Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Introdução aos cuidados farmacêuticos e à farmácia clínica
Prof.ª Larissa Abrahão da Cruz
Descrição
O desenvolvimento do profissional farmacêutico ao longo do tempo
como membro da equipe multiprofissional de saúde e suas atividades
para a promoção do uso racional do medicamento na sociedade.
Propósito
Acompanhar a construção histórica da atuação do farmacêutico
centralizada no paciente e conhecer conceitos e práticas que foram
desenvolvidos nesse caminho é essencial para que o profissional
farmacêutico estimule e identifique a importância do desenvolvimento e
da qualificação técnica nessa área.
Objetivos
Módulo 1
Evolução dos cuidados farmacêuticos e da
farmácia clínica
Identificar a evolução dos cuidados farmacêuticos e da farmácia
clínica ao longo do tempo.
Módulo 2
Introdução à semiologia farmacêutica e à
indicação farmacêutica e terapêutica
Reconhecer conceitos importantes relacionados aos cuidados
farmacêuticos e à farmácia clínica, bem como o processo de prática
do profissional na atividade clínica.
Módulo 3
Importância da boa comunicação
interpro�ssional e do aconselhamento ao
paciente
Reconhecer a importância da comunicação interprofissional efetiva e
do aconselhamento ao paciente.
Introdução
A área das Ciências Farmacêuticas nos proporciona diversos
caminhos para o conhecimento que corroboram com a promoção
e cuidado em saúde dos indivíduos e da sociedade. Aprendemos
a manipular, otimizar processos de produção industrial,
desenvolver novos fármacos, garantir qualidade física, química e
microbiológica de produtos farmacêuticos e, como possibilidade,
estará em nosso trajeto participar do processo do cuidado direto
ao paciente por meio da grande área de assistência farmacêutica,
na qual o cuidado farmacêutico e a farmácia clínica
implementam e estudam protocolos, diretrizes, mecanismos para
o uso adequado e seguro dos medicamentos.
Nesse lugar de atuação, o profissional farmacêutico, junto com a
equipe multiprofissional, contribui, por meio de suas habilidades
de farmacoterapia, para a melhoria da qualidade de vida dos
indivíduos e da sociedade. A nível global, as atividades clínicas
farmacêuticas são implementadas nos diferentes níveis dos
sistemas de saúde como instrumento de promoção das práticas
de segurança do paciente, fortalecendo a necessidade de
regulamentação e instrumentalização dos serviços clínicos
farmacêuticos no Brasil e no mundo.
Neste conteúdo, faremos uma introdução ao trajeto percorrido,
ao longo do tempo, pelo profissional farmacêutico em suas
atividades centradas no cuidado ao paciente e à forma como
essas atividades são aplicadas na prática profissional.

1 - Evolução dos cuidados farmacêuticos e da farmácia clínica
Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de identi�car a evolução dos cuidados
farmacêuticos e da farmácia clínica ao longo do tempo.
Evolução das atividades do
farmacêutico no mundo
Tanto no cenário nacional quanto no mundial, as atividades do
profissional farmacêutico sofreram transformações ao longo do tempo.
Tais transformações relacionavam-se com o avanço tecnológico da
indústria farmacêutica, com a mecanização da produção de
medicamentos em larga escala, aliada à padronização das formulações
farmacêuticas e à descoberta de novos fármacos. Esses fatores
levaram à redução progressiva dos laboratórios magistrais
farmacêuticos, até então atividade primária do farmacêutico diante da
sociedade.
Os autores Charles Hepler e Linda Strand dividem a evolução das
principais atividades do profissional farmacêutico em três períodos:
tradicional, de transição e o de desenvolvimento da atenção ao
paciente (HEPLER; STRAND, 1990b), que veremos agora com mais
detalhes:
Charles D. Hepler
Também conhecido como Doug, é professor emérito distinto no
Departamento de Resultados e Políticas Farmacêuticas da Faculdade de
Farmácia da Universidade da Flórida. Durante a sua carreira, atuou como
consultor em cuidados farmacêuticos em projetos na Dinamarca, Espanha,
Colúmbia Britânica e Reino Unido. Ele liderou a equipe que desenvolveu e
demonstrou de forma pioneira um sistema prático para assistência
farmacêutica em farmácia comunitária.
Linda M. Strand
É farmacêutica, professora e pesquisadora. Doutora em Farmácia Social e
Administrativa na Universidade de Minnesota. Além de sua vida acadêmica,
também atuou em farmácias comunitária e hospitalar, centrando suas
ações na farmácia clínica. A partir do desenvolvimento de suas práticas
farmacêuticas, surgiu o que conhecemos como atenção farmacêutica. Esse
termo disseminou-se com a publicação, em parceria com o Dr. Charles D.
Hepler, do artigo Oportunidade e responsabilidade em atendimento
farmacêutico.
No cenário mundial, crescia a necessidade de atividades farmacêuticas
voltadas para o cuidado em saúde, em virtude do estabelecimento de
ações que promovessem a orientação do uso seguro do medicamento,
o que era tema de diversos debates.
Isso ocorria pois se observa um fenômeno
denominado “farmaceuticalização da sociedade”,
entendido como o uso dos medicamentos
indiscriminadamente para realizar modificações nas
condições humanas.
Tradicional
Foi marcado pelo boticário, que
preparava e vendia os
medicamentos, fornecendo
orientações aos seus clientes
sobre seu uso.
Transição
As atividades farmacêuticas
voltaram-se para a produção de
medicamentos em uma
abordagem técnico-industrial.
Nesse período, o
estabelecimento comercial
farmacêutico voltou-se para o
lucro, e o farmacêutico começou
a perder autonomia para o
desempenho de suas atividades.
Desenvolvimento da
atenção ao paciente
Diante da evolução tecnológica,
o farmacêutico passou a ser
visto como simples vendedor de
medicamentos nas farmácias
comunitárias, gerando muita
insatisfação na comunidade
farmacêutica, o que impulsionou
um movimento de
ressignificação da atuação do
farmacêutico junto da sociedade
no cuidado à pessoa.
Evidenciavam-se episódios de problemas de segurança relacionados a
medicamentos utilizados em doses usuais. Como marco desse
momento, temos a focomelia ocasionada pela talidomida em 1960. Já
em 1961, esforços internacionais estavam em pauta para estabelecer
estratégias relacionadas à segurança dos medicamentos e, em 1963, a
16ª Assembleia Mundial da Saúde adotou resoluções quanto à
disseminação de informações sobre reações adversas, que culminou,
posteriormente, na criação da farmacovigilância.
Em 1966, o corpo docente e discente da Universidade de São Francisco
(EUA) iniciou profunda análise do papel do profissional na comunidade,
visto que os episódios mundiais direcionavam a uma mudança na
atuação do farmacêutico na relação com paciente e medicamento.
Focomelia
Anomalia congênita que interfere no desenvolvimento de braços e pernas.
Nesse época, iniciou-se um movimento que tinha como objetivo a
aproximação profissional entre paciente e equipe de saúde por
intermédio do desenvolvimento de habilidades relacionadas à
farmacoterapia. Esse movimento foi denominado farmácia clínica.
Em meio a essas discussões quanto à redefinição das atividades do
farmacêutico perante o paciente, em 1990, Charles Hepler e Linda
Strand publicaram o conceito de pharmaceutical care, que foi traduzido
em nosso país como atenção farmacêutica. Para os autores,
pharmaceutical care era “a provisão responsável do tratamento
farmacológico com o objetivo de alcançar resultados satisfatórios na
saúde, melhorando a qualidade de vida do paciente” (HEPLER; STRAND,
1990b, p. 37).
Em 1993, a Declaração de Tóquio apresentou a atenção farmacêutica
como uma prática principal do profissional farmacêutico, reafirmando
sua importância. Vejamos a definição de atenção farmacêutica que
consta na declaração:
[...] compêndio de atitudes, comportamentos,
compromissos, preocupações, valores éticos,
funções, conhecimentos, responsabilidades e
habilidades no provimento da farmacoterapia, com
o objetivo de alcançar resultados terapêuticos
definidos na saúdee qualidade de vida do
paciente.
(OMS, 1994, p. 24)
O conceito de Farmácia Clínica foi então estabelecido, em 1994, pela
Sociedade Europeia de Farmácia Clínica:
[...] especialidade da área da saúde, em que o
serviço do farmacêutico clínico tem como objetivo
desenvolver e promover o uso racional e
apropriado dos medicamentos e seus derivados.
(OMS, 1994, p. 24)
Nesse mesmo ano, a Associação Americana dos Farmacêuticos
Hospitalares ampliou a definição de forma que Farmácia Clínica seria
uma “ciência da saúde, cuja responsabilidade é assegurar, mediante
aplicação de conhecimentos e funções relacionadas com os cuidados
aos pacientes, que o uso de medicamentos seja seguro e apropriado e
que necessita de uma educação especializada e ou treinamento
estruturado” (OMS, 1994, p. 24).
Na atualidade, os serviços farmacêuticos no mundo apresentam
destaque nas organizações mundiais para a promoção do uso seguro e
racional de medicamentos nos diversos pontos do cuidado em saúde,
sendo empregados como ferramentas para avaliação de qualidade de
instituições de saúde e estratégia para ações de farmacovigilância. Veja,
a seguir, a evolução das atividades farmacêuticas centradas no cuidado
ao longo do tempo:
O boticário
Atividade relacionada à farmácia com origem no século X.
No século XVII, impulsionado pelo conhecimento de
princípios ativos de plantas e minerais, o estudo dos
medicamentos ganha notoriedade. Em 1777, na França, o
boticário passa a ser denominado farmacêutico.
Segunda Revolução Industrial
A ó S d G i i i d
Após a Segunda Guerra, inicia-se o processo de
mecanização da produção farmacêutica. O
farmacêutico/boticário passa a ser um dispensador de
medicamentos industrializados.
Farmacovigilância
É criada após os eventos adversos graves, principalmente a
tragédia causada pela talidomida na década de 1960. A
partir daí, as atividades farmacêuticas centralizam-se na
promoção do uso seguro de medicamentos.
Farmácia clínica
Em 1966, nos EUA, inicia-se o movimento denominado
farmácia clínica, para a aproximação das atividades
farmacêuticas à equipe multidisciplinar de saúde e ao
paciente.
Pharmaceutical care
O termo é apresentado pelo Dr. Charles Hepler e pela Dra.
Linda Strand. No Brasil, o termo é traduzido como atenção
farmacêutica.
Atenção farmacêutica
A Declaração de Tóquio, de 1993, reafirma a atenção
farmacêutica como uma das atividades principais do
farmacêutico.
Atenção farmacêutica no Brasil
É definida, no Brasil, em 2002, no Consenso Brasileiro, e
inserida em 2004 no Conselho Nacional de Saúde, no
contexto da redefinição da assistência farmacêutica.
Evolução das atividades do
farmacêutico no Brasil
No cenário nacional, em 1988, no Brasil, estabelecia-se a discussão
sobre a Política Nacional de Medicamentos, a fim de garantir
necessárias segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a
promoção do uso racional de medicamentos e o acesso da população
aos considerados essenciais, por meio da Portaria MS nº 3.916/1998.
Nessa portaria, estabeleceu-se a definição de assistência farmacêutica
(AF): “o grupo de atividades relacionadas com o medicamento,
destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma
comunidade” (BRASIL, 1998, n. p.).
Um marco inicial importante para a redefinição, no Brasil, da atuação do
farmacêutico foi no contexto das políticas farmacêuticas: em 2004, no
Conselho Nacional de Saúde, foi aprovada a Política Nacional de
Assistência Farmacêutica. Nesse momento, também se redefiniu a AF:
[...] conjunto de ações voltadas à promoção,
proteção e recuperação da saúde, tanto no
individual como coletivo, tendo o medicamento
como insumo essencial e visando o acesso e ao
seu uso racional. Esse conjunto envolve a
pesquisa, o desenvolvimento e a produção de
medicamentos e insumos, bem como a sua
seleção, programação, aquisição, distribuição,
dispensação, garantia da qualidade dos produtos e
serviços, acompanhamento e avaliação de sua
utilização, na perspectiva da obtenção de
resultados concretos e da melhora da utilidade de
vida da população.
(BRASIL, 2004, n. p.)
Dessa maneira, se realizarmos uma análise conjuntural da assistência
farmacêutica, podemos distinguir duas áreas relacionadas, porém
distintas:
Tecnologia de Gestão
Cuidados farmacêuticos
Serviços farmacêuticos que têm o cuidado do indivíduo
como centro. Por meio das práticas clínicas do
farmacêutico, promovem-se o uso racional de
medicamentos, a saúde e a prevenção de doenças.
Tem como objetivo central garantir o abastecimento e o acesso
aos medicamentos.
Tecnologia do Uso do Medicamento
Tem como objetivo final o uso correto e efetivo dos medicamentos,
sendo resultante das ações de cuidado ao paciente, a atenção
farmacêutica.
No Brasil, a atenção farmacêutica foi definida desde 2002, no Consenso
Brasileiro:
[...] um modelo de prática farmacêutica,
desenvolvida no contexto da Assistência
Farmacêutica. Compreende atitudes, valores
éticos, comportamentos, habilidades,
compromissos e co-responsabilidades na
prevenção de doenças, promoção e recuperação
da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É
a interação direta do farmacêutico com o usuário,
visando a uma farmacoterapia racional e a
obtenção de resultados definidos e mensuráveis,
voltados para a melhoria da qualidade de vida.
Esta interação também deve envolver as
concepções dos seus sujeitos, respeitadas as
suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica
da integralidade das ações de saúde
(OPAS, 2002, p. 24)
Porém, o conceito mais utilizado na atualidade é o de Hepler e Strand,
que assume um modelo de prática em que o farmacêutico interage com
o paciente objetivando o atendimento de suas necessidades voltadas
aos medicamentos. Dessa forma, o fortalecimento das habilidades
clínicas do farmacêutico é essencial.
Vejamos como a Farmácia Clínica é definida pela Resolução nº
585/2013 do Conselho Federal de Farmácia:

Área da Farmácia, voltada à ciência e à prática do
uso racional de medicamentos, na qual os
farmacêuticos prestam cuidado ao paciente, de
forma a otimizar a farmacoterapia, promover
saúde e bem-estar, e prevenir doenças. A Farmácia
Clínica também orienta a prática profissional por
meio de modelos de prática.
(CFF, 2013a, n. p.)
O estabelecimento dos novos conceitos e práticas do farmacêutico no
cuidado da comunidade gerou mudanças na farmácia comunitária no
Brasil, envolvendo diversos segmentos — o sistema que reúne o
Conselho Federal de Farmácia (CFF) e os conselhos regionais de
Farmácia (CRFs), o Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Federação
Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), a Associação Brasileira de Redes
de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), acadêmicos, estudantes, entre
outros. Entre as mudanças observadas, está o crescimento, nos últimos
anos, do número de serviços farmacêuticos em hospitais, ambulatórios,
unidades de saúde (atenção primária) e farmácias comunitárias,
públicas e privadas, o que indica a importância do farmacêutico como
profissional da saúde no Sistema Único de Saúde.
Saiba mais
O estabelecimento da atenção farmacêutica foi essencial para a
regulamentação das atribuições clínicas dos farmacêuticos no Brasil
por meio das Resoluções nº 585/2013 e nº 586/2013 do Conselho
Federal de Farmácia. Além disso, como parte importante desse
processo, foi publicada em 2014 a Lei nº 13.021, que redefiniu a
farmácia como um estabelecimento de saúde para fornecer assistência
farmacêutica, cuidados em saúde, orientação em saúde, individual e
coletiva, dispensação de medicamentos, cosméticos e outros produtos
farmacêuticos relacionados.
Na atualidade, a atuação do farmacêutica junto da sociedade se dá nos
serviços farmacêuticos, que são práticas do cuidado farmacêutico nos
diferentes níveis do serviço de saúde.
Cuidado e serviços farmacêuticos
O que é cuidado farmacêutico?
O cuidado farmacêutico é um modelo de prática que orienta a provisão
de uma variedade de serviços farmacêuticos ao paciente, sua família e
comunidade,por meio da ação integrada do farmacêutico com a equipe
multiprofissional de saúde. Centrado no usuário, esse modelo visa à
promoção, proteção, recuperação da saúde e prevenção de agravos;
bem como à resolução de problemas da farmacoterapia e ao uso
racional dos medicamentos.
Os farmacêuticos que assumem o cuidado como seu
modelo de prática profissional têm a responsabilidade
de atuar para atender a todas as necessidades de
saúde do paciente no seu âmbito profissional e podem
ser denominados farmacêuticos clínicos.
O processo de realização do cuidado se dá por determinadas etapas, de
abordagem lógica e sistemática, aplicáveis a diferentes cenários, níveis
de atenção e perfis de pacientes. Vejamos agora com mais detalhes:
As práticas relacionadas aos cuidados farmacêuticos são empregadas
aos pacientes e para a sociedade por meio dos serviços farmacêuticos.
Esses serviços podem ser tanto com o objetivo de educar e fazer
rastreamento em saúde, quanto realizar a dispensação de
medicamentos e manejo de problemas de saúde autolimitados. Além
disso, devido à expertise dos profissionais em identificar, prevenir e
resolver problemas relacionados à farmacoterapia (PRM), podem ser
prestados serviços como:
Primeira etapa
Corresponde ao acolhimento do paciente ou identificação da
demanda. A porta de entrada do paciente pode se dar por
encaminhamento de outro profissional de saúde, pela busca
pelo paciente por meio de contato telefônico, por solicitação
do próprio paciente, entre outras formas.
Segunda etapa
O farmacêutico faz a identificação das necessidades de
saúde, o que exigirá uma coleta de dados mediante a
realização de anamnese farmacêutica e a verificação de
parâmetros clínicos, quando necessário.
Terceira etapa
Há o delineamento e a implantação de um plano de cuidado
com a participação do paciente, que inclui as intervenções e
condutas para a resolução dos problemas elencados.
Quarta etapa
Após a implantação do plano de cuidado, é necessário
avaliar os resultados e a evolução do quadro clínico em uma
consulta de retorno ou contato com o paciente.
Conciliação de medicamentos
Monitorização terapêutica de medicamentos
Revisão da farmacoterapia
Gestão da condição de saúde
Acompanhamento farmacoterapêutico
Tais serviços podem ser realizados em diferentes lugares de prática,
incluindo farmácia comunitária, leito hospitalar, farmácia hospitalar,
serviços de urgência e emergência, serviços de atenção primária à
saúde, ambulatório, domicílio do paciente, instituições de longa
permanência, entre outros, segundo regulamentação específica. E ainda
devem ser ofertados de acordo com as necessidades de saúde do
paciente. Cada paciente poderá ter uma demanda e pode ser ofertado
mais de um serviço farmacêutico simultaneamente.
Serviços farmacêuticos: de�nições
Vamos agora verificar as definições para os serviços farmacêuticos que
são diretamente destinados ao paciente:
Rastreamento em saúde 
Educação em saúde 
Dispensação 
Manejo de problemas de saúde autolimitados 
Monitorização terapêutica de medicamentos 
Conciliação de medicamentos 
Revisão da farmacoterapia 
Na imagem a seguir, estão esquematizados os serviços farmacêuticos
diretamente relacionados ao paciente, à família e à sociedade, bem
como as suas finalidades:
Necessidades de saúde do paciente, da família e da comunidade e os serviços farmacêuticos
correspondentes.
Farmácia clínica: atribuições do
farmacêutico clínico
As atribuições dos farmacêuticos clínicos, como vimos anteriormente,
visam ao uso racional e seguro dos medicamentos pelos pacientes, pela
identificação e redução ao mínimo possível de problemas relacionados
a medicamentos, impedindo resultados negativos a medicamentos,
promovendo o bem-estar e prevenindo doenças. Tais atividades podem
ser realizadas nos diferentes níveis de complexidade do serviço de
saúde: em postos de saúde, ambulatórios, home care, hospitais, entre
outros.
No Brasil, as atribuições clínicas do farmacêutico são regulamentadas
pela Resolução nº 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia. Elas
buscam atender às necessidades de saúde do paciente, da
Gestão da condição de saúde 
Acompanhamento farmacoterapêutico 
família/cuidadores e da sociedade, e são exercidas em conformidade
com as políticas de saúde, com as normas sanitárias e as normas da
instituição à qual esteja vinculado o profissional. São divididas em três
categorias, que veremos a seguir a partir dos seus principais pontos:
Mundialmente, por meio dos resultados dos serviços farmacêuticos, são
gerados indicadores de segurança do paciente que fazem parte de
processos de avaliação da qualidade dos serviços de saúde. Por
exemplo, é o caso do processo de acreditação hospitalar, que é um
método de certificação voluntário pelo qual se busca promover a
qualidade da assistência no setor hospitalar por meio de padrões
rigorosos previamente definidos. Os principais órgãos internacionais de
acreditação são:
Organização Nacional de Acreditação (ONA), Joint
Commission International (JCI), Acreditação Nacional
Integrada para Organização de Saúde (NIAHO) e a
Accreditation Canadá (Qmentum).
Vejamos exemplos de indicadores para cada serviço farmacêutico:
Cuidado à saúde 
Comunicação e educação em saúde 
Gestão da prática, produção e aplicação do conhecimento 
Conciliação medicamentosa
Porcentagem de conciliações realizadas em um intervalo de
tempo.
Porcentagem de medicamentos que não foram conciliados
na prescrição médica no momento da transição do cuidado
que deveriam ser mantidos.
Acompanhamento farmacoterapêutico
Porcentagem de intervenções farmacêuticas realizadas em
um intervalo de tempo.
Porcentagem de intervenções por classificação de tipo em
um intervalo de tempo.
Porcentagem de antimicrobianos prescritos após período
máximo de tratamento estimado.
Porcentagem de aceitação de substituição de forma
farmacêutica de antimicrobianos na terapia sequencial.
A evolução dos cuidados
farmacêuticos e da farmácia clínica
Neste vídeo, o especialista resolverá questões abordando pontos
importantes da evolução dos conceitos de farmácia clínica, cuidados
farmacêuticos e serviços farmacêuticos.
Dispensação
Ocorrência de erros de medicação realizados na
dispensação.
Porcentagem de devolução de medicamentos de acordo
com os motivos.
Monitoramento da terapêutica
Taxa de eventos adversos relacionados a medicamentos que
possuem marcadores biológicos.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(Adaptada de 2009 – UFPR – Residência multiprofissional)
Considerando aspectos conceituais e filosóficos da assistência
farmacêutica, farmácia clínica e atenção farmacêutica, assinale a
alternativa correta.
A
O conceito de atenção farmacêutica direciona o
exercício profissional do farmacêutico para o
entendimento dos medicamentos,
particularmente com relação aos aspectos de
qualidade do produto, seu foco de atenção
principal.
B
A atenção farmacêutica pode ser considerada,
historicamente, uma consequência do
desenvolvimento da farmácia clínica e está
amplamente ligada a ela, uma vez que tem nela
sua origem.
C
A assistência farmacêutica consiste no
acompanhamento criterioso do uso de
medicamentos, com o objetivo de obter
resultados positivos da terapêutica
farmacológica.
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20farm%C3%A1cia%20cl%C3%ADnica%20surge%20na%20d%C3%A9cada%20de%201960%20e%20a
Questão 2
No Brasil, as atribuições clínicas do farmacêutico são
regulamentadas pela Resolução nº 585/2013 do Conselho Federal
de Farmácia. Assinale a alternativa que contempla corretamente as
categorias das atribuições do farmacêutico clínico, de acordo com
essa resolução.
Parabéns! A alternativa D está correta.
D
Durante a etapa considerada “tradicional” da
história da profissão farmacêutica no século XX,
o papelcentral do farmacêutico comunitário
consistia em dispensar medicamentos
industrializados, associando ou não essa ação a
orientações ao paciente.
E
Atenção farmacêutica é mais ampla e abrange a
assistência farmacêutica.
A
Otimização da farmacoterapia; uso racional de
medicamentos; e treinamento de RH.
B
Participação em comissões; seguimento
farmacoterapêutico; e cuidado à saúde.
C
Cuidado à saúde; anamnese farmacêutica; e
gestão da prática, produção e aplicação do
conhecimento.
D
Cuidado à saúde; comunicação e educação em
saúde; e gestão da prática, produção e aplicação
do conhecimento.
E
Otimização da farmacoterapia; gestão de
estoque; e anamnese farmacêutica.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EAs%20atribui%C3%A7%C3%B5es%20cuidado%20%C3%A0%20sa%C3%BAde%2C%20comunica%C3%A7
2 - Introdução à semiologia farmacêutica e à indicação
farmacêutica e terapêutica
Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de reconhecer conceitos importantes
relacionados aos cuidados farmacêuticos e à farmácia clínica, bem como o processo de
prática do pro�ssional na atividade clínica.
O farmacêutico na promoção do
autocuidado responsável
Nas últimas duas décadas, nota-se um movimento mundial no sentido
de capacitação do profissional farmacêutico na atuação em
tratamentos de transtornos menores por meio do cuidado farmacêutico
na atenção primária.
Transtorno menor é aquele que envolve um autocuidado com tomada de
decisão, um processo de auto-observação, percepção dos sintomas e
julgamento da gravidade para a escolha de um tratamento pelo
indivíduo. Alguns exemplos são: resfriados, tosses, indigestão etc.
Nessas condições, são empregados pela automedicação, em sua
maioria, medicamentos isentos de prescrição (MIPs).
Comentário
A capacidade da população de se “autocuidar” tem sido observada
como forma de promoção e prevenção de doenças e vantagens
econômicas para o sistema de saúde. O conceito autocuidado coloca a
responsabilidade dos indivíduos por sua própria saúde e bem-estar. É
um conceito amplo que engloba atividades para estabelecer e manter a
saúde e para prevenir problemas de saúde.
A Organização Mundial da Saúde define o autocuidado como “a
capacidade de indivíduos, famílias e comunidades de promover a saúde,
prevenir doenças e manter a saúde e lidar com doenças e deficiências
com ou sem o apoio de um prestador de cuidados de saúde” (OMS,
2021, n. p., tradução nossa).
Em seu sentido mais amplo, o autocuidado é, portanto, qualquer ação
ou atividade que os indivíduos ou comunidades fazem para manter a
saúde física e mental.
O autocuidado tem sido descrito como um processo contínuo em que o
indivíduo inicia com escolhas sobre saúde (por exemplo, fazer
exercícios), passando a gerenciar suas próprias doenças (por exemplo,
automedicação) por conta própria ou com ajuda. À medida que as
pessoas progridem nesse processo, mais facilitação por parte de outros
é necessária, até que uma pessoa precise de cuidado gerenciado.
A automedicação é um elemento do autocuidado definido como a
seleção e o uso de medicamentos por indivíduos para tratar doenças
autorreconhecidas ou sintomas. A maneira como esses medicamentos
são disponibilizados ao público varia de país para país, mas todos são
aprovados pelas agências reguladoras como seguros e eficazes para as
pessoas selecionarem e usarem sem a necessidade de supervisão ou
intervenção médica. Apesar de segurança e eficácia determinada, os
medicamentos isentos de prescrição também possuem descritas
reações adversas, por vezes muito bem caracterizadas, assim como as
interações medicamentosas, fatores esses de desejável análise prévia
ao uso pelo indivíduo.
A maioria das compras de medicamentos isentos de prescrição (MIPs)
são feitas pelo consumidor sozinho, usando as informações do produto
da embalagem para tomar uma decisão informada sobre a compra.
Quando os consumidores procuram ajuda no ponto de compra, isso
pode ser denominado automedicação facilitada.
Os MIPs adquiridos em farmácias põem os funcionários em uma
posição forte para facilitar a tomada de decisão de autocuidado pelos
consumidores, pois a interlocução ocorre por meio de um balconista ou
do farmacêutico.
Resumindo
Para promover o processo de autocuidado responsável e a
automedicação facilitada, os profissionais de saúde que permeiam a
rotina dos indivíduos devem, por meio de orientações e cuidados
profissionais, atuar para a qualidade de vida dos indivíduos. Em relação
aos MIPs, cabe ao farmacêutico realizar a indicação farmacêutica, que
consiste em orientar os pacientes por meio de informações e
aconselhamento, para que façam uso da melhor opção da terapêutica.
Prescrição farmacêutica
No Brasil, foi regulamentada a prescrição farmacêutica pela Resolução
nº 586 de 2013 do Conselho Federal Farmácia, sendo esse o ato pelo
qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e
não farmacológicas e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde
do paciente, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde e à
prevenção de doenças e outros problemas de saúde. Precisamos, nesse
ponto, refletir sobre o ato de realizar uma prescrição farmacêutica.
Relembrando
Nessa reflexão, devemos considerar o histórico das atividades do
farmacêutico na sociedade: ainda como boticário, como vimos no
módulo 1, a habilidade técnica exercida era voltada para a necessidade
dos indivíduos, com o desenvolvimento de fórmulas magistrais e a
orientação de como usar adequadamente o produto individualizado, o
que fundamentava o princípio do cuidado pelo profissional que
posteriormente viria a ser denominado farmacêutico. A Revolução
Industrial causou escalas inimagináveis no desenvolvimento
tecnológico e na disponibilidade comercial dos produtos farmacêuticos,
e a classe profissional não estava preparada para criar estratégias de
adaptação do cuidado farmacêutico nesse cenário. Foi observado o
distanciamento do paciente do farmacêutico com a transição das
antigas boticas em farmácias que eram verdadeiramente centros
comerciais e a transformação do farmacêutico em um administrador
que, por vezes, nem mesmo entregava os medicamentos aos indivíduos,
pois o aumento da demanda provocou a necessidade de mais
trabalhadores nas farmácias, como os balconistas, que, sem
conhecimento técnico, eram a categoria que se encontrava frente a
frente com os indivíduos para realizar o definido serviço farmacêutico, a
dispensação de medicamentos.
Ao longo de décadas, pesquisadores e profissionais das Ciências
Farmacêuticas buscam reorientar a profissão de forma a reaver a
centralização do profissional na orientação ao paciente no cuidado em
saúde, com o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a
promoção do uso racional de medicamentos fomentadas em todo o
mundo e reafirmadas pela Organização Mundial da Saúde, que,
atualmente, por exemplo, discute ações de controle da crise sanitária e
econômica que o uso irracional de antimicrobianos trará ao planeta.
Entre as inúmeras estratégias instauradas ao longo dos tempos, estão
as políticas de inserção do profissional nas equipes multidisciplinares, a
obrigatoriedade da presença dos farmacêuticos em farmácias
comunitárias e hospitalares, a criação de núcleos de atenção à
comunidade com protocolos de promoção ao uso racional de
medicamentos, com intenso destaque para a discussão da importância
da prática do farmacêutico no que tange às orientações à equipe de
saúde, paciente e, cuidadores no uso adequado dos medicamentos e
terapias, sejam eles isentos de prescrição ou não.
Atenção!
O processo de formalização legal de uma orientação documentada de
medicamentos e terapias que, de acordo com as políticas públicas de
saúde vigentes não precisam de prescrição, é um tanto redundante.
Precisamos inferir a essa resolução a consciência de que orientar o uso
adequado de medicamentos é um dever, seja pela indicação de um MIPou uma revisão de farmacoterapia, pois essa é a função do profissional
farmacêutico atuante no cuidado. Portanto, precisamos desenvolver
nossas habilidades técnicas para alcançar os maiores níveis de
qualidade nos serviços farmacêuticos que iremos realizar.
Concluímos que a formalização legal da prescrição farmacêutica é uma
normatização do dever do farmacêutico em relação ao cuidado. Ela
demonstra a necessidade de a classe farmacêutica ter o
reconhecimento dessa prática que há muito tempo permeia como uma
atividade principal do farmacêutico nas políticas nacionais de
assistência farmacêutica e práticas na atenção primária, por exemplo,
com a inserção do profissional farmacêutico nos núcleos de assistência
a família com a promoção de protocolos de cuidado nos cenários de
tabagismo, diabetes etc.
Ao estudar a temática da prescrição farmacêutica, devemos
compreender sua construção como um raciocínio lógico para
alcançarmos a orientação em saúde individualizada à necessidade do
paciente, dentro das habilidades farmacêuticas que desenvolvemos
durante o curso de graduação e que manteremos atualizados e em
construção posteriormente em cursos de especialização.
Bases da prescrição farmacêutica
As bases da indicação farmacêutica e terapêutica de medicamentos e
terapias são:
Necessidades do paciente
A escuta atenta ao paciente e/ou cuidador é uma ferramenta de
identificação de pontos críticos no processo de identificação de
problemas de saúde e daqueles relacionados ao medicamento.
Melhores evidências cientí�cas
Em todos os serviços farmacêuticos, a utilização de dados confiáveis
por meio da seleção de fontes preconizadas e protocolos clínicos
validados é essencial para a qualidade do serviço prestado.
Princípios éticos
Toda e qualquer conduta realizada, no que tange à profissão, é orientada
por princípios éticos do Código de Ética Farmacêutica.
Conformidade com as políticas de saúde
vigentes
Os serviços farmacêuticos são regulamentados e direcionados pelas
políticas de saúde vigentes e devem ser continuamente atualizados
conforme atualização dessas.
No raciocínio lógico da construção da indicação farmacêutica e
terapêutica, o farmacêutico deverá dispor de conhecimentos técnicos
que deverão abranger os seguintes aspectos:
Boas práticas de prescrição
Foram definidas na Resolução nº 586/2013 do CFF quanto à
forma de documentação e seguem as bases descritas
anteriormente.
Fisiopatologia
É uma convergência da patologia (descreve condições
observadas durante um estado de doença) com a fisiologia
(descreve processos ou mecanismos do corpo humano).
Dessa maneira, a fisiopatologia investiga alterações nos
processos fisiológicos que causam doenças ou lesões em
um indivíduo.
Semiologia
São estudos dos sinais e sintomas das doenças humanas.
Importante para o diagnóstico de grande parte das doenças.
Comunicação interpessoal
É i ã it t t i di íd
Atenção!
Os aspectos acima apresentados demonstram o quanto nossa atuação
no cuidado ao paciente requer conhecimento e habilidades técnicas que
vão além do nosso currículo base da graduação. Os treinamentos em
serviço, como as residências multiprofissionais em Farmácia, os cursos
de especialização em Farmácia Clínica, Farmacovigilância e todos
aqueles voltados para a prática nos serviços farmacêuticos são pré-
requisitos para a capacitação profissional e qualidade do cuidado
ofertado. Portanto, na atualidade, somente a formalização da prescrição
farmacêutica de maneira legal não é critério para que os farmacêuticos
regularmente inscritos no CFF estejam aptos para desenvolver tal
atividade, que engloba uma demanda de habilidades maior que o
ofertado hoje nos currículos de graduação.
Como elaborar uma prescrição
farmacêutica
Entenda, por meio de um estudo de caso, as bases para a elaboração de
uma prescrição farmacêutica.
Semiologia farmacêutica
A semiologia farmacêutica consiste no reconhecimento de
necessidades e problemas de saúde do paciente, a partir de uma
demanda ou queixa apresentada, e na seleção das melhores
intervenções possíveis, a fim de obter resultados ótimos em saúde,
reduzir a morbimortalidade relacionada a medicamentos e melhorar a
qualidade de vida do paciente.
É a comunicação que permite a troca entre indivíduos com
base em sua construção cultural, formação educacional,
vivências e emoções.
Farmacologia clínica e terapêutica
É o estudo e a prática do uso racional de medicamentos em
que os farmacêuticos realizam o cuidado de forma a
otimizar a farmacoterapia, promovendo a saúde e a
prevenção de doenças.

Ela consiste em um processo estruturado baseado em raciocínio clínico
no atendimento/consulta farmacêutica, e prevê algumas ações, que
veremos em seguida.
Acolhimento
É o primeiro momento entre o profissional e o paciente, em que deve se
estabelecer uma relação de respeito, comprometimento e confiança. O
farmacêutico deve manter uma escuta atenta e expressar seu interesse
e comprometimento com as questões do paciente. É importante
apresentar o propósito das questões abordadas e do cuidado prestado e
solicitar ao paciente que coloque suas questões relacionadas à saúde e
aos medicamentos, permitindo que ele exponha suas necessidades ou
expectativas em relação à consulta e estabeleça uma relação de
planejamento compartilhado, priorizando questões a serem discutidas
considerando os objetivos do farmacêutico e as necessidades do
paciente.
Anamnese farmacêutica
Procedimento de coleta de dados sobre o paciente, realizado pelo
farmacêutico por meio de entrevista, com a finalidade de conhecer sua
história de saúde, elaborar o perfil farmacoterapêutico e identificar suas
necessidades relacionadas à saúde. A anamnese farmacêutica
compreende:
Plano de cuidado
Planejamento documentado para a gestão clínica das doenças, de
outros problemas de saúde e da terapia do paciente, delineado para
atingir os objetivos do tratamento. Inclui:
As responsabilidades e atividades pactuadas entre o paciente e o
farmacêutico. É importante pactuar com o paciente um
planejamento, se necessário priorizando as questões relacionadas
aos objetivos e necessidades do paciente.
A definição das metas terapêuticas.
As intervenções farmacêuticas.
A indicação farmacêutica e terapêutica, caso haja.
As ações a serem realizadas pelo paciente e o agendamento para
retorno e acompanhamento.
Investigação do estado clínico atual de cada problema de
saúde do paciente 
Levantamento do histórico completo de medicamentos 
Investigação das dificuldades no uso dos medicamentos 
Identificação e priorização de problemas relacionados à
farmacoterapia 
A necessidade de direcionamento do paciente para outro
profissional de saúde para avaliação complementar e diagnóstica.
Acompanhamento e avaliação dos resultados
O farmacêutico deve acompanhar o alcance dos objetivos das
intervenções selecionadas. Para isso, orienta-se considerar a
identificação precoce de problemas que interferem na obtenção dos
resultados terapêuticos desejados, como a inefetividade de
medicamentos ou o surgimento de reações adversas. Esse
procedimento deve ser feito por meio da reavaliação dos sinais e
sintomas apresentados inicialmente pelo paciente, assim como pela
análise da sua evolução. Ele pode evidenciar quatro diferentes
resultados: resolução de necessidades e problemas de saúde do
paciente, melhora parcial, ausência de melhora ou piora dos sinais e
sintomas.
Evolução farmacêutica
É registro efetuado no prontuário do paciente, com o objetivo de
documentar o cuidado realizado, sendo, portanto, uma ferramenta de
comunicação entre os diversos profissionais da equipe multiprofissional
de saúde. Um método de registro utilizado é o anagrama SOAP, em que
são relatados dados subjetivos, objetivos, avaliação e plano de cuidado.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(2017 – UPENET/IAUPE – UPE – UPENET/IAUPE – Farmacêutico)
Assinale a alternativa à qualcorresponde o seguinte texto:
procedimento de coleta de dados sobre o paciente, realizada pelo
farmacêutico por entrevista, com a finalidade de conhecer sua
história de saúde, elaborar o perfil farmacoterapêutico e identificar
suas necessidades relacionadas à saúde.
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EDentro%20da%20semiologia%20farmac%C3%AAutica%2C%20a%20anamnese%20%C3%A9%20o%20pro
Questão 2
(Adaptada de 2017 – UFAL – Residência multiprofissional). Dadas
as afirmativas:
I. Plano de cuidado é o planejamento documentado do trabalho
farmacêutico no âmbito da dispensação. Inclui os medicamentos a
serem dispensados, os medicamentos dispensados de fato, os
medicamentos administrados e os medicamentos devolvidos sem
administrar e o agendamento para retorno e o acompanhamento.
II. Evolução farmacêutica corresponde aos registros efetuados pelo
farmacêutico no prontuário do paciente com a finalidade de
A Anamnese farmacêutica
B Assistência farmacêutica
C Consulta farmacêutica
D Evolução farmacêutica
E Cuidado centrado no paciente
documentar o cuidado em saúde prestado, propiciando a
comunicação entre os diversos membros da equipe de saúde.
III. Anamnese farmacêutica é o procedimento de coleta de dados
sobre o paciente, realizada pelo farmacêutico, por meio de
entrevista, com a finalidade de conhecer sua história de saúde,
elaborar o perfil farmacoterapêutico e identificar suas necessidades
relacionadas à saúde.
Está correto o que se afirma em
Parabéns! A alternativa E está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EFazem%20parte%20da%20semiologia%20farmac%C3%AAutica%20o%20processo%20de%20anamnese
3 - Importância da boa comunicação interpro�ssional e do
aconselhamento ao paciente
Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de reconhecer a importância da comunicação
interpro�ssional efetiva e do aconselhamento ao paciente.
A I.
B III.
C I e II.
D I e III.
E II e III.
Comunicação interpro�ssional
A comunicação é o meio pelo qual o ser humano expressa seus saberes,
reflexões e vontades. Por meio da fala, expressão corporal, escrita,
sinais e sons, criamos conexão com o meio em que vivemos.
Ao longo da nossa vivência profissional, no ambiente em que realizamos
nossas atividades profissionais, a comunicação com as pessoas que
compartilham desse segmento conosco é ferramenta estratégica para a
otimização da qualidade dos serviços prestados. Isso acontece pois o
fluxo de informações interprofissionais padronizado, acessível, dinâmico
e fluido permite que sejam minimizadas possíveis barreiras que
impedem o alcance da qualidade do serviço, tais como: as hierarquias
profissionais, análise segmentada dos processos, retrabalho, entre
outros.
Na área da Saúde, isso não é diferente. Nos serviços de saúde, atuamos
em equipes multiprofissionais em que o cuidado prestado é realizado
por profissionais distintos que precisam orquestrar suas ações de
maneira a ofertar o melhor cuidado possível ao paciente. O SUS
preconiza a comunicação como elemento fundamental para a atenção à
saúde com integralidade, ou seja, por meio da comunicação é possível
que suas ações sejam articuladas e contínuas, a fim de prestar serviços
preventivos e curativos, a nível individual e coletivo, em todos os níveis
de complexidade do sistema.
Mas o que é a comunicação interprofissional?
A comunicação interprofissional é a capacidade de comunicação
efetiva, ou seja, de maneira clara, oportuna, precisa, completa, sem
ambiguidade, compreendida por todos, especialmente de diferentes
profissões, e colaborativa.
Saiba mais
A comunicação interprofissional é a segunda meta internacional para a
segurança do paciente, instituída pela Joint Commission International
juntamente com a Organização Mundial da Saúde.
O alcance da comunicação interprofissional de maneira efetiva e
colaborativa permite o estabelecimento de relacionamentos no
ambiente de trabalho que integram os conhecimentos técnicos de
maneira que os profissionais reconhecem o trabalho um do outro e suas
especificidades promovendo um cuidado mais seguro e humanizado.
Na atualidade, o perfil de trabalho uniprofissional, na
área de Saúde, em que o paciente é visto e cuidado de
forma segmentada, sendo cada profissional
responsável por uma anamnese individual e não
compartilhada, perde cada vez mais espaço para um
modelo interprofissional, em que se estabelece uma
relação interdependente entre os profissionais. Nessa
perspectiva, o paciente é visto em um todo, e a
colaboração entre os profissionais é uma exigência
para que se alcance um objetivo comum no cuidado
por meio de um plano de cuidado compartilhado.
A interprofissionalidade é conduzida por meio de intensa comunicação
interprofissional nas equipes de saúde e estratégias organizacionais
como rounds multiprofissionais, protocolos clínicos multiprofissionais,
dentre outros, que são pontos-chave para o bom desenvolvimento.
E quais são as vantagens da comunicação interprofissional efetiva?
Favorece o trabalho multipro�ssional e
interpro�ssional
Otimiza o cuidado contínuo ao paciente
Promove ações de educação em saúde
Minimiza a ocorrência de riscos e efeitos
adversos
Contribui para a segurança do paciente
Barreiras para a comunicação
interpro�ssional
Como toda estratégia de aplicação prática, a comunicação
interprofissional possui barreiras para seu desenvolvimento que
precisam ser identificadas e desconstruídas. Veremos, agora, alguns
exemplos dessas barreiras, bem como as respectivas problemáticas e
medidas de desconstrução:
Ações de promoção da comunicação
nos serviços farmacêuticos
As ações do cuidado farmacêutico nos diferentes níveis da atenção à
saúde se dão por meio dos serviços farmacêuticos, de forma a
promover o uso adequado e seguro dos medicamentos. Para a OMS,
entre as metas de segurança do paciente, estão:
Meta 2
Melhorar a comunicação interprofissional.
Meta 3
Melhorar a segurança na prescrição, na administração e no uso de
medicamentos.
Para o cumprimento dessas metas, as ações de comunicação nos
serviços farmacêuticos são fundamentais.
Vejamos a importância da comunicação interpessoal efetiva em cada
um dos serviços farmacêuticos:
Ausência de rotinas regulares e planejadas de
comunicação entre os profissionais 
Fragilidade na interação e no uso do diálogo que favoreça
o trabalho em equipe 
Ambiência desfavorável 
Jornada de trabalho dos profissionais da saúde 
Dispensação 
Aconselhamento ao paciente
A promoção das práticas de orientação ao paciente, ao cuidador e à
comunidade é estratégia essencial no cuidado à saúde pelos
profissionais. Por meio do autocuidado, o indivíduo mantém e previne
agravos à saúde e, para que esse seja realizado de maneira apropriada,
o indivíduo precisa receber informações claras e elucidativas. Quando
necessário, a orientação deve ser passada de maneira individualizada,
ao paciente, cuidador e comunidade. Isso deve fazer parte da rotina nos
serviços de saúde.
O aconselhamento do paciente tem como características:
Escuta ativa
Atendimento individualizado
Centrado no paciente
Desenvolve-se a partir do estabelecimento de confiança entre os
interlocutores, com o objetivo de que o paciente tenha a possibilidade
de ser o sujeito de sua própria saúde e melhorar sua qualidade de vida.
Pode ser realizado de diversas maneiras e inúmeras ferramentas podem
ser utilizadas.
São componentes do aconselhamento do paciente:
Educação em saúde
Manejo de problemas de saúde autolimitados 
Monitorização terapêutica de medicamentos 
Conciliação de medicamentos 
Revisão da farmacoterapia 
Gestão da condição de saúde 
Acompanhamento farmacoterapêutico 
Troca de informações entre profissional da saúde e paciente com
esclarecimento de dúvidas.
Pode ser realizado individualmente ou em grupo, por meio de atividades
interativas ou somentediálogo.
Apoio emocional
O profissional da saúde deve manter escuta ativa, atento às fragilidades
trazidas pelo paciente, mantendo posição de acolhimento para que se
estabeleça uma relação de confiança.
Apresentação e negociação do plano de
cuidado
O profissional da saúde deve elaborar plano de cuidado e adequá-lo às
necessidades e limitações do paciente, atentando às solicitações de
modificação solicitadas pelo paciente, a fim de que o produto final seja
baseado em um acordo para posterior avaliação dos resultados.
Quando o aconselhamento do paciente é realizado de forma adequada,
gera inúmeros benefícios:
O paciente é capaz de reconhecer suas necessidades.
Estabelece-se uma relação de confiança entre o profissional da
saúde e o paciente.
A adesão ao tratamento aumenta.
O paciente desenvolve habilidades para aceitar conviver com os
possíveis efeitos colaterais dos tratamentos.
A participação do paciente nas decisões sobre sua condição de
saúde e autocuidado, pois aumenta seu nível de informação.
Estimula a motivação do paciente para o autocuidado.
E como se dá o aconselhamento farmacêutico?
O aconselhamento farmacêutico se dá nos diversos pontos da atenção
à saúde, seja na atenção básica, ambulatorial ou hospitalar. O processo
de aconselhar e orientar o paciente deve ser estabelecido conforme
vimos acima, e algumas estratégias específicas são utilizadas no que
diz respeito aos medicamentos:
O farmacêutico deve utilizar linguagem simples e adaptada
ao nível de compreensão do paciente. Exemplo: o paciente
pode conhecer o medicamento de uso regular apenas pelo
nome comercial e, muitas vezes, esse será o caminho para a
orientação do uso adequado, e não a utilização da
denominação comum brasileira.
O farmacêutico poderá utilizar ferramentas como imagens,
cores e símbolos para organizar o plano de cuidado e
i ã d di t di it
Comunicação interpessoal -
Verdadeiro ou falso?
Neste vídeo, o especialista ajuda na compreensão das afirmações
apresentadas sobre a comunicação interpessoal.
organização dos medicamentos no que diz respeito aos
horários de tomadas, dose e etc.
O aconselhamento em equipe multiprofissional deve ser
considerado quando o medicamento está presente na
orientação do paciente por diferentes categorias
profissionais. Exemplo: paciente não possui via oral para
administração dos medicamentos. Utiliza sonda
gastroentérica para alimentação, e os medicamentos serão
administrados por ela. O aconselhamento conjunto entre
equipe médica, farmácia, nutrição e enfermagem traz grande
benefício para o paciente/cuidador.
A negociação entre o profissional e o paciente deve
acontecer de maneira a melhorar a adesão ao tratamento.
Exemplo: prescrito pelo médico para uso regular diurético
(furosemida) pela manhã e noite, 10h e 22h,
respectivamente. Paciente relata não fazer uso no horário
noturno, pois o medicamento faz com que vá ao banheiro
inúmeras vezes ao longo da noite atrapalhando a qualidade
do seu sono. O farmacêutico pode adequar o intervalo entre
as doses, por exemplo 6h e 16h, com a segunda tomada no
fim da tarde para reduzir o incômodo com a diurese noturna.
Por fim, o farmacêutico deve se manter acessível,
oferecendo formas de contato profissional, seja por
endereço, telefone ou e-mail, para esclarecimento de dúvidas
que surjam após o aconselhamento.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Marque a opção que contempla barreira para a comunicação
interprofissional efetiva:
A
Unidade de saúde grande, rotinas rígidas de
encontros multiprofissionais e prontuário
eletrônico.
B
Ausência de prontuário digital, falta de
planejamento de encontros multiprofissionais
para discussão de casos e diálogo centrado em
condutas de uma profissão.
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20interprofissional%20%C3%A9%20uma%20das%20metas%20inter
Questão 2
O aconselhamento do paciente pelo profissional farmacêutico
centrado nas necessidades em relação ao medicamento deve
C
Jornadas de trabalho que permitem participação
em discussão de casos, sistema eletrônico
hospitalar eficiente e disponível a toda a equipe e
uso de siglas em diálogos multiprofissionais.
D
Ações de educação continuada sobre
interdisciplinaridade, falta de salas de reunião e
espaços comuns para as equipes e uso de siglas
em diálogos multiprofissionais.
E
Diálogo centrado no paciente, apresentação de
demandas do paciente por diferentes categorias e
prontuário físico.
A
envolver escuta ativa, apoio emocional e
negociação do plano de cuidado.
B
envolver fala centrada no paciente,
distanciamento e plano de cuidado somente com
descrição DCB.
C
não utilizar ferramentas alternativas, não
considerar questões individuais do paciente e
promover aconselhamento conjunto com outros
profissionais.
D
envolver escuta ativa e utilização de linguagem
simples, além de não utilizar símbolos quando
paciente tiver limitações que dificultem a
compreensão da escrita.
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EEssa%20alternativa%20engloba%20os%20elementos%20fundamentais%20para%20a%20troca%20do%2
Considerações �nais
Como vimos, o cuidado farmacêutico e a farmácia clínica são atividades
que, ao longo do tempo, têm sofrido aprimoramentos para a colocação
do profissional farmacêutico na promoção da saúde e prevenção de
doenças.
Verificamos o quão abrangentes são os serviços farmacêuticos e como
podemos atuar em diferentes níveis do cuidado em saúde, colaborando
com a equipe multiprofissional na otimização do uso seguro e racional
dos medicamentos, além de promover o autocuidado responsável pelos
indivíduos.
Os cuidados farmacêuticos e a farmácia clínica são temas extensos que
precisam ser explorados com profundidade para melhor
desenvolvimento das habilidades dos profissionais, a fim de atender à
demanda do cuidado centrado no paciente.
Podcast
Para finalizar, ouça este podcast sobre os principais conceitos
abordados no conteúdo, enfatizando a importância dos cuidados
farmacêuticos e da farmácia clínica para a saúde coletiva no Brasil.
E
envolver fala centrada no paciente, utilização de
linguagem técnica, além de não considerar
questões individuais.

Explore +
Confira as indicações que separamos especialmente para você!
Assista ao vídeo A história da farmácia clínica no Brasil, disponível
no YouTube, e saiba mais sobre a sua evolução no Brasil.
Para compreender melhor a importância dos cuidados
farmacêuticos na atenção básica, leia o artigo Cuidados
farmacêuticos na atenção básica de saúde: uma experiência do
PET-FARMACIA/UEPB, com pacientes hipertensos, de autoria de
Alícia Santos de Moura e colaboradores, publicado no III Conbracis.
Referências
ANGONESI, D.; SEVALHO, G. Atenção farmacêutica: fundamentação
conceitual e crítica para um modelo brasileiro. Ciência & saúde coletiva,
v. 15, suppl. 2, p. 3603-3614, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.916, de 30 de outubro de
1998. Aprova a Política Nacional de Medicamentos. Brasília: DF, 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº 338, de 6 de maio de 2004.
Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Brasília: DF,
2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde.
Departamento de Saúde da Família. Gestão do Cuidado Farmacêutico
na Atenção Básica. Brasília, DF: MS, 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e
Insumos Estratégicos. Capacitação para implantação dos serviços de
clínica farmacêutica. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014. (Cuidado
farmacêutico na atenção básica; caderno 2).
COIFMAN, A. H. M. et al. Comunicação interprofissional em unidade de
emergência: estudo de caso.Revista da Escola de Enfermagem da USP,
v. 55, 2021.
Conselho Federal de Farmácia. CFF. Curso online: prescrição
farmacêutica no manejo de problemas de saúde autolimitados, módulo
2, unidade 1: semiologia farmacêutica e raciocínio clínico. Brasília, DF:
CFF, 2015. (ProFar cuidado farmacêutico: Programa de Suporte ao
Cuidado Farmacêutico na atenção à Saúde)
Conselho Federal de Farmácia. CFF. Resolução nº 585, de 29 de agosto
de 2013. Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá
outras providências. Brasília, DF, 2013a.
Conselho Federal de Farmácia. CFF. Resolução nº 586, de 29 de agosto
de 2013. Regula a prescrição farmacêutica e dá outras providências.
Brasília, DF, 2013b.
Conselho Federal de Farmácia. CFF. Serviços farmacêuticos
diretamente destinados ao paciente, à família e à comunidade:
contextualização e arcabouço conceitual. Brasília, DF: CFF, 2016.
HANLON, J. T.; LINDBLAD, C. I.; GRAY, S. L. Can clinical pharmacy
services have a positive impact on drug-related problems and health
outcomes in community-based older adults? The American journal of
geriatric pharmacotherapy, v. 2, n. 1, p. 3-13, 2004.
HEPLER, C. D.; STRAND, L. M. Opportunities and responsibilities in
pharmaceutical care. American journal of hospital pharmacy, v. 47, n. 3,
p. 533-543, 1990a.
HEPLER, C.D., STRAND, L.M. Oportunidade y responsabilidades en la
Atención Farmacéutica. Pharmaceutical Care Eapana, v. 1, n. 1, p. 35-47,
1990b.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. OMS. Putting people first in
managing their health: new WHO guideline on self-care interventions. 23
jun. 2021. Consultado na internet em: 24 jun. 2022.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. OMS. The role of the pharmacist
in the health care system. Geneva: OMS, 1994.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE et al. Consenso brasileiro
de atenção farmacêutica: proposta. Brasília, DF: OPAS, 2002.
PEREIRA, A. L. L. et al. A comunicação interprofissional como uma
importante ferramenta do processo de trabalho na Atenção Primária à
Saúde. Research, Society and Development, v. 10, n. 10,
e338101018942-e338101018942, 2021.
RUTTER, P. Role of community pharmacists in patients self-care and
self-medication. Integrated pharmacy research & practice, v. 4, p. 57-65,
2015.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA CLÍNICA. SBFC. Origem da
Farmácia Clínica no Brasil, seu desenvolvimento, conceitos
relacionados e perspectivas. Brasília, 2019.
Material para download
Clique no botão abaixo para fazer o download do
conteúdo completo em formato PDF.
Download material
O que você achou do conteúdo?
Relatar problema
javascript:CriaPDF()

Mais conteúdos dessa disciplina