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DIABETES GESTACIONAL

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@byancacarneiro 
Diabetes Gestacional 
- DG: Etiologia desconhecida (defeito 
funcional e não imunológico). 
- Indício em < 10% de auto-imunidade das 
células beta. 
- Prevalência: 0,15 - 12,3% das gestantes. 
- Maioria das mulheres que desenvolvem a 
DG – níveis normalizados após o parto, mas de 
40 a 60% → Diabetes melito tipo II após 15 a 
20 anos. 
- Tipos: Portadoras de Diabetes (1 ou 2) ou 
Portadoras de Resposta ao estresse da 
gravidez e se resolve após o parto. 
Aspectos desfavoráveis 
- Hiperglicemia 
- Glicosúria 
- Hipoglicemia 
- Detonúria (cetose) 
- Hiperglicemia materna aumenta a 
formação de hemoglobina glicosilada 
(HbA1), que tende a agravar a hipóxia, com 
consequências desfavoráveis para o feto. 
Evolução do diabetes na gestação 
- 1ª metade da gestação: Menor necessidade 
de insulina ▫ Necessidades de insulina e sua 
secreção reduzidas 
- 2ª metade da gestação: Estado 
diabetogênico ▫ Produção de hormônios 
contra insulínicos (HPL, estrogênio, 
progesterona, cortisol, aumento da secreção 
de insulina (menor eficácia) → cetoacidose e 
cetonuria. 
- Reavaliação da glicemia materna: Em 6 a 12 
semanas pós-parto (empregando-se glicemia 
em jejum) ou teste oral com 75g de glicose. 
Risco do diabetes gestacional 
- Feto: macrossomia (peso ao nascer > 4Kg), 
asfixia, óbito fetal, hipoglicemia fetal, 
complicações pulmonares, síndrome da 
angústia respiratória, malformações 
congênitas etc. 
- Mãe: Incidência → de distúrbios 
hipertensivos, infecções urinárias e 
pielonefrites, risco de diabetes Mellitus tipo II, 
cetoacidose, trabalho de parto prematuro. 
DMG 
- Intolerância à glicose de gravidade variável 
e que é diagnosticada pela primeira vez 
durante o período gestacional, podendo ou 
não persistir após o parto. 
- Problema metabólico mais comum na 
gestação e, dependendo do critério 
diagnóstico utilizado e da população, a 
prevalência pode ser de 3% a 25% das 
gestações. 
- Pacientes de alto risco e que na consulta 
inicial de pré-natal, no 1º TG, já preenchem os 
critérios para diabetes fora da gestação 🡪 
diabetes mellitus tipo 2. 
- Similar ao DM2, o DM gestacional associa-se 
tanto à resistência à insulina quanto à 
diminuição da função das células beta (A). 
- Fatores associados: 
• Idade materna avançada; 
• Gravides atual com IMC de sobrepeso 
a obesidade; 
• Deposição de gordura corporal 
central; 
• História alimentar (parentes de 1° 
grau); 
• Crescimento fetal excessivo, 
polidrâmio, HA ou PE; 
• Abortos de repetição, malformações, 
morte fetal, macrossomia ou DMG; 
• SOP; 
• Baixa estatura (< 1,50 m). 
- Deve-se reavaliar pacientes com DM 
gestacional 4 a 6 semanas após o parto e 
reclassificá-las como apresentando DM, 
@byancacarneiro 
glicemia de jejum alterada, tolerância à 
glicose diminuída ou normoglicemia. Na 
maioria dos casos, há reversão para a 
tolerância normal após a gravidez, porém há 
risco de 10 a 63% de desenvolvimento de DM2 
dentro de 5 a 16 anos após o parto. 
Fisiopatologia 
- 1° TG: glicose → difusão facilitada para o 
feto. 
- Hipoglicemia materna. Diminuição da 
glicose e perda de substrato para a 
neoglicogênese. 
- Aumento da secreção de insulina, também 
no pós-prandial. 
- Aumento do HPL (antagonista à ação da 
insulina). 
- Estrogênio, progesterona e cortisol 
(importantes para o desenvolvimento fetal; 
mas pode contribuir para o estado 
diabetogênico). 
- Aumento da secreção de insulina, também 
no pós-prandial. 
- Diminuição da sensibilidade a insulina em 
50% e aumento da produção hepática de 
glicose em 30%. 
 
Rastreamento 
- Não há consenso sobre qual método utilizar. 
- TOTG (com ingestão de 75g de glicose). 
 
- Valores entre 92 e 126 mg/dL são 
diagnósticos de DMG em qualquer fase da 
gestação. 
- A Sociedade Brasileira de Diabetes, os níveis 
glicêmicos na gestante são: jejum ≥ 95 mg/dL 
e 1 hora pós-prandial ≥ 140 mg/dL ou 2 horas 
pós-prandiais ≥ 120 mg/dL. 
 
 
 
Complicações 
- Aleitamento materno por mais de 3 meses – 
reduz o risco de DM após a gestação. 
- Hiperinsulinemia, atraso na maturidade 
pulmonar fetal e risco da síndrome do 
desconforto respiratório (DDR). 
- 50% que tiveram DMG desenvolverão o DM 
em 10 anos. 
- Contraceptivos orais a base de 
progesterona – risco DM pós-parto. 
- DMG – risco de prematuridade; 
hiperglicemia fetal; macrossomia. 
Tratamento 
- Prática de atividade física. 
- Orientação individualizada. 
- Uso de medicamentos (metformina). 
- Controle de metas glicêmicas. 
- Manutenção da glicemia pós-prandial 4 a 7 
vezes por dia. 
- Hemoglobina glicada: 
• Diabetes Gestacional: HbA1c ≥ 6 % a 
ser confirmada em outra coleta. 
@byancacarneiro 
• Dispensável em caso de sintomas ou 
glicemia ≥ 200 mg%. 
• Indivíduos com alto risco para o 
desenvolvimento de diabetes: HbA1c 
entre 5,7 e 6,4% 
Abordagem nutricional 
- A prescrição da dieta depende: 
• Do peso pré-gravídico 
• Do tipo da doença 
• Do tipo e uso de insulina 
• Do período gestacional 
• Da terapia individualizada, 
dependendo dos resultados de 
exames e da condição clínica da 
gestante 
• Obs.: Exigências de insulina: iniciar com 
0,5U/kg do peso corporal. 
- SBD (2019/2020): 
• A distribuição energética – 
individualizada; 
• Recomendações de alimentação 
saudável, com distribuição 
normoglicídica (mínimo de 175 g de 
carboidratos/ dia) e normolipídica; 28g 
de fibras. 
• Proteínas - 15 a 20% do VET, priorizando 
as fontes proteicas de alto valor 
biológico (mínimo diário 1,1g/ kg/ dia). 
• Vitaminas e minerais e o aporte de 
fibras assemelham-se ao 
recomendado para gestantes sem 
diabetes. 
• Uso de insulina - Lanche noturno com 
aproximadamente 25 g de 
carboidratos complexos, além de 
proteínas e/ou gorduras, para evitar 
hipoglicemia durante a madrugada. 
 
Parto 
- Deve-se controlar a glicemia capilar de hora 
em hora durante o parto para manter os 
níveis entre 70 e 120 mg/dL. Caso a glicemia 
não seja mantida nesses níveis, será preciso 
fazer uso de glicose e/ou insulina em forma de 
infusão contínua intravenosa. 
- Usuárias de bomba de infusão contínua de 
insulina devem ter ajustada a programação 
da infusão do medicamento, dependendo 
do tipo de parto realizado. 
Pós-parto 
- Ainda, deve-se estimular o aleitamento 
materno que, além dos benefícios ao bebê, 
está associado à prevenção do diabetes tipo 
2 em mulheres com histórico de DMG. 
- A quantidade média total de carboidrato 
secretado no leite materno é de 160 mg/dia. 
- Mulheres que utilizam insulina devem ingerir, 
portanto, 15 g de carboidrato, 
preferencialmente com proteína, antes do 
aleitamento ou durante ele, para evitar 
hipoglicemia. 
- Durante o aleitamento noturno, deve-se 
fazer o automonitoramento da glicemia, com 
o objetivo de prevenir hipoglicemia.

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