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 Morfologia
LÍNGUA PORTUGUESA
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MORFOLOGIA
MORFOLOGIA
A morfologia é um assunto que não é tão recorrentemente cobrado em provas de concur-
sos públicos como matéria-fim. Dificilmente você encontrará questões de prova que peçam 
para você identificar um substantivo, um adjetivo, um advérbio etc. Mas, se você não dominar 
a morfologia, este curso se tornará muito mais difícil.
O conhecimento de morfologia será fundamental para a compreensão da sintaxe do perí-
odo simples (sujeito, predicado, predicação verbal, complementos verbais, adjuntos adnomi-
nais, adjuntos verbais etc.). Sem o conhecimento da morfologia e da sintaxe do período sim-
ples, você terá dificuldade com a sintaxe do período composto (oração subordinada, oração 
coordenada).
Veja a importância do conhecimento de morfologia. Sem dominar morfologia, sintaxe do 
período simples e sintaxe do período composto, será muito difícil entender pontuação, crase, 
vozes verbais e função do “se”.
Morfo + logia
“Morfo” é uma expressão que é ligada a forma. Por exemplo, na Biologia, quando se ana-
lisa a morfologia de um animal, significa conhecer a forma desse animal.
“Logia” vem de logus, que tem a ver com estudo. Portanto, morfologia significa o estudo 
da forma da língua portuguesa. 
A morfologia foi concebida separando-se as palavras da língua portuguesa de acordo 
com seu formato, suas características. O estudo morfológico é bastante antigo, ele começa 
na Grécia clássica quando Aristóteles faz uma divisão das palavras em onoma (nomes) e 
rhema (verbos). Com o passar do tempo, percebeu-se que a língua era muito mais do que 
nome e verbo, e houve mais divisões de classes de palavras. No português, já tivemos mais 
do que dez classes de palavras, mas a NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) solidificou 
este formato das dez classes gramaticais da língua portuguesa:
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Legenda: 1. Classes gramaticais fechadas; 2. Classes que incluem locuções.
A classe gramatical mais importante para os estudos de concurso público é o verbo, pois 
a sintaxe se dá em torno dele. O verbo é o que vai marcar a existência de uma oração, na 
qual será possível separar sujeito, predicado, transitividade verbal e complementos verbais.
A segunda classe gramatical mais importante é o substantivo porque, depois dos 
núcleos verbais, será preciso dos núcleos substantivos para entender diversas relações de 
concordância.
Classes Gramaticais Fechadas
Em toda gramática do mundo, existem classes gramaticais abertas e fechadas da língua. 
Por exemplo, na língua portuguesa, há vários substantivos e todos os dias podem surgir 
novos substantivos. Um exemplo atual é o das pessoas voltadas ao empreendedorismo, que 
movimentam o país com suas startups, expressão de língua inglesa que diz respeito a algum 
tipo de atividade empreendedora. A palavra startup é usada como substantivo.
Frequentemente, são criados substantivos e verbos, como “sextar” de sexta-feira. Essas 
são classes gramaticais abertas da língua portuguesa.
Porém, precisamos entender que existem classes gramaticais fechadas, as quais não 
sofrem mudanças, para garantir que as classes abertas não modifiquem o cerne da língua. 
As classes gramaticais fechadas são: artigo, pronome, preposição e conjunção. Os artigos 
são: o (s), a (s), um (uns), uma (umas).
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É possível trazer a palavra startup para a língua portuguesa, mas o que vai garantir que 
será um substantivo é o artigo (a startup, uma startup) ou a possibilidade de acompanhar 
pronomes (essa startup, aquela startup).
Assim como os artigos, existem os pronomes:
• Pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele (a), nós, vós, eles (as));
• Pronomes oblíquos átonos (me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhe, se);
• Pronomes indefinidos, possessivos e de tratamento.
Todos esses pronomes fazem parte de uma classe gramatical fechada – não se 
criam pronomes.
Preposição (a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, 
sem, sob, sobre, trás) também é uma classe gramatical fechada da língua portuguesa, pois 
não há a entrada de novos itens lexicais.
Obs.: � As conjunções representam a classe gramatical fechada mais cobrada em 
provas de concursos públicos. 
É preciso decorar as classes gramaticais fechadas da língua portuguesa. 
Essas classes gramaticais precisam ser decoradas para não se perder tempo ao fazer 
uma questão tentando identificar um artigo ou um pronome. As conjunções são de suma 
importância e precisam ser decoradas, pois faremos questões a respeito do tema.
Classes que Incluem Locuções
O estudo da morfologia tem dez classes gramaticais mais as locuções (classes gramati-
cais que se desdobram em formato de locução). O adjetivo, o verbo, o advérbio, a preposição 
e a conjunção são classes gramaticais que podem se desdobrar em locuções.
Grupo dos Nomes
A imagem abaixo reflete a organização dos termos dentro do grupo dos nomes.
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No meio, há o substantivo e, orbitando a sua volta, há o artigo, o adjetivo, o numeral e o 
pronome. No grupo dos nomes, existe uma classe gramatical que é nuclear (subordinante, 
central). 
A classe gramatical dos substantivos é a mais importante. Ao passo que as outras clas-
ses gramaticais (artigo, adjetivo, pronome e numeral) dependem do substantivo para exis-
tir. O substantivo é a classe gramatical conhecida por nomear os seres, dotado de flexão. A 
flexão substantiva ocorre em dois níveis: gênero (masculino e feminino) e número (singular 
e plural).
O gênero e o número da palavra startup, que citamos no início da aula, é feminina e sin-
gular. A palavra “petrolão” é singular e masculina. Uma das propriedades do substantivo é 
que conseguimos identificar o seu gênero e número. Suas flexões, portanto.
Subordinado ao substantivo, temos o artigo, ele tem a finalidade de determinar o 
substantivo.
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O adjetivo tem a função de caracterizar o substantivo e dar-lhe qualidades e relações.
O numeral tem a função de quantificar o substantivo. 
O pronome pode ter a função de acompanhar ou substituir o substantivo, sempre respei-
tando a propriedade de ser flexão (gênero e número).
Vamos analisar o exemplo a seguir:
A empresária determinada.
O substantivo na frase é a palavra empresária, que dá nome ao ser. Esse substantivo 
possui gênero e número. No exemplo, o número é singular e o gênero, feminino. Acompa-
nhando o substantivo (empresária), existem duas palavras: a e determinada. O artigo a tem 
a função de determinar o substantivo empresária, o adjetivo determinada tem a função de 
caracterizá-lo.
É possível trocarmos o substantivo empresária por empresário mantendo o artigo a e o 
adjetivo determinada? Não, porque o termo nuclear, que é a palavra empresária, foi alte-
rado para o masculino, houve uma flexão de gênero. Ao flexionar o gênero do substantivo, as 
palavras subordinadas a ele obrigatoriamente precisam acompanhá-lo.
Quando observamos essa flexão, percebemos a relação de concordância. Como o exem-
plo é de concordância do substantivo, ela é chamada de concordância nominal, que é a rela-
ção que o substantivo impõe ao artigo, adjetivo, pronome ou numeral por meio de sua flexão 
de gênero. 
Se trocarmos o substantivo empresário por empresários, não será possível manter o 
artigoo e o adjetivo determinado, pois haverá uma flexão de número, sendo obrigatório o 
uso do artigo os e, além disso, o adjetivo determinado. Essa é a obrigação que o substantivo 
impõe a artigos, adjetivos, numerais e pronomes. A flexão de gênero e número acarreta uma 
obrigação conhecida como concordância nominal.
Se usássemos uma variação de grau na palavra empresário, modificando para empre-
sariozinho, qual o artigo se colocaria antes de empresariozinho? O artigo o. Qual o adjetivo 
se colocaria antes desse substantivo? Determinado, por exemplo:
O empresariozinho determinado.
Ao fazer a variação (não a flexão) de grau, não há mudança nem no artigo, nem no adje-
tivo, nem em qualquer outra classe gramatical do grupo dos nomes. O grau não faz parte das 
flexões. A variação de grau não gera concordância e, por isso, não é considerada uma flexão. 
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Obs.: � Nas provas de concurso público, são cobradas as flexões e suas concordâncias, 
pouco importando o grau.
Portanto, para as provas, é preciso entender que o substantivo é o termo nuclear dotado 
de uma flexão (masculina ou feminina, singular ou plural), a qual comanda os termos subor-
dinados (artigo, adjetivo, numeral e pronome) de maneira que eles acompanhem a flexão do 
substantivo. Assim, ocorre a relação de concordância nominal. Inclusive, é por meio dessa 
relação de concordância nominal que será possível diferenciar um adjetivo de um advérbio. 
���������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada ministrada pelo professor Elias Santana.
��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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