Buscar

PROVA Dos defeitos do negócio jurídico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Desafio
João está em busca de um imóvel para comprar e procura um conhecido seu chamado José, que é corretor de 
imóveis de uma imobiliária no centro da cidade. Na busca por este imóvel, João se interessou por uma oferta de 
residência próxima ao trabalho, assinou o documento com José e posteriormente questionou seu corretor sobre 
quando o imóvel ficaria pronto. 
José então ficou intrigado com a pergunta, pois o imóvel que João havia escolhido e feito o negócio se tratava de 
um consórcio, e não de um imóvel em construção. Depois de um grande mal-entendido, João acabou firmando um
negócio de consórcio em vez de um contrato de compra e venda de imóvel.
João então comunicou que queria desfazer o negócio, sendo informado por José que para tanto teria que 
transcorrer o período de 3 anos. Supondo que depois de tudo João procura você como advogado para saber o que 
pode fazer, explique para ele — de um ponto de vista jurídico — o que aconteceu e o que é possível 
fazer. Responda o que pode ter acontecido e como a situação pode ser solucionada de acordo com a lei.
Padrão de resposta esperado
O negócio jurídico de João e José enquadra-se no caso do erro, pois a manifestação de vontade do
primeiro não condizia com a verdadeira situação do negócio que estava firmando. Isto é, João tinha
uma compreensão distorcida dos fatos. Se soubesse que estava assinando um contrato de consórcio,
e não de compra e venda, nunca teria firmado o negócio.
Conforme o art. 138: São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade
emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das
circunstâncias do negócio.
Nesse contexto, na medida em que o caso em questão é indiscutivelmente um caso de erro
substantivo, torna-se possível compreender que ele é passível de anulação. Para tal, será necessário
ingressar com uma ação anulatória de negócio jurídico.
1. A propósito dos defeitos dos negócios jurídicos, é possível afirmar:
A. Todos os defeitos dos negócios jurídicos estão ligados à questão da manifestação da vontade.
B. Os vícios sociais caracterizam-se por influenciar a vontade do agente.
C. Os vícios sociais caracterizam-se por desajuste entre o resultado do contrato e algum
imperativo legal.
Nem todos os defeitos dos negócios jurídicos estão ligados à manifestação da
vontade. A fraude contra credores é considerada um vício social. Enquanto os
vícios de consentimento caracterizam-se por influenciar a vontade do agente,
os vícios sociais caracterizam-se por um desajuste entre o resultado do
contrato e algum imperativo legal. 
D. Os vícios de consentimento caracterizam-se por desajuste entre o resultado do contrato e algum
imperativo legal.
E. Todos os vícios de consentimento são vícios sociais.
2. A propósito do vício do erro nos negócios jurídicos, marque a alternativa correta:
A. Erro é um sinônimo de ignorância.
B. Erro e ignorância não são termos sinônimos. Enquanto no caso do erro temos uma
compreensão equivocada das condições do negócio jurídico, no caso da ignorância o problema
é mais crítico, pois isso sequer existe.
Erro e ignorância não são termos sinônimos. Enquanto no caso do erro temos
uma compreensão equivocada das condições do negócio jurídico, no caso da
ignorância o problema é mais crítico, pois isso sequer existe. Nem todo erro
torna o negócio jurídico anulável, mas apenas os substanciais.  
C. Erro e ignorância não são termos sinônimos. Enquanto no caso da ignorância temos uma
compreensão equivocada das condições do negócio jurídico, no caso do erro o problema é mais
crítico, pois isso sequer existe.
D. Todo e qualquer tipo de erro torna o negócio jurídico anulável.
E. Apenas os erros acidentais tornam o negócio jurídico passível de anulação.
3. A propósito do vício do dolo, é correto afirmar:
A. Para que se configure o dolo, basta que uma das partes tenha uma compreensão equivocada dos
fatos.
B. Para que se configure o dolo, não basta que uma das partes tenha uma compreensão equivocada
dos fatos, pois tal equívoco também deve ter sido gerado acidentalmente pela outra parte.
C. Para que se configure o dolo, não basta que uma das partes tenha uma compreensão
equivocada dos fatos, pois tal equívoco também deve ter sido gerado intencionalmente pela
outra parte.
Para que se configure o dolo, não basta que uma das partes tenha uma
compreensão equivocada dos fatos, pois tal equívoco também deve ter sido
gerado intencionalmente pela outra parte. Enquanto o dolo principal é aquele
que influencia de modo determinante na própria realização do negócio
jurídico, o dolo acidental é aquele que "não influi diretamente na realização do
ato, que se teria praticado independentemente da malícia do
interessado" (Pereira, p. 441). 
D. O dolo acidental é aquele que influencia de modo determinante na própria realização do negócio
jurídico
E. O dolo principal é aquele que teria sido praticado independentemente do ato malicioso.
4. No que tange ao vício da lesão, é correto afirmar:
A. Para que a lesão seja configurada, basta que uma das partes da relação tenha tido lucro exagerado
com o negócio jurídico.
B. Para que a lesão seja configurada, basta que uma das partes tenha sido lograda em virtude de sua
inexperiência.
C. Para que um negócio jurídico seja considerado lesivo, duas coisas precisam acontecer
simultaneamente: i. uma das partes tenha tido um lucro exagerado com o negócio jurídico
(requisito objetivo); ii. uma das partes deve ter sido lograda em virtude de sua inexperiência
(requisito subjetivo).
Para que um negócio jurídico seja considerado lesivo, duas coisas precisam
acontecer simultaneamente: i. uma das partes deve ter tido um lucro
exagerado com o negócio jurídico (requisito objetivo); ii. uma das partes deve
ter sido lograda em virtude de sua inexperiência (requisito subjetivo). 
D. Para que um negócio jurídico seja considerado lesivo, duas coisas precisam acontecer
simultaneamente: i. uma das partes tenha tido um lucro exagerado com o negócio jurídico (requisito
subjetivo); ii. uma das partes deve ter sido lograda em virtude de sua inexperiência (requisito objetivo).
E. Para que um negócio jurídico seja considerado lesivo, uma de duas coisas precisam acontecer: i.
uma das partes tenha tido um lucro exagerado com o negócio jurídico (requisito objetivo); ii. uma das
partes deve ter sido lograda em virtude de sua inexperiência (requisito subjetivo).
5. A propósito da fraude contra credores, é correto afirmar:
A. É tratada pela doutrina como um vício de consentimento.
B. A fraude contra credores suscita a anulabilidade do negócio jurídico.
A doutrina considera a fraude contra credores um vício social. Além disso, ela
suscita a anulabilidade do negócio jurídico. Por fim, duas coisas devem estar
satisfeitas para que um negócio jurídico seja considerado uma fraude contra
credores, a saber: deve haver um devedor agindo de má-fé e o negócio
jurídico por ele realizado deve visar ao prejuízo de um terceiro.   
C. A fraude contra credores suscita a inexistência do negócio jurídico.
D. Para que a fraude contra credores seja configurada, basta que o agente realize um negócio jurídico
de má-fé.
E. Para que a fraude contra credores seja configurada, basta que um terceiro tenha sido lesado com o
negócio jurídico.
	Desafio

Outros materiais