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MASTITE EM RUMINANTES trabalho

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FACULDADE ESTÁCIO DA AMAZÔNIA 
DSCIPLINA: CLÍNICA DE RUMINANTES
TEMA: MASTITE EM RUMINANTES
BOA VISTA-RR
2022
SUMÁRIO
1- CAPA ................................................................................................. (PÁG.1)
2- SUMÁRIO ......................................................................................... (PÁG.2)
3- INTRODUÇÃO ................................................................................. (PÁG.3)
4- DESENVOLVIMENTO ................................................................. (PÁG.4-5)
4.1- DIAGNÓSTICO ......................................................................... (PÁG.5)
4.2- PROFILAXIA E TRATAMENTO ............................................. (PÁG.5)
5- CONCLUSÃO ................................................................................... (PÁG.6)
6- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................ (PÁG.7-8)
INTRODUÇÃO
A mastite é a inflamação do parênquima mamário que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, podendo ser aguda ou crônica da glândula mamária,
independentemente de sua causa, determinando alterações físicas, químicas e
bacteriológicas do leite.
A principal fonte de infecção é a própria glândula mamária contaminada, sendo os microrganismos transmitidos pelas mãos do ordenhador, pelos copos da ordenhadeira e até através dos bezerros quando mamam. A ordenha manual, é a mais indicada, quando realizada corretamente e de forma higiênica, predispõe menos ao surgimento de mastites que a ordenha mecânica. Porém, quando não é feita a higiene dos tetos e das mãos contaminadas podem levar à disseminação dos agentes infecciosos.
Considera-se a mastite a principal doença que afeta os rebanhos leiteiros no Brasil e no mundo proporcionando as maiores perdas econômicas na exploração de bovinos leiteiros.
Além da orientação quanto a higiene no momento da ordenha e ao uso controlado de antibióticos nas ruminantes leiteiras, é de fundamental importância pesquisas que investiguem essa doença para fundamentar estratégias, ou programas de prevenção, tratamento e controle. Portanto, faz-se necessário o desenvolvimento de técnicas e procedimentos diagnósticos de fácil e rápida aplicação e que possam ser utilizados a campo. A termografia infravermelha (TIV) é apontada como uma ferramenta com essas características. Considerando os resultados promissores da TIV objetivou-se com este trabalho estudar e verificar a eficácia de sua utilização como ferramenta auxiliar no diagnóstico de mastite em ruminantes voltados para produção leiteira.
DESENVOLVIMENTO
A mastite caracteriza-se pela inflamação aguda ou crônica da glândula mamária,
independentemente de sua causa, determinando alterações físicas, químicas e
bacteriológicas do leite (Biood e Radostits, 1991 ). Os agentes etiológicos são
predominantemente bacterianos, e em geral a principal fonte de infecção é a própria
glândula mamária contaminada, sendo os microrganismos transmitidos pelas mãos do
ordenhador, pelos copos da ordenhadeira e até através dos bezerros quando mamam
(Corrêa e Corrêa, 1992; Langoni, 1996). A ordenha manual, quando realizada
corretamente e de forma higiênica, predispõe menos ao surgimento de mastites que a
ordenha mecânica; entretanto, as mãos contaminadas podem levar à disseminação dos
agentes infecciosos; dentre eles os mais comuns são: Staphylococcus aureus,
Staphy/ococcus sp., Corynebacteriumbovís, Streptococcussp., Pseudomonas sp. entre
outros (Faria et ai., 1982; Costa et ai., 1986, 1993). Esporadicamente são isolados outros
agentes, principalmente fungos e algas (Langoni, 1996). Na mastite causada por
Candída sp. é provável que a infecção seja por infusões intramamárias ou pelo contato
com o revestimento de teteiras, contaminadas. O estabelecimento de infecções é
favorecido por lesões no epitélio mamário devido à ação de alguns antibióticos
(penicilina e tetraciclina), que são fontes de nitrogênio para a levedura (Schalm et ai.,
1971; Langoni et ai., 1985; Blood e Radostits, 1991 ). Mills e Hirth (1967) discutiram as
teorias relativas ao aumento do crescimento de Candída sp. pelo uso prolongado de
antibióticos. Propuseram várias hipóteses como: o estímulo direto do fungo, a
eliminação de microrganismos competitivos por nutrientes e que produzem substâncias antifúngicas. Consideraram, ainda, a possibilidade de danos teciduais pelos antibióticos
agressores, a conversão da Candída sp. a uma forma mais invasora, os produtos tóxicos
elaborados pelos agentes e a depressão das respostas do hospedeiro à infecção. Stuart
(1951) isolou a Candída sp. em um surto que se desenvolveu após infusão intramamária
com penicilina. Prassad e Prassad (1966) identificaram Candída parapsí/osís no leite de
e casos de mastite após a terapia com antibióticos contra infecção bacteriana
preexistente. A identificação de leveduras envolvidas na etiologia da mastite bovina
tornou-se mais freqüente nas últimas décadas com relatos feitos por Farnsworth e
Sorensen (1972); Murphy e Drake (1974); Langoni et ai. (1985); Oliveira et a1.(1997)
Na produção leiteira, a mastite é umas das principais enfermidade que causa grande impacto negativo, tanto econômico, por causar queda na produção leiteira, perda na qualidade do leite, maior custo de produção, quanto na saúde desses animais, onde acontece o descarte prematuro de fêmeas por perda de um ou mais quartos mamários. Seu diagnóstico, na maioria das vezes é obtido tardiamente, o que acontece principalmente quando a mastite é subclínica.
Diagnóstico
Há várias técnicas de diagnóstico utilizadas em bovinos que também são usadas para os
ovinos e caprinos, como o exame clínico, identificação de anormalidade das células de defesa no tecido mamário, técnica de contagem de Células Somáticas (CCS), California Mastitis Teste (CMT), condutividade elétrica e o Isolamento microbiológico (MAVROGENIS et al., 1995;GONZIILEZ-RODRIGUEZ; CÁRRENENES, 1996; MCDOUGALL et al., 2001; SUAREZ et al., 2002; SILVA et al., 2010; NORBERG, 2005). Além disso, a termografia de infravermelho é uma ferramenta promissora no diagnóstico de doenças e processos inflamatórios, e demonstra um grande potencial no diagnóstico de mastite.
Profilaxia e tratamento
O princípio básico do controle da mastite é prevenir novas infecções. Apesar
das medidas preventivas, algumas novas infecções ainda ocorrem. Poucas vacas podem eliminar a infecção espontaneamente, por isso muitas vezes é requerido o descarte dos animais ou responder a terapia com drogas (PHILPOT, 1997).
A antibioticoterapia para a mastite deve visar a eficácia terapêutica e benefícios econômicos, tanto do ponto de vista do aumento da produção como na redução das fontes de infecção (quartos infectados). A terapia tem por meta a eliminação das infecções preestabelecidas e, para tanto, é necessário que o
antimicrobiano atinja concentrações no úbere maiores ou pelo menos iguais à
concentração inibitória mínima (CIM) para os principais patógenos da mastite. Ainda deve-se ressaltar que os resíduos de antibióticos no leite de consumo representam riscos à saúde pública e interferem na produção dos derivados, inviabializando muitas vezes a produção destes (COSTA, 1999).
O ideal para o tratamento da mastite clínica na vaca lactante é fazer a cultura
do leite e sensibilidade antimicrobiana. Mastites agudas e hiperagudas podem ser tratadas com antibióticos e sempre requerem terapia de suporte (líquidos e
eletrólitos e agentes antiinflamatórios não-esteroidais). Nas vacas secas, o melhor tratamento para as mastites subclínicas é a infusão intramamária de antibióticos de longa duração e secagem das vacas. Deve ser respeitado um período de carência para a comercialização do leite dos animais tratados com antibióticos, para evitar resíduos (RADOSTITS, 2000).
O controle deve ser feito eliminando as infecções existentes, evitando novas
infecções e monitorando o estado de saúde do úbere. O manejo adequados na
ordenha,instalações corretas, manejo da vaca seca, terapia apropriada à mastite durante a lactação, descarte das vacas com infecções crônicas, manutenção do ambiente, um bom sistema de registro e estabelecimento de metas para o estado de saúde do úbere, são medidas que devem ser tomadas para prevenir a mastite e melhorar a produtividade (RADOSTITS, 2000).
CONCLUSÃO
Conclui-se que é muito importante o correto diagnostico sobre qualquer doença, pois o uso indevido de antibióticos e corticoides, pode acarretar o distúrbio da microbiota intestinal, causando interferências no sistema imune, o que acarreta o aparecimento da cândida nas vacas.
Devemos também sempre observar a higienização do ambiente em que se encontra a
vaca em período de lactação, assim como a higienização dos tetos e a forma da coleta
do leite deve ser higiênica.
O uso de novas tecnologias, como a TIV, tem sido de grande valia na produção animal, uma vez que, a mesma é vista como alternativa, pois é uma técnica não invasiva, para detectar os impactos de fatores ambientais e, consequentemente, promove a saúde e o bem-estar dos animais. 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353)BENEDETTE, Marcelo Francischinelli SILVA, Danilo da ROCHA, Fábio Perón Coelho da SANTOS, Denise Almeida Nogueira dos COSTA, Eduardo Augusto D´ Alessandro Acadêmicos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da FAMED - Garça email: marcelo.f.b@hotmail.com AVANZA, Marcel Ferreira Bastos Docente da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da FAMED – Garça email: marcel.avanza@gmail.com
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Guanabara Koogan, 1991. 1263 p. CORRÊA, W. M., CORRÊA, C. N. M.
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R. bras. Ci. Vet., v. 6, n. 2, p. 101-103, maio/age. 1999
(DIAGNOSTICO DE MASTITE EM RUMINANTES ATRAVÉS DA
TERMOGRAFIA DE INFRAVERMELHO) João Paulo da Silva Pires¹;Luanna Figueirêdo Batista²;Mateus Freitas de Souza³; Fabióla Flanklin de Medeiros4; Bonifácio Benicio de Souza, Universidade Federal de Campina Grande, e-mail: joaopaulopires777@gmail.com, luanna_151@hotmail.com, freitasmateus22@gmail.com, vet.fabiolafranklin@gmail.com, bonif@cstr.ufcg.edu.br
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