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DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DA NANDA-1 Definições e Classificação 2021-2023 Tabela 1.2 Diagnósticos de enfermagem da NANDA-1 revisados, 2021-2023 Revisão Diagnóstico Estilo de vida sedentário Proteção ineficaz ---- ) .. �9�tH!f��:�;Si�V!�-�t� Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais Deglutição prejudicada Risco de glicemia instável Ris{� _de volurn� -deJí�uid�� déSêqu.ilibradÜ ·' Volume �e Hquitjos d_efi_ciente Risco de volume de líquidos deficiente Vol�f'r1é·ctE{líqÚidos excessivo CD CD FRe/FRi FRe/FRi Definição adicionada retirada adicionado retirado X X X X X X X X X X x, X X X X X X �Si.ii�liiL��i:;]���J�:f:ifiI��ii ),:i;�-,��� ) z:·:�:;;� ·;<;��·;,_j:_:.·::-r:x-_:;,,:.?�:,�_-'.,: .··:',;;·;.� _.f:_�:��'''; __ , .. ··:;��i Eliminação-urinária prejudicada Incontinência urinária de esforço Incontinência urinária de urgência Risco de incontinência urinária . de urgênçia Retenção urinária Constipação Risco de constipação Constipação percebida Diarreia Troca de gases prejudicada X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X r-__ 9�m1fo9,;Ai4;Y,���M���H@0ffi1¾�it:titI-¾rf;i&f ti�f�--1��r4ir1�111�n1JJ\f {âikhiMkf;��liXt� Insônia X X X X . 'X' Mobilidade no leito prejudicada X 8 Parte 1 • Terminologia da NANDA lnternational: informações gerais X (� ( 1 " Tabela 1.2 Continuaçáo CD Definição adicionada X X Diagnóstico Mobilidade prejudicada com cadeira de rodas Fadiga Padrão respiratório ineficaz X Revisão CD retirada X X FRe/FRi adicionado X X X FRe/FRi retirado X X r,"�mm!Pl�����p1c:9,sYti�_ãt>:�;.:�L:«·:: .,:},:��<:;-:.,,.�.- · ,-· · ;<"-: ,.�.-,_;:- :<{::(:<-�6Jié=;f,Ji3;;:;tú;��{-�ú:)séH X X X X X X X Confusão crônica Conhecimento deficiente Memória prejudicada Comunicação verbal prejudicada Desesperança Disposição para esperança melhorada Baixa autoestima crônica Risco de baixa autoestima crônica Baixa autoestima situacional Risco de baixa autoestima situacional Distúrbio na imagem corporal X L:�ê.'!1.�-�i§:)fi�i�,�J_��it�!_,.St��iryi�ht�_i: Paternidade ou maternidade prejudicada Risco de paternidade ou maternidade prejudicada Disposição para paternidade ou maternidade melhorada Interação social prejudicada Ansiedade Ansiedade relacionada à morte Medo X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Capítulo 1 • O que é novo na edição 2021-2023 da NANDA-I 9 Tabela 1.2 Continuação Diagnóstico Sentimento de impotência Risco de sentimento de impotência Definição X X 1- ·. · .. · · < .. -ê" , 7 Vida-':., · - . , .· .. _::, .·.. . · ".·<·, Do'nííríiô -1 ();_'J>rilli:íl)iôS da . ' " . '• •.' '. ·._,, ___ ", •• ;.,, . C' ', __ '_ ._-• • 0i . • _-·---•• '.·' • .• •• Disposição para bem-estar espiritual melhorado Sofrimento espiritual Risco de sofrimento espiritual X X CD adicionada X X X L..��ITirr@}:�-�:-������-��!o/�.�����,0 ···:·,'.;·::;:;�{ :. ·:-L7:. Risco de" infecção Desobstrução ineficaz das vias aéreas Risco de aspiração Risco de ressecamento ocular Risco de lesão do trato urinário Risco de lesão por posicionamento perioperatório Risco de choque Integridade da pele prejudicada Risco de integridade da pele prejudicada Recuperação cirúrgica retardada Risco de recuperação cirúrgica retardada Integridade tissular prejudicada Risco de integridade tissular prejudicada Risco de reação alérgica ao látex Hipotermia Risco de hipotermia Risco de hipotermia perioperatória X X X X X X X X X Revisão CD FRe/FRi FRe/FRi retirada adicionado retirado X X X . ---- -----.-j ·-· . . ,. · '.,-:)/,t:\(/l;l;,:·,;::;:1:,;J):'·::l X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 1 O Parte 1 • Terminologia da NANDA lnternational: informações gerais ) '- Tabela 1.2 Continuação Revisão CD CD FRe/F�i FRe/FRi Definição adicionada retirada adicionado retirado X X X Diagnóstico Síndrome da dor crônica Dor no trabalho de parto Isolamento social X X X Siglas: CD, característica definidora; FRe, fator relacionado; FRi, fator de risco. Autores das revisões de diagnósticos. Aqui foram incluídos os colaboradores que fizeram revisões de diagnósticos Países dos revisores: 1. Áustria, 2. Brasil, 3. Alemanha, 4. Itália, 5. Japão, 6. Mé xico, 7. Portugal, 8. Espanha, 9. Suíça, 10. Turquia, II. Estados Unidos da América Domínio 1. Promoção da saúde • Estilo de vida sedentário Marcos Venícios O. Lopes, Viviane Martins da Silva, Nirla G. Guedes, Larissa C.G. Martins, Marcos R. Oliveira2 Laís S. Costa, Juliana L. Lopes, Camila T. Lopes, Vinicius B. Santos, Alba Lucia B.L. Barros2 • Proteção ineficaz • Livia M. Garbim, Fernanda T.M.M. Braga, Renata C.C.P. Si lveira2 Domínio 2. Nutrição • Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais • Renata K. Reis, Fernanda R.E.G. Souza2 • Deglutição prejudicada • Renan A. Silva, Viviane M. Silva2 • Risco de glicemia instável • Grasiela M. Barros, Ana Carla D. Cavalcanti, Helen C. Ferreira, Marcos Venícios O. Lopes, Priscilla A-. Souza2 • Risco de volume de líquidos desequilibrado, Volume d� líquidos deficiente, Risco de volume de líquidos deficiente, Volume de líquidos excessivo • Mariana Grassi, Rodrigo Jensen, Camila T. Lopes2 Domínio 3. Eliminação e troca • Eliminação urinária prejudicada, Retenção urinária • Aline S. Meira, Gabriella S. Lima, Luana B. Storti, Maria Angélica A. Diniz, Renato M. Ribeiro, Samantha S. Cruz, Luciana Kusumota2 Capítulo 1 • O que é novo na edição 2021-2023 da NANDA-I 11 Tabela 4.1 Níveis de evidência para os diagnósticos de enfermagem Nlvel de desenvolvimento do diagnóstico Geração de conceitos Fundamentação teórica Suporte clínico Bloco 1 Critérios para classificação Nível 1. Proposta recebida pelo DDC para desenvolvimento 1.1. Apenas o tftulo 1.2. Título e definição 1.3. Componentes do diagnóstico e relação com resultados e intervenções Nível 2. Inclusão na terminologia e testes clínicos 2.1. Validade conceituai 2.1.1. Validade conceituai dos elementos · 2.1.2. Validade teórico-causal 2.1.3. Validade terminológica 2.2. Validade de conteúdo do diagnóstico 2.2.1. Validade inicial do conteúdo do diagnóstico 2.2.2. Validade potencial do conteúdo do diagnóstico 2.2.3. Validade avançada do conteúdo do diagnóstico 2.2.4. Validade consolidada do conteúdo do diagnóstico 2.3. Validade clínica Identificação de populações nas quais o diagnóstico pode ser aplicável 2.3.1. Validade qualitativa 2.3.2. Validade demográfica Bloco 2 Utilidade das características definidoras para finalidades clínicas Bloco 3 2.3.3. Validade de construto clinico 2.3.4. Validade seletiva 2.3.5. Validade discriminante 2.3.6. Validade prognóstica 2.3. 7. Validade generalizável das características definidoras Identificação de fatores relacionados/de risco, populações em risco e condições associadas 2.3.8. Validade causal especffica do diagnóstico 2.3.9. Validade causal da variável de exposição 2.3.1 O. Validade generalizável de fatores relacionados/de risco 36 Parte 2 • Recomendações para pesquisas que aperfeiçoem a terminologia ,, ' 4.3.1 Nível 1. Proposta recebida pelo DDC para desenvolvimento Se um leitor identificar uma resposta humana não encontrada na terminologia da NANDA-I, o primeiro passo será a elaboração de uma proposta de diagnóstico composta por um título, uma definição, possíveis componentes (características definidoras/fatores relacionados ou de risco/condições associadas/população em risco), e a relação do diagnóstico com possíveisintervenções e resultados de en fermagem. Os processos de desenvolvimento de um diagnóstico nesse primeiro nível incluem o monitoramento direto pelo DDC e a execução por quem subme teu. O Nível 1 é dividido em três subníveis. A proposta de diagnóstico pode cons tituir uma estrutura resultante dos três níveis, apresentada ao DDC sequencial mente, ou levar em consideração dois ou mesmo três subníveis ao mesmo tempo. Nível 1.1. Apenas o título. A primeira tarefa será elaborar um título usando o sistema multiaxial que representa uma resposta humana que poderia ser iden tificada Como um diagnóstico de enfermagem. O critério do nível de evidências é definido por um título diagnóstico considerado claro, fundamentado por uma revisão de literatura já realizada, e apresentado em um relatório. O DDC consul tará a pessoa que o submeteu e oferecerá orientações quanto ao desenvolvimento do diagnóstico por meio de diretrizes, consultas por escrito e oficinas. Nesse está gio, o título é categorizado como "recebido para desenvolvimento", e identificado como tal no site da NANDA-1. Nível 1.2. Título e definição. Esse critério do nível de evidência é definido pela apresentação do título do diagnóstico e de uma definição clara e diferenciada de outros diagnósticos e definições da NANDA-1. A definição deve ser diferente das características definidoras, e o título e seus componentes não devem ser incluídos na definição. Um diagnóstico precisa ser consistente com a definição atual de diagnósticos de enfermagem da NANDA-1; ou seja, sua proposta deve representar uma resposta humana para a qual o enfermeiro consegue implementar interven ções de enfermagem independentes. O título e a definição devem estar embasa dos em uma revisão da literatura, que é apresentada e avaliada pelo DDC. Nesse ponto, o títlllo e sua definição são categorizados como "recebidos para desenvol vimento", e identificados como tal no site da NANDA�I. Nível 1.3. Componentes do diagnóstico e a relação com resultados e inter venções. Uma proposta nesse nível deve incluir o título, a definição e outros componentes do diagnóstico (características definidoras, fatores relacionados/de risco e, quando for o caso, condições associadas e populações em risco), acompa nhados das informações obtidas em uma revisão de literatura. Embora as pro postas nesse nível ainda não sejam parte da terminologia, elas devem oferecer suporte à discussão do conceito, avaliação de sua utilidade e aplicabilidade clínica e sua validação, por meio de métodos robustos de pesquisa. Além disso, o pro ponente deverá apresentar a relação do diagnóstico em desenvolvimento com as intervenções e os resultados, tal como se apresentam em outras terminologias padronizadas (p. ex., a Classificação de resultados de enfermagem e a Classificação de Capítulo 4 • Critérios revisados de níveis de evidência para submissão de diagnósticos 37 importante nesses estudos é a confirmação da adequação, da precisão e da acu rácia dos registros usados. Um exemplo desse tipo de estudo pode ser encontrado no artigo de Ferreira e colaboradores (2016), que mapearam de forma transversal 832 termos encontrados em 256 prontuários médicos com 52 títulos diagnósticos da NANDA-1 em uma unidade de tratamento intensivo. É importante observa_r que a validade terminológica depende da descrição dos instrumentos usados para confirmar a qualidade das informações obtidas. Apenas ter os termos registrados em um prontuário médico não garante que as iri.terpr_etações obtidas a partir deles sejam válidas. Nível 2.2. Validade de conteúdo do diagnóstico. Os critérios em todos os sub níveis anteriores (2.1.1., 2.1.2., 2.1.3.) devem-Ser atendi<;ios p_aia que· o p_roponente possa apresentar uma proposta que eleve a evidência de \,a:Iidáde ·d� diagnósÚco. para o nível.de evidência 2.2. O critério para esse nível de evidência é um estudo de análise de conteúdo feito por um grupo de especialistas com conhecimento do foco do diagnóstko. A validade de conteúdo refere-se a quão representativos os componentes diagnósticos, identificados no nível anterior, são do domínio de conteúdo clínico do diagnóstico. Esse nível de evidência tem quatro subdivisões, organizadas conforme o tamanho da amostra de especialistas e seu respectivo ní vel de expertise. A validação de conteúdo está mais fortemente relacionada ao ní vel de expertise do que ao tamanho da amostra de especialistas. Além disso, é im portante levar em conta a inclusão tanto de especialistas com experiência clínica quanto de pesquisadores da temática do diagnóstico, considerando a análise da experiência clínica e as reflexões teóricas de maior alcance sobre o diagnóstico. Um diagnóstico é classificado na terminologia com base no nível mais avançado alcançado, de acordo cmn uma avaliação liderada pelo DDC e pelos diretores de pesquisa. Um exemplo de estudo de validação de conteúdo diagnóstico é Ç> artigo de Zeleníková, Ziaková, Cáp e Jarosová (2014), que validou o diagnóstico de en fermagem dor aguda (00132), com enfermeiros tchecos e eslováquios, utilizando o modelo de Fehring. Foram validadas 17 características definidoras. Nivel 2.2.1. Validade inicial do conteúdo do diagnóstico. Diagnósticos cujo processo de validação foi feito com poucos especialistas, com um perfil predomi nantemente_ iniciante/iniciante-avançado, são encontrados nesse subnível. São usadas técnicas de avaliação em grupo, como a técnica Delphi. A análise segue um método mais qualitativo, tendendo a confirmar a estrutura construída no nível 2 .1. Além disso, processos de validação com essas características possibi litam confirmar o nível de compreensão da estrutura diagnóstica por inician tes, facilitando <.1 identificação de sua clareza e possível utilidade na prática clí nica. Os diagnósticos nesse subnível têm um potencial moderado de validade de conteúdo. Uma descrição do uso da técnica Delphi para processos de validação de conteúdo nos diagnósticos de enfermagem pode ser encontrada no artigo de Grant e Kinney (1992). Um exemplo desse tipo de pesquisa pode ser encontrado no trabalho de Melo e colaboradores (20!1), que utilizou a técnica Delphi com 25 especialistas em três rodadas. Nessa pesquisa, os especialistas identificaram oito 40 Parte 2 • Recomendações para pesquisas que aperfeiçoem a terminologia '' ·,. 'l fatores que representavam maior risco de desenvolvimento do diagnóstico débito cardíaco diminuído.(00270). Nível 2.2.2. Validade potencial do conteúdo do diagnóstico. o processo de validação neSse subnível é realizado com uma amostra grande de especialistas com perfil de conhecimentos iniciante/iniciante-avançado. Em geral, a pesquisa inclui uma análise descritiva e de estatística inferencial, com possibilidade de confirmação da adequação do diagnóstico para uso por enfermeiros com pouca expÚiência clínica. -_Ao avaliar diagnósticos com esse tipo de estudo, o .tamanho da amostra dos especialistas deve ser sli.ficiente para permitir a generalização de opiniões. É comum que el_as sejam obtidas por meio de questionários, e sua análise estatística incluirá índices de vàlidade de conteúdo, testes de proporções e coeficientes de concordância, entre outras medidas estatísticas. O estudo de Paloma-Castro e colaboradores (2014) é um exemplo, ainda que sua amostra pro vavelmente tenha incluído especialistas com níveis diferentes de conhecimen tos. Os dados disponíveis no artigo não possibilitaram a identificação do nível de experiência e conhecimentos dos especialistas participantes. Nível 2.2.3. Validade avançada do conteúdo do diagnóstico. Esse subnível exige análises feitas por participantes com alto nível de experiência. A maior parte dos estudos embasam sua análise da experiência em critérios acadê micos, e frequentemente não há uma análise crítica do nível de experiência, dificultando a identificação desses estudos. O processo de validação é desen volvido com uma quantidade pequena de pessoas,predominando níveis de experiência de proficiente/perito. Os diagnósticos nesse subnível de estudos passam por uma avaliação.qualitativa feita por um grupo com mais conheci mentos e experiência. A avaliação desses espec,ialistas deve ser suficiente para confi�mar a importância, a adeqµação e a clareza dos elementos que compõem o diagnóstico. Nível 2.2.4 .. Validade consolidada do conteúdo do diagnóstico. A caracte rística que diferencia esse subnível do anterior é a grande amostra de especia listas em qlie predominam níveis de experiência de proficiente e perito. Além da dificuldade de cons.eguir uma amostra de tamanho e qualidade adequados, a análise dos dados inclui índices de validade do conteúdo, testes de proporções, coeficientes de çoncordância_e análise da consistência interna das avaliações dos especialistas. O processo pode ficar mais complexo se os métodos usados incluí rem revisões da estrutura com base em sugestões de especialistas. Esse é o subní vel mais importante da validação do conteúdo de um diagr:i-óstico, além de mais difícil. Sugestões para tornar mais robusto esse processo incluem a obtenção de uma amostra 1naior que a inicialmente entendida como necessária, o uso de ins trumentos objetivos e de m(,".ios eletrônicos de contato e coleta de dados, a busca de especialistas em outros países e a organização de uma agenda de pesquisas que leve em conta um período maior de coleta de dados. Nível 2.3. Validade clínica. Este é o nível mais alto e desejado para que um diagnóstico permaneça na classifiéação. Deve ser feito um estudo de validação de Capítulo 4 • Critérios revisados de níveis de evidência para submissão de diagnósticos 41 conteúdo antes de um sobre a validade clínica. Antes da validação clínica, deve estar estabelecido que o diagnóstico passou pela validação de conteúdo: que ele está classificado no nível 2.2. Esse nível tem a maior quantidade de subdivisões associadas ao uso do diagnóstico na prática clínica. Os níveis de evidência corres pondem ao tipo de inferência clínica a ser obtida a partir de seus componentes clínicos, podendo incluir desde o período inicial de estabelecimento de um cons truto clínico até o desenvolvimento de process.os causais. Para _uma organização melhor, os subníveis estão divididos em três blocos; conforme os _ propósitos do processo de validação clínica. O primeiro bloco inclui as duas primei�as subd_ivisões (2.�.l .e_2.3_.2) e refere-se a estudos descritivos que tentam obter perfis iniciais d.o� coinponéntes do diag nóstico em populações que supostamente tenham experienciado· os te·nôménÕs;. portanto, esse bloco representa evidências de validade clínica para identificar em que populações um diagnóstico pode ter aplicação prática. O segundo bloco inclui os cinco subníveis subsequentes (2.3.3, 2.3.4, 2.3.5, 2.3.6 e 2.3.7) e refere-se a processos de validação concentrados na utilidade das características definidoras para diferentes propósitos clínicos, inclusive a inferência diagnóstica em si, a ca pacidade de rastreamento, o estabelecimento de prognósticos, a capacidade de diferenciação e a generalização para múliiplas populações. O terceiro bloco inclui as três últimas subdivisões (2.3.8 a 2.3.10.) e tem.a ver com processos de valida ção que pretendem identificar fatores relacionados/de risco, populações em risco e condições associadas. Os estudos feitos para se chegar aos níveis de evidência nesse último bloco têm o propósito de produzir evidências dos fatores que contri buem para a ocorrência do diagnóstico de enfermagem. Os subníveis foram organizados levando-se em conta que as características definidoras representam os principais elementos para a determinação de um diagnóstico de enfermagem, bem como sua validade para determinado propósi to. Os fatores relacionados, por sua vez, são elementos causais que só podem ser identificados se houver determinado grau de acurácia no processo de inferência do diagnóstico, baseado em características definidoras. Assim, processos para va lidação clínica que env:olvem fatores relacionados (e outros componentes causais)podem somente ser adequadamente selecionados e conduzidos para diagnósticos com uma v�lidade confirmada de nível inferior. Nível 2.3.1. Validade qualitativa. A validade qualitativa refere-se ao grau em que uma interpretação diagnóstica é apoiada por elementos clínicos obtidos a partir de experiências subjetivas individuais. Nesse subnível, o critério de nível de evidência conta com a realização de estudos qualitativos para a delimitação do fenômeno com base na percepção das pessoas que acreditam experienciá-lo. Tais diagnósticos devem ter sido avaliados em um grupo pequeno de pessoas que possivelmente apresentam o diagnóstico para que sejam obtidas informações so bre ·a percepção, as crenças, as atitudes e as nuances dessas pessoas que podem influenciar/caracterizar o fenômeno. O que costuma ocorrer é o uso de amostras intencionais ou convenientes, com métodos qualitativos utilizados para a aná lise. O estudo feito por Pinto e colaboradores (2017) é um exemplo de validação 42 Parte 2 • Recomendações para pesquisas que aperfeiçoem a terminologia \ l 1 l \ 1 ., qualitativa, em que os autores empregaram uma análise interpretativa do con teúdo para a obtenção de diagnósticos relacionados ao conforto do paciente no cuidado paliativo. Os autores conseguiram .17 diagnósticos diferentes a partir das experiências relatadas por 15 pacientes em unidades clínico-cirúrgicas de um hospital português. Nível 2.3.2. Validade demográfica. Esta é a última subdivisão do primeiro bloco, representando o grau em que as características demográficas de uma .po , pulação podem influenciar as interpretações obtidas a partir dos componentes do diagnóstico. É um tipo de validade que tem forte relação com componentes etiológicos (fatores relacionados/de risco, condições associadas e populações em risco). Os critérios desse subnível de evidência consistem em estudos de valida ção fundamentados em pesquisas transversais para a identificação de elementos associados a diagnósticos de enfermagem (características definidoras/fatores re lacionados/de risco). Essas pesquisas devem ser realizadas com amostras grandes de sujeitos que supostamente apresentam o diagnóstico, cuja seleção de sujeitos pode ocorrer consecutivamente (à medida que os pacientes são hospitalizados, por exemplo), ou por um processo randômico de amostragem. O processo de in ferência diagnóstica baseia-se em um grupo pequeno de diagnosticadores de en fermagem com experiência comprovada com o diagnóstico e/ou que tenham feito treinamento específico para sua identificação. A análise dos dados deve incluir a verificação da associação entre variáveis so ciodemográficas, características definidoras e fatores relacionados com a inferên cia diagnóstica realizada. Além disso, podem ser empregadas algumas técnicas de análise multivariada, como regressões logísticas, que podem ser utilizadas para o estabelecimento de conjuntos de características definidoras, modelos hierárqui cos de fatores relacionados/de risco ou modelos de associação conjunta de respos tas humanas (para diagnósticos que representam síndromes). Por exemplo, o es tudo feito por Oliveira e colaboradores (2016) analisou a associação entre fatores relacionados e a presença de estilo de vida sedentário (00168), ajustado para o sexo entre adolescentes brasileiros, pois o objetivo era confirmar possíveis diferenças na causalidade influenciada pelo sexo. O estudo inclll.iu 564 adolescentes e iden tificou quatro características definidoras e seis fatores relacionados fortemente associados a um estilo de vida sedentário. Alguns fatores relacionados mostraram diferenças por sexo, estando mais fortemente associados com os homens. Nesse caso, as interpretações feitas a partir das características definidoras identificadas entre adolescentes devem ser analisadas levando-se em consideraçãoprováveis diferenças etiológicas por sexo. Nível 2.3.3. Validade de construto clínico. Diferente dos subníveis anteriores que se concentraram em abordagens exploratórias gerais, esse subnível aborda componentes específicos· (características definidoras) e representa a categoria principal entre os níveis de evidência. A validade de construto clínico é o grau em que um conjunto de _características definidoras possibilita a interpretação cor reta (inferência) do diagnóstico de enfermagem a partir de um contexto clínico definido. Nesse subnível, os crité'rios do nível de evidência incluem estudos sobre Capítulo 4 • Critérios revisados de níveis de evidência para submissão de diagnósticos 43 a capacidade das características definidoras de classificar corretamente os sujei tos em relação à presença/ausência do diagnóstico. As evidências da validade de construto clínico devem medir a acurácia (sensibilidade e especificidade) de cada uma das características definidoras. Elas também confirmam a importância de um grupo dessas características e a influência de seu espectro clínico para altera� a inferência diagnóstica. A seleção dos pacientes incluídos nesses estudos ocorre de forma natural (con secutiva), com um número suficiente de sujeitos de modo a permitir o cálculo da acurácia diagnóstica. Em geral, a inferência diagnóstica pode ser obtida por um painel de enfermeiros diagnosticadores ou por meio de modelo_s de variável latente para o cálculo direto da acurácià dié!gnóstica. O estu_�ó dé Mangueira e Lopes (2016) é um exemplo desse tipo de validação, erri que os.autores avaliaram 110 pacientes alcoolistas e mediram a acurácia diagnóstica de 115 características definidoras, além de, usando quatro modelos diferentes de classe latente, identifi carem 24 características com medidas estatisticamente significativas da sensibili dade ou da especificidade para processos familiares disfuncionais (00063). A validade de construto clínico busca características definidoras qlie possibi litem uma inferência diagnóstica mais acurada, representando o diagnóstico de enfermagem em sua forma mais completa. Os subníveis subsequentes da validade clínica (2.3.4, 2.3.5 e 2.3.6) diferem da validade de construto c!Íi1ico no sentido de que representam usos e interpretações mais específicos. Esses estudos incluem os que buscam estabelecer • características definidoras específicas para o rastreamento e a rápida tomada de decisão, • características definidoras que permitem uma distinção entre diagnósticos similares, • e características definidoras que representam uma deterioração clínica. Os dois primeiros subníveis são aplicáveis a poucos diagnósticos de enfermagem, ao passo que o último pode ser aplicado a todos, e contil com o desenvolvimento de estudos longitudinais. Nível 2.3.4. Validade seletiva (rastreamento clínico). A validade seletiva refe re-se ao grau em que um conjunto mínimo de características pode ser usado de forma heurística para uma interpretação minimamente aceitável da presença de um diagnóstico de enfermagem. Assim, pode ser tomada uma decisão rápida em cenários clínicos de urgência e emergência. Os critérios dos níveis de evidência incluem estudos que estabelecem probabilidades condicionadas entre grupos pe quenos de características definidoras, permitindo uma interpretação rápida para uso em protocolos de classificação de riscos ou situações de triagem clínica. Deve-se levar em conta que a validação de um construto clínico tem que ser realizada para que, com base nesses dados, um conjunto mínimo de caracterís ticas definidoras possa ser identificado para uso em rastreamentos diagnósticos e tonrnda de decisão rápida. Técnicas de análise de dados para esse tipo de vali dação incluem o uso de algoritmos para a construção de árvores de classificação. 44 Parte 2 • Recomendações para pesquisas que aperfeiçoem a terminologia l -� 1 ,, Tal técnica, entretanto, demanda amostras grandes que permitam o cálculo de probabilidades condicionadas para um número mínimo pré-estabelecido de ca racterísticas definidoras que devem compor um modelá de tomada de decisão. Para esses estudos, podem ser usados painéis de enfermeiros diagnosticadores para inferência diagnóstica, e todo o processo de validação da árvore de classifi cação precisa ser relatado. O estudo de Chaves e colaboradores (2018) é um exemplo do processo usado , para estabelecer esse tipo de validade. Os autores elaboraram uma árvore de clas sificação para tomada de decisão rápida na identificação de desobstrução ·ineficaz das vias aéreas (00031) entre crianças com infecção respiratória aguda. Sua árvore de classificação baseou-se na comparação dos resultados de três algoritmos diferen tes em uma amostra com 249 crianças com infecção respiratória aguda. A árvore com o melhor desempenho incluiu as características definidoras tosse ineficaz e sons respiratórios adventícios, entendidos como adequados para o rastreamento de crianças com desobstrução ineficaz das vias aéreas atendidas no setor de emergência. Nível 2.3.5. Validade discriminante. A validade discriminante busca determi nar o conjunto de características definidoras que permite diferenciar diagnósticos que partilham sinais e sintomas similares. Esse tipo de validade é definido como o grau em que um conjunto de características definidoras possibilita estabelecer um limite interpretativo entre diagnósticos com componentes clínicos similares. Assim, para que se pesquise a validade discriminante de dois diagnósticos de en fermagem, ambos devem ter validade de construto clínico: devem ser atendidos os critérios de nível 2.3.3. Os critérios dos níveis de evidências podem incluir es tudos com uma quantidade diferente de fases, variando de uma análise simultâ nea de conceitos a outra com uma população suscetível aos diagnósticos a serem diferenciados. As amostras devem ser suficientemente grandes para o cálculo de estimativas, e a análise deve ser fundamentada em técnicas como a análise de correspondências múltiplas ou conjuntos difusos (lógica fuzzy). Um exemplo desse tipo de validade pode ser encontrado no trabalho de Pas coal e colaboradores (2016a), que desenvolveram um estudo de validação discri minante para os diagnósticos desobstrução ineficaz das vias aéreas (00031), padrão respiratório ineficaz (00032) e troca de gases prejudicada (00030) entre crianças com infecção respiratória aguda. Os autores identificaram 27 características definido ras que apresentaram capacidade discriminante entre os três diagnósticos. Nível 2.3.6. Validade prognóstica. A validade prognóstica refere-se ao grau em que um conjunto específico de características definidoras dá suporte à interpreta ção da deterioração clínica de um paciente em relação a um diagnóstico de enfer magem, em determinado contexto. Esse critério de nível de evidência baseia-se na identificação de taxas· de sobrevida/recuperação de sujeitos com essas carac terísticas definidoras. Esse critério inclui pesquisas longitudinais complexas cujo objetivo é identificar mn conjunto de características definidoras que possibilitem a uma avaliação de prognóstico: estabelecimento de sinais clínicos que sejam marcadores de deterioração da condição clínica do paciente. Para o alcance desse Capítulo 4 • Critérios revisados de níveis de evidência para submissão de diagnósticos 45 tipo de validade, o diagnóstico deve ter validade de construto clínico (os critérios 2.3.3 precisam ter sido atendidos). Esse processo de validação baseia-se em estudos de coorte diagnóstica em que a ocorrência de características definidoras deve ser avaliada e registrada em vá rios períodos de seguimento. A duração do acompanhamento dos pacientes de pende de cada diagnóstico, especialmente ·se sua trajetória clínica tende a ser aguda ou crônica, o que pode significar dias a anos de acompanhamento até o es tabelecimento de marcadores prognósticos confiávei$, As amostras costumam serobtidas de forma sequencial e/ou por encaminhamento de· sujeitos que possam apresentar o diagnóstico. A análise desse tipo de estudo inclui técnicas estatísti cas específicas, como medidas de risco relativo, coeficientes·-de· incidê�cia e taxas de sobrevida. Além disso, modelos estatísticÜs baseado·s em: rii.êtodos·rrn.iltivària dos são usados, como as equações de estimativas generalizadas e os modelos de riscos proporcionais de ·cox. Um exemplo de validade prognóstica pode ser encontrado no trabalho de Pas coal e colaboradores (2016b), que analisaram de forma prospectiva as caracterís ticas definidoras de padrão respiratório ineficaz (00032) entre crianças hospitaliza das com infecção respiratória aguda para identificar marcadores de deterioração clínica associados ao diagnóstico de enfermagem. Os autores acompanharam 136 crianças durante 10 dias consecutivos e, após uma análise baseada no modelo de Cox estendido para covariáveis tempo-dependentes, identificaram quatro carac terísticas definidoras que podem ser interpretadas como indicativas de um prog nóstico ruim para padrão respiratório ineficaz. Nível 2.3.7. Validade generalizável de características definidoras. Este sub nível inclui revisões sistemáticas de características definidoras e pretende identi ficar sinais e sintomas clínicos que possibilitem uma interpretação generalizada do diagnóstico de enfermagem entre populações. Esse critério do nível de evi dência fundamenta-se na identificação de pesquisas de validação do construto clínico do mesmo diagnóstico em populações diferentes, empregando métodos similares e descrevendo medidas da acurácia diagnóstica das características de finidoras. Portanto, as amostras compõem-se de pesquisas bem selecionadas que atendam aos critérios de validade do construto clínico 2.3.3. Para confirmar a validade generalizável, a pesquisa deve aplicar técnicas de metanálise para esta belecer medidas resumidas de sensibilidade e especificidade. Um exemplo desse tipo de evidência de validade é o artigo de Sousa, Lopes e Silva (2015), que realizou uma revisão sistemática com metanálise para identi ficar características definidoras de desobstrução ineficaz das vias aéreas (00031) que apresentavam uma melhor acurácia diagnóstica em condições clínicas diferentes. A pesquisa incluiu uma amostra final de sete estudos, cinco. deles com crianças e dois com adultos. A análise foi inicialmente realizada para todos os sete estudos; e posteriormente, somente para aqueles envolvendo crianças. Os autores concluí ram que oito características eram válidas para uma interpretação generalizável de desobstrução ineficaz das vias aéreas. 46 Parte 2 • Recomendações para pesquisas que aperfeiçoem a terminologia Nível 2.3.8. Validade causal específica do diagnóstico. A validade causal es pecífica refere-se ao grau em que a evidência clínica estabelece interpretações sobre as relações causais entre múltiplos fatores e um diagnóstico. Esse critério de nível de evidência baseia-se na identificação desses fatores em estudos de ca so-controle, ou mediante uso de outros métodos que atestem sua relação com o diagnóstico. Esse subnível de validade clínica refere-se a estudos desenvolvi dos para identificar múltiplos fatores relacionados/de risco para um diagnóstico. Os métodos de uso frequente incluem estudos bem delineados de caso-controle com tamanhos de amostras suficientes .para determinar a magnitude do efeito de fatores causais potenciais, além de identificar estruturas hierárquicas e causas suficientes para múltiplos fatores relacioná.dos/de risé:o/condições associadas/po� pulações em risco. A inferência diagnóstica para estabelecer sujeitos que farão parte dos grupos caso (com o diagnóstico de enfermagem) e controle (sem o diagnóstico de en fermagem) deve basear-se em medidas da acurácia do diagnóstico estabelecidas por estudos de validade de construto clínico: devem ser atendidos critérios do subnível 2.3.3. Este tipo de validade foi empregado na pesquisa de Medeiros e colaborado res (2018), que desenvolveram um estudo de caso-controle para identificação de fatores de risco de lesão por pressão em adultos na unidade de terapia intensiva (UT!). A pesquisa foi feita com 180 pacientes (90 em cada grupo). Utilizando uma análise de regressão logística, os autores identificaram seis fatores de risco de le são por pressão (00304, risco de lesão por pressão no adulto). Nível 2.3.9. Validade causal da variável de exposição. A validade causal dava riável de exposição refere-se à interpretação de uma relação causal entre um fator etiológico e um grupo de diagnósticos. O critério do nível de evidência baseia-se nos resultados obtidos de estudos de coorte, ou outros métodos que possibilitam demonstrar como tal fator é capaz de alterar as interpretações (inferências) de um conjunto de diagnósticos. Esse tipo de validação permite estabelecer a importân cia de um fator relacionado/de risco para múltiplos diagnósticos, utilizando um delineamento de coorte de exposição, que é baseado em dois grupos: um exposto e um não exposto ao fator relacionado/de risco. Essas pesquisas podem ainda ser usadas para que se estabeleçam cadeias causais em que múltiplos diagnósticos são associados clinicamente e se retróalimentam, caracterizando um diagnóstico de síndrome. As amostras devem ser suficientes para determinar a magnitude do risco as sociado à exposição ao fator e para identificar estruturas hierárquicas· com etio logias multifatoriais e/ou cadeias causais. Por fim, os diagnósticos que se acredita serem causados pelo mesmo fator de risco/relacionado devem ser avaliados com base em evidência de validade do construto clínico; cada diagnóstico a ser ana lisado deve ter atendido aos critérios de nível 2.3.3 de validade. O estudo de Reis e Jesus (2015) é um exemplo de uma coorte de exposição para avaliar risco de quedas (00155) entre 271 idosos institucionalizados. Capítulo 4 • Critérios revisados de níveis de evidência para submissão de diagnósticos 47 Nível 2.3.10. Validade generalizável de fatores relacionados/de risco. Esse tipo de validade refere-se ao grau em que o mesmo conjunto de fatores etiológicos permite a geração de uma interpretação causal para populações diferentes em contextos múltiplos. Esse critério de nível de evidência baseia-se na identificação de estudos que validem os fatores etiológicos do diagnóstico em populações dife rentes, usando métodos similares e descrevendo medidas do tamanho do efeitÜ desses fatores no diagnóstico. Assim, esse nível assemelha-se à validade generali zável de características definidoras, embora inclua a�álises e revisões sistemáticas de fatores relacionados/de risco. Essas amostras incluirão estudos bem delineados que atendam a critérios do subnível 2.3.8, sendo usadas técni�as de 1netanálise para a indicação de medidas que resumam o tamanho do efeito dos f�tores rela cionados/de risco no diagnóstico de enfermãgem. Não fo:�·am··�ncontrados .exem.,_ plos desse tipo de validade, possivelmente pelo fato de ainda serem poucos os estudos de fatores relacionados/de risco. Contudo, é importante salientar que a definição de intervenções dependerá do fator causal do diagnóstico. Estudos so bre evidência de validade generalizável são encorajados. 4.3.3 Considerações finais Esses níveis de evidência representam uma hierarquia que retrata o grau em que observações identificadas como descritoras de um diagnóstiCo de fato o des crevem. A revisão dos níveis de evidência dos diagnósticos da NANDA-1 deve dar suporte aos profissionais para que conheçam o estágio de desenvolvimento dos diagnósticos e seu potencial de representar os fenômenos da profissão. Além disso, essa revisão pode auxiliar os acadêmicos a definirem suas pesquisas, am pliando as possibilidades de uma aplicação prática de seus achados. Processos de validação podem acelerar o desenvolvimento gradativo dos diagnósticos aceitos e propostos, conferindo umamaior consistência à terminologia, além de aperfeiço arem o processo de tomada de decisão clínica. No próximo ciclo da terminologia, a diretoria de pesquisa trabalhará para redefinir o nível de evidência de nossos diagnósticos utilizando esses critérios novos. 4.4 Referências Amcrican Educational Rcsearch Association. American Psychological Association. National Coun cil on Measurement in Education. Standards for educational and psychological testing. Wa shington: American Psychological Association, 2014. Cabaço SR, Caldeira S, Vieira M, et ai. Spiritual coping: a focus of new nursing diagnoses. Int J Nurs Knowl 2018; 29(3): 156-164. Chaves DBR, Pascoal LM, Beltrão BA, et ai. Classification tree to screen for the nursing diagnosis Ineffective airway clearance. Rev Bras Enferm 2018; 71(5): 2353-2358. Deeks JJ, Bossuyt PM, Gatsonis C. 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Embora as diferenças sejam evidentes, há muito em comum entre esse grupo profissional e a prestação coletiva de cuidados de enfermagem por seus membros. Os enfermeiros têm valores prÓfissionais similares (p. ex., afeto, dignidade do paciente, cooperação) e partilham conhecimentos básicos da enfermagem. O in divíduo (ou receptor dos cuidados) é o foco central da enfermagem. Os enfermei ros tratam das respostas dos indivíduos a problemas de saúde e processos de vida, entre indivíduos, cuidadores, famílias, grupos e comunidades. Os enfermeiros utilizam os diagnósticos de enfermagem da NANDA-I para co municar seus julgamentos clínicos sobre respostas humanas a condições de saú de/processos da vida, ou suscetibilidades a essas respostas que os pacientes estão experienciando. O julgamento clínico dos enfermeiros "constitui a base para a seleção das intervenções de enfermagem para alcançar resultados cuja responsa bilidade é do enfermeiro" (Herdman e Kamitsuru, 2018, p. 133). 6.2 Educação e prática da enfermagem Muitas escolas de enfermagem têm currículos que integram o diagnóstico de en fermagem, ligando-o aos resultados e às intervenções. É crucial nos currículos a importância da avaliação para orientar a identificação e a validação dos diagnós ticos de enfermagem. Também é importante que os membros do corpo docente e da gestão valorizem econheçam a terminologia dos diagnósticos de enfermagem. O Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: definições e classificação é um livro -texto fundamental a muitos programas de formação de enfermeiros, sendo pu blicado em mais de 20 idiomas (� Tabela 6.1). Traduções em novos idiomas no último ciclo do livro refletem o interesse maior por nosso trabalho em países da África, Ásia, Leste Europeu e subcontinente da Índia. Vários países demonstra ram um interesse recente_ em adotar a NANDA-I por meio de atividades como oficinas internacionais, criação de um Grupo em Rede da NANDA-1, participação em conferências da NANDA-I, solicitação de seminários online, ou outras ativi dades de aprendizagem para a construção de conhecimento da taxonomia e da terminologia da NANDA-1. Capítulo 6 • Diagnóstico de enfermagem: uma terminologia internacional 67 Tabela 6.1 Traduções da publicação Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational: definições e classificação Alemão Espanhol europeu Inglês Português Chinês simplificado Espanhol hispano-americano Italiano Romeno Chinês tradicional Estoniano Japonês Sueco Coreano Francês Letão Tcheco Croata Holandês Polonês Turco Esloveno Indonésio A exposição ao processo de enfermagem-e sua aplicação, bem_ço.nfo uma com preensão aprofundada do diagnóstico de enfermagem ria forínàção de profissio nais, oportLmiza ao futuro enfermeiro a aquisição de conhecimentos e habilida des necessárias à prática profissional. Integrar os diagnósticos de enfermagem da NANDA-1 ao currículo envolve a inserção dos conteúdos em aulas expositivas, disciplinas sobre o desenvolvimento de habilidades, e simulação e experiências clínicas. Há várias maneiras de integrar as linguagens padronizadas de enferma gem (LPE), inclusive os diagnósticos da NANDA,J, ao currículo. Elaborar planos de cuidado como tarefas das atividades clínicas é algo bastante comum, podendo ser uma oportunidade efetiva de aprendizagem depois que os estudantes apren derem sobre o processo diagnóstico. Abordagens proble1náticas incluem ensinar os diagnósticos de enfermagem de modo que os vincule diretamente aos diagnós ticos médicos, usar planos de cuidado padronizados para diagnósticos de enfer magem específicos sem associar os dados da avaliação ao diagnóstico e/ou Sem a individualização das intervenções e dos resultados para o paciente. O enfermeiro deve entender um diagnóstico médico como parte da avaliação, embora jamais se deva utilizá-lo exclusivamente como a justificativa de um diagnóstico de en fermagem. Da mesma maneira, um plano de cuidados padronizado pode ser um modelo inicial, mas deve ser personalizado para o paciente e para as preocupa ções e necessidades específicas de cada paciente, de acordo com o que foi identifi cado durante a avaliação. Os serviços de saúde usam diagnósticos de enfermagem ou "problemas do pa ciente'' para a identif icação e a priorização das áreas de interesse dos enfern1eiros. Muitas instituições de saúde deixaram os registros em papel, passando a utilizar registros eletrônicos de saúde (RES) para a documentação dos cuidados de enfer magem. A NANDA-I firma contratos com importantes comerciantes de sistemas de RES para licenciamento de sua terminologia, e esses comerciantes personali zam a terminologia para os RES específicos de cada instituição de saúde, sendo que a estrutura desses sistemas possibilita a vinculação dos dados de avaliação aos diagnósticos. A NANDA-I também firma contratos diretamente com orga nizações (p. ex., hospitais, atendimento domiciliar, instituições de longa perma nência) para uso da terminologia por meio dos parceiros editoriais. Com a popu laridade dos RES, é importante observar que constitui uma violação de direitos 68 Parte 3 • Uso dos.diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational ,, autorais o uso da terminologia da NANDA-I em um desses sistemas sem nossa permissão na forma de um contrato escrito através do parceiro editorial que ge rencie os direitos digitais no idioma do usuário. A presença de LPEs em RES oferece novas formas de estudo da acurácia diag . nóstica (correspondência entre dados de avaliação e a condição atual do paciente) e da documentação de enfermagem. Há pesquisas que mostram uma necessidade de melhorar o raciocínio e a acurácia dos diagnósticos entre os estudantes e os enfermeiros da prática (Johnson, Edwards e Giandinoto, 2017; Larijani e Saatchi, 2019; Freire, Lopes, Keenan e Lopez, 2018). Uma riqueza de informações clíni cas pode ser explorada quando as LPEs 'estão no RES e quando os diagnósticos podem ser validados por meio do uso de dados em avaliações de enfermagem padronizadas. 6.3 Associações profissionais e classificações de enfermagem A associação profissional da NANDA-I conecta enfermeiros (e aqueles interessa dos no diagnóstico de enfermagem) que desejam buscar o desenvolvimento e o refinamento da terminologia diagnóstica, bem como as melhores práticas para educação, pesquisa e uso da terminologia. Entre os membros dessa associação es tão estudantes, enfermeiros da prática clínica, gestores, educadores, profissionais da informática e pesquisadores. Os membros conectam-se pelo site da associação e por redes sociais, além de terem a oportunidade de apresentar suas pesquisas e partilhar experiências em conferências da NANDA-1. O periódico da NANDA,I, International Journal of Nursing Know/edge, publica pesquisas realizadas no mundo todo para identificar o conhecimento de enfermagem, desenvolver e aplicar LPEs na prática, educação, informática e pesquisa. A NANDA-I foi vinculada a várias classificações de enfermagem e, com per missão, muitas incorporaram os diagnósticos da NANDA-1 a seu desenvolvimen to (marcadas com*) ao longo dos anos, para fins de prática, educação ou pesquisa de enfermagem. Elas incluem: • Conjunto de Dados Mínimos de Enfermagem (NMDS) da Bélgica • Sistema de Classificação de Cuidados Clínicos (CCC)* • European Nursing care Pathways (ENP) °ि� Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) • Classificação Internacional da Prática de Enfermagem (CIPE)* • Leistung Erfassung des Pflegeaufwandes (LEP) . • Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC), University o! Iowa • Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC), University oi Iowa • Sistema Omaha (Omaha)* • Conjunto de Dados Perioperatórios de Enfermagem (PNDS)* • Sundheds-vresenets Klassifikations System (SKS), Classificação de Inter venções de Enfermagem da Dinamarca. Capítulo 6 • Diagnóstico de enfermagem: uma terminologia internacional 69 A maioria das pesquisas na área das LPEs foram conduzidas com os diagnósticos da NANDA-1, seguidas por "NNN", que é o uso combinado da NANDA-1 e das ClassZficações dos resultados de enfermagem e das intervenções de enfermagem (NOC e NIC, respectivamente), e de suas ligações (Tasten et al., 2014; Herdman e Ka mitsuru, 2018; Moorhead, Swanson, Johnson e Maas, 2018; Butcher, Bulechek, Dochterman e Wagner, 2018). Muitos termos da NANDA-1 são parte da SNOMED CT (Systematized Nomen clature of Medicine-Clinicai Terms), uma terffiinol?gia de referência clínica in ternacional. Quando da escrita deste livro, a NANDA-1 estava colaborando com membros da SNOMED na análise das possibilidades de elaboração de um conjun to referencial na SNOMED CT, para que seus usuários possa,m ·acessar os termos da NANDA-1 em seus RES. 6,4 Implementação internacional De muitas formas, faculdades e universidades, organizações de saúde, associações profissionais e mesmo entidades governamentais trabalharam em conjunto para educar a respeito e implementar a terminologia de diagnósticos de enfermagem. A ilnplementação disseminada dessa terminologia avançou em alguns países por obrigatoriedade de uso. Vários países na América Latina (p. ex., Peru, México, Bra sil) incluíram o uso do processo e do diagnóstico de enfermagem em regulamentos profissionais de enfermagem ou leis governamentais. Os exemplos a seguir, emordem alfabética por país, apresentam uma perspectiva global sobre o estado de implementação da terminologia da NANDA-1 em algumas partes do mundo. 6,4.1 Brasil O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) regulamenta a profissão desde 1986, e exige que os cuidados prestados sejam realizados de acordo com os elementos do processo de enfermagem em todas as instituições ·de saúde e afirma que os enfermeiros têm esse direito (Brasil, 1986, 1987; Cofen, 2002, 2009, 2017). Antes dessas regulamentações, os enfermeiros no Brasil promoviam o avanço científico da enfermagem. Na década de 1960 e 1970, a Dra. Wanda de Aguiar Horta, da Es cola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP), promoveu métodos científicos e o uso do diagnóstico de enfermagem e do processo de enfermagem (Paula, Nara e Horta, 1967; Horta, Hara e Paula, 1971; Horta, 1972; Horta, 1977). No final da década de 1980, dois grupos adotaram os diagnósticos da NANDA -1, o da EEUSP (liderado pela Dra. Edna Arcuri) e o da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) (liderado pela Dra. Marga Coler) (Coler, Nóbrega, Garcia e Coler -Thayer, 2009; Cruz, 1991). O conhecimento da taxonomia e terminologia da NANDA-1 foi posteriormente disseminado por meio de publicações e conferências. Em 1990, a publicação do manual Diagnóstico de enfermagem: uma abordagem conceituai e prática, apresentava uma tradução da Taxonomia 1 revisada da NANDA (Farias, Nóbrega, Perez e Coler, 1990). O primeiro Simpósio Nacional de Diagnósticos de Enfermagem foi 70 Parte 3 • Uso dos diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 'r ,· ' ' ' ' l promovido em 1991 pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC) e a atual Escola Paulista de Enfermagem (EPE/Unifesp); o primeiro Simpósio Inter nacional de Diagnósticos de Enfermagem veio na sequência, em 1995, promovido pela EEUSP. A primeira tradução oficial da classificação da NANDA foi feita em 1999. Em 2002, a EPE/Unifesp realizou o 6° Simpósio Nacional de Diagnósticos de Enfermagem, que ocorreu durante o primeiro Simpósio Internacional de Clas sificações de Enfermagem. Esses eventos ajudaram os enfermeiros a compreende rem as ligações entre NANDA, NOC e NIC. O processo de enfermagem é ensinado. em todos os programas de enfermagem. Isso se deve parcialmente às Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Gra duação em Enfermagem, estabelecidas em 2001, que declararam que os enfer meiros podem diagnosticar (Conselho Nacional de Educação, 2001). A Comissão Permanente de Sistematização da Prática de Enfermagem (COMSISTE ABEn Na cional), estabelecida em 2006 pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), ensina Os enfernieiros sobre o processo de enfermagem e promove a implementa ção efetiva do processo de enfermagem e da LPE na prática (ABEn, 2017a; ABEn, 2017b). Programas de pós-graduação contribuíram muito para o amplo uso do diagnóstico de enfermagem no Brasil e, durante o período de 2006-2016, 85% das 216 teses e dissertações acessíveis concentraram-se em diagnósticos de enfer magem e nos diagnósticos de enfermagem da NANDA-I (Hirano, Lopes e Barros, 2019). Outras iniciativas educativas incluem o ensino a distância do Programa de Atualização em Diagnósticos de Enfermagem (PRONANDA), produzido no Brasil desde 2013 (NANDA International, Herdman e Carvalho, 2013). A implemen tação de LPE nos RES tem contribuído para a expansão do uso da NNN. Desde 2013, quase 400 vendas licenciadas foram feitas pelo Grupo A para um total de 32 instituições de saúde. Apesar desse contexto favorável, a implementação e o uso do processo diag nóstico e da LPE permanecem inconsistentes no país. Por exemplo, de 416 setores com 40 instituições no Estado de São Paulo, 78,8% documentaram as avaliações, 78,8% documentaram os diagnósticos, mas apenas 56,0% documentaram ava liação, diagnóstico, intervenções e resultados, ao passo que 5,8% não documen taram nerihuma das fases do processo diagnóstico ou anotações de enfermagem (Azevedo, Guedes, Araújo, Maia e Cruz, 2019). Em 2020, a Rede de Pesquisa em Processo de Enfermagem (RePPE) foi criada por pesquisadores de várias regiões do país, com o objetivo de gerar, sintetizar e compartilhar conhecimentos sobre o processo de enfermagem e as LPEs (RePPE, s.d.). A contínua promoção de eventos pela ABEn, as ações da COMSISTE e discussões à beira do leito do paciente usando a LPE, como as promovidas pelo IDPC, pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e pelo Hospital Universitário da USP, são iniciativas valiosas para o avanço do processo de enfermagem e a implementação da LPE na prática brasileira. 6.4.2 Japão Na década de 1990, os diagnósticos de enfermagem fascinaram muitos enfermei ros japoneses que buscavam uma prática independente baseada no conhecimento Capítulo 6 • Diagnóstico de enfermagem: uma terminologia internacional 71 estar tensa o tempo todo, o enfermeiro avalia que isso tem mais relação com sua identidade pessoal, processos familiares e relacionamentos do que com alguma pertur bação após a 1nudança de um ambiente a outro, ou com incapacidade persistente de recordar alguma coisa. 8.6 Novos diagnósticos potenciais É bastante possível, como no caso da Sra. H (..,: Fig. "8.2), que da:dos novos levem a novas informações e, por sua vez, a novos diagnósticos. As mesmas perguntas utilizadas para eliminar diagnósticos potenciais devem ser empregadas na consi deração dos novos diagnósticos. 8.7 Diferenciação entre diagnósticos similares Para reduzir seus diagnósticos potenciais, é útil considerar aqueles que são simi lares, mas que apresentam algum aspecto diferenciado, o que faz com que um seja mais relevante para o paciente do que o outro. Vejan1os novamente nossa paciente, a Sra. H. Após a avaliação detalhada, o enfermeiro havia chegado a 10 diagnósticos potenciais; dois deles foram eliminados, restando oito diagnósticos potenciais. Uma forma de começar o processo de diferenciação é verificar onde os diagnósticos se localizam na taxonomia da NANDA-1. Isso lhe dá uma dica de como os diagnósticos estão agrupados em uma área mais ampla do conhecimento de enfermagem (domínio) e as subcategorias, ou grupo de diagnósticos com atri butos similares (classe). Após eliminar dois diagnósticos, o enfermeiro da Sra. H. está considerando: três diagnósticos no domínio de papéis e relacionamentos (processos familiares dis funcionais, relacionamento ineficaz e processos familiares interrompidos), um diagnós tico no domínio enfrentamento/tolerância ao estresse (disposição para resiliência melhorada); um no domínio de nutrição (risco de glicemia. instável), um no domínio autopercepção (distúrbio na identidade pessoal), um no domínio segurança/prote ção (integridade tissular prejudicada), e um no domínio conforto (dor aguda). O en fermeiro se dá conta de que processos familiares disfuncionais, relacionamento ineficaz, processos familiares interrompidos e distúrbio na identidade pessoal agrupam-se em sín drome do distúrbio na identidade familiar (00283). Ao revisar as informações do paciente à luz de diagnósticos similares, leve em conta essas perguntas: • Os ·diagnósticos compartilham um foco similar ou diferente? • Se os diagnósticos compartilham um foco similar, um deles é mais focalizado/ específico que o outro? 0 Um dos diagnósticos tem potencial de levar a outro que identifiquei? Ou seja, poderia ser o fator causador do outro diagnóstico? À medida que o enfermeiro considera o que sabe sobre a Sra. H, ele pode observar as respostas identificadas como diagnósticos potenciais à luz dessas perguntas. 104 Parte 3 • Uso dos .diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational Sem dúvida, a Sra. H tem uma lesão relacionada ao diabetes (integridade tissu/ar prejudicada), parece que sua suscetibilidade a uma variação na glicemia em re lação aos níveis normais (risco de glicemia instável) é, na verdade, consequência de seu estresse excessivoem razão da síndrome do distúrbio na identidade familiar. Portanto, embora o enfermeiro esteja preocupado com a dor da paciente e tenha que tratar sua lesão, ele pensa que pode cuidar melhor desses problemas no longo prazo tratando da síndrome do distúrbio na identidade familiar, que, em sua opinião, inclui as causas subjacentes da atual condição de saúde da paciente. Depois de conversar com a Sra. H, parece que usar o diagnóstico de promoção da saúde disposição para resiliência melhorada dará mais suporte a ela para definir metas de manejo da glicemia e da identidade familiar, ao mesmo tempo que re força sua capacidade de retomar o controle de sua vida e melhorar a resiliência. O enfermeiro reconhece que a paciente verbalizou um desejo de melhorar a resiliência e sente que trabalhar com ela esse aspecto a partir da perspectiva da promoção da saúde (disposição para resiliência melhorada) pode ser mais positivo para a paciente. Isso, junto da cre·nça antes mencionada de que estabelecer metas poderia ser usado nesse diagnóstico para abordar o risco de glicemia instável, torna esse diagnóstico mais apropriado para a Sra. H. O enfermeiro acha que é essencial reconhecer sua identidade familiar e trabalhar essa resposta com a paciente. Por fim, é importante controlar a dor aguda que a Sra. H apresenta. Pelo fato de uma das metas ser deixá-la mais ativa para melhorar a glicemia e auxiliar no bem-estar geral, é importante aumentar seu conforto, para que a dor da paciente não a impeça de aumentar o nível de atividade. 8.8 Diagnosticando/priorizando diagnósticos Após concluir a avaliação, identificar os padrões de resposta, gerar, refinar e fi nalizar os diagnósticos de enfermagem junto com a etiologia, as intervenções de enfermagem podem ser planejadas com o paciente. Depois de revisar tudo o que aprendeu sobre seu paciente, a Sra. H, o enfermeiro já deve ter determinado seis diagnósticos principais: • Risco de glicemia instável (00179) • Integridade tissular prejudicada (00044) • Dor aguda (00132) • Síndrome de distúrbio na identidade familiar (00283) • Disposição para resiliência melhorada (00212) Lembre que o processo de enfermagem, que inclui reavaliações do diagnóstico, é um processo contínuo. Isso quer dizer que, à medida que mais dados ficam dis poníveis, ou que se altera a condição do paciente, os diagnósticos podem também mudar - ou o que é prioritário pode mudar. Por um momento, relembre a avalia ção inicial de rastreamento que o enfermeiro fez da Sra. H. Você consegue perce ber que, sem um acompanhamento posterior, ele não teria percebido o diagnósti co importante de síndrome de distúrbio na identidade familiar, além da oportunidade Capítulo 8 • Aplicação clínica: análise de dados para determinar diagnósticos de ... 105 1 ,, 1 Gordon M. Assess Notes: Nursing assessment and diagnostic reasoning. Philadelphia, PA: FA Da vis, 2008. Herdman TH. (2013). Manejo de casos empleando diagnósticos de enfermería de la NANDA Inter nacional. [Case management using NANDA International nursing diagnoses]. XXX CONGRE SO FEMAFEE 2013. Montcrrey, Mexico, 2013. (Spanish). Koharchik L, Caputi L, Robb M, Culleiton AL. 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Você consegue ver por que a ideia de apenas "escolher" um diagnóstico de en fermagem para acompanhar um diagnóstico médico não é uma ação acertada? A avaliação contínua e detalhada forneceu muitas informações adicionais sobre a Sra. H, que puderam ser usadas para determinar não apenas os diagnósticos apropriados, mas resultados e intervenções realistas que atendam melhor as suas necessidades individuais. 8.9 Resumo A avaliação-inicial é um papel fundamental dos enfermeiros, demandando co nhecimentos da disciplina sobre teorias de enfermagem, conceitos e focos de interesse com base nos quais serão elaborados os diagnósticos de enfermagem. Coletar dados apenas para preencher um formulário obrigatório ou lacunas na tela do computador é perda de tempo, e com certeza não oferece suporte a um atendimento individualizado de nossos pacientes. Estabelecer uma relação efeti va entre o enfermeiro e o paciente possibilita ao profissional conhecer a pessoa e suas experiências com saúde e doenças. Ter um método organizado para a ava liação de enfermagem, como a Avaliação dos Padrões Funcionais de Saúde de Gordon, dá ao enfermeiro uma estrutura de avaliação inicial que pode orientar a coleta de dados para diagnosticar corretamente e identificar fatores causadores que respondam a intervenções e resultados de enfermagem baseados em evidên cias. Desenvolver, refinar e priorizar diagnósticos de enfermagem com base em análise e síntese dos dados é a marca da enfermagem profissional. A avaliação do paciente, seguida pela síntese de dados, é essencial para o pro cesso diagnóstico. Selecionar diagnósticos de enfermagem sem uma avaliação pode resultar em diagnósticos de baixa acurácia, resultados indesejados e inter venções ineficazes e/ou desnecessárias para diagnósticos irrelevantes para o pa ciente - e pode fazer com que o enfermeiro não perceba o diagnóstico de enfer magem mais importante para o seu paciente! 8.10 Referências Bellinger G, Casstro D, Mills A. 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É importante compreender ·um-pouéo. sobre uma taxonomia, e como ela difere de uma termiiiologia. Vam_os·, éritão, discutir sobre o que uma taxonomia realmente representa. Uma terminologia é o conjunto de termos usados para determinada aplicação técnica em assunto de pesquisa, profissão, etc. (English Oxford Living Dictionary Online, 2020). Em relação à enfermagem, a terminologia dos diagnósticos de enfermagem da NANDA-1 inclui os termos definidos (títulos) usados para descrever julgamen tos clínicos feitos por profissionais enfermeiros: os próprios diagnósticos. Uma definição da taxonomia da NANDA-I poderia ser "uma ordenação sistemática de fenômenos/julgamentos clínicos, que define os conhecimentos da disciplina de enfermagem". De forma mais simplificada, a taxonomia dos diagnósticos de en fermagem da NANDA-Ié um esquema classificatório para nos auxiliar a organi zar os conceitos que dizem respeito (julgamentos de enfermagem ou diagnósticos de enfermagem) à prática de enfermagem. Uma classificação é a organização de fenômenos relacionados em grupos taxonômicos, conforme as similaridades ob servadas; uma categoria em que algo é inserido (English Oxford Living Dictiona ry Online, 2020). Uma taxonomia é o ramo da ciência que trata da classificação, especialmente de organismos: sistemática (English Oxford Living Dictionary Online, 2020). Uma taxonomia pode ser comparada a um armário de arquivos - em uma gaveta (do mínio), você pode arquivar todas as informações relativas às suas contas/dívidas. Nessa gaveta, você pode ter pastas de arquivos individuais (classes) para tipos di ferentes de contas/dívidas: moradia, automóvel, saúde, veterinário, etc. Em cada pasta de arquivo (classe), você poderia ter contas individuais representando cada tipo de dívida (diagnósticos de enfermagem). A taxonomia biológica atual teve origem com Carl Linnaeus em 1735. Ele originalmente identificou três reinos (animal, vegetal e mineral), que foram depois divididos em classes, ordens, fa mílias, gêneros e espécies (Quammen, 2007). Você provavelmente aprendeu a respeito da taxonomia biológica revisada em uma aula de ciência básica na escola ou na universidade. A terminologia, por outro lado, é a linguagem usada para descrever uma deter minada coisa; é a linguagem usada em determinada disciplina para descrever seu conhecimento. Assim, os diagnósticos de enfermagem formam uma linguagem 108 Parte 3 • Uso dos_ diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational de uma disciplina específica. Portanto, quando falamos sobre os diagnósticos, es tamos falando da terminologia do conhecimento de enfermagem. Quando quere mos falar sobre como estruturamos ou categorizamos os diagnósticos da NANDA -I, nos referimos à taxonomia. Sistemas de classificação na assistência à saúde denotam conhecimentos disci plinares e demonstram como um grupo específico de profissionais percebe quais são as áreas importantes de conhecimento da disciplina. Logo, um sistema de classificação na assistência à saúde tem múltiplas funções, incluindo: 11 proporcionar uma visão do conhecimento e área· de atuação de determinada profissão. • organizar os fenômenos de forma que se refiram a mudanças na saúde, nos processos e em mecanismos que preocupam o profissional. " mostrar a conexão lógica entre fatores que podem ser controlados ou manipu- lados por profissionais na disciplina (von Krogh, 2011). Pensemos na taxonomia relacionada com algo com que todos lidamos no cotidia no. Quando você precisa comprar comida, vai ao mercado. Suponhamos que haja um novo mercado em seu bairro, chamado Mercado Categorizado, Ltda. Você decide ir a esse local para fazer as compras. Entrando no mercado, nota que a disposição dos itens parece bastante diferente da organização com que está acostumado, mas a pessoa que o cumprimenta à entrada do estabelecimento lhe entrega um diagrama que ajuda a saber onde cada item está localizado(� Fig. 9.1). Você pode ver que o mercado organizou os itens alimentares em oito catego rias principais, ou corredores de itens: proteínas, grãos, legumes/vegetais, frutas, alimentos processados, lanches, alimentos diferenciados e bebidas. Essas catego rias/corredores podem também ser chamados de "domínios" - são os níveis mais abrangentes de classificação, que dividem os fenômenos em grupos principais. Nesse caso, os fenômenos representam "itens alimentares". Você também pode observar que o diagrama não mostra apenas os oito corre dores; cada um possui algumas expressões-chave que ajudam ainda mais o con sumidor a compreender os tipos de alimentos encontrados em cada corredor. Por exemplo, o corredor (domínio) com o título "bebidas" mostra seis subcategorias: "café", "chá", "refrigerante", "água", "cerveja/cidra" e "vinho/saquê." Outra ma neira de dizer isso seria que essas subcategorias são "classes" de produtos encon trados no "domínio" das bebidas. Uma das regras que as pessoas· tentam seguir ao elaborarem uma taxonomia é que as classes sejam mutuamente excludentes - em outras palavras, um tipo de alimento não deve ser encontrado em múltiplas classes. Nem sempre isso é possível, embora ainda deva ser a meta, uma vez que deixa tudo mais claro para quem quer usar a estrutura. Se você encontrar queijo cheddar no corredor das proteínas, embora encontre pasta de queijo cheddar no corredor dos lanches, será difícil compreender o sistema de classificação usado. Voltando à análise do diagrama de nosso mercado, há mais informações a se rem acrescentadas ( 11- Fig. 9.2). Cada um dos corredores com alimentos está mais bem explicado, com informações mais detalhadas sobre os itens encontrados nos Capítulo 9 • Introdução à taxonomia de diagnósticos de enfermagem da NANDA ... 109 vários corredores. Por exemplo, a 11- Fig. 9.2 mostra as informações detalhadas encontradas no corredor das "bebidas". Você perceberá as seis "classes" junto de cada detalhe adicional para cada uma delas. Essas representam vários tipos (ou conceitos) de bebidas, todos partilhando propriedades similares que os agrupam em um mesmo conjunto. Com as informações recebidas, encontramos facilmente os itens da lista de compras. Se quisermos encontrar algum refrigerante com cafeína, rapidamente conseguiremos encontrar o corredor marcado- como "bebidas":, a prateleira mar cada como "refrigerante", e conseguiren1os confirmãr que os com cafeína encon tram-se ali. Da mesma forma, se quisermos chás verdes a granel, procuraremos o corredor das "bebidas", achamos a prateleira marcada com- a palavra "Chá" e encontraremos depois "Chás verdes a granel". A finalidade dessa taxonomia de itens alimentares é �juda,r os consumidores a determinarem rapidamente a seção do mercado com os elementos nutricionais que desejam adquirir. Sem isso, as pessoas teriam que andar muito pelos corre dores e tentar entender quais produtos estão em que corredor - dependendo do tamanho do supermercado, essa poderia ser uma experiência bastante frustrante e confusa! Assim, o diagrama oferecido pelos funcionários mostra um "mapa conceituai", ou um guia para compradores entenderem rapidamente de que for ma os itens alimentares foram classificados em locais no mercado, procurando melhorar a experiência de consumo. Por ora, você pode provavelmente ter uma boa noção da dificuldade que é elaborar uma taxonomia que reflita os conceitos que ela tenta classificar de modo claro, conciso e coerente. Pensando no exemplo do mercado, você consegue ima ginar maneiras diferentes de agrupar os itens alimentares? Esse exemplo de uma taxonomia de itens alimentares pode não atingir a meta de evitar sobreposição entre conceitos e classes de uma maneira lógica a todos os consumidores. Por exemplo, o suco de tomates está no domínio legumes/vegetais (sucos de legumes/vegetais), mas não no domínio bebidas. Embora um grupo de pessoas possa achar essa categorização lógica e clara, Outras podem sugerir que todas as bebidas sejam colocadas juntas. O que importa é a distinção bem defini da entre os domínios; isto é, que todos os legumes/vegetais e os produtos de vege tais sejam encontrados no domínio dos legumes/vegetais, ao passo que o domínio das bebidas contenha bebidas que não tenham vegetais como base. O problema com essa distinção é que pode ser que alguém defenda que vinhos e outras be bidas (como as cidras) tenham que estar no corredor das frutas e as cervejas e os saquês, no corredor de grãos! As taxonomias são uma tarefa contínua: elas continuam a aumentar, evoluir e até mesmo mudar drasticamente à medida que mais conhecimentos sobre a área de estudos sejam desenvolvidos. Costuma ocorrer muita discussão sobre que estrutura é melhor para categorizar fenômenos de interesse para disciplinas di ferentes. Há muitas formas distintas de categorizaçãodas coisas e, na verdade, não há uma maneira "absolutamente correta". A meta é achar um modo lógico 112 Parte 3 • Uso dos diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 1 e consistente de categorizar coisas similares, ao mesmo tempo em que se evita a sobreposição de conceitos e classes. Para os usuários de taxonomias, busca -se a compreensão de como elas classificam conceitos similares em domínios e classes de modo a identificarem conceitos específicos rapidamente, conforme a necessidade. 9.2 Organizando o conhecimento de enfermagem As profissões organizam seu conhecimento formal em dimensões consistentes, conceituais e lógicas para que elas reflitam o seu domínio profissional, tornan do-o relevante para a prática clínica. Para os profissionais da saúde, conhecer os diagnósticos é uma parte importante dos conhecimentos profissionais e é es sencial à prática clínica. O conhecimento dos diagnósticos de enfermagem deve, assim, ser organizado de modo a legitimar a prática profissional e consolidar a jurisdição da profissão de enfermàgem (Abbott, 1988). Na taxonomia dos diagnósticos de enfermagem da NANDA-I, usamos um grá fico hierárquico para mostrar nossos domínios e classes (11> Fig. 9.3). Os diagnósti cos em si não estão descritos nesse gráfico, embora pudessem estar. A razão prin cipal da não inclusão é a existência de 267 diagnósticos, o que deixaria o gráfico bastante grande - e de difícil leitura! Na enfermagem, é da maior importância que os diagnósticos sejam classifi cados de modo a ter sentido clínico; assim, quando um enfermeiro está tentan do identificar um diagnóstico que não costuma encontrar na prática, consegue, de modo lógico, usar a taxonomia para encontrar informações adequadas sobre possíveis diagnósticos relacionados. Embora a Taxonomia II da NANDA-1 (� Fig. 9.3) não pretenda funcionar como uma estrutura para avaliação do paciente, ela constitui uma estrutura de classificação dos diagnósticos de enfermagem em do mínios e classes, cada um definido com clareza. Na t-- Fig. 9.4, damos um exemplo do que aconteceria se incluíssemos os diag nósticos de enfermagem na representação gráfica da taxonomia. Apenas um dos domínios é mostrado, com suas classes e diagnósticos de enfermagem e, como você pode ver, há muita informação a ser representada em um gráfico. O conhecimento da enfermagem inclui respostas de indivíduos, famílias, gru pos e comunidades, seus riscos e aspectos positivos. Conforme von Krogh (2011), a taxonomia da NANDA-I pretende funcionar das seguintes maneiras: e fornecer um modelo, ou mapa cognitivo, do conhecimento da disciplina de enfermagem; e comunicar esse conhecimento e essas perspectivas e teorias; 0 oferecer estrutura e ordem para esse conhecimento; 0 funcionar como um instrumento de apoio ao raciocínio clínico; • oferecer uma maneira de organizar os diagnósticos de enfermagem em um registro eletrônico de saúde. Capítulo 9 • Introdução à taxonomia de diagnósticos de enfermagem da NANDA ... 113 Figura 9.5 Uso da taxonomia da NANDA-I para identificar e validar um diagnóstico de enfermagem fora da sua especialidade. dar suporte na identificação de possíveis diagnósticos devido ao modo de agru pamento dos diagnósticos em classes e domínios representativos de áreas espe cíficas do conhecimento. Não se esqueça, todavia, de que apenas olhar os títulos dos diagnósticos e "escolher um deles'' não representa uma prática segura! Você precisa revisar a definição e os indicadores diagnóstic<?s (características definido ras, fatores relacionados ou de risco) para cada diagnóstico potencial, o que irá lhe auxiliar a identificar que outros dados deverão ser coletados, ou se há dados suficientes para diagnosticar com exatidão a resposta humana do paciente. Revisemos o estudo de caso do Sr. S para compreender como você pode usar a taxonomia como suporte para a identificação de diagnósticos potenciais. Estudo de caso: Sr. S Suponhamos que seu paciente, o Sr. S, viúvo, com 87 anos de idade, apresenta queixas de dor severa e excruciante na área direita do quadril . O paciente mora em instituição de assistência a idosos há 2 anos, desde a morte da esposa, e os funcionários do local perceberam que ele é muito agitado, evidenciando sinais de dor severa sempre que eles tentam ajudá-lo a andar. Ele foi avaliado para excluir a possibilidade de fratura ou necessidade de reconstrução de quadril. Os funcionários percebem q�e o paciente já 118 Parte 3 • Uso dos diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational fez reposição do outro quadril há 3 anos, em razão de osteoporose. Aparentemente, a cirurgia teve sucesso. O Sr. s não evidencia edema ou hematoma perceptível na área do quadril direito, embora se queixe de dor quando a área é palpada. Apresenta pulsos periféricos cheios bilateralmente nos membros inferiores e um tempo de énchimento capilar de 4 segun dos nessas extremidades. Seu histórico clínico inclui acidente vascular encefálico aos 80 anos de idade. Conforme os registros no prontuário desse paciente, ele apresentou paralisia inicial no lado direito e perdeu toda a função da fala. Recebeu, por via endo venosa, alteplase r-tPA, um ativador tecidual plasminogênico (TPA), tendo recuperado totalmente a mobilidade e a fala. Ficou em um centro de reabilitação como paciente interno durante 26 dias, fez terapia fonoaudiológica, ocupacional e física, e cuidou-se com independência após receber alta para casa. Apresenta doença arterial coronariana moderada, mas nenhum histórico clínico importante além disso. De acordo com o fun cionário que o acompanha, o Sr. 5 estava ativo até poucas semanas atrás quando co meçou a se queixar de dor. Gostava muito de dança de salão, fazia exercícios regulares na instituição e era visto com frequência caminhando no entorno e conversando com as pessoas, ou passeando pelo parque.da instituição quando o tempo estava bom. O fun cionário indicou também que, recentemente, o Sr. S ficou menos sociável, não tendo participado de diferentes atividades que ele normalmente apreciaria. Informa ainda que outros funcionários atribuíram isso a seu nível de desconforto. O que mais chama sua atenção a respeito do Sr. S, no entanto, é o aparente retrai mento, a quase ausência de troca de ideias e os raros contatos visuais. Mostra dificulda de para responder às perguntas, e o funcionário acompanhante costuma dar as respos tas de imediato, impedindo que o paciente as dê por sua conta. Ainda que sua fala não pareça prejudicada, o paciente parece ter dificuldade de encontrar respostas mesmo a perguntas elementares, como idade ou ano da morte da esposa. Após concluir sua avaliação e revisar a história do paciente, você acredita que ele pode estar com problemas relacionados à cognição, embora esta seja uma área da enfermagem em que você tem pouca experiência; há necessidade de-uma análise dos diagnósticos potenciais. Já que você está considerando um problema cognitivo, exami na a taxonomia da NANDA-l para identificar a localização lógica desses diagnósticos. Identifica que o Domínio 5, Percepção/cognição, trata do sistema humano de processa mento de informações, incluindo atenção, orientação, sensação, percepção, cognição e comunicação. Como você está analisando tópicos associados à cognição, acha que esse domínio terá diagnósticos relevantes para o paciente; rapidamente, você identifica a Classe 4, Cognição. Uma análise dessa classe leva à identificação de três diagnósticos potenciais: confusão aguda, confusão crônica e memória prejudicada. Perguntas que você deve fazer a si mesmo: que outras respostas humanas devo des cartar ou levar em conta? Que outros sinais/sintomas ou etiologias devo procurar para confirmar esse diagnóstico? Após revisão das definições e dos indicadores diagnósticos (fatores relacionados, características definidoras e fatores de risco), você diagnostica. o Sr. S com confusão crônica (00129). Alguns questionamentos finais devemincluir: estou deixando escapar alguma coisa? Estou diagnosticando sem (;!Vidências suficientes? Se você acredita que seu diagnóstico está correto, as perguntas passam a ser: que resultados posso, de forma realista, esperar alcançar com o Sr. S? Quais são as intervenções de enfermagem baseadas em evidências que devo levar em conta? Como avaliarei se foram eficazes ou não? Capítulo 9 • Introdução à taxonomia de diagnósticos de enfermagem da NANDA ... 119 10 Especificações e definições dentro da taxonomia de diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational T. Heather Herdman, Si/via Caldeira 10.1 Estrutura da Taxonomia li Uma taxonomia é definida como o "sistema_para nomear e ofganizar coisas [ ... ] em grupos que compartilham qualidades similares" (Cambridge·Díctiollary·ón.: line, 2017) . .Inclusos na Taxonomia, os domínios são "uma área de interesse ou uma área sob a qual alguém exerce controle", e as classes são "um grupo[ ... ] com uma estrutura similar" (Cambridge Dictionary Online, 2017). Podemos adaptar a definição para uma taxonomia de diagnósticos de enferma gem; nos preocupamos especificamente com a classificação ordenada de focos dos diagnósticos que são do interesse da enfermagem, de acordo com suas supostas relações naturais. A Taxonomia II tem três níveis: domínios, classes e diagnósti cos de enfermagem. A ., Fig. 9.3 mostra a organização de domínios e classes na Taxonomia II; a ., Tabela 9.1 mostra a Taxonomia II com seus 13 domínios, 47 classes e 267 diagnósticos atuais. A estrutura de códigos da Taxonomia II utiliza números inteiros de 32 bits (ou, se a base de dados do usuário utilizar outra notação, a estrutura é um código com cinco dígitos). Essa estrutura dá estabilidade e possibilita o crescimento e o de senvolvimento da estrutura de classificação, evitando a necessidade de mudança nos códigos quando há adição de novos diagnósticos, refinamentos e revisões. Diagnósticos recentemente aprovados recebem códigos novos. A Taxonomia II possui uma estrutura de códigos que atende às recomenda ções da National Library o! Medicine (NLM) no que diz respeito aos códigos de terminologia de cuidados de saúde. A NLM recomenda que os códigos não contenham informações sobre o conceito classificado, como a estrutura de có digos da Taxonomia I que incluía informações sobre a localização e o nível do diagnóstico. A terminologia da NANDA-I é uma linguagem de enfermagem reconhecida que atende aos critérios estabelecidos pelo Committee for Nursing Practice In formation Infrastructure (CNPII) da American Nurses Association (ANA) (Lun dberg et al., 2008). O benefício de uma linguagem de enfermagem reconhecida é a indicação de que o sistema de classificação é aceito como uma prática de apoio à enfermagem ao proporcionar uma terminologia de utilidade clínica. A termi nologia também está registrada no Health Levei Seven International (HL7), um padrão informatizado de cuidados de saúde, como uma terminologia a ser usada para identificar os diagnósticos de enfermagem em mensagens eletrônicas entre sistemas de informação clínica (www.HL7.org). 136 Parte 3 • Uso doS diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 'i \ ·.,. 10.2 Taxonomia li da NANDA-1: um sistema multiaxial Os diagnósticos da NANDA-I são conceitos construídos por meio de um sistema multiaxial. Um eixo na taxonomia II da NANDA-I é definido operacionalmente como uma dimensão da resposta humana considerada no processo diagnóstico. Existem sete eixos. • Eixo 1: foco do diagnóstico • Eixo 2: sujeito do diagnóstico (indivíduo, família, grupo, cuidador, comunida- de, etc.) • Eixo 3: julgameuto (prejudicado, ineficaz, etc.) • Eixo 4: localização (oral, periférica, cerebral, etc.) • Eixo 5: idade (neonato, lactente, criança, adulto, etc.) • Eixo 6: tempo (crônico, agudo, intermitente) • Eixo 7: a categoria do diagnóst�co Os eixos estão representados nos títulos dos diagnósticos de enfermagem por meio de seus termos. Em alguns casos, recebem nomes explícitos, como os diag nósticos enfrentamento ineficaz da comunidade e processos familiares disfuncionais, em que o sujeito do diagnóstico é citado usando-se os termos "comunidade" e "fami liares" retirados do Eixo 2 (sujeito do diagnóstico). "Ineficaz" e "disfuncionais" são dois termos contidos no Eixo 3 (julgamento). Em alguns casos, o eixo está implícito, como no diagnóstico padrão de sexuali dade ineficaz, em que o sujeito do diagnóstico (Eixo 2) é sempre o paciente. Em ou tros casos, um eixo pode não ser pertinente a determinado diagnóstico, não sen do parte do título. Por exemplo, o eixo do tempo pode não ser relevante a todos os diagnósticos. No caso de diagnósticos sem identificação explícita do sujeito, pode ser útil lembrar que a NANDA-I define um paciente como "indivíduo, família, grupo ou comunidade". O Eixo 1 (foco do diagnóstico) e o Eixo 3 (julgamento) são componentes es senciais de _um diagnóstico de enfermagem. Todavia, em alguns casos, o foco do diagnóstico contém o julgamento (p. ex., medo); em casos assim, o julgamento não está separado, de forma explícita, do foco no título do diagnóstico. O Eixo 2 (sujeito do diagnóstico) também é fundamental, embora, como descrito anterior mente, possa estar implícito, não s�ndo parte do título. O Diagnosis Development Committee (DDC, Comitê de Desenvolvimento de Diagnósticos) exige esses eixos no envio para análise do diagnóstico; os demais podem ser usados sempre que relevantes para a clareza. Uma análise estatística básica recente de títulos diagnósticos demonstrou que os diagnósticos de enfermagem da NANDA-1 de 2018-2020 usaram o Eixo I (foco) associados a diferentes termos de outros eixos, exceto em situações em que o título do diagnóstico era apenas uma palavra (p. ex., ansiedade, medo, obesidade). O Eixo 3 (julgamento) foi o segundo mais usado, contribuindo para a construção de 82% dos diagnósticos de enfermagem. Os demais eixos foram Capítulo 1 O • Especificações e definições dentro da taxonomia de diagnósticos de ... 137 Termo Definição Membranas Tecidos epiteliais que secretam muco e revestem muitas cavidades do corpo e mucosas órgãos tubulares, inclusive o intestino e as vias respiratórias Neurovascular Que contém estruturas neurais e vasculares; do sistema nervoso e vascular, ou relativo a esses sistemas, ou_suas interações Olho Um de um par de órgãos globulares da visão na cabeça humana que possibilitam a visão Oral Relativo à boca Pele A camada fina de tecido que forma a cobertura externá nat�ral do corpo Periférico Perto da superfície do corpo, com referência especial à-_cjrcu.lação'e ao sistema nervoso Tecido Qualquer um dos diferentes tipos de material de que são feitos os seres humanos, consistindo em células especializadas e o que produzem Trato Importante passagem no corpo, um feixe grande de fibras nervosas, ou outra estrutura ou região anatômica alongada e contínua Urinário Relativo a, ou denotando, o sistema de órgãos, estruturas e dutos pelos quais é produzida e descartada a urina, envolvendo, nos mamíferos, rins, ureteres, bexiga e uretra Vascular Relativo a, influenciando, ou consistindo em um vaso ou vasos, em especial, os que transportam sangue Venoso Relativo a uma veia ou veias; relacionado com o sangue vermelho escuro e com pouco oxigênio nas veias e artéria pulmonar 10.3.5 Eixo 5: idade Refere-se à faixa etária da pessoa que é o sujeito do diagnóstico (Eixo 2). Os ter mos no Eixo 5 estão apresentados a seguir, com todas as definições, exceto para o idoso e o idoso longevo, retiradas da Organização Mundial da Saúde (2013).* • Feto: ser humano não nascido com mais de 8 semanas após a concepção até o nascimento • Neonato: pessoa com idade < 28 dias • Lactente: criança com idade < 1 ano • Criança: pessoa com idade s 19 anos, a não ser que alguma lei nacional defina a pessoa como adulta mais cedo ª Adolescente: pessoa com 10 a 19 anos de idade, inclusive• Adulto: pessoa com mais de 19 anos, a não ser que alguma lei nacional defina a pessoa como adulta mais cedo • Idoso: pessoa com 65 a 84 anos de idade • Idoso longevo: pessoa com idade;,:: 85 anos. * N. de R.T. Alguns diagnósticos podem representar mais de um grupo etário. Por exemplo, também pode -se aplicar o diagnóstico Risco de morte súbita do lactente para neonatos. 144 Parte 3 • Uso dos diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 10.3.6 Eixo 6: tempo O tempo descreve a duração do foco do diagnóstico (Eixo 1). Os termos do Eixo 6 incluem: • Agudo: duração < 3 meses • Crônico: duração :?: 3 meses • Intermitente: que interrompe e inicia novamente a intervalos; periódico; cíclico • Contínuo: sem interrupção; que se mantém sem parar 10.3.7 Eixo 7: categoria do diagnóstico A categoria do diagnóstico refere-se à existência ou à potencialidade do proble ma/síndrome ou à categorização do diagnóstico como um diagnóstico de promo ção da saúde. Os termos no Eixo 7 incluem: • (Com foco no problema): resposta humana indesejável a uma condição de saúde/ processo de vida que existe no ·momento atual (inclui diagnósticos de síndro me). Nota: nos diagnósticos com foco no problema, a categoria está implícita no próprio título, não há termos padronizados para uso com cada diagnóstico com foco no problema • Disposição para: motivação e desejo de aumentar o bem-estar e de concretizar o potencial humano de saúde que existe no momento atual (Pender et ai., 2006) • Risco de: suscetibilidade para futuramente desenvolver uma resposta humana indesejável a condições de saúde/processos da vida. O eixo está implícito em todos os diagnósticos já que se relaciona com o tipo de diagnóstico representado pelo título. O DDC planeja avançar com o debate, du rante o próximo ciclo, em relação ao Eixo 7 continuar ou não em nosso sistema multiaxial. 10.4 Desenvolvimento e submissão de um diagnóstico de enfermagem Um diagnóstico de enfermagem é construído combinando-se os termos do Eixo 1 (foco do diagnóstico), do Eixo 2 (sujeito do diagnóstico) e do Eixo 3 (julgamento), bem como adicionando termos de outros eixos para dar mais clareza. Pesquisado res ou enfermeiros que tenham interesse devem começar pelo foco do diagnósti co (Eixo 1) e acrescentar o termo apropriado de julgamento (Eixo 3). Lembre-se que esses dois eixos são, às vezes, combinados em um único concei to diagnóstico, como pode ser visto no diagnóstico de enfermagem medo (00148). Em seguida, deve ser especificado o sujeito do diagnóstico (Eixo 2). Se for um "indivíduo", não há necessidade de explicitá-lo. Por fim, conforme exposto an teriormente, a NANDA-1 apoia desenvolvimentos de títulos de diagnósticos de enfermagem que consideram seus aspectos multiaxiais, para aumentar a espe cificidade e a acurácia do processo diagnóstico, conhecido como a essência do Capítulo 1 O • Especificações e definições dentro da taxonomia de diagnósticos de ... 145 Domínio 1 • Promoção da saúde Classe 2 • Controle da saúde Código do diagnóstico 00188 Comportamento de saúde propenso a risco Foco do diagnóstico: Comportamento de saúde Aprovado em 1986 • Revisado em 1998, 2006, 2008, 2017 • Nível de evidência 2.1 Definição Capacidade prejudicada de modificar o estilb de vida "e/ou as açõe·s.de forma a melhorar o nível de bem-estar. - ·· · - · Características definidoras • Abuso de substâncias • Falha em agir de forma a prevenir problemas de saúde • Falha em alcançar sensação de controle ideal Fatores relacionados • Ansiedade social • Apoio social inadequado • Baixa autoeficácia • Compreensão inadequada de informações de saúde Populações em risco o Indivíduos com história familiar de alcoolismo • Minimiza mudanças no estado de saúde • Não aceitação da mudança no estado de saúde • Tabagismo • Estressares • Percepção negativa da estratégia recomendada de cuidados de saúde 0 Percepção negativa do profissional de saúde e Indivíduos desfavorecidos economicamente Literatura de apoio original disponível em www.grupoa.eom.br/nanda-i12ed. 168 Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational Domínio 1 • Promoção da saúde Classe 2 • Controle da saúde Código do diagnóstico 00292 Comportamentos ineficazes de manutenção da saúde Foco do diagnóstico: Comportamentos de manutenção da saúde Aprovado em 2020 • Nível de evidência 2.1 Definição Manejo de práticas, atitudes e conhecimento de saúde, subjacente a ações de saúde, que é insatisfatório para manter ou melhorar o bem-estar, ou prevenir doenças e lesões. Características definidoras • Comprometimento inadequado com um plano de ação • Conhecimento inadequado sobre práticas básicas de saúde e Escolhas da vida diária ineficazes para atingir meta de saúde • Falha em agir de forma a prevenir problemas de saúde Fatores relacionados • Apoio social inadequado • Baixa autoeficácia • Confiança inadequada em profissional de saúde • Conflito entre comportamentos de saúde e normas sociais • Conflito entre crenças culturais e práticas de saúde • Conflitos entre crenças espirituais e práticas de saúde • Demandas concorrentes • Dificuldade com tomada de decisão • Dificuldade de acesso a recursos da comunidade • Dificuldade para navegar por sistemas de saúde complexos • Falha em tomar atitude que reduz fator de risco • Interesse inadequado em melhorar a saúde • Letramento em saúde inadequado • Padrão de ausência de comportamento de busca de saúde • Disfunção cognitiva • Enfrentamento familiar ineficaz • Estratégias de enfrentamento ineficazes • Experiência limitada de tomada de decisão • Habilidades de comunicação ineficazes • Luto desadaptativo • Manifestações neurocomportamentais • Preconceito percebido • Preferências de estilo de vida concorrentes • Recursos de saúde inadequados • Sintomas depressivos • Sofrimento espiritual • Vitimização percebida Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 169 :-' "O a 3 o "'.,, o e.., e:, e. <D Domínio 2 • Nutrição Classe 1 • Ingestão Disposição para nutrição melhorada Foco do diagnóstico: Nutrição Código do diagnóstico 00163 Aprovado em 2002 • Revisado em 2013 • Nível de evidência 2.1 Definição Padrão de ingestão de nutrientes, que pode ser-fortalecido._ Características definidoras • Expressa desejo de melhorar a nutrição 198 Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational \' Domínio 2 • Nutrição Classe 1 • Ingestão Obesidade Código do diagnóstico 00232 Foco do diagnóstico: Obesidade Aprovado em 2013 • Revisado em 2017 • Nível de evidência 3.2 Definição Condição em que o indivíduo acumula gordura excessiva para a idade e o sexo que excede o sobrepeso. Características definidoras • ADULTO: índice de massa corporal > 30 kg/m2 • CRIANÇA 2-18 anos: índice de massa corporal > percentil 95 ou 30 kg/m2 para a idade e o sexo Fatores relacionados • °ԭ� Alimentos sólidos como principal fonte alimentar antes dos 5 meses de idade Comportamento sedentário que ocorre por;,- 2 horas/dia • Consumo de bebidas açucaradas e Consumo excessivo de álcool • Dissonias °ԭ� Frequência alta a restaurantes ou de consumo de frituras • Gasto de energia abaixo da ingestão de energia, com base em avaliação padronizada e Hábito de "beliscar" alimentos com frequência Populações em risco • • • 9 Indivíduos com escore elevado de desinibição e comportamento de restrição alimentar Indivíduos cujas mães fumaram durante a gestação Indivíduos cujas mães fumaram durante a infância Indivíduos cujas mães têm diabetes " Indivíduos cujas mães tiveram diabetes gestacional " CRIANÇA < 2 anos: termo não usado com crianças dessa idade • Ingestão alimentar de cálcio insuficiente por crianças • • Média de atividade física diária inferior à recomendada para idade e sexo Medo relativo à falta de suprimento de alimentos • Padrões anormais de comportamento alimentar • Padrõesanormais de percepção alimentar • 0 Tamanhos das porções maiores que os recomendados Tempo de sono reduzido 0 0 11 0 Ili Indivíduos cujos pais são obesos Indivíduos desfavorecidos economicamente Indivíduos que herdam fatores inter-relacionados Indivíduos que não receberam amamentação exclusiva Indivíduos que tiveram ganho de peso rápido durante a fase de lactente Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 199 !" :,. .,, º" o • Indivíduos que tiveram ganho de peso rápido durante a infância • Indivíduos que tiveram sobrepeso durante a fase de lactente Condições associadas • Doenças genéticas inatas • Indivíduos que vivenciaram pubarca precoce • Neonatos cujas mães tiveram diabetes gestacional Literatura de apoio original disponível em www.grupoa.corn.br/narida�i12ed. 200 Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational .- Domínio 2 • Nutrição Classe 1 • Ingestão Sobrepeso Foco do diagnóstico: Sobrepeso Código do diagnóstico 00233 Aprovado em 2013 • Revisado em 2017 • Nível de evidência 3.2 Definição Condição em que o indivíduo acumula gordura excessiva para a idade e o sexo. Características definidoras • ADULTO: índice de massa corporal > 25 kg/m2 • CRIANÇA 2-18 anos: índice de massa corporal > percentil 85 ou 25 kg/m', mas Fatores relacionados • Alimentos sólidos como principal fonte alimentar antes dos 5 meses de idade • Comportamento sedentário que ocorre por 2: 2 horas/dia • Conhecimento inadequado sobre os fatores modificáveis • Consumo de bebidas açucaradas • Consumo excessivo de álcool • Dissonias • Frequência alta a restaurantes ou de consumo de frituras • Gasto de energia abaixo da ingestão de energia, com base em avaliação padronizada Populações em risco • ADULTO: índice de massa corporal próximo de 25 kg/m' • CRIANÇA 2-18 anos: índice de massa corporal próximo do percentil 85, ou 25 kg/m2 • CRIANÇA < 2 anos: relação peso-altura próxima do percentil 95 • Crianças com percentis de índice de massa corporal elevados para idade e sexo • Crianças ultrapassando percentis de índice de massa corporal percentil < 95, ou 30 kg/m2, para a idade e o sexo • CRIANÇA < 2 anos: relação peso-altura > percentil 95 • Hábito de "beliscar" alimentos com frequência • Ingestão alimentar de cálcio insuficiente por crianças • Média de atividade física diária inferior à recomendada para idade e sexo • Medo relativo à falta de suprimento de alimentos • Padrões anormais de comportamento alimentar • Padrões anormais de percepção alimentar • Tamanhos das porções maiores que os recomendados • Tempo de sono reduzido • Indivíduos com escore elevado de desinibição e comportamento de restrição alimentar • Indivíduos cujas mães fumaram durante a gestação • Indivíduos cujas mães fumaram durante a infância • Indivíduos cujas mães têm diabetes • Indivíduos cujos pais são obesos • Indivíduos desfavorecidos economicamente Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 201 !" z S:. "' ... Domínio 3 • Eliminação e troca Classe 2 • Função gastrintestinal Código do diagnóstico 00236 Risco de constipação funcional crônica Foco do diagnóstico: Constipação funcional Aprovado em 2013 • Revisado em 2017 • Nível de evidência 2.2 Definição Suscetibilidade à eliminação diffcil ou infrequente das fezes, pre�enÍe erri quase 3 'dos 12 meses anteriores, que pode comprometer a "Saúde. Fatores de risco • Baixa ingestão calórica • Conhecimento inadequado sobre os fatores modificáveis • Costume de ignorar a urgência para evacuar • Desidratação • Dieta desproporcionalmente rica em gorduras Populações em risco • Idosos Condições associadas • Acidente vascular encefálico c. Amiloidose • Câncer colorretal • Dano ao períneo • Depressão • Dermatomiosite • Diabetes mellitus • Distrofia miotônica • Distúrbios do assoalho pélvico • Doença de Hirschprung 0 Doença de Parkinson • Doença intestinal inflamatória • Escleroderma • Esclerose múltipla • Estenose anal • Estenose cirúrgica • Estenose isquêmica • Estenose pós-inflamatória • Dieta desproporcionalmente rica em proteínas • Estilo de vida sedentário • Ingestão alimentar inadequada • Ingestão alimentar reduzida • Ingestão de fibras insuficiente • Ingestão insuficiente de líquidos • Mobilidade física prejudicada • Síndrome do idoso frágil • Mulheres grávidas • Fissura anal • Hemorroidas • Hipercalcemia • Hipotireoidis·mo • Insuficiência renal crônica • Lesões da medula espinal • Massa extraintestinal • Neuropatia autonómica • Pan-hipopituitarismo • Paraplegia e Polifarmácia • Porfiria • Preparações farmacêuticas • Proctite • Pseudo-obstrução intestinal crônica • Tempo de trânsito colônico lento • Transtornos neurocognitivos Literatura de apoio original disponível em www.grupoa.eom.br/nanda-i12ed. 232 Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational Domínio 3 • Eliminação e troca Classe 2 • Função gastrintestinal Código do diagnóstico 00319 Continência intestinal prejudicada Foco do diagnóstico: Continência Aprovado em 2020 • Nível de evidência 3.1 Definição Incapacidade de segurar as fezes, de perceber·a presença· de fezes no reto e de relaxar armazenando as fezes quando uma evacuação não é conveniente. Características definidoras • Capacidade prejudicada de expelir fezes formadas, apesar de reconhecer qüe o reto está preenchido e Desatenção à urgência para evacuar e Desconforto abdominal • Incapacidade de chegar ao vaso sanitário a tempo Fatores relacionados • Barreiras ambientais que interferem na continência • Constipação • Constrangimento em relação ao uso do banheiro em situações sociais • Dependência para ir ao banheiro • Diarreia " Dificuldade para encontrar o banheiro • Dificuldade para obter assistência a tempo para o banheiro • Diminuição geral no tônus muscular Populações em risco • Idosos • Mulheres dando à luz com extração obstétrica Condições associadas • Acidente vascular encefálico • Anormalidades congênitas do sistema digestório • Diabetes mellitus • Doenças neurológicas • Doenças prostáticas • Incapacidade de retardar a evacuação • Incapacidade de segurar flatos • Manchas de fezes • Saída silenciosa de fezes durante atividades • Urgência intestinal • Equilíbrio postural prejudicado • Estressares • Esvaziamento intestinal incompleto • Evita usar vaso sanitário sem condições adequadas de higiene • Hábitos alimentares inadequados • Mobilidade física prejudicada • Motivação inadequada para manter a continência • Uso inadequado de laxante • Mulheres dando à luz por parto vaginal • Inatividade física • lesões da medula espinal • Transtornos neurocognitivos • Trauma anal • Trauma retal Literatura de apoio original disponível em www.grupoa.eom.br/nanda-i12ed. Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 233 !"' !!! 3" ;;· "' "' "'' o Fatores relacionados • A serem desenvolvidos Condições associadas • Contratilidade alterada • Frequência cardíaca alterada • Pós-carga alterada • Pré-carga alterada • Ritmo cardíaco alterado • Volume sistólico alterado Este diagnóstico será retirado da Taxonomia da NANDA-1 na edição 2024-2026 caso não seja realizado trabalho adicional que o eleve a um nível de evidência 2.1-ou supedor. 264 Parte 4 • Diagnó$ticos de enfermagem da NANDA lnternational ,' /, Domínio 4 • Atividade/repouso Classe 4 • Respostas cardiovasculares/pulmonares Código do diagnóstico 00240 Risco de débito cardíaco diminuído Foco do diagnóstico: Débito cardíaco Aprovado em 2013 • Revisado em 2017 • Nível de evidência 2.1 Definição Suscetibilidade a volume de sangue bombeado pelo cora"ção inadequado para atender às demandas metabólicas do organismo, que pode comprometer a saúde. Fatores de risco • A serem desenVolvidos Condições associadas • Contratilidade alterada • Pré-carga alterada • Frequência cardíaca alterada • Ritmo cardíaco alterado •Pós-carga alterada • Volume sistólico alterado Este diagnóstico será retirado da Taxonomia da NANDA-I na edição 2024-2026 caso fatores de risco mo dificáveis não sejam desenvolvidos. Literatura de apoio original disponível em www.grupoa.eom.br/nanda-i12ed. Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 265 Domínio 5 • Percepção/cognição Classe 4 • Cognição Controle emocional lábil Foco do diagnóstico: Controle emocional Código do diagnóstico 00251 Aprovado em 2013 • Revisado em 2017 • Nívelde evidência 2.1 Definição Rompantes· incontroláveis de expressão emocional exageráda e involuntá_ri"a._ Características definidoras • Alienação social • Ausência de contato visual • Choro • Choro excessivo sem sentir tristeza • Choro incontrolável • Choro involuntário • Comunicação não verbal prejudicada • Distanciamento de situação profissional Fatores relacionados • Abuso de substâncias • Baixa autoestima • Conhecimento inadequado sobre doenças • Conhecimento inadequado sobre o controle de sintomas Condições associadas • Deficiência física • Lesões encefálicas • Prejuízo funcional • Prejuízo musculoesquelético • Expressa constrangimento relacionado à expressão de emoções • Expressão de emoção incompatível com o fator desencadeador • Risadas excessivas sem sentir felicidade • Risadas incontroláveis • Risadas involuntárias • Estressores • Fadiga • Força muscular insuficiente • Mal-estar social • Perturbação emocional excessiva • Preparações farmacêuticas • Transtornos de humor • Transtornos mentais Literatura de apoio original disponível em www.grupoa.eom.br/nanda-i12ed. 296 Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational \' ·' ,. i, '1 1, ,, Domínio 5 • Percepção/cognição Classe 4 • Cognição Memória prejudicada Foco do diagnóstico: Memória Código do diagnóstico 00131 Aprovado em 1994 • Revisado em 2017, 2020 • Nível de evidência 3.1 Definição Incapacidade persistente de recordar ou recuperar partes. de informações ou habilida des, com manutenção da capacidade de realizar atividades da vida diária de forma independente. Características definidoras • Dificuldade para adquirir informações novas • Dificuldade para adquirir uma nova habilidade • Dificuldade para lembrar de informações factuais • Dificuldade para lembrar de nomes familiares • Dificuldade para lembrar se um comportamento foi desempenhado Fatores relacionados • Apoio social inadequado • Desequilíbrio hidreletrolítico • Estimulação intelectual inadequada Populações em risco • Indivíduos· com baixo nível educacional • Indivíduos com idade� 60 anos Condições associadas e Anemia 0 Hipóxia cerebral • Dificuldade para lembrar-se de acontecimentos • Dificuldade para lembrar-se de objetos familiares • Dificuldade para lembrar-se de palavras familiares • Dificuldade para reter informações novas • Dificuldade para reter uma hova habilidade • Esquecimento constante de efetuar uma ação em horário agendado • Isolamento social 0 Motivação inadequada • Sintomas depressivos e Indivíduos desfavorecidos economicamente 0 Transtornos de cognição Literatura de apoio original disponível em www.grupoa.eom.br/nanda-i12ed. Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 297 Populações em risco • Cuidador com deficiências do desenvolvimento • Cuidador prestando cuidados ao parceiro • Indivíduos prestando cuidados a lactentes prematuros Condições associadas Fatores do cuidador • Estado de saúde prejudicado Fatores do receptor de cuidados 0 Disfunção cognitiva • Distúrbios congênitos • Doença crônica • Indivíduos vivenciando crise financeira • Mulheres cuidadoras • Receptor de cuidados com deficiências do desenvolvimento • Transtorno psicológico • Gravidade da doença· • Transtornos mehta·is 328 Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational \ i. ' ' Domínio 7 • Papéis e relacionamentos Classe 1 • Papéis do cuidador Código do diagnóstico 00062 Risco de tensão do papel de cuidador Foco do diagnóstico: Tensáo do papel Aprovado em 1992 • Revisado em 201 O, 2013, 2017 • Nível de evidência 2.1 Definição Suscetibilidade a dificuldade para atender a responsabilidades, expectativas e/ou com portamentos de cuidados relacionados à família ou a pessoas significativas, que pode comprometer a saúde. Fatores de risco Fatores do cuidador • Abuso de substâncias • Atendimento inadequado das expectativas dos outros • Atendimento inadequado das próprias expectativas • Autoexpectativas não realistas • Condições físicas o Conhecimento inadequado sobre recursos da comunidade • Cuidador não desenvolvido o suficiente para esse papel Fatores do receptor de cuidados • Abuso de substâncias • Alta recebida com necessidades importantes o Comportamento problemático Relação cuidador-receptor de cuidados 0 Abuso não abordado °ٙ� Codependência 0 Expectativas não realistas do receptor de cuidados Atividades de cuidado 0 Ambiente físico inadequado para prestação de cuidados 0 Assistência inadequada °ٙ� Complexidade das atividades de cuidado 0 Descanso inadequado do cuidador 0 Equipamentos inadequados para prestação de cuidados • Excesso de atividades de cuidado • Estado de saúde instável 0 Estratégias de enfrentamento ineficazes 0 Estressares • Inexperiência em prestar cuidados • Privacidade insuficiente e, Recreação inadequada • Resiliência psicológica inadequada • Resistência física insuficiente • Responsabilidades relacionadas ao papel que competem entre si • Sintomas depressivos 0 Estado de saúde instável 0 Imprevisibilidade do curso da doença • Necessidade de cuidados aumentada ci Perda de independência • Relações interpessoais abusivas e, Relações interpessoais inadequadas 0 Relações interpessoais violentas 0 Imprevisibilidade da situação de cuidado 0 Natureza das atividades de cuidado alterada 0 Necessidade de cuidados por longo prazo 0 Responsabilidades de cuidado 24 horas por dia e Tempo insuficiente Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 329 Domínio 9 • Enfrentamento/tolerância ao estresse Classe 1 • Respostas pós-trauma Código do diagnóstico 00149 Risco de síndrome do estresse por mudança Foco do diagnóstico: Síndrome do estresse por mudança Aprovado em 2000 • Revisado em 2013, 2017 Definição Suscetibilidade a distúrbio fisiológico e/ou_psicossocial decorrer:ite __ d_e tr_a·nsferência de um ambiente para outro, que pode comprometer a saúde. Fatores de risco • Aconselhamento inadequado anterior à partida 0 Apoio social inadequado 0 Barreiras de comunicação °ӱ� Controle ambiental inadequado Populações em risco • Indivíduos com história de perda • Indivíduos enfrentando imprevisibilidade da experiência Condições associadas 111 Competência mental diminuída • Estado de saúde prejudicado 0 Desafio situacional ao valor próprio 0 Estratégias de enfrentamento ineficazes • Isolamento social 8 Sentimento de impotência • Indivíduos que mudam de um ambiente para outro °ӱ� Funcionamento psicossocial prejudicado Este_ diagnóstico será retirado da Taxonomia da NANDA-1 na edição 2024-2026 caso não seja realizado trabalho adicional que o eleve a um nível de evidência 2.1 ou superior. 360 Parte 4 • Diagnó_sticos de enfermagem da NANDA lnternational �' 'j ,, ,\ .1 1 ,:) Domínio 9 • Enfrentamento/tolerância ao estresse Classe 1 • Respostas pós-trauma Código do diagnóstico 00142 Síndromedotraumadee�upro Foco do diagnóstico: Síndrome do trauma de estupro Aprovado em 1980 • Revisado em 1998, 2017 Definição Resposta desadaptativa sustentada a uma penetração sexual forçada, violenta, contra a vontade e o consentimento da vítima. Características definidoras • Abuso de substâncias • Agitação psicomotora • Ansiedade (00146) • Baixa autoestima • Choque cardiogênico • Comportamentos agressivos • Comportamentosde raiva • Confusão • Culpar a si mesmo • Dificuldade com tomada de decisão • Disfunção sexual (00059) • Espasmo muscular • Expressa constrangimento • Expressa raiva • Expressa vergonha • Hipervigilância • Humilhação Fatores relacionados • A serem desenvolvidos Populações em risco • Indivíduos com história de tentativas de suicídio Condições associadas • Depressão • Medo (00148) • Negação • Paranoia • Pensamento transtornado • Pensamentos de vingança • Perda de independência • Pesadelos • Relações interpessoais alteradas • Relata ciclo sono-vigília alterado • Relata sentir-se culpado • Sentimento de impotência (00125) • Sintomas depressivos • Tensão muscular • Transtornos fóbicos • Trauma físico • Variação de humor • Vulnerabilidade percebida • Indivíduos que vivenciaram estupro • Transtorno de identidade dissociativa Este diagnóstico será retirado da Taxonomia da NANDA-1 na edição 2024-2026 caso não seja realizado trabalho adicional que o eleve a um nível de evidência 2.1 ou superior. Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 361 Domínio 9 • Enfrentamento/tolerância ao estresse Classe 2 • Respostas de enfrentamento Código do diagnóstico 00211 Risco de resiliência prejudicada Foco do diagnóstico: Resiliência Aprovado em 2008 • Revisado em 2013, 2017 • Nível de evidência 2.1 Definição Suscetibilidade a uma capacidade diminuíçla de se·�ecuf)erar de_ si�_uaÇões adversas ou alteradas percebidas, por meio de um processo dinâmico de adaj)tação,-Cjue-pode com- prometer a saúde. - · · · · Fatores de risco e Abuso de substâncias • Adaptação ineficaz da família 13 Apoio social inadequado s Controle de impulsos ineficaz • Distúrbio dos papéis familiares • Distúrbio dos rituais familiares «i Múltiplas situações adversas coexistentes Populações em risco • Indivíduos com famílias grandes • Indivíduos com história de exposição a violência a Indivíduos cujos pais apresentam transtorno mental 0 Indivíduos desfavorecidos economicamente Condições associadas • Deficiência intelectual • Paternidade/maternidade inconsistente • Processos familiares disfuncionais • Recursos de saúde inadequados • Relações familiares alteradas a Violência na comunidade • Vulnerabilidade percebida e Indivíduos expostos a violência o Indivíduos que são membros de minoria étnica • Indivíduos vivenciando crise crônica • Indivíduos vivenciando uma nova crise • Mães com baixo nível educacional • Mulheres • Transtorno psicológico Literatura de apoio original disponível em www.grupoa.eom.br/nanda-i12ed. 392 Parte 4 • DiagnQsticos de enfermagem da NANDA lnternational '; (1 /.( Domínio 9 • Enfrentamento/tolerância ao estresse Classe 2 • Respostas de enfrentamento Código do diagnóstico 00212 Disposição para resiliência melhorada Foco do diagnóstico: Resiliência Aprovado em 2008 • Revisado em 2013 • Nível de evidência 2.1 Definição Padrão de capacidade de se recuperar de situações adversas ou alteradas percebidas, por meio de um processo dinâmico de adaptação, que pode ser fortalecido. Características definidoras • Expressa desejo de melhorar a autoestima • Expressa desejo de melhorar a própria responsabilidade pelas ações • Expressa desejo de melhorar a resiliência psicológica • Expressa desejo de melhorar a segurança ambiental • Expressa desejo de melhorar a sensação de controle • Expressa desejo de melhorar as habilidades de comunicação 0 Expressa desejo de melhorar as relações interpessoais • Expressa desejo de melhorar o envolvimento em atividades • Expressa desejo de melhorar o estabelecimento de metas • Expressa desejo de melhorar o progresso na direção de metas • Expressa desejo de melhorar o sistema de apoio • Expressa desejo de melhorar o uso de estratégias de enfrentamento • Expressa desejo de melhorar o uso de estratégias para controle de conflitos • Expressa desejo de melhorar o uso de recursos • Expressa desejo de melhorar os recursos disponíveis • Expressa desejo de melhorar uma perspectiva de futuro positiva Literatura de apoio original disponível em www.grupoa.eom.br/nanda-i12ed. Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 393 00313 Lesão por pressão na criança 00286 Risco de lesão por pressão na criança 00287 Lesão por pressão neonatal 00288 Risco de lesão por pressão neonatal 00312 Lesão por pressão no adulto 00304 Risco de lesão por pressão no adulto 00220 Risco de lesão térmica 00156 Risco de morte súbita do lactente 00306 Risco de quedas na criança 00303 Risco de quedas no adulto 00100 Recuperação cirúrgica retardada 00246 Risco de recuperação cirúrgica retardada 00219 Risco de ressecamento ocular 00277 Autogestão ineficaz do ressecamento ocular 00206 Risco de sangramento 00036 Risco de sufocação 00213 Risco de·trauma vascular 00038 Risco de trauma físico Clá:ss·e 3; Violêlié:ia __ ��o, de força _ou p_ode_r �xcessi_vo para_ cau_s�r les_ão_ o�_.abuso 00151 Automutilação 00139 Risco de automutilação 00289 Risco de comportamento suicida 00272 Risco de mutilação genital feminina 00138 Risco de violência direcionada a outros 00140 Risco de violência direcionada a si mesmo Classe 4. Riscos ambientais Contaminação 00180 Risco de contaminação 00037 Risco de envenenamento 00265 Risco de lesão ocupacional 452 454 456 458 460 462 464 465 466 468 470 471 f 472 473 475 476 477 478 480 482 484 486 487 488 &11&1 489 491 492 493 Classe s. Processos d�f��-�ivó� · Pi'QceSSoS.·p_é��-�)��is _<>.'eú í:nOi:eQe�s'é",do _iÍão eu. 'Código Diagnóstico , , , PáQina 00218 00217 00042 Classe_'6. Risco de reação adversa a meio de contraste iodado Risco de reação alérgica Risco de reação alérgica ao látex -- . -. - ·ife_r,mofr.egulaç�_o _ ;_. ____ ._-, _ · . :- -.--,.-:-- _ .-. _ _ - __ Pr9ceisó'.fiS_iOló'{)i(:9· de_ regulêlçãó -�_e:é::alor _e-.energi.Í'ÓCi corpo' cóm, o_ 'ibJ�tl��- �e. ��::Ó!���r ��,���������-\''. ; < < ... -' . _ . 494 495 496 ,.-. ,·· .. -�-· -.,:."_,- Código Diagnóstico Página 00007 Hipertermia 00006 Hipotermia 00253 Risco ·de hipotermia 00280 Hipotermia neonatal 00282 Risco de hipotermia neonatal 00254 Risco de hipotermia perioperatória 00008 Termorregulação ineficaz 00274 Risco de termorregulação ineficaz NANDA lnternational, lnc. Nursing Diagnoses: Definitions and Classification 2021-2023, 12 º' Edition. Edited by T. Heather Herdman, Shigemi Kamitsuru, and Camila Takáo Lopes. © 2021 NANDA lnternational, lnc. Published 2021 by Thieme Medical Publishers, !nc., New York. Companion website: www.thieme.com/nanda-i. 497 498 499 500 502 503 504 505 Domínío 11 • Segurança/proteção Classe 2 • Lesão física Lesão por pressão neonatal Código do diagnóstico 00287 Foco do diagnóstico: Lesão por pressão Aprovado em 2020 • Nível de evidência 3.4 Definição Lesão localizada na pele e/ou tecido subjacente de· um neonato, tomo_ íesu_ltado de pressão, ou pressão combinada a cisalhamento-(European Pr�s�l:fré_. Ukéí-Ad,visory,Pa,. nel, 2019). Características definidoras • Área arroxeada em pele intacta e descorada • Área marrom em pele intacta e descorada • Bolha preenchida de sangue • Calor localizado em comparação ao tecido adjacente • Eritema • Perda de espessura parcial da derme • Perda total da espessura do tecido Fatores relacionados Fatores externos • Acesso inadequado a equipamento apropriado • Acesso inadequado a serviços de saúde apropriados • Acesso inadequado a suprimentos apropriados • Atrito em superfície °՞ Carga mecânica contínua • Conhecimento inadequado do cuidador sobre estratégias de prevenção de lesão por pressão e Conhecimento inadequado do cuidador sobre métodos apropriados para remoção de materiais adesivos Fatores internos • Desequilíbrio hidreletrolítico • Desidratação • Hipertermia• Perda total da espessura do tecido com exposição de tendão • Perda total da espessura do tecido com exposição muscular • Perda total da espessura do tecido com exposição óssea • Úlcera coberta por escara • Úlcera coberta por tecido necrótico e Ulceração cutânea °՞� Conhecimento inadequado do cuidador sobre métodos apropriados para estabilização de dispositivos o Conhecimento inadequado do cuidador sobre os fatores modificáveis • Forças de cisalhamento e Magnitude aumentada da carga mecânica • Microclima alterado entre a pele e a superfície de suporte 0 Pressão sobre saliência óssea 0 Umidade excessiva o Uso de lençóis com propriedades de absorção e eliminação da umidade insuficientes e Mobilidade física diminuída • Pele ressecada 456 Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational Outros fatores • Fatores identificados por ferramenta de avaliação padronizada e validada Populações em risco • Lactentes com baixo peso ao nascer • Neonatos com idade gestacional < 32 semanas Condições associadas • Anemia • Comorbidade significativa • Deficiências nutricionais relacionadas a prematuridade • Dispositivos médicos • Duração prolongada de procedimento cirúrgico • Edema • Neonatos em unidades de terapia intensiva • Neonatos vivenciando internação prolongada em unidade de terapia intensiva • Estrato córneo imaturo • Imobilização • Integridade da pele imatura • Nível de albumina sérica diminuído • Oxigenação tecidual diminuída • Perfusão tecidual diminuída • Preparações farmacêuticas • Textura da pele imatura Recomenda�se o uso de uma ferramenta de avaliação de risco de lesão por pressão padronizada, confiável e validada. Literatura de apoio original disponível em www.grupoa.eom.br/nanda-i12ed. Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 457 :-' V> n> "'' Domínio 11 • Segurança/proteção Classe 3 • Violência Código do diagnóstico 00140 Risco de violência direcionada a si mesmo Foco do diagnóstico: Violência direcionada a si mesmo Aprovado em 1994 • Revisado em 2013, 2017 Definição Suscetibilidade a comportamentos nos quais um indivíd\..lO demonStra que pode ser física, emocional e/ou sexualmente nocivo à si �esmO. · · Fatores de risco • Conflito em relações interpessoais • Conflito sobre orientação sexual • Engajamento em atos sexuais autoeróticos • ldeação suicida • Indicadores comportamentais de intenção suicida Populações em risco • Indivíduos com história de múltiplas tentativas de suicídio • Indivíduos com idade 2: 45 anos • Indivíduos com idade entre 15-19 anos Condições associadas • Problema de saúde física e Problemas de saúde mental • Indicadores verbais de intenção suicida • Isolamento social • Plano suicida • Preocupação com emprego • Recursos pessoais inadequados • Indivíduos com padrão de dificuldades no histórico familiar • Indivíduos em ocupações com alto risco de suicídio • Transtorno psicológico Este diagnóstico será retirado da Taxonomia da NANDA-I na edição 2024-2026 caso não seja realizado trabalho adicional que o eleve a um nível de evidência 2.1 ou superior. 488 Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational Domínio 11 • Segurança/proteção Classe 4 • Riscos ambientais Contaminação Foco do diagnóstico: Contaminação Código do diagnóstico 00181 Aprovado em 2006 • Revisado em 2017 • Nível de evidência 2.1 Definição Exposição a contaminantes ambientais em doses suficientes para causar efeitos adver sos à saúde. Características definidoras Pesticidas • Efeitos dermatológicos da exposição a pesticidas • Efeitos gastrintestinais da exposição a pesticidas Produtos químicos • Efeitos dermatológicos da exposição a produtos químicos • Efeitos gastrintestinais da exposição a produtos químicos • Efeitos imunológicos da exposição a produtos químicos Agentes biológicos • Efeitos dermatológicos da exposição a agentes biológicos • Efeitos gastrintestinais da exposição a agentes biológicos • Efeitos neurológicos da exposição a agentes biológicos Poluição • Efeitos neurológicos da exposição à poluição Resíduos • Efeitos dermatológicos da exposição a resíduos • Efeitos gastrintestinais da exposição a resíduos • Efeitos neurológicos da exposição a pesticidas • Efeitos pulmonares da exposição a pesticidas • Efeitos renais da exposição a pesticidas • Efeitos neurológicos da exposição a produtos químicos • Efeitos pulmonares da exposição a produtos químicos • Efeitos renais da exposição a produtos químicos • Efeitos pulmonares da exposição a agentes biológicos • Efeitos renais da exposição a agentes biológicos • Efeitos pulmonares da exposição à poluição • Efeitos hepáticos da exposição a resíduos • Efeitos pulmonares da exposição a resíduos Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 489 V> fD "' e: iil .,, Domínío 11 • Segurança/proteção Classe 6 • Termorregulação Hipotermia neonatal Foco do diagnóstico: Hipotermia Aprovado em 2020 • Nível de evidência 3.1 Definição Código do diagnóstico 00280 Temperatura corporal central de um neonato abaixo dos p_arâmetro� diuínps normais. Características definidoras • Acidose metabólica • Acrocianose • Bradicardia • Demanda de oxigênio aumentada • Energia insuficiente para manter a sucção • Ganho de peso < 30 g/dia • Glicemia sanguínea diminuída • Hipertensão • Hipoglicemia • Hipóxia Fatores relacionados • Amamentação atrasada • Banho precoce do recém-nascido • Conhecimento inadequado do cuidador sobre prevenção da hipotermia • Desnutrição • Roupas inadequadas Populações em risco • Neonatos com baixo peso ao nascer e Neonatos com gordura subcutânea inadequada • Neonatos com nascimento não planejado fora do hospital • Neonatos com relação entre área da superfície corporal e peso aumentada • Neonatos de alto risco com nascimento fora do hospital • Irritabilidade • Palidez • Pele fria ao toque • Perfusão periférica diminuída • Preenchimento capilar lento • Sofrimento respiratório • Taquicardia • Taxa metabólica diminuída • Vasoconstrição periférica • Ventilação diminuída • Transferência excessiva de calor por condução • Transferência excessiva de calor por convexão • Transferência excessiva de calor por evaporação • Transferência excessiva de calor por radiação • Neonatos expostos a baixas temperaturas ambientais • Neonatos nascidos de mãe adolescente • Neonatos nascidos de parto cesáreo • Neonatos nascidos em famílias desfavorecidas economicamente e Neonatos prematuros 500 Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational Condições associadas • Controle vascular ineficaz • Preparações farmacêuticas • Dano ao hipotálamo • Resistência vascular pulmonar aumentada • Escore de Apgar baixo • Termogênese sem tremores ineficiente • Estrato córneo imaturo Consultar critérios de estadiamento para hipotermia adequados e validados. Literatura de apoio original disponível em www.grupoa.eom.br/nanda-i12ed. Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 501 - - V> õl .,, Condições associadas • Aumento prolongado no nível de cortisol • Fraturas,ósseas • Condição relativa a pós�trauma • Isquemia • Contusão • Lesões--da medula espinal • Desequilíbrio de neurotransmissores, • LesõeS'de tecidos moles neuromoduladores e receptores • Metabolismo prejudicado • Doenças do sistema imune • Neopiasias • Doenças genéticas inatas • SeITSlbilização do sistema nervoso central • Doenças musculoesqueléticas crônicas • Síntirnme de esmagamento • Doenças no sistema nervoso • SílTdromes compressivas de nervos Literatura de apoio original disponível em www.grupoa.com1bi/nanda-i12ed. 512 Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational Domínio 12 • Conforto Classe 1 • Conforto físico Dor no trabalho de parto Código do diagnóstico 00256 Foco do diagnóstico: Dor no trabalho de parto Aprovado em 2013 • Revisado em 2017, 2020 • Nível de evidência2.2 Definição Experiência sensorial e emocional, que varia de agradável a desagradável, associada ao trabalho de parto e ao processo de nascimento da criança. Características definidoras • Alteração no apetite • Ansiedade • Comportamento de distração • Comportamento expressivo • Comportamento protetor • Contração uterina • Diaforese • Expressão facial de dor • Foco em si próprio • Foco restrito • Frequência cardíaca alterada Fatores relacionados Fatores comportamentais • Ingestão insuficiente de líquidos Fatores cognitivos • Baixa autoeficácia • Conhecimento inadequado sobre o processo de parto e nascimento • Medo do processo de parto e nascimento • Percepção da dor como significativa • Percepção da dor do trabalho de parto como ameaçadora Fatores sociais e Companheirismo sem apoio Fatores ambientais inalterados • Ambiente turbulento e Sala de parto barulhenta • Frequência respiratória alterada • Função neuroendócrina alterada • Função urinária alterada • Náusea • Posição para aliviar a dor • Pressão arterial alterada • Pressão no períneo • Pupilas dilatadas • Relata ciclo sono�vigília alterado • Tensão muscular alterada • Vômito • Posição supina • Percepção da dor do trabalho de parto como não natural • Percepção da dor do trabalho de parto como não produtiva • Percepção da dor do trabalho de parto como negativa e Preparo inadequado para lidar com a dor do trabalho de parto e Interferência na tomada de decisão • Sala de parto superlotada Parte 4 • Diagnósticos de enfermagem da NANDA lnternational 513 tristeza crônica 394 troca de gases prejudicada 238 u urgência 143 urinário 144 uso de chupeta 60 544 Índice V venoso 144 ventilação espontânea prejudicada 278 volume de líquidos deficiente 60, 213 volume de líquidos excessivo 215 Página em branco