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Doenças infecciosas dos animais domésticos - Prova

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Um cão, macho, oito meses de idade, é levado para atendimento clínico. Após realização de anamnese e exame físico, sua principal suspeita é cinomose. Sobre o caso, responda às duas questões a seguir:
Considerando que o vírus da cinomose é pantrópico, cite todos os sistemas do organismo animal que podem ser acometidos em cães com cinomose e quais sinais clínicos podem ser observados em cada um deles.
Algumas cepas do vírus causam doença de patogenicidade mediana, outras causam enfermidade de alta patogenicidade e mortalidade. 
A cinomose pode comprometer o sistema respiratório, digestório, neurológico, tegumentar e outras manifestações em determinados locais. 
Os sinais clínicos no sistema respiratório são: rinite, descarga nasocular serosa mucupurulenta, conjuntivite, pneumonia intersticial, podendo evoluir para broncopneumonia devido a infecção secundária, sendo caracterizada por tosse estridente, produtiva e úmida, estertores, roce pleural e áreas de silêncio na auscultação. 
Os sinais clínicos do sistema digestório são: vômitos intermitentes, diarreia pastosa a líquida de cor escura com ou sem presença de sangue, anorexia e podem apresentar também desidratação, devido a perda se líquido. 
Na pele, é comum observar a presença de hiperqueratose nos coxins palmares e plantares e na região do nariz, pústulas ou hiperqueratose abdominais. O vírus também pode acometer o epitélio do ducto lacrimal, causando edema e ceratoconjuntivite. 
Os sinais neurológicos são resultante da replicação viral no sistema nervoso, podendo apresentar déficits motores, déficits proprioceptivos, cegueira, síndrome vestibular e cerebelar, alterações dos nervos craniano, alterações de comportamento quando as lesões microscópicas são encontradas no córtex frontal, cerebelo, via óptica, tronco encefálico, tálamo e hipotálamo. Quando há inflamação das meninges, pode ocorrer hiperestasia e rigidez cervical e paraespinal. O animal pode apresentar paresia flácida, déficits proprioceptivos e incoordenação de membros, quando há acometimento na medula espinhal. 
Alguns animais podem apresentar também, convulsões parciais ou generalizadas, mioclonias, pupilas dilatadas e diminuição da acuidade visual. 
Filhotes infectados com o vírus da cinomose antes da erupção dos dentes permanentes, podem apresentar aspecto irregular do esmalte e da dentina, oligodentina e erupção parcial ou impactação dos dentes. Quando os filhotes são infectados com menos de 7 dias, podem apresentar cardiomiopatia. 
 
Explique para a tutora deste animal o que ela pode fazer para prevenir a doença em outros cães, incluindo o esquema vacinal.
Para prevenir que a doença passe de um animal para outro, o animal infectado deve ser separado dos demais, limpar bem e arejar o ambiente, pois o vírus da cinomose é sensível aos desinfetantes e à luz solar. Os utensílios de uso comum devem ser desinfetados para evitar a contaminação de um animal para o outro. 
Outra forma de prevenção é a vacinação dos animais. 
A vacina é administrada por via subcutânea ou intramuscular. Em filhotes que receberam o colostro, a vacinação deve ser iniciada com cerca de 60 dias de idade, já naqueles que não receberam, ou que não se conhece o histórico vacinal da mãe, a vacina deve ser administrada aos 45 dias de idade. Nos dois casos, deve-se realizar três doses, em intervalos de 3 a 4 semanas. 
Em cães adultos, que não saiba o histórico vacinal, devem ser vacinados 30 dias antes de os colocar em ambiente potencialmente contaminado. Duas doses são suficientes para que o cão consiga adquirir imunidade. O intervalo entre doses é igual aos dos filhotes, ou seja, entre 3 a 4 semanas. 
Na situação anterior, você informou sobre a vacinação como forma de prevenção da cinomose canina. Sabemos que, independente da doença, o sucesso na imunização de um animal a partir da vacinação depende de vários fatores que podem estar relacionados a três elementos: organismo animal, vacina e administração. Cite pelo menos três situações para cada um dos elementos descritos que podem levar a falhas vacinais em animais.
As falhas vacinais por causa do organismo animal pode ocorrer por falhas individuais na resposta imune, por ter o sistema imunológico comprometido, por interferência com os anticorpos maternos. O animal pode estar também em período de incubação da doença. 
As falhas vacinais relacionadas à vacina podem ser por causa de vacinas de má qualidade, cepas da vacina diferente das que estão causando a doença, má conservação . 
A vacina pode ser administrada de maneira errada, não inocular todo o conteúdo, aplicação da vacina após o vencimento, homogeneização insuficiente. 
BOTULISMO 
Um médico veterinário é chamado a uma propriedade na qual se criam bovinos de corte e onde está ocorrendo mortalidade de dezenas de animais. Lá chegando, verificou que as condições higiênico-sanitárias da propriedade são péssimas, havendo várias carcaças de animais mortos há dias no pasto. Além disso, por meio da anamnese, foi informado de que os animais tinham sido alimentados com cama de frango e não recebiam suplemento mineral há meses. Durante o exame clínico dos bovinos, verificou que apresentavam ataxia, incoordenação, paralisia flácida, sendo que muitos deles estavam deitados, dependendo do estágio da enfermidade. A partir dos dados obtidos na anamnese e no exame clínico realizado, o médico veterinário suspeitou tratar-se de um surto de botulismo. Analisando as informações, é correto concluir:
Com base nas alterações clínicas, associadas às informações obtidas pelo médico veterinário, seria importante realizar o diagnóstico diferencial com relação à carência de zinco, sendo, portanto, necessário realizar o exame de sangue para avaliar a concentração deste elemento.
Considerando as alterações clínicas apresentadas pelos animais e as condições higiênico-sanitárias verificadas na propriedade, é indicado realizar diagnóstico diferencial com o carbúnculo sintomático. Para tanto, é necessário realizar a prova de imunofluorescência direta em tecido cerebral.
Embora as informações obtidas na anamnese bem como as alterações clínicas observadas indiquem tratar-se de botulismo, para estabelecer o diagnóstico definitivo desta enfermidade faz-se necessário realizar o isolamento de cepas toxigênicas e a identificação do subtipo envolvido, empregando a técnica de soroneutralização em camundongos ou cobaias.
Embora as informações obtidas na anamnese indiquem tratar-se de botulismo, a necropsia deverá ser realizada com o objetivo de verificar a presença, na região do cerebelo, de necrose de liquefação produzida pela toxina botulínica.
Como o médico veterinário obteve informação de que os animais recebiam cama de frango, deve-se realizar diagnóstico diferencial com encefalopatia espongiforme (doença da “vaca louca”), por meio da prova de imunofluorescência direta em tecido cerebral, para excluir esta possibilidade.
Tétano é uma doença infecciosa não contagiosa de etiologia conhecida desde o século XIX, quando foi experimentalmente reproduzida. Sobre essa afecção marque a opção incorreta.
O Clostridium tetani é comumente encontrado em solos contaminados por fezes, é um bacilo Gram-positivo, anaeróbico estrito e formador de esporos terminais que variam de arredondados a ovais.
É altamente letal e acomete todos os mamíferos, porém os equinos são mais sensíveis, em ovinos o tétano é mais freqüente que em bovinos, ocorrendo em consequência da castração ou por feridas de tosquia.
A tetanoespasmina liga-se às terminações nervosas e segue em fluxo retrógrado do sistema nervoso periférico (local do ferimento) ao sistema nervoso central, a toxina chega ao interior de neurônios inibidores, impedindo a liberação dos neurotransmissores: ácido gama amino butírico (GABA) e glicina.
A patogenia da doença envolve a penetração de esporos de Clostridium tetani em feridas, com consequente multiplicação e produção de uma potente neurotoxina, a tetanospasmina e para a manifestação clínica do tétano é necessário ferimento ou solução de continuidade quepossibilite a introdução da bactéria.
O clostrídio, em anaerobiose, produz três exotoxinas conhecidas: toxina não espasmogênica, tetanoespasmina, que promove necrose tissular, e tetanolisina que produz os sinais clínicos do tétano.
Em uma criação de caprinos, alguns animais de três a oito meses de idade apresentaram lesões proliferativas recobertas por crostas nas comissuras labiais, como observado na imagem abaixo. O proprietário relatou que já havia observado lesões semelhantes no úbere de cabras em lactação. Sobre a doença que está acometendo esses animais, julgue as afirmativas a seguir em “Certo” ou “Errado”:
A doença é uma zoonose e pode causar pneumonia fulminante em humanos.	FALSO 
A doença pode ser transmitida de forma indireta a partir de materiais usados em castração, tosquia e colocação de brincos.	CERTO 
A principal forma de transmissão da doença entre animais susceptíveis é de forma venérea. FALSO
Trata-se de febre aftosa e deve ser imediatamente notificada ao Serviço Veterinário Oficial. FALSO 
A morbidade e mortalidade são sempre altas nas criações acometidas, principalmente naquelas onde a doença é endêmica.	FALSO 
A maioria dos casos da doença ocorrem em cordeiros e cabritos lactentes e fêmeas em aleitamento. CERTO 
Os animais suscetíveis podem ser imunizados pela utilização de vacina viva atenuada.	CERTO 
O agente causador da doença induz resposta humoral em animais susceptíveis, e a imunidade transmitida pelo colostro é fundamental para evitar a ocorrência da doença nas crias.	FALSO 
A doença é causada por um vírus pertencente ao Gênero Parapoxvirus, Família Poxviridae. CERTO 	
Os animais doentes devem ser isolados dos demais e tratados topicamente com solução de iodo (10%), permanganato de potássio (3%) ou sulfato de cobre (5%); repelentes podem ser utilizados para evitar miíases e antibióticos para infecções secundárias. CERTO 
Sobre Raiva, julgue as sentenças abaixo em verdadeiras ou falsas:
O local da mordida representa um ponto crucial na defesa do hospedeiro, pois a partir deste ponto o vírus se localizará em sítios imunologicamente protegidos e a disseminação no sistema nervoso central é mais rápida.	VERDADEIRA 
De acordo com a OIE, os carnívoros infectados podem iniciar a eliminação do vírus até 15 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos.	FALSO 
Na raiva rural (herbívoros), o responsável pela manutenção do vírus e sua transmissão é o morcego hematófago Desmodus rotundus. Nessas áreas, o controle da doença é direcionado para o controle da população de morcegos hematófagos e vacinação de herbívoros domésticos, sendo esta compulsória em focos da doença. VERDADEIRA 
A imunofluorescência indireta é considerada uma prova padrão-ouro pela OIE e OMS por detectar anticorpos contra o vírus permitindo a triagem de animais doentes de forma rápida e eficaz.	FALSO 
Em animais de produção é mais comum a forma “furiosa” da raiva, ao contrário dos carnívoros, nos quais a forma “paralítica” da doença é mais frequente.	FALSO 
Na raiva urbana, o cão infectado é o principal transmissor do vírus rábico e a vacinação de animais susceptíveis é crucial para o controle da doença. VERDADEIRO 
A doença é causada por um Lyssavirus, genótipo 1, pertencente à família Rhabdoviridae e ordem Mononegavirales. VERDADEIRA 
Animais de produção são considerados elos finais, pois têm pouco importância na disseminação da doença. FALSO 
Até o momento, somente morcegos hematófagos são consideradas fontes de vírus comprovadas no ciclo aéreo. FALSO 	
A doença apresenta quatro ciclos epidemiológicos de transmissão: aéreo, silvestre, rural e urbano. VERDADEIRA 
Sobre métodos de diagnóstico, leia as sentenças abaixo e julgue-as em “Verdadeiro” ou “Falso”:
Para realização de análise histopatológica e imuno-histoquímica, as amostras coletadas devem ser conservadas em formaldeído tamponado a 10% e congeladas a – 20°C. FALSO
A Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) é caracterizada por sua alta sensibilidade e especificidade, detectando anticorpos em uma fase precoce da infecção (IgM).	FALSO 
A imuno-histoquímica tem como finalidade a detecção de antígenos em amostras de diferentes tecidos. FALSO 
A Reação de Imunofluorescência direta (RIFD) detecta antígenos em tecidos. Uma de suas aplicações em medicina veterinária é a detecção de antígenos de Lyssavirus para diagnóstico da Raiva. VERDADEIRA 	
Os testes imunocromatográficos são testes de alta sensibilidade, no entanto, devido a sua baixa praticidade e alto custo tem entrado em desuso na rotina MÉDICO-VETERINÁRIA. FALSO 
Como médico(a) veterinário(a), você é solicitado(a) em uma propriedade onde há criação de bovinos, equinos e suínos. Após avaliação de todos os animais, você constata que as três espécies criadas na propriedade apresentam sinais clínicos semelhantes e, então, suspeita de uma doença vesicular. Sobre este caso, responda às três questões a seguir:
Qual sua principal suspeita de doença vesicular neste caso?
Exantema vesicular dos suínos.
Ectima contagioso.
Estomatite vesicular.
Febre aftosa.
Estomatite por Senecavírus A.
Sobre o agente etiológico da doença vesicular que está acometendo esses animais, é correto afirmar que pertencem a:
Família Caliciviridae, gênero Calicivirus.
Nenhuma das alternativas.
Família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus.
Família Picornaviridae, gênero Aphtovirus.
Família Rhabdoviridae, gênero Vesiculovirus.
Quais sinais clínicos foram provavelmente observados nos animais acometidos para conduzir à suspeita de doença vesicular neste caso?
Isolamento do animal, mugido constante, incoordenação motora, tremores musculares, tenesmo, disfagia, ranger de dentes, midríase e opistótono.
Sialorreia, emagrecimento progressivo, febre, vesículas, bolhas, erosões e ulcerações nas mucosas oral, ocular, peniana, prepucial ou vulvovaginal.
Febre, vesículas, bolhas e pústulas nas mucosas de todos os órgãos do sistema respiratório e digestório.
Vesículas e lesões proliferativas com crostas na pele, mucosa oral e ocular, orelhas, pálpebras, narinas, úbere e espaço interdigital.
Claudicação, sialorreia, emagrecimento progressivo, febre, vesículas, bolhas, erosões e ulcerações na mucosa oral, língua, úbere e espaço interdigital e banda coronária.
No Brasil, há três casos notificados de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica que ocorreram nos anos de 2012, 2014 e 2019. Considerando essas informações, responda as questões a seguir: 
Qual o atual status de risco da EEB no Brasil para a OIE?
Baixo risco, pois é considerado livre com vacinação.
Médio risco, pois é considerado livre com vacinação com áreas livres sem vacinação.
Risco insignificante.
Alto risco, pois já foram notificados casos da doença.
Risco desconhecido.
Cite, no mínimo, duas diferenças entre a EEB típica e atípica.
A EEB típica ocorre principalmente em animais com 5 a 6 anos e é adquirida através da alimentação. 
A EEB atípica é observada em animais de 8 a 20 anos e o animal contrai a doença espontaneamente, com o passar da idade, sem estar relacionados à ingestão de alimentos contaminados pelos príons.

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