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Viroses Exantemáticas

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1 Emanuelly Lopes Cardoso – T9 
Viroses Exantemáticas 
 Moléstias infecciosas nas quais a erupção cutânea 
é a característica dominante 
 Análise do tipo da lesão + dos sinais e sintomas 
concomitantes + epidemiologia = permitem inferir o 
diagnóstico etiológico sem a necessidade de 
exames laboratoriais complementares  sarampo + 
varicela + doença mãos-pé-boca 
 Outras doenças = apenas os exames laboratoriais 
permitem confirmar a etiologia  enterovírus + 
adenovírus + rubéola 
 Exantemas de causa viral = frequentes na infância 
 maioria é originada de doenças autolimitadas e 
benignas + algumas podem ser expressões de 
doenças graves 
 Exantema em crianças com doença aguda febril = 
considerar diversas moléstias + reconhecimento 
rápido da gravidade + cuidados com os 
comunicantes 
 6 doenças exantemáticas clássicas = sarampo + 
escarlatina + rubéola + doença de Filatow-Dukes + 
eritema infeccioso + exantema súbito  + 2 foram 
adicionadas recentemente = pseudoangiomatose 
eruptiva + exantema laterotorácico unilateral  + 
deve-se considerar as arboviroses 
Mecanismo de agressão à pele 
 Microorganismos podem causar erupção cutânea 
por: 
⇨ Invasão e multiplicação direta na própria pele  
infecção pelo vírus da varicela-zóster + herpes 
simples 
⇨ Ação de toxinas  escarlatina + infecções 
estafilocócica 
⇨ Ação imunoalérgica (expressão na pele)  
viroses exantemáticas 
⇨ Dano vascular (pode causar obstrução + necrose 
na pele)  Meningococcemia + febre purpúrica 
brasileira 
 Geralmente esses mecanismos coexistem + as 
reações aparecem na pele como lesões distintas 
 Mácula = lesão plana + não palpável 
 Pápulas = lesões pequenas perceptíveis ao tato + 
quando maiores  nódulos 
 Vesículas = pequenas lesões que contem líquido + 
quando maiores  bolhas + quando líquido é 
purulento  pústulas 
 Placas = lesões planas + elevadas + perceptíveis ao 
tato + grandes 
 Lesões podem ter cor eritematosa 
⇨ Se desaparecem a vitropressão = decorrente de 
vasodilatação 
⇨ Se não desaparecem a vitropressão = 
extravasamento de sangue do vaso  purpúricas 
 podem ser pequenas (petequiais) ou maiores 
(equimóticas) 
⇨ Mobiliformes = existem áreas de pele são entre 
as lesões 
⇨ Escarlatiniformes = acometimento difuso 
Tipos de exantemas agudos na infância, segundo etiologia viral e outras 
Etiologia Viral Outras 
Maculopapular Petequial Papular Vesicular Escarlatina 
Sarampo 
Sarampo 
atípico 
Meningococcemia 
Síndrome de 
Gianotti-Crosti 
Varicela 
Sarampo 
atípico 
Síndrome de 
choque tóxico 
Sarampo 
Atípico 
Vírus coxsackie Coagulopatias 
Herpes-
zóster 
Urticária 
papular 
Doença de 
Kawasaki 
Rubéola Vírus ECHO Escorbuto 
Herpes 
simples 
Picada de 
inseto 
Febre maculosa 
brasileira 
Eritema 
Infecioso 
Febres 
Hemorrágicas 
Reação 
medicamentosa 
Verruga 
Eczema 
herpeticum 
Reação 
medicamentosa 
Reação 
medicamentosa Exantema 
súbito 
Doença 
citomegálica 
Endocardite 
subaguda 
Mononucleose 
infecciosa Rubéola 
congênita 
Toxoplasmose 
congênita 
Vírus 
coxsackie 
Dermatite 
herpetiforme 
Toxoplasmose 
Vírus coxsackie 
Moluscum 
contagiosum 
Vírus ECHO Febre maculosa 
brasileira 
Febre purpúrica 
brasileira 
Vírus 
ECHO 
Impetigo Miliária rubra 
CMV 
 
 2 Emanuelly Lopes Cardoso – T9 
 
Exantema maculopapular 
Sarampo 
 Doença quase erradicada  campanhas de vacinação 
 Etiologia = paramixovírus 
 Mecanismo de transmissão = via aérea, por meio de aerossol 
 Tempo de incubação: 8 a 12 dias 
 Tempo de contágio: desde 2 dias antes do início do pródromo até 4 dias após o aparecimento 
do exantema 
 Cuidados com os contactantes: aplicar a vacina contra o sarampo até 72 horas após o contágio 
 após esse período, até 6 dias, aplicar a imunoglobulina humana normal 
⇨ Para crianças normais, a dose é de 0,25 mL/kg; 
⇨ Imunodeprimidos, é 0,5 mL/kg; 
⇨ Isolamento: respiratório (uso de máscara) até 4 dias após o início do exantema; 
 Quadro clínico: 
⇨ Início com pródromos que duram de 3 a 4 dias + febre, tosse, cefaleia, mal-estar, pros- 
tração intensa, incomum em doenças virais 
⇨ Febre = elevada  atinge o auge na época do aparecimento do exantema (difere da 
maioria das viroses) + cai em lise no 3º-4º dia do exantema 
⇨ Tosse = seca + intensa (incomoda o paciente) + sempre presente + acompanhada de uma 
coriza abundante, hialina no início e purulenta nos dias subsequentes 
⇨ Olhos ficam hiperemiados + lacrimejamento + fotofobia + nos casos mais graves, ocorre 
edema bipalpebral 
⇨ Prostração pode ser intensa  denota comprometimento sistêmico 
⇨ Enantema = 1ª manifestação mucocutânea a aparecer + é característico 
⇨ Orofaringe = fica hiperemiada + na região oposta aos dentes molares aparecem manchas 
branco-azuladas, pequenas, de cerca de 1 mm de diâmetro = manchas de Koplik  
aparecem 1 ou 2 dias antes do exantema + desaparecem 2 ou 3 dias depois 
 3 Emanuelly Lopes Cardoso – T9 
⇨ Exantema inicia-se atrás do pavilhão auricular + dissemina-se rapidamente para o pescoço, 
a face e o tronco + atinge a extremidade dos membros por volta do 3º dia  é 
maculopapular eritematoso + morbiliforme como regra + em determinadas áreas, pode 
confluir 
⇨ Na fase do exantema = doença atinge o seu auge  paciente fica toxêmico + febril + com 
os olhos hiperemiados + queixa-se da claridade + intensa rinorreia + tosse implacável  
aparência é a de uma doença grave 
⇨ Exantema começa a esmaecer em torno do 3º-4º ou quarto dia, na mesma sequência que 
apareceu, deixando manchas acastanhadas 
 Grande número de complicações, como: laringite + traqueobronquite + pneumonite intersticial + 
ceratoconjuntivite + miocardite + adenite mesentérica + diarreia com perda importante de 
proteína + panencefalite esclerosante subaguda + otite média (principal bacteriana) + sinusite + 
pneumonia bacteriana + PTT + encefalomielite + reativação de TB pela imunodepressão 
 Adolescentes + adultos = gravidade tende a ser maior 
 Diagnóstico = dosagem de anticorpos pela inibição de hemaglutinação (IH) + neutralização + 
fixação de complemento (CF)  realizada na fase inicial + 2-3 semanas após + ↑ 4x o título + 
Pesquisa de anticorpos da classe IgM  positivam a partir do 6º dia do exantema 
 Prevenção = vacina de vírus vivo e atenuado + aplicada no 12º mês de vida + dose de reforço 
entre 4 e 5 anos de idade  como após os 12 anos muitas pessoas perdem os anticorpos, 
podendo contrair a doença, já em uma idade de maior risco de complicações, recomenda-se 
que se aplique mais um reforço nesse grupo etário 
 Considerar + 2 formas de apresentação: 
⇨ Sarampo modificado 
⇨ Sarampo Atípico 
Sarampo Modificado 
 Vírus acomete pessoas que tem imunidade relativa ou pela aquisição intrauterina de anticorpos 
ou por terem tomado gamaglobulina 
 Tempo de incubação é maior (> 3 semanas) + pródromos são mais leves (raramente observa-se 
mancha de Koplik + exantema é mais leve) 
Sarampo atípico 
 Ocorre em crianças previamente vacinadas (vacinas de vírus morto) 
 É mais grave  febre alta + cefaleia + mialgia + pneumonia grave + derrame pleural 
 Exantema = variável  macular ou vesicular ou petequial 
Rubéola 
 Etiologia: togavírus 
 Transmissão: via aérea, por meio de perdigotos 
 Tempo de incubação: 14 a 21 dias 
 Tempo de contágio: de poucos dias antes até 5 a 7 dias depois da erupção 
 Cuidados com os contactantes: 
⇨ Observação 
⇨ Isolamento: respiratório e de contato para os casos adquiridos pós-parto, até 7 dias após 
o exantema 
⇨ Crianças com infecção congênita são consideradas infectantes até 1 ano de idade ou até 
que a pesquisa de vírus na nasofaringe e na urina se negative 
 Quadro clínico: 
⇨ Principalmente em crianças não se observa pródromo  adolescentes + adultos podem 
aparecer sintomas gerais brandos antecedendo 1 a 2 dias o exantema que se inicia na 
face, espalhando-se rapidamente parao pescoço e o tronco e atingindo os membros já em 
24 horas 
⇨ Exantema maculopapular róseo + pode coalescer no tronco + curta duração (3 ou menos 
dias) 
⇨ Em alguns casos, observam-se, no palato mole, lesões petequiais = sinal de Forscheimer  
não é patognomônico dessa doença 
⇨ Achado marcante = Adenomegalia  pode anteceder em até 7 dias o exantema  são 
acometidos, principalmente, os gânglios da cadeia cervical + retroauricular 
⇨ 50% dos casos apresenta esplenomegalia discreta 
⇨ Complicações na criança = raras  PTT + encefalite + em mulheres a artralgia 
 A grande importância da rubéola é na gestação em consequência da possibilidade de promover 
dano fetal 
 Vacinação em crianças visa proteger as mulheres suscetíveis do seu convívio 
 Diagnóstico: isolamento do vírus do material de nasofaringe ou da urina + pesquisa de 
anticorpos da classe IgM e de IgG contra rubéola no soro 
 Prevenção: vacina de vírus vivo e atenuado  aplicada após os 12 meses de idade 
 4 Emanuelly Lopes Cardoso – T9 
Roséola 
infantil ou 
exantema 
súbito 
 Etiologia: herpes-vírus humano 6 (HVH6) e 7 (HVH7) 
 Transmissão: provavelmente por perdigotos 
 Tempo de incubação: 5 a 15 dias 
 Tempo de contágio: durante a fase de viremia, sobretudo no período febril 
 Cuidados com os contactantes: observação + isolamento é desnecessário 
 Quadro clínico: 
⇨ Acomete (virtualmente) apenas as crianças entre 6 meses e 6 anos de idade  
predominando nas menores de 2 anos  sugere que haja certa proteção pelos anticorpos 
maternos e que o vírus seja altamente predominante na comunidade, uma vez que na idade 
pré-escolar quase todas as crianças já estão imunes 
⇨ Início súbito + febre alta e contínua (criança extremamente irritada e anorética) = causa 
mais comum de convulsão febril + não há toxemia 
⇨ Linfonodomegalia cervical + hiperemia de cavum = achados frequentes 
⇨ Após 3-4 dias de febre (que cessa abruptamente) aparece o exantema de modo súbito = 
lesões maculopapulares rosadas que se iniciam no tronco + disseminam-se para a cabeça e 
extremidades + pode passar despercebido 
⇨ Erupção de curta duração (algumas horas a 2-3 dias) + desaparece sem deixar 
descamação ou hiperpigmentação 
 Diagnóstico: apenas a presença do herpes-vírus humano 6 ou 7 no sangue periférico fornece o 
diagnóstico de infecção primária + podem ser realizados testes para detecção de anticorpos, 
mas o seu resultado deve ser analisado com cuidado, em razão da possibilidade de haver 
infecções crônicas (como todo herpes-vírus) com reativações 
 Prevenção: não existe. 
Mononucleose 
infecciosa 
 Considerada uma síndrome 
 Etiologia: vírus Epstein-Barr é o responsável por 80% dos casos 
 Ocorrência de erupção cutânea não ultrapassa os 10 a 15% dos casos  exceto quando se 
administra penicilina ou ampicilina ao paciente 
 Sintomas prevalentes = febre + linfonodomegalia + hepatoesplenomegalia + Faringoamigdalite 
 Tipo de exantema é variável  na maioria das vezes, maculopapular, mas podem ocorrer 
erupções petequiais + papulovesiculares + escarlatiniformes + urticariformex 
 Erupções são mais evidentes na presença dos antibióticos citados 
 Outros agentes = citomegalovírus + o vírus da imunodeficiência adquirida + vírus da hepatite B 
+ dentre os não virais o Toxoplasma gondii 
Enterovírus 
 Etiologia: RNA-vírus  os não pólio-enterovírus são classificados em 23 coxsackie A (A-1 a A-24, 
exceto A-23), 6 coxsackie B (B-1 a B-6), 31 ECHO (1 a 33, exceto 10 e 28) e 4 enterovírus (68 
a 71) 
 Transmissão: via fecal-oral 
 Tempo de incubação: 3 a 6 dias 
 Tempo de contágio: variável 
 Cuidados com os contactantes: observação + isolamento: precauções entéricas durante 
hospitalização 
 Quadro clínico: 
⇨ Exantemas = de qualquer tipo  desde o clássico maculopapular, até vesicular + petequial 
+ urticariforme 
⇨ Doença mãos-pé-boca = característica de enterovírus  sendo os responsáveis os 
coxsackie A16, A5, A7, A9, A10, B2, B3, B5 e o enterovírus 71 
⇨ Nessa doença, após um período prodrômico de febre baixa + irritabilidade + anorexia, 
aparecem lesões vesiculares na boca, que rapidamente se rompem, transformando-se em 
úlceras dolorosas de tamanhos variáveis 
⇨ Lesões nas extremidades = constituídas por papulovesículas de 3 a 7 mm de diâmetro + 
acometem, principalmente, dedos, dorso e palma das mãos e planta dos pés + em 
lactentes, é frequente ocorrer acometimento perineal 
⇨ As lesões desaparecem sem deixar cicatrizes. 
⇨ Exantema de Boston (causado pelo ECHO 16) = outra doença característica do enterovírus 
+ apresenta-se acompanhada por lesões ulceradas nas amígdalas e no palato mole, 
semelhantes àquelas encontradas na herpangina. 
 Diagnóstico: Isolamento do vírus nas fezes + detecção de elevação de anticorpos no soro em 
duas titulagens, espaçadas de 3 a 4 semanas 
 Prevenção: cuidados higiênicos 
Eritema 
infeccioso 
 Etiologia: parvovírus humano B19 (vírus emergente em importância) 
 Transmissão: via aérea, por perdigotos 
 Tempo de incubação: 4 a 14 dias 
 5 Emanuelly Lopes Cardoso – T9 
 Tempo de contágio: desconhecido 
 Cuidados com os contactantes: observação  principalmente das pessoas que tenham 
hemoglobinopatia + isolamento = desnecessário 
 Quadro clínico: 
⇨ Não há pródromos 
⇨ 1º sinal = exantema  inicia-se na face como maculopápulas que confluem, tornando-se 
uma placa vermelho-rubra, concentrada, principalmente, na região das bochechas + poupa a 
região perioral, a testa e o nariz = aspecto de “asa de borboleta” + dá às crianças 
aspecto de “cara esbofeteada” 
⇨ Depois de 1-4 dias = exantema evolui  acomete MMSS + MMII, inicialmente em sua face 
extensora e posteriormente na flexora 
⇨ Lesão de pele = inicia como uma mácula que ↑ de tamanho  deixa a região central 
mais pálida = aspecto rendilhado  tronco pode ficar acometido 
⇨ Exantema pode persistir por um período longo (> 10 dias) + exacerbar-se ou reaparecer 
quando a criança é exposta ao sol/faz exercícios/quando há alterações de temperatura 
⇨ Pode haver recorrência das lesões após 1-2 semanas do desaparecimento 
⇨ Evolução afebril + pode ser acompanhada de artralgias e artrites 
⇨ Hemograma = normal ou com discreta leucocitose e Eosinofilia 
 Maioria dos casos = evolução benigna  adolescentes + adultos = sintomas são mais 
proeminentes (principalmente o comprometimento articular) 
 Complicações = morte fetal (mais grave) 
 Diagnóstico = sorologia para parvovírus humano B19 
 Prevenção: não existe. 
Parvovírus 
⇨ Célula-alvo = eritroblasto do hospedeiro 
⇨ Pacientes apresentam anemia (profunda em pacientes com hemoglobinopatias) + grávidas = dano 
fetal  aborto + parto prematuro + hidropsia 
⇨ Síndrome das luvas e meias = também atribuída ao parvovírus + ocorre em crianças + adultos 
jovens  lesões purpúricas simétricas e eritematosas indolores nas mãos e nos pés + pode 
acometer bochecha, cotovelo, joelho e nádegas + pode ser acompanhada por sintomas gerais + 
é autolimitada (melhora em 1-2 semanas) 
 
Exantema laterotorácico unilateral 
 Achados característicos = unilateralidade da erupção inicial (tanto escarlatiniforme como eczematosa) + prurido 
 Curso clínico = distribuição hemicorporal ou evolução para quadro generalizado com predominância unilateral 
 Resolução espontânea 4 semanas 
 Outra denominação = “exantema assimétrico periflexural da infância”  descreve melhor a entidade que nem 
sempre é unilateral, apesar de iniciar em um dos lados do corpo e a sua distribuição atingir outros locais além 
da região laterotorácica, como as extremidades inferiores 
 Predominante em meninas entre 10 meses e 10 anos (média de 2 anos) 
 Frequentemente, inicia-se de modo unilateral, próximo da axila, na região superior do tronco e na região proximal 
do braço, podendo generalizar-se 
 Poupa as palmas das mãos, a planta dos pés e as mucosas 
 Pacientes apresentam bom aspecto clínico, referindopouco prurido + ocasionalmente há relato de infecção prévia 
do trato respiratório superior 
 Duração varia entre 4-6 semanas + resolução espontânea 
 Responde pouco ao uso tópico de corticosteroides  preferível medicar com cremes hidratantes 
 Desaparece sem sequelas ou hiperpigmentação 
 Causa permanece indeterminada  tem sido pesquisada etiologia infecciosa + as sorologias repetidas para 
hepatites, borreliose, Mycoplasma, vírus Epstein-Barr (EBV), citomegalovírus (CMV), toxoplasmose, parvovírus, 
riquétsias, HIV e vírus coxsackie têm se revelado negativas 
 Em alguns pacientes, apesar de apresentarem sorologias positivas para vírus respiratórios, como adenovírus e vírus 
parainfluenza a relação causal permanece questionável 
 Diagnóstico diferencial deve incluir exantemas virais inespecíficos, dermatite de contato, miliária, pitiríase rósea, 
síndrome de Gianotti-Crosti, escabiose, tinea corporis e escarlatina 
 
Exantema vesicular 
Varicela 
 Etiologia: vírus da varicela-zóster, do grupo herpes 
 Transmissão: por aerossol, contágio direto e pela transmissão vertical 
 Tempo de incubação: 10 a 21 dias 
 Tempo de contágio: do 10º dia após o contato até a formação de crostas de todas as lesões 
 6 Emanuelly Lopes Cardoso – T9 
 Isolamento: respiratório e de contato 
 Cuidados com os contactantes: a imunoglobulina humana antivírus varicela-zóster (VZIG) deve ser 
indicada nas seguintes situações: 
⇨ Crianças imunocomprometidas, sem história prévia de catapora; 
⇨ Gestantes suscetíveis; 
⇨ Recém-nascidos cuja mãe tenha tido catapora dentro de 5 dias antes ou 48 horas após o 
parto; 
⇨ Prematuros (gestação com 28 semanas) cuja mãe não tenha tido varicela; 
⇨ Prematuros (gestação com menos de 28 semanas) independentemente da história materna 
⇨ A dose indicada é de 125 U para cada 10 kg e deve ser aplicada em 48 horas (até no 
máximo 96 horas) após a exposição 
⇨ Uso de aciclovir como profilaxia em comunicantes é discutível, mas quando este for um 
adulto ou um paciente imunodeprimido e para o qual não se disponha da VZIG, talvez seja 
de interesse  nessas situações as manifestações da doença podem ser mais intensas e 
graves; 
 Quadro clínico: 
⇨ Principalmente em crianças, o exantema é o primeiro sinal da doença, mas, eventualmente, 
podem-se notar febre baixa e mal-estar, os quais são mais proeminentes em adolescentes e 
em adultos 
⇨ Erupção inicia-se na face, como máculas eritematosas que rapidamente se tornam pápulas, 
vesículas, pústulas e, finalmente, crostas  essas lesões aparecem em surtos, geralmente 
por 3-5 dias, antecedidas por febre (viremia)  promove um aspecto polimórfico do 
exantema 
⇨ Envolvimento do couro cabeludo + das mucosas orais e genitais é frequente 
⇨ As crostas permanecem por 5 a 7 dias e depois caem, deixando uma mácula branca, que 
não é permanente 
⇨ Quando a pele foi anteriormente traumatizada ou sofreu abrasão, como cirurgias, 
radioterapia, queimadura, presença de eczema, dermatite de fraldas, etc., as lesões 
costumam ser mais numerosas nessa região 
 Doença benigna 
 Complicações: 
⇨ Infecções bacterianas secundárias (por estreptococos e estafilococos) 
⇨ Piodermite 
⇨ Erisipela 
⇨ Celulite 
⇨ Infecções sistêmicas = pneumonia intersticial (pode evoluir para insuficiência respiratória) 
⇨ Encefalite (sonolência + hemiplegia) 
⇨ Acometimento do SNC aparece entre 3-8 dias após o exantema (região mais 
frequentemente atingida é o cerebelo  ataxia) 
⇨ Manifestações hemorrágicas = decorrentes de trombocitopenia (fase de convalescença) ou 
coagulopatia de consumo (varicela hemorrágica  acometimento das suprarrenais  
púrpura fulminante, semelhante às que ocorrem na meningoccemias) 
 Varicela e gravidez: quando acomete uma gestante o feto pode sofrer as consequências = 
focomelia, coriorretinite + meningoencefalite + lesões cicatriciais na pele + morte fetal + aborto 
 Lesões aparecem durante os primeiros 16 dias após o parto = varicela congênita + acomete 
25% dos recém-nascidos cujas mães apresentam a doença 1-5 dias antes e dentro de 48 horas 
após o parto; 
 Síndrome de Reye: degeneração aguda do fígado acompanhada de encefalopatia hipertensiva 
grave tem sido descrita em crianças com varicela (principalmente quando receberam ácido 
acetilsalicílico como antitérmico) 
 Tratamento: nos pacientes com imunodepressão ou que apresentem risco de doença grave com 
acometimento visceral, há indicação de tratamento antiviral com o uso de aciclovir; 
 Diagnóstico: na fase de vesícula, o exame do líquido da lesão pela microscopia eletrônica 
fornece o diagnóstico imediato + Anticorpos podem ser detectados pelo teste de 
imunofluorescência indireta (IFI); 
 Prevenção: vacina antivaricela (vírus vivo atenuado). 
Herpes simples 
 Etiologia: vírus da HSV-1, do grupo herpes 
 Transmissão: contato direto com secreções orais infectadas 
 Tempo de incubação: 2 dias a 2 semanas 
 Tempo de contágio: primoinfecção oral herpética, o contágio ocorre de 1 a várias semanas após 
o surgimento das lesões + nas infecções recorrentes, o período de contágio se restringe a cerca 
de 3 a 4 dias 
 Isolamento: precauções de contato são recomendadas nos pacientes com quadros mucocutâneos 
 7 Emanuelly Lopes Cardoso – T9 
graves 
 Cuidados com os contactantes: lavar as mãos e evitar contato com as secreções orais 
 Quadro clínico: 
⇨ Primoinfecção causada por esse herpesvírus humano = gengivoestomatite herpética  
moléstia que acomete crianças + caracteriza-se por quadro febril de 2-3 dias, que evolui 
com o aparecimento de lesões orais, vesiculares, muito dolorosas, por vezes acometendo 
os lábios 
⇨ Reativações apresentam-se como herpes labial +em pacientes com deficiência imunológica 
grave, as lesões podem ser disseminadas, lembrando varicela 
 Tratamento: na criança imunocompetente, o uso de aciclovir pode ser benéfico nos casos muito 
extensos e com comprometimento sistêmico 
 Diagnóstico: detecção de anticorpos no soro, em duas titulagens ou a presença de anticorpos 
da classe IgM 
 Prevenção: cuidados higiênicos. 
 
Exantema papular 
Síndrome de 
gianotti-
crosti 
 Acrodermatite papular da infância 
 Erupção inespecífica primariamente associada à infecção pelo vírus da hepatite B 
 Ocorre nas crianças entre 2-6 anos de idade, com aparecimento súbito de uma erupção 
monomórfica + eritematopapular + não pruriginosa + com pápulas de 1-5 mm de diâmetro + 
topo achatado + ocupa simetricamente a face, as nádegas e as extremidades 
 As lesões permanecem por 15-20 dias e depois desaparecem, deixando uma descamação 
 Linfonodomegalia axilar + linfonodomegalia inguinal podem ser notadas por 2 a 3 meses durante 
o curso da doença, juntamente com hepatomegalia moderada 
 Casos relacionados com o vírus da hepatite B = alterações de transaminases começam a 
aparecer 1-2 semanas após o aparecimento da dermatopatia 
 Outros agentes envolvidos nessa síndrome = enterovírus (coxsackie A-16) + vírus Epstein-Barr + 
CMV + vírus da hepatite A + vírus parainfluenza + estreptococo beta-hemolítico do grupo A 
 Quando a síndrome é causada por esses outros agentes, eventualmente as lesões podem ser 
pruriginosas e papulovesiculares e acompanhadas de sintomas gerais como febre e mal-estar 
 
Exantema petequial 
Pseudoangiomatose 
eruptiva 
 Síndrome de descrição recente, sem etiologia definida  não é possível definir os aspectos 
relativos à sua história natural + períodos de incubação e de contágio + medidas de controle 
 Quadro exantemático hemangiomatoso-símile associado com infecção por echovírus 
 Apresenta pápulas eritematosas pequenas com ponto de intensificação central circundado por 
halo avascular que desaparecem à digitopressão, sendo de caráter transitório 
 Pápulas de diâmetros variando entre 1-4 mm + resolução completa observada depois de 7 a 
10 dias 
 Biópsia de pele = presença de capilares dilatados comcélulas endoteliais intumescidas, sem 
proliferação vascular ou infiltrado inflamatório 
 Tratamento é sintomático 
 Doença é autolimitada. 
Febres 
hemorrágicas 
 Agentes causais = arbovírus (principalmente os da família Flavoviridae)  no Brasil, o mais 
importante é o vírus da dengue 
 Transmissão ocorre pela picada do mosquito Aedes aegypti 
 Quadro clínico 
⇨ Muito variável  nas crianças, as manifestações são menos exuberantes 
⇨ Dengue clássica inicia-se após período de incubação de 4-7 dias, com febre alta, cefaleia 
intensa, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos e diarreia, dor abdominal e com 
localização preferencial retrorbitária + ao exame físico, podem-se notar linfonodomegalia 
e exantemas + o hemograma mostra leucopenia, linfocitose e uma leve trombocitemia. 
⇨ Fenômenos hemorrágicos (epistaxes) são ocorrências ocasionais 
⇨ 30% dos casos, após a defervescência da febre (dura em torno de 5-7 dias) surge um 
outro exantema, maculopapular, que se inicia no tronco e se dissemina para as 
extremidades, acometendo a palma da mão e a planta do pé 
⇨ Casos de evolução mais grave, a febre não cede + plaquetopenia piora + há 
hemoconcentração + hipovolemia + choque, acompanhados de hemorragias. 
⇨ Na presença de exantema petequial = considerar e afastar outras doenças graves, de 
etiologia bacteriana  Meningococcemia + sepse por outras bactérias + febre maculosa 
brasileira 
 8 Emanuelly Lopes Cardoso – T9 
Hemangioma 
 Tumor vascular benigno mais comum na infância 
 50% dos casos não está presente ao nascimento ou há lesão precursora 
 Crescimento durante os primeiros 15 dias de vida 
 Fase de crescimento rápido até os 6-9 meses + regride de forma lenta até os 9 anos 
de idade 
 Meninas + prematuros = mais acometidos 
 Lesões tumorais de coloração vinhosa + localização na cabeça e pescoço 
 Lesões múltiplas e pequenas (até 3 cm) = hemangiomatose + podem estar associadas 
a lesões em outros órgãos  fígado 
 São classificados em superficiais, profundos e mistos  depende da profundidade de 
acometimento 
 Maioria dos casos = não é necessário tratamento ativo  ocorre involução 
espontânea 
 Casos em que existe alteração funcional, por conta do tamanho ou da localização, ou por compromisso estético 
 propranolol está indicado + deve ser iniciado o mais precoce possível 
⇨ Pediatra deve orientar aos pais para que retornem prontamente se houver crescimento rápido da lesão em 
qualquer localização + que procurem avaliação precoce do dermatopediatra nas lesões com potencial de 
complicações, como aquelas localizadas na face, sobretudo ponta nasal, região perioral e periocular, e lesões 
grandes em qualquer localização.

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