio	Líquido	devido	
às	operações	da	empresa.	Resume	o	movimento	de	algumas	entradas	e	saídas	de	recursos	
do	balanço.	Destaca	as	 receitas	e	despesas	da	empresa.	A	DRE	mostra	como	é	 formado	o	
lucro	líquido	da	empresa.	Começando	pela	receita	de	vendas	e	descontando	todos	os	custos	
–	vendas,	operacionais,	comerciais,	depreciação	e	despesas	financeiras	–,	chegamos	no	lucro	
antes	do	IR	e	finalmente	ao	lucro	líquido	disponível	para	o	acionista.
Receita	de	vendas
(-)	Custo	dos	Produtos	Vendidos
(=) Lucro bruto
(-)	Desp.	operacionais
					Desp.	comerciais
					Desp.	gerais	e	administrativas
(=) Lucro antes dos juros e IR (LAJIRDA = EBITDA)
						Desp.	de	depreciação
(=) Lucro Operacional (LAJIR - EBIT)
(-)	Desp.	financeiras
(=) Lucro líquido antes do IR (LAIR)
(-)	IR	
(=)	Lucro	líquido
(-)	Dividendos	das	ações	preferenciais
(=) Lucro líquido disponível aos acionistas ordinários
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1.9 Demonstração dos Fluxos de Caixa (FC)
A	 Demonstração	 dos	 Fluxos	 de	 Caixa	mostra	 a	movimentação	 financeira	 da	 empresa	
durante	o	exercício,	ou	seja,	as	fontes	e	aplicações	dos	recursos.	Através	dessa	demonstração,	
é	 possível	 saber	 como	 os	 recursos	 foram	 gerados	 e	 aplicados	 e,	 dessa	 forma,	 a	 análise	
financeira	da	solidez	da	companhia	é	facilitada.	O	Fluxo	de	Caixa	mostra	todas	as	entradas	e	
saídas,	ou	seja,	tudo	que	a	empresa	recebeu	ou	pagou	em	um	período	de	tempo	que	pode	
ser	um	mês	ou	um	ano.	O	fluxo	de	caixa	está	diretamente	relacionado	à	produção	e	à	venda	
dos	produtos	e	serviços	da	empresa.	
Atividades Operacionais 
Lucro	líquido	do	exercício
Depreciações	e	amortizações
Valor	residual	do	imobilizado
Variações	monetárias	e	cambiais
Resultado	de	equivalência	patrimonial
Aumento	ou	redução	do	Ativo	Circulante	Operacional
Contas	a	receber
Estoques	
Outros
Aumento	ou	redução	do	Passivo	Circulante
Fornecedores
Impostos	a	pagar
Salários	e	encargos
Outros
Caixa gerado ou absorvido pelas Atividades Operacionais
Atividades de Investimentos – Fluxos de caixa associados à compra e à venda tanto de 
ativos permanentes quanto de participações societárias. Evidentemente, transações de 
compra resultariam em fluxos de saida de caixa, enquanto transações de venda gerariam 
fluxos de entrada de caixa.
Títulos	e	valores	mobiliários
Venda	de	investimentos	ou	ativo	imobilizado
Dividendos	recebidos
Aquisição	de	bens	imobilizados
Caixa gerado ou absorvido pelas Atividades de Investimento
Atividades de Financiamento – Fluxos de caixa que resultam de transações de 
financiamento por dívida e capital próprio; incluem a contratação e a quitação da dívida, 
a entrada de caixa por venda de ações, assim como o fluxo de saída de caixa para pagar 
dividendos em dinheiro ou recomprar ações.
Pagamento	de	dividendos	ou	juros	sobre	o	Capital	Próprio
Captação	de	empréstimos	e	financiamentos
Amortização	de	empréstimos	e	financiamentos	
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Caixa gerado ou absorvido pelas Atividades de Financiamento
Geração ou absorção líquida de caixa
(+) saldo inicial do caixa
(=) saldo final do caixa
Como usar a Demonstração dos Fluxos de Caixa
A	demonstração	de	fluxos	de	caixa	resume	as	origens	e	aplicações	de	caixa	durante	um	
dado	período.	Ela	é	desenvolvida	usando	a	demonstração	de	resultado	do	exercício,	 junto	
com	os	balanços	patrimoniais	de	início	e	fim	do	período.	Essa	demonstração	permite	que	o	
administrador	financeiro	analise	as	entradas	e	saídas	de	recursos	na	empresa.	A	demonstração	
também	pode	ser	usada	para	avaliar	o	progresso	em	direção	a	metas	projetadas,	pois	pode	
demonstrar	as	ineficiências.	
2 As origens e aplicações de caixa
Origem – Aumento de Caixa
Diminuição	do	ativo
Aumento	do	passivo
Lucro	líquido	após	o	IR
Depreciação	e	outros	encargos	não	financeiros
Vendas	de	ações
Aplicações – Redução de Caixa
Aumento	do	ativo
Diminuição	do	passivo
Prejuízo	líquido
Dividendos	pagos
Recompra	ou	resgate	de	ações
Considerações finais
Como	 identificamos	 através	 do	 material	 exposto,	 a	 administração	 financeira	 busca	 a	
eficiência	das	empresas	na	utilização	dos	recursos	disponíveis.	O	principal	objetivo	é	a	geração	
de	valor	ao	acionista,	a	qual	não	está	apenas	relacionada	ao	lucro,	mas	também	à	excelência	
na	gestão	do	caixa.	O	fluxo	de	caixa	deve	ser	visto	como	a	alma	da	empresa	e,	portanto,	uma	
das	grandes	preocupações	é	com	a	liquidez	da	empresa.
Após	a	leitura	deste	capítulo	você	deve	ser	capaz	de	responder:
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Administração financeira 
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados 11
•	 Qual	o	conceito	de	administração	financeira?
•	 Quais	as	funções	do	administrador	financeiro?
•	 Qual	a	diferença	de	caixa	e	lucro?
•	 Qual	a	diferença	de	regime	de	caixa	para	regime	de	competência?
•	 Quais	são	e	para	que	servem	as	três	principais	demonstrações	financeiras?
Referências
GITMAN,	Lawrence	J.;	MADURA,	Jeff.	Administração	financeira:	uma	abordagem	gerencial.	São	
Paulo:	Pearson,	2005.
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	Capa
	Créditos
	Folha de rosto
	Introdução
	1 Conceitos gerais
	2 As origens e aplicações de caixa
	Considerações finais
	Referências

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