Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Atividade Assíncrona de Identificação bactérias Gram positivas Primeiro Caso Clínico KLM, criança do sexo feminino, com quatro anos de idade foi levada pela genitora para emergência hospitalar, onde a mesma refere sua filha, tem febre há cinco dias, segunda a mesma a febre elevada (sic) e difícil de ceder ao antipirético, à qual se associou no terceiro dia de doença a presença de secreção purulenta (otorreia) à direita. Na véspera do internamento, surgiu vómitos esporádicos associados a prostração e recusa alimentar, tendo sido medicada em ambulatório pediátrico com amoxicilina com ácido clavulânico. De acordo com antecedentes de histórico médico da criança segundo sua genitora, a mesma teve otites agudas ocasionais. Apresentava o programa nacional de vacinação atualizado para a idade, tendo também três doses de vacina anti-pneumocócica heptavalente administradas aos três, seis e nove meses. Frequentava creche municipal e os antecedentes familiares não eram relevantes. Exame Físico À entrada na urgência pediátrica, apresentava-se febril, com temperatura timpânica de 38ºC e prostrada. Encontrava-se hemodinamicamente estável, com tensão arterial de 92/46 mmHg, frequência cardíaca de 112bpm e saturação de oxigénio de 98%. Foi objetivada rigidez da nuca, embora sem outros sinais meníngeos. A otoscopia à direita revelou secreções purulentas no canal auditivo externo, não permitindo a visualização do tímpano homolateral. O restante exame físico não mostrou qualquer outra alteração. Perante este quadro, foi colocada a hipótese diagnóstica de meningite, pelo que foi realizada avaliação analítica cujos resultados dos exames solicitados estão descritos abaixo: Hemograma: leucócitos: 22.400/mL, neutrófilos-19.900/mL (88,8%),linfócitos- 1600/mL (7,3%), hemoglobina-10,1g/dL, plaquetas-624 700/mL, glicose-97mg/dL Dosagem da PCR-56,6mg/L Ureia-3mmol/L, creatinina-35mmol/, sódio-135 mmol/L, potássio-4,4 mmol/L. O exame do líquido céfalo-raquidiano (LCR) mostrou um aspecto turvo, com células incontáveis com predomínio de polimorfonucleares, cloretos-130 mmol/L, glicose-31 mg/dL, proteínas-1312,8mg/L e antigénos capsulares negativos. Confirmada a hipótese de meningite bacteriana, iniciou terapêutica com ceftriaxone na dose de 100 mg/kg/dia ao qual se associou clindamicina 30 mg/kg/dia no terceiro dia de internamento o Laboratório de Microbiologia informou que isolado no exame de cultivo do LCR foram observados cocos gram positivo. A hemocultura foi apresentou crescimento negativo de microrganismos. Realizou tomografia computadorizada crânioencefálica (TC-CE) no décimo primeiro dia de internamento que não mostrou qualquer alteração. Manteve-se sempre hemodinamicamente estável, com densidade urinária normal, com resolução da otorreia no quinto dia internamento e ficando apirética. Manteve a antibioterapia endovenosa durante 15 dias, tendo tido alta clinicamente bem. No seguimento posterior em consulta de Pediatria, apresentou sempre um desenvolvimento psico-motor adequado à idade, sem sequelas neurológicas. Foi seguida em consulta de Otorrinolaringologia onde fez audiometria e timpanograma sem alterações. Pergunta-se: Qual seria sua hipótese etiológica? Diante da sua hipótese diagnóstica (agente etiológico bacteriano), citar quais exames bacteriológicos foram realizados para isolamento e identificação bacteriana. Segundo Caso Clínico MAFF, gênero feminino, 55 anos, professora e natural e procedente de Salvador, Bahia, procurou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com queixas de tosse e febre há 3 dias. Paciente relata ter apresentado quadro prévio de resfriado com cefaléia, dor de garganta e coriza há 8 dias. Refere que há cerca de 3 dias apresenta tosse produtiva com expectoração amarelo esverdeado, além de febre alta (mensurada 39ºc). Evoluiu com dor torácica ventilatório dependente à direita, difusa e de intensidade 5 em uma escala de 0 a 10, dispneia aos grandes esforços, com palpitações, escarros hemáticos e nega ter utilizado medicações, apresentando melhora quando está em repouso. Relata ter artralgia, é hipertensa há 5 anos e faz uso de Losartana. Afirma ser tabagista há 15 anos, com consumo 1 cartela de cigarros por dia. Ao exame físico, REG, LOTE, acianótica, descorada +/++++, linfonodos palpáveis em cadeia cervical posterior, PA = 140x90mmHg, FC = 100bpm, FR: 28ipm e febril (39ºC). O exame de aparelho respiratório revelou expansibilidade diminuída na base de hemitórax direito, macicez à percussão e FTV aumentado nesse local. A paciente foi orientada a realizar exames laboratoriais para investigação de Pneumonia, Tuberculose e Embolia Pulmonar. Os exames solicitados foram: Hemograma – Hb: 12,2 mg/dl (VR:12-16), Ht: 36,1% (VR: 35-45), Leucócitos: 14500 (VR: 4500-11000), Plaquetas: 350.000 (VR:150.000 – 450.000); Exame bacteriológico de escarro – Coloração de Gram mais de 25 leucócitos por campo e menos de 5 células epiteliais por campo, presença de cocos gram positivos; material foi encaminhado para cultivo e isolamento bacteriano. Baciloscopia –Negativa para a pesquisa de Mycobacterium tuberculosis Radiografia de tórax, apresentou sinais de hiperdensidade na base do hemitórax direito. Figura 1. O tratamento foi realizado com amoxicilina 500 mg, 3 vezes ao dia durante 7 dias. Figura 1. Pergunta-se: Qual seria sua hipótese etiológica? Diante da sua hipótese diagnóstica (agente etiológico bacteriano), citar quais exames bacteriológicos foram realizados para a isolamento e identificação bacteriana.
Compartilhar