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Estratégia Prova TJDFT comentada

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3 
OBSERVAÇÕES INICIAIS 
 
A prova objetiva do TJDFT foi aplicada dia 05/02/2023, após um excelente aulão 
de véspera realizado em Brasília (vocês foram em peso e são a nossa maior motivação 
em cada encontro!). Assim que tivemos acesso ao gabarito preliminar iniciamos a 
tradicional prova comentada do Mege. 
É incrível viver esses momentos de pós-prova juntos e, novamente, entregamos 
em mãos tudo que apuramos ainda dentro do prazo recursal. A nossa intenção neste 
material é auxiliar nossos alunos e seguidores na análise da elaboração de seus recursos, 
além de possibilitar, em formato conclusivo, a revisão de temas cobrados no certame e 
verificação de maiores chances de avanço para 2ª fase. 
O material aqui apresentado trata de versão preliminar elaborada com as 
finalidades informadas e concluída por nosso time específico de 1ª fase de magistratura, 
sem maiores pretensões de aprofundamento, trabalho editorial neste momento de 
puro apoio ou detectação de questões antecipadas em nossas várias formas de atuação. 
Não há também o viés de verificação rigorosa de temas antecipados em nossas 
atuações, diante do curto tempo para entrega desse apoio em prazo recursal e da ampla 
produção de conteúdo de nossas turmas. No entanto, nossa felicidade foi imensa ao 
constatarmos o quanto nosso apoio, novamente, foi efetivo em reta final e o quanto 
nossos alunos do clube da Magistratura estão bem direcionados independentemente 
do nível da prova a ser aplicada. 
O corte, neste momento, segue estimado em 77 acertos para ampla 
concorrência Em cotas, a nota de corte necessária é de 60 acertos. 
 
Os nossos professores entendem que 5 (cinco) questões, em especial, estão 
envolvidas em maiores polêmicas a serem apreciadas (7, 29, 53, 54 e 100) e, portanto, 
podem ter suas situações alteradas na fase recursal, o que deixa em aberto a nota de 
corte para outras possibilidades. Diante disso, ainda é possível sonhar com aprovação 
com a nota 74 (tendo como parâmetro o corte em 77). A sua maior ou menor 
probabilidade dependerá do aproveitamento das questões mais polêmicas. 
 
Após este estudo, o candidato poderá vislumbrar a possibilidade de um 
aumento em sua nota final. Em nossa experiência, constatamos um parâmetro de que a 
cada 2 (duas) questões anuladas a pontuação oficial de corte aumenta em 1 (um) 
ponto. Essa dica deve seguir como norte para definição de maiores chances de avanço 
no certame. Guardem esta informação! 
Aos alunos das turmas do Mege para o TJDFT, pedimos que não deixem de reler 
os conteúdos das rodadas com temas antecipados na prova. A melhor fixação será 
importante nos próximos desafios (e também para 2ª fase do concurso, aos que 
prosseguirão). Como perceberam, o estudo em sprint final sempre é revertido em 
pontos decisivos! 
 
 
4 
É importante mencionar que o Clube do Magistratura também é extremamente 
valioso para qualquer nível de prova para carreira (especialmente por tratar de um edital 
completo ao longo de 1 ano). Não fizemos maiores apontamentos sobre ele neste 
material pelo curto tempo de comparativo temático de sua produção com as questões 
de prova. No entanto, diante da imensa produção do clube, dificilmente uma prova de 
magistratura apresenta questão que fuja de nossos olhos e produções. 
Sempre acreditamos muito que, com o devido foco, é possível evoluir mesmo 
em menor prazo. Portanto, ainda há tempo de evoluir para os próximos desafios. 
É válido citar que, neste momento, estamos com inscrições abertas para as 2 
(duas) turmas de retas finais. 
LINK abaixo para turma de reta final do TJSP 190 
 
LINK para turma de reta final do TJMS 
 
SEGUNDO O SITE OLHO NA VAGA 
79,62% dos candidatos que obtiveram as melhores notas estudaram no Mege! 
 
Até parece uma imagem colada de outra turma do tanto que tem sido assim, 
nossos alunos, novamente, deram um show em relação aos demais cursos 
cadastrados! 
O gráfico abaixo representa o desempenho geral da resposta comparativa de 
nossos alunos (conforme gabarito e possível nota de corte). Algo apurado em 
plataforma que não temos qualquer tipo de vínculo ou parceira - informação genuína e 
que nos enche de orgulho. Pelas matrículas nas turmas de 2ª fase temos uma boa 
percepção que vocês estão realmente engajados em fazer bonito novamente! 
 
https://concursos.mege.com.br/tjsp190/
https://loja.mege.com.br/proposta/tjmsretafinal2023
 
 
5 
 
 
Em nossa análise sobre caminhos pós-prova no TJDFT, entendemos que esse 
direcionamento esquematizado pode orientar da melhor forma. 
Sobre a nota de corte de ampla concorrência (estimada em 77 pontos), diante 
das polêmicas apontadas como possíveis anulações, estimamos que até 74 pontos seria 
possível imaginar uma chance de 2ª fase (com bom aproveitamento de anuladas). 
Em cotas, 55 seria esse limite indicado, diante das possibilidades de anulações 
que apontamos (e o aluno tendo errado todas). É uma chance remota, mas é possível. 
 
SE VOCÊ NÃO FOI TÃO BEM NO TJDFT NÃO SE DESESPERE! 
 
Aos colegas que não estão dentro dessas faixas, indicamos, conforme o caso, 
entrar imediatamente no Clube da Magistratura (turma 2023.1), Nossa turma mais 
completa para quem se prepara para carreira (inclusive assinante premium ganha 
acesso a todas as retas finais de magistratura que atuamos). 
Se você presta concursos de magistratura em outros estados, o Clube da 
Magistratura conta com tudo que você precisa para preparação em todas as fases do 
concurso. Desde o estudo da lei comentada até correções de provas de 2ª fase de forma 
personalizada; e até mesmo a opção de acompanhamento personalizado. 
Vale a pena conferir! 
 
CLUBE DA MAGISTRATURA 2023.1 
 
https://clube.mege.com.br/clube-da-magistratura-2023/
 
 
6 
A SEGUNDA FASE É LOGO ALI! 
 
Por fim, vale ressaltar que já estamos com inscrições abertas para turma de 2ª 
fase TJDFT (onde contaremos com 2 opções: com e sem correções de provas 
personalizadas) focada em uma preparação completa para este desafio. O estudo de 
sentenças e discursivas (aqui inclusa ainda uma abordagem ampla para Humanística 
específica para o TJPE), a experiência de redigir e ter correções de provas manuscritas, 
tudo devidamente alinhado ao seu desafio no melhor nível. Uma equipe que conta com 
ex-examinadores em correções e um time focado em turmas de 2ª fase de magistratura 
desde 2015. 
As inscrições já estão abertas em nosso site e você ainda poderá utilizar o os 
cupons indicados (caso seja ex-aluno) para garantir sua vaga com 10% de desconto no 
carrinho de compra! 
 
Os links para inscrição nas turmas de 2ª fase seguem conforme abaixo 
(em promoção de lançamento): 
 
TJDFT (2ª fase - TURMA 1: COM CORREÇÕES PERSONALIZADAS) 
 
Observação: As vagas esgotaram nesta modalidade (com correções personalizadas) 
antes da disponibilização deste material e as vendas foram, portanto, encerradas, mas 
conseguimos ampliar 10 vagas (de forma excepcional) para quem ainda não conseguiu 
matrícula nesta modalidade. 
 
TJDFT (2ª fase - TURMA 2: SEM CORREÇÕES PERSONALIZADAS) 
 
 
Agora é com vocês, vamos para análise de tudo que caiu na objetiva do TJDFT. 
Seguiremos firmes e com trabalho realmente específico também na 2ª fase. 
Bons estudos! 
Arnaldo Bruno Oliveira1 
Equipe Mege 
 
 
1 Insta: @prof.arnaldobruno (fiquem à vontade para envio de mensagens sobre o Mege). 
https://loja.mege.com.br/proposta/tjdftcorrecaopersonalizada
https://loja.mege.com.br/proposta/tjdftespelhos
 
 
7 
SUMÁRIO 
 
BLOCO I ..................................................................................................................... 8 
DIREITO CIVIL ................................................................................................................ 8 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ........................................................................................22 
DIREITO DO CONSUMIDOR ......................................................................................... 39 
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................................................. 47 
BLOCO II .................................................................................................................. 51 
DIREITO PENAL ............................................................................................................ 51 
DIREITO PROCESSUAL PENAL ...................................................................................... 61 
DIREITO CONSTITUCIONAL ......................................................................................... 77 
DIREITO ELEITORAL ..................................................................................................... 85 
BLOCO III ................................................................................................................. 90 
DIREITO ADMINISTRATIVO ......................................................................................... 90 
DIREITO EMPRESARIAL................................................................................................ 99 
DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................................................ 105 
DIREITO AMBIENTAL ................................................................................................. 110 
NOÇÕES GERAIS DE DIREITO E FORMAÇÃO HUMANÍSTICA ..................................... 113 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
BLOCO I 
DIREITO CIVIL 
 
01. Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que o provedor 
responsável pela guarda dos registros de conexão e de acesso a aplicações de Internet 
de que trata o Marco Civil da Internet tem a obrigação de guarda e de fornecimento das 
informações relacionadas à porta lógica de origem associada ao endereço de IP, de 
modo a viabilizar a identificação do usuário. Nesse sentido, utilizou-se da interpretação 
(A) lógica. 
(B) histórica. 
(C) teleológica. 
(D) extensiva. 
(E) sistemática. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Consiste em desenvolver um raciocínio lógico, transcendendo a letra 
fria da lei, com o fito de fixar o alcance e extensão da lei a partir das motivações políticas, 
históricas e ideológicas. 
(B) INCORRETA. Aqui se realiza a análise dos fatos históricos que antecederam a norma, 
bem como de todo o processo legislativo de sua criação. Verifica-se o contexto histórico 
do surgimento da norma, a proposta legislativa que a originou, as emendas 
apresentadas, os vetos, as razões do veto, etc. 
(C) INCORRETA. Busca-se a finalidade social da norma. Trata-se de adaptar a lei às 
exigências atuais e concretas da sociedade. Está prevista no art. 5º da LINDB: 
Art. 5º, LINDB: 
Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às 
exigências do bem comum. 
(D) INCORRETA. Aqui se amplia o sentido da norma. É quando o legislador "disse menos 
que deveria" no texto da lei, abrindo espaço para uma maior interpretação do da norma 
jurídica. 
(E) CORRETA. A interpretação sistemática parte do pressuposto de que a lei não existe 
isoladamente, devendo ser alcançado o seu sentido em consonância com a demais 
normas que inspiram aquele ramo do Direito. 
Neste particular, o STJ afiançou que: “da interpretação sistemática de dispositivos legais 
do Marco Civil da Internet (art. 10, caput e §1º, e art. 15), dessume-se que tanto os 
provedores de conexão quanto os provedores de aplicação têm a obrigação de guarda 
 
 
9 
e fornecimento das informações da porta lógica de origem associada ao endereço IP. 
Apenas com as duas pontas da informação – conexão e aplicação – é possível resolver a 
questão da identidade de usuários na internet que estejam utilizando um 
compartilhamento da versão 4 do IP,” (REsp 2005051/SP). 
_______________________________________________________________________ 
02. Para fins de regularização fundiária urbana de um núcleo urbano informal, 
(A) o núcleo pode ser clandestino. 
(B) é necessário que o tempo de ocupação do núcleo seja superior a cinco anos. 
(C) o núcleo deve ser de difícil reversão. 
(D) é necessário que a titulação tenha desatendido à legislação vigente quando da 
implantação do núcleo. 
(E) o núcleo deve ter, pelo menos, vias de circulação. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. Art. 11, III, Lei 13.465/2017: 
“Art. 11. Para fins desta Lei, consideram-se: 
(...) 
II - núcleo urbano informal: aquele clandestino, irregular ou no qual não foi 
possível realizar, por qualquer modo, a titulação de seus ocupantes, ainda 
que atendida a legislação vigente à época de sua implantação ou 
regularização;”. 
(B) INCORRETA. Vide comentários alternativa “A”. 
(C) INCORRETA. Vide comentários alternativa “A”. 
(D) INCORRETA. Vide comentários alternativa “A”. 
(E) INCORRETA. Vide comentários alternativa “A”. 
_______________________________________________________________________ 
03. De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, a compatibilidade do 
tratamento dos dados pessoais com as finalidades informadas ao titular, de acordo com 
o contexto do tratamento, consiste no princípio da 
(A) adequação. 
(B) finalidade. 
(C) transparência. 
(D) segurança. 
 
 
10 
(E) qualidade dos dados. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. É o teor do art. 6, II, da Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD: 
“Art. 6º As atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar a boa-fé e 
os seguintes princípios: 
II – adequação: compatibilidade do tratamento com as finalidades informadas ao 
titular, de acordo com o contexto do tratamento”. 
 
(B) INCORRETA. Realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos, 
explícitos e informados ao titular, sem possibilidade de tratamento posterior de forma 
incompatível com essas finalidades. 
(C) INCORRETA. Garantia, aos titulares, de informações claras, precisas e facilmente 
acessíveis sobre a realização do tratamento e os respectivos agentes de tratamento, 
observados os segredos comercial e industrial. 
(D) INCORRETA. Utilização de medidas técnicas e administrativas aptas a proteger os 
dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de 
destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão. 
(E) INCORRETA. Garantia, aos titulares, de exatidão, clareza, relevância e atualização 
dos dados, de acordo com a necessidade e para o cumprimento da finalidade de seu 
tratamento. 
_______________________________________________________________________ 
04. Um dos objetivos do Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (SERP) consiste em 
viabilizar a consulta aos atos em que a pessoa pesquisada conste como 
(I) devedora de título protestado e não pago. 
(II) garantidora real. 
(III) cedente convencional de crédito. 
(IV) titular de direito sobre bem objeto de constrição processual. 
(V) titular de direito sobre bem objeto de constrição administrativa. 
Assinale a opção correta. 
(A) Apenas os itens I, III e V estão certos. 
(B) Apenas os itens I, II, III e IV estão certos. 
(C) Apenas os itens I, II, IV e V estão certos. 
(D) Apenas os itens II, III, IV e V estão certos. 
 
 
11 
(E) Todos os itens estão certos. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS 
 
(I) CORRRETO. O item I está correto, uma vez que um dos objetivos do Sistema 
Eletrônico dos Registros Públicos (SERP) é a viabilização da consulta aos atos em que a 
pessoa pesquisada conste como devedora de título protestado e não pago (art. 3º, inc. 
X, alínea “c”, item 1 da Lei nº 14.382/2022).(II) CORRETO. O item II está correto, pois que um dos objetivos do Sistema Eletrônico 
dos Registros Públicos (SERP) é a viabilização da consulta aos atos em que a pessoa 
pesquisada conste como garantidora real (o art. 3º, inc. X, alínea “c”, item 2 da Lei nº 
14.382/2022). 
(III) CORRETO. O item III está correto, já que um dos objetivos do Sistema Eletrônico dos 
Registros Públicos (SERP) é a viabilização da consulta aos atos em que a pessoa 
pesquisada conste como cedente convencional de crédito (art. 3º, inc. X, alínea “c”, 
item 3 da Lei nº 14.382/2022). 
(IV) CORRETO. O item IV está correto, porquanto um dos objetivos do Sistema Eletrônico 
dos Registros Públicos (SERP) é a viabilização da consulta aos atos em que a pessoa 
pesquisada conste como titular de direito sobre bem objeto de constrição processual 
(art. 3º, inc. X, alínea “c”, item 4 da Lei nº 14.382/2022). 
(V) CORRETO. O item V está correto já que um dos objetivos do Sistema Eletrônico dos 
Registros Públicos (SERP) é a viabilização da consulta aos atos em que a pessoa 
pesquisada conste como titular de direito sobre bem objeto de constrição 
administrativa (art. 3º, inc. X, alínea “c”, item 4 da Lei nº 14.382/2022). 
Assim, a alternativa E está correta. 
(A) INCORRETA. Vide comentários item “E”. 
(B) INCORRETA. Vide comentários item “E”. 
(C) INCORRETA. Vide comentários item “E”. 
(D) INCORRETA. Vide comentários item “E”. 
(E) CORRETA. Vide comentários alhures. 
_______________________________________________________________________ 
05. O Estatuto da Cidade prevê que instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano 
que incluam regras de acessibilidade aos locais de uso público é competência 
(A) dos municípios. 
(B) da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. 
(C) da União, dos estados e do Distrito Federal. 
 
 
12 
(D) da União. 
(E) dos estados e do Distrito Federal. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Vide comentários alternativa “D”. 
(B) INCORRETA. Vide comentários alternativa “D”. 
(C) INCORRETA. Vide comentários alternativa “D”. 
(D) CORRETA. Art. 3º, IV, da Lei 10.257/2001: 
“Art. 3º Compete à União, entre outras atribuições de interesse da política 
urba na: (…) IV – instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive 
habitação, saneamento básico, transporte e mobilidade urbana, que incluam 
regras de acessibilidade aos locais de uso público.” 
(E) INCORRETA. Vide comentários alternativa “D”. 
_______________________________________________________________________ 
06. Pedro ajuizou ação requerendo o reconhecimento de sua paternidade biológica de 
Rafael, com quatorze anos de idade, em cuja certidão de nascimento já constava o nome 
do padrasto como pai. 
Nessa situação hipotética, 
(A) não há impedimento quanto à procedência da ação apenas se a paternidade 
socioafetiva não tiver sido declarada em registro público de notas e títulos. 
(B) não há impedimento quanto à procedência da ação, porquanto podem ser 
reconhecidos os dois vínculos. 
(C) há impedimento quanto à procedência da ação, em razão dos efeitos jurídicos que 
esta causaria. 
(D) não há impedimento quanto à procedência da ação, porquanto Rafael ainda é menor 
de idade. 
(E) há impedimento quanto à procedência da ação, porquanto só se admite um pai, 
biológico ou não. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
 
 
13 
(B) CORRETA. O Supremo Tribunal Federal, ao conceder repercussão geral ao Tema n. 
622, no leading case do RE 898060/SC, entendeu que a paternidade socioafetiva, 
declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de 
filiação concomitante baseado na origem biológica, com efeitos jurídicos próprios. 
Note que ocorreu uma mudança no entendimento sobre o tema da multiparentalidade, 
em virtude da constante evolução do conceito de família, que reclama a reformulação 
do tratamento jurídico dos vínculos parentais à luz do sobreprincípio da dignidade 
humana (art. 1º, III, da CRFB) e da busca da felicidade. Entendeu-se que pela necessidade 
de ampliar a tutela normativa, de modo a atender o melhor interesse da criança e o 
direito de declaração do genitor/genitora da sua paternidade/maternidade, ainda que 
os arranjos familiares estejam alheios à regulamentação estatal. 
Não sem razão, concluiu-se que as situações de pluriparentalidade não podem ficar sem 
proteção, e, ainda que haja vínculo biológico reconhecido, a filiação socioafetiva 
também deve ser tutelada juridicamente, admitindo-se a possibilidade de coexistência 
simultânea entre os dois vínculos, biológico e socioafetivo, para todos os fins de direito, 
a fim de prover a mais completa e adequada tutela aos sujeitos envolvidos, ante os 
princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III) e da paternidade 
responsável (art. 226, § 7º). 
(C) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
(D) CORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
(E) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
_______________________________________________________________________ 
07. De acordo com o Código Civil, caso um testador institua sua sobrinha como 
fideicomissária, essa estipulação será 
(A) nula. 
(B) anulável. 
(C) válida. 
(D) ineficaz. 
(E) não escrita. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS 
 
QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO! 
 
(A) CORRETA. Art. 1.952, do Código Civil: 
 
 
14 
A substituição fideicomissária somente se permite em favor dos não 
concebidos ao tempo da morte do testador. 
Parágrafo único. Se, ao tempo da morte do testador, já houver nascido o 
fideicomissário, adquirirá este a propriedade dos bens fideicometidos, 
convertendo-se em usufruto o direito do fiduciário. 
(B) INCORRETA. Vide comentários alternativa “A”. 
(C) INCORRETA. Vide comentários alternativa “A”. 
(D) INCORRETA. Vide comentários alternativa “A”. 
(E) INCORRETA. Vide comentários alternativa “A”. 
Isso porque, apesar de não existir restrição, não resta claro se a sobrinha já era nascida 
ou não. O enunciado não evidencia se a sobrinha era viva ou não concebida. No entanto, 
o argumento tão seria tão forte, uma vez que a banca examinadora pode argumentar 
que a referida informação estaria subentendida no enunciado. 
_______________________________________________________________________ 
08. A repetição de indébito por cobrança indevida de valores contratuais sujeita-se à 
prescrição 
(A) quinquenal. 
(B) bienal. 
(C) trienal. 
(D) anual. 
(E) decenal. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Vide comentários alternativa “E”. 
(B) INCORRETA. Vide comentários alternativa “E”. 
(C) INCORRETA. Vide comentários alternativa “E”. 
(D) INCORRETA. Vide comentários alternativa “E”. 
(E) CORRETA. A discussão sobre a cobrança indevida de valores constantes de relação 
contratual e eventual repetição de indébito não se enquadra na hipótese do artigo 206, 
parágrafo 3º, IV, do Código Civil/2002, seja porque a causa jurídica, em princípio, existe 
(relação contratual prévia em que se debate a legitimidade da cobrança), seja porque a 
ação de repetição de indébito é ação específica”. No mesmo julgado, o STJ definiu que 
o prazo é decenal, seguindo a norma geral prevista no artigo 205 do CC. Afinal não há 
previsão de prazo menor específico. 
 
 
15 
_______________________________________________________________________ 
09. Em caso de atraso na entrega do imóvel por culpa da construtora, o prejuízo do 
promitente comprador 
(A) excluirá os lucros cessantes. 
(B) será presumido e deverá corresponder à média do aluguel que o comprador deixaria 
de pagar. 
(C) compreenderá somente o dano moral. 
(D) deveráser comprovado. 
(E) compreenderá o dano material e o moral, que é presumido. 
 
GABARITO: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
(B) CORRETA. A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que, reconhecida a culpa 
do promitente vendedor no atraso da entrega de imóvel, os lucros cessantes são 
presumidos e devem corresponder à média do aluguel que o comprador deixaria de 
pagar (REsp 1723050/RJ). 
No caso de descumprimento do prazo para a entrega do imóvel, incluído o período de 
tolerância, o prejuízo do comprador é presumido, consistente na injusta privação do uso 
do bem, a ensejar o pagamento de indenização, na forma de aluguel mensal, com base 
no valor locatício de imóvel assemelhado, com termo final na data da disponibilização 
da posse direta ao adquirente da unidade autônoma” (REsp n. 1.729.593/SP). Tema 
Repetitivo 996. 
(C) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
(D) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
(E) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
_______________________________________________________________________ 
10. Assinale a opção correta conforme o entendimento do STJ acerca da alienação 
fiduciária em garantia de coisa móvel. 
(A) O pagamento das despesas relativas à guarda e conservação de veículo alienado 
fiduciariamente em pátio privado em virtude da efetivação de liminar de busca e 
apreensão do bem é de responsabilidade do devedor fiduciante. 
(B) Atraso cometido pela instituição financeira na baixa de gravame de alienação 
fiduciária no registro de veículo caracteriza dano moral in re ipsa. 
 
 
16 
(C) É vedada a aplicação da pena de perdimento de veículo objeto de alienação fiduciária 
ou de arrendamento mercantil, independentemente da participação do credor 
fiduciário no evento que daria causa à pena. 
(D) Caso o bem não seja encontrado em ação de busca e apreensão processada sob o 
rito do Decreto-lei n.º 911/1969, o credor poderá requerer a conversão do pedido de 
busca e apreensão em ação executiva. 
(E) A relação entre o contrato de compra e venda de bem de consumo e o de 
financiamento bancário com alienação fiduciária, destinado a viabilizar a aquisição do 
bem, é de acessoriedade. 
 
GABARITO: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. O pagamento devido pelas despesas relativas à guarda e conservação 
de veículo alienado fiduciariamente em pátio privado em virtude da efetivação de 
liminar de busca e apreensão do bem, por se tratar de obrigação propter rem, é de 
responsabilidade do credor fiduciário que é quem detém a propriedade do automóvel 
objeto de contrato garantido por alienação fiduciária” (AgRg no REsp 1.016.906/SP, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 7.11.2013, DJe de 21.11.2013). 
(B) INCORRETA. O atraso, por parte de instituição financeira, na baixa de gravame de 
alienação fiduciária no registro de veículo não caracteriza, por si só, dano moral in re 
ipsa” (REsp 1881453/RS, julgado em 30/11/2021, DJe 07/12/2021). 
(C) INCORRETA. A jurisprudência do STJ está pacificada no sentido da admissão da 
aplicação da pena de perdimento de veículo objeto de alienação fiduciária ou 
arrendamento mercantil (leasing), independentemente da participação do credor 
fiduciário ou arrendante no evento que deu causa à pena (AgInt no REsp 1591876/MS, 
julgado em 08/11/2016, DJe 14/11/2016). 
(D) CORRETA. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça traçou orientação no 
sentido de que, em ação de busca e apreensão processada sob o rito do Decreto-Lei nº 
911/1969, o credor tem a faculdade de requerer a conversão do pedido de busca e 
apreensão em ação executiva se o bem não for encontrado ou não se achar na posse do 
devedor (art. 4º)” (REsp n. 1.785.544/RJ, relator Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, 
Terceira Turma, julgado em 21/6/2022, DJe de 24/6/2022). 
(E) INCORRETA. Não existe, em regra, caráter acessório entre os contratos de compra e 
venda de bem de consumo e o de financiamento bancário com arrendamento mercantil 
destinado a viabilizar a aquisição do mesmo bem, de maneira que a instituição financeira 
não pode ser responsabilizada solidariamente pelo inadimplemento do vendedor” 
(AgInt nos EDcl no REsp 1.292.147/SP, DJe de 02/06/2017). 
_______________________________________________________________________ 
 
 
17 
11. Conforme entendimento do STJ, a imposição da guarda compartilhada dos filhos é 
afastada no caso de 
(I) inaptidão de um dos genitores para o exercício da guarda. 
(II) o genitor residir em país diferente daquele onde os filhos residem. 
(III) um dos genitores praticar atos contrários à moral. 
(IV) suspensão do poder familiar. 
(V) perda do poder familiar. 
Estão certos apenas os itens 
(A) I e V. 
(B) IV e V. 
(C) II, III e IV. 
(D) I, II, III e IV. 
(E) I, II, III e V. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
(B) CORRETA. Os únicos mecanismos admitidos em lei para se afastar a imposição da 
guarda compartilhada são a suspensão ou a perda do poder familiar, situações que 
evidenciam a absoluta inaptidão para o exercício da guarda e que exigem, pela 
relevância da posição jurídica atingida, prévia decretação judicial”. (REsp 1878041/SP, 
julgado em 25/05/2021, DJe 31/05/2021). 
(C) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
(D) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
(E) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
_______________________________________________________________________ 
12. De acordo com o Código Civil, o juiz somente poderá autorizar a exibição integral 
dos livros e papéis de escrituração da sociedade empresária quando necessária para 
(A) instruir processo de pensão alimentícia. 
(B) resolver questões relativas à sucessão. 
(C) obter prova em processo cuja matéria seja de interesse público. 
(D) instruir processo de insolvência. 
 
 
18 
(E) defender interesse de um dos sócios 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
(B) CORRETA. Art. 1.191 do Código Civil: 
“O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de 
escrituração quando necessária para resolver questões relativas à sucessão, 
comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em 
caso de falência”. 
(C) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
(D) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
(E) INCORRETA. Vide comentários alternativa “B”. 
_______________________________________________________________________ 
13. De acordo com o disposto no Código Civil e o entendimento jurisprudencial do STJ 
acerca dos contratos de seguro, assinale a opção correta. 
(A) No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de morte, o capital estipulado 
é considerado herança para todos os efeitos de direito e está sujeito às dívidas do 
segurado. 
(B) Na falta de indicação do beneficiário do seguro de vida, ou, se por qualquer motivo, 
não prevalecer a indicação feita, metade do capital segurado será pago ao cônjuge 
sobrevivente, e o restante, às pessoas que provarem que a morte do segurado os privou 
dos meios necessários à subsistência. 
(C) No seguro de vida, é permitida a exclusão de cobertura na hipótese de sinistros ou 
acidentes decorrentes de atos praticados pelo segurado em estado de insanidade 
mental ou sob efeito de bebida alcoólica ou substâncias tóxicas. 
(D) Em regra, a embriaguez do segurado não pode eximir a seguradora do pagamento 
da indenização prevista em contrato de seguro de vida. 
(E) Como a legislação estabelece critério objetivo para regular os seguros de vida, o 
segurador está obrigado ao pagamento de indenização em caso de suicídio do segurado 
dentro dos dois primeiros anos do contrato. 
 
GABARITO: D 
 
 
 
 
19 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Art. 794, do Código Civil: 
No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de morte, o capital 
estipulado não está sujeito às dívidas do segurado, nem se considera herança 
para todos os efeitos de direito.(B) INCORRETA. Art. 792, do Código Civil: 
Na falta de indicação da pessoa ou beneficiário, ou se por qualquer motivo 
não prevalecer a que for feita, o capital segurado será pago por metade ao 
cônjuge não separado judicialmente, e o restante aos herdeiros do segurado, 
obedecida a ordem da vocação hereditária. 
(C) INCORRETA. No seguro de vida, é vedada a exclusão de cobertura na hipótese de 
sinistros ou acidentes decorrentes de atos praticados pelo segurado em estado de 
insanidade mental, de alcoolismo ou sob efeito de substâncias tóxicas” (REsp 
1665701/RS, julgado em 09/05/2017, DJe 31/05/2017). 
(D) CORRETA. Súmula 620/STJ: “A embriaguez do segurado não exime a seguradora do 
pagamento da indenização prevista em contrato de seguro de vida.” 
(E) INCORRETA. O legislador estabeleceu critério objetivo para regular a matéria, 
tornando irrelevante a discussão a respeito da premeditação da morte e que, assim, a 
seguradora não está obrigada a indenizar apenas o suicídio ocorrido dentro dos dois 
primeiros anos do contrato (AgRg nos EDcl nos EREsp 1.076.942/PR). 
_______________________________________________________________________ 
14. Cada um dos itens a seguir apresenta uma situação hipotética seguida de uma 
assertiva a ser julgada conforme as disposições do Código Civil e da jurisprudência do 
STJ em relação à proteção da pessoa dos filhos em situações de multiparentalidade. 
(I) O pai biológico de Maria faleceu quando ela tinha apenas doze anos de idade. Dois 
anos depois, a mãe de Maria passou a viver em união estável com João. Desde então, 
João tomou para si o exercício da função paterna na vida de Maria, situação plenamente 
aceita por ela. Por essa razão, João e Maria decidiram tornar jurídica a situação fática 
então existente, para ser reconhecida a paternidade socioafetiva dele mediante sua 
inclusão no registro civil dela, sem exclusão do pai biológico falecido. Nessa situação 
hipotética, reconhecida a multiparentalidade em razão da ligação afetiva entre enteada 
e padrasto, Maria terá direitos patrimoniais e sucessórios em relação tanto ao pai 
falecido quanto a João. 
(II) Regina namorava publicamente Adão e outros rapazes quando engravidou. Dois 
meses depois do nascimento de Felipe, fruto dessa gravidez, Adão o registrou e passou 
a tratá-lo publicamente como filho. Todavia, com dúvidas acerca da paternidade, Adão 
fez, extrajudicialmente, um exame de DNA e constatou que Felipe não era seu filho 
biológico. Nessa situação hipotética, a divergência entre a paternidade biológica e a 
declarada no registro de nascimento é suficiente para que Adão possa pleitear 
judicialmente a anulação do ato registral, mesmo configurada a paternidade 
socioafetiva. 
 
 
20 
(III) Daniel e Jonas convivem em união estável homoafetiva e resolveram ter um filho. 
Procuraram, então, uma clínica de fertilização na companhia de Marta, irmã de Jonas, 
para um programa de inseminação artificial. Daniel e Marta se submeteram ao ciclo de 
reprodução assistida, dando origem a Letícia. Marta foi somente a chamada barriga 
solidária. Nessa situação hipotética, o registro civil de Letícia deverá ser realizado pelo 
cartório, independentemente de prévia autorização judicial. 
(IV) Quando Eva se casou com Ivo, já era mãe de Elias, fruto de um relacionamento 
anterior. Embora Elias seja filho biológico e registral de outro homem, perante a 
sociedade, o trabalho, os amigos e a escola, Ivo sempre o apresenta como seu filho, sem 
qualquer distinção. Nessa situação hipotética, depois do falecimento de Ivo, Elias poderá 
obter judicialmente o reconhecimento de Ivo como seu pai socioafetivo, incluindo-o no 
seu registro civil, sem a exclusão do pai biológico. 
Estão certos apenas os itens 
(A) I e II. 
(B) I e III. 
(C) II e IV. 
(D) I, III e IV. 
(E) II, III e IV. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS 
 
(I) CORRETO. 
Enunciado 632 do CJF: Nos casos de reconhecimento de multiparentalidade 
paterna ou materna, o filho terá direito à participação na herança de todos 
os ascendentes reconhecidos. 
(II) INCORRETO. O STJ consolidou orientação no sentido de que para ser possível a 
anulação do registro de nascimento, é imprescindível a presença de dois requisitos, a 
saber: (i) prova robusta no sentido de que o pai foi de fato induzido a erro, ou ainda, 
que tenha sido coagido a tanto e (ii) inexistência de relação socioafetiva entre pai e filho. 
Assim, a divergência entre a paternidade biológica e a declarada no registro de 
nascimento não é apta, por si só, para anular o registro. REsp 1829093/PR. Precedentes. 
(III) CORRETO. De acordo com o Provimento nº 63/2017 do Conselho Nacional de 
Justiça, o registro de nascimento de crianças geradas por meio da técnica de reprodução 
assistida de gestação por substituição poderá ser solicitado no Cartório de Registro Civil, 
não sendo necessária qualquer intervenção judicial. 
(IV) CORRETO. 
O STF possui firme entendimento no sentido de que a paternidade 
socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o 
reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem 
biológica, com todas as suas consequências jurídicas. (RE 898060). 
 
 
21 
(A) INCORRETA. Vide comentários alternativa “D”. 
(B) INCORRETA. Vide comentários alternativa “D”. 
(C) INCORRETA. Vide comentários alternativa “D”. 
(D) CORRETA. I, III e IV corretos, conforme comentários acima. 
(E) INCORRETA. Vide comentários alternativa “D”. 
_______________________________________________________________________ 
15. Quanto às relações de parentesco e à competência para julgar as ações a esse 
respeito, assinale a opção correta à luz do Código Civil e da Lei de Organização Judiciária 
do Distrito Federal e dos Territórios. 
(A) No Código Civil, há previsão de adoção de pessoa maior de dezoito anos de idade, o 
que depende da assistência efetiva do poder público e de sentença constitutiva de 
competência do juiz da vara da infância e da juventude. 
(B) Embora haja regra expressa de competência para o julgamento da ação de pessoa 
maior de dezoito anos de idade na Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e 
dos 
Territórios, não há previsão do instituto no Código Civil, devendo ser usado por analogia, 
no que couber, o Estatuto da Criança e do Adolescente. 
(C) Embora haja previsão de adoção de pessoa maior de dezoito anos de idade no Código 
Civil, a Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios não estabelece 
regra de competência para julgamento desse tipo de demanda. 
(D) No Código Civil, há previsão de adoção de pessoa maior de dezoito anos de idade, o 
que depende da assistência efetiva do poder público e de sentença constitutiva de 
competência do juiz da vara de família. 
(E) Nos termos do Código Civil, as regras gerais do Estatuto da Criança e do Adolescente 
não são aplicáveis à adoção de pessoa maior de dezoito anos de idade. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Vide comentários alternativa “D”. 
(B) INCORRETA. Vide comentários alternativa “D”. 
(C) INCORRETA. Vide comentários alternativa “D”. 
(D) CORRETA. Art. 1.619, do Código Civil: 
A adoção de maiores de 18 (dezoito) anos dependerá da assistência efetiva 
do poder público e de sentença constitutiva, aplicando-se, no que couber, as 
regras gerais da Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e 
do Adolescente. 
 
 
22 
Art. 27, VI, da Lei de Organização Judiciária do DF: 
“Art. 27. Compete ao Juiz da Vara de Família: (…) VI – autorizar a adoção de 
maiores de 18 (dezoito) anos.” 
(E) INCORRETA. Vide comentários alternativa “D”. 
_______________________________________________________________________ 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
16. No que se refere à fazenda pública em juízo, assinale a opção correta, à luz da 
jurisprudência do STJ e do Código de Processo Civil (CPC). 
(A) A participação da fazenda pública no processo configura, porsi só, hipótese de 
intervenção do Ministério Público. 
(B) No cumprimento de sentença de obrigação de pagar, a fazenda pública deve ser 
intimada para impugnação, tendo prazo em dobro para se manifestar, por prerrogativa 
legal. 
(C) A fazenda pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do depósito 
prévio dos honorários do perito. 
(D) Não é cabível ação monitória contra a fazenda pública, em virtude da simplicidade 
do seu procedimento. 
(E) A fazenda pública é isenta do pagamento de emolumentos cartorários. 
 ______________________________________________________________________ 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS 
 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 178, Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, 
por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público. 
 
(B) INCORRETA. 
Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante 
judicial, por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 
30 (trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir. 
 
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas 
respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em 
dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá 
início a partir da intimação pessoal. 
(...) 
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei 
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público. 
 
 
23 
O prazo de impugnação é de trinta dias, não sendo contado em dobro, já que o CPC 
estabelece prazo próprio para a Fazenda Pública, o que atrai a incidência do art. 183, 
§2º, do CPC. 
(C) CORRETA. SÚMULA 232 do STJ: A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica 
sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito. 
 
(D) INCORRETA. 
Art. 700, 6º: É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública. 
 
SÚMULA 339 do STJ: É cabível ação monitória contra a Fazenda Pública. 
(E) INCORRETA. O Superior Tribunal de Justiça possui o entendimento segundo o qual 
a Fazenda Pública não é isenta do pagamento dos emolumentos cartorários, havendo, 
apenas, o diferimento deste para o final do processo, quando deverá ser suportado pelo 
vencido (AgInt no AREsp 381536 / RS). 
_______________________________________________________________________ 
17. Com base nas disposições do CPC e na jurisprudência do STJ a respeito do 
litisconsórcio e da intervenção de terceiros, assinale a opção correta. 
(A) O incidente de desconsideração da personalidade jurídica pode ser instaurado de 
ofício no âmbito dos juizados especiais. 
(B) Se uma seguradora denunciada em ação de reparação de danos não contestar o 
pedido do autor, ela poderá ser condenada, direta e solidariamente com o segurado, ao 
pagamento da indenização devida à vítima, nos limites contratados na apólice. 
(C) O CPC determina expressamente a aplicação do prazo em dobro para litisconsortes 
com procuradores de diferentes escritórios, ainda que o processo seja eletrônico. 
(D) Não deve ser extinta a denunciação da lide apresentada intempestivamente pelo réu 
nas hipóteses em que o denunciado conteste apenas a pretensão de mérito da demanda 
principal. 
(E) Aquele que detenha a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome 
próprio, tem o ônus de nomear à autoria o proprietário ou o possuidor da coisa litigiosa. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será 
instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber 
intervir no processo. 
 
 
24 
Art. 1.062. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-
se ao processo de competência dos juizados especiais. 
(B) INCORRETA. SÚMULA N. 537 do STJ: Em ação de reparação de danos, a seguradora 
denunciada, se aceitar a denunciação ou contestar o pedido do autor, pode ser 
condenada, direta e solidariamente junto com o segurado, ao pagamento da 
indenização devida à vítima, nos limites contratados na apólice. 
(C) INCORRETA. 
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios 
de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas 
manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de 
requerimento. 
(...) 
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. 
(D) INCORRETA. Não é extinta a denunciação da lide apresentada intempestivamente 
pelo réu nas hipóteses em que o denunciado contesta apenas a pretensão de mérito da 
demanda principal. STJ. 3ª Turma. REsp 1.637.108-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado 
em 6/6/2017 (Info 606). 
(E) INCORRETA. Não existe mais a nomeação à autoria enquanto intervenção de 
terceiros no CPC de 2015. O réu poderá, na contestação, suscitar sua ilegitimidade 
passiva, na forma do art. 339 do CPC. 
_______________________________________________________________________ 
18. Almir, maior de idade e capaz, correntista do banco Beta S.A., verificou o desconto 
de um seguro residencial não contratado em sua conta-corrente, o que o motivou a 
ingressar com ação de indenização por danos morais e materiais contra a mencionada 
instituição financeira. Regularmente citado, o banco réu refutou a pretensão e 
apresentou pedido reconvencional de cobrança de valores de cheque especial 
inadimplidos pelo autor. Por causa disso, Almir desistiu do pedido, oportunidade em que 
o réu foi intimado para se manifestar. 
Considerando a situação hipotética apresentada, os ditames do CPC e a jurisprudência 
do STJ, assinale a opção correta. 
(A) No caso de a sentença ser proferida com fundamento na desistência da ação 
principal, as despesas e os honorários serão divididos entre as partes. 
(B) Se o réu recusar-se, sem motivo razoável, a aceitar a desistência, o juiz poderá suprir 
a concordância e proceder à homologação. 
(C) A desistência do autor na ação principal obsta o prosseguimento do processo quanto 
à reconvenção. 
(D) A desistência da ação somente pode ser apresentada até a contestação. 
(E) A homologação da desistência da ação gera coisa julgada material, o que impede 
Almir de ajuizar nova demanda com conteúdo idêntico. 
_______________________________________________________________________ 
 
 
25 
 GABARITO: B 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 90. Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou 
em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela 
parte que desistiu, renunciou ou reconheceu. 
(B) CORRETA. 
Art. 485, § 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o 
consentimento do réu, desistir da ação. 
 
A despeito da literalidade do dispositivo, segundo entendimento do STJ, a recusa do réu 
deve ser fundamentada e justificada, não bastando apenas a simples alegação de 
discordância, sem a indicação de qualquer motivo relevante. 
Confira-se: 
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO 
JURÍDICO. DESISTÊNCIA DA AÇÃO. NECESSIDADE DE CONCORDÂNCIA DO RÉU. 
RECUSA, TODAVIA, CONDICIONADA A APRESENTAÇÃO DE FUNDAMENTAÇÃO 
RAZOÁVEL. PEDIDO DE DESISTÊNCIA FORMULADO PARA MODIFICAR REGRA DE 
COMPETÊNCIA E VIOLAR O PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL. IMPOSSIBILIDADE. 
1- Ação distribuída em 26/01/2009. Recurso especial interposto em 20/10/2014 e 
atribuído à Relatora em 02/09/2016. 
2- O propósito recursal é definir se a justificativa apresentada pelos recorrentes para 
impedir a desistência da ação formulada pelos recorridos foi suficientemente 
fundamentada e se deve ser reputada como válida. 
3- Após o escoamento do prazo para resposta, somente é admissível a desistência da 
ação com a aquiescência do réu, pois ele também tem direito ao julgamento de mérito 
da controvérsia, bem como a eventual formação de coisa julgada material a seu favor. 
4- A recusa do réu, todavia, deve ser fundamentada em motivo razoável, sendo 
insuficientea simples alegação de discordância sem a indicação de qualquer motivo 
plausível. Precedentes. 
5- Na hipótese, verifica-se que os autores pretendem desistir da ação para deduzir 
pretensão assentada em questão conexa em juízo distinto daquele em que tramita a 
ação em 1º grau de jurisdição, de modo que a justificativa apresentada pelos réus, ainda 
que sucinta, é relevante e busca, em última análise, evitar a artificial modificação de 
regra de competência e a violação ao princípio constitucional do juiz natural. 
6- Recurso especial conhecido e provido. (REsp 1519589 / DF, Rel. Ministra NANCY 
ANDRIGHI, Terceira Turma, DJe 13/04/2018) 
(C) INCORRETA. 
Art. 343, § 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que 
impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo 
quanto à reconvenção. 
(D) INCORRETA. 
 
 
26 
Art. 485, § 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
 
(E) INCORRETA. A sentença que homologa o pedido de desistência formulado julga 
extinto o processo SEM resolução de mérito, não gerando, pois, coisa julgada material. 
 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
(..) 
VIII - homologar a desistência da ação; 
_______________________________________________________________________ 
19. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), diante da 
multiplicidade de recursos especiais fundados em idêntica questão de direito, 
selecionou dois recursos e os remeteu ao STJ para fins de afetação, determinando o 
sobrestamento de todos os processos em tramitação sob sua jurisdição na região que 
versassem sobre a mesma matéria e estivessem pendentes de julgamento. Com o 
recebimento do recurso representativo da controvérsia no STJ, o ministro relator 
proferiu decisão de afetação e, em seguida, o recurso foi julgado pela Corte Especial do 
STJ, a qual fixou a tese jurídica. 
A partir dessa situação hipotética e das regras processuais recursais, assinale a opção 
correta. 
(A) Os recursos afetados devem ser julgados no prazo de um ano e têm preferência 
sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam mandado de segurança. 
(B) A escolha dos recursos feita pelo TJDFT vincula o relator no STJ, que não pode 
selecionar outros recursos representativos da controvérsia. 
(C) A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de 
proferida a sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso 
representativo da controvérsia. 
(D) No STJ, para subsidiar seu convencimento acerca da controvérsia objeto dos recursos 
especiais repetitivos, o relator não pode admitir a participação de terceiros na qualidade 
de amicus curiae, por vedação legal. 
(E) O julgamento de casos repetitivos tem por objeto apenas questão de direito 
processual, uma vez que não cabe reexame de provas em recurso especial. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 980. O incidente será julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência 
sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos 
de habeas corpus. 
 
 
27 
(B) INCORRETA. 
Art. 1036, § 4º A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal 
de justiça ou do tribunal regional federal não vinculará o relator no tribunal 
superior, que poderá selecionar outros recursos representativos da 
controvérsia. 
(C) CORRETA. 
Art. 1040, § 1º A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de 
jurisdição, antes de proferida a sentença, se a questão nela discutida for 
idêntica à resolvida pelo recurso representativo da controvérsia. 
(D) INCORRETA. Não há vedação legal. Ademais, o próprio CPC estabelece que o amicus 
curiae possui legitimidade para recorrer da decisão julgar o incidente de resolução de 
demandas repetitivas: 
Art. 138, § 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente 
de resolução de demandas repetitivas. 
(E) INCORRETA. 
Art. 928, Parágrafo único. O julgamento de casos repetitivos tem por objeto 
questão de direito material ou processual. 
_______________________________________________________________________ 
20. João, com oitenta anos de idade, nascido em São Paulo – SP, circense, sem domicílio 
certo, foi encontrado morto no município de Fortaleza – CE, em 15 de outubro de 2021. 
João deixou apenas bens imóveis: três situados na cidade de Brasília – DF e um na cidade 
de Salvador – BA. Em razão do óbito, a única filha de João, domiciliada em Aracaju – SE, 
procedeu à abertura do inventário. 
Nessa situação hipotética, o foro competente para o referido inventário é o 
(A) do município de Aracaju – SE, local do domicílio da inventariante, única filha do 
falecido. 
(B) do município de Fortaleza – CE, local do óbito de João. 
(C) de Brasília – DF exclusivamente, pois é lá que se situa a maioria dos bens imóveis 
deixados por João. 
(D) do município de Salvador – BA ou o de Brasília – DF, indistintamente, pois nesses 
locais se situam os bens imóveis do autor da herança. 
(E) do município de São Paulo – SP, local de nascimento de João, uma vez que ele não 
tinha domicílio certo ao tempo de sua morte. 
_______________________________________________________________________ 
 GABARITO: D 
COMENTÁRIOS 
 
 
 
28 
Como João não possuía domicílio certo e deixou apenas bens imóveis, devemos aplicar 
o art. 48 do CPC 
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente 
para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições 
de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para 
todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no 
estrangeiro. 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é 
competente: 
I – o foro de situação dos bens imóveis; 
II – havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
III – não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do 
espólio. 
_______________________________________________________________________ 
21. Luísa, servidora pública, ajuizou ação contra o município de Bertolínia – PI, 
postulando o pagamento de determinada quantia com base em lei municipal. A 
execução transitou em julgado em janeiro de 2015, formando-se um título executivo em 
favor de Luísa. Em janeiro de 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF), ao examinar 
recurso extraordinário interposto pelo município que envolvia o processo de outra 
servidora com base na mesma lei, decidiu que a referida norma não fora recepcionada 
pela Constituição Federal de 1988 (CF). Tendo em vista essa decisão, o município 
pretende apresentar o instrumento jurídico mais adequado para a defesa de seus 
interesses atualmente, inclusive contra Luísa. 
Considerando essa situação hipotética, as disposições do CPC e a jurisprudência dos 
tribunais superiores, assinale a opção correta. 
 (A) É cabível o ajuizamento de ação rescisória, cujo prazo será contado a partir do 
trânsito em julgado da decisão proferida pelo STF. 
(B) O instrumento mais adequado a ser proposto pelo município é a ação declaratória 
de nulidade (querela nullitatis). 
(C) O instrumento mais adequado a ser proposto pelo município é a ação ordinária no 
rito do procedimento comum. 
(D) Não cabe a apresentação de nenhum instrumento jurídico pelo município, uma vez 
que o processo de Luísa está protegido pela coisa julgada material. 
(E) É cabível o ajuizamento de reclamação constitucional pelo município. 
_______________________________________________________________________ 
 GABARITO: A 
COMENTÁRIOS 
 
Art. 525, § 12. Para efeito do disposto no inciso III do § 1º deste artigo, 
considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em título 
executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado 
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação29 
ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal 
Federal como incompatível com a Constituição Federal, em controle de 
constitucionalidade concentrado ou difuso. 
§ 13. No caso do § 12, os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal 
poderão ser modulados no tempo, em atenção à segurança jurídica. 
§ 14. A decisão do Supremo Tribunal Federal referida no § 12 deve ser 
anterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda. 
§ 15. Se a decisão referida no § 12 for proferida após o trânsito em julgado 
da decisão exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo será contado do 
trânsito em julgado da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal. 
_______________________________________________________________________ 
22. Em relação à tutela provisória, assinale a opção correta. 
(A) O requerimento de tutela antecipada incidental é condicionado ao pagamento de 
custas. 
(B) No procedimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente, o prazo 
máximo para o réu apresentar contestação é de quinze dias. 
(C) Não caberá liminar na tutela de evidência quando ficar caracterizado o abuso no 
direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 
(D) A tutela da evidência poderá ser concedida desde que haja demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
(E) O ressarcimento dos prejuízos decorrentes do deferimento da tutela provisória 
posteriormente revogada por sentença que extingue o processo sem resolução de 
mérito deve, necessariamente, ser liquidado em processo autônomo. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do 
pagamento de custas. 
(B) INCORRETA. 
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido 
e indicar as provas que pretende produzir. 
(C) CORRETA. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da 
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, 
quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito 
protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente 
e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula 
vinculante; 
 
 
30 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental 
adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de 
entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos 
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de 
gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir 
liminarmente. 
 
(D) INCORRETA. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da 
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, 
quando. 
(E) INCORRETA. 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte 
responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte 
adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os 
meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do 
autor. 
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida 
tiver sido concedida, sempre que possível. 
_______________________________________________________________________ 
23. De acordo com as disposições do CPC acerca das audiências, assinale a opção 
correta. 
(A) A audiência poderá ser adiada se houver atraso injustificado de seu início em tempo 
superior a quinze minutos do horário agendado. 
(B) Somente ocorrerá audiência de conciliação ou de mediação se os direitos envolvidos 
no litígio forem disponíveis. 
(C) As partes poderão gravar integralmente a audiência, em imagem e em áudio, em 
meio digital ou analógico, desde que haja prévia autorização judicial. 
(D) Caso haja acordo entre as partes na audiência de instrução, elas ficarão dispensadas 
do pagamento de eventuais custas processuais remanescentes. 
(E) Cabe ao defensor público intimar a testemunha por ele arrolada ou informá-la do 
dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 362. A audiência poderá ser adiada: 
 
 
31 
I - por convenção das partes; 
II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que 
dela deva necessariamente participar; 
III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) 
minutos do horário marcado. 
(B) INCORRETA. O CPC exige que o direito não admita autocomposição: 
Art. 334, § 4º A audiência não será realizada: 
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na 
composição consensual; 
II - quando não se admitir a autocomposição. 
 
(C) INCORRETA. 
Art. 367, § 5º A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em 
áudio, em meio digital ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das 
partes e dos órgãos julgadores, observada a legislação específica. 
§ 6º A gravação a que se refere o § 5º também pode ser realizada diretamente 
por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial. 
(D) CORRETA. 
Art. 90, § 3º Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam 
dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver. 
 
 
(E) INCORRETA. 
Art. 455. Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por 
ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-
se a intimação do juízo. 
§ 4º A intimação será feita pela via judicial quando: 
I - for frustrada a intimação prevista no § 1º deste artigo; 
II - sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz; 
III - figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em 
que o juiz o requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do corpo em 
que servir; 
IV - a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela 
Defensoria Pública; 
V - a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454 . 
_______________________________________________________________________ 
24. A respeito das ações locatícias, assinale a opção correta. 
(A) Segundo o STJ, para a retomada da posse direta por adquirente de imóvel objeto de 
contrato de locação, o rito processual adequado é o da ação de imissão de posse. 
(B) Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o prazo máximo da renovação 
compulsória do contrato locatício é de cinco anos, salvo se a vigência da avença locatícia 
superar esse período. 
(C) Na ação revisional de aluguel, a sentença não poderá estabelecer indexador para 
reajustamento do aluguel diferente daquele previsto no contrato revisando. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art454
 
 
32 
(D) Segundo o STJ, o prazo de sessenta dias para exigir prestação de contas refere-se a 
um intervalo mínimo a ser respeitado pelo locatário para promover solicitações dessa 
natureza, portanto não é decadencial. 
(E) As ações de despejo que decorram da falta de pagamento do aluguel e dos demais 
encargos devem, necessariamente, ser instruídas com a prova da propriedade do imóvel 
ou do compromisso. 
_______________________________________________________________________ 
 GABARITO: D 
COMENTÁRIOS 
 
Segundo o STJ, o art. 54, §2º, da lei 8.245/61 não estabelece prazo decadencial de 60 
dias para que se formule pedido de prestação de contas no seio de contrato de locação 
em shopping center, mas sim estatui uma periodicidademínima para essa prestação 
(REsp 2003209 / PR, DJe 30/09/2022). 
_______________________________________________________________________ 
25. Considerando o CPC e a jurisprudência do STJ a respeito dos atos processuais e dos 
negócios jurídicos processuais, assinale a opção correta. 
(A) O peticionamento nos autos por advogado destituído de poderes especiais para 
receber citação não configura comparecimento espontâneo apto a suprir tal 
necessidade, por força do princípio da instrumentalidade das formas. 
(B) As citações, intimações e penhoras não poderão realizar-se no período de férias 
forenses. 
(C) Os prazos processuais podem ser fixados em minutos. 
(D) O negócio jurídico processual somente pode ser celebrado após o início do processo. 
(E) Os negócios jurídicos processuais podem ser celebrados em processos que versem 
sobre direitos de qualquer natureza, mesmo aqueles que não admitam 
autocomposição. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. De fato, para o STJ, o peticionamento nos autos por advogado 
destituído de poderes especiais para receber citação não configura comparecimento 
espontâneo apto a suprir tal necessidade. STJ. 4ª Turma. RHC 168.440-MT, Rel. Min. Raul 
Araújo, julgado em 16/08/2022 (Info 745). 
 
 
33 
Entretanto, o erro da alternativa é dizer que tal orientação encontra correlação com o 
princípio da instrumentalidade das formas, uma vez que tal princípio foi afastado pela 
Corte Superior em relação à possibilidade de reconhecer o comparecimento espontâneo 
apto a suprir a necessidade de citação, na hipótese de peticionamento nos autos por 
advogado destituído de poderes especiais 
(B) INCORRETA. 
Art. 212, § 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, 
intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, 
onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido 
neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição 
Federal . 
(C) CORRETA. É possível que os prazos processuais sejam estabelecidos em minutos, 
como o de 20 minutos, prorrogável por mais 10 minutos, para alegações orais, na forma 
do art. 364 do CPC. 
(D) INCORRETA. 
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, 
é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento 
para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, 
poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. 
(E) INCORRETA. 
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, 
é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento 
para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, 
poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. 
_______________________________________________________________________ 
26. Quanto ao entendimento dos tribunais superiores acerca do mandado de segurança, 
do mandado de injunção, do habeas corpus e do habeas data, assinale a opção correta. 
(A) O cônjuge sobrevivente não é parte legítima para impetrar habeas data em defesa 
de interesse do falecido, por se tratar de direito personalíssimo. 
(B) Entidade de classe tem legitimidade para impetrar mandado de segurança, ainda que 
a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria. 
(C) A competência para processar e julgar mandado de injunção firma-se em razão da 
matéria, e não da autoridade coatora. 
(D) A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança quando presentes, 
cumulativamente, a inexistência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou 
informações e a que ordenou a prática do ato impugnado e a manifestação a respeito 
do mérito nas informações prestadas. 
(E) A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor 
dos associados depende da autorização destes. 
_______________________________________________________________________ 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xi
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xi
 
 
34 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. É parte legítima para impetrar habeas data o cônjuge sobrevivente na 
defesa de interesse do falecido (HD 147/DF, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, 
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2007, DJ 28/02/2008). 
(B) CORRETA. Súmula 630/STF: A entidade de classe tem legitimação para o mandado 
de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da 
respectiva categoria. 
(C) INCORRETA. A competência para processar e julgar mandado de injunção firma-se 
não em razão da matéria, mas, sim, da autoridade coatora (STJ, CC 39.437). 
(D) INCORRETA. Súmula 628/STJ: A teoria da encampação é aplicada no mandado de 
segurança quando presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) existência de 
vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que ordenou a 
prática do ato impugnado; b) manifestação a respeito do mérito nas informações 
prestadas; e c) ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição 
Federal. 
(E) INCORRETA. Súmula 629/STF: A impetração de mandado de segurança coletivo por 
entidade de classe em favor dos associados independe de autorização destes. 
_______________________________________________________________________ 
27. A respeito da ação direta de inconstitucionalidade, da ação declaratória de 
constitucionalidade, da ação de descumprimento de preceito fundamental e da ação de 
usucapião, assinale a opção correta, com base nas regras processuais dispostas na 
legislação em vigor e no entendimento do STF. 
(A) Município não tem legitimidade para propor, incidentalmente no curso de processo 
em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula 
vinculante no STF. 
(B) Após o recebimento das informações dos requeridos e das manifestações do 
advogado-geral da União e do procurador-geral da República, admite-se o aditamento 
à inicial da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) para inclusão de novos dispositivos 
legais, em razão do princípio da causa de pedir aberta. 
(C) As hipóteses de impedimento e suspeição de ministros não se aplicam, 
ordinariamente, ao processo de fiscalização concentrada de constitucionalidade. 
(D) Estado-membro possui legitimidade para recorrer das decisões proferidas em sede 
de controle concentrado de constitucionalidade em ação direta de 
inconstitucionalidade (ADI) que tenha sido ajuizada pelo respectivo governador. 
(E) É facultado ao interessado instruir o pedido de reconhecimento extrajudicial de 
usucapião com certidões negativas dos distribuidores da comarca acerca da situação do 
imóvel e do domicílio do requerente. 
_______________________________________________________________________ 
 
 
35 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. LEI Nº 11.417/2006: 
Art. 3º, § 1º O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de 
processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de 
enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo. 
 
(B) INCORRETA. Não é admitido o aditamento à inicial da ação direta de 
inconstitucionalidade após o recebimento das informações dos requeridos e das 
manifestações do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República. STF. 
Plenário. ADI 4541/BA, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 16/4/2021 (Info 1013). 
(C) CORRETA. As hipóteses de impedimento e suspeição restringem-se aos processos 
subjetivos; logo, não se aplicam, ordinariamente, ao processo de fiscalização 
concentrada de constitucionalidade. STF. Plenário. ADI 6362/DF, Rel. Min. Ricardo 
Lewandowski, julgado em 2/9/2020 (Info 989). 
(D) INCORRETA. O Estado-membro NÃO POSSUI legitimidade para recorrer contra 
decisões proferidas em sede de controleconcentrado de constitucionalidade, ainda que 
a ADI tenha sido ajuizada pelo respectivo Governador. A legitimidade para recorrer, 
nestes casos, é do próprio Governador (previsto como legitimado pelo art. 103 da 
CF/88). STF. Plenário. ADI 4420 ED-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 
05/04/2018. Info 896 STF. 
(E) INCORRETA. 
CPC, Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de 
reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será processado 
diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que 
estiver situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do interessado, 
representado por advogado, instruído com: 
I - ata notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do 
requerente e seus antecessores, conforme o caso e suas circunstâncias; 
II - planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente 
habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo 
conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos reais e de 
outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo 
e na matrícula dos imóveis confinantes; 
III - certidões negativas dos distribuidores da comarca da situação do imóvel 
e do domicílio do requerente; 
 
_______________________________________________________________________ 
28. Acerca dos procedimentos especiais e do processo de execução, assinale a opção 
correta. 
(A) Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente, é 
dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula. 
 
 
36 
(B) Havendo garantia parcial do débito, o juiz não pode determinar, por requerimento 
do exequente, a inscrição do nome do executado em cadastros de inadimplentes. 
(C) Valores poupados pelo devedor até o patamar de quarenta salários mínimos são 
protegidos, em regra, pela impenhorabilidade, desde que depositados em caderneta de 
poupança ou em conta-corrente, sendo penhoráveis, contudo, valores aplicados em 
fundos de investimento. 
(D) O contrato de desconto bancário (borderô) constitui, por si só, título executivo 
extrajudicial. 
(E) Na petição inicial da ação de exigir contas, o autor deve especificar, detalhadamente, 
as razões pelas quais exige as contas, requerendo a citação do réu para que as preste ou 
ofereça contestação no prazo de cinco dias. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. Súmula 531/STJ: Em ação monitória fundada em cheque prescrito 
ajuizada contra o emitente, é dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à 
emissão da cártula. 
(B) INCORRETA. 
Art. 782, § 3º A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do 
nome do executado em cadastros de inadimplentes. 
 
(C) INCORRETA. É pacífico o entendimento no Superior Tribunal de Justiça no sentido 
de que a impenhorabilidade da quantia de até quarenta salários-mínimos poupada 
alcança não somente a aplicação em caderneta de poupança, mas, também, a mantida 
em fundo de investimento, em conta corrente ou guardada em papel-moeda, ressalvado 
eventual abuso, má-fé ou fraude. AgInt no REsp 1858456(2020/0012196-6 de 
18/06/2020) 
(D) INCORRETA. O contrato de desconto bancário (borderô) não constitui, por si 
só, título executivo extrajudicial, dependendo a ação executiva de vinculação a 
um título de crédito concedido em garantia ou à assinatura pelo devedor e por duas 
testemunhas (STJ, REsp 986972 / MS) 
(E) INCORRETA. 
Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá 
a citação do réu para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 
(quinze) dias. 
 
_______________________________________________________________________ 
29. Quanto à boa-fé e à má-fé processual, assinale a opção correta. 
 
 
37 
(A) Havendo mais de um litigante de má-fé, a multa aplicável será repartida entre os 
litigantes, independentemente de quantos forem. 
(B) A boa-fé é exigível de qualquer pessoa que participe do processo, inclusive 
testemunhas, peritos e tradutores, sob pena de multa, a ser fixada pelo juiz, por 
litigância de má-fé. 
(C) A multa por litigância de má-fé é recolhida a favor do estado ou da União. 
(D) A litigância de má-fé acarreta a responsabilização por perdas e danos, o que pode 
englobar honorários contratuais de advogados contratados pela outra parte. 
(E) A construção de versões dos fatos, mesmo que não totalmente correspondentes aos 
que na verdade ocorreram, é prerrogativa da defesa em juízo, não configurando, por si 
só, litigância de má-fé, salvo quando somada ao uso do processo para objetivo ilegal ou 
à dedução de pretensão contra texto expresso de lei. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS 
 
QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO! 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 80, § 1º Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz 
condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou 
solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. 
 
(B) INCORRETA (possivelmente correta). 
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-
se de acordo com a boa-fé. 
A boa-fé, de fato, é exigida de todos que participem do processo. 
Entretanto, para o STJ, a multa por litigância de má-fé não se aplica ao juiz: A multa 
prevista no parágrafo único do art. 14 do CPC/1973 (art. 77, § 2º, do CPC/2015) NÃO 
SE APLICA aos juízes, devendo os atos atentatórios por eles praticados ser investigados 
nos termos da Lei Orgânica da Magistratura. STJ. 4ª Turma. REsp 1.548.783-RS, Rel. 
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 11/06/2019 (Info 653). 
Contudo, considerando que o enunciado não exige a orientação do STJ, bem como que 
a alternativa aborda, expressamente e de forma genérica, tão somente a necessidade 
de todos os integrantes do processo respeitarem a boa-fé objetiva, pode também ser 
tida como correta, o que permite a anulação da questão ou a aceitação de duas 
respostas. 
 
 
 
38 
(C) INCORRETA. 
Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a 
pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento 
do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que 
esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas 
que efetuou. 
 
(D) CORRETA. 
Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a 
pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento 
do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que 
esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as 
despesas que efetuou. 
 
(E) INCORRETA. O art. 80, II, do CPC considera litigante de má-fé aquele que altera a 
verdade dos fatos: 
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: 
(...) 
II - alterar a verdade dos fatos; 
 
_______________________________________________________________________ 
30. A respeito da gratuidade de justiça, assinale a opção correta, de acordo com o CPC, 
o Regimento Interno do TJDFT e o provimento-geral da Corregedoria aplicado aos juízes 
e ofícios judiciais. 
(A) A concessão da gratuidade de justiça afasta a responsabilidade do beneficiário pelo 
pagamento das despesas processuais e dos honorários advocatícios. 
(B) A concessão da gratuidade de justiça afasta do beneficiário o dever de pagar as 
multas processuais que lhe forem impostas no decorrer do processo. 
(C) A gratuidade da justiça compreende despesas com a realização de exame de código 
genético (DNA), caso seja necessário ao processo. 
(D) Findo o processo de natureza cível, os autos são remetidos à contadoria judicial, para 
elaboração do cálculo das custas finais, a que todos estão obrigados, salvo se 
beneficiário da justiça gratuita, não havendo a baixa do processo no sistema 
informatizado até que haja o

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