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MEDICAMENTO, FÁRMACO, INTESTINO, VEIA PORTA, DISTRIBUICAO, 
RECEPTORES, METABOLISMO, CITOCROMO P450, FASE 2, ENTERO-HEPÁTICA 
 
Farmacocinética 
A farmacocinética consiste no estudo do caminho que o medicamento vai fazer a partir do 
momento em que é administrado até ser eliminado, passando por processos de absorção, 
distribuição, metabolismo e excreção. Neste caminho, o medicamento vai encontrar um 
local de ligação. 
1. Absorção 
A absorção consiste na passagem do medicamento do local onde é administrado, para a 
circulação sanguínea. A administração pode ser feita via enteral, o que significa que o 
remédio é ingerido através da via oral, sublingual ou via retal, ou parenteral, o que significa 
que o remédio é administrado via intravenosa, subcutânea, intradérmica ou intramuscular. 
2. Distribuição 
A distribuição consiste no caminho que o medicamento faz depois de atravessar a barreira 
do epitélio do intestino para a corrente sanguínea, podendo estar na forma livre, ou ligado 
às proteínas plasmáticas, podendo depois atingir vários locais: 
Local de ação terapêutica, onde vai exercer o efeito pretendido; 
Reservatórios teciduais, onde vai ser acumulado sem exercer efeito terapêutico; 
Local de ação inesperada, onde vai exercer uma ação indesejada provocando efeitos 
colaterais; 
Local onde são metabolizados, podendo aumentar a sua ação ou serem inativados; 
Locais onde são excretados. 
Quando um medicamento se liga às proteínas plasmáticas não consegue atravessar a 
barreira para atingir o tecido e exercer ação terapêutica, por isso um medicamento que 
tenha alta afinidade para estas proteínas, vai ter uma menor distribuição e metabolismo. No 
entanto, o tempo de permanência no organismo vai ser maior, porque a substância ativa 
demora mais tempo a chegar ao local de ação e a ser eliminado. 
3. Metabolismo 
O metabolismo ocorre em grande parte no fígado, podendo acontecer o seguinte: 
Inativar uma substância, que é o mais comum; 
Facilitar a excreção, formando metabólitos mais polares e mais hidrossolúveis de forma a 
serem eliminados mais facilmente; 
Ativar compostos originalmente inativos, alterando o seu perfil farmacocinético e 
formando metabólitos ativos. 
O metabolismo de medicamentos também pode ocorrer com menos frequência nos 
pulmões, rins e glândulas adrenais. 
4. Excreção 
A excreção consiste na eliminação do composto através de várias estruturas, principalmente 
no rim, em que a eliminação se faz pela urina. Além disso, os metabólitos também podem 
ser eliminados através de outras estruturas como o intestino, através das fezes, o pulmão 
caso sejam voláteis, e a pele através do suor, leite materno ou lágrimas. 
Vários fatores podem interferir com a farmacocinética como a idade, sexo, peso corporal, 
doenças e disfunção de certos órgãos ou hábitos como fumar e beber álcool, por exemplo. 
 
Farmacodinâmica 
 
A farmacodinâmica consiste no estudo da interação dos fármacos com os seus 
receptores, onde exercem o seu mecanismo de ação, produzindo um efeito terapêutico. 
 
1. Local de ação 
 
Os locais de ação são os locais onde as substâncias endógenas, que são substâncias 
produzidas pelo organismo, ou exógenas, que é o caso dos medicamentos, interagem 
para produzir uma resposta farmacológica. Os principais alvos para a ação das 
substâncias ativas são os receptores onde se costumam ligar substâncias endógenas, 
canais iônicos, transportadores, enzimas e proteínas estruturais. 
 
2. Mecanismo de ação 
 
O mecanismo de ação é a interação química que uma determinada substância ativa 
exerce com o receptor produzindo uma resposta terapêutica. 
 
3. Efeito terapêutico 
 
O efeito terapêutico é o efeito benéfico e desejado que o medicamento provoca no 
organismo quando administrado. 
 
é o caminho que o medicamento faz no organismo. Não é o estudo do seu mecanismo de 
ação mais sim as etapas que a droga sofre desde a administração até a excreção, que 
são: absorção, distribuição, biotransformação e excreção. 
 
A doença pode modificar as propriedades farmacocinéticas de uma droga por alterar sua 
absorção para a circulação sistêmica e ou sua distribuição. 
 
Farmacodinâmica: é como a droga age no organismo. Estuda os efeitos bioquímicos e 
fisiológicos dos fármacos e dos seus mecanismos de ação. Utiliza os conceitos básicos 
da fisiologia, bioquímica, biologia celular e molecular, microbiologia, imunologia, genética 
e patologia. É peculiar porque concentra a atenção nas características dos fármacos. 
 
 
 
AS FASES DA FARMACOCINÉTICA 
 
1- Absorção: A absorção é a primeira etapa que começa com a escolha da via de 
administração até o momento que a droga entra na corrente sanguínea. Vias de 
administração como intravenosa e intra-arterial não passam por essa etapa, entram direto 
na circulação sanguínea. Existem fatores interferem nessa etapa, dentre estes temos: o 
pH do meio, forma farmacêutica e patologias (úlceras por exemplo), dose da droga a ser 
administrada, concentração da droga na circulação sistêmica,concentração da droga no 
local de ação, distribuição da droga organicamente, as drogas nos tecidos de distribuição 
e a eliminação metabolizada ou excretada. Temos ainda um fator a ser relevado que é a 
característica química da droga, pois esta interfere no processo de absorção. 
 
Feito de primeira passagem: É a metabolização do medicamento pelo fígado e pela 
microbiota intestinal, antes que o fármaco chegue à circulação sistêmica. As vias de 
administração que estão sujeitas a esse efeito são: via oral e via retal*(em proporções 
bem reduzidas). 
 
2-Distribuição farmacológica: Nesta etapa a droga é distribuída no organismo através da 
circulação. O processamento da droga no organismo passa em primeiramente nos órgãos 
de maior vascularização (como SNC, pulmão, coração) e depois sofre redistribuição aos 
tecidos de menos irrigação (tecido adiposo, por exemplo). É nessa etapa em que a droga 
chega ao ponto onde vai atuar. Nessa etapa poderá ocorrer: baixa concentração de 
proteínas plasmáticas (necessárias para a formação da fração ligada) como desnutrição, 
hepatite e cirrose, que destroem hepatócitos, que são células produtoras de proteínas 
plasmáticas, reduzindo assim o nível destas no sangue. 
 
3- Bio-transformação: Fase onde a droga é transformada em um composto mais 
hidrossolúvel para a posterior excreção. A bio - transformação dá em duas fases: 
 
Fase 1: etapas de oxidação, redução e hidrólise; 
 
Fase 2: conjugação com o ácido glicurônico. 
 
A fase 1 não é um processo obrigatório, variando de droga para droga e diferente da fase 
2, obrigatória a todas as drogas. 
 
4- Excreção (eliminação): Essa é a fase que prepara a droga para a excreção, os 
compostos são removidos do organismo para o meio externo. O fígado é o órgão que 
prepara a droga para a excreção. 
 
Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são filtrados nos glomérulos ou 
secretados nos túbulos renais, não sofrendo reabsorção tubular, pois têm dificuldade em 
atravessar membranas. Excretam-se, portanto, na forma ativa do fármaco. Os sítios de 
excreção denominam-se emunctórios e, além do rim, incluem: pulmões, fezes, secreção 
biliar, lágrimas, saliva, leite materno. 
 
FARMACODINÂMICA 
 
É o estudo dos mecanismos relacionados às drogas, que produzem alterações 
bioquímicas ou fisiológicas no organismo. A interação, a nível celular, entre um 
medicamento e certos componentes celulares – proteínas, enzimas ou receptores-alvo, 
representa a ação do fármaco. A resposta decorrente dessa ação é o efeito do 
medicamento. 
Em 1953, Dost propôs o termo farmacocinética para descrever o movimento da droga 
através do organismo. Até essa época, mesmo depois empregava-se a palavra 
farmacodinâmica para indicar não só o movimento da droga no organismo, mas também 
seu mecanismo de ação e seus efeitos terapêuticos e tóxicos. Atualmente, os campos da 
farmacocinética e farmacodinâmica estão mais bem definidos didaticamente.Farmacocinética: 
 É o caminho que a droga faz no organismo. Note que não é o estudo do seu mecanismo 
de ação mais sim as etapas que a droga sofre desde a administração até a excreção, que 
são: absorção, destribuição, biotransformação e excreção. Uma vez que a droga 
encontra-se no organismo, essas etapas ocorrem de forma simultânea sendo essa divisão 
apenas de caráter didático. 
 
Farmacodinâmica: 
 É a área da farmacologia que estuda o efeito de uma determinada droga (ou fármaco, ou 
medicamento) em seu tecido-alvo, ou simplesmente estuda como uma droga age no 
tecido-alvo. Entende-se tecido-alvo como o orgão ou sítio onde uma determinada droga 
tem efeito.Relações entre farmacocinética e farmacodinâmica. Na interação droga-
organismo, farmacocinética estuda a ação do organismo sobre a droga, e, na 
farmacodinâmica, observa-se a ação da droga sobre o organismo. (adaptado a partir de 
Penildon, 2006). 
 
 O estabelecimento de esquemas posológicos padrões e de seus ajustes na presença de 
situações fisiológicas (idade, sexo, peso, gestação), hábitos do paciente (tabagismo, 
ingestão de álcool) e algumas doenças (insuficiência renal e hepática) é orientado por 
informações provenientes de uma importante subdivisão da farmacologia, a 
FARMACOCINÉTICA. 
 
 O termo CINÉTICA refere-se a um objeto em movimentação. Farmacocinética é a 
disciplina que usa modelos matemáticos para descrever e prever a quantidade dos 
medicamentos e suas concentrações em vários fluidos do organismo e as mudanças 
nestas quantidades com o tempo. Para fins didáticos e conceituais, o comportamento das 
substâncias ativas, após administração, dentro do corpo humano é usualmente dividido, 
de uma maneira arbitrária, em processos de absorção, distribuição, biotransformação e 
excreção. Devemos ter clara a ocorrência simultânea destes processos no organismo 
vivo, apesar de que, muitas vezes, assumimos a independência de cada um destes 
processos em relação aos outros; as variações nas concentrações dos fármacos em 
alguns fluidos corporais são sempre o resultado da simultaneidade da ocorrência destes 
processos, o que ocasiona taxas que estão continuamente sendo alteradas. 
 
 A farmacocinética é definida como o estudo quantitativo do desenvolvimento temporal 
dos processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos. 
Nestes estudos, os teores dos fármacos e seus metabólitos (produtos da 
biotransformação) no organismo são determinados, permitindo a obtenção de importantes 
dados sobre estas substâncias, tais como: 
 
 Condições para seu uso adequado, pela determinação da via de administração, 
posologia (doses e intervalo entre as doses) e variações correlatas em função de 
patologias como insuficiência renal, alterações hepáticas e outras. 
 
 Previsão de outros efeitos em potencial, como os colaterais, por exemplo, no caso de 
acúmulo do fármaco em determinado compartimento (organotropismo); ou ainda os 
oriundos de interações medicamentosas no nível dos processos de absorção, distribuição, 
biotransformação e excreção. Determinação dos principais sítios de biotransformação. 
Determinação das vias de excreção. 
Assim sendo, podemos afirmar que a compreensão e a aplicação cuidadosa dos 
princípios farmacocinéticos podem freqüentemente auxiliar no estabelecimento e 
manutenção de quantidades terapêuticas e não tóxicas dos medicamentos no organismo; 
isto por permitir uma escolha racional da dose, freqüência e via de administração. Além 
disso, como supra referido, em muitos casos as características dos pacientes são 
reconhecidamente responsáveis por alterações do movimento do fármaco naquele 
organismo, ou seja, das propriedades farmacocinéticas desta substância em particular 
(Tabela 2). Ajustes apropriados na dose ou freqüência de administração podem ser 
realizados, para compensar estas mudanças, evitando, assim, os problemas potenciais da 
ineficácia terapêutica ou toxicidade. Em uma ampla visão, a compreensão da 
farmacocinética pode favorecer as chances de segurança e eficácia da terapêutica 
medicamentosa. 
 
 A farmacocinética estabelece estreita relação com duas outras importantes áreas do 
estudo farmacológico: a biofarmácia e a farmacodinâmica. O efeito ou resposta 
terapêutica é o resultado dos fenômenos que ocorrem após administração de um 
medicamento e estes dependem, por sua vez, das características do fármaco, das 
características do indivíduo e, o mais importante, da interação entre estes dois fatores: 
fármaco e indivíduo. Didaticamente podemos dividir o estudo da resposta terapêutica em 
três fases: 
 
 -1. Fase Farmacêutica 
 -2. Fase farmacocinética 
 -3. Fase farmacodinâmica 
 
Possíveis interferentes da farmacocinética 
 
 Características do Paciente 
 Idade 
 Sexo 
 Peso corporal total 
 Tabagismo 
 Consumo de álcool 
 Obesidade 
 Outros medicamentos em uso 
Estados Patológicos 
 Disfunção hepática (cirrose, hepatite) 
 Insuficiência cardíaca 
 Infecção 
 Queimaduras severas 
 Febre 
 Anemias 
 
As três fases da reposta terapêutica: 
 1. Fase farmacêutica: Estuda a liberação do fármaco a partir do produto farmacêutico. É 
constituída pelo conjunto de fenômenos compreendidos entre a administração do 
medicamento e a absorção propriamente dita, os quais determinam à intensidade e 
velocidade com que ocorre a entrada da substância ativa no organismo. Estes fenômenos 
compreendem basicamente a liberação e a dissolução do fármaco contido no produto 
farmacêutico. 
 
 Liberação: Ao ser administrado o fármaco encontra-se em uma forma farmacêutica (F.F.) 
a partir da qual deve ser liberado; dependendo da F.F. empregada (comprimido, cápsula, 
suspensão, xarope, supositório, etc.) e da via de administração utilizada, esta etapa pode 
ser mais ou menos complexa, rápida ou completa. A liberação ocorrerá sob influência do 
meio biológico de aplicação [ex: pH e peristaltismo do trato gastrintestinal (TGI) nas vias 
enterais (oral e retal)], principalmente para formas farmacêuticas sólidas, que necessitam 
desintegrar-se para então liberar a substância ativa. A finalidade desta etapa é obter uma 
dispersão no estado sólido do fármaco, no meio aquoso de administração, o que permitirá 
o cumprimento da etapa posterior de dissolução. 
 
 Dissolução: Esta etapa, por sua vez compreende a formação de uma dispersão 
molecular na fase aquosa, ou seja, a dissolução progressiva do fármaco, essencial para 
sua posterior absorção, desde que seja requerida uma ação sistêmica e não local. A 
dissolução muitas vezes é a etapa determinante da velocidade do processo de absorção. 
 
 A fase farmacêutica, importante etapa do estudo da resposta terapêutica é um dos 
objetos de estudo da Biofarmácia, disciplina que vem despontando como um ramo 
importantíssimo da investigação de fármacos; além de estudar esta fase de liberação e 
dissolução da substância ativa, a biofarmácia compreende também a avaliação das 
interações, entre o fármaco e o organismo (local de administração), que determinam sua 
biodisponibilidade. Este último termo define uma característica biofarmacêutica de um 
medicamento administrado a um organismo vivo intacto e que expressa, 
simultaneamente, a quantidade e velocidade na qual o princípio ativo (fármaco) alcança a 
circulação sangüínea geral, a partir de seu local de administração. Devido à sua extrema 
importância e, principalmente, tendo em vista a regulamentação de medicamentos 
genéricos em nosso país (Lei n0 9787 de 10/02/99 e Resolução n0 391 de 09/08/99), a 
biodisponibilidade de fármacos será estudada em um tópico mais adiante. 
2. Fase Farmacocinética: Como já foi dito esta etapa corresponde ao estudo da evolução 
temporal do movimento do fármaco in vivo, que esquematicamente pode resumir-se nos 
processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção de fármacos. Esta fase 
consiste, portanto, na identificação e quantificação da passagem do fármaco pelo 
organismo. 
 
 3. Fase Farmacodinâmica: Estuda a interação de um fármaco específico comseu 
receptor, ou seja, a ação do fármaco em seu sítio receptor com as alterações moleculares 
e celulares correspondentes (efeito farmacológico), o que culmina no aparecimento do 
efeito terapêutico requerido. 
 
 O controle das concentrações plasmáticas constitui na atualidade uma prática habitual na 
terapia com diferentes classes de fármacos, visando o estabelecimento de regimes de 
dosagem apropriados para determinados pacientes. Isto, porque as concentrações de um 
fármaco no plasma correlacionam-se melhor com a resposta farmacológica que a dose 
administrada, uma vez que esta relação não é afetada pelas variações individuais dos 
processos farmacocinéticos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção que, 
como sabemos, influi na resposta do paciente.

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