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intensas epidemias desigualdade de acesso aos serviços de saúde instalados - os nobres, tinham acesso a médicos estrangeiros e, os menos favorecidos, eram cuidados por filantropias (Santas Casas de Misericórdia) inexistência de políticas de Estado de proteção social preocupação com aspectos sanitários organização mínima do espaço social - para garantia de sustentabilidade política e econômica da coroa primeiros cursos de Medicina no país (Salvador e Rio de Janeiro) hospitais públicos para atender doenças nocivas a população (transtornos mentais, tuberculose e hanseníase) ações voltadas prioritariamente para áreas portuárias e, se mostraram pouco eficazes em cuidar da saúde da população acirramento do capitalismo, movido pela Revolução Industrial incremento do saneamento básico Formação do sistema de saúde brasileiro Período colonial: província de exploração - sem ação voltada para saúde pública. 1808: chegada da família real ao Brasil 1822: criação de órgãos relacionados a inspeção da saúde pública, por ordem de Dom Pedro I 1829: criação da Junta de Higiene Pública 1852: inaugurado primeiro hospital psiquiátrico, no Rio de Janeiro - Hospital D. Pedro II A fase imperial se encerrou sem que o Estado solucionasse os graves problemas de saúde da coletividade 1889: Proclamação da República S A Ú D E ColetivaColetiva S A Ú D E saneamento urbano das principais cidades e combate as epidemias ainda não havia saúde integral como direito e nem definição de uma política ampla de proteção social primeiras manifestações urbanas operárias questão social se apresentava como cerne do debate - condições precárias de trabalho e falta de políticas que garantissem proteção social nem todas as empresas ofereciam Estado não contribuía financeiramente e não tinha responsabilidade na administração dessas caixas confluência das CAPs nos Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPs) - passam a garantir também, assistência médica e farmacêutica Século XX: epidemias causadas por doenças infectocontagiosas - malária, varíola, febre amarela, peste bubônica, cólera, TB, hanseníase, parasitose, outras 1903: Oswaldo Cruz (Diretor Geral de Saúde Pública) divide o Rio de Janeiro em 10 distritos sanitários 1904: movimento popular no Rio de Janeiro - "Revolta da Vacina" (insatisfação da população pela obrigatoriedade da vacinação da varíola) 1910 a 1920: saneamento rural e combate a 3 importantes endemias rurais (ancilostomíase, malária e mal de chagas) 1920: criação da Diretoria Nacional de Saúde Pública (DNSP), tendo Carlos Chagas, como sucessor do Oswaldo Cruz 1922: promulgação da lei Eloy Chaves - criação das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs) - possibilitando seguro saúde e previdência para trabalhadores urbanos e dependentes 1930: criação do Ministério de Educação e Saúde Pública (MESP) - posteriormente desmembrado em Ministério da Saúde, em 1953 @camilla.pnunes Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM) Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC) Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI) e outros portanto, estavam excluídos: trabalhadores rurais, profissionais liberais, indigentes e todo trabalhador que exercesse função não reconhecida pelo Estado apesar da redução das mortes por doenças epidêmicas, as doenças endêmicas permaneciam e muitos continuaram morrendo, sem receber ajuda necessária movimentos sociais que exigiam que os governantes cumprissem com as promessas forte crescimento de entrada de capital estrangeiro na economia do país modelo desenvolvimentista - defesa da industrialização como forma para superação da pobreza e subdesenvolvimento principal personagem: presidente Juscelino Kubitschek expressivo desinvestimento no setor da saúde criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e Instituto Nacional de Assistência Médica Social (INAMPS) Os IAPs passam a incluir em um mesmo instituto, toda uma categoria profissional O trabalhador que não contribuísse com os Institutos, estaria excluído do sistema de proteção. 1934: a Constituição incorporou algumas garantias ao operariado (AM, licença remunerada para gestante, jornada de trabalho de 8h e depois, salário mínimo) 1943: estabelecimento da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 1945 a 1963: Regime militar: S A Ú D E ColetivaColetiva S A Ú D E "saúde é uma questão de direito e obrigação do governo" "conceito ampliado de saúde" "valorização da atenção primária" doenças infectocontagiosas ainda dizimavam muitas pessoas foco na abordagem individual era maior que a coletiva - não haviam objetivos de promoção a saúde assistência a saúde era um benefício previdenciário e não um direito inerente a todo cidadão brasileiro crise financeira relatório da CNS serviu como instrumento de pressão política no contexto da Nova República e como referência na discussão da Assembleia Nacional Constituinte art. 196 a 200 da Constituição - tratam sobre saúde, garantias fundamentais para a consolidação do SUS SUS surge como resposta a antigos e presentes problemas de saúde do país - estabelecer política de saúde e seguridade social 1970: surgimento do movimento de Reforma Sanitária Brasileira (MRSB) - reinvindicação de mudanças no modelo de gestão e oferta do setor de saúde 1980: crise do sistema previdenciário brasileiro 1986: 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS) - necessidade da criação de um sistema descentralizado e único 1988: aprovação da Constituição - Constituição cidadão - estabelece a saúde como direito de todos e dever do estado 1990: estabelecimento do SUS - por meio das leis orgânicas da Saúde @camilla.pnunes promoção, proteção e recuperação da saúde organização e funcionamento dos serviços correspondentes outras providências manejo de condicionantes e determinantes de saúde implementação do estabelecido na Constituição atendimento as pessoas, a partir de processos de promoção, proteção e reabilitação participação da comunidade na gestão do SUS processo de financiamento do sistema, quanto a aspectos intergovernamentais outras providências Legislação e Organização - SUS Lei nº 8080/1990: dispõe sobre as condições para: Inciso do art. 2º: abordam como dever do Estado, a garantia da saúde na formulação e execução de políticas econômicas e sociais, que buscam a redução de riscos de patologias e outros riscos - assegurar a universalidade e igualdade nas ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação A lei trata ainda, dos entes que constituem o SUS: órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais; administração direta e indireta; fundações mantidas pelo Poder Público (prestadoras de serviços de saúde) São objetivos do SUS: Lei nº 8142/1990: dispõe sobre: O setor privado pode participar do SUS, em caráter complementar. Essa complementariedade pode acontecer quando, a cobertura assistencial própria do SUS for ineficiente para uma determinada demanda e/ou nível de atenção. Entidades filantrópicas e sem fins lucrativos tem preferência. S A Ú D E ColetivaColetiva S A Ú D E caráter descentralizado municipalizado (município tem mais poder decisório) União: regulamentação - construção, avaliação e manutenção das políticas de saúde e regulamentação de auditorias e padronização de qualidade construção das redes de referência de estados e municípios construções e fortalecimento das redes de vigilância a saúde Estado: atenção primária a saúde gerir alguns serviços de média e alta complexidade (hospitais, policlínicas, laboratórios e serviços especializados) suporte na execução nas ações de vigilância em saúde O sistema de saúde também está inserido em outras nuances da sociedade, em setores além da saúde propriamente dita: Gestão e Estrutura do SUS Atributos inerentes aos 3 entes federativos: @camilla.pnunes Munícipio: coordenar, controlar e promover ações de saúde pode compor consórcios intermunicipais - grupos de municípios organizados para atender as necessidades da população ações de vigilância em saúde prover celebrações decontratos com prestadores de serviços e fornecedores Universalidade: liberdade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência - todos têm direito ao sistema, independentemente de cor, raça, credo, condição socioeconômica ou outra especificidade - garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Integralidade: ver-se o ser como um todo, sendo impossível a abordagem de partes em detrimento ao todo - conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema - indissociabilidade dos seres, que precisam ser compreendidos em suas reais necessidades como um todo. Equidade: de ações e serviços de todos os níveis, de acordo com a complexidade que cada caso necessite, sem privilégios e impedimentos - tratar desigual as desigualdades, dando mais a quem mais precisa - todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos. Princípios e diretrizes do SUS (Lei nº 8080/1990 e Lei nº 8142/1990) S A Ú D E ColetivaColetiva S A Ú D E Descentralização político administrativa: direção única em cada esfera de governo, dando ênfase na descentralização dos serviços para os municípios - quanto mais próximo da situação, mais embasamento e poder decisório se tem. Nesse sentido, enfraquece-se a concepção tradicional de se ter o controle na mão de determinado ente federativo, para ter-se o poder partilhado e compartilhado com os diversos atores que o compõem. Regionalização e hierarquização dos serviços: esses se organizem em níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos em uma área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida - estabelecem-se as redes e consórcios de saúde, em que colocam o município no centro do poder decisório, que se organizam e chegam o mais próximo de atender as reais necessidades de forma local e específica. Participação da comunidade: garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local - garantia de que teremos a população na participação direta das decisões e construções das políticas e serviços oferecidos. @camilla.pnunes Conferência de Saúde: reuniões a cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais - objetivo de avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde Conselho de Saúde: caráter permanente e deliberativo, sendo composto por órgãos do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários - formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo A participação da comunidade (controle social) se dará por meio de órgãos colegiados. As instâncias colegiadas previstas, são: S A Ú D E ColetivaColetiva S A Ú D E @camilla.pnunes
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