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Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
 
PROPOSTA DE DISCIPLINA
TÍTULO (FANTASIA) DA DISCIPLINA:
Código da disciplina: LETR-7112
Nome da disciplina: SEMINÁRIOS EM ESTUDOS LITERÁRIOS II
Carga horária total: 30 horas
Nº. de Créditos: 2 Nº de encontros: 6
Docente: Mauro Cavaliere - Universidade de Estocolmo
Linha de pesquisa: Literatura, História e Crítica
Disciplina Concentrada (PRINT) Terças, Quartas e Quintas, das 18h30 às 22h30
Modalidade: ( X )Presencial sala:1020
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20
Número de vagas para alunos especiais: 10
DESCRIÇÃO DA PROPOSTA
Representações   da   história   recente   de  Angola   em   Pepetela   e   J.   E.  Agualusa.
Considerando o limitado tempo disponível e ao número de créditos ECTS de que
consta o curso, a unidade curricular será limitada a dois romances representativos da
área temática: A geração da utopia de Pepetela e Estação das chuvas de Agualusa.
Os dois romances são representativos tanto de um ponto de vista genérico – trata-se
de romances que abrangem um período relativamente extenso da história recente –
como do ponto de vista temático, visto que destacam momentos cruciais da história
recente de Angola.
Naturalmente, por se tratar de textos literários e dirigindo-se a alunos do mestrado em
literatura, a abordagem será orientada principalmente pelas metodologias utilizadas
nesta disciplina de forma a chegar a uma interpretação plausível sobre as intenções
comunicativas  do   autor,   reservando  particular   atenção   às   implicações   ideológicas
subjacentes.  No entanto,  serão proporcionadas de forma concisa   também algumas
informações histórico-sociais (bem como étnicas): um conhecimento contextual sem
o qual a compreensão textual seria inevitavelmente deficitária.
Data Tópico
17/1 
18.30
20.00
Aula 
Letiva
1. Introdução: Planificação do curso, método de trabalho, objetivos, material utilizado, avalia-
ção. 
2. A enciclopédia do leitor
3. Géneros literários: 
a) passado e presente na história literária 
b) teoria e história do romance histórico. 
c) O romance histórico e o romance histórico do passado recente: abordagem ao género 
literário 
20.45
22.15
Aula 
Letiva 
1. Momentos crucias da história angolana recente (1) 
2. O distanciamento temporal: o incipit (e elementos paratextuais). 
18/1 
18.30
20.00
Aula letiva
 
1. A personagem na sua faceta ontológica: as tipologias 
2. Introdução a Estação das chuvas: 
a) abordagem narratológica e semiótico-literária
b) abordagem genérica a Estação das chuvas:
c) contextos: histórico, histórico-literário, biográfico
20.45
22.15
Seminário
Grupos de discussão a partir da ficha de leitura (45’) e sessão plenária (45’) 
19/1
 
18.30
20.00
Aula letiva
Temas: 
I) Angola, a África e o mundo no prisma de Estação das chuvas 
II) a organização formal e ideologia 
20.45
22.15
Seminário
Grupos de discussão a partir da ficha de leitura (45’) e sessão plenária (45’) 
24/1 
18.30
20.00
Aula letiva 
1. Introdução a Geração da utopia
a) abordagem narratológica e semiótico-literária
b) abordagem genérica a Geração da utopia 
c) Momentos crucias da história angolana recente
20.45
22.15
seminário
 
Grupos de discussão a partir da ficha de leitura (45’) e sessão plenária (45’) 
25/1 
18.30
20.00
Aula letiva
 Temas: 
I) Angola, a África e o mundo no prisma de Geração da utopia
II) a organização formal e ideologia 
 
20.45
22.15
seminário
Grupos de discussão (45’) e sessão plenária (45’) a partir da ficha de leitura
26/1
18.30
20.00
Aula letiva
Comparação dos dois romances: 
1) Elementos narratológicos e semiótico literários
2) Os géneros literários
3) Contextos (autoral, histórico)
4) Estratégias comunicativas e ideologia.  
20.45
22.15
seminário
Grupos de discussão (45’) e sessão plenária (45’) a partir da ficha de leitura
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
AGUALUSA, J. E. (1996). Estação das Chuvas. Lisboa: D. Quixote. PEPETELA 
(1992). A Geração da Utopia. Lisboa: D. Quixote. NB: recomenda-se vivamente aos 
estudantes de completar a leitura dos dois romances antes do início do curso. A 
edição utilizada não tem grande importância, existem também edições em e-book que
também poderão ser aproveitadas, por ex. A Geração da Utopia 
HTTPS://PLAY.GOOGLE.COM/STORE/BOOKS/DETAILS/ARTUR_PESTANA_A
_GERA%C3%A7%C3%A3O_DA_UTOPIA?ID=DYFCCD37B90C Estação das 
Chuvas HTTPS://PLAY.GOOGLE.COM/STORE/BOOKS/DETAILS/JOS
%C3%A9_EDUARDO_AGUALUSA_ESTA
%C3%A7%C3%A3O_DAS_CHUVAS?ID=CQNOYM5R_OMC A literatura crítica 
e teórica, que constará de alguns artigos, será disponibilizada no seguinte link do 
Google Drive: 
HTTPS://DRIVE.GOOGLE.COM/DRIVE/FOLDERS/1HSWPF9ORNZD5UASI6S
GH1N3PCCXZRGUK
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
PROPOSTA DE DISCIPLINA
TÍTULO (FANTASIA) DA DISCIPLINA: O FOCO NO TEXTO LITERÁRIO: ANÁLISE LINGUÍSTICA E 
TRADUÇÃO
Código da disciplina: LETR-7112
Nome da disciplina: SEMINÁRIOS EM ESTUDOS LITERÁRIOS II
Carga horária total: 30 horas
Nº. de Créditos: 2 Nº de encontros: 6
Docente: Maria Serena Felici - Università degli Studi Internazionali di Roma (UNINT)
Linha de pesquisa: Alteridade, Mobilidade e Tradução
Disciplina Concentrada (PRINT)
Terças, Quartas e Quintas, das 14h30 às 18h30 (período: de 17 a 26 de janeiro de 2023)
Modalidade: ( X )Presencial sala: 1013
Pasta virtual com os textos a serem estudados: 
https://drive.google.com/drive/folders/1f60fbn32iPN61T2maM7Qi0nobAYNwB9V?
usp=share_link 
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20
Número de vagas para alunos especiais: 10
DESCRIÇÃO DA PROPOSTA
Este curso propõe abordar o tema da análise linguística e da teoria (mas com exemplos práticos) 
da tradução do texto literário a partir de uma perspectiva diatópica (textos brasileiros e de outras 
vernáculas) e diacrônica (a língua literária portuguesa ao longo do tempo, da segunda metade do 
século XIX até a época atual). As duas dimensões, diatópica e diacrônicas, além da inclusão do 
elemento da tradução, constituem a novidade do curso. Durante as aulas, será analisado um 
corpus de obras literárias dos seguintes países: Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Macau, 
Moçambique e Timor Leste, baixando a lente no modo com que a língua portuguesa muda nas 
diferentes zonas do mundo (dimensão diatópica) e ao longo do tempo em consideração aos 
diversos acontecimentos históricos (dimensão diacrônica). Além disso, pretende-se discutir 
assuntos ligados ao tema da tradução: fundamentos teóricos e reflexão linguística e intercultural.
Data Tópico
17/01/23 Textos em programa de Eça de Queirós e Machado de Assis (Brasil e Portugal): cotejo focado no texto
18/01/23 Textos em programa de Guimarães Rosa e Baltasar Lopes (Brasil e Cabo Verde): cotejo focado no texto
19/01/23 Língua e estilo de Paulina Chiziane (Moçambique): Balada de amor ao vento
24/01/23 Língua e estilo de Henrique de Senna Fernandes (Macau): A Trança Feiticeira
25/01/23 Língua e estilo de Ondjaki (Angola): Avodezanove e o Segredo do Soviético
26/01/23 Língua e estilo de José Cardoso Noronha (Timor Leste): Para onde vão os gatos quando morrem?
https://drive.google.com/drive/folders/1f60fbn32iPN61T2maM7Qi0nobAYNwB9V?usp=share_link
https://drive.google.com/drive/folders/1f60fbn32iPN61T2maM7Qi0nobAYNwB9V?usp=share_link
SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES
Carga horária total de atividades síncronas: 30 horas
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
EÇA DE QUEIRÓS, Singularidades de uma Rapariga loira, in Contos, Porto Editora, 2011 (1ª ed.
Diário de Notícias, 1874).
MACHADO DE ASSIS, O Alienista, in Obra Completa de Machado de Assis, II, Nova Aguilar, 1994
(1ª ed. A Estação, 1881-1882).
GUIMARÃES ROSA, Miguilim, in Manuelzão e Miguilim, Nova Fronteira, 2011 (1ª ed. José
Olympio 1964). 
BALTASAR LOPES, Chiquinho, Vega, 2006 (1ª ed. Claridade 1947).
PAULINA CHIZIANE, Balada de Amor ao Vento, Lisboa, Caminho, 2003 (1ª ed.Associação de
Escritores Moçambicanos, 1990). 
HENRIQUE DE SENNA FERNANDES, A Trança Feiticeira, Gryphus, 2009 (1ª ed. Fundação Oriente,
1994)
ONDJAKI, Avodezanove e o Segredo do Soviético, Companhia das Letras, 2009 (1ª ed. 2008).
JOSÉ CARDOSO NORONHA, Para onde vão os gatos quando morrem?, Sextante, 2017.
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
PROPOSTA DE DISCIPLINA
TÍTULO (FANTASIA) DA DISCIPLINA: DESAPRENDER O IMPÉRIO
Código da disciplina: LETR-7112
Nome da disciplina: SEMINÁRIOS EM ESTUDOS LITERÁRIOS II
Carga horária total: 30 horas
Nº. de Créditos: 2 Nº de encontros: 6
Docente: Prof. Dr. Simon Park (University of Oxford)
Linha de pesquisa: Literatura, História e Crítica
Disciplina Concentrada (PRINT) Terças, Quartas e Quintas, das 18h30 às 22h30
Modalidade: ( X )Presencial sala: 1020
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20
Número de vagas para alunos especiais: 10
DESCRIÇÃO DA PROPOSTA
Este curso visa a lidar com textos fundamentais da história literária portuguesa e da construção do 
império português, oferecendo aos alunos a oportunidade de desenvolver uma abordagem 
decolonial de textos canónicos. Na leitura atenta de textos dos séculos xv-xvi revelar-se-á a 
contingência dos nossos próprios (pre)conceitos e surgirá a evolução heterogénea de ideias tais 
como a raça e o império ao longo da história. As teorias decoloniais possibilitarão a 
reinterpretação de obras fulcrais da história literária portuguesa por destacar histórias potenciais, 
passados alternativos, e caminhos não trilhados. O resultado será a re-imaginação e até a 
‘rebobinagem’ da história do império. Depois de reinterpretarem textos de Camões e Gil Vicente, 
entre outros, os alunos trabalharão em grupo para produzir textos criativos que reescrevem, 
parodiam, interpolam, ou reorganizam o arquivo imperial e/ou a história literária.
Data Tópico
7/3/23
Desaprender o império
‘Histórias potenciais’ e o conceito de desaprender o império (Ariella Aïsha Azoulay)
Gomes Eanes de Zurara Crónica do descobrimento e da conquista de Guiné (extratos)
8/3/23
Ausências no arquivo
Pêro Vaz de Caminha, ‘Carta do Achamento do Brasil’
Boaventura de Sousa Santos, O fim do império cognitivo (extratos)
9/3/23
A história da racialização
Gil Vicente, Frágoa de Amor
Luís Vaz de Camões, ‘Endechas a Barbara’
14/3/23
Lastimosos sucessos e histórias potenciais
História do S. João, História Trágico-Marítima
15/3/23
Vozes Críticas
Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas (extratos)
Fernão Mendes Pinto, Peregrinação (extratos)
16/3/23 Workshop: Crítica Criativa
SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES
Carga horária total de atividades síncronas: 30 horas
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
Boaventura de Sousa Santos, O Fim do império cognitivo
Ariella Aïsha Azoulay, Potential History: Unlearning Imperialism
Saidiya Hartman; Venus in Two Acts. Small Axe 1 June 2008; 12 (2): 1–14. doi: https://doi.org/
10.1215/-12-2-1
Christina Sharpe, In The Wake: On Blackness and Being
Simon Park, ‘Beyond Comprehension: Language, Identity and the Transnational in Gil Vicente’s 
Theatre’, in Hilary Owen and Claire Williams, eds, Transnational Portuguese Studies (Liverpool: 
Liverpool University Press, 2020), pp. 167–82
Eduardo Lourenço, ‘A Peregrinação ou a metamorfose do olhar europeu’, in Peregrinação, 1614, 
ed. by Isabel Almeida (Lisbon: CEC, 2017), pp. 11-18
Luís de Sousa Rebelo, ‘Camões e o sentido da comunidade’, in Egídio Namorado and Luís de 
Sousa Rebelo (eds.), Camões e o pensamento filosófico do seu tempo (Lisbon: Prelo, 1979)
José Saramago, ‘A Morte familiar’, in História Trágico-Marítima (Lisbon: Afrodite, 1971)
https://doi.org/10.1215/-12-2-1
https://doi.org/10.1215/-12-2-1
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
PROPOSTA DE DISCIPLINA 
Título (fantasia) da disciplina: Figurações intermediáticas da personagem 
Código da disciplina: LETR-7112 
Nome da disciplina: SEMINÁRIOS EM ESTUDOS LITERÁRIOS II 
Carga horária total: 30 horas 
Nº. de Créditos: 2  Nº de encontros: 6 
Docente: Carlos Reis - Universidade de Coimbra
Linha de pesquisa: Literatura, História e Crítica 
Disciplina Concentrada (PRINT) Terças, Quartas e Quintas, das 18h30 às 22h30 
Modalidade: ( X )Presencial sala: 1013 
 
Informações adicionais 
Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 
Número de vagas para alunos especiais: 10 
 
Descrição da Proposta 
O curso “Figurações Intermediáticas da Personagem” parte do estado atual dos Estudos de 
Personagem, no contexto dos Estudos Narrativos, e desenvolve dois movimentos de abordagem. 
Primeiro: a problematização da dinâmica de figuração e de refiguração desta categoria narrativa e 
literária. Segundo: a ex-tensão daquela dinâmica a outras linguagens narrativas e a outros contextos 
mediáticos, contemplando a intermedialidade como domínio de referência. A análise intermediática 
da personagem apoia-se no estudo de casos, partindo-se de obras literárias canónicas para a sua 
transposição intermediática e para os decorrentes procedimentos de refiguração da personagem. 
 
Data  Tópico 
20.3.22  
Teoria da personagem e estudos narrativos: fundamentos e evolução. Interdisciplinaridade
e transnarratividade 
21.3.22  Figuração, refiguração e sobrevida da personagem.   
22.3.22  Lógicas e contextos da personagem literária.   
23.3.22  Leituras orientadas. 
24.3.22  Leituras orientadas. 
27.3.22 
A problemática da intermedialidade e a questão da remediação.  Intermedialidade e 
transmedialidade: contextos mediáticos.    
28.3.22  Transposições intermediáticas: iconografia, cinema e televisão.   
29.3.22  A questão da adaptação: conceitos e interações sociomediáticas. 
30.3.22  Leituras orientadas. 
31.3.22  Leituras orientadas. Conclusões. 
    
SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES 
Carga horária total de atividades síncronas: 30 horas. Distribuição: 24 horas de aula em regime 
seminarial, completadas por 6 horas de leituras pelos alunos, com orientação prévia.  
 
REFERÊNCIAS BÁSICAS: 
CÂNDIDO, Antônio et alii. A Personagem de Ficção. 9ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1998. 
EDER, Jens et alii (eds.). Characters in Fictional Worlds. Understanding Imaginary Beings in 
Literature, Film, and Other Media. Berlin/New York:  Walter de Gruyter, 2010.  
GRISHAKOVA, Marina  e Marie-Laure RYAN (eds.) (2010). Intermediality and Storytelling. 
Berlin/New York: Mouton de Gruyter.  
HOCHMANN, Baruch. Character in Literature. Ithaca and London: Cornell University Press, 
1985. 
JOUVE, Vincent. L'effet-personnage dans le roman. Paris : P.U.F., 1992.  
New Literary History. Vol. 42, Number 2, Spring 2011 (título genérico: Character).  
PHELAN, James. Reading People, Reading Plots. Character, Progression, and the Interpretation of 
Narrative. Chicago/London: The Univ. of Chicago Press, 1989. 
REIS, Carlos. Dicionário de Estudos Narrativos. Coimbra: Almedina, 2018. 
REIS, Carlos. Pessoas de Livro. Estudos sobre a Personagem. 3ª ed. Coimbra: Imprensa da Univ. de
Coimbra, 2018. 
RYAN, Marie-Laure. Narrativa e Estudos Mediáticos. Santo Tirso/Coimbra: De facto/Centro de 
Literatura Portuguesa, 2021. 
Style. Vol. 24, 3, 1990 (título genérico: Characters & characteristics in literature). 
VIEIRA, Cristina da Costa. A Construção da Personagem Romanesca. Lisboa: Edições Colibri, 
2008. 
 
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
PROPOSTA DE DISCIPLINA 
Título (fantasia) da disciplina: É preciso falar sobre as ausentes: a colaboração feminina no jornal O
Paiz (1884-1910). 
Código da disciplina: LETR 7111
Nome da disciplina: Literatura e História 
Carga horária total: 15h (3 horas-aula por dia, de 06 a 10/3/2023) 
Nº. de Créditos: 1  Nº de encontros: 5 
Docente: Milena R. Martins (UFPR), Tânia Regina de Luca (Unesp), Álvaro Santos Simões Jr. 
(Unesp), Alexandro Henrique Paixão (Unicamp), Ana Cláudia Suriani da Silva (University College 
London) 
Linhade pesquisa: Literatura, História e Crítica 
Dia da semana: segunda a sexta  Horário: 14h a 17h 
Modalidade: (X) Híbrida - sala: 1213- 12o andar, edifício D. Pedro I, UFPR. 
Endereço eletrônico para aula remota: [a ser informado aos matriculados] 
 
Informações adicionais 
Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 
Número de vagas para alunos especiais: 30 
Plataforma para as atividades síncronas:  [a ser informado aos matriculados] 
 
Descrição da Proposta 
O curso tem como objetivo aprofundar os conhecimentos dos estudantes sobre a escrita de autoria
feminina -- especificamente de crônicas e contos -- a partir da colaboração de quatro escritoras com o
jornal brasileiro O Paiz (1884-1934): Maria Amália Vaz de Carvalho (1847–1921), que remeteu,
entre 1884 e 1889, grande quantidade de crônicas de Portugal; Maria Benedita Câmara Bormann
(pseudônimo Délia, 1853–1895), que colaborou com contos e o romance-folhetim Angelina; Emília
Moncorvo Bandeira de Melo (pseudônimos Carmen Dolores e Júlio de Castro, 1852–1910), com
crônicas e contos; e Júlia Lopes de Almeida (1862–1934), autora de contos, séries de crônicas e do
romance epistolar Correio da roça. As fontes primárias do curso formam o corpus de pesquisa do
projeto internacional CNPq Universal “É preciso falar sobre as ausentes: a colaboração feminina no
jornal O Paiz (1884-1910)” e foram levantadas pelos pesquisadores que ministrarão as aulas. 
 
A escolha de mulheres diz respeito à invisibilidade a que a história da literatura condenou as escritoras,
mesmo aquelas que, em vida, obtiveram sucesso e reconhecimento. As contribuições dessas mulheres
reúnem mais de quinhentos textos, dirigidos sobretudo ao crescente público feminino leitor de
cotidianos, o que convida a 
reavaliar a presença das mulheres de letras na grande imprensa e o seu papel como mediadoras
culturais e formadoras de opinião. Do ponto de vista dos desafios colocados, mote para a realização
do curso, trata-se de problematizar a presença de escritores na imprensa, no período que se
convencionou denominar de Belle Époque. Assim, questões relacionadas à profissionalização e ao
início da formação de um campo intelectual constituem-se no ponto de partida, ao que se somam as
várias contingências impostas pelo ritmo de produção de jornais e revistas, em termos do tempo para
a escritura de textos, suas dimensões e temáticas, circunstâncias que reverberam no próprio fazer
literário. Não por acaso, jornalista-escritor e escritor-jornalista eram termos utilizados de forma
intercambiável no período. Já a escolha de mulheres diz respeito à invisibilidade a que a história da
literatura condenou as escritoras, mesmo aquelas que, em vida, obtiveram sucesso e
reconhecimento.  
Baseado em pesquisa com fontes primárias disponíveis em acervos digitais, o curso contará com a
consulta e a leitura crítica de uma gama diversificada de fontes primárias (por exemplo, jornais e
edições online). Por meio desses recursos, o curso proporcionará aos alunos a oportunidade de
desenvolver habilidades ligadas à pesquisa e edição de textos históricos, além de oferecer um
panorama histórico-literário e base teórica para o exame crítico dos textos selecionados. 
 
Programa/Cronograma: 
Data  Tópico  Atividade Síncrona  Atividade Assíncrona 
06/03 
A pesquisa com fontes periódicas: 
desafios metodológicos 
x   
07/03 
Julia Lopes de Almeida: 
entre o público e o privado, o ensaio e a 
ficção. 
x   
08/03 
Maria Amália Vaz de Carvalho:  
correspondente internacional e mediadora 
cultural 
x   
09/03 
 
Os contos de Délia 
 
x   
10/03 
A crônica e uma cronista: Carmen Dolores 
 
x   
 
SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES 
Carga horária total de atividades síncronas: 15 horas 
Carga horária total de atividades assíncronas: leitura 
 
REFERÊNCIAS BÁSICAS: 
ARRIGUCCI JR., Davi.  Fragmentos sobre a crônica.  In: Enigma e comentário: ensaios sobre 
literatura e experiência.  São Paulo: Cia. das Letras, 1987.  p. 51-66. 
BROCA, Brito. A vida literária no Brasil. 1900. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2004. 
CANDIDO, Antonio.  A vida ao rés-do-chão.  In: ANDRADE, Carlos Drummond de et al.  Para 
gostar de ler. 5. ed.  São Paulo: Ática, 1987.  p. 4-13. 
CANDIDO, Antonio et al. (org.). A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. 
Campinas: Editora da Unicamp; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992. 
LUCA, Tania Regina de. História dos, nos e por meio dos periódicos. In: PINSKY, Carla Bassanezi 
(org.). Fontes Históricas. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2008, p. 111-153. 
LUCA, Tania Regina de. A Revista do Brasil (1916-1944): notas de pesquisa. In: BEZERRA, 
Holien G; FERREIRA, A. Celso; Luca, Tania R. de. O historiador e seu tempo. São Paulo: Unesp, 
2008, p. 117-127. 
LUCA, Tania Regina de; SILVA, Ana Claudia Suriani da. Maria Amália Vaz de Carvalho nas 
páginas de O Paiz (1884-1889): levantamento dos textos e notas iniciais de pesquisa. Herança - 
Revista de História, Património e Cultura, [S. l.], v. 5, n. 1, p. 07-37, 2022. DOI: 
10.29073/heranca.v5i1.454. Disponível em: 
https://revistas.ponteditora.org/index.php/heranca/article/view/454. Acesso em: 25 nov. 2022. 
MICELI, Sérgio. Intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945). São Paulo: Difel, 1979. 
MICELI, Sérgio. Poder, sexo e letras na república Velha. São Paulo: Perspectiva, 1977. [Texto 
republicado em MICELI, Sérgio. Intelectuais à brasileira. São Paulo: Companhia das letras, 2001.] 
MOLINA, Matias M. História dos jornais no Brasil. Da era colonial à Regência. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2015. 
MOLLIER, Jean-Yves. A leitura e seu público no mundo contemporâneo. In: Ensaios sobre história 
cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2008, p. 175-190. 
NEEDELL, Jeffrey. Belle Époque tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. 
PRIORE, Mary Del (org.); BASSANEZI, Carla (coord. de textos). História das mulheres no Brasil. 
9. ed. São Paulo: Contexto, 2008. 
SEVCENKO, Nicolau (org.) História da vida privada no Brasil, vol. 3. República: da Belle Époque 
à era do Rádio. São Paulo, Companhia das Letras, 2006. 
SHARPE, Peggy. Júlia Lopes de Almeida. In: MUZART, Zahidé Lupinacci (Org.). Escritoras 
brasileiras do século XIX. Vol. II. Florianópolis, Santa Cruz do Sul: Mulheres, Edunisc, 2004. p. 
188-238. 
SILVA, Maurício Pedro da. O sorriso da sociedade. Literatura e academicismo no Brasil da virada 
do século (1890-1920). São Paulo: Alameda, 2013. 
SIMÕES JÚNIOR, Álvaro S.; CAIRO, Luís Roberto; RAPUCCI, Cleide A. (org). Intelectuais e 
imprensa. Aspectos de uma complexa relação. São Paulo: Nankin, 2009. 
SUSSEKIND, Flora. Cinematógrafo de letras. Literatura, técnica e modernização no Brasil. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1987. 
VELLOSO, Monica Pimenta. História & Modernismo. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. 
(Outros títulos serão acrescidos durante as aulas.) 
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
PROPOSTA DE DISCIPLINA
TÍTULO (FANTASIA) DA DISCIPLINA: (ANTI) BURGUESIA (S) E (ANTI)MODERNIDADE (S) NA 
LITERATURA PORTUGUESA DO SÉCULO XIX
Código da disciplina: LETR 7101
Nome da disciplina: Ficção
Carga horária total: 90h
Nº. de Créditos: 6 Nº de encontros: 16
Docente: Antônio Augusto Nery
Linha de pesquisa: Literatura e Outras Linguagens
Dia da semana opção 01: Terça-feira Horário: 09h
Modalidade: ( X )Presencial sala: 1020
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20
Número de vagas para alunos especiais: 10
DESCRIÇÃO DA PROPOSTA
Em seu livro Modernismo – o fascínio da heresia, Peter Gay faz uso do termo “classes médias” ao
se referir à multiplicidade de tendências e padrões de comportamentos difundidos pela burguesia
ao longo do Século XIX e depois dele, bem como à diferença com que a ideia do “ser burguês” foi
aceita e se desenvolveu nas mais diversas culturas. Nesta disciplina pretendemos averiguar em
que medida e com quais sentidosa prosa de ficção portuguesa oitocentista traduz a sedução e o
rechaço a preceitos burgueses, posicionamentos comumente vinculados ao pensamento moderno.
Entre as narrativas analisadas estão A queda dum anjo (1866), de Camilo Castelo Branco; Uma
família inglesa (1868), de Júlio Dinis; O primo Basílio (1878), de Eça de Queirós e O Barão de
Lavos (1891), de Abel Botelho. O embasamento teórico que norteará as leituras críticas será
composto por uma bibliografia que contempla os estudos sobre a Modernidade, a
Antimodernidade e a ascensão, estabelecimento, decadência e permanência de preceitos burgueses
na Europa, com ênfase particular ao contexto português. Entre os referenciais teóricos estão:
Modernismo – o fascínio da heresia e O século de Schnitzler- a formação da cultura da classe
média, de Peter Gay; O burguês – entre a história e a literatura, de Franco Moretti; Os
antimodernos, de Antoine Compagnon, A era do capital: 1848-1875, de Erich Hobsbawm, além
de estudos críticos acerca das obras analisadas e sobre o contexto histórico, político e cultural de
Portugal no Século XIX.
Data Tópico
14/03/2023
Apresentação da disciplina. Distribuição dos Seminários. Discussão sobre os projetos
de pesquisa dos alunos.
21/03/2023
- A era das revoluções (Eric Hobsbawm): Capítulo 13 - A ideologia secular;
- O burguês (Franco Moretti) – Introdução Conceitos e contradições (p. 11 a 32)
28/03/2023
- O burguês (Franco Moretti) – Um senhor que trabalha (p. 34 a 61);
- “Aspectos da história portuguesa no século XIX” – (José Mattoso, vol. 5: p. 27 a
32; 37)
04/04/2023
“Aspectos da história portuguesa no século XIX” – (José Mattoso, vol. 5: p. 57 a 62;
77 a 81; 85 a 89; 109 a 121; 183 a 185);
- A subida ao poder da burguesia portuguesa (Victor Sá)
11/04/2023 - Uma família inglesa (1868) – Júlio Diniz (1839 – 1871) 
18/04/2023
- Olhares sobre o Portugal do Século XIX (Maria Antonieta Cruz, p. 43 – 77)
- A era do capital (1848 – 1875) (Eric Hobsbawm): Capítulo 13 - O mundo burguês
25/04/2023 - O burguês (Franco Moretti) – O século sério (p. 72 a 105);
02/05/2023
- Os antimodernos (Antoine Compagnon): Introdução - os modernos em liberdade; I
– As ideias (p.11-24); Capítulo 1 – Contrarrevolução (p.25 -47)
09/05/2023 - A queda dum anjo (1866) 
16/05/2023 - O burguês (Franco Moretti) – Névoa (p. 107 a 149);
23/05/2023
- O burguês (Franco Moretti) – “Malformações nacionais”: metaformoses da
periferia (p. 150 a 173) e “ Ibsen e o espírito do capitalismo” (p. 174 a 194)
30/05/2023
- O século de Schnitzler (Peter Gay) – Prefácio, Overture e Capítulo I – Burguesia (s)
(p. 11 a 55)
06/06/2023 - O primo Basílio (1878), de Eça de Queirós (1845-1900)
13/06/2023 - O século de Schnitzler (Peter Gay) – Capítulo II – Lar, agridoce lar (p. 56 a 81)
20/06/2023
- A era dos impérios (Eric Hobsbawm): Capítulo 7 - Quem é quem ou as incertezas
burguesas;
27/06/2023 - O Barão de Lavos (1891), de Abel Botelho (1854-1917)
REFERÊNCIAS BÁSICAS: 
BOTELHO, Abel. O barão de Lavos. Porto, Livraria Chardron, 1908.
CASTELO BRANCO, Camilo.  A queda dum anjo. In:  Obras completas. Porto: Lello & Irmão,
1984.
COMPAGNON,   Antoine.    Os antimodernos – De Joseph de Maistre a Roland Barthes.  Belo
Horizonte, Editora da UFMG, 2011.
CRUZ, Maria Antonieta. Olhares sobre o Portugal do Século XIX. Lisboa, Imprensa Nacional-
Casa da Moeda, 2012.
DINIS, Júlio. Uma família inglesa. Rio de Janeiro: Edições Saraiva, 1963.
GAY, Peter. O século de Schnitzler - a formação da cultura da classe média. Tradução S. Duarte.
São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
HOBSBAWM Eric J.  A era das revoluções: 1789-1848. 25ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2012. 
_______. A era do capital: 1848-1875. 2ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2012. 
_______.  A era dos Impérios: 1875-1914.  13ª   ed.  São  Paulo:  Paz  e  Terra,  2011.  MORETTI,
Franco. O burguês – entre a história e a literatura. Tradução: Alexandre Morales. São Paulo: Três
estrelas, 2014 
QUEIRÓS, Eça de. O primo Basílio. São Paulo, Abril cultural, 1979.
SÁ, Victor. A subida ao poder da burguesia portuguesa. Revista da Faculdade de Letras. Número
V.   Porto,   Universidade   do   Porto,   1988,   p.   245-252.   Disponível   em   <
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2111.pdf> . Acesso em 16 nov. 2022.
MATTOSO,   José   (org.).  História de Portugal.    Vol.   5   (O   liberalismo  –  1807-1890).  Lisboa:
Editorial Estampa, 1998.
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
PROPOSTA DE DISCIPLINA 
Título (fantasia) da disciplina: Teoria da poesia moderna e contemporânea: textos poéticos e 
críticos. 
Código da disciplina: LETR7100 
Nome da disciplina: Teoria da Poesia 
Carga horária total: 90h 
Nº. de Créditos: 6  Nº de encontros: 15 
Docente: Sandra M. Stroparo 
Linha de pesquisa: Alteridade, mobilidade e tradução 
Dia da semana: terça-feira  Horário: 8h00-12h00 
Modalidade: (   )Remota (   ) Hibrida  (x )Presencial sala:1013 
Endereço eletrônico para aula remota:  
 
1. Informações adicionais 
Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 
Número de vagas para alunos especiais: 5 
Plataforma para as EVENTUAIS atividades síncronas: Teams e site da disciplina:  
< https://www.sandramstroparo.net > 
 
2. Descrição da Proposta
A proposta é realizar a leitura de alguns textos críticos importantes para o momento poético da 
modernidade e da contemporaneidade. Paralelamente será feita a leitura de alguns textos poéticos 
canônicos do período.  
É possível que haja alguma mudança na lista dos textos escolhidos. 
 
Programa/Cronograma: 
Aula  Tópico 
Atividade
Síncrona 
Atividade
Assíncrona 
1  Mallarmé – "Crise de vers"     
2  Mallarmé – L'après-midi d'un faune e Un coup de dés     
3 
Paulo Henriques Britto – "Para uma tipologia do 
verso livre em português e inglês" 
   
4  T. S. Eliot – "Hamlet" e "Reflexions on Vers libre"     
5 
T.S. Eliot – A terra devastada e "A canção de amor de 
J. Alfred Prufrock" 
   
6 
T.S. Eliot – A terra devastada e "A canção de amor de 
J. Alfred Prufrock" 
   
7  Elizabeth Bishop – The Moose     
8  Haroldo de Campos – Galáxias     
9  Haroldo de Campos – Galáxias     
10 
Haroldo de Campos – "Poesia e modernidade: da 
morte da arte à constelação. O poema pós-utópico." 
   
11 
Marcos Siscar – "A alavanca da crise: a poesia "pós-
utópica" de Haroldo de Campos." 
   
12  Marcos Siscar – "O tombeau das vanguardas: a     
"pluralização das poéticas possíveis" 
13  Marcos Siscar –"A cisma da poesia brasileira."     
14 
Rosa Maria Martelo: "Modernidade e senso comum: o
lirismo nos finais do século XX" 
   
15  Conclusões     
 
3. SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES 
Carga horária total de atividades síncronas: 60h 
Carga horária total de atividades assíncronas: 00h 
 
REFERÊNCIAS BÁSICAS: 
 
AGAMBEN, Giorgio. "O fim do poema". Revista Cacto. Instituto Federal do Sertão Pernambucano.
2002.  
BARTHES, Roland. Le degré zéro de l'écriture. Paris: Éditions du Seuil, 1972. 
BISHOP, Elizabeth. "The moose". https://www.poetryfoundation.org/poems/48288/the-moose-
56d22967e5820 
____. Poemas escolhidos. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. Trad. Paulo Henriques Britto. 
BRITTO, Paulo Henriques. "Para uma tipologia do verso livre em português e inglês". Revista 
Brasileira de Literatura Comparada, 19. 
https://revista.abralic.org.br/index.php/revista/article/view/275/279 
CAMPOS, Haroldo de. "Poesia e modernidade: da morte da arte à constelação. O poema pós-
utópico." in: O arco-íris branco: ensaios de literatura e cultura. Rio de Janeiro: Imago, 1997. 
____. O arco-íris branco. Rio de Janeiro: Imago, 1996. 
COLLOT, Michel. "O sujeito lírico fora de si" in: RABATÉ, Dominique (org.). Figures du sujet 
lyrique. (1996)ELIOT, T. S. Poemas. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. Trad. Caetano W. 
Galindo. 
____. The complete prose of T. S. Eliot: The Critical Edition. Vol 1 e 2. Londres: Johns Hopkins 
University Press, 2014. 
ENZENSBERGER,Hans Magnus. "Linguagem universal da poesia moderna. (1962)" in: Com 
raiva e paciência: ensaios sobre literatura, política e colonialismo. Rio de Janeiro, Paz e 
Terra/Instituto Goethe, 1985. 
MALLARMÉ, Stéphane. Divagações. Florianópolis: Ed. UFSC, 2010.Trad. Fernando Scheibe. 
____. Mallarmé. São Paulo: Perspectiva, 1974. Trad. Augusto de Campos, Haroldo de Campos e 
Décio Pignatari. 
PINSON, Jean-Claude. "Structure de la poésie contemporaine" in: GUILLAUME, Daniel (org.). 
Poétiques & Poésies contemporaines. (2002)  
 
POUND, Ezra. A arte da poesia. São Paulo: Cultrix, 1988.Trad. de Heloysa de Lima Dantas e José 
Paulo Paes.  
 
SISCAR, Marcos. Poesia e crise. São Paulo: Ed. Unicamp, 2010. 
 
____. De volta ao fim: o "fim das vanguardas" como questão da poesia contemporânea. Rio de 
Janeiro: 7 Letras, 2016. 
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
PROPOSTA DE DISCIPLINA
TÍTULO (FANTASIA) DA DISCIPLINA: O PRIMEIRO MACHADO E A NOVELA 
SENTIMENTAL
Código da disciplina: LETR-7103
Nome da disciplina: Crítica e Historiografia Literária
Carga horária total: 90
Nº. de Créditos: 6 Nº de encontros: 15
Docente: Luís Gonçales Bueno de Camargo
Linha de pesquisa: Literatura história e crítica
Dia da semana: Quarta-feira Horário: 8h30
Modalidade: ( )Remota ( ) Hibrida (X)Presencial sala: sala 1013
Endereço eletrônico para aula remota:
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20
Número de vagas para alunos especiais: 3
Plataforma para as atividades síncronas:
DESCRIÇÃO DA PROPOSTA
Há uma visão bastante consolidada que compreende os quatro primeiros romances de
Machado   de  Assis   como   algo   convencional,   preso   ao   romantismo   de   escola   e   ao   romance
sentimental.  Para os críticos que têm essa concepção, a mudança operada com a publicação de
Memórias póstumas de Brás Cubas é um rompimento radical com as experiências anteriores. Tal
visão,  embora ainda dominante,   tem sido relativizada por estudos como os de Hélio  de Seixas
Guimarães (2004) e Ronaldes de Melo e Souza (2006), por exemplo.
Nesta disciplina estudaremos exatamente esses quatro romances de Machado de Assis
–  Ressurreição, A mão e a luva, Helena e Iaiá Garcia – à luz da tradição da novela sentimental
romântica de matriz francesa e da produção brasileira que o antecedeu. Para  isso,  discutiremos
inicialmente alguns romances franceses fundamentais na consolidação dessa tendência. Em seguida,
discutiremos   os   quatro   primeiros   romances   de  Machado   de  Assis.   Por   fim,   discutiremos   dois
romances da maturidade do autor de forma a se estabelecer uma linha de continuidade entre o
primeiro e o segundo Machado. Em nossas discussões, daremos especial atenção à representação do
homem de elite tal como figurado nos vários romances.
PROGRAMA/CRONOGRAMA:
Data Tópico Atividade Síncrona Atividade Assíncrona
15 de Mar. Apresentação
22 de Mar. Roberto Schwarz e os dois Machados
29 de Mar. Discussão de Paulo e Virgínia, de Bernardin de Saint Pierre
5 de Abr. Discussão de O romance de um moço pobre, de Octave Feuillet
12 de Abr. Discussão de A dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho
19 de Abr. Discussão de A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo
26 de Abr. Discussão de Úrsula, de Maria Firmina dos Reis
3 de Mai. Discussão de Senhora, de José de Alencar
10 de Mai. Discussão de Ressurreição, de Machado de Assis
17 de Mai. Discussão de A mão e a luva, de Machado de Assis
24 de Mai. Discussão de Helena, de Machado de Assis
31 de Mai. Discussão de Iaiá Garcia, de Machado de Assis
7 de Jun. Discussão de Esaú e Jacó, de Machado de Assis
14 de Jun. Encerramento da disciplina
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
ALENCAR, José de. Obra completa. Rio de Janeiro, Aguilar, 1958.
ASSIS, Machado de. Obra completa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1992.
BAPTISTA, Abel Barros. Futilidade da novela. Campinas: Editora da Unicamp, 2012.
BUENO, Luís. Prontos de nascença: A formação do homem brasileiro de elite em Machado de 
Assis. In: MAZZARI, Marcus & MARKS, Maria Cecília. Romance de formação: Caminhos e 
descaminhos do heroi. São Paulo: Ateliê, 2020, p. 267-302.
CARDOSO, Patrícia da Silva. Natureza do amor e seus fatores sociais em Machado de Assis e Jane 
Austen. In: Intercâmbio: Cadernos de Pesquisa do Curso de Pós-graduação em Letras, Mariana, v. I,
n.3, p. 24-30, 1997.
COELHO, Jacinto do Prado. Introdução ao estudo da novela camiliana. Lisboa: Imprensa Nacional-
Casa da Moeda, 1982.
DUMAS FILHO, Alexandre. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d.Tradução de Marina Guaspari.
COUTINHO, Afrânio (Org.). A polêmica Alencar-Nabuco. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1965.
ESCOBAR, Ederson Murback. Um jogo de dúvidas: Helena, de Machado de Assis e Le roman d'un 
jeune homme pauvre, de Octave Feuillet. Assis: Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Assis, 
2015. Dissertação de mestrado.
FEUILLET, Octave. Le roman d'un jeune homme pauvre. Paris: Nelson/Calmann-Lévy, 1929.
FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary – suivi des Actes du procès. Paris: Flammarion, 2014. 
Dossier par Yvan Leclerc.
GRIECO, Agrippino. Machado de Assis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959.
GUIMARÃES, Hélio de Seixas. Os leitores de Machado de Assis. São Paulo: Edusp/Nankin, 2004.
MACEDO, Joaquim Manuel de. A moreninha – A luneta mágica. São Paulo: Editora Três, 1972.
MAURICE, Kouassi Loukou. A presença do moço pobre em Le roman d'un jeune homme pauvre de
Octave Feuillet e em O tronco do ipê de José de Alencar. São Paulo: FFLCH USP, 2007. 
Dissertação de mestrado.
MEYER, Marlyse. Folhetim: Uma história. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
MORETTI, Franco. O século sério. In: Novos Estudos. São Paulo, Cebrap, 2003, n. 65, p. 3-33. 
Tradução de Alípio Correa e Sandra Correa.
REIS, Maria Firmina dos. 7 ed. Úrsula. Belo Horizonte: Editora PUC Minas, 2018.
SAINT-PIERRE, Bernardin de. Paul et Virginie. Paris: Flammarion, 1995.
SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas. 2 ed. São Paulo: Duas Cidades, 1981.
SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo. 3 ed. São Paulo: 34, 1997.
SOUZA, Ronaldes de Melo. O romance tragicômico de Machado de Assis. Rio de Janeiro:
Eduerj, 2006.
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
PROPOSTA DE DISCIPLINA 
Título (fantasia) da disciplina: Seminários em Estudos Literários II 
Código da disciplina: LETR 7112 
Nome da disciplina: Literatura e história: semelhanças e diferenças. Diálogos 
Carga horária total: 30 horas 
Nº. de Créditos: 2  Nº de encontros: 8 
Docente: Marilene Weinhardt 
Linha de pesquisa: Literatura, história e crítica 
Dia da semana: quinta-feira  Horário: 9h30-12h00 
Modalidade: (   )Remota (   ) Hibrida  ( X )Presencial sala: 1020 
Endereço eletrônico para aula remota: 
 
Informações adicionais 
Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 6 
Número de vagas para alunos especiais: 2 (eventual solicitação de discentes de Programa de 
história) 
Plataforma para as atividades síncronas: 
 
Descrição da Proposta 
A oferta propõe exame acurado das relações entre literatura e história, em particular do diálogo da
ficção verbal com os saberes da história, visando atender os orientandos ingressantes e os que já
vêm trabalhando com essa temática. O objetivo é leitura e discussão de alguns textos canônicos,
acrescidos de outros que revelam tendências recentes,  como a atenção não só à  temporalidade,
como   é   clássico   nos   estudos   sobre   literatura   e   história,  mas   também   ao   espaço.   E   ainda   a
intervenção da decolonilidade e a presença da autoria feminina. 
 
Obs   1.:   discente(s)   orientado(s)   por   outro(s)   colega(s)   poderão   se   inscrever,   desde   que   seu(s)
projeto(s)   estejam   centralmente   ligado(s)   as   relações   entre   ficção   e   história.  Não   se   trata   de
disciplina introdutória. 
 
Obs. 2.: as discussões serão presenciais, totalizando 20 horas (8 encontros de 2h30). As leituras
preparatóriasdeverão ser realizadas individualmente. 
 
Programa/Cronograma: 
Data  Tópico 
Atividade
Síncrona 
Atividade
Assíncrona 
16.03 
A História como um dos saberes das 
Humanidades. 
X   
23.03 
A ficção como criação artística. A ficção 
verbal. 
X   
30.03 
Percurso de aproximações e afastamentos entre 
as duas áreas. 
X   
06.04 O romance histórico tradicional  X   
13.04 
Rumos dos estudos históricos nos séculos XX e 
XXI 
X   
20.04  Rumos da ficção contemporânea: espacialidade  X   
27.04 
Autoria feminina. Escritas de si. Vozes de 
minorias. 
X   
04.05  Ficção latino-americana e decolonialidade.  X   
SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES 
Carga horária total de atividades síncronas: 30 horas 
Carga horária total de atividades assíncronas: 
 
REFERÊNCIAS BÁSICAS: 
ALMEIDA, Sandra Regina Goulart. Mobilidades culturais, geografias afetivas: espaço urbano e 
gênero na literatura contemporânea. In: DALCASTAGNÉ, Regina (org.). Espaço e gênero na 
literatura brasileira contemporânea. Porto Alegre: Zouk, 2015. p. 15-39 
ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 
ANDERSON, Perry. Trajetos de uma forma literária. In: Novos Estudos. CEBRAP, São Paulo, n. 
77, p. 205-220, mar. 2007.Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0101-33002007000100010 
ARFUCH, Leonor. El espacio biográfico: dilemas de la subjetividad contemporánea. Buenos Aires: 
Fondo de Cultura Económica, 2002. 
ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2011. 
BASTOS, Alcmeno. Literatura Brasileira e matéria de extração histórica. Rio de Janeiro: Batel, 
2022. 
BRANDÃO, Luís Alberto. Teorias do espaço literário. São Paulo: Perspectiva; Belo 
Horizonte: FAPEMIG, 2013. 
CASTRO-GOMES, Santiago & GROSFOGUEL, Ramón (Org.) El giro decolonial: reflexiones para
una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; 
Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontifi cia Universidad 
Javeriana, Instituto Pensar, 2007. 
DALCASTAGNÉ, R. A construção do feminino no romance brasileiro contemporâneo. Disponível 
em: <http://www.crimic.paris-sorbonne.fr/actes/vf/dalcastagne.pdf 
FERNANDEZ PRIETO, Célia. História e novela. Pamplona: EUNSA, 1998. 
FIGUEIREDO, Eurídice. Por uma crítica feminista: leituras transversais de escritoras brasileiras. 
Porto Alegre: Zouk, 2020. 
FIGUEIREDO, Eurídice. A nebulosa do (auto)biográfico: vidas vividas, vidas escritas. Porto 
Alegre: Zouk, 2022. 
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2003. 
HUTCHEON, Linda. A poética do pós-modernismo. História, teoria, ficção. Imago, 1991. 
JAMESON, Fredric. O romance histórico ainda é possível? In: Novos Estudos. CEBRAP, São 
Paulo, n. 77, p. 185-203, mar. 2007. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/nec/n77/a09n77.  
LEJEUNE, Philippe. O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. Belo Horizonte: Editora 
UFMG, 2008. 
LUKÁCS, Georges. O romance histórico. São Paulo: Boitempo, 2011. 
MENTON, Seymour. La nueva novela histórica de la América Latina. 1979-1992. México: Fondo 
de Cultura Económica, 1993. 
PERKOWSKA, Magdalena. Historias híbridas: la nueva novela histórica latinoamericana (1985-
2000) ante las teorías posmodernas de la historia. Madrid/Frankfurt: Iberoamericana/Vervuert, 
2008. 
REIS, Carlos. Dicionário de estudos narrativos. Coimbra: Almedina, 2018. 
RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. 
SAFATLE, Vladimir. O circuito dos afetos. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2018. 
SCOTT, J. História das mulheres. In: BURKE, P. (org.). A escrita da história: novas perspectivas. 3 
ed., São Paulo: Ed. UNESP, 1992. 
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart; Almeida; 
http://www.scielo.br/pdf/nec/n77/a09n77
http://www.crimic.paris-sorbonne.fr/actes/vf/dalcastagne.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002007000100010
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002007000100010
Marcos Pereira Feitosa; André Pereira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010. 
VAINFAS, Ronaldo. Os protagonistas anônimos da história: micro-história. Rio de Janeiro: 
Campus, 2002. 
WEINHARDT, Marilene. Repensando o romance histórico. Versalete, Curitiba, Vol. 7, nº 12, jan.-
jun. 2019. p. 320-335 
WEINHARDT, Marilene. Romance histórico: das origens escocesas ao Brasil finissecular. In: ___ 
(org). Ficção histórica: teoria e crítica. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2011. p. 13-55. 
WINK, Georg. Topografias literárias e mapas mentais: a sugestão de espaços geográficos e sociais 
na literatura. In: DALCASTAGNÉ, Regina (org.). Espaços possíveis na literatura brasileira 
contemporânea. Porto Alegre: Zouk, 2015. p. 21-33  
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
PROPOSTA DE DISCIPLINA 
Título (fantasia) da disciplina:  Teoria literária feminista: mulheres, escrita, experiência, 
interpretação 
Código da disciplina: LETR- 7030 
Nome da disciplina:   Literatura e Mobilidade 
Carga horária total: 90  
Nº. de Créditos:  06  Nº de encontros:    15 
Docente: Miriam Adelman 
Linha de pesquisa:  Alteridade, Mobilidade, Tradução 
Dia da semana: Segunda Feira Horário:  8:00 a 12:00 
Modalidade: (  X )Remota (   ) Hibrida  (  )Presencial sala: 
Endereço eletrônico para aula remota:  a ser confirmado 
 
2. Informações adicionais 
Número de vagas para alunos do PPG-Letras                 25 
Número de vagas para alunos especiais:                         05 
Plataforma para as atividades síncronas:                         a ser informado 
 
3. Descrição da Proposta 
Muitas décadas de pesquisa sobre mulheres e relações de gênero na produção literária e cultural nos
rendem ricos debates sobre texto, linguagem, sociedade e história, desde perspectivas feministas 
cada vez mais plurais.  A disciplina estudará a construção deste legado intelectual e acadêmico, 
desde Virgínia Woolf, Simone de Beauvoir e as acadêmicas pioneiras da segunda onda feminista até
a produção atual de obras e crítica desde olhares feministas pós- e de-coloniais,  queer e 
interseccionais diversas.  Nossas discussões também tomarão em conta o lugar que as perspectivas 
feministas vêm ocupando – e lutando por ocupar -  dentro e fora das instituições acadêmicas.  Em 
lugar de definir um grupo, geração ou corrente de escritoras para a “posta em prática” de nosso 
exercício da análise literária, haverá espaço para que cada um/a trabalhe com autoras do seu 
interesse particular, sejam poetas, romancitas, etc.   
 
Programa/Cronograma: 
Data  Tópico 
Atividade 
Síncrona 
Atividade Assíncrona 
3 encontros 
Primeiro módulo.   Perspectivas de mulheres, 
perspectivas feministas: abordagens sociológicas,
históricos, literários.    
Aulas e 
debate 
Leituras, vídeos e 
produção de texto curto  
3 encontros 
Segundo módulo.   Revolução feminista na 
academia: epistemologias e cânones nos campos 
da arte e da literatura.   
Aulas e 
debate 
Leituras, vídeos e 
produção de texto curto 
3 encontros 
Terceiro módulo. Gênero, geração e movimentos 
literários: o caso das mulheres da geração Beat 
Aulas e 
debate 
Leituras, vídeos e 
produção de texto curto 
3 encontros 
Quarto módulo. Escritoras e diferenças: classe, 
raça/etnicidade e gênero
Aulas e 
debate 
Leituras, vídeos e 
produção de texto curto 
3 encontros 
Quinto módulo. Globalização, tradução e 
pós(de)colonialidade em vozes de mulheres 
Aulas e 
debate 
Leituras, vídeos e 
produção de texto curto 
4. SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES 
Carga horária total de atividades síncronas:                  60 
Carga horária total de atividades assíncronas:               30 
 
REFERÊNCIAS BÁSICAS: 
Adelman, Miriam.  “Modernidade e pós-modernidade em vozes femininas”. Codato, A. org., Para 
viver no século XXI.  Curitiba:  SESC,   https://www.academia.edu/4145922/Modernidade_e_p%C3%B3s-modernidade_em_vozes_femininas 
 
Adelman, M.  & Garraffoni, R.S.  “Fora e dentro do círculo:  escritoras do mo(vi)mento Beat”. 
https://litcult.net/2016/04/01/fora-e-dentro-do-circulo-escritoras-e-o-movimento-beat-miriam-
adelman-e-renata-senna-garraffoni/ 
 
Adichie, Chimamanda N.  Half of a Yellow Sun/Meio sol amarelo. 
 
Christian, Barbara,Bowles, Gloria et al. New Black feminist criticism,, 1985-2000. University of 
Illinois Press, 2007. 
 
Felski, Rita The gender of modernity. Harvard University Press, 1995. 
 
Felski, Rita.  Literature after feminism.  University of Chicago Press, 2003. 
 
Funck, Susana B.   Crítica literária feminista: uma trajetória.  Florianópolis:  Editora Insular. 2016 
 
Gornick, Vivian.    The end of the novel of love.  Beacon Press:1991. 
 
Heilbrun, Carolyn.   Writing a woman’s life.  W.W. Norton, 2008. 
 
Kehl, Maria Rita.    Deslocamentos do feminino: a mulher freudiana na passagem para a 
modernidade. Boitempo Editora. 2017. 
 
Kovalova, Karla, org.  Black feminist literary criticism.  Peter Lang Publishers, 2016 
 
Polesso, Natalia Borges.  A extinção das abelhas. Companhia das Letras.  2021. 
 
Prates, Lubiana.   Um corpo negro.  Nosotros Editorial. 2019. 
 
Rogatis,  Tiziana D,  “Elena Ferrante and the power of storytelling in the age of globalization.” 
https://www.academia.edu/41166127/T._de_Rogatis_Conclusion._Elena_Ferrante_and_the_Power_
of_Storytelling_in_the_Age_of_Globalization_in_Elena_Ferrantes_Key_Words_translated_by_Will
_Schutt_Europa_Editions_New_York_2019_pp._276-292 
 
Secches, Fabiane. Elena Ferrante, uma longa experiência de ausência. Editora Claraboia, 2020. 
 
Mernissi, Fatema.  Sonhos de Transgressão.  Minha vida de menina num harem. Companhia das 
Letras. 1996. 
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
 
PROPOSTA DE DISCIPLINA 
Título (fantasia) da disciplina: Literatura – saber – ciência: o saber transdisciplinar da literatura e a 
ecologia cultural 
Código da disciplina: LETR 7099 
Nome da disciplina: Teoria da Literatura 
Carga horária total: 90 h 
Nº. de Créditos: 6  Nº de encontros: 15 
Docente: Klaus F. W. Eggensperger 
Linha de pesquisa: Literatura e outras artes 
Dia da semana: sexta-feira  Horário: 8.30 -12.30 
Modalidade: (   )Remota (   ) Hibrida  ( x )Presencial sala: 1013 
Endereço eletrônico para aula remota: 
 
Informações adicionais 
Número de vagas para alunos do PPG-Letras 15 
Número de vagas para alunos especiais: 10 
Plataforma para as atividades síncronas:  
 
Descrição da Proposta:
Que tipo de saber é produzido pela literatura, em comparação com as ciências exatas e as sociais? 
Procuramos respostas para esta pergunta no campo específico da ecologia, a partir de duas escolas 
de interpretação cultural diferentes. Neste contexto consideramos quais formas literárias e culturais 
podem contribuir para o projeto de educação eco-estética, fazendo leituras de textos literários 
ficcionais e não ficcionais do universo anglófono, mas também de literatura brasileira.  
Com textos literários e ensaísticos de:  
Adam Dickinson, Amitav Ghosh, Anna Lowenhaupt Tsing, Annie Dillard, Aparecida Vilaça e 
Francisco Vilaça Gaspar, Gary Snyder, Henry David Thoreau, Margaret Atwood, Meera 
Subramanian, Naomi Oreskes e Erik M. Conway, Rachel Carson, Robin Wall Kimmerer, Ursula K. 
Le Guin, entre outros.  
 
Programa/Cronograma: 
Data  Tópico 
Atividade
Síncrona 
Atividade
Assíncrona 
17.3.  Introdução: as duas/três culturas  4  2 
24.3.  Ecologia Cultural: processos semióticos  4  2 
31.3.  Ecologia Cultural II  4  2 
07.4.  Experiências eco-estéticas; ressonância  4  2 
14.4.  Estudo de caso: sobre maçãs e macieiras  4  2 
21.4.  Ciência e literatura ambientalista  4  2 
2.4.  Narrar ciência, narrar natureza  4  2 
5.5.  Ficção especulativa  4  2 
12.5.  Ficção especulativa II  4  2 
19.5.  Narração e mudança climática  4  2 
26.5.  Nature writing no antropoceno  4  2 
02.6.  Saberes indígenas e ciência  4  2 
09.6.  Estudo de caso: literatura e plástico  4  2 
14.6.  Seminários  4  2 
21.6.  Seminários  4  2 
 
SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES 
Carga horária total de atividades síncronas: 60 
Carga horária total de atividades assíncronas: 30 
 
REFERÊNCIAS BÁSICAS: 
 Böhme, Gernot. Aesthetics of nature – a philosophical perspective. In: Zapf 2016b, p. 123-134. 
Bruner, Jerome. A construção narrativa da realidade. In: Critical Inquiry, 18(1), pp. 1-21. Trad. 
brasileira online 
Capra, Fritjof. Padrões de conexão: uma introdução concisa das ideias essenciais de um dos mais 
importantes pensadores sistêmicos do mundo contemporâneo. São Paulo: Cultrix, 2022. 
Finke, Peter. A brief outline of evolutionary cultural ecology. 2013. online 
Fischer, Ludwig. Natur im Sinn: Naturwahrnehmung und Literatur. Berlin: Matthes&Seitz, 2019. 
[p. 45-53, traduzidos em port.] 
Garforth, Lisa. Environmental futures, now and then: crisis, systems modelling and speculative 
fiction. 2018. online 
Meireis, Torsten; Rippl, Gabriele (eds.). Cultural sustainability: perspectives from the Humanities 
and Social Sciences. London; New York: Routledge, 2019. 
Rosa, Hartmut. The uncontrollability of the world. Cambridge: Polity, 2020.  Chap. 4: The words as
a point of resonance. 
Rosa, Hartmut; Henning, Christoph; Bueno, Arthur (eds.). Critical theory and new materialisms. 
London; New York: Routledge, 2021. online 
Slovic, Scott. Narrative Scholarship as an American Contribution to Global Ecocriticism. In: Zapf 
2016b, p. 315-333. 
Wheeler, Wendy; Westling, Louise. Biosemiotics and culture: introduction. In: Green Letters, 19:3 
(2015), p. 215-226. online 
Zapf, Hubert. Literature as cultural ecology: sustainable texts. London; New York: Bloomsbury, 
2016. [2016a] online 
Zapf, Hubert (ed.). Handbook of ecocriticism and cultural ecology. Berlin; Boston: DeGruyter, 
2016. [2016b] 
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
PROPOSTA DE DISCIPLINA 
TÍTULO (FANTASIA) DA DISCIPLINA: 
ESTRATÉGIAS PARA PENSAR A LITERATURA LATINO-AMERICANA 
CONTEMPORÂNEA 
Código da disciplina: LETR-7109 
Nome da disciplina: TÓPICOS AVANÇADOS EM TEORIA LITERÁRIA 
Carga horária total: 90h 
Nº. de Créditos: 6  Nº de encontros: 15 
Docente: Profa. Dra. Isabel Jasinski 
Linha de pesquisa: Alteridade, mobilidade, tradução 
Dia da semana: Quinta Horário: 8h-12h 
  Modalidade: ( )Remota ( ) Hibrida ( x )Presencial sala:1013
Endereço eletrônico para aula remota: 
 
INFORMAÇÕES ADICIONAIS 
Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 15 
Número de vagas para alunos especiais: 05 
Plataforma para as atividades síncronas: Teams 
 
DESCRIÇÃO DA PROPOSTA 
Em decorrência das dinâmicas globais de internacionalização vividas a partir da segunda metade
do século XX, principalmente as duas últimas décadas, a partir do desenvolvimento dos meios
tecnológicos   de   informação,   a   Literatura   Latino-americana   explorou   modos   heterodoxos   e
heterogêneos de criação e pensamento crítico. Na passagem de milênio, autores como Ana Pizarro,
Hugo  Achúgar,   Josefina   Ludmer,   demandavam   por  maneiras   diferenciadas   de   tratamento   da
linguagem literária, em articulação com processos culturais,  sociais e históricos do presente. A
expressão artística se abriria a atravessamentos que desdiferenciariam o público e o privado, o
autor  e  o   leitor,  a   ficção e  o   real,  questionando noções  estáveis  como origem,   legitimidade e
propriedade.  A partir  daí,   entraram em circulação  conceitos  como arquivo,  comunidade,   redes
culturais,  extimidade,  pós-autonomia,  escritas  inespecíficas,  necroescrituras,  entre outros,  como
estratégias para pensar sobre a Literatura Latino-americana contemporânea. Cristina Rivera Garza,
por exemplo, concebe a escritura como uma prática que responde às questões do presente, não de
modo utilitário ou como mero reflexo dele, mas como mutação e resistência à instrumentalização
da linguagem na atualidade. Em Losmuertos indóciles. Necroescritura y desapropiación (2013), a
escritora  mexicana  contribui  para   a  discussão   sobre  a   condição  da   literatura   latino-americana
contemporânea, com noções como “necroescritura” e “desapropiación”, tendo em vista a mudança
no estatuto do literário, constituindo uma postura crítica que foca no uso das tecnologias digitais e
em “comunalidades de escritura”, efetivadas dentro e fora da linguagem. Juntamente com a 
obra dos autores mexicanos Mario Bellatin e Alberto Chimal, a ficção de Rivera Garza 
será objeto de reflexão sobre esta prática crítica na América Latina Contemporânea. Esta disciplina
se propõe a refletir sobre estes conceitos, a relação entre eles e seu impacto para a leitura crítica
atual, em sintonia com a pesquisa sobre “redes literárias e políticas de afeto”, interessada em como
a literatura abrange instâncias diversas relacionadas à produção literária atualmente, por considerar
a construção de sentido como um processo de múltiplas direções, articulando a expressão singular e
dinâmicas sociais e culturais. A partir da compreensão da literatura como campo expandido em
redes, entende-se que o escritor estabelece conexões afetivas múltiplas que compõem suas escolhas
estéticas, evidenciando modos de relação e práticas de compartilhamento pela linguagem como
ação e comoção no/do presente por meio da linguagem.  
 
PROGRAMA/CRONOGRAMA: 
Data  Tópico 
Atividade
Síncrona 
Atividade
Assíncrona 
24/03 
Estratégias para pensar a Literatura Latino-americana
contemporânea: estado da questão 
4h   
31/03 
A noção de redes e perspectivas de sentido sobre 
redes culturais 
4h   
14/04 
Discussões sobre comunidade e “comunalidades de 
escritura” 
4h   
28/04  Territórios, corpo e linguagem  4h   
05/05  Mario Bellatin e a linguagem-corpo  4h   
12/05  O conceito de extimidade e a expressão do outro  4h   
19/05  Endereçamento e partilha, políticas do afeto  4h   
26/05  Práticas do arquivo, leituras no presente  4h   
02/06 
Escritas contemporâneas em redes, o caso Alberto 
Chimal 
4h   
09/06 
Pós-autonomia(s), polêmica sobre o estatuto do 
literário 
4h   
16/06  A inespecificidade nas artes e a literatura fora-de-si  4h   
23/06 
Necroescritura e desapropriação, legado de um 
desastre 
4h   
30/06  O “eu-plural” de Cristina Rivera Garza  4h   
REFERÊNCIAS BÁSICAS: 
ACHÚGAR, Hugo (2006). Planetas sem boca. Trad. Lisley Nascimento. Belo Horizonte: 
Editora UFMG. 
 
AÍNSA, Fernando. Palabras nómadas. Los nuevos centros de la periferia. Em ESTEBAN, 
Ángel et al. (eds). Narrativas latinoamericanas para el siglo XXI: nuevos enfoques y 
territorios. Hildesheim, Zurich, New York: OLMS, 2010, pp. 1- 27. 
 
ALTAMIRANO, Carlos (dir.). Historia de los intelectuales en América Latina. II. Los avatares
de la “ciudad letrada” en el siglo XX. Buenos Aires/España: Katz Editores, 2010. 
 
ANTELO, Raúl. Subjetividade, extimidade. Trad. Diego Cervelin. Boletim de Pesquisa 
NELIC, v. 9, n. 14, 2009.2 
          . Autonomia, pós-autonomia, an-autonomia. Qorpus, Florianópolis, n. 10, 2013. 
Disponível em: http://qorpus.paginas.ufsc.br/como-e/edicao-n-010/autonomia-pos- 
autonomia-an-autonomia-raul-antelo/. Acesso em: 24/03/2022. 
BELLATÍN, Mario. Obra Reunida. México DF: Alfaguara, 2005. 
 
          . Obra Reunida 2. México DF: Alfaguara, 2014. 
 
BRIZUELA, Natalia. A escrita assume a categoria de prática artística. Depois da fotografia: 
Uma literatura fora de si. Trad Carlos Nougué. São Paulo: Rocco, 2014. 
http://qorpus.paginas.ufsc.br/como-e/edicao-n-010/autonomia-pos-autonomia-an-autonomia-raul-antelo/
http://qorpus.paginas.ufsc.br/como-e/edicao-n-010/autonomia-pos-autonomia-an-autonomia-raul-antelo/
BRUM LEMOS, Maria Alzira; WINCK, João Baptista; DIMANTAS, Hernani. “Os 
intelectuais e a cibercultura: além de apocalípticos e integrados”. Revista Espaço Acadêmico, 
17/03/2012: https://espacoacademico.wordpress.com/2012/03/17/os- intelectuais-e-a-
cibercultura-alem-de-apocalipticos-e-integrados/. Acesso em 25 de novembro de 2019. 
 
CÂMARA, Mário; KLINGER, Diana; PEDROSA, Célia; WOLFF, Jorge. Indicionário do 
contemporâneo. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2018. 
 
CAVALCANTI, Diogo de H. “O deslocamento como lugar de enunciação na literatura 
hispano-americana contemporânea”. Revista Cadernos Neolatinos. UFRJ, Rio de Janeiro, v.1, 
n. 1, p. 78-90. 2016. 
 
COLOMBI, Beatriz (Coord.) Diccionario de términos críticos de la literatura y la cultura en 
América Latina. Buenos Aires: CLACSO, 2021. 
 
DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. Trad. Paulo Neves. 2ª ed. 
São Paulo: Editora 34, 2010. 
 
  . A imagem queima. Trad. Helano Ribeiro. Curitiba: Medusa, 2018. 
 
ENNE, Ana Lúcia S. “Conceito de rede e as sociedades contemporâneas”. Revista 
Comunicação e Informação. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, v.7, n. 2, jul./dez.2004, 
p. 264 - 273. 
 
FERNÁNDEZ BRAVO, Álvaro. Discusión bibliográfica: Nuevas contribuciones para 
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
PROPOSTA DE DISCIPLINA 
Título (fantasia) da disciplina:  Literatura, Ideologia e Outro de Classe: Por Uma Crítica 
Materialista 
Código da disciplina: LETR-7110 
Nome da disciplina: LITERATURA E MODERNIDADE 
Carga horária total: 90h 
Nº. de Créditos: 6  Nº de encontros: 15 
Docente: Fernando Cerisara Gil 
Linha de pesquisa: Literatura, História e Crítica 
Dia da semana: Terça-feira  Horário: 14h30 
Modalidade: (   )Remota (   ) Hibrida  ( x )Presencial sala: 1013 
Endereço eletrônico para aula remota: 
 
Informações adicionais 
Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 25 
Número de vagas para alunos especiais: 5 
Plataforma para as atividades síncronas: 
 
Descrição da Proposta 
O curso tem como objetivo articular duas formas de estudo a respeito da representação “dos de
baixo”. Num primeiro momento, procura compreender como se processa a figuração literária de
grupos e setores da sociedade brasileira excluídos em âmbitos variados do processo social, ou, por
outra, incluídos nesse processo por formas variadas de violência que estruturam as relações sociais.
Dito de outro modo, interessa-nos analisar e discutir percalços e percursos da figuração de sujeitos
ficcionais  não  integrados  ao sistema sociocultural  dominante  ou postos  à  margem da dinâmica
socioeconômica   em   seu   conjunto,   bem   como   o   lugar   social   dos   produtores/escritores   dessas
narrativas.  O  tema  pretende   ser   abordado  numa escala   temporal  que   se   inicia  no   século  XIX,
chegando   a   obras   e   autores   do   século  XXI.  Entre   os   possíveis   escritores   a   serem  abordados,
incluem-se:  Maria  Firmina dos  Reis,  Machado de  Assis,  João Simões  Lopes  Neto,  M. Lobato,
Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Paulo Lins, Geovani Martins, Pauline Torty.
Num segundo momento, mas inseparável do primeiro, se investigará como formas de pensamentos
diversos ao longo do tempo buscaram explicar, justificar e “racionalizar” o lugar social “dos de
baixo” na sociedade brasileira. Também aqui o leque de possíveis escritores e “pensadores” será
distendido  ao  longo do  tempo:  José de Alencar,  Joaquim Nabuco,  M. Lobato,  Gilberto  Freyre,
Eduardo Viveiros de Castro, entre outros. 
  
REFERÊNCIAS BÁSICAS: 
 
ALENCAR, José de. Cartas a favor da escravidão. (org. Tâmis Parron).  São Paulo Hedra, 
2008. 
ALENCAR, José de. Cartas a favor da escravidão. (org. Tâmis Parron).  São Paulo Hedra, 2008. 
ALENCASTRO, Luiz Felipe. Pai contra mãe: o terror escravista em um conto de Machado de 
Assis.  http://a-l-i.org/freud/Champs_specialises/Langues_etrangeres/Portugais/Pai_contra_mae 
ASSIS, Machado de. Obra em quatro volumes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008. Vol. II. 
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 2 ed. São Paulo: Ática, 1975. 
http://a-l-i.org/freud/Champs_specialises/Langues_etrangeres/Portugais/Pai_contra_mae
BOSI, Alfredo (org.). “O meu tio o iauaretê”. O conto contemporâneo brasileiro.São Paulo: 
Cultrix, s.d. 
BRITO, Ronaldo Correia de. Livro dos homens. São Paulo: Cosac & Naify, 2005. 
CANDIDO, Antônio. A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, 1987. 
CANDIDO, Antonio. Vários escritos. 3 ed. São Paulo: Duas Cidades, 1995. 
CANDIDO, Antonio. O discurso e a cidade. São Paulo: Duas Cidades, 1993. 
CASTRO, Eduardo Viveiros de. A inconstância da alma selvagem. 3 ed. São Paulo: Cosac Naify, 
2013. 
CUNHA, Euclides da. Os sertões. 2 ed. São Paulo: Ateliê, 2001. 
FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. 28 ed. Rio de Janeiro: Record, 1992. 
GALVÃO, Walnice Nogueira. Mínima mímica: ensaios sobre Guimarães Rosa. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2008. 
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 19 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1987. 
Hucitec, 1981. 
LINS, Paulo. Cidade e de Deus. São Paulo:  Companhia das Letras, 1997. 
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. 9 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. 
MACEDO, Joaquim Manoel de. As vítimas-algozes. 3 ed. São Paulo: Scipione; Rio de Janeiro: 
Fundação Casa de Rui Barbosa, 1991. 
MARCHEZAN, Luiz Gonzaga (org.). O conto regionalista: do romantismo ao pré-modernismo. 
São Paulo: Martins Fontes, 2009. 
MARTINS, Geovani. O sol na cabeça. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. 
NABUCO, Joaquim. O abolicionismo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 
2000. 
 PACHECO, Ana Paula. O vaqueiro e o procurador dos pobres: Vidas Secas. Revista do Instituto
de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 60, p. 34-55, abr. 2015. 
PASTA JUNIOR. Singularidade do duplo no Brasil, in L’Association lacanienne internationale. 
PRADO JR., Caio.  Formação do Brasil contemporâneo. 
PRADO, Paulo. Retrato do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2012. 
RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 124 ed. São Paulo: Record, 2014. 
______. Cangaços. São Paulo: Record, 2014. 
SANTIAGO, Silviano. O cosmopolitismo do pobre. Belo Horizonte: UFMG, 2004. 
SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: 
Duas Cidades, 1990. 
______(org.). Os pobres na literatura brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1983. 
SZTUTMAN, Renato (org.). Eduardo Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2008. 
 
 
 Universidade Federal do Paraná 
 Setor de Ciências Humanas 
 Programa de Pós-Graduação em Letras 
PROPOSTA DE DISCIPLINA 
1. Título (fantasia) da disciplina: Arquíloco – língua que mata 
Código da disciplina: LETR7107 
Nome da disciplina:  Teoria da Literatura e da Tradução 
Carga horária total: 90h 
Nº. de Créditos: 6  Nº de encontros: 15 
Docente: Guilherme Gontijo Flores  
Linha de pesquisa: Alteridade, Mobilidade, Tradução 
Dia da semana: Quartas  Horário: 14h-18h 
Modalidade: (   )Remota (   ) Hibrida  ( x )Presencial sala: 1020 
Endereço eletrônico para aula remota: 
 
2. Informações adicionais 
Número de vagas para alunos do PPG-Letras: 20 
Número de vagas para alunos especiais: 10 
Plataforma para as atividades síncronas: 
 
3. Descrição da Proposta:
Seguindo aspectos decorrentes do trabalho desenvolvido em meu projeto de Produtividade em 
Pesquisa e também do estudo que apresentei no livro A mulher ventriloquada: o limite da linguagem
em Arquíloco (Flores, 2018), pretendo nesta disciplina apresentar, passo a passo, uma nova tradução
poética integral dos fragmentos de Arquíloco de Paros em língua portuguesa, seguindo as práticas 
de emulação métrica da poesia greco-romana que venho desenvolvendo sistematicamente desde a 
tese de doutorado sobre as Odes de Horácio (Flores, 2014), num modelo próximo ao que apresentei 
na tradução dos Fragmentos completos de Safo (2017). Ao mesmo tempo, pretendo desenvolver um
estudo sobre a função do corpus poético de Arquíloco como reflexão grega a respeito dos limites da 
linguagem e da violência, dando assim sequência a questões tradutórias que envolvem performance 
na especificidade dessa violência em tradução, um assunto que venho tratando com regularidade 
desde o livro Algo infiel, (2017, em parceria com Rodrigo Tadeu Gonçalves).  
 
Programa/Cronograma: 
Data  Tópico 
Atividade
Síncrona 
Atividade
Assíncrona 
15.03  Apresentação  4h  2h 
22.03  Inscrições / Testemunhos  4h  2h 
29.03  Inscrições / Testemunhos  4h  2h 
05.4  Elegias (fr. 1-17j)  4h  2h 
12.04  Trímetros jâmbicos (fr. 18-87)  4h  2h 
19.04  Trímetros jâmbicos (fr. 18-87)  4h  2h 
26.04  Tetrâmetros jâmbicos (fr. 18-87)  4h  2h 
03.05  Tetrâmetros jâmbicos (fr. 88-167)  4h  2h 
10.05  Tetrâmetros jâmbicos (fr. 88-167)  4h  2h 
17.05  Tetrâmetros jâmbicos (fr. 88-167)   4h  2h 
24.05  Epodos (fr. 168-204)  4h  2h 
31.05   Fragmentos de gênero incerto (fr. 205-95)  4h  2h 
07.06   Fragmentos de gênero incerto (fr. 205-95)   4h  2h 
13.06  Autoria dúbia e Espúrios (fr. 296-333A)  4h  2h 
20.06  Conclusão  4h  2h 
 
4. SÍNTESE DA DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES 
Carga horária total de atividades síncronas: 60h 
Carga horária total de atividades assíncronas: 30h 
 
REFERÊNCIAS BÁSICAS: 
Adrados, Francisco R. Líricos griegos, elegíacos y yambógrafos arcaicos. 2 vols. Barcelona: 
Alma Mater, 1956. 
Archilochus. “P.Oxy. LXIX 4708” Disponível em: 
http://www.papyrology.ox.ac.uk/POxy/monster/demo/Page1.html. 
Allan, William. Greek elegy and iambus: a selection. Cambridge: Cambridge University Press, 
2019. 
Campbell, David A. Greek lyric poetry: a selection of early Greek lyric, elegiac and iambic 
poetry. London: Bristol, 1982. 
Bossi, Francesco. Studi su Archiloco. Bari: Adriatica, 1990. 
Brandão, Jacyntho Lins & Lage, Celina Figueiredo. Lírica grega: antologia. Belo Horizonte. 
Apostila do Departamento de Letras Clássicas, s/d. 
Breitenstein, Thorkild. Hésiode et Archiloque. Odense: Odense University Press, 1971. 
Carvazere, Alberto; Aloni, Antonio & Barchiesi, Alessandro (eds.). Iambic ideas: essays on a 
poetic tradition froom archaic Greece to the late Roman Empire. Lanham: Rowman & 
Littlefield, 2001. 
Clay, Diskin. Archilochos Heros: the cult of poets in the Greek polis. Cambridge: Harvard 
University Press, 2004. 
Corrêa, Paula da Cunha. As armas e os varões: a guerra na lírica de Arquíloco. 2.ed. São Paulo:
Edunesp, 2009. 
________. Um bestiário arcaico: fábulas e imagens de animais na poesia de Arquíloco. 
Campinas: Unicamp, 2010. 
Diehl, Ernestus. Anthologia Lyrica Graeca. Fasc. 3: Iamborum Scriptores. Leipizg: Teubner, 
1952. 
Davenport, Guy. Carmina Archilochi: The fragments of Archilochus. Berkeley/Los Angeles: 
University of California Press, 1964. 
De La Torre, Emilio Suárez. Yambógrafos griegos. Madrid: Gredos, 2002. 
Edmonds, Elegy and Iambus with the Anacreontea. 2 vols. Cambridge: Harvard University 
Press, 1954. 
Falco, Vittorio de & Faria Coimbra, Aluizio de. Elegíacos gregos. São Paulo: s/e, 1941. 
Faleiros, Álvaro. Traduções canibais: uma poética xamânica do traduzir. Florianópolis: Cultura
e Barbárie, 2019. 
Faraone, Christopher A. The stanzaic architecture of early Greek elegy. Oxford: Oxford 
University Press, 2008. 
Ferraré, Juan. Líricos griegos arcaicos. Barcelona: Acantilado, 2000. 
Flores, Guilherme Gontijo. Uma poesia de mosaicos nas Odes de Horácio: comentário e 
tradução. Tese de doutorado em Letras Clássicas na USP. 2014. 
________. Safo: Fragmentos completos. São Paulo: Editora 34, 2017. 
________. A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco. Rio de Janeiro: 
Zazie, 2018. 
Flores, Guilherme Gontijo & Gonçalves, Rodrigo Tadeu. Algo infiel: corpo performance 
tradução. 1. ed. Florianópolis/São Paulo: Cultura & Barbárie / n-1 edições, 2017. 
Gentili, Bruno & Loiento, Liana. Metrica e ritmica: storia delle forme poetiche nella Grecia 
antiga. Milano: Mondadori, 2003. 
Gentili, Bruno. Poesia e pubblico nella Grecia antica: da Omero al V secolo. Roma: Laterza, 
http://www.papyrology.ox.ac.uk/POxy/monster/demo/Page1.html
1995. 
Gentili, Bruno & Catenacci, Carmine. Polinnia: poesia greca arcaica. Messina/Firenze: G. 
D’Anna, 2007. 
Gerber, Douglas E. Greek Iambic Poetry from the seventh to the fifth centuries BC. 
Cambridge: Harvard University Press, 1999. 
Hunter,Richard & Rutherford, Ian (eds.). Wandering poets in ancient Greek culture: travel, 
locality and pan-hellenism. Cambridge: Cambridge University Press, 2009. 
Hunter, Richard & Uhlig, Anna (eds.). Imagining reperformance in ancient culture: studies in 
the traditions of drama and lyric. Cambridge: Cambridge University Press, 2017. 
ΙΑΜΒΙΚΟΙ ΚΑΙ ΕΛΕΓΕΙΑΚΟΙ ΠΟΙΗΤΕΣ: ΑΠΑΝΤΑ (ΠΡΩΤΟΣ ΤΟΜΟΣ). Αθήνα: Κακτος, 
2002. 
Jakobson, Roman. “On linguistic aspects of translation”. In: Brower, Reuben A. (org.) On 
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	Título (fantasia) da disciplina: O foco no texto literário: análise linguística e tradução
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	Título (fantasia) da disciplina: Desaprender o império
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	Título (fantasia) da disciplina: (Anti) Burguesia (s) e (anti)Modernidade (s) na Literatura portuguesa do século XIX
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