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Introdução aos cuidados farmacêuticos e à farmácia clínica Prof.ª Larissa Abrahão da Cruz Descrição O desenvolvimento do profissional farmacêutico ao longo do tempo como membro da equipe multiprofissional de saúde e suas atividades para a promoção do uso racional do medicamento na sociedade. Propósito Acompanhar a construção histórica da atuação do farmacêutico centralizada no paciente e conhecer conceitos e práticas que foram desenvolvidos nesse caminho é essencial para que o profissional farmacêutico estimule e identifique a importância do desenvolvimento e da qualificação técnica nessa área. Objetivos Módulo 1 Evolução dos cuidados farmacêuticos e da farmácia clínica Identificar a evolução dos cuidados farmacêuticos e da farmácia clínica ao longo do tempo. Módulo 2 Introdução à semiologia farmacêutica e à indicação farmacêutica e terapêutica Reconhecer conceitos importantes relacionados aos cuidados farmacêuticos e à farmácia clínica, bem como o processo de prática do profissional na atividade clínica. Módulo 3 Importância da boa comunicação interpro�ssional e do aconselhamento ao paciente Reconhecer a importância da comunicação interprofissional efetiva e do aconselhamento ao paciente. Introdução A área das Ciências Farmacêuticas nos proporciona diversos caminhos para o conhecimento que corroboram com a promoção e cuidado em saúde dos indivíduos e da sociedade. Aprendemos a manipular, otimizar processos de produção industrial, desenvolver novos fármacos, garantir qualidade física, química e microbiológica de produtos farmacêuticos e, como possibilidade, estará em nosso trajeto participar do processo do cuidado direto ao paciente por meio da grande área de assistência farmacêutica, na qual o cuidado farmacêutico e a farmácia clínica implementam e estudam protocolos, diretrizes, mecanismos para o uso adequado e seguro dos medicamentos. Nesse lugar de atuação, o profissional farmacêutico, junto com a equipe multiprofissional, contribui, por meio de suas habilidades de farmacoterapia, para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade. A nível global, as atividades clínicas farmacêuticas são implementadas nos diferentes níveis dos sistemas de saúde como instrumento de promoção das práticas de segurança do paciente, fortalecendo a necessidade de regulamentação e instrumentalização dos serviços clínicos farmacêuticos no Brasil e no mundo. Neste conteúdo, faremos uma introdução ao trajeto percorrido, ao longo do tempo, pelo profissional farmacêutico em suas atividades centradas no cuidado ao paciente e à forma como essas atividades são aplicadas na prática profissional. 1 - Evolução dos cuidados farmacêuticos e da farmácia clínica Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de identi�car a evolução dos cuidados farmacêuticos e da farmácia clínica ao longo do tempo. Evolução das atividades do farmacêutico no mundo Tanto no cenário nacional quanto no mundial, as atividades do profissional farmacêutico sofreram transformações ao longo do tempo. Tais transformações relacionavam-se com o avanço tecnológico da indústria farmacêutica, com a mecanização da produção de medicamentos em larga escala, aliada à padronização das formulações farmacêuticas e à descoberta de novos fármacos. Esses fatores levaram à redução progressiva dos laboratórios magistrais farmacêuticos, até então atividade primária do farmacêutico diante da sociedade. Os autores Charles Hepler e Linda Strand dividem a evolução das principais atividades do profissional farmacêutico em três períodos: tradicional, de transição e o de desenvolvimento da atenção ao paciente (HEPLER; STRAND, 1990b), que veremos agora com mais detalhes: harles D. Hepler Também conhecido como Doug, é professor emérito distinto no Departamento de Resultados e Políticas Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade da Flórida. Durante a sua carreira, atuou como consultor em cuidados farmacêuticos em projetos na Dinamarca, Espanha, Colúmbia Britânica e Reino Unido. Ele liderou a equipe que desenvolveu e demonstrou de forma pioneira um sistema prático para assistência farmacêutica em farmácia comunitária. inda M. Strand É farmacêutica, professora e pesquisadora. Doutora em Farmácia Social e Administrativa na Universidade de Minnesota. Além de sua vida acadêmica, também atuou em farmácias comunitária e hospitalar, centrando suas ações na farmácia clínica. A partir do desenvolvimento de suas práticas farmacêuticas, surgiu o que conhecemos como atenção farmacêutica. Esse termo disseminou-se com a publicação, em parceria com o Dr. Charles D. Hepler, do artigo Oportunidade e responsabilidade em atendimento farmacêutico. No cenário mundial, crescia a necessidade de atividades farmacêuticas voltadas para o cuidado em saúde, em virtude do estabelecimento de ações que promovessem a orientação do uso seguro do medicamento, o que era tema de diversos debates. Tradicional Foi marcado pelo boticário, que preparava e vendia os medicamentos, fornecendo orientações aos seus clientes sobre seu uso. Transição As atividades farmacêuticas voltaram-se para a produção de medicamentos em uma abordagem técnico-industrial. Nesse período, o estabelecimento comercial farmacêutico voltou-se para o lucro, e o farmacêutico começou a perder autonomia para o desempenho de suas atividades. Desenvolvimento da atenção ao paciente Diante da evolução tecnológica, o farmacêutico passou a ser visto como simples vendedor de medicamentos nas farmácias comunitárias, gerando muita insatisfação na comunidade farmacêutica, o que impulsionou um movimento de ressignificação da atuação do farmacêutico junto da sociedade no cuidado à pessoa. Isso ocorria pois se observa um fenômeno denominado “farmaceuticalização da sociedade”, entendido como o uso dos medicamentos indiscriminadamente para realizar modificações nas condições humanas. Evidenciavam-se episódios de problemas de segurança relacionados a medicamentos utilizados em doses usuais. Como marco desse momento, temos a focomelia ocasionada pela talidomida em 1960. Já em 1961, esforços internacionais estavam em pauta para estabelecer estratégias relacionadas à segurança dos medicamentos e, em 1963, a 16ª Assembleia Mundial da Saúde adotou resoluções quanto à disseminação de informações sobre reações adversas, que culminou, posteriormente, na criação da farmacovigilância. Em 1966, o corpo docente e discente da Universidade de São Francisco (EUA) iniciou profunda análise do papel do profissional na comunidade, visto que os episódios mundiais direcionavam a uma mudança na atuação do farmacêutico na relação com paciente e medicamento. ocomelia Anomalia congênita que interfere no desenvolvimento de braços e pernas. Nesse época, iniciou-se um movimento que tinha como objetivo a aproximação profissional entre paciente e equipe de saúde por intermédio do desenvolvimento de habilidades relacionadas à farmacoterapia. Esse movimento foi denominado farmácia clínica. Em meio a essas discussões quanto à redefinição das atividades do farmacêutico perante o paciente, em 1990, Charles Hepler e Linda Strand publicaram o conceito de pharmaceutical care, que foi traduzido em nosso país como atenção farmacêutica. Para os autores, pharmaceutical care era “a provisão responsável do tratamento farmacológico com o objetivo de alcançar resultados satisfatórios na saúde, melhorando a qualidade de vida do paciente” (HEPLER; STRAND, 1990b, p. 37). Em 1993, a Declaração de Tóquio apresentou a atenção farmacêutica como uma prática principal do profissional farmacêutico, reafirmando sua importância. Vejamos a definição de atenção farmacêutica que consta na declaração: [...] compêndio de atitudes, comportamentos, compromissos, preocupações, valores éticos, funções, conhecimentos, responsabilidades e habilidades no provimento da farmacoterapia, com o objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e qualidade de vida do paciente. (OMS, 1994, p.24) O conceito de Farmácia Clínica foi então estabelecido, em 1994, pela Sociedade Europeia de Farmácia Clínica: [...] especialidade da área da saúde, em que o serviço do farmacêutico clínico tem como objetivo desenvolver e promover o uso racional e apropriado dos medicamentos e seus derivados. (OMS, 1994, p. 24) Nesse mesmo ano, a Associação Americana dos Farmacêuticos Hospitalares ampliou a definição de forma que Farmácia Clínica seria uma “ciência da saúde, cuja responsabilidade é assegurar, mediante aplicação de conhecimentos e funções relacionadas com os cuidados aos pacientes, que o uso de medicamentos seja seguro e apropriado e que necessita de uma educação especializada e ou treinamento estruturado” (OMS, 1994, p. 24). Na atualidade, os serviços farmacêuticos no mundo apresentam destaque nas organizações mundiais para a promoção do uso seguro e racional de medicamentos nos diversos pontos do cuidado em saúde, sendo empregados como ferramentas para avaliação de qualidade de instituições de saúde e estratégia para ações de farmacovigilância. Veja, a seguir, a evolução das atividades farmacêuticas centradas no cuidado ao longo do tempo: O boticário Atividade relacionada à farmácia com origem no século X. No século XVII, impulsionado pelo conhecimento de princípios ativos de plantas e minerais, o estudo dos medicamentos ganha notoriedade. Em 1777, na França, o boticário passa a ser denominado farmacêutico. Segunda Revolução Industrial Após a Segunda Guerra, inicia-se o processo de mecanização da produção farmacêutica. O farmacêutico/boticário passa a ser um dispensador de medicamentos industrializados. Farmacovigilância É i d ó t d i i l t t édi d l t lid id dé d d 1960 A ti d í Evolução das atividades do farmacêutico no Brasil No cenário nacional, em 1988, no Brasil, estabelecia-se a discussão sobre a Política Nacional de Medicamentos, a fim de garantir necessárias segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional de medicamentos e o acesso da população aos considerados essenciais, por meio da Portaria MS nº 3.916/1998. Nessa portaria, estabeleceu-se a definição de assistência farmacêutica (AF): “o grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade” (BRASIL, 1998, n. p.). Um marco inicial importante para a redefinição, no Brasil, da atuação do farmacêutico foi no contexto das políticas farmacêuticas: em 2004, no Conselho Nacional de Saúde, foi aprovada a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Nesse momento, também se redefiniu a AF: É criada após os eventos adversos graves, principalmente a tragédia causada pela talidomida na década de 1960. A partir daí, as atividades farmacêuticas centralizam-se na promoção do uso seguro de medicamentos. Farmácia clínica Em 1966, nos EUA, inicia-se o movimento denominado farmácia clínica, para a aproximação das atividades farmacêuticas à equipe multidisciplinar de saúde e ao paciente. Pharmaceutical care O termo é apresentado pelo Dr. Charles Hepler e pela Dra. Linda Strand. No Brasil, o termo é traduzido como atenção farmacêutica. Atenção farmacêutica A Declaração de Tóquio, de 1993, reafirma a atenção farmacêutica como uma das atividades principais do farmacêutico. Atenção farmacêutica no Brasil É definida, no Brasil, em 2002, no Consenso Brasileiro, e inserida em 2004 no Conselho Nacional de Saúde, no contexto da redefinição da assistência farmacêutica. Cuidados farmacêuticos Serviços farmacêuticos que têm o cuidado do indivíduo como centro. Por meio das práticas clínicas do farmacêutico, promovem-se o uso racional de medicamentos, a saúde e a prevenção de doenças. [...] conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto no individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional. Esse conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhora da utilidade de vida da população. (BRASIL, 2004, n. p.) Dessa maneira, se realizarmos uma análise conjuntural da assistência farmacêutica, podemos distinguir duas áreas relacionadas, porém distintas: Tecnologia de Gestão Tem como objetivo central garantir o abastecimento e o acesso aos medicamentos. Tecnologia do Uso do Medicamento Tem como objetivo final o uso correto e efetivo dos medicamentos, sendo resultante das ações de cuidado ao paciente, a atenção farmacêutica. No Brasil, a atenção farmacêutica foi definida desde 2002, no Consenso Brasileiro: [...] um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando a uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde (OPAS, 2002, p. 24) Porém, o conceito mais utilizado na atualidade é o de Hepler e Strand, que assume um modelo de prática em que o farmacêutico interage com o paciente objetivando o atendimento de suas necessidades voltadas aos medicamentos. Dessa forma, o fortalecimento das habilidades clínicas do farmacêutico é essencial. Vejamos como a Farmácia Clínica é definida pela Resolução nº 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia: Área da Farmácia, voltada à ciência e à prática do uso racional de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar, e prevenir doenças. A Farmácia Clínica também orienta a prática profissional por meio de modelos de prática. (CFF, 2013a, n. p.) O estabelecimento dos novos conceitos e práticas do farmacêutico no cuidado da comunidade gerou mudanças na farmácia comunitária no Brasil, envolvendo diversos segmentos — o sistema que reúne o Conselho Federal de Farmácia (CFF) e os conselhos regionais de Farmácia (CRFs), o Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), acadêmicos, estudantes, entre outros. Entre as mudanças observadas, está o crescimento, nos últimos anos, do número de serviços farmacêuticos em hospitais, ambulatórios, unidades de saúde (atenção primária) e farmácias comunitárias, públicas e privadas, o que indica a importância do farmacêutico como profissional da saúde no Sistema Único de Saúde. Saiba mais O estabelecimento da atenção farmacêutica foi essencial para a regulamentação das atribuições clínicas dos farmacêuticos no Brasil por meio das Resoluções nº 585/2013 e nº 586/2013 do Conselho Federal de Farmácia. Além disso, como parte importante desse processo, foi publicada em 2014 a Lei nº 13.021, que redefiniu a farmácia como um estabelecimento de saúde para fornecer assistência farmacêutica, cuidados em saúde, orientação em saúde, individual e coletiva, dispensação de medicamentos, cosméticos e outros produtos farmacêuticos relacionados. Na atualidade, a atuação do farmacêutica junto da sociedade se dá nos serviços farmacêuticos, que são práticas do cuidado farmacêutico nos diferentes níveis do serviço de saúde. Cuidado e serviços farmacêuticos O que é cuidado farmacêutico? O cuidado farmacêutico é um modelo de prática que orienta a provisão de uma variedade de serviços farmacêuticos ao paciente, sua família e comunidade, por meio da ação integrada do farmacêutico com a equipemultiprofissional de saúde. Centrado no usuário, esse modelo visa à promoção, proteção, recuperação da saúde e prevenção de agravos; bem como à resolução de problemas da farmacoterapia e ao uso racional dos medicamentos. Os farmacêuticos que assumem o cuidado como seu modelo de prática profissional têm a responsabilidade de atuar para atender a todas as necessidades de saúde do paciente no seu âmbito profissional e podem ser denominados farmacêuticos clínicos. O processo de realização do cuidado se dá por determinadas etapas, de abordagem lógica e sistemática, aplicáveis a diferentes cenários, níveis de atenção e perfis de pacientes. Vejamos agora com mais detalhes: As práticas relacionadas aos cuidados farmacêuticos são empregadas aos pacientes e para a sociedade por meio dos serviços farmacêuticos. Esses serviços podem ser tanto com o objetivo de educar e fazer rastreamento em saúde, quanto realizar a dispensação de medicamentos e manejo de problemas de saúde autolimitados. Além disso, devido à expertise dos profissionais em identificar, prevenir e resolver problemas relacionados à farmacoterapia (PRM), podem ser prestados serviços como: Primeira etapa Corresponde ao acolhimento do paciente ou identificação da demanda. A porta de entrada do paciente pode se dar por encaminhamento de outro profissional de saúde, pela busca pelo paciente por meio de contato telefônico, por solicitação do próprio paciente, entre outras formas. Segunda etapa O farmacêutico faz a identificação das necessidades de saúde, o que exigirá uma coleta de dados mediante a realização de anamnese farmacêutica e a verificação de parâmetros clínicos, quando necessário. Terceira etapa Há o delineamento e a implantação de um plano de cuidado com a participação do paciente, que inclui as intervenções e condutas para a resolução dos problemas elencados. Quarta etapa Após a implantação do plano de cuidado, é necessário avaliar os resultados e a evolução do quadro clínico em uma consulta de retorno ou contato com o paciente. Conciliação de medicamentos Monitorização terapêutica de medicamentos Revisão da farmacoterapia Gestão da condição de saúde Acompanhamento farmacoterapêutico Tais serviços podem ser realizados em diferentes lugares de prática, incluindo farmácia comunitária, leito hospitalar, farmácia hospitalar, serviços de urgência e emergência, serviços de atenção primária à saúde, ambulatório, domicílio do paciente, instituições de longa permanência, entre outros, segundo regulamentação específica. E ainda devem ser ofertados de acordo com as necessidades de saúde do paciente. Cada paciente poderá ter uma demanda e pode ser ofertado mais de um serviço farmacêutico simultaneamente. Serviços farmacêuticos: de�nições Vamos agora verificar as definições para os serviços farmacêuticos que são diretamente destinados ao paciente: Rastreamento em saúde Educação em saúde Dispensação Manejo de problemas de saúde autolimitados Monitorização terapêutica de medicamentos Conciliação de medicamentos Revisão da farmacoterapia Gestão da condição de saúde Na imagem a seguir, estão esquematizados os serviços farmacêuticos diretamente relacionados ao paciente, à família e à sociedade, bem como as suas finalidades: Necessidades de saúde do paciente, da família e da comunidade e os serviços farmacêuticos correspondentes. Farmácia clínica: atribuições do farmacêutico clínico As atribuições dos farmacêuticos clínicos, como vimos anteriormente, visam ao uso racional e seguro dos medicamentos pelos pacientes, pela identificação e redução ao mínimo possível de problemas relacionados a medicamentos, impedindo resultados negativos a medicamentos, promovendo o bem-estar e prevenindo doenças. Tais atividades podem ser realizadas nos diferentes níveis de complexidade do serviço de saúde: em postos de saúde, ambulatórios, home care, hospitais, entre outros. No Brasil, as atribuições clínicas do farmacêutico são regulamentadas pela Resolução nº 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia. Elas buscam atender às necessidades de saúde do paciente, da família/cuidadores e da sociedade, e são exercidas em conformidade com as políticas de saúde, com as normas sanitárias e as normas da instituição à qual esteja vinculado o profissional. São divididas em três categorias, que veremos a seguir a partir dos seus principais pontos: Mundialmente, por meio dos resultados dos serviços farmacêuticos, são gerados indicadores de segurança do paciente que fazem parte de processos de avaliação da qualidade dos serviços de saúde. Por exemplo, é o caso do processo de acreditação hospitalar, que é um método de certificação voluntário pelo qual se busca promover a qualidade da assistência no setor hospitalar por meio de padrões rigorosos previamente definidos. Os principais órgãos internacionais de acreditação são: Organização Nacional de Acreditação (ONA), Joint Commission International (JCI), Acreditação Nacional Integrada para Organização de Saúde (NIAHO) e a Accreditation Canadá (Qmentum). Vejamos exemplos de indicadores para cada serviço farmacêutico: Acompanhamento farmacoterapêutico Cuidado à saúde Comunicação e educação em saúde Gestão da prática, produção e aplicação do conhecimento Conciliação medicamentosa P t d ili õ li d i t l d t A evolução dos cuidados farmacêuticos e da farmácia clínica Neste vídeo, o especialista resolverá questões abordando pontos importantes da evolução dos conceitos de farmácia clínica, cuidados farmacêuticos e serviços farmacêuticos. Porcentagem de conciliações realizadas em um intervalo de tempo. Porcentagem de medicamentos que não foram conciliados na prescrição médica no momento da transição do cuidado que deveriam ser mantidos. Acompanhamento farmacoterapêutico Porcentagem de intervenções farmacêuticas realizadas em um intervalo de tempo. Porcentagem de intervenções por classificação de tipo em um intervalo de tempo. Porcentagem de antimicrobianos prescritos após período máximo de tratamento estimado. Porcentagem de aceitação de substituição de forma farmacêutica de antimicrobianos na terapia sequencial. Dispensação Ocorrência de erros de medicação realizados na dispensação. Porcentagem de devolução de medicamentos de acordo com os motivos. Monitoramento da terapêutica Taxa de eventos adversos relacionados a medicamentos que possuem marcadores biológicos. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 (Adaptada de 2009 – UFPR – Residência multiprofissional) Considerando aspectos conceituais e filosóficos da assistência farmacêutica, farmácia clínica e atenção farmacêutica, assinale a alternativa correta. A O conceito de atenção farmacêutica direciona o exercício profissional do farmacêutico para o entendimento dos medicamentos, particularmente com relação aos aspectos de qualidade do produto, seu foco de atenção principal. B A atenção farmacêutica pode ser considerada, historicamente, uma consequência do desenvolvimento da farmácia clínica e está amplamente ligada a ela, uma vez que tem nela sua origem. Parabéns! A alternativa B está correta. %0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c- paragraph'%3EA%20farm%C3%A1cia%20cl%C3%ADnica%20surge%20na%20d%C3%A9cada%20de%201960%20e%20aproxima%20o%20farmac%C3%A Questão 2 No Brasil, as atribuições clínicas do farmacêutico são regulamentadas pela Resolução nº 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia. Assinale a alternativa que contempla corretamente as categorias das atribuições do farmacêutico clínico, de acordo com essa resolução. Parabéns! A alternativa D está correta. %0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c- paragraph'%3EAs%20atribui%C3%A7%C3%B5es%20cuidado%20%C3%A0%20sa%C3%BAde%2C%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20e%20educa%C3% C A assistência farmacêutica consiste no acompanhamento criterioso do uso de medicamentos, com o objetivo de obter resultados positivos da terapêuticafarmacológica. D Durante a etapa considerada “tradicional” da história da profissão farmacêutica no século XX, o papel central do farmacêutico comunitário consistia em dispensar medicamentos industrializados, associando ou não essa ação a orientações ao paciente. E Atenção farmacêutica é mais ampla e abrange a assistência farmacêutica. A Otimização da farmacoterapia; uso racional de medicamentos; e treinamento de RH. B Participação em comissões; seguimento farmacoterapêutico; e cuidado à saúde. C Cuidado à saúde; anamnese farmacêutica; e gestão da prática, produção e aplicação do conhecimento. D Cuidado à saúde; comunicação e educação em saúde; e gestão da prática, produção e aplicação do conhecimento. E Otimização da farmacoterapia; gestão de estoque; e anamnese farmacêutica. 2 - Introdução à semiologia farmacêutica e à indicação farmacêutica e terapêutica Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de reconhecer conceitos importantes relacionados aos cuidados farmacêuticos e à farmácia clínica, bem como o processo de prática do pro�ssional na atividade clínica. O farmacêutico na promoção do autocuidado responsável Nas últimas duas décadas, nota-se um movimento mundial no sentido de capacitação do profissional farmacêutico na atuação em tratamentos de transtornos menores por meio do cuidado farmacêutico na atenção primária. Transtorno menor é aquele que envolve um autocuidado com tomada de decisão, um processo de auto-observação, percepção dos sintomas e julgamento da gravidade para a escolha de um tratamento pelo indivíduo. Alguns exemplos são: resfriados, tosses, indigestão etc. Nessas condições, são empregados pela automedicação, em sua maioria, medicamentos isentos de prescrição (MIPs). Comentário A capacidade da população de se “autocuidar” tem sido observada como forma de promoção e prevenção de doenças e vantagens econômicas para o sistema de saúde. O conceito autocuidado coloca a responsabilidade dos indivíduos por sua própria saúde e bem-estar. É um conceito amplo que engloba atividades para estabelecer e manter a saúde e para prevenir problemas de saúde. A Organização Mundial da Saúde define o autocuidado como “a capacidade de indivíduos, famílias e comunidades de promover a saúde, prevenir doenças e manter a saúde e lidar com doenças e deficiências com ou sem o apoio de um prestador de cuidados de saúde” (OMS, 2021, n. p., tradução nossa). Em seu sentido mais amplo, o autocuidado é, portanto, qualquer ação ou atividade que os indivíduos ou comunidades fazem para manter a saúde física e mental. O autocuidado tem sido descrito como um processo contínuo em que o indivíduo inicia com escolhas sobre saúde (por exemplo, fazer exercícios), passando a gerenciar suas próprias doenças (por exemplo, automedicação) por conta própria ou com ajuda. À medida que as pessoas progridem nesse processo, mais facilitação por parte de outros é necessária, até que uma pessoa precise de cuidado gerenciado. A automedicação é um elemento do autocuidado definido como a seleção e o uso de medicamentos por indivíduos para tratar doenças autorreconhecidas ou sintomas. A maneira como esses medicamentos são disponibilizados ao público varia de país para país, mas todos são aprovados pelas agências reguladoras como seguros e eficazes para as pessoas selecionarem e usarem sem a necessidade de supervisão ou intervenção médica. Apesar de segurança e eficácia determinada, os medicamentos isentos de prescrição também possuem descritas reações adversas, por vezes muito bem caracterizadas, assim como as interações medicamentosas, fatores esses de desejável análise prévia ao uso pelo indivíduo. A maioria das compras de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) são feitas pelo consumidor sozinho, usando as informações do produto da embalagem para tomar uma decisão informada sobre a compra. Quando os consumidores procuram ajuda no ponto de compra, isso pode ser denominado automedicação facilitada. Os MIPs adquiridos em farmácias põem os funcionários em uma posição forte para facilitar a tomada de decisão de autocuidado pelos consumidores, pois a interlocução ocorre por meio de um balconista ou do farmacêutico. Resumindo Para promover o processo de autocuidado responsável e a automedicação facilitada, os profissionais de saúde que permeiam a rotina dos indivíduos devem, por meio de orientações e cuidados profissionais, atuar para a qualidade de vida dos indivíduos. Em relação aos MIPs, cabe ao farmacêutico realizar a indicação farmacêutica, que consiste em orientar os pacientes por meio de informações e aconselhamento, para que façam uso da melhor opção da terapêutica. Prescrição farmacêutica No Brasil, foi regulamentada a prescrição farmacêutica pela Resolução nº 586 de 2013 do Conselho Federal Farmácia, sendo esse o ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde e à prevenção de doenças e outros problemas de saúde. Precisamos, nesse ponto, refletir sobre o ato de realizar uma prescrição farmacêutica. Relembrando Nessa reflexão, devemos considerar o histórico das atividades do farmacêutico na sociedade: ainda como boticário, como vimos no módulo 1, a habilidade técnica exercida era voltada para a necessidade dos indivíduos, com o desenvolvimento de fórmulas magistrais e a orientação de como usar adequadamente o produto individualizado, o que fundamentava o princípio do cuidado pelo profissional que posteriormente viria a ser denominado farmacêutico. A Revolução Industrial causou escalas inimagináveis no desenvolvimento tecnológico e na disponibilidade comercial dos produtos farmacêuticos, e a classe profissional não estava preparada para criar estratégias de adaptação do cuidado farmacêutico nesse cenário. Foi observado o distanciamento do paciente do farmacêutico com a transição das antigas boticas em farmácias que eram verdadeiramente centros comerciais e a transformação do farmacêutico em um administrador que, por vezes, nem mesmo entregava os medicamentos aos indivíduos, pois o aumento da demanda provocou a necessidade de mais trabalhadores nas farmácias, como os balconistas, que, sem conhecimento técnico, eram a categoria que se encontrava frente a frente com os indivíduos para realizar o definido serviço farmacêutico, a dispensação de medicamentos. Ao longo de décadas, pesquisadores e profissionais das Ciências Farmacêuticas buscam reorientar a profissão de forma a reaver a centralização do profissional na orientação ao paciente no cuidado em saúde, com o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a promoção do uso racional de medicamentos fomentadas em todo o mundo e reafirmadas pela Organização Mundial da Saúde, que, atualmente, por exemplo, discute ações de controle da crise sanitária e econômica que o uso irracional de antimicrobianos trará ao planeta. Entre as inúmeras estratégias instauradas ao longo dos tempos, estão as políticas de inserção do profissional nas equipes multidisciplinares, a obrigatoriedade da presença dos farmacêuticos em farmácias comunitárias e hospitalares, a criação de núcleos de atenção à comunidade com protocolos de promoção ao uso racional de medicamentos, com intenso destaque para a discussão da importância da prática do farmacêutico no que tange às orientações à equipe de saúde, paciente e, cuidadores no uso adequado dos medicamentos e terapias, sejam eles isentos de prescrição ou não. Atenção! O processo de formalização legal de uma orientação documentada de medicamentos e terapias que, de acordo com as políticas públicas de saúde vigentes não precisam de prescrição, é um tanto redundante. Precisamos inferir a essa resolução a consciência de que orientar o uso adequado de medicamentos é um dever, seja pela indicação de um MIP ou uma revisão de farmacoterapia, pois essa é a função do profissional farmacêutico atuante no cuidado. Portanto,precisamos desenvolver nossas habilidades técnicas para alcançar os maiores níveis de qualidade nos serviços farmacêuticos que iremos realizar. Concluímos que a formalização legal da prescrição farmacêutica é uma normatização do dever do farmacêutico em relação ao cuidado. Ela demonstra a necessidade de a classe farmacêutica ter o reconhecimento dessa prática que há muito tempo permeia como uma atividade principal do farmacêutico nas políticas nacionais de assistência farmacêutica e práticas na atenção primária, por exemplo, com a inserção do profissional farmacêutico nos núcleos de assistência a família com a promoção de protocolos de cuidado nos cenários de tabagismo, diabetes etc. Ao estudar a temática da prescrição farmacêutica, devemos compreender sua construção como um raciocínio lógico para alcançarmos a orientação em saúde individualizada à necessidade do paciente, dentro das habilidades farmacêuticas que desenvolvemos durante o curso de graduação e que manteremos atualizados e em construção posteriormente em cursos de especialização. Bases da prescrição farmacêutica As bases da indicação farmacêutica e terapêutica de medicamentos e terapias são: Necessidades do paciente A escuta atenta ao paciente e/ou cuidador é uma ferramenta de identificação de pontos críticos no processo de identificação de problemas de saúde e daqueles relacionados ao medicamento. Melhores evidências cientí�cas Em todos os serviços farmacêuticos, a utilização de dados confiáveis por meio da seleção de fontes preconizadas e protocolos clínicos validados é essencial para a qualidade do serviço prestado. Princípios éticos Toda e qualquer conduta realizada, no que tange à profissão, é orientada por princípios éticos do Código de Ética Farmacêutica. Conformidade com as políticas de saúde vigentes Os serviços farmacêuticos são regulamentados e direcionados pelas políticas de saúde vigentes e devem ser continuamente atualizados conforme atualização dessas. No raciocínio lógico da construção da indicação farmacêutica e terapêutica, o farmacêutico deverá dispor de conhecimentos técnicos que deverão abranger os seguintes aspectos: Atenção! Os aspectos acima apresentados demonstram o quanto nossa atuação no cuidado ao paciente requer conhecimento e habilidades técnicas que vão além do nosso currículo base da graduação. Os treinamentos em serviço, como as residências multiprofissionais em Farmácia, os cursos de especialização em Farmácia Clínica, Farmacovigilância e todos aqueles voltados para a prática nos serviços farmacêuticos são pré-requisitos para a capacitação profissional e qualidade do cuidado ofertado. Portanto, na atualidade, somente a formalização da prescrição farmacêutica de maneira legal não é critério para que os farmacêuticos regularmente inscritos no CFF estejam aptos para desenvolver tal atividade, que engloba uma demanda de habilidades maior que o ofertado hoje nos currículos de graduação. Boas práticas de prescrição Foram definidas na Resolução nº 586/2013 do CFF quanto à forma de documentação e seguem as bases descritas anteriormente. Fisiopatologia É uma convergência da patologia (descreve condições observadas durante um estado de doença) com a fisiologia (descreve processos ou mecanismos do corpo humano). Dessa maneira, a fisiopatologia investiga alterações nos processos fisiológicos que causam doenças ou lesões em um indivíduo. Semiologia São estudos dos sinais e sintomas das doenças humanas. Importante para o diagnóstico de grande parte das doenças. Comunicação interpessoal É a comunicação que permite a troca entre indivíduos com base em sua construção cultural, formação educacional, vivências e emoções. Farmacologia clínica e terapêutica É o estudo e a prática do uso racional de medicamentos em que os farmacêuticos realizam o cuidado de forma a otimizar a farmacoterapia, promovendo a saúde e a prevenção de doenças. Como elaborar uma prescrição farmacêutica Entenda, por meio de um estudo de caso, as bases para a elaboração de uma prescrição farmacêutica. Semiologia farmacêutica A semiologia farmacêutica consiste no reconhecimento de necessidades e problemas de saúde do paciente, a partir de uma demanda ou queixa apresentada, e na seleção das melhores intervenções possíveis, a fim de obter resultados ótimos em saúde, reduzir a morbimortalidade relacionada a medicamentos e melhorar a qualidade de vida do paciente. Ela consiste em um processo estruturado baseado em raciocínio clínico no atendimento/consulta farmacêutica, e prevê algumas ações, que veremos em seguida. Acolhimento É o primeiro momento entre o profissional e o paciente, em que deve se estabelecer uma relação de respeito, comprometimento e confiança. O farmacêutico deve manter uma escuta atenta e expressar seu interesse e comprometimento com as questões do paciente. É importante apresentar o propósito das questões abordadas e do cuidado prestado e solicitar ao paciente que coloque suas questões relacionadas à saúde e aos medicamentos, permitindo que ele exponha suas necessidades ou expectativas em relação à consulta e estabeleça uma relação de planejamento compartilhado, priorizando questões a serem discutidas considerando os objetivos do farmacêutico e as necessidades do paciente. Anamnese farmacêutica Procedimento de coleta de dados sobre o paciente, realizado pelo farmacêutico por meio de entrevista, com a finalidade de conhecer sua história de saúde, elaborar o perfil farmacoterapêutico e identificar suas necessidades relacionadas à saúde. A anamnese farmacêutica compreende: Investigação do estado clínico atual de cada problema de saúde do paciente Levantamento do histórico completo de medicamentos Investigação das dificuldades no uso dos medicamentos Identificação e priorização de problemas relacionados à farmacoterapia Plano de cuidado Planejamento documentado para a gestão clínica das doenças, de outros problemas de saúde e da terapia do paciente, delineado para atingir os objetivos do tratamento. Inclui: As responsabilidades e atividades pactuadas entre o paciente e o farmacêutico. É importante pactuar com o paciente um planejamento, se necessário priorizando as questões relacionadas aos objetivos e necessidades do paciente. A definição das metas terapêuticas. As intervenções farmacêuticas. A indicação farmacêutica e terapêutica, caso haja. As ações a serem realizadas pelo paciente e o agendamento para retorno e acompanhamento. A necessidade de direcionamento do paciente para outro profissional de saúde para avaliação complementar e diagnóstica. Acompanhamento e avaliação dos resultados O farmacêutico deve acompanhar o alcance dos objetivos das intervenções selecionadas. Para isso, orienta-se considerar a identificação precoce de problemas que interferem na obtenção dos resultados terapêuticos desejados, como a inefetividade de medicamentos ou o surgimento de reações adversas. Esse procedimento deve ser feito por meio da reavaliação dos sinais e sintomas apresentados inicialmente pelo paciente, assim como pela análise da sua evolução. Ele pode evidenciar quatro diferentes resultados: resolução de necessidades e problemas de saúde do paciente, melhora parcial, ausência de melhora ou piora dos sinais e sintomas. Evolução farmacêutica É registro efetuado no prontuário do paciente, com o objetivo de documentar o cuidado realizado, sendo, portanto, uma ferramenta de comunicação entre os diversos profissionais da equipe multiprofissional de saúde. Um método de registro utilizado é o anagrama SOAP, em que são relatados dados subjetivos, objetivos, avaliação e plano de cuidado. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 (2017 – UPENET/IAUPE – UPE – UPENET/IAUPE – Farmacêutico) Assinale a alternativa à qual corresponde o seguinte texto: procedimento de coleta de dados sobre o paciente, realizada pelo farmacêutico por entrevista, com a finalidade de conhecer sua história de saúde, elaborar o perfilfarmacoterapêutico e identificar suas necessidades relacionadas à saúde. Parabéns! A alternativa A está correta. %0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c- paragraph'%3EDentro%20da%20semiologia%20farmac%C3%AAutica%2C%20a%20anamnese%20%C3%A9%20o%20processo%20que%20envolve%20e A Anamnese farmacêutica B Assistência farmacêutica C Consulta farmacêutica D Evolução farmacêutica E Cuidado centrado no paciente Questão 2 (Adaptada de 2017 – UFAL – Residência multiprofissional). Dadas as afirmativas: I. Plano de cuidado é o planejamento documentado do trabalho farmacêutico no âmbito da dispensação. Inclui os medicamentos a serem dispensados, os medicamentos dispensados de fato, os medicamentos administrados e os medicamentos devolvidos sem administrar e o agendamento para retorno e o acompanhamento. II. Evolução farmacêutica corresponde aos registros efetuados pelo farmacêutico no prontuário do paciente com a finalidade de documentar o cuidado em saúde prestado, propiciando a comunicação entre os diversos membros da equipe de saúde. III. Anamnese farmacêutica é o procedimento de coleta de dados sobre o paciente, realizada pelo farmacêutico, por meio de entrevista, com a finalidade de conhecer sua história de saúde, elaborar o perfil farmacoterapêutico e identificar suas necessidades relacionadas à saúde. Está correto o que se afirma em Parabéns! A alternativa E está correta. %0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c- paragraph'%3EFazem%20parte%20da%20semiologia%20farmac%C3%AAutica%20o%20processo%20de%20anamnese%20farmac%C3%AAutica%2C% A I. B III. C I e II. D I e III. E II e III. 3 - Importância da boa comunicação interpro�ssional e do aconselhamento ao paciente Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de reconhecer a importância da comunicação interpro�ssional efetiva e do aconselhamento ao paciente. Comunicação interpro�ssional A comunicação é o meio pelo qual o ser humano expressa seus saberes, reflexões e vontades. Por meio da fala, expressão corporal, escrita, sinais e sons, criamos conexão com o meio em que vivemos. Ao longo da nossa vivência profissional, no ambiente em que realizamos nossas atividades profissionais, a comunicação com as pessoas que compartilham desse segmento conosco é ferramenta estratégica para a otimização da qualidade dos serviços prestados. Isso acontece pois o fluxo de informações interprofissionais padronizado, acessível, dinâmico e fluido permite que sejam minimizadas possíveis barreiras que impedem o alcance da qualidade do serviço, tais como: as hierarquias profissionais, análise segmentada dos processos, retrabalho, entre outros. Na área da Saúde, isso não é diferente. Nos serviços de saúde, atuamos em equipes multiprofissionais em que o cuidado prestado é realizado por profissionais distintos que precisam orquestrar suas ações de maneira a ofertar o melhor cuidado possível ao paciente. O SUS preconiza a comunicação como elemento fundamental para a atenção à saúde com integralidade, ou seja, por meio da comunicação é possível que suas ações sejam articuladas e contínuas, a fim de prestar serviços preventivos e curativos, a nível individual e coletivo, em todos os níveis de complexidade do sistema. Mas o que é a comunicação interprofissional? A comunicação interprofissional é a capacidade de comunicação efetiva, ou seja, de maneira clara, oportuna, precisa, completa, sem ambiguidade, compreendida por todos, especialmente de diferentes profissões, e colaborativa. Saiba mais A comunicação interprofissional é a segunda meta internacional para a segurança do paciente, instituída pela Joint Commission International juntamente com a Organização Mundial da Saúde. O alcance da comunicação interprofissional de maneira efetiva e colaborativa permite o estabelecimento de relacionamentos no ambiente de trabalho que integram os conhecimentos técnicos de maneira que os profissionais reconhecem o trabalho um do outro e suas especificidades promovendo um cuidado mais seguro e humanizado. Na atualidade, o perfil de trabalho uniprofissional, na área de Saúde, em que o paciente é visto e cuidado de forma segmentada, sendo cada profissional responsável por uma anamnese individual e não compartilhada, perde cada vez mais espaço para um modelo interprofissional, em que se estabelece uma relação interdependente entre os profissionais. Nessa perspectiva, o paciente é visto em um todo, e a colaboração entre os profissionais é uma exigência para que se alcance um objetivo comum no cuidado por meio de um plano de cuidado compartilhado. A interprofissionalidade é conduzida por meio de intensa comunicação interprofissional nas equipes de saúde e estratégias organizacionais como rounds multiprofissionais, protocolos clínicos multiprofissionais, dentre outros, que são pontos-chave para o bom desenvolvimento. E quais são as vantagens da comunicação interprofissional efetiva? Favorece o trabalho multipro�ssional e interpro�ssional Otimiza o cuidado contínuo ao paciente Promove ações de educação em saúde Minimiza a ocorrência de riscos e efeitos adversos Contribui para a segurança do paciente Barreiras para a comunicação interpro�ssional Como toda estratégia de aplicação prática, a comunicação interprofissional possui barreiras para seu desenvolvimento que precisam ser identificadas e desconstruídas. Veremos, agora, alguns exemplos dessas barreiras, bem como as respectivas problemáticas e medidas de desconstrução: Ações de promoção da comunicação nos serviços farmacêuticos As ações do cuidado farmacêutico nos diferentes níveis da atenção à saúde se dão por meio dos serviços farmacêuticos, de forma a promover o uso adequado e seguro dos medicamentos. Para a OMS, entre as metas de segurança do paciente, estão: Meta 2 Melhorar a comunicação interprofissional. Meta 3 Melhorar a segurança na prescrição, na administração e no uso de medicamentos. Para o cumprimento dessas metas, as ações de comunicação nos serviços farmacêuticos são fundamentais. Vejamos a importância da comunicação interpessoal efetiva em cada um dos serviços farmacêuticos: Ausência de rotinas regulares e planejadas de comunicação entre os profissionais Fragilidade na interação e no uso do diálogo que favoreça o trabalho em equipe Ambiência desfavorável Jornada de trabalho dos profissionais da saúde Dispensação Manejo de problemas de saúde autolimitados Monitorização terapêutica de medicamentos Conciliação de medicamentos Revisão da farmacoterapia Gestão da condição de saúde Acompanhamento farmacoterapêutico Aconselhamento ao paciente A promoção das práticas de orientação ao paciente, ao cuidador e à comunidade é estratégia essencial no cuidado à saúde pelos profissionais. Por meio do autocuidado, o indivíduo mantém e previne agravos à saúde e, para que esse seja realizado de maneira apropriada, o indivíduo precisa receber informações claras e elucidativas. Quando necessário, a orientação deve ser passada de maneira individualizada, ao paciente, cuidador e comunidade. Isso deve fazer parte da rotina nos serviços de saúde. O aconselhamento do paciente tem como características: Escuta ativa Atendimento individualizado Centrado no paciente Desenvolve-se a partir do estabelecimento de confiança entre os interlocutores, com o objetivo de que o paciente tenha a possibilidade de ser o sujeito de sua própria saúde e melhorar sua qualidade de vida. Pode ser realizado de diversas maneiras e inúmeras ferramentas podem ser utilizadas. São componentes do aconselhamento do paciente: Educação em saúde Troca de informações entre profissional da saúde e paciente com esclarecimento de dúvidas. Pode ser realizado individualmente ou em grupo, por meio de atividades interativas ou somente diálogo. Apoio emocional O profissional da saúde deve manter escuta ativa, atento às fragilidades trazidas pelo paciente, mantendo posição de acolhimento para que se estabeleça uma relaçãode confiança. Apresentação e negociação do plano de cuidado O profissional da saúde deve elaborar plano de cuidado e adequá-lo às necessidades e limitações do paciente, atentando às solicitações de modificação solicitadas pelo paciente, a fim de que o produto final seja baseado em um acordo para posterior avaliação dos resultados. Quando o aconselhamento do paciente é realizado de forma adequada, gera inúmeros benefícios: O paciente é capaz de reconhecer suas necessidades. Estabelece-se uma relação de confiança entre o profissional da saúde e o paciente. A adesão ao tratamento aumenta. O paciente desenvolve habilidades para aceitar conviver com os possíveis efeitos colaterais dos tratamentos. A participação do paciente nas decisões sobre sua condição de saúde e autocuidado, pois aumenta seu nível de informação. Estimula a motivação do paciente para o autocuidado. E como se dá o aconselhamento farmacêutico? O aconselhamento farmacêutico se dá nos diversos pontos da atenção à saúde, seja na atenção básica, ambulatorial ou hospitalar. O processo de aconselhar e orientar o paciente deve ser estabelecido conforme vimos acima, e algumas estratégias específicas são utilizadas no que diz respeito aos medicamentos: O farmacêutico deve utilizar linguagem simples e adaptada ao nível de compreensão do paciente. Exemplo: o paciente pode conhecer o medicamento de uso regular apenas pelo nome comercial e, muitas vezes, esse será o caminho para a orientação do uso adequado, e não a utilização da denominação comum brasileira. O farmacêutico poderá utilizar ferramentas como imagens, cores e símbolos para organizar o plano de cuidado e organização dos medicamentos no que diz respeito aos horários de tomadas, dose e etc. O aconselhamento em equipe multiprofissional deve ser considerado quando o medicamento está presente na orientação do paciente por diferentes categorias profissionais. Exemplo: paciente não possui via oral para administração dos medicamentos. Utiliza sonda gastroentérica para alimentação, e os medicamentos serão administrados por ela. O aconselhamento conjunto entre equipe médica, farmácia, nutrição e enfermagem traz grande benefício para o paciente/cuidador. A negociação entre o profissional e o paciente deve acontecer de maneira a melhorar a adesão ao tratamento. Exemplo: prescrito pelo médico para uso regular diurético (furosemida) pela manhã e noite, 10h e 22h, respectivamente. Paciente relata não fazer uso no horário noturno, pois o medicamento faz com que vá ao banheiro inúmeras vezes ao longo da noite atrapalhando a qualidade do seu sono. O farmacêutico pode adequar o intervalo entre as doses, por exemplo 6h e 16h, com a segunda tomada no fim da tarde para reduzir o incômodo com a diurese noturna. Por fim, o farmacêutico deve se manter acessível, oferecendo formas de contato profissional, seja por endereço, telefone ou e-mail, para esclarecimento de dúvidas que surjam após o aconselhamento. Comunicação interpessoal - Verdadeiro ou falso? Neste vídeo, o especialista ajuda na compreensão das afirmações apresentadas sobre a comunicação interpessoal. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Marque a opção que contempla barreira para a comunicação interprofissional efetiva: Parabéns! A alternativa B está correta. %0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c- paragraph'%3EA%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20interprofissional%20%C3%A9%20uma%20das%20metas%20internacionais%20para%20a%20seg Questão 2 O aconselhamento do paciente pelo profissional farmacêutico centrado nas necessidades em relação ao medicamento deve A Unidade de saúde grande, rotinas rígidas de encontros multiprofissionais e prontuário eletrônico. B Ausência de prontuário digital, falta de planejamento de encontros multiprofissionais para discussão de casos e diálogo centrado em condutas de uma profissão. C Jornadas de trabalho que permitem participação em discussão de casos, sistema eletrônico hospitalar eficiente e disponível a toda a equipe e uso de siglas em diálogos multiprofissionais. D Ações de educação continuada sobre interdisciplinaridade, falta de salas de reunião e espaços comuns para as equipes e uso de siglas em diálogos multiprofissionais. E Diálogo centrado no paciente, apresentação de demandas do paciente por diferentes categorias e prontuário físico. A envolver escuta ativa, apoio emocional e negociação do plano de cuidado. B envolver fala centrada no paciente, distanciamento e plano de cuidado somente com descrição DCB. C não utilizar ferramentas alternativas, não considerar questões individuais do paciente e promover aconselhamento conjunto com outros profissionais. Parabéns! A alternativa A está correta. %0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c- paragraph'%3EEssa%20alternativa%20engloba%20os%20elementos%20fundamentais%20para%20a%20troca%20do%20farmac%C3%AAutico%20com Considerações �nais Como vimos, o cuidado farmacêutico e a farmácia clínica são atividades que, ao longo do tempo, têm sofrido aprimoramentos para a colocação do profissional farmacêutico na promoção da saúde e prevenção de doenças. Verificamos o quão abrangentes são os serviços farmacêuticos e como podemos atuar em diferentes níveis do cuidado em saúde, colaborando com a equipe multiprofissional na otimização do uso seguro e racional dos medicamentos, além de promover o autocuidado responsável pelos indivíduos. Os cuidados farmacêuticos e a farmácia clínica são temas extensos que precisam ser explorados com profundidade para melhor desenvolvimento das habilidades dos profissionais, a fim de atender à demanda do cuidado centrado no paciente. Podcast Para finalizar, ouça este podcast sobre os principais conceitos abordados no conteúdo, enfatizando a importância dos cuidados farmacêuticos e da farmácia clínica para a saúde coletiva no Brasil. D envolver escuta ativa e utilização de linguagem simples, além de não utilizar símbolos quando paciente tiver limitações que dificultem a compreensão da escrita. E envolver fala centrada no paciente, utilização de linguagem técnica, além de não considerar questões individuais. Referências ANGONESI, D.; SEVALHO, G. Atenção farmacêutica: fundamentação conceitual e crítica para um modelo brasileiro. Ciência & saúde coletiva, v. 15, suppl. 2, p. 3603-3614, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.916, de 30 de outubro de 1998. Aprova a Política Nacional de Medicamentos. Brasília: DF, 1998. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº 338, de 6 de maio de 2004. Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Brasília: DF, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Saúde da Família. Gestão do Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica. Brasília, DF: MS, 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Capacitação para implantação dos serviços de clínica farmacêutica. 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Para compreender melhor a importância dos cuidados farmacêuticos na atenção básica, leia o artigo Cuidados farmacêuticos na atenção básica de saúde: uma experiência do PET-FARMACIA/UEPB, com pacientes hipertensos, de autoria de Alícia Santos de Moura e colaboradores, publicado no III Conbracis.
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