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INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO 
DEFINIÇÃO: 
- Colonização da urina com invasão tissular de 
qualquer estrutura do trato urinário 
- A urina normal é estéril 
- Vias de infecção: 
 Ascendente  mais comum 
 Hematogênica 
 Linfática 
 Contiguidade 
EPIDEMIOLOGIA: 
- É uma das principais infecções no mundo  
pacientes da comunidade / hospitalares / 
institucionalizados 
- Populações suscetíveis  crianças pequenas, 
grávidas, IDOSOS, pacientes com lesões 
medulares, usuários de SVD, DM, 
imunossuprimidos /// mulheres > homens - 20: 1 
- Acomente > 50% das mulheres, destas 25% 
terão uma recorrência 
- Aumenta incidência entre homens acima de 50 
anos  HPB 
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO: 
- O principal agente etiológico da ITU é a E. coli 
 80-90% dos casos em escala global 
- Seguida por: Klebsiella, Enterobacter, Proteus 
mirabilis, Staphylococcus saprophyticus e 
Streptococcus agalactiae 
PATOGÊNESE: 
FATORES DE VIRULÊNCIA: 
 Proteínas da membrana externa 
 Antígeno K 
 Colicinas 
 Fimbrias 
 Fator necrosante 
CLASSIFICAÇÃO: 
 Recorrência X repetição 
 Anatômica 
 Sintomática ou Assintomática 
 Complicada ou não complicada 
RECIDIVA/RECORRÊNCIA: 
- Mesma bactéria 1 a 2 semanas após o término da 
medicação 
- Ocorre em ambos os sexos 
REINFECÇÃO: 
- Mesma ou nova bactéria, após 2 semanas do 
tratamento 
- Ocorre mais em mulheres 
PERSISTENTE: 
- Após a 1ª semana de tratamento 
REPETIÇÃO: 
- 3 ou + episódios em 12 meses ou 2 ou + 
episódios em 6 meses com germes diferentes 
FATORES DE RISCO: 
- Fatores de risco para ITU na mulher 
PRÉ-MENOPAUSA 
 Relação sexual 
 Cremes espermaticidas 
 Exposição a antibióticos 
 ITU prévia 
 História materna de ITU 
 Estado não secretor 
 Virulência da bactéria 
PÓS-MENOPAUSA 
 Distúrbios anatômicos ou funcionais 
 Perda dos lactobacilos (deficiência 
estrogênica) 
 ITU prévia 
 Estado não secretor 
 Virulência da bactéria 
FATORES DE RISCO DE RECORRÊNCIA 
NAS MULHERES: 
 Predisposição genética e familiar 
 ITU antes dos 15 anos 
 Relações sexuais 
 
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 Uso de diafragma com espermicidas 
 Anatomia pélvica 
 Virulência do patógeno 
 Menopausadas  incontinência, cistocele 
e resíduo urinário 
 
A ITU pode ser BAIXA ou ALTA: 
- BAIXA: 
 Bacteriúria assintomática 
 Cistite clássica 
 Cistite complicada 
 Uretrite 
- ALTA 
 Pielonefrite não complicada 
 Pielonefrite complicada 
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA (BA) 
- Crescimento de uma específica quantidade de 
bactérias 
- Mulheres  2 coletas consecutivas com 
crescimento da mesma bactéria ≥ 100.000 
UFC/mL 
- Homens  1 coleta com crescimento bacteriano 
≥ 100.000 UFC/mL 
- Cateterismo vesical  em ambos os sexos ≥ 100 
UFC/mL 
CISTITE: 
- QUADRO CLÍNICO  disúria + polaciúria, 
urgência miccional, algúria ou hematúria, dor 
suprapúbica 
- DIAGNÓSTICO  história clínica + exame físico 
- A urocultura NÃO É NECESSÁRIA na não 
complicada, é necessária se sintomas persistentes 
ou recorrentes 
PIELONEFRITE AGUDA: 
- QUADRO CLÍNICO  febre, calafrios e dor 
lombar uni ou bilateral 
- DIAGNÓSTICO  urinálise = EAS 
 Exame físico = turbidez 
 Tiras reagentes  leucocitúria (pela 
esterase leucocitária) e nitrito  testes 
negativos não excluem diagnóstico, porém 
se positivos confirmam a HD = mesma 
sensibilidade (88%) e especificidade (96%) 
Ph > 7,5 
 Sedimentoscopia  >10.000 Leucócitos 
por mL  Piúria = sensibilidade de 67% e 
especificidade de 79%, considerando-se ≥ 
5 leucócitos/campo como ponto de corte 2 
a 5 leuco/campo / Cilindros leucocitários 
 Hemocultura (em casos de pielonefrite) 
 Exames de imagem (USG/TC) 
DIAGNÓSTICO DE ITU – PADRÃO OURO 
- UROCULTURA 
100.000 UFC/mL  cultura é positiva 
10.000 UFC/mL + sintomas de pielonefrite (febre, 
dor lombar) 
1.000 UFC/mL + sintomas (disúria, urgência e 
desconforto) 
TRATAMENTO 
- Se refratário ao primeiro tratamento, solicito 
UROCULTURA  se urocultura +  trato germe 
específico e se urocultura negativa, pesquiso ISTs 
ou DIP 
- Na alta prescrever Macrodantina – 1x/dia/90 dias 
ITU BAIXA (CISITITE) 
- Mulheres da comunidade, jovens, 
imunocompetentes, sem associação com 
complicações 
- Tratar pela clínica, sem cultura, empiricamente 
- Apenas confirmado pelo EAS na incerteza 
- E. coli (80%) 
 
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- Nos homens  sulfametoxazol – timetropima 
ITU ALTA (PIELONEFRITE NÃO 
COMPLICADA DE ORIGEM DA 
COMUNIDADE) 
- Tratar ambulatorialmente + reavaliação em 48h 
- ATB: 
1. Ciprofloxacino 500mg VO de 12/12h por 10-
14 dias 
2. Cefuroxima 500mg VO de 12/12h por 10-14 
dias 
ITU ALTA (PIELONEFRITE COMPLICADA 
ORIGEM COMUNITÁRIA COM FATORES DE 
COMPLICAÇÃO) 
- Tratamento inicial em regime de internação 
hospitalar 
- Fatores predisponentes: Idosos, 
esplenectomizados, imunodeprimidos, 
comorbidades, patologias trato urinário, ITU 
recorrentes, cálculos renais, grávidas 
- EAS + Urocultura ---- já inicia o tratamento 
- INTERNAR O PACIENTE 
ITU ALTA (PIELONEFRITE COMPLICADA 
ORIGEM HOSPITALAR) 
- O tratamento deve ser guiado pela urocultura e 
antibiograma 
- O tratamento empírico deve ser orientado pelo 
conhecimento prévio da resistência microbiana de 
cada instituição 
- SEMPRE fazer cultura de controle 
ITU CAUSADA POR FUNGOS 
- Comum em pacientes em internação e uso de 
dispositivos invasivos (sondas vesicais) 
- Deve sempre ser tratado guiado por cultura 
positiva 
- Fluconazol // se falha Anfotericina B 
QUANDO TRATAR A BACTERIÚRIA 
ASSINTOMÁTICA? 
 Mulheres grávidas 
 Procedimentos urológicos invasivos 
INTERNAR OU NÃO?

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