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Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA TÍTULO (FANTASIA) DA DISCIPLINA: Código da disciplina: LETR-7112 Nome da disciplina: SEMINÁRIOS EM ESTUDOS LITERÁRIOS II Carga horária total: 30 horas Nº. de Créditos: 2 Nº de encontros: 6 Docente: Mauro Cavaliere - Universidade de Estocolmo Linha de pesquisa: Literatura, História e Crítica Disciplina Concentrada (PRINT) Terças, Quartas e Quintas, das 18h30 às 22h30 Modalidade: ( X )Presencial sala:1020 INFORMAÇÕES ADICIONAIS Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 Número de vagas para alunos especiais: 10 DESCRIÇÃO DA PROPOSTA Representações da história recente de Angola em Pepetela e J. E. Agualusa. Considerando o limitado tempo disponível e ao número de créditos ECTS de que consta o curso, a unidade curricular será limitada a dois romances representativos da área temática: A geração da utopia de Pepetela e Estação das chuvas de Agualusa. Os dois romances são representativos tanto de um ponto de vista genérico – trata-se de romances que abrangem um período relativamente extenso da história recente – como do ponto de vista temático, visto que destacam momentos cruciais da história recente de Angola. Naturalmente, por se tratar de textos literários e dirigindo-se a alunos do mestrado em literatura, a abordagem será orientada principalmente pelas metodologias utilizadas nesta disciplina de forma a chegar a uma interpretação plausível sobre as intenções comunicativas do autor, reservando particular atenção às implicações ideológicas subjacentes. No entanto, serão proporcionadas de forma concisa também algumas informações histórico-sociais (bem como étnicas): um conhecimento contextual sem o qual a compreensão textual seria inevitavelmente deficitária. Data Tópico 17/1 18.30 20.00 Aula Letiva 1. Introdução: Planificação do curso, método de trabalho, objetivos, material utilizado, avalia- ção. 2. A enciclopédia do leitor 3. Géneros literários: a) passado e presente na história literária b) teoria e história do romance histórico. c) O romance histórico e o romance histórico do passado recente: abordagem ao género literário 20.45 22.15 Aula Letiva 1. Momentos crucias da história angolana recente (1) 2. O distanciamento temporal: o incipit (e elementos paratextuais). 18/1 18.30 20.00 Aula letiva 1. A personagem na sua faceta ontológica: as tipologias 2. Introdução a Estação das chuvas: a) abordagem narratológica e semiótico-literária b) abordagem genérica a Estação das chuvas: c) contextos: histórico, histórico-literário, biográfico 20.45 22.15 Seminário Grupos de discussão a partir da ficha de leitura (45’) e sessão plenária (45’) 19/1 18.30 20.00 Aula letiva Temas: I) Angola, a África e o mundo no prisma de Estação das chuvas II) a organização formal e ideologia 20.45 22.15 Seminário Grupos de discussão a partir da ficha de leitura (45’) e sessão plenária (45’) 24/1 18.30 20.00 Aula letiva 1. Introdução a Geração da utopia a) abordagem narratológica e semiótico-literária b) abordagem genérica a Geração da utopia c) Momentos crucias da história angolana recente 20.45 22.15 seminário Grupos de discussão a partir da ficha de leitura (45’) e sessão plenária (45’) 25/1 18.30 20.00 Aula letiva Temas: I) Angola, a África e o mundo no prisma de Geração da utopia II) a organização formal e ideologia 20.45 22.15 seminário Grupos de discussão (45’) e sessão plenária (45’) a partir da ficha de leitura 26/1 18.30 20.00 Aula letiva Comparação dos dois romances: 1) Elementos narratológicos e semiótico literários 2) Os géneros literários 3) Contextos (autoral, histórico) 4) Estratégias comunicativas e ideologia. 20.45 22.15 seminário Grupos de discussão (45’) e sessão plenária (45’) a partir da ficha de leitura REFERÊNCIAS BÁSICAS: AGUALUSA, J. E. (1996). Estação das Chuvas. Lisboa: D. Quixote. PEPETELA (1992). A Geração da Utopia. Lisboa: D. Quixote. NB: recomenda-se vivamente aos estudantes de completar a leitura dos dois romances antes do início do curso. A edição utilizada não tem grande importância, existem também edições em e-book que também poderão ser aproveitadas, por ex. A Geração da Utopia HTTPS://PLAY.GOOGLE.COM/STORE/BOOKS/DETAILS/ARTUR_PESTANA_A _GERA%C3%A7%C3%A3O_DA_UTOPIA?ID=DYFCCD37B90C Estação das Chuvas HTTPS://PLAY.GOOGLE.COM/STORE/BOOKS/DETAILS/JOS %C3%A9_EDUARDO_AGUALUSA_ESTA %C3%A7%C3%A3O_DAS_CHUVAS?ID=CQNOYM5R_OMC A literatura crítica e teórica, que constará de alguns artigos, será disponibilizada no seguinte link do Google Drive: HTTPS://DRIVE.GOOGLE.COM/DRIVE/FOLDERS/1HSWPF9ORNZD5UASI6S GH1N3PCCXZRGUK Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA TÍTULO (FANTASIA) DA DISCIPLINA: O FOCO NO TEXTO LITERÁRIO: ANÁLISE LINGUÍSTICA E TRADUÇÃO Código da disciplina: LETR-7112 Nome da disciplina: SEMINÁRIOS EM ESTUDOS LITERÁRIOS II Carga horária total: 30 horas Nº. de Créditos: 2 Nº de encontros: 6 Docente: Maria Serena Felici - Università degli Studi Internazionali di Roma (UNINT) Linha de pesquisa: Alteridade, Mobilidade e Tradução Disciplina Concentrada (PRINT) Terças, Quartas e Quintas, das 14h30 às 18h30 (período: de 17 a 26 de janeiro de 2023) Modalidade: ( X )Presencial sala: 1013 Pasta virtual com os textos a serem estudados: https://drive.google.com/drive/folders/1f60fbn32iPN61T2maM7Qi0nobAYNwB9V? usp=share_link INFORMAÇÕES ADICIONAIS Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 Número de vagas para alunos especiais: 10 DESCRIÇÃO DA PROPOSTA Este curso propõe abordar o tema da análise linguística e da teoria (mas com exemplos práticos) da tradução do texto literário a partir de uma perspectiva diatópica (textos brasileiros e de outras vernáculas) e diacrônica (a língua literária portuguesa ao longo do tempo, da segunda metade do século XIX até a época atual). As duas dimensões, diatópica e diacrônicas, além da inclusão do elemento da tradução, constituem a novidade do curso. Durante as aulas, será analisado um corpus de obras literárias dos seguintes países: Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Macau, Moçambique e Timor Leste, baixando a lente no modo com que a língua portuguesa muda nas diferentes zonas do mundo (dimensão diatópica) e ao longo do tempo em consideração aos diversos acontecimentos históricos (dimensão diacrônica). Além disso, pretende-se discutir assuntos ligados ao tema da tradução: fundamentos teóricos e reflexão linguística e intercultural. Data Tópico 17/01/23 Textos em programa de Eça de Queirós e Machado de Assis (Brasil e Portugal): cotejo focado no texto 18/01/23 Textos em programa de Guimarães Rosa e Baltasar Lopes (Brasil e Cabo Verde): cotejo focado no texto 19/01/23 Língua e estilo de Paulina Chiziane (Moçambique): Balada de amor ao vento 24/01/23 Língua e estilo de Henrique de Senna Fernandes (Macau): A Trança Feiticeira 25/01/23 Língua e estilo de Ondjaki (Angola): Avodezanove e o Segredo do Soviético 26/01/23 Língua e estilo de José Cardoso Noronha (Timor Leste): Para onde vão os gatos quando morrem? https://drive.google.com/drive/folders/1f60fbn32iPN61T2maM7Qi0nobAYNwB9V?usp=share_link https://drive.google.com/drive/folders/1f60fbn32iPN61T2maM7Qi0nobAYNwB9V?usp=share_link SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES Carga horária total de atividades síncronas: 30 horas REFERÊNCIAS BÁSICAS: EÇA DE QUEIRÓS, Singularidades de uma Rapariga loira, in Contos, Porto Editora, 2011 (1ª ed. Diário de Notícias, 1874). MACHADO DE ASSIS, O Alienista, in Obra Completa de Machado de Assis, II, Nova Aguilar, 1994 (1ª ed. A Estação, 1881-1882). GUIMARÃES ROSA, Miguilim, in Manuelzão e Miguilim, Nova Fronteira, 2011 (1ª ed. José Olympio 1964). BALTASAR LOPES, Chiquinho, Vega, 2006 (1ª ed. Claridade 1947). PAULINA CHIZIANE, Balada de Amor ao Vento, Lisboa, Caminho, 2003 (1ª ed.Associação de Escritores Moçambicanos, 1990). HENRIQUE DE SENNA FERNANDES, A Trança Feiticeira, Gryphus, 2009 (1ª ed. Fundação Oriente, 1994) ONDJAKI, Avodezanove e o Segredo do Soviético, Companhia das Letras, 2009 (1ª ed. 2008). JOSÉ CARDOSO NORONHA, Para onde vão os gatos quando morrem?, Sextante, 2017. Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA TÍTULO (FANTASIA) DA DISCIPLINA: DESAPRENDER O IMPÉRIO Código da disciplina: LETR-7112 Nome da disciplina: SEMINÁRIOS EM ESTUDOS LITERÁRIOS II Carga horária total: 30 horas Nº. de Créditos: 2 Nº de encontros: 6 Docente: Prof. Dr. Simon Park (University of Oxford) Linha de pesquisa: Literatura, História e Crítica Disciplina Concentrada (PRINT) Terças, Quartas e Quintas, das 18h30 às 22h30 Modalidade: ( X )Presencial sala: 1020 INFORMAÇÕES ADICIONAIS Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 Número de vagas para alunos especiais: 10 DESCRIÇÃO DA PROPOSTA Este curso visa a lidar com textos fundamentais da história literária portuguesa e da construção do império português, oferecendo aos alunos a oportunidade de desenvolver uma abordagem decolonial de textos canónicos. Na leitura atenta de textos dos séculos xv-xvi revelar-se-á a contingência dos nossos próprios (pre)conceitos e surgirá a evolução heterogénea de ideias tais como a raça e o império ao longo da história. As teorias decoloniais possibilitarão a reinterpretação de obras fulcrais da história literária portuguesa por destacar histórias potenciais, passados alternativos, e caminhos não trilhados. O resultado será a re-imaginação e até a ‘rebobinagem’ da história do império. Depois de reinterpretarem textos de Camões e Gil Vicente, entre outros, os alunos trabalharão em grupo para produzir textos criativos que reescrevem, parodiam, interpolam, ou reorganizam o arquivo imperial e/ou a história literária. Data Tópico 7/3/23 Desaprender o império ‘Histórias potenciais’ e o conceito de desaprender o império (Ariella Aïsha Azoulay) Gomes Eanes de Zurara Crónica do descobrimento e da conquista de Guiné (extratos) 8/3/23 Ausências no arquivo Pêro Vaz de Caminha, ‘Carta do Achamento do Brasil’ Boaventura de Sousa Santos, O fim do império cognitivo (extratos) 9/3/23 A história da racialização Gil Vicente, Frágoa de Amor Luís Vaz de Camões, ‘Endechas a Barbara’ 14/3/23 Lastimosos sucessos e histórias potenciais História do S. João, História Trágico-Marítima 15/3/23 Vozes Críticas Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas (extratos) Fernão Mendes Pinto, Peregrinação (extratos) 16/3/23 Workshop: Crítica Criativa SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES Carga horária total de atividades síncronas: 30 horas REFERÊNCIAS BÁSICAS: Boaventura de Sousa Santos, O Fim do império cognitivo Ariella Aïsha Azoulay, Potential History: Unlearning Imperialism Saidiya Hartman; Venus in Two Acts. Small Axe 1 June 2008; 12 (2): 1–14. doi: https://doi.org/ 10.1215/-12-2-1 Christina Sharpe, In The Wake: On Blackness and Being Simon Park, ‘Beyond Comprehension: Language, Identity and the Transnational in Gil Vicente’s Theatre’, in Hilary Owen and Claire Williams, eds, Transnational Portuguese Studies (Liverpool: Liverpool University Press, 2020), pp. 167–82 Eduardo Lourenço, ‘A Peregrinação ou a metamorfose do olhar europeu’, in Peregrinação, 1614, ed. by Isabel Almeida (Lisbon: CEC, 2017), pp. 11-18 Luís de Sousa Rebelo, ‘Camões e o sentido da comunidade’, in Egídio Namorado and Luís de Sousa Rebelo (eds.), Camões e o pensamento filosófico do seu tempo (Lisbon: Prelo, 1979) José Saramago, ‘A Morte familiar’, in História Trágico-Marítima (Lisbon: Afrodite, 1971) https://doi.org/10.1215/-12-2-1 https://doi.org/10.1215/-12-2-1 Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA Título (fantasia) da disciplina: Figurações intermediáticas da personagem Código da disciplina: LETR-7112 Nome da disciplina: SEMINÁRIOS EM ESTUDOS LITERÁRIOS II Carga horária total: 30 horas Nº. de Créditos: 2 Nº de encontros: 6 Docente: Carlos Reis - Universidade de Coimbra Linha de pesquisa: Literatura, História e Crítica Disciplina Concentrada (PRINT) Terças, Quartas e Quintas, das 18h30 às 22h30 Modalidade: ( X )Presencial sala: 1013 Informações adicionais Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 Número de vagas para alunos especiais: 10 Descrição da Proposta O curso “Figurações Intermediáticas da Personagem” parte do estado atual dos Estudos de Personagem, no contexto dos Estudos Narrativos, e desenvolve dois movimentos de abordagem. Primeiro: a problematização da dinâmica de figuração e de refiguração desta categoria narrativa e literária. Segundo: a ex-tensão daquela dinâmica a outras linguagens narrativas e a outros contextos mediáticos, contemplando a intermedialidade como domínio de referência. A análise intermediática da personagem apoia-se no estudo de casos, partindo-se de obras literárias canónicas para a sua transposição intermediática e para os decorrentes procedimentos de refiguração da personagem. Data Tópico 20.3.22 Teoria da personagem e estudos narrativos: fundamentos e evolução. Interdisciplinaridade e transnarratividade 21.3.22 Figuração, refiguração e sobrevida da personagem. 22.3.22 Lógicas e contextos da personagem literária. 23.3.22 Leituras orientadas. 24.3.22 Leituras orientadas. 27.3.22 A problemática da intermedialidade e a questão da remediação. Intermedialidade e transmedialidade: contextos mediáticos. 28.3.22 Transposições intermediáticas: iconografia, cinema e televisão. 29.3.22 A questão da adaptação: conceitos e interações sociomediáticas. 30.3.22 Leituras orientadas. 31.3.22 Leituras orientadas. Conclusões. SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES Carga horária total de atividades síncronas: 30 horas. Distribuição: 24 horas de aula em regime seminarial, completadas por 6 horas de leituras pelos alunos, com orientação prévia. REFERÊNCIAS BÁSICAS: CÂNDIDO, Antônio et alii. A Personagem de Ficção. 9ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1998. EDER, Jens et alii (eds.). Characters in Fictional Worlds. Understanding Imaginary Beings in Literature, Film, and Other Media. Berlin/New York: Walter de Gruyter, 2010. GRISHAKOVA, Marina e Marie-Laure RYAN (eds.) (2010). Intermediality and Storytelling. Berlin/New York: Mouton de Gruyter. HOCHMANN, Baruch. Character in Literature. Ithaca and London: Cornell University Press, 1985. JOUVE, Vincent. L'effet-personnage dans le roman. Paris : P.U.F., 1992. New Literary History. Vol. 42, Number 2, Spring 2011 (título genérico: Character). PHELAN, James. Reading People, Reading Plots. Character, Progression, and the Interpretation of Narrative. Chicago/London: The Univ. of Chicago Press, 1989. REIS, Carlos. Dicionário de Estudos Narrativos. Coimbra: Almedina, 2018. REIS, Carlos. Pessoas de Livro. Estudos sobre a Personagem. 3ª ed. Coimbra: Imprensa da Univ. de Coimbra, 2018. RYAN, Marie-Laure. Narrativa e Estudos Mediáticos. Santo Tirso/Coimbra: De facto/Centro de Literatura Portuguesa, 2021. Style. Vol. 24, 3, 1990 (título genérico: Characters & characteristics in literature). VIEIRA, Cristina da Costa. A Construção da Personagem Romanesca. Lisboa: Edições Colibri, 2008. Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA Título (fantasia) da disciplina: É preciso falar sobre as ausentes: a colaboração feminina no jornal O Paiz (1884-1910). Código da disciplina: LETR 7111 Nome da disciplina: Literatura e História Carga horária total: 15h (3 horas-aula por dia, de 06 a 10/3/2023) Nº. de Créditos: 1 Nº de encontros: 5 Docente: Milena R. Martins (UFPR), Tânia Regina de Luca (Unesp), Álvaro Santos Simões Jr. (Unesp), Alexandro Henrique Paixão (Unicamp), Ana Cláudia Suriani da Silva (University College London) Linhade pesquisa: Literatura, História e Crítica Dia da semana: segunda a sexta Horário: 14h a 17h Modalidade: (X) Híbrida - sala: 1213- 12o andar, edifício D. Pedro I, UFPR. Endereço eletrônico para aula remota: [a ser informado aos matriculados] Informações adicionais Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 Número de vagas para alunos especiais: 30 Plataforma para as atividades síncronas: [a ser informado aos matriculados] Descrição da Proposta O curso tem como objetivo aprofundar os conhecimentos dos estudantes sobre a escrita de autoria feminina -- especificamente de crônicas e contos -- a partir da colaboração de quatro escritoras com o jornal brasileiro O Paiz (1884-1934): Maria Amália Vaz de Carvalho (1847–1921), que remeteu, entre 1884 e 1889, grande quantidade de crônicas de Portugal; Maria Benedita Câmara Bormann (pseudônimo Délia, 1853–1895), que colaborou com contos e o romance-folhetim Angelina; Emília Moncorvo Bandeira de Melo (pseudônimos Carmen Dolores e Júlio de Castro, 1852–1910), com crônicas e contos; e Júlia Lopes de Almeida (1862–1934), autora de contos, séries de crônicas e do romance epistolar Correio da roça. As fontes primárias do curso formam o corpus de pesquisa do projeto internacional CNPq Universal “É preciso falar sobre as ausentes: a colaboração feminina no jornal O Paiz (1884-1910)” e foram levantadas pelos pesquisadores que ministrarão as aulas. A escolha de mulheres diz respeito à invisibilidade a que a história da literatura condenou as escritoras, mesmo aquelas que, em vida, obtiveram sucesso e reconhecimento. As contribuições dessas mulheres reúnem mais de quinhentos textos, dirigidos sobretudo ao crescente público feminino leitor de cotidianos, o que convida a reavaliar a presença das mulheres de letras na grande imprensa e o seu papel como mediadoras culturais e formadoras de opinião. Do ponto de vista dos desafios colocados, mote para a realização do curso, trata-se de problematizar a presença de escritores na imprensa, no período que se convencionou denominar de Belle Époque. Assim, questões relacionadas à profissionalização e ao início da formação de um campo intelectual constituem-se no ponto de partida, ao que se somam as várias contingências impostas pelo ritmo de produção de jornais e revistas, em termos do tempo para a escritura de textos, suas dimensões e temáticas, circunstâncias que reverberam no próprio fazer literário. Não por acaso, jornalista-escritor e escritor-jornalista eram termos utilizados de forma intercambiável no período. Já a escolha de mulheres diz respeito à invisibilidade a que a história da literatura condenou as escritoras, mesmo aquelas que, em vida, obtiveram sucesso e reconhecimento. Baseado em pesquisa com fontes primárias disponíveis em acervos digitais, o curso contará com a consulta e a leitura crítica de uma gama diversificada de fontes primárias (por exemplo, jornais e edições online). Por meio desses recursos, o curso proporcionará aos alunos a oportunidade de desenvolver habilidades ligadas à pesquisa e edição de textos históricos, além de oferecer um panorama histórico-literário e base teórica para o exame crítico dos textos selecionados. Programa/Cronograma: Data Tópico Atividade Síncrona Atividade Assíncrona 06/03 A pesquisa com fontes periódicas: desafios metodológicos x 07/03 Julia Lopes de Almeida: entre o público e o privado, o ensaio e a ficção. x 08/03 Maria Amália Vaz de Carvalho: correspondente internacional e mediadora cultural x 09/03 Os contos de Délia x 10/03 A crônica e uma cronista: Carmen Dolores x SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES Carga horária total de atividades síncronas: 15 horas Carga horária total de atividades assíncronas: leitura REFERÊNCIAS BÁSICAS: ARRIGUCCI JR., Davi. Fragmentos sobre a crônica. In: Enigma e comentário: ensaios sobre literatura e experiência. São Paulo: Cia. das Letras, 1987. p. 51-66. BROCA, Brito. A vida literária no Brasil. 1900. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2004. CANDIDO, Antonio. A vida ao rés-do-chão. In: ANDRADE, Carlos Drummond de et al. Para gostar de ler. 5. ed. São Paulo: Ática, 1987. p. 4-13. CANDIDO, Antonio et al. (org.). A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992. LUCA, Tania Regina de. História dos, nos e por meio dos periódicos. In: PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes Históricas. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2008, p. 111-153. LUCA, Tania Regina de. A Revista do Brasil (1916-1944): notas de pesquisa. In: BEZERRA, Holien G; FERREIRA, A. Celso; Luca, Tania R. de. O historiador e seu tempo. São Paulo: Unesp, 2008, p. 117-127. LUCA, Tania Regina de; SILVA, Ana Claudia Suriani da. Maria Amália Vaz de Carvalho nas páginas de O Paiz (1884-1889): levantamento dos textos e notas iniciais de pesquisa. Herança - Revista de História, Património e Cultura, [S. l.], v. 5, n. 1, p. 07-37, 2022. DOI: 10.29073/heranca.v5i1.454. Disponível em: https://revistas.ponteditora.org/index.php/heranca/article/view/454. Acesso em: 25 nov. 2022. MICELI, Sérgio. Intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945). São Paulo: Difel, 1979. MICELI, Sérgio. Poder, sexo e letras na república Velha. São Paulo: Perspectiva, 1977. [Texto republicado em MICELI, Sérgio. Intelectuais à brasileira. São Paulo: Companhia das letras, 2001.] MOLINA, Matias M. História dos jornais no Brasil. Da era colonial à Regência. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. MOLLIER, Jean-Yves. A leitura e seu público no mundo contemporâneo. In: Ensaios sobre história cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2008, p. 175-190. NEEDELL, Jeffrey. Belle Époque tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. PRIORE, Mary Del (org.); BASSANEZI, Carla (coord. de textos). História das mulheres no Brasil. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2008. SEVCENKO, Nicolau (org.) História da vida privada no Brasil, vol. 3. República: da Belle Époque à era do Rádio. São Paulo, Companhia das Letras, 2006. SHARPE, Peggy. Júlia Lopes de Almeida. In: MUZART, Zahidé Lupinacci (Org.). Escritoras brasileiras do século XIX. Vol. II. Florianópolis, Santa Cruz do Sul: Mulheres, Edunisc, 2004. p. 188-238. SILVA, Maurício Pedro da. O sorriso da sociedade. Literatura e academicismo no Brasil da virada do século (1890-1920). São Paulo: Alameda, 2013. SIMÕES JÚNIOR, Álvaro S.; CAIRO, Luís Roberto; RAPUCCI, Cleide A. (org). Intelectuais e imprensa. Aspectos de uma complexa relação. São Paulo: Nankin, 2009. SUSSEKIND, Flora. Cinematógrafo de letras. Literatura, técnica e modernização no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. VELLOSO, Monica Pimenta. História & Modernismo. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. (Outros títulos serão acrescidos durante as aulas.) Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA TÍTULO (FANTASIA) DA DISCIPLINA: (ANTI) BURGUESIA (S) E (ANTI)MODERNIDADE (S) NA LITERATURA PORTUGUESA DO SÉCULO XIX Código da disciplina: LETR 7101 Nome da disciplina: Ficção Carga horária total: 90h Nº. de Créditos: 6 Nº de encontros: 16 Docente: Antônio Augusto Nery Linha de pesquisa: Literatura e Outras Linguagens Dia da semana opção 01: Terça-feira Horário: 09h Modalidade: ( X )Presencial sala: 1020 INFORMAÇÕES ADICIONAIS Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 Número de vagas para alunos especiais: 10 DESCRIÇÃO DA PROPOSTA Em seu livro Modernismo – o fascínio da heresia, Peter Gay faz uso do termo “classes médias” ao se referir à multiplicidade de tendências e padrões de comportamentos difundidos pela burguesia ao longo do Século XIX e depois dele, bem como à diferença com que a ideia do “ser burguês” foi aceita e se desenvolveu nas mais diversas culturas. Nesta disciplina pretendemos averiguar em que medida e com quais sentidosa prosa de ficção portuguesa oitocentista traduz a sedução e o rechaço a preceitos burgueses, posicionamentos comumente vinculados ao pensamento moderno. Entre as narrativas analisadas estão A queda dum anjo (1866), de Camilo Castelo Branco; Uma família inglesa (1868), de Júlio Dinis; O primo Basílio (1878), de Eça de Queirós e O Barão de Lavos (1891), de Abel Botelho. O embasamento teórico que norteará as leituras críticas será composto por uma bibliografia que contempla os estudos sobre a Modernidade, a Antimodernidade e a ascensão, estabelecimento, decadência e permanência de preceitos burgueses na Europa, com ênfase particular ao contexto português. Entre os referenciais teóricos estão: Modernismo – o fascínio da heresia e O século de Schnitzler- a formação da cultura da classe média, de Peter Gay; O burguês – entre a história e a literatura, de Franco Moretti; Os antimodernos, de Antoine Compagnon, A era do capital: 1848-1875, de Erich Hobsbawm, além de estudos críticos acerca das obras analisadas e sobre o contexto histórico, político e cultural de Portugal no Século XIX. Data Tópico 14/03/2023 Apresentação da disciplina. Distribuição dos Seminários. Discussão sobre os projetos de pesquisa dos alunos. 21/03/2023 - A era das revoluções (Eric Hobsbawm): Capítulo 13 - A ideologia secular; - O burguês (Franco Moretti) – Introdução Conceitos e contradições (p. 11 a 32) 28/03/2023 - O burguês (Franco Moretti) – Um senhor que trabalha (p. 34 a 61); - “Aspectos da história portuguesa no século XIX” – (José Mattoso, vol. 5: p. 27 a 32; 37) 04/04/2023 “Aspectos da história portuguesa no século XIX” – (José Mattoso, vol. 5: p. 57 a 62; 77 a 81; 85 a 89; 109 a 121; 183 a 185); - A subida ao poder da burguesia portuguesa (Victor Sá) 11/04/2023 - Uma família inglesa (1868) – Júlio Diniz (1839 – 1871) 18/04/2023 - Olhares sobre o Portugal do Século XIX (Maria Antonieta Cruz, p. 43 – 77) - A era do capital (1848 – 1875) (Eric Hobsbawm): Capítulo 13 - O mundo burguês 25/04/2023 - O burguês (Franco Moretti) – O século sério (p. 72 a 105); 02/05/2023 - Os antimodernos (Antoine Compagnon): Introdução - os modernos em liberdade; I – As ideias (p.11-24); Capítulo 1 – Contrarrevolução (p.25 -47) 09/05/2023 - A queda dum anjo (1866) 16/05/2023 - O burguês (Franco Moretti) – Névoa (p. 107 a 149); 23/05/2023 - O burguês (Franco Moretti) – “Malformações nacionais”: metaformoses da periferia (p. 150 a 173) e “ Ibsen e o espírito do capitalismo” (p. 174 a 194) 30/05/2023 - O século de Schnitzler (Peter Gay) – Prefácio, Overture e Capítulo I – Burguesia (s) (p. 11 a 55) 06/06/2023 - O primo Basílio (1878), de Eça de Queirós (1845-1900) 13/06/2023 - O século de Schnitzler (Peter Gay) – Capítulo II – Lar, agridoce lar (p. 56 a 81) 20/06/2023 - A era dos impérios (Eric Hobsbawm): Capítulo 7 - Quem é quem ou as incertezas burguesas; 27/06/2023 - O Barão de Lavos (1891), de Abel Botelho (1854-1917) REFERÊNCIAS BÁSICAS: BOTELHO, Abel. O barão de Lavos. Porto, Livraria Chardron, 1908. CASTELO BRANCO, Camilo. A queda dum anjo. In: Obras completas. Porto: Lello & Irmão, 1984. COMPAGNON, Antoine. Os antimodernos – De Joseph de Maistre a Roland Barthes. Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2011. CRUZ, Maria Antonieta. Olhares sobre o Portugal do Século XIX. Lisboa, Imprensa Nacional- Casa da Moeda, 2012. DINIS, Júlio. Uma família inglesa. Rio de Janeiro: Edições Saraiva, 1963. GAY, Peter. O século de Schnitzler - a formação da cultura da classe média. Tradução S. Duarte. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. HOBSBAWM Eric J. A era das revoluções: 1789-1848. 25ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2012. _______. A era do capital: 1848-1875. 2ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2012. _______. A era dos Impérios: 1875-1914. 13ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011. MORETTI, Franco. O burguês – entre a história e a literatura. Tradução: Alexandre Morales. São Paulo: Três estrelas, 2014 QUEIRÓS, Eça de. O primo Basílio. São Paulo, Abril cultural, 1979. SÁ, Victor. A subida ao poder da burguesia portuguesa. Revista da Faculdade de Letras. Número V. Porto, Universidade do Porto, 1988, p. 245-252. Disponível em < http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2111.pdf> . Acesso em 16 nov. 2022. MATTOSO, José (org.). História de Portugal. Vol. 5 (O liberalismo – 1807-1890). Lisboa: Editorial Estampa, 1998. Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA Título (fantasia) da disciplina: Teoria da poesia moderna e contemporânea: textos poéticos e críticos. Código da disciplina: LETR7100 Nome da disciplina: Teoria da Poesia Carga horária total: 90h Nº. de Créditos: 6 Nº de encontros: 15 Docente: Sandra M. Stroparo Linha de pesquisa: Alteridade, mobilidade e tradução Dia da semana: terça-feira Horário: 8h00-12h00 Modalidade: ( )Remota ( ) Hibrida (x )Presencial sala:1013 Endereço eletrônico para aula remota: 1. Informações adicionais Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 Número de vagas para alunos especiais: 5 Plataforma para as EVENTUAIS atividades síncronas: Teams e site da disciplina: < https://www.sandramstroparo.net > 2. Descrição da Proposta A proposta é realizar a leitura de alguns textos críticos importantes para o momento poético da modernidade e da contemporaneidade. Paralelamente será feita a leitura de alguns textos poéticos canônicos do período. É possível que haja alguma mudança na lista dos textos escolhidos. Programa/Cronograma: Aula Tópico Atividade Síncrona Atividade Assíncrona 1 Mallarmé – "Crise de vers" 2 Mallarmé – L'après-midi d'un faune e Un coup de dés 3 Paulo Henriques Britto – "Para uma tipologia do verso livre em português e inglês" 4 T. S. Eliot – "Hamlet" e "Reflexions on Vers libre" 5 T.S. Eliot – A terra devastada e "A canção de amor de J. Alfred Prufrock" 6 T.S. Eliot – A terra devastada e "A canção de amor de J. Alfred Prufrock" 7 Elizabeth Bishop – The Moose 8 Haroldo de Campos – Galáxias 9 Haroldo de Campos – Galáxias 10 Haroldo de Campos – "Poesia e modernidade: da morte da arte à constelação. O poema pós-utópico." 11 Marcos Siscar – "A alavanca da crise: a poesia "pós- utópica" de Haroldo de Campos." 12 Marcos Siscar – "O tombeau das vanguardas: a "pluralização das poéticas possíveis" 13 Marcos Siscar –"A cisma da poesia brasileira." 14 Rosa Maria Martelo: "Modernidade e senso comum: o lirismo nos finais do século XX" 15 Conclusões 3. SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES Carga horária total de atividades síncronas: 60h Carga horária total de atividades assíncronas: 00h REFERÊNCIAS BÁSICAS: AGAMBEN, Giorgio. "O fim do poema". Revista Cacto. Instituto Federal do Sertão Pernambucano. 2002. BARTHES, Roland. Le degré zéro de l'écriture. Paris: Éditions du Seuil, 1972. BISHOP, Elizabeth. "The moose". https://www.poetryfoundation.org/poems/48288/the-moose- 56d22967e5820 ____. Poemas escolhidos. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. Trad. Paulo Henriques Britto. BRITTO, Paulo Henriques. "Para uma tipologia do verso livre em português e inglês". Revista Brasileira de Literatura Comparada, 19. https://revista.abralic.org.br/index.php/revista/article/view/275/279 CAMPOS, Haroldo de. "Poesia e modernidade: da morte da arte à constelação. O poema pós- utópico." in: O arco-íris branco: ensaios de literatura e cultura. Rio de Janeiro: Imago, 1997. ____. O arco-íris branco. Rio de Janeiro: Imago, 1996. COLLOT, Michel. "O sujeito lírico fora de si" in: RABATÉ, Dominique (org.). Figures du sujet lyrique. (1996)ELIOT, T. S. Poemas. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. Trad. Caetano W. Galindo. ____. The complete prose of T. S. Eliot: The Critical Edition. Vol 1 e 2. Londres: Johns Hopkins University Press, 2014. ENZENSBERGER,Hans Magnus. "Linguagem universal da poesia moderna. (1962)" in: Com raiva e paciência: ensaios sobre literatura, política e colonialismo. Rio de Janeiro, Paz e Terra/Instituto Goethe, 1985. MALLARMÉ, Stéphane. Divagações. Florianópolis: Ed. UFSC, 2010.Trad. Fernando Scheibe. ____. Mallarmé. São Paulo: Perspectiva, 1974. Trad. Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari. PINSON, Jean-Claude. "Structure de la poésie contemporaine" in: GUILLAUME, Daniel (org.). Poétiques & Poésies contemporaines. (2002) POUND, Ezra. A arte da poesia. São Paulo: Cultrix, 1988.Trad. de Heloysa de Lima Dantas e José Paulo Paes. SISCAR, Marcos. Poesia e crise. São Paulo: Ed. Unicamp, 2010. ____. De volta ao fim: o "fim das vanguardas" como questão da poesia contemporânea. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2016. Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA TÍTULO (FANTASIA) DA DISCIPLINA: O PRIMEIRO MACHADO E A NOVELA SENTIMENTAL Código da disciplina: LETR-7103 Nome da disciplina: Crítica e Historiografia Literária Carga horária total: 90 Nº. de Créditos: 6 Nº de encontros: 15 Docente: Luís Gonçales Bueno de Camargo Linha de pesquisa: Literatura história e crítica Dia da semana: Quarta-feira Horário: 8h30 Modalidade: ( )Remota ( ) Hibrida (X)Presencial sala: sala 1013 Endereço eletrônico para aula remota: INFORMAÇÕES ADICIONAIS Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 Número de vagas para alunos especiais: 3 Plataforma para as atividades síncronas: DESCRIÇÃO DA PROPOSTA Há uma visão bastante consolidada que compreende os quatro primeiros romances de Machado de Assis como algo convencional, preso ao romantismo de escola e ao romance sentimental. Para os críticos que têm essa concepção, a mudança operada com a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas é um rompimento radical com as experiências anteriores. Tal visão, embora ainda dominante, tem sido relativizada por estudos como os de Hélio de Seixas Guimarães (2004) e Ronaldes de Melo e Souza (2006), por exemplo. Nesta disciplina estudaremos exatamente esses quatro romances de Machado de Assis – Ressurreição, A mão e a luva, Helena e Iaiá Garcia – à luz da tradição da novela sentimental romântica de matriz francesa e da produção brasileira que o antecedeu. Para isso, discutiremos inicialmente alguns romances franceses fundamentais na consolidação dessa tendência. Em seguida, discutiremos os quatro primeiros romances de Machado de Assis. Por fim, discutiremos dois romances da maturidade do autor de forma a se estabelecer uma linha de continuidade entre o primeiro e o segundo Machado. Em nossas discussões, daremos especial atenção à representação do homem de elite tal como figurado nos vários romances. PROGRAMA/CRONOGRAMA: Data Tópico Atividade Síncrona Atividade Assíncrona 15 de Mar. Apresentação 22 de Mar. Roberto Schwarz e os dois Machados 29 de Mar. Discussão de Paulo e Virgínia, de Bernardin de Saint Pierre 5 de Abr. Discussão de O romance de um moço pobre, de Octave Feuillet 12 de Abr. Discussão de A dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho 19 de Abr. Discussão de A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo 26 de Abr. Discussão de Úrsula, de Maria Firmina dos Reis 3 de Mai. Discussão de Senhora, de José de Alencar 10 de Mai. Discussão de Ressurreição, de Machado de Assis 17 de Mai. Discussão de A mão e a luva, de Machado de Assis 24 de Mai. Discussão de Helena, de Machado de Assis 31 de Mai. Discussão de Iaiá Garcia, de Machado de Assis 7 de Jun. Discussão de Esaú e Jacó, de Machado de Assis 14 de Jun. Encerramento da disciplina REFERÊNCIAS BÁSICAS: ALENCAR, José de. Obra completa. Rio de Janeiro, Aguilar, 1958. ASSIS, Machado de. Obra completa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1992. BAPTISTA, Abel Barros. Futilidade da novela. Campinas: Editora da Unicamp, 2012. BUENO, Luís. Prontos de nascença: A formação do homem brasileiro de elite em Machado de Assis. In: MAZZARI, Marcus & MARKS, Maria Cecília. Romance de formação: Caminhos e descaminhos do heroi. São Paulo: Ateliê, 2020, p. 267-302. CARDOSO, Patrícia da Silva. Natureza do amor e seus fatores sociais em Machado de Assis e Jane Austen. In: Intercâmbio: Cadernos de Pesquisa do Curso de Pós-graduação em Letras, Mariana, v. I, n.3, p. 24-30, 1997. COELHO, Jacinto do Prado. Introdução ao estudo da novela camiliana. Lisboa: Imprensa Nacional- Casa da Moeda, 1982. DUMAS FILHO, Alexandre. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d.Tradução de Marina Guaspari. COUTINHO, Afrânio (Org.). A polêmica Alencar-Nabuco. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1965. ESCOBAR, Ederson Murback. Um jogo de dúvidas: Helena, de Machado de Assis e Le roman d'un jeune homme pauvre, de Octave Feuillet. Assis: Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Assis, 2015. Dissertação de mestrado. FEUILLET, Octave. Le roman d'un jeune homme pauvre. Paris: Nelson/Calmann-Lévy, 1929. FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary – suivi des Actes du procès. Paris: Flammarion, 2014. Dossier par Yvan Leclerc. GRIECO, Agrippino. Machado de Assis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959. GUIMARÃES, Hélio de Seixas. Os leitores de Machado de Assis. São Paulo: Edusp/Nankin, 2004. MACEDO, Joaquim Manuel de. A moreninha – A luneta mágica. São Paulo: Editora Três, 1972. MAURICE, Kouassi Loukou. A presença do moço pobre em Le roman d'un jeune homme pauvre de Octave Feuillet e em O tronco do ipê de José de Alencar. São Paulo: FFLCH USP, 2007. Dissertação de mestrado. MEYER, Marlyse. Folhetim: Uma história. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. MORETTI, Franco. O século sério. In: Novos Estudos. São Paulo, Cebrap, 2003, n. 65, p. 3-33. Tradução de Alípio Correa e Sandra Correa. REIS, Maria Firmina dos. 7 ed. Úrsula. Belo Horizonte: Editora PUC Minas, 2018. SAINT-PIERRE, Bernardin de. Paul et Virginie. Paris: Flammarion, 1995. SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas. 2 ed. São Paulo: Duas Cidades, 1981. SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo. 3 ed. São Paulo: 34, 1997. SOUZA, Ronaldes de Melo. O romance tragicômico de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Eduerj, 2006. Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA Título (fantasia) da disciplina: Seminários em Estudos Literários II Código da disciplina: LETR 7112 Nome da disciplina: Literatura e história: semelhanças e diferenças. Diálogos Carga horária total: 30 horas Nº. de Créditos: 2 Nº de encontros: 8 Docente: Marilene Weinhardt Linha de pesquisa: Literatura, história e crítica Dia da semana: quinta-feira Horário: 9h30-12h00 Modalidade: ( )Remota ( ) Hibrida ( X )Presencial sala: 1020 Endereço eletrônico para aula remota: Informações adicionais Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 6 Número de vagas para alunos especiais: 2 (eventual solicitação de discentes de Programa de história) Plataforma para as atividades síncronas: Descrição da Proposta A oferta propõe exame acurado das relações entre literatura e história, em particular do diálogo da ficção verbal com os saberes da história, visando atender os orientandos ingressantes e os que já vêm trabalhando com essa temática. O objetivo é leitura e discussão de alguns textos canônicos, acrescidos de outros que revelam tendências recentes, como a atenção não só à temporalidade, como é clássico nos estudos sobre literatura e história, mas também ao espaço. E ainda a intervenção da decolonilidade e a presença da autoria feminina. Obs 1.: discente(s) orientado(s) por outro(s) colega(s) poderão se inscrever, desde que seu(s) projeto(s) estejam centralmente ligado(s) as relações entre ficção e história. Não se trata de disciplina introdutória. Obs. 2.: as discussões serão presenciais, totalizando 20 horas (8 encontros de 2h30). As leituras preparatóriasdeverão ser realizadas individualmente. Programa/Cronograma: Data Tópico Atividade Síncrona Atividade Assíncrona 16.03 A História como um dos saberes das Humanidades. X 23.03 A ficção como criação artística. A ficção verbal. X 30.03 Percurso de aproximações e afastamentos entre as duas áreas. X 06.04 O romance histórico tradicional X 13.04 Rumos dos estudos históricos nos séculos XX e XXI X 20.04 Rumos da ficção contemporânea: espacialidade X 27.04 Autoria feminina. Escritas de si. Vozes de minorias. X 04.05 Ficção latino-americana e decolonialidade. X SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES Carga horária total de atividades síncronas: 30 horas Carga horária total de atividades assíncronas: REFERÊNCIAS BÁSICAS: ALMEIDA, Sandra Regina Goulart. Mobilidades culturais, geografias afetivas: espaço urbano e gênero na literatura contemporânea. In: DALCASTAGNÉ, Regina (org.). Espaço e gênero na literatura brasileira contemporânea. Porto Alegre: Zouk, 2015. p. 15-39 ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. ANDERSON, Perry. Trajetos de uma forma literária. In: Novos Estudos. CEBRAP, São Paulo, n. 77, p. 205-220, mar. 2007.Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0101-33002007000100010 ARFUCH, Leonor. El espacio biográfico: dilemas de la subjetividad contemporánea. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2002. ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2011. BASTOS, Alcmeno. Literatura Brasileira e matéria de extração histórica. Rio de Janeiro: Batel, 2022. BRANDÃO, Luís Alberto. Teorias do espaço literário. São Paulo: Perspectiva; Belo Horizonte: FAPEMIG, 2013. CASTRO-GOMES, Santiago & GROSFOGUEL, Ramón (Org.) El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontifi cia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007. DALCASTAGNÉ, R. A construção do feminino no romance brasileiro contemporâneo. Disponível em: <http://www.crimic.paris-sorbonne.fr/actes/vf/dalcastagne.pdf FERNANDEZ PRIETO, Célia. História e novela. Pamplona: EUNSA, 1998. FIGUEIREDO, Eurídice. Por uma crítica feminista: leituras transversais de escritoras brasileiras. Porto Alegre: Zouk, 2020. FIGUEIREDO, Eurídice. A nebulosa do (auto)biográfico: vidas vividas, vidas escritas. Porto Alegre: Zouk, 2022. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2003. HUTCHEON, Linda. A poética do pós-modernismo. História, teoria, ficção. Imago, 1991. JAMESON, Fredric. O romance histórico ainda é possível? In: Novos Estudos. CEBRAP, São Paulo, n. 77, p. 185-203, mar. 2007. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/nec/n77/a09n77. LEJEUNE, Philippe. O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008. LUKÁCS, Georges. O romance histórico. São Paulo: Boitempo, 2011. MENTON, Seymour. La nueva novela histórica de la América Latina. 1979-1992. México: Fondo de Cultura Económica, 1993. PERKOWSKA, Magdalena. Historias híbridas: la nueva novela histórica latinoamericana (1985- 2000) ante las teorías posmodernas de la historia. Madrid/Frankfurt: Iberoamericana/Vervuert, 2008. REIS, Carlos. Dicionário de estudos narrativos. Coimbra: Almedina, 2018. RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. SAFATLE, Vladimir. O circuito dos afetos. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2018. SCOTT, J. História das mulheres. In: BURKE, P. (org.). A escrita da história: novas perspectivas. 3 ed., São Paulo: Ed. UNESP, 1992. SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart; Almeida; http://www.scielo.br/pdf/nec/n77/a09n77 http://www.crimic.paris-sorbonne.fr/actes/vf/dalcastagne.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002007000100010 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002007000100010 Marcos Pereira Feitosa; André Pereira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010. VAINFAS, Ronaldo. Os protagonistas anônimos da história: micro-história. Rio de Janeiro: Campus, 2002. WEINHARDT, Marilene. Repensando o romance histórico. Versalete, Curitiba, Vol. 7, nº 12, jan.- jun. 2019. p. 320-335 WEINHARDT, Marilene. Romance histórico: das origens escocesas ao Brasil finissecular. In: ___ (org). Ficção histórica: teoria e crítica. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2011. p. 13-55. WINK, Georg. Topografias literárias e mapas mentais: a sugestão de espaços geográficos e sociais na literatura. In: DALCASTAGNÉ, Regina (org.). Espaços possíveis na literatura brasileira contemporânea. Porto Alegre: Zouk, 2015. p. 21-33 Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA Título (fantasia) da disciplina: Teoria literária feminista: mulheres, escrita, experiência, interpretação Código da disciplina: LETR- 7030 Nome da disciplina: Literatura e Mobilidade Carga horária total: 90 Nº. de Créditos: 06 Nº de encontros: 15 Docente: Miriam Adelman Linha de pesquisa: Alteridade, Mobilidade, Tradução Dia da semana: Segunda Feira Horário: 8:00 a 12:00 Modalidade: ( X )Remota ( ) Hibrida ( )Presencial sala: Endereço eletrônico para aula remota: a ser confirmado 2. Informações adicionais Número de vagas para alunos do PPG-Letras 25 Número de vagas para alunos especiais: 05 Plataforma para as atividades síncronas: a ser informado 3. Descrição da Proposta Muitas décadas de pesquisa sobre mulheres e relações de gênero na produção literária e cultural nos rendem ricos debates sobre texto, linguagem, sociedade e história, desde perspectivas feministas cada vez mais plurais. A disciplina estudará a construção deste legado intelectual e acadêmico, desde Virgínia Woolf, Simone de Beauvoir e as acadêmicas pioneiras da segunda onda feminista até a produção atual de obras e crítica desde olhares feministas pós- e de-coloniais, queer e interseccionais diversas. Nossas discussões também tomarão em conta o lugar que as perspectivas feministas vêm ocupando – e lutando por ocupar - dentro e fora das instituições acadêmicas. Em lugar de definir um grupo, geração ou corrente de escritoras para a “posta em prática” de nosso exercício da análise literária, haverá espaço para que cada um/a trabalhe com autoras do seu interesse particular, sejam poetas, romancitas, etc. Programa/Cronograma: Data Tópico Atividade Síncrona Atividade Assíncrona 3 encontros Primeiro módulo. Perspectivas de mulheres, perspectivas feministas: abordagens sociológicas, históricos, literários. Aulas e debate Leituras, vídeos e produção de texto curto 3 encontros Segundo módulo. Revolução feminista na academia: epistemologias e cânones nos campos da arte e da literatura. Aulas e debate Leituras, vídeos e produção de texto curto 3 encontros Terceiro módulo. Gênero, geração e movimentos literários: o caso das mulheres da geração Beat Aulas e debate Leituras, vídeos e produção de texto curto 3 encontros Quarto módulo. Escritoras e diferenças: classe, raça/etnicidade e gênero Aulas e debate Leituras, vídeos e produção de texto curto 3 encontros Quinto módulo. Globalização, tradução e pós(de)colonialidade em vozes de mulheres Aulas e debate Leituras, vídeos e produção de texto curto 4. SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES Carga horária total de atividades síncronas: 60 Carga horária total de atividades assíncronas: 30 REFERÊNCIAS BÁSICAS: Adelman, Miriam. “Modernidade e pós-modernidade em vozes femininas”. Codato, A. org., Para viver no século XXI. Curitiba: SESC, https://www.academia.edu/4145922/Modernidade_e_p%C3%B3s-modernidade_em_vozes_femininas Adelman, M. & Garraffoni, R.S. “Fora e dentro do círculo: escritoras do mo(vi)mento Beat”. https://litcult.net/2016/04/01/fora-e-dentro-do-circulo-escritoras-e-o-movimento-beat-miriam- adelman-e-renata-senna-garraffoni/ Adichie, Chimamanda N. Half of a Yellow Sun/Meio sol amarelo. Christian, Barbara,Bowles, Gloria et al. New Black feminist criticism,, 1985-2000. University of Illinois Press, 2007. Felski, Rita The gender of modernity. Harvard University Press, 1995. Felski, Rita. Literature after feminism. University of Chicago Press, 2003. Funck, Susana B. Crítica literária feminista: uma trajetória. Florianópolis: Editora Insular. 2016 Gornick, Vivian. The end of the novel of love. Beacon Press:1991. Heilbrun, Carolyn. Writing a woman’s life. W.W. Norton, 2008. Kehl, Maria Rita. Deslocamentos do feminino: a mulher freudiana na passagem para a modernidade. Boitempo Editora. 2017. Kovalova, Karla, org. Black feminist literary criticism. Peter Lang Publishers, 2016 Polesso, Natalia Borges. A extinção das abelhas. Companhia das Letras. 2021. Prates, Lubiana. Um corpo negro. Nosotros Editorial. 2019. Rogatis, Tiziana D, “Elena Ferrante and the power of storytelling in the age of globalization.” https://www.academia.edu/41166127/T._de_Rogatis_Conclusion._Elena_Ferrante_and_the_Power_ of_Storytelling_in_the_Age_of_Globalization_in_Elena_Ferrantes_Key_Words_translated_by_Will _Schutt_Europa_Editions_New_York_2019_pp._276-292 Secches, Fabiane. Elena Ferrante, uma longa experiência de ausência. Editora Claraboia, 2020. Mernissi, Fatema. Sonhos de Transgressão. Minha vida de menina num harem. Companhia das Letras. 1996. Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA Título (fantasia) da disciplina: Literatura – saber – ciência: o saber transdisciplinar da literatura e a ecologia cultural Código da disciplina: LETR 7099 Nome da disciplina: Teoria da Literatura Carga horária total: 90 h Nº. de Créditos: 6 Nº de encontros: 15 Docente: Klaus F. W. Eggensperger Linha de pesquisa: Literatura e outras artes Dia da semana: sexta-feira Horário: 8.30 -12.30 Modalidade: ( )Remota ( ) Hibrida ( x )Presencial sala: 1013 Endereço eletrônico para aula remota: Informações adicionais Número de vagas para alunos do PPG-Letras 15 Número de vagas para alunos especiais: 10 Plataforma para as atividades síncronas: Descrição da Proposta: Que tipo de saber é produzido pela literatura, em comparação com as ciências exatas e as sociais? Procuramos respostas para esta pergunta no campo específico da ecologia, a partir de duas escolas de interpretação cultural diferentes. Neste contexto consideramos quais formas literárias e culturais podem contribuir para o projeto de educação eco-estética, fazendo leituras de textos literários ficcionais e não ficcionais do universo anglófono, mas também de literatura brasileira. Com textos literários e ensaísticos de: Adam Dickinson, Amitav Ghosh, Anna Lowenhaupt Tsing, Annie Dillard, Aparecida Vilaça e Francisco Vilaça Gaspar, Gary Snyder, Henry David Thoreau, Margaret Atwood, Meera Subramanian, Naomi Oreskes e Erik M. Conway, Rachel Carson, Robin Wall Kimmerer, Ursula K. Le Guin, entre outros. Programa/Cronograma: Data Tópico Atividade Síncrona Atividade Assíncrona 17.3. Introdução: as duas/três culturas 4 2 24.3. Ecologia Cultural: processos semióticos 4 2 31.3. Ecologia Cultural II 4 2 07.4. Experiências eco-estéticas; ressonância 4 2 14.4. Estudo de caso: sobre maçãs e macieiras 4 2 21.4. Ciência e literatura ambientalista 4 2 2.4. Narrar ciência, narrar natureza 4 2 5.5. Ficção especulativa 4 2 12.5. Ficção especulativa II 4 2 19.5. Narração e mudança climática 4 2 26.5. Nature writing no antropoceno 4 2 02.6. Saberes indígenas e ciência 4 2 09.6. Estudo de caso: literatura e plástico 4 2 14.6. Seminários 4 2 21.6. Seminários 4 2 SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES Carga horária total de atividades síncronas: 60 Carga horária total de atividades assíncronas: 30 REFERÊNCIAS BÁSICAS: Böhme, Gernot. Aesthetics of nature – a philosophical perspective. In: Zapf 2016b, p. 123-134. Bruner, Jerome. A construção narrativa da realidade. In: Critical Inquiry, 18(1), pp. 1-21. Trad. brasileira online Capra, Fritjof. Padrões de conexão: uma introdução concisa das ideias essenciais de um dos mais importantes pensadores sistêmicos do mundo contemporâneo. São Paulo: Cultrix, 2022. Finke, Peter. A brief outline of evolutionary cultural ecology. 2013. online Fischer, Ludwig. Natur im Sinn: Naturwahrnehmung und Literatur. Berlin: Matthes&Seitz, 2019. [p. 45-53, traduzidos em port.] Garforth, Lisa. Environmental futures, now and then: crisis, systems modelling and speculative fiction. 2018. online Meireis, Torsten; Rippl, Gabriele (eds.). 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[2016b] Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA TÍTULO (FANTASIA) DA DISCIPLINA: ESTRATÉGIAS PARA PENSAR A LITERATURA LATINO-AMERICANA CONTEMPORÂNEA Código da disciplina: LETR-7109 Nome da disciplina: TÓPICOS AVANÇADOS EM TEORIA LITERÁRIA Carga horária total: 90h Nº. de Créditos: 6 Nº de encontros: 15 Docente: Profa. Dra. Isabel Jasinski Linha de pesquisa: Alteridade, mobilidade, tradução Dia da semana: Quinta Horário: 8h-12h Modalidade: ( )Remota ( ) Hibrida ( x )Presencial sala:1013 Endereço eletrônico para aula remota: INFORMAÇÕES ADICIONAIS Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 15 Número de vagas para alunos especiais: 05 Plataforma para as atividades síncronas: Teams DESCRIÇÃO DA PROPOSTA Em decorrência das dinâmicas globais de internacionalização vividas a partir da segunda metade do século XX, principalmente as duas últimas décadas, a partir do desenvolvimento dos meios tecnológicos de informação, a Literatura Latino-americana explorou modos heterodoxos e heterogêneos de criação e pensamento crítico. Na passagem de milênio, autores como Ana Pizarro, Hugo Achúgar, Josefina Ludmer, demandavam por maneiras diferenciadas de tratamento da linguagem literária, em articulação com processos culturais, sociais e históricos do presente. A expressão artística se abriria a atravessamentos que desdiferenciariam o público e o privado, o autor e o leitor, a ficção e o real, questionando noções estáveis como origem, legitimidade e propriedade. A partir daí, entraram em circulação conceitos como arquivo, comunidade, redes culturais, extimidade, pós-autonomia, escritas inespecíficas, necroescrituras, entre outros, como estratégias para pensar sobre a Literatura Latino-americana contemporânea. Cristina Rivera Garza, por exemplo, concebe a escritura como uma prática que responde às questões do presente, não de modo utilitário ou como mero reflexo dele, mas como mutação e resistência à instrumentalização da linguagem na atualidade. Em Losmuertos indóciles. Necroescritura y desapropiación (2013), a escritora mexicana contribui para a discussão sobre a condição da literatura latino-americana contemporânea, com noções como “necroescritura” e “desapropiación”, tendo em vista a mudança no estatuto do literário, constituindo uma postura crítica que foca no uso das tecnologias digitais e em “comunalidades de escritura”, efetivadas dentro e fora da linguagem. Juntamente com a obra dos autores mexicanos Mario Bellatin e Alberto Chimal, a ficção de Rivera Garza será objeto de reflexão sobre esta prática crítica na América Latina Contemporânea. Esta disciplina se propõe a refletir sobre estes conceitos, a relação entre eles e seu impacto para a leitura crítica atual, em sintonia com a pesquisa sobre “redes literárias e políticas de afeto”, interessada em como a literatura abrange instâncias diversas relacionadas à produção literária atualmente, por considerar a construção de sentido como um processo de múltiplas direções, articulando a expressão singular e dinâmicas sociais e culturais. A partir da compreensão da literatura como campo expandido em redes, entende-se que o escritor estabelece conexões afetivas múltiplas que compõem suas escolhas estéticas, evidenciando modos de relação e práticas de compartilhamento pela linguagem como ação e comoção no/do presente por meio da linguagem. PROGRAMA/CRONOGRAMA: Data Tópico Atividade Síncrona Atividade Assíncrona 24/03 Estratégias para pensar a Literatura Latino-americana contemporânea: estado da questão 4h 31/03 A noção de redes e perspectivas de sentido sobre redes culturais 4h 14/04 Discussões sobre comunidade e “comunalidades de escritura” 4h 28/04 Territórios, corpo e linguagem 4h 05/05 Mario Bellatin e a linguagem-corpo 4h 12/05 O conceito de extimidade e a expressão do outro 4h 19/05 Endereçamento e partilha, políticas do afeto 4h 26/05 Práticas do arquivo, leituras no presente 4h 02/06 Escritas contemporâneas em redes, o caso Alberto Chimal 4h 09/06 Pós-autonomia(s), polêmica sobre o estatuto do literário 4h 16/06 A inespecificidade nas artes e a literatura fora-de-si 4h 23/06 Necroescritura e desapropriação, legado de um desastre 4h 30/06 O “eu-plural” de Cristina Rivera Garza 4h REFERÊNCIAS BÁSICAS: ACHÚGAR, Hugo (2006). Planetas sem boca. Trad. Lisley Nascimento. Belo Horizonte: Editora UFMG. AÍNSA, Fernando. 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Discusión bibliográfica: Nuevas contribuciones para Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Letras PROPOSTA DE DISCIPLINA Título (fantasia) da disciplina: Literatura, Ideologia e Outro de Classe: Por Uma Crítica Materialista Código da disciplina: LETR-7110 Nome da disciplina: LITERATURA E MODERNIDADE Carga horária total: 90h Nº. de Créditos: 6 Nº de encontros: 15 Docente: Fernando Cerisara Gil Linha de pesquisa: Literatura, História e Crítica Dia da semana: Terça-feira Horário: 14h30 Modalidade: ( )Remota ( ) Hibrida ( x )Presencial sala: 1013 Endereço eletrônico para aula remota: Informações adicionais Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 25 Número de vagas para alunos especiais: 5 Plataforma para as atividades síncronas: Descrição da Proposta O curso tem como objetivo articular duas formas de estudo a respeito da representação “dos de baixo”. Num primeiro momento, procura compreender como se processa a figuração literária de grupos e setores da sociedade brasileira excluídos em âmbitos variados do processo social, ou, por outra, incluídos nesse processo por formas variadas de violência que estruturam as relações sociais. Dito de outro modo, interessa-nos analisar e discutir percalços e percursos da figuração de sujeitos ficcionais não integrados ao sistema sociocultural dominante ou postos à margem da dinâmica socioeconômica em seu conjunto, bem como o lugar social dos produtores/escritores dessas narrativas. O tema pretende ser abordado numa escala temporal que se inicia no século XIX, chegando a obras e autores do século XXI. Entre os possíveis escritores a serem abordados, incluem-se: Maria Firmina dos Reis, Machado de Assis, João Simões Lopes Neto, M. Lobato, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Paulo Lins, Geovani Martins, Pauline Torty. Num segundo momento, mas inseparável do primeiro, se investigará como formas de pensamentos diversos ao longo do tempo buscaram explicar, justificar e “racionalizar” o lugar social “dos de baixo” na sociedade brasileira. Também aqui o leque de possíveis escritores e “pensadores” será distendido ao longo do tempo: José de Alencar, Joaquim Nabuco, M. Lobato, Gilberto Freyre, Eduardo Viveiros de Castro, entre outros. REFERÊNCIAS BÁSICAS: ALENCAR, José de. Cartas a favor da escravidão. (org. Tâmis Parron). São Paulo Hedra, 2008. ALENCAR, José de. Cartas a favor da escravidão. (org. Tâmis Parron). São Paulo Hedra, 2008. ALENCASTRO, Luiz Felipe. Pai contra mãe: o terror escravista em um conto de Machado de Assis. http://a-l-i.org/freud/Champs_specialises/Langues_etrangeres/Portugais/Pai_contra_mae ASSIS, Machado de. Obra em quatro volumes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008. Vol. II. AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 2 ed. 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Informações adicionais Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 Número de vagas para alunos especiais: 10 Plataforma para as atividades síncronas: 3. Descrição da Proposta: Seguindo aspectos decorrentes do trabalho desenvolvido em meu projeto de Produtividade em Pesquisa e também do estudo que apresentei no livro A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco (Flores, 2018), pretendo nesta disciplina apresentar, passo a passo, uma nova tradução poética integral dos fragmentos de Arquíloco de Paros em língua portuguesa, seguindo as práticas de emulação métrica da poesia greco-romana que venho desenvolvendo sistematicamente desde a tese de doutorado sobre as Odes de Horácio (Flores, 2014), num modelo próximo ao que apresentei na tradução dos Fragmentos completos de Safo (2017). Ao mesmo tempo, pretendo desenvolver um estudo sobre a função do corpus poético de Arquíloco como reflexão grega a respeito dos limites da linguagem e da violência, dando assim sequência a questões tradutórias que envolvem performance na especificidade dessa violência em tradução, um assunto que venho tratando com regularidade desde o livro Algo infiel, (2017, em parceria com Rodrigo Tadeu Gonçalves). Programa/Cronograma: Data Tópico Atividade Síncrona Atividade Assíncrona 15.03 Apresentação 4h 2h 22.03 Inscrições / Testemunhos 4h 2h 29.03 Inscrições / Testemunhos 4h 2h 05.4 Elegias (fr. 1-17j) 4h 2h 12.04 Trímetros jâmbicos (fr. 18-87) 4h 2h 19.04 Trímetros jâmbicos (fr. 18-87) 4h 2h 26.04 Tetrâmetros jâmbicos (fr. 18-87) 4h 2h 03.05 Tetrâmetros jâmbicos (fr. 88-167) 4h 2h 10.05 Tetrâmetros jâmbicos (fr. 88-167) 4h 2h 17.05 Tetrâmetros jâmbicos (fr. 88-167) 4h 2h 24.05 Epodos (fr. 168-204) 4h 2h 31.05 Fragmentos de gênero incerto (fr. 205-95) 4h 2h 07.06 Fragmentos de gênero incerto (fr. 205-95) 4h 2h 13.06 Autoria dúbia e Espúrios (fr. 296-333A) 4h 2h 20.06 Conclusão 4h 2h 4. SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES Carga horária total de atividades síncronas: 60h Carga horária total de atividades assíncronas: 30h REFERÊNCIAS BÁSICAS: Adrados, Francisco R. Líricos griegos, elegíacos y yambógrafos arcaicos. 2 vols. Barcelona: Alma Mater, 1956. Archilochus. “P.Oxy. 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