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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS NOME DO ALUNO: BRENDA DA SILVA NASCIMENTO R.A: 2207846 POLO DE MATRÍCULA: FLAMBOYANT DATA: 05/04/2023 1. INTRODUÇÃO GERAL A microbiologia de alimentos esta de um mdo geral relacionado a três aspectos fundamentais: a preservação dos alimentos pelo emprego de microrganismos; detecção e prevenção de intoxicações e infecções produzidas pela ação de microrganismos em alimentos e o controle da transmissão de doenças através dos mesmos. O homem e os microrganismos têm muito em comum no que se refere a suas exigências nutricionais. Ambos dependem basicamente das proteínas e dos hidratos de carbono, que somados as gorduras compôem os pricipais produtos alimentícios. Aula 01 Roteiro 01 Título da Aula: Determinação de alguns fatores intrínsecos em alimentos Essa aula teve por objetivo analisar dois fatores intrínsecos muito determinantes para a caracterização de um alimento: a atividade de água e a presença de substâncias, naturalmente, antimicrobianas. PROCEDIMENTO - ANÁLISE DA ATIVIDADE DE ÁGUA (AA) De início preparamos, 3 dessecadores adicionando, a cada um deles, uma das soluções saturada de sal da tabela a seguir. A professora reforçou que fosse selecionado sais com valores bem distintos de Aa. Por exemplo, no primeiro dessecador adicionamos o ácido sulfúrico (Aa = 0,00); no segundo adicionamos o carbonato de potássio (Aa = 0,43); e no terceiro, adicionamos o sulfato de sódio (Aa = 0,93). Depois pesamos 3 béqueres de 50 ml, anotando as respectivas massas. Em seguida, adicionamos em cada um destes béqueres, 5 g de um determinado alimento. Usamos amostras de bolacha de água e sal, café em pó e molho de tomate. Depois colocamos em cada um dos dessecadores, já contendo uma das soluções saturadas de sal, um dos conjuntos de béquer + amostra. Após 7 dias, verificamos a aparências dos alimentos. Sal UR % (a 25 °C) Aa Ácido sulfúrico 0,00 0,00 Hidróxido de potássio – KOH 8,23 0,08 Acetato de potássio – KC2H3O2 22,51 0,23 Cloreto de magnésio – MgCl2 32,8 0,33 Iodeto de sódio – NaI 38,2 0,38 Carbonato de potássio – K2CO3 43,16 0,43 Nitrato de magnésio – Mg(NO3)2.6H2O 52,89 0,53 Brometo de sódio – NaBr 57,6 0,58 Iodeto de potássio 68,9 0,68 Cloreto de sódio – NaCl 75,7 0,76 Sulfato de amônio – (NH4)SO4 80,9 0,81 Cloreto de potássio – KCl 84,34 0,84 Cloreto de potássio – KCl 93,0 0,93 Tabela 1: Soluções saturadas Fonte: Manual de aula práticas UNIP Café Bolacha Extrato de Tomate Ácido Sulfúrico 56,20 55,98 36,18 36,31 30,42 23,29 Carbonato de Potássio 17,12 37,19 36,12 36,52 25,22 22,73 Sulfato de Sódio 37,93 37,90 26,23 26,46 26,14 21,55 Tabela 2: Resultados após 7 dias Fonte: Próprio autor Figura 1: Amostra de alimentos usados na aula prática Fonte: Próprio Autor Figura 2: Dessecadores com as amostras Fonte: Próprio autor PROCEDIMENTO - ANÁLISE DA PRESENÇA DE SUBSTÂNCIAS ANTIMICROBIANAS NATURAIS Em uma placa de Petri contendo o meio de cultura sólido TSB, semeamos, com o auxílio de um swab, uma solução contendo Staphylococcus aureus previamente crescido em meio de cultura líquido TSB. Depois fizemos movimentos em zigue-zague de forma que toda a superfície da placa fosse coberta com a solução da bactéria em questão. Enquanto aguardávamos a solução na placa secar por alguns minutos, maceramos o alho em gral e pistilo. Com o auxílio de uma espátula estéril, coletamos uma pequena porção das amostras de alimento sob a superfície do meio de cultura sólido cultivado com Staphylococcus aureus. Depois colocamos colocamos para incubar em estufa bacteriológica a 35 °C por 24 – 48 horas. Figura 3: Meio de cultura TSI após crescimento na estufa Fonte: Próprio autor QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Explique a relação entre a Aa dos alimentos e a propensão às contaminações microbianas. R: A atividade de água pode ser utilizada como parâmetro de controle de qualidade, mostrando valores efetivos da disponibilidade da água no alimento para participar de reações de deterioração, enzimáticas e microbiológicas, sendo que estes fatores podem afetar diretamente a qualidade sensorial ou sanitária do alimento. Já o teor de umidade está mais associado ao rendimento e qualidade sensorial (ex: crocância de um alimento). 2. Se a atividade de água de um determinado alimento é menor que a do ambiente de armazenamento, a tendência é ocorrer a desidratação do produto ou seu intumescimento? Por quê? R: Enquanto o teor de umidade simplesmente define a quantidade de água nos alimentos e ingredientes, a atividade de água, em termos práticos, é uma medida que permite avaliar a disponibilidade de água no alimento que estaria susceptível a diversas reações (químicas, enzimáticas) ou para uso dos microrganismos presentes. Quanto mais elevada for a atividade da água, mais rapidamente os microrganismos (como bactérias, leveduras e bolores) poderão se multiplicar. 3. Explique porque alguns alimentos utilizados nesta prática inibiram o crescimento da cepa indicadora utilizada. R: Devido à presença de constituintes antimicrobianos, que são substancias naturalmente presentes nesses alimentos tendo a capacidade de retardar ou inibir a multiplicação microbiana. Aula 01 Roteiro 02 Título da Aula: Produção de iogurte Essa aula teve como objetivo observar o processo de fermentação (nomenclatura usada em indústria de fermentação: mosto, inóculo, vinho, uso ou não de oxigênio). E tbm discutir a fermentação lática. OBSERVAÇÃO: Não foi realizado essa prática. O tempo de execução da análise ultrapassava o limite da aula. Aula 02 Roteiro 01 Título da Aula: Destilação de garapa fermentada Essa aula teve por objetivo entender o processo de fermentação alcoólica e comparar as várias fermentações alcoólicas: álcool combustível, pinga, cachaça, vinho e cerveja. PROCEDIMENTO No dia anterior ao dia da aula, colocamos em 1-2 L de garapa em um container fechado. Adicionamos 2 pacotes de levedura dissolvido em garapa (fermento do tipo Fleischmann), com uma “espatulada” de fonte de nitrogênio NH4(SO4)2. Depois de, aproximadamente, 24 h, filtramos a solução fermentada em filtro de papel, removemos uma pequena quantidade do material retido na superfície do filtro de papel e checamos a presença de leveduras. Depois, colocamos uma amostra em uma lâmina + azul de metileno + lamínula), realizando a análise em microscópio óptico. Com o líquido filtrado, realizamos a destilação. Figura 4: Visualização de leveduras Fonte: Próprio autor QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Explique o mecanismo de funcionamento de um destilador. R: Em um destilador, a água é levada a uma caldeira responsável por aquecer o líquido até a ebulição. Em seguida, o vapor decorrente deste processo é condensado e convertido em líquido totalmente purificado, sem a presença de microrganismos e com alto grau de pureza. Essa água é utilizada como solvente e reagente em laboratórios e indústrias, além de servir na esterilização de autoclaves. Apesar de purificada, a água destilada não perde totalmente os sais minerais, pois o processo não é capaz de realizar a separação completa. Existem dois tipos de processo de destilação de água, conheça a seguir as diferenças entre destilação simples e destilação fracionada. A destilação simples éaquela que ocorre da forma como descrita acima, acontecendo em duas fases: ebulição e condensação. Primeiro a água é aquecida e transformada em vapor que, em seguida, é resfriado até voltar ao estado líquido. Produz uma água livre de resíduos sólidos e quimicamente pura. A destilação fracionada é aplicada quando a água a ser purificada está misturada com outro líquido. Neste caso, é preciso conhecer o ponto de ebulição dos dois líquidos, de modo a induzir uma temperatura em que somente a água evapore e siga para o processo de liquefação. 2. Quando a solução, sendo destilada, atinge a temperatura de 100 °C, deve-se parar a destilação. Por quê? R: Um aquecimento demasiado no balão de destilação, dificulta a separação dos componentes da mistura. Aula 03 Roteiro 01 Título da Aula: Análise Microbiológica da água: contagem padrão de bactérias heterotróficas por pour plate Essa aula teve por objetivo realizar o método de contagem microbiana, precisamente as bactérias aeróbias mesófilas, em amostras de água utilizando- se de técnicas de semeadura em profundidade (pour plate), além de saber interpretar os resultados obtidos, levando-se em consideração os parâmetros nacionais para a potabilidade de água. PROCEDIMENTO - CONTAGEM PADRÃO DE BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS Transferimos, com uma pipeta estéril, 1 mL da amostra em duplicata para uma placa de Petri previamente esterilizada. Entreabrimos a placa e adicionamos o meio de cultura, previamente fundido e já estabilizado em banho-maria a 44-46 ºC, contido no tubo de ensaio. Em seguida, homogeneizamos o conteúdo da placa em movimentos circulares moderados em forma de (∞), em torno de 10 vezes consecutivas. Quando o meio de cultura solidificou, incubamos a placa em posição invertida a 35 ± 0,5 º C, durante 48 ± 3 horas. Ao final do período de incubação, fizemos a contagem das colônias com o auxílio de um contador de colônias. Usamos também Ágar EMB para identifcação de coliformes fecais. Figura 5: Técnica pour plate Fonte: Próprio autor 1/10 176 x 10 = 1760 220 x 10 = 2200 Bancada 1: 176 Bancada 2: 220 1/100 37 x 100 = 3700 53 x 100 = 5300 1/1000 36 x 1000 = 3600 21 x 1000 = 21000 Figura 6: Crescimento de colônias após incubação Fonte: Próprio autor Bancada 1: 37 Bancada 2: 53 Bancada 1: 36 Bancada 2: 21 QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Comente sobre a gravidade da detecção de coliformes fecais em água e em alimentos. R: A presença de coliformes na água indica poluição com o risco potencial da presença de organismos patogênicos e sua ausência é evidência de uma água bacteriologicamente potável. Coliformes em níveis normais encontrados em alimentos são eliminados pela maioria das condições de processamento térmico (por exemplo, pasteurização de leite). Portanto, sua presença em um alimento geralmente indica um processo térmico inadequado ou contaminação pós-processamento. 2. Analisando o método anterior, comente sobre a sua especificidade. R: Semeadura em placa Pour-Plate (derramamento): o objetivo da técnica de semeadura em Pour Plate é obter colônias isoladas. Nesta técnica 1,0 mL de suspensão de células são adicionados em placas estéreis e em seguida 15 a 20 mL de ágar fundido é adicionado por cima. Aula 03 Roteiro 02 Título da Aula: Análise microbiológica da água: detecção de coliformes fecais Essa aula teve por objetivo mostrar aos alunos a técnica de detecção de amostras de coliformes fecais em água. PROCEDIMENTO - TESTE PRESUNTIVO (COLIFORMES TOTAIS) Inoculamos uma série de 3 tubos contendo 10 mL (concentração dupla), 9 mL e 9,9 mL do meio Caldo Lauril Triptose com, respectivamente, 10 mL, 1 mL e 0,1 mL da amostra. Depois, incubamos a 37 °C, por 48 horas. A presença de gás no tubo de Durham indica um teste presuntivo positivo. No final, anotamos o número de testes positivos para cada diluição. Figura 7: Inoculação em tubos Fonte: Próprio autor PROCEDIMENTO - TESTE PARA O GRUPO DE COLIFORMES FECAIS Transferimos uma alçada de todos os tubos do teste presuntivo que deram um resultado positivo para os tubos contendo 5 mL do meio EC. Incubamos os tubos em banho-maria, a 44,5 °C, por 48 horas. A presença de gás no tubo de Durham indica um teste positivo. No final, anotamos o número de tubos positivos para cada diluição. PROCEDIMENTO - DIFERENCIAÇÃO DE BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORME Inoculamos por esgotamento, a partir de um dos tubos positivos de meio EC, uma placa com meio EMB. Depois, incubamos as placas invertidas por 24 horas. Figura 8: Adição do meio EMB nas placas Fonte: Próprio autor Figura 9: Placas após adição do meio EMB Fonte: Próprio autor CONCLUSÃO No ágar EMB foi possível identificar coliformes fecais. Na Lactose, colônias com coloração metálica. Devido a isso amostra apresentou resultado negativo. Para a pesquisa de coliformes totais não foi possível realizar, pois depende de um dia para o outro e as aulas só acontecem uma vez na semana. QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Descreva a importância da detecção e do controle da presença de coliformes fecais na água. R: As análises de água para coliformes são muito importantes para monitorar a qualidade das águas de poços artesianos, que é muito variável, uma vez que as águas subterrâneas que abastecem nossos poços se deslocam por um longo caminho através de rochas e solos e assim podem sofrer contaminação fecal durante seu percurso. 2. Comente as condições em que podem ocorrem a contaminação da água. R: A contaminação da água pode ocorrer de várias maneiras, destacando-se a poluição por esgoto, metais pesados, agrotóxicos e fertilizantes. 3. Descreva a importância dos microrganismos indicadores. R: Microrganismos indicadores podem ser utilizados para refletir a qualidade microbiológica dos alimentos em relação à vida de prateleira ou à segurança alimentar devido à presença de patógenos alimentares. Aula 04 Roteiro 01 Título da Aula: Análise microbiológica de leites Essa aula teve por objetivo realizar a determinação do número de bactérias mesófilas em leite pasteurizado utilizando a técnica de semeadura de superfície. PROCEDIMENTO Preparamos uma diluição de 1:10 dos leites, em uma solução salina estéril no volume final de 5 mL. A partir dessa solução, realizamos as diluições seriadas até 10-5 , sempre em solução salina. A quantidade de 0,1 mL de cada tubo contendo as diluições de 10-4 a 10-5 foi semeada com uma alça de Drigalsky em duplicata, em placas contendo plate count ágar. As placas foram incubadas sob condições anaeróbias a 45 °C em estufa bacteriológica. Ao final do período de incubação, fizemos a contagem das colônias com o auxílio de um contador de colônias. Figura 10: Esquema de diluição com amostra de leite Fonte: Próprio autor Figura 11: Solução após diluição semeada nos tubos Fonte: Próprio autor Figura 12: Crescimento de colônias no meio de Cultura TGB Fonte: Próprio autor Aula 04 Roteiro 02 Título da Aula: Coloração de Gram Essa aula teve por objetivo a avaliação da morfologia microbianaé muito importante para a execução da maior parte dos exames microbiológicos. A coloração de Gram também deve ser revisada, dada a sua grande importância no diagnóstico clínico das amostras microbiológicas. PROCEDIMENTO – TÉCNICA DE COLORAÇÃO DE GRAM Em uma lâmina, pingamos uma gota de solução salina estéril. Recolhemos uma colônia pré-cultivada com uma alça bacteriológica. Colocamos a colônia selecionada junto à lâmina e homogeneizamos. Fixamos o esfregaço no calor. Cobrimos o esfregaço com cristal de violeta por 1 minuto. Lavamos o esfregaço com água corrente removendo o excesso de corante. Cobrimos o esfregaço com lugol por 1 minuto e depois lavamos novamente com água corrente. Escoramos com álcool acetona até remover o excesso de corante, e mais uma vez lavamos o esfregaço com água corrente. Cobrimos o esfregaço com safranina por 30 segundos, lavamos, secamos e examinamos ao microscópio (1000x). Figura 13: Bacilos Gram negativos Fonte: Próprio autor Figura 14: Bactéria Gram Positiva Fonte: Próprio autor QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Descreva a importância dos métodos de coloração diferencial. R: Este teste é útil porque muitas doenças alteram a proporção de certas células brancas do sangue (leucócitos). Por análise destas diferenças em combinação com exame clínico e outros testes de laboratório, profissionais de medicina podem diagnosticar doenças. 2. Diante desta identificação, o que podemos concluir com a análise da água e do leite? R: Foi possível observar a presença de ambas bactérias, tanto do gênero Gram – positivas como as do gênero Gram – negativas. Possivelmente as bactérias do gênero Gram – negativas, são cepas de Escherichia coli, onde seus bacilos que coram-se de rosa e as bactérias do gênero Gram – positivas são cepas de Staphylococcus aureus, aonde seus bacilos coram-se de roxo. Mas confirmações com testes bioquímicos são necessárias. Estes achados indicam que é possível a contaminação do leite por microrganismos. As fontes de contaminação microbiana do leite cru estão localizadas ao longo de toda a cadeia produtiva, desde a produção na fazenda até o beneficiamento do produto primário na indústria. 3. Quais os procedimentos para evitar a contaminação do alimento por esses microrganismos? R: Higienizar os ingredientes com água sanitária diluída, armazenar sobras em recipientes vedados, esterilizados e datados, lavar bem as mãos e pulsos antes do preparo das comidas, não usar acessórios na cozinha e estar sempre com o cabelo preso e barba aparada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO, I. T. Microbiologia dos Alimentos. [s.l: s.n.]. FORSYTHE, S. J. Microbiologia da Segurança dos Alimentos. [s.l: s.n.]. GOMES, C. F. Apostila de Microbiologia de Alimentos. p. 66, 2016. SEIXAS, F. Microbiologia de Alimentos. p. 1–21, 2018.
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