Buscar

PROVA Da invalidade do negócio jurídico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Desafio
João e Marcos firmam um negócio jurídico composto por duas partes independentes. A primeira delas consistiu 
um contrato de compra e venda de um carro por R$ 10.000,00 (Marcos pagaria a importância supracitada e 
receberia o carro). Já a segunda, consistiu em um contrato de prestação de serviços de jardinagem no valor de R$ 
3.000,00 (Marcos pagaria a importância supracitada e receberia o serviço).
Dias depois de concretizado o negócio, Marcos descobriu que o motor do carro tinha uma série de problemas, 
inclusive, conseguindo colher provas que mostravam, de modo incontestável, que João estava ciente e ocultou - de
modo doloso - tal fato, no momento da concretização do negócio.
Com base no exposto, responda:
Tomando como referência a distinção entre nulidade parcial e nulidade total, analise o caso em questão e
responda: o negócio jurídico é passível de anulabilidade total ou parcial? Justifique.
Padrão de resposta esperado
No contexto do debate acerca da invalidade dos negócios jurídicos, é possível encontrar uma série de
distinções com implicações jurídicas relevantes. Dentre elas, a doutrina chama atenção para a
distinção entre nulidade total e parcial.
Dito isso, enquanto a nulidade total afeta a integralidade do negócio jurídico, a nulidade parcial afeta
apenas uma porção do mesmo. No contexto da nulidade parcial, é fundamental compreender que ela
só pode ser suscitada caso existam partes separáveis no negócio jurídico e que a anulação de uma
das partes não acabe prejudicando a parte não anulada.
No caso em questão, é facilmente reconhecível que, embora estejamos diante de um único contrato,
eles são independentes um do outro. Nesse contexto, embora a parte que diz respeito ao contrato de
compra e venda do carro possa ser anulável, a parte relativa à prestação de serviços não tem nenhum
vício que suscite sua anulação.
1. A propósito da distinção entre negócios inexistentes, nulos e anuláveis, marque a alternativa 
correta.
A. O negócio jurídico anulável é mais grave que o negócio jurídico nulo.
B. O erro, a coação e o dolo são casos de negócio jurídico nulo.
C. O negócio jurídico nulo é aquele que ofende o interesse privado.
D. O negócio jurídico nulo é aquele que ofende o interesse público.
O negócio jurídico inexistente é aquele no qual falta algum dos elementos
estruturais ou fundantes, a saber, vontade, agente, objeto e forma. Nesse
contexto, a ausência de algum desses requisitos faz com que o negócio nem
sequer chegue a se concretizar. Porém, se todos os elementos estruturais
estão presentes e o negócio existe, isso não significa que ele não possa ter
imperfeições. Caso o negócio tenha sido realizado com algum defeito da
manifestação da vontade que ofende o interesse privado como, por exemplo, o
erro a coação, ele será anulável. Por fim, mais grave que os casos de
anulabilidade, quando há alguma ofensa ao interesse público como, por
exemplo, o caso de um negócio firmado por um absolutamente incapaz, o
negócio será considerado nulo. 
E. O negócio jurídico inexistente é aquele que viola o interesse privado.
2. Com relação à nulidade absoluta e à nulidade relativa, marque a alternativa correta:
A. A nulidade relativa está vinculada aos requisitos de validade do negócio jurídico.
B. A nulidade relativa está ligada aos requisitos de existência do negócio jurídico.
C. A nulidade absoluta está ligada aos requisitos de validade do negócio jurídico.
A nulidade absoluta está vinculada aos requisitos de validade do negócio
jurídico (art. 104 CC). Já a nulidade relativa, está ligada aos vícios de
consentimento (erro, dolo, entre outros), bem como aos vícios sociais (fraude
contra credores). Enquanto a nulidade absoluta ofende o interesse público, a
nulidade relativa ofende o interesse privado. 
D. A nulidade absoluta está ligada aos requisitos de existência do negócio jurídico.
E. O dolo é um caso de nulidade relativa, pois ofende o interesse público.
3. A propósito do instituto da confirmação, bem como da atuação do judicial no que tange os
negócios jurídicos nulos e anuláveis, marque a alternativa correta.
A. Enquanto os negócios jurídicos nulos não são passíveis de confirmação pela via judicial, os
negócios jurídicos anuláveis estão sujeitos à confirmação pelas partes.
Enquanto os negócios nulos não são passíveis de confirmação pela via judicial
(art. 169), os negócios jurídicos anuláveis estão sujeitos a confirmação pelas
partes (art. 172). Tal confirmação pode ser expressa (art. 173) ou tácita (art.
174). Ainda quanto a isso, é importante destacar que nos casos de
anulabilidade o juiz poderá sanar algum vício contido no negócio, ao passo
que nos casos de nulidade os vícios são insanáveis por parte do juiz. 
B. Enquanto os negócios jurídicos nulos são passíveis de confirmação pela via judicial, os negócios
jurídicos anuláveis não estão sujeitos à confirmação pelas partes.
C. O instituto da confirmação só pode ser concretizado pela via expressa.
D. Os casos de vício que suscitam a anulabilidade não podem ser sanados por parte do juíz.
E. Os casos de vício que suscitam a nulidade podem ser sanados por parte do juíz.
4. A propósito dos negócios jurídicos nulos e anuláveis, marque a alternativa correta.
A. Os negócios jurídicos anuláveis não estão sujeitos a prazos decadenciais.
B. Os negócios jurídicos nulos não estão sujeitos a prazos decadenciais.
Enquanto os negócios nulos são imprescritíveis e podem ser suscitados a
qualquer tempo (art. 196), os negócios anuláveis têm prazos decadenciais de
4 anos para os casos expressos no art. 178, e de 2 anos para os casos em
que não houver nenhum prazo estipulado no ordenamento jurídico (art. 179).
A nulidade do negócio pode ser alegada tanto pelos interessados, pelo
Ministério Público ou de ofício pelo juiz, ao passo que a anulabilidade só pode
ser alegada pelas partes interessadas. 
C. A nulidade relativa pode ser suscitada pelo Ministério Público.
D. A nulidade absoluta só pode ser alegada pelas partes ou por um terceiro interessado.
E. Todos os negócios jurídicos anuláveis têm prazo decadencial de 4 anos.
5. A propósito dos negócios jurídicos simulados, marque a alternativa correta.
A. A simulação é um vício de consentimento que suscita a anulabilidade do negócio jurídico.
B. A simulação é um vício social que suscita a nulidade do negócio jurídico.
A simulação é um vício social que suscita a nulidade do negócio jurídico. 
C. A simulação é um vício social que não suscita a nulidade do negócio jurídico. 
D. A simulação é um vício social que suscita a anulabilidade do negócio jurídico. 
E. A simulação não é considerada um tipo de vício dos negócios jurídicos. 
	Desafio

Outros materiais