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Estagio 1- Direito Civil 
Dano Moral – 9 horas
CRITÉRIOS: (1. Identificar as partes, 2. Súmula, 3. Resumo, 4. Contexto, 5. Decisão, 6. Comentário pessoal)
Número do processo: 7080986-58.2022.8.22.0001		
Autora: Maria Rosangela Matos Da Silva - CPF: 006.554.312-25 
Réu: Energisa Rondônia- Distribuidora De Energia S/A - CNPJ: 05.914.650/0001-66 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
Sumula:
Súmula 37 - São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. (Súmula 37, CORTE ESPECIAL, julgado em 12/03/1992, DJ 17/03/1992);
Resumo e contexto dos fatos:
A autora descobriu que o seu nome estava negativado, ou seja, inscrito no rol de maus pagadores, junto aos órgãos de proteção ao crédito, pois seu nome estava negativado pela empresa ré na lista de devedores junto ao SERASA, lhe causando enormes prejuízos.
Sem entender o que estava acontecendo, verificou que seu nome estava negativado nos órgãos de proteção ao crédito com 01 pendência junto à empresa CENTRAIS ELETRICAS no valor de R$ 26,22 tendo como referência o suposto contrato nº 0001508136202201. (Documento em anexo). Como se sabe todo cidadão urbano é usuário de energia elétrica, porém, como se sabe também não são todos os moradores da residência que são responsáveis pelo pagamento da referida unidade consumidora daquela residência.
A parte autora esclarece que não tem nenhum tipo de Unidade Consumidora em seu nome e que jamais solicitou qualquer ligação em seu nome, sendo que a energia elétrica em sua casa pertence a terceiro, conforme documento anexo Logo, em uma casa que tenha 2, 3 ou 10 moradores apenas UM será o titular da unidade consumidora e responsável pelo pagamento da fatura de energia, não havendo desta forma como imputar a parte autora pagamento ou qualquer tipo de responsabilidade ou relação jurídica com a empresa, sendo certo que não recebeu NENHUMA NOTIFICAÇÃO da empresa ré informando que seu nome seria inserido no SERASA motivo pelo qual se sente lesado devido à situação de extremo constrangimento que vem suportando, motivo pelo qual, não vê outra solução senão socorrer-se do judiciário a fim de que seus direitos sejam respeitados e reconhecido como cidadão de bem
Sentença do magistrado:
A atitude do patrono da requerente configura evidente prática da advocacia predatória, porque em atua de forma semelhante em outras ações em trâmite neste e em outros juizados. E assim o faz usando da mesma estratégia: distribui pedido temerário de compensação por dano moral alegando negativação indevida por inexistir contratação, sem documentos necessários; não formula pedido de antecipação de tutela para excluir a negativação; após a contestação demonstrando a legitimidade da negativação, atravessa pedido de desistência e a parte não comparece a audiência.
Diante do exposto, com fundamento no inciso I do artigo 487 do Código de Processo Civil, JULGO IMPROCEDENTE o pedido inicial e extinto o processo com resolução do mérito.
Por fim, com arrimo no disposto nos artigos 79, 80, II e III, 81, 96 e 142, todos do CPC, CONDENO a parte requerente no pagamento de multa no valor de 5% (cinco por cento) sobre o valor dado à causa, monetariamente corrigido e acrescido de juros a contar do trânsito em julgado, a ser revertida em favor da empresa requerida. Fixo o prazo de 15 dias para pagamento voluntário, sob pena de multa de 10%. Transitada em julgado, decorrido o prazo e não havendo qualquer pedido da parte contrária, arquive-se.
Sem custas e honorários, haja vista tratar-se de decisão proferida em primeiro grau de jurisdição, no âmbito dos Juizados Especiais, na forma dos artigos 54 e 55 da Lei 9.099/1.995.
Considerando que a conduta do patrono da parte requerente subsume-se à tipificação penal (art. 171 do CP) e à infração disciplinar (art. 34, IV, VI, XVII e XXV, da Lei 8.906/1994, e arts. 2º, parágrafo único, II e e X, 6º e 7º do Código de Ética e Disciplina da OAB), determino que sejam encaminhadas cópias dos autos à Delegacia competente para apurar crime contra o patrimônio e ao Tribunal de Ética da OAB/RO, a fim de que sejam instaurados os respectivos procedimentos para apuração e sanção devida.
Comentário pessoal: Estou de acordo com a decisão proferida pelo magistrado devido as evidencias demonstradas no caso concreto, pois a Autora de fato tem a divida em questão pelo não pagamento foi devidamente negativada.

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