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Viroses Exantemáticas

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Doenças Exantemáticas
Definição de 
exantema
Origem do termo: grego "exhanto" (florescer)–
Lesões cutâneas características na evolução da doença–
Doenças 
exantemáticas
Maioria benigna e autolimitada–
Algumas podem ser graves, como meningococcemia–
Febre e 
exantema
Apresentações comuns em várias doenças–
Etiologia infecciosa predominante em crianças–
Outras causas: imunológicas, reumatológicas, oncológicas ou 
desconhecidas (ex.: doença de Kawasaki)
–
Agentes 
infecciosos
Viroses: causa mais comum de exantemas febris em pediatria–
Mecanismos variados de agressão à pele, frequentemente 
coexistentes
–
Mecanismos de agressão à pele e tipos de exantema
Mecanismos de 
agressão à pele
Invasão e multiplicação direta na pele (ex.: varicela zóster, 
herpes simples)
1.
Ação imunoalérgica com expressão na pele (mais frequente 
nas viroses exantemáticas)
2.
Dano vascular (ex.: sarampo atípico, febres hemorrágicas)3.
Ação de toxinas (ex.: escarlatina, estafilococcias)4.
Tipos de 
exantema
Mácula: lesão plana, não palpável–
Pápula: lesão pequena, perceptível ao tato (nódulo se maior)–
Vesícula: lesão com líquido (bolha se maior)–
Pústula: lesão com líquido purulento–
Placa: lesão plana, elevada, perceptível ao tato e grande–
Lesões 
eritematosas
Desaparecem com vitropressão: vasodilatação–
Não desaparecem: extravasamento de sangue (purpúricas -
petequiais ou equimóticas)
–
Classificação 
adicional
Morbiliformes: áreas de pele sã entre lesões–
Escarlatiniformes: acometimento difuso–
Variação de lesões Alguns vírus possuem lesões características (ex.: varicela)–
Outros podem causar lesões diferentes (ex.: enterovírus)–
Viroses Exantemáticas
 Página 1 de Medicina 2 
Variação de lesões
Outros podem causar lesões diferentes (ex.: enterovírus)–
Exantemas subdivididos conforme apresentação e etiologia 
(viral ou outras)
–
Exantema maculopapular - Sarampo
Características do 
sarampo:
Altamente contagioso–
Causado pelo Paramyxovirus–
Transmissão via aérea (aerosol)–
Incubação: 8-12 dias–
Contágio: 2 dias antes do pródromo até 4 dias após 
exantema
–
Isolamento respiratório (uso de máscara) até 4 dias após o 
início do exantema
–
Quadro clínico: Pródromo: 3-4 dias, febre, tosse, cefaleia, mal-estar, 
prostração intensa
–
Febre elevada no início do exantema–
Tosse seca e intensa, coriza abundante–
Olhos hiperemiados com lacrimejamento e fotofobia–
Enantema: manchas branco-azuladas na orofaringe 
(manchas de Koplik)
–
Exantema maculopapular eritematoso, morbiliforme, 
iniciando atrás das orelhas, espalhando-se pelo corpo
–
Complicações possíveis: laringite, traqueobronquite, 
pneumonite intersticial, queratoconjuntivite, miocardite, 
adenite mesentérica, diarreia, panencefalite esclerosante 
subaguda, otite média, sinusite, pneumonia bacteriana, 
púrpura trombocitopênica, encefalomielite, reativação de 
tuberculose
–
 Página 2 de Medicina 2 
tuberculose
Diagnóstico: Dosagem de anticorpos (IH, neutralização, RFC) ou pesquisa 
de anticorpos da classe IgM
–
Pesquisa do RNA viral no sangue, swab da nasofaringe, 
orofaringe ou urina
–
Prevenção: Vacinação com vírus vivo atenuado aos 12 meses e reforço 
entre 4 e 5 anos
–
Reforço adicional na adolescência–
Prevenção pós-exposição: vacina até 72 horas após contágio; 
imunoglobulina humana normal após 72 horas até 6 dias 
após contágio
–
Tratamento: Sintomático: hidratação, alimentação adequada, 
antipiréticos, antibióticos em caso de complicações 
bacterianas
–
Uso de vitamina A em áreas com deficiência ou em crianças 
menores de 5 anos com quadro grave
–
Doses de vitamina A: <6 meses: 50.000 UI; 6-11 meses: 
100.000 UI; >12 meses: 200.000 UI (3 doses: no diagnóstico, 
1 dia após, e 4-6 semanas após)
–
Rubéola
Característica
s da Rubéola:
Doença geralmente não grave, com maior interesse pelas 
complicações
–
Complicação mais importante: síndrome de rubéola congênita–
Causada pelo Togavírus–
Transmissão via aérea (perdigotos)–
Incubação: 14 a 21 dias–
Contágio: poucos dias antes até 5 a 7 dias após a erupção–
Quadro 
clínico:
Pródromo ausente em crianças, sintomas gerais brandos em 
adolescentes e adultos
–
Exantema maculopapular róseo, inicia na face e se espalha 
rapidamente pelo corpo
–
Duração curta do exantema (3 dias ou menos)–
Lesões petequiais no palato mole (sinal de Forscheimer)–
 Página 3 de Medicina 2 
Adenomegalia (principalmente cervical e retroauricular) e 
esplenomegalia discreta
–
Complicações raras: púrpura trombocitopênica, encefalite, 
artralgia em mulheres
–
Diagnóstico: Isolamento do vírus (padrão ouro) ou pesquisa de anticorpos IgM e 
IgG contra rubéola no soro
–
Detecção do RNA viral em amostra de orofaringe pela técnica de 
biologia molecular
–
Prevenção: Vacinação com vírus vivo atenuado aos 12 meses e reforço entre 4 
e 6 anos
–
Prevenção pós-exposição: apenas observação–
Tratamento: Sintomático–
Eritema Infeccioso
Características 
do Eritema 
Infeccioso:
Causado pelo Parvovírus humano B19–
Transmissão via aérea (perdigotos)–
Incubação: 4 a 14 dias–
Contágio: viremia ocorre 5 a 10 dias após exposição, dura cerca 
de 5 dias (período exantemático geralmente não transmissor)
–
Quadro clínico: Geralmente sem pródromos–
Exantema inicia na face, evolui para membros superiores e 
inferiores
–
 Página 4 de Medicina 2 
Lesões de pele com aspecto rendilhado–
Evolução geralmente afebril, pode acompanhar artralgias e 
artrites
–
Hemograma normal ou com discreta leucocitose e eosinofilia–
Complicações mais graves: morte fetal em mulheres grávidas 
infectadas
–
Outras 
apresentações 
clínicas 
atribuídas ao 
Parvovírus B19:
Síndrome das luvas e meias: lesões purpúricas simétricas e 
eritematosas indolores nas mãos e pés
–
Diagnóstico: Sorologia (IgG e IgM) para Parvovírus humano B19–
Detecção de DNA viral por biologia molecular no sangue–
Prevenção: Não há vacinas eficazes disponíveis–
 Página 5 de Medicina 2 
Prevenção: Não há vacinas eficazes disponíveis–
Tratamento Sintomáticos, se necessário–
Transfusão de sangue na presença de anemia grave–
Roséola Infantil (Exantema Súbito)
Características
da Roséola 
Infantil:
Causada pelos Herpes vírus humano 6 (HVH6) e 7 (HVH7)–
Transmissão provavelmente por perdigotos–
Incubação: 5 a 15 dias–
Contágio: durante a fase de viremia, principalmente no período 
febril
–
Quadro 
clínico:
Acomete crianças entre 6 meses e 6 anos de idade, 
principalmente menores de dois anos
–
Início súbito com febre alta e contínua, irritabilidade e anorexia–
Causa comum de convulsão febril–
Linfonodomegalia cervical e hiperemia de cavum frequentes–
Exantema maculopapular rosado surge após febre, iniciando no 
tronco e se disseminando para cabeça e extremidades
–
Erupção de curta duração, desaparece sem deixar descamação ou 
hiperpigmentação
–
Vírus também pode causar doença em pessoas 
imunossuprimidas, como encefalite
–
Diagnóstico: Presença do herpes vírus humano 6 ou 7 no sangue periférico 
indica infecção primária
–
Testes para detecção de anticorpos e biologia molecular em 
sangue e líquor
–
Maioria das pessoas já teve a infecção até os dois anos de idade; 
vírus pode permanecer latente
–
Prevenção: Não existe prevenção específica–
Tratamento: Sintomático, atenção à ocorrência de convulsão febril–
Mononucleose Infecciosa
Característi
cas da 
Mononucle
ose 
Infecciosa:
Síndrome causada principalmente pelo vírus Epstein-Barr (80% dos 
casos)
–
Outros agentes: citomegalovírus, vírus da imunodeficiência 
adquirida, vírus da Hepatite B e Toxoplasma gondii
–
Epstein- DNA vírus do grupo herpes–
 Página 6 de Medicina 2 
Epstein-
Barr vírus:
DNA vírus do grupo herpes–
Causador de diversas doenças: mononucleose infecciosa, hepatite, 
linfomas, carcinoma de nasofaringe, miocardite, síndrome de 
Guillain-Barré, ruptura esplênica, etc.
–
Quadro 
clínico:
Início com febre, cefaleia, mal-estar, lassidão, linfonodomegalia, 
hepatoesplenomegalia e faringoamigdalite
–
Amigdalase adenoides hipertrofiadas, causando obstrução aérea 
alta
–
Leucocitose intensa e presença de linfócitos atípicos no sangue 
periférico
–
Erupção cutânea em 10 a 15% dos casos, desencadeada pela 
administração de penicilina ou ampicilina; tipos de exantema 
variáveis
–
Diagnóstico
:
Anticorpos IgM e IgG presentes no início do quadro clínico–
Detecção do genoma viral por PCR (polymerase chain reaction)–
Tratamento
:
Sintomáticos em geral suficientes–
Corticosteroides (dexametasona) em casos de obstrução importante 
das vias aéreas superiores
–
Aciclovir em casos excepcionais, embora sua eficácia não seja bem 
estudada
–
Enteroviroses
Características das 
Enteroviroses:
Causadas por enterovírus, um grupo de RNA vírus 
antigenicamente heterogêneos
–
Capazes de produzir uma ampla variedade de doenças–
Divisão dos 
Enterovírus:
Vírus Coxsackie A1 a A21, A24 e B1 a 6–
Vírus ECHO (vírus órfãos entéricos citopáticos humanos) 1 –
 Página 7 de Medicina 2 
Enterovírus: Vírus ECHO (vírus órfãos entéricos citopáticos humanos) 1 
a 7, 9, 11 a 21, 24 a 27 e 29 a 33
–
Parechovírus humanos tipos 1 e 2 (anteriormente 
denominados echovírus 22 a 23)
–
Enterovírus 68 a 71, 73 a 91 e 100 a 101–
Poliovírus tipos 1 a 3–
Transmissão: Via fecal-oral–
Tempo de incubação: Três a seis dias–
Tempo de contágio: Variável–
Cuidados com os 
contactantes:
Observação–
Isolamento: Precauções entéricas durante a hospitalização–
Quadro clínico: Causa frequente de exantemas, com mais de 30 tipos 
responsáveis por erupções cutâneas de diferentes tipos
–
Doença mãos-pés-boca: característica de enterovírus, 
com lesões vesiculares na boca e papulovesículas nas 
extremidades
–
Exantema de Boston: causado pelo ECHO 16, apresenta 
lesões ulceradas nas amígdalas e no palato mole, 
semelhantes às da herpangina
–
Diagnóstico: Isolamento do vírus nas fezes e detecção de elevação de 
anticorpos no soro em duas amostras espaçadas de três a 
quatro semanas
–
RT-PCR para enterovírus nas fezes e no líquido 
cefalorraquidiano
–
Prevenção: Cuidados higiênicos–
Doença causada pelo novo coronavírus (Covid-19)
Características da 
Covid-19:
Causada pelo vírus SARS-CoV-2–
Transmissão: aerossol, perdigotos, contato–
Tempo de incubação: 2 a 14 dias (média de 5 dias)–
Isolamento: Aerossol e contato–
Manter por 10 dias após início dos sintomas ou 10 dias após teste –
 Página 8 de Medicina 2 
Isolamento:
Manter por 10 dias após início dos sintomas ou 10 dias após teste 
(PCR) positivo nos casos assintomáticos
–
Teste PCR também pode servir de guia para pacientes 
imunodeprimidos ou com sintomas persistentes
–
Quadro clínico: Febre, dor de garganta, tosse, coriza–
Pode evoluir para insuficiência respiratória aguda, falência renal, 
cardíaca e neurológica
–
Em crianças: febre, sintomas gastrointestinais, dispneia, coriza, 
exantema, fadiga, síndrome inflamatória aguda
–
Manifestações de pele variadas, com exantema maculopapular 
sendo o tipo mais comum
–
Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) é uma 
apresentação mais grave em crianças escolares
–
Diagnóstico: Fase aguda: RT-PCR–
Após uma semana: sorologia (IgM)–
Tratamento: Na maioria das vezes, COVID em crianças tem evolução benigna, 
necessitando apenas de sintomáticos
–
Em casos mais graves: antiviral Remdesivir (para crianças ≥ 12 anos 
com fatores de risco ou aumento da necessidade de suplementação 
de oxigênio; jovens ≥ 16 anos que necessitem de aumento da 
suplementação de oxigênio)
–
Corticoterapia com dexametasona para crianças hospitalizadas que 
requeiram alto fluxo de oxigênio, ventilação mecânica não invasiva, 
ventilação mecânica invasiva ou ECMO
–
Nos casos de SIM-P: imunoglobulina IV e corticoides, embora os 
estudos ainda sejam escassos
–
–
 Página 9 de Medicina 2 
Pitiríase Rósea
Características 
da Pitiríase 
Rósea:
Doença de evolução benigna que afeta principalmente jovens 
de 10 a 39 anos
–
Etiologia desconhecida, mas os herpes vírus 6 e 7 são possíveis 
causas
–
Não é considerada doença infectocontagiosa–
Quadro clínico: Inicia-se com uma lesão chamada medalhão ou placa-mãe:1.
Placa única, solitária, eritemato-escamosa–
Crescimento centrífugo, forma arredondada ou ovalada–
Medindo 2 a 10 cm de diâmetro, localizada no tronco ou raiz 
dos membros
–
Uma a duas semanas depois, surgem lesões secundárias:2.
Eritemato-papulo-escamosas múltiplas–
Aspecto semelhante ao da placa-mãe, mas menores (0,5 a 1,5 
cm de diâmetro)
–
Frequentemente localizadas no pescoço, tronco e raiz dos 
membros
–
Lesões podem durar de 8 a 12 semanas, às vezes 
acompanhadas de prurido
3.
Diagnóstico: Clínico, diferencial com lues (sífilis) secundária–
Tratamento: Sintomático, se necessário–
Varicela (Catapora)
Característ
icas da 
Varicela:
Causada pelo vírus da varicela zóster (grupo herpes vírus)–
Transmissão por aerossol, contágio direto e, raramente, transmissão 
vertical
–
 Página 10 de Medicina 2 
Varicela: vertical
Tempo de incubação: 10 a 21 dias–
Tempo de contágio: do décimo dia após o contato até a formação de 
crostas de todas as lesões
–
Isolamento: respiratório e de contato–
Cuidados 
com os 
contactant
es:
Indicação de imunoglobulina humana antivírus varicela zóster (VZIG) 
em situações específicas
–
Uso de aciclovir em comunicantes como profilaxia é discutível, mas 
pode ser útil em adultos ou pacientes imunodeprimidos sem acesso à 
VZIG
–
Quadro 
clínico:
Exantema frequentemente precedido por febre baixa e mal-estar–
Erupção inicia na face e evolui para pápulas, vesículas, pústulas e 
crostas
–
Envolvimento do couro cabeludo, mucosas orais e genitais é comum–
Aspecto polimórfico do exantema devido à evolução das lesões em 
surtos
–
Complicaç
ões:
Infecções bacterianas secundárias
Pneumonia•
Encefalite•
Manifestações hemorrágicas•
Consequências para o feto em gestantes•
Síndrome de Reye•
–
Tratament
o:
Aciclovir em pacientes com imunodepressão ou risco de doença grave 
com acometimento visceral
–
Diagnóstic
o:
Exame do líquido da lesão em fase de vesícula por microscopia 
eletrônica ou PCR
–
Detecção de anticorpos pelo método de IFI–
Prevenção
:
Vacina contra varicela (vírus vivo atenuado)–
Herpes Simples
Característic
as do Herpes
Simples:
Causado pelo vírus HSV-1 e HSV-2 (grupo herpes)–
HSV-1: lesões orais e labiais; HSV-2: lesões genitais–
Vírus ficam quiescentes nos neurônios após a primoinfecção e se 
reativam em casos de queda de imunidade local ou sistêmica
–
Transmissão: contato direto com secreções orais infectadas e 
atividade sexual
–
Tempo de incubação: 2 dias a 2 semanas–
Tempo de contágio: varia de acordo com o tipo de infecção –
 Página 11 de Medicina 2 
Tempo de contágio: varia de acordo com o tipo de infecção 
(primoinfecção ou recorrente)
–
Isolamento e
cuidados 
com os 
contactantes
:
Precauções de contato são recomendadas para pacientes com 
quadros mucocutâneos intensos
–
Lavagem das mãos e evitar contato com as secreções orais–
Quadro 
clínico:
Primoinfecção: gengivoestomatite herpética (geralmente em 
crianças)
–
Reativações: herpes labial–
Lesões disseminadas em pacientes imunodeprimidos ou com 
problemas dermatológicos (eczema herpeticum ou erupção 
variceliforme de Kaposi)
–
 Página 12 de Medicina 2 
Tratamento: Aciclovir pode ser benéfico em casos extensos e com 
comprometimento sistêmico ou em crianças imunodeprimidas
–
Diagnóstico: Detecção de anticorpos no soro (duas titulações) ou presença de 
anticorpos da classe IgM
–
PCR no material de raspado das lesões–
Prevenção: Cuidados higiênicos–
Síndrome de Gianotti-Crosti
Características
da Síndrome 
de Gianotti-
Crosti:
Também conhecida como acrodermatite papular da infância–
Principalmente associada à infecção pelo vírus da hepatite B–
Ocorre geralmente em crianças entre 2 e 6 anos de idade–
Quadro 
clínico:
Aparecimento súbito de erupção monomórfica, 
eritematopapular, não pruriginosa
–
Pápulas de 1 a 5 mm de diâmetro,com topo achatado–
Afeta face, nádegas e extremidades de forma assimétrica–
 Página 13 de Medicina 2 
Lesões duram de 15 a 20 dias, seguidas por descamação–
Linfonodomegalia axilar e inguinal por 2 a 3 meses e 
hepatomegalia moderada podem ocorrer
–
Alterações de transaminases aparecem 1 a 2 semanas após o 
início da dermatopatia (em casos relacionados à hepatite B)
–
Agentes 
envolvidos:
Principalmente vírus da hepatite B–
Outros agentes: enterovírus (como coxsackie A-16), vírus 
Epstein-Barr, citomegalovírus, vírus da hepatite A, vírus 
parainfluenza e estreptococo beta-hemolítico do grupo A
–
Lesões podem ser pruriginosas e papulovesiculares e 
acompanhar sintomas gerais (febre e mal-estar) quando causadas 
por outros agentes.
–
Exantema petequial e Febres hemorrágicas
Exantema 
hemorrágico 
febril
Sinal de alerta para doenças graves, como meningococcemia, 
febre maculosa brasileira, dengue, chikungunya, febre amarela, 
infecção por zika vírus, Ebola, febre de Marburg e febre de Lassa
–
Dengue
Etiologia Vírus da dengue, um Flavivirus, com 4 sorotipos (1 a 
4)
–
Transmissão ocorre pela picada do mosquito Aedes 
aegypti
–
Quadro clínico variável, manifestações menos 
exuberantes em crianças
–
Quadro clínico Período de incubação de 4 a 7 dias–
Febre alta, cefaleia intensa (preferencialmente retro-
orbitária), dores musculares e articulares, náuseas, 
vômitos, diarreia e dor abdominal
–
Linfonodomegalia e exantemas podem ser observados–
Hemograma: leucopenia, linfocitose, leve 
trombocitemia
–
Fenômenos hemorrágicos ocasionais, como epistaxes–
Após defervescência da febre (5 a 7 dias), 30% dos 
casos apresentam exantema maculopapular
–
 Página 14 de Medicina 2 
Casos mais graves: febre persistente, piora da 
plaquetopenia, hemoconcentração, hipovolemia, 
choque e hemorragias
–
Diagnóstico Sorologia pelo método ELISA (a partir do sexto dia de 
sintomas)
–
Detecção de antígenos virais: NS1, isolamento viral, 
RT-PCR e imunohistoquímica (até o quinto dia de 
sintomas)
–
Se os testes iniciais forem negativos, uma nova 
amostra para sorologia IgM deve ser realizada para 
confirmação ou descarte
–
Outras doenças a serem 
consideradas
Meningococcemia–
Sepse por outras bactérias–
Febre maculosa brasileira–
Chikungunya
Etiologia Vírus da chikungunya–
Transmissão Picada de mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus–
Transfusão de sangue contaminado–
Transplante de órgão–
Transmissão materno fetal–
Tempo de incubação 3 a 7 dias (variando entre 1 e 14 dias)–
Isolamento Desnecessário–
Quadro clínico Início abrupto com febre, mal-estar, cefaleia, diarreia, mialgia, 
dores articulares
–
Febre dura 3 a 5 dias; manifestações articulares podem 
persistir por muito tempo (até anos)
–
Exantema maculopapular em 40 a 75% dos casos–
 Página 15 de Medicina 2 
Prurido relatado em 25 a 50% dos casos–
Artropatia crônica em 25 a 70% dos pacientes–
Outras manifestações: conjuntivite e sintomas 
gastrointestinais
–
Alterações laboratoriais: leucopenia, linfocitopenia, 
trombocitopenia, aumento de transaminases, hipocalcemia
–
Complicações em idosos: insuficiência respiratória, 
descompensação cardíaca, insuficiência hepática e/ou renal, 
diástases hemorrágicas
–
Alterações de SNC: meningoencefalite, paralisias, síndrome de 
Guillain-Barré, convulsões
–
Infecção perinatal: sintomas leves a quadros de 
meningoencefalite e sepse grave; sequelas neurológicas em 
50% dos pacientes sintomáticos
–
Diagnóstico RT-PCR nos primeiros sete dias de sintomas–
IgM positivo após o quinto dia–
Tratamento Sintomáticos–
Infecção por Zika vírus
Agente Zika vírus, um flavivírus–
Transmissão Picada de mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus–
Via sexual–
Transplacentária–
Quadro 
clínico
Incubação: 3 a 14 dias–
Febre, geralmente <38,5ºC–
Exantema maculopapular céfalo-caudal, atingindo região 
palmoplantar
–
 Página 16 de Medicina 2 
Prurido–
Outros sintomas: mialgia, cefaleia, conjuntivite, sintomas 
gastrointestinais e respiratórios, dor retro-orbitária, alterações 
neurológicas (síndrome de Guillain-Barré, mielite aguda, 
meningoencefalite)
–
Infecção em gestantes: risco de microcefalia, retardo de 
crescimento intrauterino, redução do volume encefálico, 
malformações cerebrais e outras deformidades nos recém-
nascidos
–
Diagnóstico–
RT-PCR no soro até o 5º dia ou na urina até o 8º dia do início dos 
sintomas
–
IgM detectável após sete dias–
Tratamento Sintomáticos–
Febre Amarela
Agente Vírus da febre amarela, um flavivírus–
Transmissão Febre amarela silvestre: mosquitos Haemagogus ou Sabethes–
Febre amarela urbana: Aedes aegypti–
Quadro clínico Evolução bifásica com período de remissão–
Incubação: 3 a 6 dias–
Fase de infecção (2 a 4 dias): febre abrupta, cefaleia, 
congestão conjuntival, mialgias, náuseas, vômitos, prostração
–
Remissão: 2-3 dias–
Fase de intoxicação (3-8 dias, casos graves): retorno da febre, 
dor abdominal, náuseas, vômitos, prostração, icterícia, 
fenômenos hemorrágicos (hematêmese, melena), petéquias e 
sufusões hemorrágicas na pele, alterações renais, 
albuminúria, insuficiência renal (5º ao 7º dia)
–
 Página 17 de Medicina 2 
Diagnóstico Detecção de IgM a partir do 5º dia de sintomas–
RT-PCR–
Tratamento De suporte–
Avaliação de uma criança com doença exantemática
Anamnese: Obter informações detalhadas sobre idade, raça, sintomas, febre, 
adenomegalias e exantema, dados epidemiológicos, contato com pessoas doentes, 
uso de medicamentos e viagens.
1.
História vacinal: Verificar a carteira de imunizações, quando possível.2.
Exame físico: Observar o estado geral do paciente, verificar o tipo de exantema, 
presença de outros sinais como adenomegalia, hepatoesplenomegalia, sinais 
flogísticos em articulações e partes moles.
3.
Exames laboratoriais: Solicitar exames somente quando a história, exame físico e 
epidemiologia não fornecerem o diagnóstico. Os exames mais comuns incluem 
hemograma com contagem de linfócitos atípicos e de plaquetas.
4.
Pesquisa do agente etiológico: Basear-se em raciocínio clínico, história, exame físico, 
histórico epidemiológico e hemograma. Utilizar técnicas de biologia molecular para 
algumas doenças, quando indicado.
5.
Ao avaliar uma criança com doença exantemática, é crucial seguir um roteiro de 
anamnese detalhado, investigar a história vacinal, realizar um exame físico cuidadoso 
e evolutivo, e solicitar exames laboratoriais apenas quando necessário. A pesquisa do 
agente etiológico deve ser feita com base em um raciocínio clínico, levando em 
consideração todos os aspectos da avaliação.
6.
REFERÊNCIA: SBP. TRATADO DE PEDIATRIA.
MANOLE. 2022. V1. S20. C13.
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