Buscar

ANAIS-ENEFON

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANAIS DO XXIV 
ENCONTRO NACIONAL 
DE ESTUDANTES DE 
FONOAUDIOLOGIA – 
ENEFON 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Pessoa 
2017 
 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
/enefon2017 
 
@ENEFON2017 
 
 
REALIZAÇÂO 
 
 
COMISSÃO ORGANIZADORA 
LOCAL – PARAÍBA 
 
 APOIO 
 
 
 
 
 
https://enefon2017.wixsite.com/enefon2017 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
1 - A importância da anamnese na caracterização de crianças com dificuldades 
de aprendizagem em um serviço de fonoaudiologia - Comunicação Visual - 
Autores: Talio Câmara Pinto dos Santos, Ana Beatriz Leite dos Anjos, Cíntia Alves 
Salgado Azoni ..............................................................................................................06 
2 - A importância do fonoaudiólogo no tratamento da dislexia - Comunicação 
Visual - Autores: Leandro Pereira França, Ituany da Costa Melo, Roseane da SIlva 
Lopes .................................. ................................................................................08 
3 - A inserção do fonoaudiólogo no sistema único de saúde - Comunicação Visual 
- Autores: Leandro Pereira França, Ituany da Costa Melo, Roseane da SIlva 
Lopes............................................................................................................................10 
4 - A integração ensino-serviço no contexto da formação do fonoaudiólogo em 
salvador: narrativas de discentes - Comunicação Visual - Autores: Iam de Cerqueira 
Oliveira, Érica Guedes, Julia Escalda........................................................................12 
5 - A ledterapia: uma nova concepção no tratamento e prevenção da mucosite 
oral - Comunicação Oral - Autores: Ryan do Nascimento Duarte, Wigínio Gabriel de 
Lira Bandeira, Bernardo Coelho Pereira, Luís Augusto Lupato Conrado, Ana Karine 
Farias da Trindade Coelho Pereira..........................................................................14 
6 - Análise da satisfação dos participantes da III Jornada Acadêmica De 
Fonoaudiologia - Comunicação Oral - Autores: Ana Carolina Dantas Medeiros; Elina 
de Oliveira Cunha; Erika Barioni Mantello; Joseli Soares Brazorotto................... .......16 
7 - Aprendizagem da linguagem escrita em deficientes auditivos - Comunicação 
Oral – Autores: Ana Flávia de Sales Cândido, Bárbara Tayná Santos Eugênio da Silva, 
Juliana Maria Silva de Sousa, Débora Maria Evaristo Ferraz, Rayana Rodrigues 
Gonçalves...................................................................................................................18 
8 - Atuação fonoaudiológica na reabilitação da disfagia após o tratamento do 
câncer de cabeça e pescoço: uma revisão sistemática da literatura - 
Comunicação Visual – Autores: Honória Honorato de Souza Neta, Álef Matheus 
Ferreira de Paulo, Mychelle Jeniffer dos Santos Souza Ferreira, Raphaela de Lima 
Cruz............................................................................................................................19 
 
 
 
3 
9 - Atuação fonoaudiológica na reabilitação vestibular: relato de experiência - 
Comunicação Visual - Darllyana Thamyres Paulino Venancio, Laiane Gomes da Silva, 
Annacarla Carvalho Alves de Lima, Janaina Benício Marques, Karla Cybelle Bezerra 
Cavalcanti Alcoforado...............................................................................................21 
10 - Atuação fonoaudiológica no indivíduo com fissura labiopalatina já reparada: 
revisão de literatura - Comunicação Visual – Autores Honória Honorato de Souza 
Neta, Nilmara Thalita Alves Araújo, Shoyama Nadja da Silva Franco e Santos...........23 
11 - Bem-estar psíquico e social do indivíduo com superdotação/altas 
habilidades no contexto familiar e escolar - Comunicação Oral – Autora: Nancy 
Sotero.................................................................................................................... .......25 
12 - Caracterização da triagem auditiva em bebês com microcefalia (revisão 
sistemática) - Comunicação Visual - Autores: Cristian Luan da Silveira Macena, 
Laiane Gomes da Silva, Caroline Souza de Abreu, Karla Cybelle Bezerra Cavalcanti 
Alcoforado............................................................................................................27 
13 - Discussão e contexto do reconhecimento da Neuropsicologia como 
especialidade da Fonoaudiologia - Comunicação Visual - Autores: Nancy Sotero, 
Francisco Tiago Meireles da Silva, Renato Jônatas da Silva Araújo...........................28 
14 - Distúrbios da linguagem em crianças autistas - Comunicação Visual – Autores: 
Ana Flávia de Sales Cândido; Juliana Maria Silva de Sousa; Débora Maria Evaristo 
Ferraz; Rayana Rodrigues Gonçalves; Ruama Pereira Nunes..................................29 
15 - Efeitos da quimioterapia e suas implicações na audição - Comunicação oral – 
Autores: Ryan do Nascimento Duarte; Wigínio Gabriel de Lira Bandeira; Bernardo 
Coelho Pereira; Luís Augusto Lupato Conrado; Ana Karine Farias da Trindade Coelho 
Pereira....................................................................................................................30 
16 - Eletroestimulação aplicada a pacientes portadores de Parkinson com 
disfagia orofaríngea logopédica: Revisão Integrada - Comunicação Visual – 
Autores: Eriberto da Silva Costa Junior, Anderson Gonçalves Fernandes, Raí dos 
Santos Santiago....................................................................................................32 
 
 
 
4 
17 - Importância do teste da linguinha para prevenir alterações Orofaciais e 
desmame precoce - Comunicação Visual – Autoras: Laiane Gomes da Silva; Ruth 
Lopes do Nascimento................................................ ........................... ..................34 
18 - O processo de implantação da Liga Acadêmica de Fonoaudiologia Forense 
da Bahia: relato de experiência - Comunicação Oral – Autores: Anderson Gonçalves 
Fernandes, Flávia Pereira Caraíbas, Eriberto da Silva Costa Júnior............................35 
19 - Práticas educativas: relato de experiência de oficinas realizadas por 
discentes do curso de fonoaudiologia - Comunicação Oral – Autores: Érica Guedes; 
Iam de Cerqueira Oliveira; Júlia Escalda...................................................................37 
20 - Primeiros passos na saúde coletiva atuação em saúde da comunicação 
humana na dinâmica das Unidades de Saúde da Família - Comunicação Oral – 
Autores: Leonardo Gleygson Angelo Venâncio, Anderson Pedro da Rocha, Carina 
Sampaio Aquino, Gabriela Samanttha Cavalcanti do Nascimento, Tatiana de Paula 
Santana da Silva.................... .................................................. ............................39 
21 - Programa de orientação a pais para estimulação do desenvolvimento da 
linguagem: relato de experiência - Comunicação Visual - Rafaela Sena dos Santos; 
Claudya Katharyni Tito Xavier de Lucena; Hellen Tatyanne da Silva Barbosa; Vitória 
Carolina Morais Brazil; Ana Manhani Cáceres Assenço...........................................41 
22 - Relação entre a academia e a prática fonoaudiológica Hospitalar - relato de 
experiência de vivencia na liga Acadêmica de Fonoaudiologia Hospitalar da 
Bahia - Comunicação Oral – Autores: Anderson Gonçalves Fernandes, Eriberto da 
Silva Costa Júnior..................................................................................................43 
23 - Relação entre laringite e sintomas vocais em professores da rede de ensino 
- Comunicação Visual – Autores: Saulo Iordan do Nascimento Silva; Gleydson 
Grangeiro de Lima; Valdizia Domingos da Silva; Paula Rayana Batista Correia; Maria 
Fabiana Bonfim de Lima Silva..................................................................................45 
24 - Relato de experiência dos estudantes fundadores de uma liga acadêmica de 
fononcologia no nordeste brasileiro - Comunicação Oral – Autores: Francisco Tiago 
Meireles da Silva,Darlyane de Souza Barros, Dhebora Heloísa Nascimento dos 
Santos, Silvana Lino Batista, Leandro de Araújo Pernambuco...................................47 
 
 
 
5 
25 - Resultados preliminares da pesquisa de opinião acerca do estresse 
acadêmico na vida dos esrudantes de fonoaudiologia da UFRN - Comunicação 
Oral – Autores: Ana Carolina Dantas Medeiros; Elina de Oliveira Cunha; Nathalia 
Lucena; Hellen Tatyanne da Silva Barbosa; Maurício Wiering Pinto 
Telles.....................................................................................................................49 
26 - Saúde e bem estar vocal para professores: uma análise das oficinas de 
vivência em voz - Comunicação Oral - Larissa Mendonça dos Anjos, Vanderssom 
Correia Lima; Maria Fabiana de Lima Silva................................................................51 
27 - Saúde e bem estar vocal para teleoperadores: uma análise das oficinas de 
vivência em voz - Comunicação oral – Autores: Vanderssom Correia Lima; Larissa 
Mendonça dos Anjos; Maria Fabiana de Lima Silva .................................................53 
28 - Sinais indicativos de um Distúrbio Específico da linguagem - Comunicação 
Visual – Autores: Jayne de Freitas Bandeira, Samara Lima Gomes de 
Azevedo..................55 
29 - Transtorno de Déficit de Atenção d Hiperatividade – TDAH: uma revisão de 
literatura - Comunicação Oral – Autores Emanuel Gustavo Rodrigues Diniz, Monyara 
Reis da Silva, Ryan do Nascimento Duarte, Victor Matheus Maia Morais, Palloma 
Dantas Mendes.........................................................................................................56 
30 - Uma revisão literária sobre a Síndrome de Moebius - Comunicação Visual – 
Autores: Pâmela Pontes dos Santos; Mariany dos Santos Araujo, Marcília Carla da 
Silva Ramos............................................................................................................57 
31 - Uso de oficinas fonoaudiológicas como metodologia de trabalho: revisão de 
literatura - Comunicação Visual - Autores: Iam de Cerqueira Oliveira; Érica 
Guedes; Julia Escalda.............................................................................................59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
A IMPORTÂNCIA DA ANAMNESE NA CARACTERIZAÇÃO DE CRIANÇAS 
COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM UM SERVIÇO DE 
FONOAUDIOLOGIA 
 
Autores: Talio Câmara Pinto dos Santos¹; Ana Beatriz Leite dos Anjos¹; Cíntia Alves 
Salgado Azoni¹ 
¹ Universidade Federal do Rio Grande do Norte, RN 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
Introdução: As Demandas de crianças e adolescentes com dificuldades 
escolares ou transtornos de aprendizagem geram constantes 
encaminhamentos à Clínicas-Escolas ou serviços de referência em saúde. O 
papel da família e escola tem sido essencial na identificação e 
encaminhamento destes jovens a estes tipos de atendimento. O diagnóstico é 
complexo e exige a participação de equipe interdisciplinar. A fonoaudiologia é 
uma ciência essencial nesse processo, considerando, o contexto 
biopsicossocial que o indivíduo está inserido. Dentre as ferramentas 
diagnósticas, a anamnese é essencial para identificar diversos aspectos deste 
indivíduo a fim de delinear um perfil personalizado do seu processo de 
desenvolvimento. Sendo assim, o Projeto de pesquisa e extensão em Leitura, 
Escrita e Audição – PROJETO LEIA, surgiu com a perspectiva de atender o 
público infanto-juvenil quanto ao diagnóstico e tratamento das queixas 
relacionadas ao processo educacional, relacionadas as alterações de leitura e 
escrita. Objetivo: descrever o perfil demográfico de crianças e adolescentes 
encaminhados ao PROJETO LEIA. Método: trata-se de um estudo transversal, 
retrospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição de 
origem, nº 1.012.635. Foram analisados 76 prontuários de crianças e 
adolescentes encaminhadas ao Projeto nos anos de 2015 e 2016, entre 6 e 15 
anos de idade. Os dados foram analisados quantitativamente, a partir da 
frequência de sexo, idade, tipo de ensino, queixa e aquisição de linguagem, 
identificados na anamnese semi-estruturada. Resultados: Dos 76 prontuários, 
notou-se que 70% das crianças e adolescentes são do sexo masculino e 30% 
 
 
 
7 
do feminino; com relação ao tipo de escola, 56% estudavam em escolas 
públicas e 44% em privadas. Houve maior frequência na faixa-etária de 10 a 11 
anos (34%), seguidos de 8 a 9 anos (26%). Dentre as queixas, as mais comuns 
foram dificuldade para aprender (51%); dificuldade para aprender associada a 
outras queixas ou hipóteses diagnósticas, tais como dificuldades de fala (17%), 
problemas de memória (4%), agressividade (3%), deficiência intelectual (1%) e 
falta de concentração (1%); somente dificuldades na fala (8%); diagnóstico de 
TDAH (4%); diagnóstico de dislexia (3%) e dificuldades em memória e 
concentração (1%). No que tange à aquisição de linguagem, segundo relato 
dos responsáveis, as primeiras palavras surgiram até um ano de idade em 37% 
dos participantes; 11% apresentou atraso na aquisição e desenvolvimento da 
linguagem, com o surgimento das primeiras palavras após 1 ano e seis meses 
e 52% não souberam informar. Conclusão: Este estudo permitiu delinear as 
características de um grupo de crianças e adolescentes encaminhados a um 
serviço de atendimento clínico e de pesquisa em fonoaudiologia quanto à 
linguagem escrita. A anamnese é uma ferramenta extremamente importante no 
processo de avaliação, pois proporciona a compreensão das queixas mais 
comuns, a idade de busca por atendimento, o histórico do desenvolvimento da 
linguagem, dentre outros dados que conduzem à identificação de fatores de 
risco para diagnósticos mais fidedignos dos transtornos do 
neurodesenvolvimento relacionados a alterações de linguagem escrita, bem 
como amplia a perspectiva de políticas públicas na atuação da Fonoaudiologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
A IMPORTÂNCIA DO FONOAUDIÓLOGO NO TRATAMENTO DA DISLEXIA 
 
Autores: Leandro Pereira França; Ituany da Costa Melo¹; Roseane da Silva Lopes¹ 
¹ Universidade Nilton Lins, AM 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
Introdução: A Dislexia é um transtorno de aprendizagem do tipo verbal que 
envolve símbolos, gráficos e códigos de linguagem fonológica, que nasce e 
cresce com a criança, ou seja, que se apresenta desde tenra idade levando a 
problemas de aquisição de pré-requisitos para a alfabetização durante o seu 
desenvolvimento e que, por extensão, acarretará futuras dificuldades para o 
processo de aquisição da aprendizagem da leitura e da escrita, com demora na 
construção de frases, erros frequentes de ortografia e falta de concentração. 
Os disléxicos são pessoas inteligentes, entretanto precisam de um cuidado 
especial. É nessa questão que o fonoaudiólogo assume um papel importante. 
Sua tarefa é trabalhar a dificuldade do paciente em associar os sons da fala, os 
fonemas, às letras correspondentes etc. Além disso, são estabelecidas por este 
profissional estratégias que possam auxiliar o disléxico na leitura e nas 
relações entre a escrita e o som das palavras. Objetivo: Relatar através dessa 
revisão bibliográfica as informações relacionadas a importância da atuação 
fonoaudiológica no tratamento da dislexia mais recentes no Brasil. 
Metodologia: Trata-se de um estudo realizado por meio de levantamento 
bibliográfico, através de uma busca eletrônica nas seguintes bases de dados: 
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e 
Scientific Electronic Library Online (Scielo). Foram utilizados, para busca dos 
artigos, os seguintes descritores e suas combinações na língua portuguesa: 
“dislexia”, “fonoaudiologia”, “tratamento da dislexia”, “fonoaudiologia e dislexia”. 
Utilizando somente artigos brasileiros publicados entre o ano de 2000 a 2017. 
Resultados: A amostra final desta revisão foi constituída por cinco artigos 
científicosbrasileiros, selecionados pelos critérios de inclusão previamente 
estabelecidos. Destes, três foram encontrados na base de dados LILACS e 
cinco na Scielo. A dislexia é um distúrbio específico de leitura, ocasionado pela 
 
 
 
9 
interrupção ou malformação nas conexões cerebrais que ligam zonas 
anteriores (lobo frontal) com zonas mais posteriores (lobo parietal e occipital) 
do córtex cerebral. A partir do reconhecimento do problema, o diagnóstico 
fonoaudiológico deve ser realizado basicamente pela análise da linguagem nos 
níveis fonológico, morfológico, sintático e semântico. A fonoaudióloga poderá 
conduzir a avaliação audiométrica cujo objetivo é descartar possível défice 
auditivo. Os fonoaudiólogos, por seus conhecimentos e sua formação sobre 
linguagem e distúrbios de linguagem, estão cada vez mais envolvidos na 
identificação, na avaliação e no tratamento de indivíduos com distúrbios de 
leitura. Além disso, sua contribuição ao atender esses indivíduos está sendo 
pouco a pouco reconhecida por professores, pedagogos e psicólogos, sendo 
este um esforço de colaboração entre todos os profissionais envolvidos com 
distúrbios de linguagem. Conclusão: Os estudos evidenciaram a importância 
do fonoaudiólogo no tratamento da dislexia, justamente por serem os 
profissionais que lidam diretamente com os aspectos que a dislexia mais altera. 
No entanto também foi possível o reconhecimento da importância do trabalho 
da equipe multidisciplinar/ interdisciplinar de conhecer a dislexia, suas 
manifestações e o correto tratamento e intervenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
A INSERÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
 
Autores: Ituany da Costa Melo¹; Leandro Pereira de França; Roseane da Silva Lopes¹ 
Universidade Nilton Lins, AM 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
Introdução: No atual cenário de mudanças no sistema de saúde e nas 
Instituições de Ensino Superior (IES), a área da fonoaudiologia tem refletido 
sobre a formação profissional e a atuação no SUS, dialogando com outras 
áreas em busca de conhecimentos que possam referendar suas ações. Com a 
criação do SUS, os profissionais de fonoaudiologia puderam expandir sua 
atuação, para os diversos níveis de assistência à saúde nos diversos aspectos 
relacionados à comunicação humana. Embora os primeiros cursos de 
fonoaudiologia tivessem surgido na década de 1960, apenas em 1981 a 
profissão foi reconhecida pela Lei nº 6.965/81, a qual define, como 
competência do profissional habilitado, o desenvolvimento do trabalho de 
prevenção, no que se refere à área da comunicação escrita e oral, da voz e da 
audição. Objetivo: Realizar levantamento do que vem sendo produzido na 
literatura sobre a importância da inserção do fonoaudiólogo no Sistema Único 
de Saúde. Metodologia: Pesquisa de base bibliográfica, na qual foram 
pesquisados artigos completos, disponíveis online nos últimos anos, entre 2000 
a 2017, em duas bases de dados: Lilacs e Scielo. O descritor utilizado para tal 
pesquisa foi: “fonoaudiologia”, “SUS” e “fonoaudiologia e sus”. Foram excluídos 
os artigos duplicados, elegendo-se trabalhos com a temática descrita. Foi 
realizada a leitura na íntegra dos mesmos, norteada pela pergunta: “Qual a 
importância da inserção do fonoaudiólogo no sus?”. Após análise crítica, foram 
selecionados somente artigos que respondiam a questão norteadora do estudo. 
Resultados: Conforme ano de publicação, observa-se maior número de 
publicações a partir de 2010. Todos os artigos selecionados são norteados com 
base em estudos de casos e em comum a todos esses artigos pesquisados 
existe o fato de que o fonoaudiólogo que atua no SUS deve ser um generalista, 
capaz de identificar as questões fonoaudiológicas de maior relevância na sua 
 
 
 
11 
comunidade de abrangência, capaz de elaborar e efetivar ações que visem 
uma solução, adotando medidas preventivas sempre que possível. Também 
deve ser capaz de organizar um ambulatório de atendimento que se identifique 
com a sua unidade de saúde, visando sempre a qualidade no atendimento à 
população. O fonoaudiólogo, enquanto profissional de saúde, é um ator 
indispensável para promover a efetivação de direitos e na construção de 
políticas públicas em saúde que atendam as reais necessidades da população. 
Conclusão: De acordo com os artigos a inserção do fonoaudiólogo no sus é de 
suma importância, pois ele poderá atuar na prevenção eliminando fatores que 
interferem no âmbito da linguagem, fala e audição. Locado em caráter amplo e 
específicos, contribuindo com seus serviços na prevenção primária, 
secundária, terciária e atualmente é de grande valia nos núcleos de apoio à 
saúde da família. Ou seja, o fonoaudiólogo atende todos os segmentos da 
saúde: baixa, média e alta complexidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
A INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO NO CONTEXTO DA FORMAÇÃO DO 
FONOAUDIÓLOGO EM SALVADOR: NARRATIVAS DE DISCENTES 
 
Autores: Iam de Cerqueira Oliveira¹; Érica Guedes¹; Julia Escalda¹ 
1 - Universidade do Estado da Bahia, BA 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
Introdução: Os estágios supervisionados em Fonoaudiologia devem estar 
apoiados na integração ensino-serviço e buscar diminuir a dicotomia entre o 
ensino e a produção de cuidados, tendo como foco central o usuário. Além 
disso, deve também fomentar aos graduandos a vivência concreta da realidade 
do Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, pensar a formação 
acadêmica em Fonoaudiologia possibilita o desenvolvimento de 
conhecimentos, habilidades e atitudes relacionadas às ações individuais e 
coletivas de prevenção de riscos e doenças, promoção, proteção e reabilitação 
da saúde. Objetivo: Descrever como se dá o processo de comunicação e 
integração de uma clínica-escola no estado da Bahia com a Rede de Atenção à 
Saúde (RAS) de Salvador, na perspectiva de discentes de Fonoaudiologia. 
Métodos: O presente estudo é de caráter observacional descritivo, com 
abordagem qualitativa. Foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em 
Pesquisa da Instituição proponente, sob número CAAE: 
57888916.1.0000.0057. A amostra do estudo foi composta por 14 discentes do 
último semestre do curso de Fonoaudiologia de uma IES pública do estado da 
Bahia. Todos os participantes da pesquisa concordaram e assinaram o TCLE. 
Para coleta de dados foi realizada entrevista semiestruturada com os 
participantes, por meio de perguntas abertas e específicas sobre: o processo 
de comunicação da clínica-escola com os serviços públicos de saúde de 
Salvador e a importância dos estágios extracurriculares para a formação do 
Fonoaudiólogo. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas quanto 
ao conteúdo das falas dos participantes. Resultados: Os discentes narraram 
que: 1) a integração da clinica-escola com a RAS pouco existe, mesmo diante 
da mudança curricular realizada há pouco no curso da IES; 2) a falta de acesso 
 
 
 
13 
à rede de saúde do município de Salvador é um grave entrave para que se 
formalize o vínculo da clínica-escola com os demais serviços de saúde da rede; 
3) os usuários atendidos na clínica-escola são afetados pela ausência de 
integração com a RAS, pois, quando são realizados encaminhamentos, não é 
possível saber o fluxo de atendimento e se os mesmos retornarão para a 
clínica-escola; 4) a escassa comunicação acontece até mesmo com outros 
espaços de aprendizagem da própria IES; 5) a busca do serviço prestado na 
clínica-escola, muitas vezes, se dá porque o usuário não tem outra opção, o 
que evidencia um problema geral do sistema de saúde público; 6) um dos 
grandes avanços observados foram os convênios entre a IES e os hospitais da 
Rede Estadual; 7) o vínculo formal com o SUS precisa ser criado e isso 
depende do trabalho de toda a comunidade científica; 8) o estágio se faz 
importante na formação do discente, porém a carga horária excessivado curso 
de Fonoaudiologia é um dos obstáculos para possibilitar a realização de 
estágios extracurriculares. Conclusão: O processo de integração da clínica-
escola da referida instituição com a RAS de Salvador ainda é precária, o que 
evidencia a necessidade de maior articulação entre teoria e prática, integração 
entre instituições de ensino e sistema de saúde e diversificação dos cenários 
de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
A LEDTERAPIA: UMA NOVA CONCEPÇÃO NO TRATAMENTO E 
PREVENÇÃO DA MUCOSITE ORAL 
 
Autores: Ryan do Nascimento Duarte¹; Wigínio Gabriel de Lira Bandeira¹; Bernardo 
Coelho Pereira¹; Luís Augusto Lupato Conrado¹; Ana Karine Farias da Trindade 
Coelho¹ 
¹ Universidade Federal da Paraíba, PB 
 
Modalidade: comunicação oral 
 
Introdução: O câncer caracteriza-se por mais de 100 tipos de doenças que 
originam células de uma multiplicação desordenada que afetam tecidos e 
órgãos formando tumores. Um dos efeitos colaterais de seu tratamento é a 
mucosite oral, caracterizando-se pela decorrência de uma continuidade de 
eventos biológicos que iniciam na submucosa e atingem o epitélio da mucosa 
oral, podendo resultar em eritema e edema, associados à ulceração e 
descamação, gerando dor e desconforto, prejudicando a fala, a deglutição e a 
alimentação. O tratamento da mucosite com LED serve como suporte 
alternativo aos pacientes, funcionando como um método eficaz, que não 
provoca efeitos colaterais e traz vantagens como a diminuição dos níveis de 
dor e a hiperalgesia. Objetivo: Exibir a eficácia da LEDterapia em casos de 
mucosite oral desenvolvidos durante tratamentos antineoplásicos. Metodologia: 
Pesquisa no Portal de Periódicos Capes, de artigos publicados entre 2009 e 
2016, referentes ao uso da LEDterapia em pacientes com mucosite oral 
submetidos ao tratamento antineoplásico. Os descritores utilizados 
isoladamente ou em combinação, foram LED, phototherapy, Light-emitting 
diode e oral mucositis. Resultados: Foram encontrados 20 artigos, todos na 
língua inglesa, dos quais 7 tratavam diretamente sobre a efetividade da 
LEDterapia no tratamento da mucosite oral, 11 abordavam a mucosite oral 
induzida pelo tratamento antineoplásico e 2 foram excluídos por tratarem de 
outro tipo de terapia. Observou-se que ainda existem poucos artigos abordando 
a LEDterapia como método alternativo ao tratamento antineoplásico, porém, os 
artigos existentes confirmam que a mesma pode gerar uma melhora na 
 
 
 
15 
qualidade de vida aos pacientes que a ela submetem-se. Conclusão: Os 
estudos exibiram a LEDterapia como uma alternativa eficaz para auxiliar o 
tratamento antineoplásico, gerando a melhoria da qualidade de vida do 
paciente, sendo tais glórias garantidas sem efeitos colaterais, diminuindo a dor 
provocada através das lesões causadas pela mucosite oral ao paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS PARTICIPANTES DA III JORNADA 
ACADEMICA DE FONOAUDIOLOGIA 
 
Autores: Ana Carolina Dantas Medeiros¹; Elina de Oliveira Cunha¹; Erika Barioni 
Mantello¹; Joseli Soares Brazorotto
¹
 
¹Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
Modalidade: comunicação oral 
 
Introdução: A Jornada Acadêmica de Fonoaudiologia da UFRN (JAFON) 
surgiu com a consolidação do Curso de Fonoaudiologia da UFRN, 
representando um importante espaço de atualização de conhecimentos para 
graduandos e profissionais da Fonoaudiologia, além da produção de 
conhecimento científico na região. O evento é organizado pelo Centro 
Acadêmico Lourdes Bernadete (CALB) e Coordenação do Curso de 
Fonoaudiologia com o apoio do Departamento de Fonoaudiologia e do Centro 
de Ciências da Saúde. A proposta da JAFON é reunir a comunidade 
acadêmica, egressos, pós-graduandos, profissionais e demais interessados em 
aprofundar e discutir temas relevantes para a Fonoaudiologia e áreas afins. O 
evento dispõe de espaço para apresentação de trabalhos científicos, sob forma 
de pôster e/ou apresentação oral, com o intuito de divulgar os projetos de 
pesquisa, extensão, iniciação científica e outros trabalhos da comunidade 
científica regional, favorecendo a socialização do conhecimento produzido na 
universidade, e propiciando reflexões sobre novas propostas e a composição 
de novos saberes. Na edição da III JAFON em 2017, os trabalhados científicos 
e palestras apresentadas foram publicados em anais devidamente registrados 
com ISSN (International Standard Serial Number). A JAFON já é um marco 
tradicional do Curso de Fonoaudiologia da UFRN, inserido no calendário anual 
do curso, a exemplo do que já ocorre em outras instituições de ensino superior. 
Ampliando o acesso do estudante de Fonoaudiologia à educação continuada e 
proporcionamos aos estudantes de Fonoaudiologia a aquisição de 
conhecimentos e vivências em temas relevantes para a Fonoaudiologia, com 
enfoque nas necessidades e demandas acadêmicas e profissionais da região, 
 
 
 
17 
além de estimular o envolvimento do corpo discente e docente com as 
atividades do Centro Acadêmico de Fonoaudiologia. Objetivo: Avaliar a 
satisfação dos inscritos na III JAFON. Métodos: Os participantes da III JAFON 
foram convidados a responder, na semana seguinte ao evento, um questionário 
online sobre o mesmo. Tal questionário continha duas perguntas para 
caracterização da amostra, uma pergunta para descrição de opinião e cinco 
perguntas de múltipla escolha para avaliação da satisfação dos inscritos em 
relação ao evento de modo geral. Dos 236 inscritos convidados, 35 
participantes responderam o questionário online. Resultados: Dentre os 36 
respondentes, 26 (74,3%) eram estudantes de graduação, 5 (14,3%) 
estudantes de mestrado em Fonoaudiologia e 4 (11,4%) eram profissionais. 
Nos questionamentos sobre a opinião quanto ao evento, sobre a programação, 
20 (57,1%) responderam “bom”, 9 (25,7%) “excelente” e 6 (17,1%) “regular”; 
quanto aos temas abordados, 19 (54,3%) responderam “bom”, 9 (25,7%) 
responderam “excelente” e 7 (20%) responderam “regular”. A maioria dos 
estudantes considerou o conhecimento dos ministrantes em relação aos temas 
das atividades “excelente” (60%), seguido dos que acharam “bom” (34,3%) e 
“regular” (5,7%). Por fim, 94,3% disseram que indicariam a outras pessoas a 
participação neste evento. Conclusão: Conclui-se que os participantes da III 
JAFON que responderam o questionário de satisfação relataram, em sua 
maioria, opinião positiva e satisfação com relação aos temas, programação e 
palestrantes do evento. Palavras chaves: Fonoaudiologia; Satisfação; Evento; 
Jornada; opinião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
APRENDIZAGEM DA LINGUAGEM ESCRITA EM DEFICIENTES AUDITIVOS 
 
Ana Flávia de Sales Cândido¹; Bárbara Tayná Santos Eugênio da Silva¹; Juliana Maria 
Silva de Sousa¹; Débora Maria Evaristo Ferraz¹; Rayana Rodrigues Gonçalves 5 
¹ Universidade Federal da Paraíba, PB 
 
Modalidade: comunicação oral 
 
Resumo: o objetivo do presente artigo foi buscar na literatura científica 
informações que constatassem a aquisição e o desenvolvimento da linguagem 
escrita em deficientes auditivos. Trata-se de uma revisão integrativa da 
literatura, utilizando as bases de dados eletrônicas SCIELO e LILACS, 
extraindo artigos nacionais, dos últimos onze anos, publicados em português, 
resultando em uma amostra de 6 artigos e dois livros. Atualmente vem 
ocorrendo alterações nos processos educacionais para os surdos, tornando-se 
fundamental a inclusão destes nos diversos espaços socioculturais onde a 
Libras se constitui como língua de interlocução, colocando-os em diálogo com 
a linguagem escrita da língua portuguesa, sendo assim a realidade dos 
desafios enfrentados pelos deficientes auditivos no envoltório da aprendizagem 
da linguagem escrita é bem mais extensa do que imaginam, bem como a 
importância da família, daesfera acadêmica e do acompanhamento 
fonoaudiológico na concepção desta. Apesar de constatar necessidade de 
maiores estudos sobre tais assuntos, conclui-se que as alterações de 
interlocução da criança surda com o ouvinte e as experiências escolares 
errôneas deixam marcas na linguagem que interferem diretamente no processo 
de aprendizagem da língua escrita e da leitura tendo relação ainda com os 
contextos socioculturais em que o paciente em questão está inserido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA REABILITAÇÃO DA DISFAGIA APÓS 
O TRATAMENTO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO: Uma Revisão 
Sistemática da Literatura 
 
Honória Honorato de Souza Neta¹; Álef Matheus Ferreira de Paulo¹; Mychelle Jeniffer 
dos Santos Souza Ferreira¹; Raphaela de Lima Cruz¹ 
¹ Centro Universitário de João Pessoa, PB 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
Introdução: O câncer de cabeça e pescoço (CCP) inclui uma variedade de 
tumores que acometem a cavidade oral, faringe, laringe, cavidade nasal, seios 
paranasais, tireóide e glândulas salivares. As principais modalidades de 
tratamento para as neoplasias de cabeça e pescoço são a cirurgia, a 
radioterapia e a quimioterapia, isoladas ou associadas. As possibilidades de 
preservar a fala, a voz, a mastigação e o mecanismo de deglutição são sempre 
consideradas pela equipe multidisciplinar que está envolvida com o paciente, e 
o fonoaudiólogo é o profissional responsável pela reabilitação dessas funções. 
A disfagia decorrente do tratamento do CCP quando avaliada e tratada 
prontamente, permite uma reabilitação mais eficiente e segura, restabelecendo 
o aspecto nutricional, a saúde pulmonar e a qualidade de vida. Objetivo: 
Investigar a atuação fonoaudiológica na reabilitação da disfagia após o 
tratamento do câncer de cabeça e pescoço. Métodos: Pesquisa de caráter 
teórico, bibliográfica, de tipo exploratória e abordagem quantitativa. Foi 
realizada uma seleção e análise de publicações que possuíam como 
descritores os termos: Fonoaudiologia, Disfagia e Câncer de Cabeça e 
Pescoço (CCP). Consideraram-se apenas os trabalhos disponíveis 
gratuitamente on-line, em línguas portuguesa, publicados na plataforma Scielo, 
Pubmed, Medline e Lilacs, entre os anos 2012 e 2016. A qualidade dos estudos 
foi avaliada de acordo com um conjunto padronizado de critérios, como serem 
publicados na íntegra de modo que a qualidade metodológica do estudo 
poderia ser avaliada em conjunto com os resultados; publicados em base de 
dados gratuita e que tivessem a combinação dos três descritores. Resultados: 
 
 
 
20 
Foram identificados quinze estudos relacionados ao tema, porém três foram 
excluídos por não estarem completos e por não relatarem a Fonoaudiologia na 
reabilitação da disfagia no CCP. Dessa forma, doze foram incluídos nesse 
estudo, sendo sete abordando que a intervenção fonoaudiológica proporcionou 
de maneira satisfatória a melhora dos indivíduos disfágicos e os demais 
relatam além da redução da sintomatologia da disfagia, refletiu 
significativamente sobre a perda de apetite, odinofagia e xerostomia. Onde, 
86% dos estudos relataram que a reabilitação fonoaudiológica é eficiente e 
contribui para a evolução positiva do paciente. Conclusão: Ante o exposto, fica 
evidenciado nesse estudo que a atuação fonoaudiológica na reabilitação da 
disfagia após o tratamento do câncer de cabeça e pescoço é extremamente 
eficaz para as manifestações das alterações provocadas pelo pós tratamento 
do CCP e proporciona uma melhor qualidade de vida para o indivíduo portador 
de tal patologia. É necessário então, difundir junto aos profissionais de saúde a 
necessidade da discussão de temas relacionados e da realização de maiores 
investigações para aperfeiçoar atuação fonoaudiológica na equipe 
multidisciplinar junto ao paciente com CCP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA REABILITAÇÃO VESTIBULAR: 
RELATO DE EXPERIÊNCIA 
 
Darllyana Thamyres Paulino Venancio¹; Laiane Gomes da Silva¹; Annacarla Carvalho 
Alves de Lima¹; Janaina Benício Marques¹; Karla Cybelle Bezerra Cavalcanti 
Alcoforado¹ 
¹ Centro Universitário de João Pessoa, PB 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
Introdução: A reabilitação vestibular vem sofrendo grande expansão dentro da 
fonoaudiologia, A reabilitação tem como objetivo rever a função de equilíbrio ou 
torná- lo próximo do normal, permitindo que o paciente novamente execute os 
movimentos que realizava antes do distúrbio vestibular, reintegrando o mesmo 
as atividades diárias. A Reabilitação Vestibular tem por finalidade orientar a 
execução de exercícios que, através de estímulos repetitivos, provocarão 
habituação das vias responsáveis pelos sintomas apresentados. Muitas vezes, 
torna-se difícil para o profissional das áreas correlacionadas, entender o que é 
e quando encaminhar para reabilitação. Muitos pacientes chegam a clinica 
escola com fortes tontura e/ou vertigem, associado de náuseas, e ao passar do 
tempo podemos perceber e escutar dos próprios pacientes uma melhora 
significativa, a habituação desse processo ocorre de forma gradativa no 
entanto o relato desses pacientes é muito positivo. A reabilitação acontece em 
grupo, então os pacientes costumam falar sobre seu processo de melhora, 
geralmente se ajudam, alguns pacientes que estão com crises fortes sentem 
mais vontade de continuar ao ouvir o depoimento de pacientes que já 
apresentam um quadro de evolução bem significativo. Iniciamos com exercícios 
mais simples, com o de estabilização do olhar e a cada sessão aumentamos o 
nível dos exercícios de treino de marcha com rotação sobre o eixo axial, outro 
exercício realizado são os de estimulação da orgnização sensorial, provendo 
informações sensoriais conflituosas ou privação sensorial associadas a 
movimentos de tronco e de rotação de cabeça. Sempre no final do atendimento 
realizamos orientações sobre a importância da realização do exercícios 
 
 
 
22 
passados para casa, pois o nosso objetivo é que a habituação ocorra de 
maneira eficaz e adequada. Objetivo: descrever a experiência das estagiárias 
do curso de fonoaudiologia no projeto de extensão de reabilitação vestibular. 
Material e método: as acadêmicas do curso de fonoaudiologia participaram do 
projeto de reabilitação vestibular, no período de agosto a dezembro de 2016. O 
projeto de extensão ocorreu no setor de audiologia da clinica escola de 
fonoaudiologia do UNIPÊ, na cidade de João Pessoa-PB. Inicialmente foi 
realizado a seleção dos prontuários de pacientes que realizaram a anamnese, 
como também o exame de vectoeletronistagmografia na clínica escola do 
UNIPÊ que apresentaram características de labirintopatias. Em seguida foi 
aplicado aos pacientes que são chamados para reabilitação vestibular a 
anamnese e um questionário, pois em seguida foram elaboradas e aplicadas 
diferentes atividades de acordo com as necessidades levantadas. Para 
realização das atividades, ou seja, exercícios para reabilitação vestibular foi 
utilizado um livro cujo o nome é condutas na vertigem. Resultado: O processo 
de assistência fonoaudiológica aos indivíduos com labirintopatias ainda está 
acontecendo. Conclusão: O projeto de extensão ainda está em andamento, 
mas há relatos de pacientes com melhoras nos sintomas de tontura após a 
realização da reabilitação vestibular, além disso essas melhoras também são 
observadas através da aplicação do DHI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO INDIVÍDUO COM FISSURA 
LABIOPALATINA JÁ REPARADA: REVISÃO DE LITERATURA 
 
Honória Honorato de Souza Neta¹; Nilmara Thalita Alves Araújo¹; Shoyama Nadja da 
Silva Franco e Santos¹ 
¹ Centro Universitário de João Pessoa, PB 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
Introdução: As fissuras labiopalatinas são resultados das malformações que 
correspondem à falta de fusão entreos processos faciais embrionários, 
estabelecidas precocemente na vida intrauterina, mais precisamente até a 
décima segunda semana gestacional. Com extensão variada, podendo 
comprometer o lábio e palato, de forma isolada ou associada a uma síndrome. 
Sabe-se que para o tratamento adequado é necessário a atuação de uma 
equipe multidisciplinar, visando a reestruturação de suas funções e da inserção 
do fissurado no convívio social, para tal, enfocamos a atuação fonoaudiológica, 
que tem papel importante antes e após a realização das cirurgias ortodônticas 
de correção das fissuras. O tratamento deverá ser iniciado com cirurgias 
plásticas primárias reparadoras, denominadas de queiloplastia e palatoplastia. 
O fonoaudiólogo deverá procurar restabelecer as funções estomatognáticas 
(fala sucção, mastigação, deglutição e respiração) e atuar nas áreas da 
linguagem, voz e audição, quando alteradas. Objetivo: Investigar a atuação 
fonoaudiológica no indivíduo com fissura labiopalatina. Métodos: Pesquisa de 
caráter teórico, bibliográfica, de tipo exploratória e abordagem quantitativa. Foi 
realizada uma seleção e análise de publicações que possuíam como 
descritores os termos: Fonoaudiologia e Fissura Labiopalatina. Consideraram-
se apenas os trabalhos disponíveis gratuitamente on-line, em línguas 
portuguesa, publicados na plataforma Scielo, Pubmed, Medline e Lilacs, entre 
os anos 2014 e 2016. A qualidade dos estudos foi avaliada de acordo com um 
conjunto padronizado de critérios, como serem publicados na íntegra de modo 
que a qualidade metodológica do estudo poderia ser avaliada em conjunto com 
os resultados; publicados em base de dados gratuita e que tivessem a 
 
 
 
24 
combinação dos três descritores. Resultados: Foram identificados quinze 
estudos relacionados ao tema, porém seis foram excluídos por não estarem 
completos e por não relatarem a Fonoaudiologia na fissura labiopalatina. Dessa 
forma, nove foram incluídos nesse estudo, sendo três abordando a atuação 
multidisciplinar com eficácia no tratamento em indivíduos com fissura 
labiopalatina e os demais relatam os resultados positivos das cirurgias 
ortognáticas e da atuação do profissional fonoaudiólogo, onde estes relatam 
que mesmo após a correção cirúrgica permanecem alterações principalmente 
de fala, que a tornam prejudicada quanto aos aspectos de articulação e 
ressonância. Conclusão: Foi visto que, as alterações persistentes após as 
cirurgias ortognáticas em indivíduos com fissura labiopalatina tem uma melhora 
significativa quando houve uma intervenção fonoaudiológica. Diante disso, é 
notável a necessidade do conhecimento da importância e do papel que o 
fonoaudiólogo desempenha nesses casos, e consequentemente a busca por 
esses tratamentos sejam melhores, garantindo assim, uma melhor qualidade 
de vida para os indivíduos fissurados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
BEM-ESTAR PSÍQUICO E SOCIAL DO INDIVÍDUO COM 
SUPERDOTAÇÃO/ALTAS HABILIDADES NO CONTEXTO FAMILIAR E 
ESCOLAR 
 
Autora: Nancy Sotero¹ 
¹ Universidade Federal da Paraíba, PB 
 
Modalidade: comunicação oral 
 
Introdução: A temática da superdotação é permeada de mitos e definições 
inverossímeis acerca das características e desempenho destes indivíduos. A 
falta de informações sobre suas reais características pode ser fonte de 
sofrimento e conflitos psíquicos devido à carga de pressão e expectativas 
trazidas pela estigmatização destes termos, principalmente pela escola e a 
família. Objetivos: buscou-se identificar fatores que mais influenciam no bem-
estar psíquico e social do indivíduo com altas habilidades/superdotação. 
Métodos: foi realizada uma revisão integrativa com busca pelos termos 
“superdotação” e “altas habilidades”, sendo incluídos artigos publicados entre 
os anos de 2011 e 2016 em língua portuguesa e inglesa, havendo análise de 
dezessete dos artigos encontrados. Discussão: Altas habilidades ou 
superdotação (AH/SD) podem ser compreendidas como um fenômeno 
multidimensional no qual são agrupadas características cognitivas, afetivas, 
psicomotoras e de personalidade em uma pessoa que apresenta um 
desempenho superior à média esperada para o grupo de mesma faixa etária. 
Sua ocorrência se dá pela interação entre três fatores: habilidade acima da 
média, motivação e criatividade. A OMS estima que 3,5% a 5% da população 
tenha desempenho acima da média, somando cerca de oito milhões de 
brasileiros em 2007. Esses alunos possuem Necessidades Educacionais 
Especiais uma vez que precisam de adaptações curriculares e do emprego de 
estratégias pedagógicas alternativas. A legislação brasileira assegura que o 
sistema regular receba esses alunos e os direcione para o atendimento nas 
Salas de Recursos Multifuncionais. As características e especificidades 
apresentadas pelas crianças com AH/SD constituem uma tendência ao 
 
 
 
26 
confrontamento com fontes de risco do desenvolvimento socioemocional. A 
cobrança exacerbada do alto desempenho em suas atividades com 
insatisfação dos pais podem também comprometer seu bem-estar psicológico. 
A desinformação sobre as características manifestadas nas AH/SD leva a uma 
associação entre a superdotação e tipos de personalidade neurótica, narcisista 
e histriônica, além de uma série de distúrbios, que não tem necessariamente 
relação com este fenômeno. O risco de bullying contra crianças com deficiência 
e/ou necessidade educacionais especiais chega a ser o triplo comparado a 
crianças com desenvolvimento típico, já que o alvo do bullying costuma ser 
diferenças individuais entre as crianças. Conclusão: Boa parte das 
adversidades sofridas pelos indivíduos com AH/SD é provocada pela 
inabilidade de nossa sociedade para lidar com a diferença, repudiando, 
excluindo e se fechando para os conhecimentos que poderiam corrigir os 
preconceitos incutidos no consenso geral. A solução para reduzir a 
discriminação está na informação, na propagação de conhecimentos 
verdadeiros sobre cada estas situações, promovendo o respeito a cada tipo de 
vivência individual e de grupo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
CARACTERIZAÇÃO DA TRIAGEM AUDITIVA EM BEBÊS COM MICROCEFALIA 
(REVISÃO SISTEMÁTICA) 
 
Cristian Luan da Silveira Macena¹; Laiane Gomes da silva¹; Caroline Souza de Abreu¹; 
Karla Cybelle Bezerra Cavalcanti Alcoforado¹ 
¹ Centro Universitário de João Pessoa, PB 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
Introdução: A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro não se 
desenvolve de maneira adequada,apresentando alterações biológicas, tornando-se 
possível apresentar alterações audiológicas Por estar incluídos no grupo dos sujeitos 
com Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva (IRDA) é necessáriaa realização 
da Triagem Auditiva Neonatal (TAN) onde serárecomendada a realização do exame 
de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOE) e o Potencial Evocado Auditivo de Tronco 
Encefálico (Peate).Objetivo: Descrever os resultados da triagem auditiva 
neonatal(TAN) em bebês com diagnóstico de microcefaliaassociado ou não ao zika 
vírus.Métodos: Foi realizado um levantamento bibliográficode artigos nas bases de 
dados SCIELO, LILACS,EBSCOhost e anais de congressos que discutem a relação da 
audição em bebês com microcefalia. Os estudos foram restritos do Brasil, com data 
entre 2011 à 2017. Resultados: Foi encontrado apenas um artigo e quatros anais de 
congresso que destacava os exames audiológicosem bebês com microcefalia.O artigo 
relatou sobre alteração na condução acústica em dois bebês com microcefalia. No 
outo estudo participaram da pesquisa 17 bebês que nasceram com microcefalia, 
apenas 4 não passaram no teste de emissões otoacústica transiente, no reteste 2 
bebês passaram e os outros 2 bebês restantes continuaram com o resultado de falha 
no diagnóstico audiológico. Emoutra pesquisa foi realizado o exame de PEATE em 12 
bebês,quando 9 apresentaram PEATE dentro dos padrões de normalidade para a 
idade e três com alteração bilateral, sendo cinco orelhas com ausência de respostas à 
100 dBnHl e uma com limiar eletrofisiológico em 70dBnHl. Dentre os lactantes que 
apresentaram alteração no PEATE, três apresentam uma síndrome específica. 
Conclusão: Apesar da microcefalia ser uma fator de risco para perda auditiva de 
acordo com as diretrizes de estimulação precoce, não houve um alto índice de 
alteração audiológicas nos lactantes. 
 
 
 
 
28 
DISCUSSÃO E CONTEXTO DO RECONHECIMENTO DA 
NEUROPSICOLOGIA COMO ESPECIALIDADE DA FONOAUDIOLOGIA 
 
Autores: Nancy Sotero¹; Francisco Tiago Meireles da Silva¹; Renato Jônatas da Silva 
Araújo¹ 
¹ Universidade Federal da Paraíba, PB 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
Introdução: A Neuropsicologia e a Fonoaudiologia se aproximam em diversos 
âmbitos na área de atuação (na esfera teórica e/ou na clínica) e, dessa forma, é 
presumível a interseção entre as mesmas. Em 2014 ocorreu a criação e 
regulamentação da especialidade de Neuropsicologia em Fonoaudiologia pelo 
Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) por meio da resolução nº 466 de 22 
de janeiro de 2015. O fonoaudiólogo especialista tem seu trabalho voltado para a 
relação entre as funções cognitivas e o processamento de estímulos auditivos, 
vocais, linguísticos e sensoriomotores orais, atuando com pacientes de todas as 
faixas etárias que apresentem disfunções neurológicas. Objetivo: Objetiva-se por 
meio deste trabalho descrever o processo de criação da especialidade de 
Neuropsicologia em Fonoaudiologia, detalhar o conteúdo das discussões e 
argumentos norteadores deste processo e levantar a contribuição teórica 
interdisciplinar produzida pela classe. Método: Fez-se um levantamento de cunho 
bibliográfico das etapas do processo de reconhecimento das novas especialidades 
por meio de análise das resoluções e pareceres, além de notícias e reportagens 
publicados pela CFFa e pelos Conselhos Regionais. Resultados: Após o 
levantamento, verificou-se que o processo de reconhecimento da especialidade 
durou de janeiro de 2012 a setembro de 2014, iniciando com discussões sobre a 
necessidade da criação de novas especialidades e realização de estudos técnicos 
de cada área sugerida. Foram elencadas quatro áreas e após isso, foi feita 
consulta pública, por meio de um formulário online, aos profissionais sobre a 
criação das novas especialidades, que obteve 81% dos votos favoráveis. 
Conclusão: Conclui-se que a criação da especialidade era de fato uma 
necessidade da categoria, o que pode ser atestado por meio dos documentos 
levantados e pela resposta dos profissionais à questão abordada. 
 
 
 
29 
DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM EM CRIANÇAS AUTISTAS 
 
Autores: Ana Flávia de Sales Cândido¹; Juliana Maria Silva de Sousa¹; Débora Maria 
Evaristo Ferraz¹; Rayana Rodrigues Gonçalves¹; Ruama Pereira Nunes¹ 
¹ Universidade Federal da Paraíba, PB 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
O autismo é definido como um distúrbio congênito do comportamento que se 
manifesta durante a infância. É marcado por uma alteração qualitativa, de 
gravidade variável, das interações sociais da comunicação verbal e não-verbal. 
O objetivo buscar na literatura cientifica informações que constatem 
correlações entre os distúrbios da linguagem e os transtornos do espectro 
autístico. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando as bases 
de dados eletrônicas SCIELO e LILACS, extraindo artigos nacionais, dos 
últimos dez anos, publicados em português, resultando em uma amostra de 8 
artigos. A Revista Pró-Fono e a Revista da Sociedade Brasileira de 
Fonoaudiologia foram as que mais publicaram sobre o assunto. O autismo é 
um transtorno que se manifesta durante a infância, apresentando diversos 
sintomas, como os quais, alterações da comunicação verbal e não-verbal, nas 
interações afetivas e sociais e entre outros, o seu diagnóstico é dado, 
principalmente, por exames comportamentais, observações clínicas e 
investigação por meio familiar, sendo o seu tratamento voltado no trabalho 
intensivo na aquisição das capacidades comunicativas e por meio de remédios. 
Conclui-se então que crianças portadoras de autismo apresentam grandes 
dificuldades de interação através da linguagem e necessitam de uma 
intervenção precoce para desenvolver tais habilidades, sendo o fonoaudiólogo 
o profissional mais habilitado para intervir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
EFEITOS DA QUIMIOTERAPIA E SUAS IMPLICAÇÕES NA AUDIÇÃO 
 
Autores: Ryan do Nascimento Duarte¹; Wigínio Gabriel de Lira Bandeira¹; Bernardo 
Coelho Pereira¹; Luís Augusto Lupato Conrado¹; Ana Karine Farias da Trindade 
Coelho Pereira¹ 
¹ Universidade Federal da Paraíba, PB 
 
Modalidade: comunicação oral 
 
Introdução: Câncer é a nomenclatura atribuída às neoplasias, que são 
patologias estimuladoras do crescimento desordenado de células malignas, 
capazes de dissipar-se para qualquer outra região do corpo, atingindo tecidos e 
órgãos. O tratamento antineoplásico geralmente ocorre através da radio e/ou 
quimioterapia, estas podem gerar uma série de efeitos colaterais provocados 
pela radiação ou pelos quimioterápicos. Alguns quimioterápicos são ototóxicos, 
propriedade que danifica diretamente as células ciliadas na cóclea, o vestíbulo 
e a estria vascular, podendo causar uma perda auditiva do tipo sensorioneural. 
É de suma importância que os profissionais da área da saúde, especialmente 
os otorrinolaringologistas, tenham conhecimento acerca do assunto para que 
possam identificar a perda auditiva ou sintoma vestibular e: identificar o 
fármaco causador dos sintomas; eliminar ou atenuar os efeitos ototóxicos 
através da substituição ou diminuição da droga; estar alerta quando estiver 
tratando de pacientes que já foram submetidos ao tratamento com drogas 
ototóxicas. Objetivo: Informar sobre os principais fármacos utilizados na 
quimioterapia envolvidos com a perda auditiva e mostrar a ototoxicidade como 
assunto ignorado. Metodologia: Pesquisa de artigos publicados entre 2011 e 
2016, no Portal de Periódicos CAPES e em outros sites de pesquisa 
acadêmica, referentes ao uso de quimioterápicos ototóxicos em pacientes 
submetidos ao tratamento antineoplásico. Os descritores utilizados 
isoladamente e em combinação, foram: cancer, chemotherapy, ototoxic e 
ototoxicity. Resultados: Foram encontrados 9 artigos, um em português, um 
em alemão e os outros em inglês, que abordavam diretamente os efeitos da 
utilização de quimioterápicos ototóxicos em seres humanos ou em animais. 
 
 
 
31 
Não foram empregados 8 artigos pelo fato de tratarem isoladamente de 
quimioterápicos ototóxicos, abordando principalmente a cisplatina que é o 
fármaco mais utilizado. Os artigos analisados expuseram os efeitos colaterais 
dos quimioterápicos ototóxicos, mostrando que estes podem provocar perdas 
auditivas momentâneas ou permanentes como resultados indesejados 
advindos juntamente aos danos corporais causados pelo tratamento. Os 
principais quimioterápicos ototóxicos utilizados são: oxaliplatina, quimina, 
salvarsan, tiossulfato de sódio, cisplatina, carboplatina, gentamicina, sulfato de 
canamicina, nitrogênio mostarda, 6-amino-nicotinamida, vincristina, 
altadifluorometilortinina, diclorometrotexato, lonidamina e alguns tipos de 
polifenóis. Embora que os profissionais de saúde estejam cientes de que a 
ototoxicidade pode acometer qualquer paciente o mais interessante é a 
realização de testes avaliativos em pacientes: com alteração da função renal; 
que se submeterão a altas doses ou a um tempo prolongado de uso de 
ototóxicos; com perda auditiva ou disfunção vestibular prévia, principalmente se 
tiver sido ocasionada pela utilização de ototóxicos; neonatais ou com mais de 
65 anos. Conclusão: Os artigos trouxeram uma forte realidade que ainda é 
ignorada não possuindo a devida visibilidadepara que seja demonstrada a alta 
relevância que este assunto tem no tratamento antineoplásico, podendo assim, 
melhorar o tratamento, expondo de forma verdadeiramente explicita tais efeitos 
colaterais aos pacientes, que normalmente não são informados em relação aos 
mesmos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
ELETROESTIMULAÇÃO APLICADA A PACIENTES PORTADORES DE 
PARKINSON COM DISFAGIA OROFARÍNGEA LOGOPÉDICA- REVISÃO 
INTEGRADA 
 
Autores: Eriberto da Silva Costa Junior¹; Anderson Gonçalves Fernandes²; Raí dos 
Santos Santiago³ 
¹ Faculdade Redentor, RJ; ² Universidade do Estado da Bahia, BA; ³ Universidade 
Federal do Espírito Santo, ES 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
Objetivo: evidenciar os efeitos da aplicação da eletroestimulação em pacientes 
portadores do Parkinson com disfagia orofaríngea logopédica, por meio de 
revisão integrativa. Método: a partir da análise de publicações encontradas 
com os descritores “Deglutition disorders, electrostimulation, Parkinson's”. 
Considerou-se os trabalhos na íntegra, gratuitos, publicados a partir do ano de 
2010 nas bases de dados PubMed, Medline e LILACS. Resultados: foram 
encontrados 17 artigos que após passarem por critérios de inclusão e exclusão, 
apenas 03 permaneceram para análise. Dois dos artigos analisados dividiram 
seus integrantes em dois grupos, um que comportava pacientes com disfagia 
orofaríngea logopédica e portadores da Doença de Parkinson (DP) em que 
recebiam estimulação elétrica de superfície (SES), variando os eletrodos em 3 
posições diferentes e terapia tradicional da disfagia, e outro, de pacientes com 
mesmo acometimento anteriormente descrito, porém, receberam apenas 
terapia tradicional da disfagia ambos na região de cabeça e pescoço. O outro 
estudo utilizou três grupos distintos sendo, um com indivíduos portadores de 
DP e disfagia orofaríngea logopédica com terapia tradicional de disfagia e SES, 
outro com o mesmo acometimento anteriormente descrito, porém, recebeu 
apenas terapia tradicional de disfagia, e um último grupo de indivíduos 
saudáveis. Todos os grupos foram tratados em um período que variou de 15 
dias a 3 meses com sessões diárias. Após os períodos de tratamento pode-se 
visualizar uma melhora significativa em ambos os grupos tratados com SES 
descritos nos estudos, todavia, não foram notadas diferenças significativas 
 
 
 
33 
entre os grupos dos estudos. Expondo que os resultados no grupo de 
indivíduos portadores de DP foram semelhantes ao grupo saudável e ao grupo 
tratado apenas com SES, indicando melhora em funções corticais e encefálicas 
(voluntárias e involuntárias), responsáveis pela deglutição. Os estudos 
analisados concluem que são necessárias mais pesquisas para avaliar o 
potencial terapêutico e o mecanismo da SES e seus efeitos nas vias neurais 
envolvidas na função da deglutição, salienta-se que o mecanismo da SES 
apesar de ser uma prática eficaz, não substitui a terapia convencional, e nem 
foi esse o intuito dos estudos, porém, sim, de mostrar um modelo terapêutico 
complementar àquele. Conclusão: Os estudos apontam que pacientes com 
disfagia orofaríngea logopédica, portadores da Doença de parkinson, obtiveram 
uma melhora significante com a terapia convencional complementada do uso 
do mecanismo de eletroestimulação muscular (NMES), comprovados através 
dos exames de avaliação endoscópica de fibra óptica de deglutição (FEES) e 
videofluoroscopia de deglutição (VSF). Revelando a eficácia do uso de terapia 
complementar além da terapia tradicional, e dando ênfase para a elaboração 
de mais estudos científicos nesta área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
IMPORTÂNCIA DO TESTE DA LINGUINHA PARA PREVENIR 
ALTERAÇÕES OROFACIAIS E DESMAME PRECOCE 
 
Autores: Laiane Gomes da Silva¹; Ruth Lopes do Nascimento¹ 
¹ Centro Universitário de João Pessoa, PB 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
Introdução: O teste da linguinha é importante para o diagnóstico e tratamento 
precoce das limitações dos movimentos da língua devido à anquiloglossia (frênulo 
curto), causadas pela língua presa que podem comprometer as funções exercidas 
pela língua como, por exemplo: sucção, mastigação, deglutição e fala. O frênulo 
lingual é uma prega mediana de túnica mucosa que conecta a língua ao assoalho 
da boca, permitindo sua parte anterior mover-se livremente. É importante ressaltar 
que os bebês com alterações nessa pregada língua podem apresentar dificuldades 
para sugar, o que afeta tanto o bebê quanto a mãe. Os problemas mais percebidos 
incluem dificuldades na pega, dor no seio materno, e sinais de insatisfação do 
bebê, como alimentação freqüente ou continua geralmente com agitação. 
Objetivo: descrever a importância de implantar o teste da linguinha nas 
secretarias de saúde do município com a finalidade de prevenir alterações de 
alimentação e fala em neonatos e crianças, além de realizar um apanhado das 
principais alterações que o frênulo lingual encurtado pode provocar nos neonatos e 
crianças. Metodologia: foram selecionados artigos para revisão bibliográfica no 
período de 2012 a 2017 através da base de dados de Bireme, Lilacs e revista 
CEFAC. Foram selecionados estudos que retratavam a importância do teste da 
linguinha em neonatos e crianças. Resultados: o teste da linguinha é muito 
importante para diagnosticar alterações no frênulo lingual e consequentemente 
evitar imprecisão articulatória, limitação do movimento lingual, protusão de língua 
com formação de um coração no seu ápice, língua com postura no assoalho da 
boca, dificuldade de sucção, mastigação ineficiente, deglutição alterada e distorção 
ou troca de fonema. Conclusão: mesmo diante da escassez de trabalhos nessa 
área é importante enfatizar que os artigos estudados mostram que diagnostico 
precoce torna-se um importante caminho para prevenção de problemas de 
amamentação e alterações orofaciais. 
 
 
 
35 
O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA LIGA ACADÊMICA DE 
FONOAUDIOLOGIA FORENSE DA BAHIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA 
 
Autores: Anderson Gonçalves Fernandes¹; Flávia Pereira Caraíbas¹; Eriberto da Silva 
Costa Júnior² 
¹ Universidade do Estado da Bahia, BA; Faculdade Redentor, RJ 
 
Modalidade: comunicação oral 
 
Objetivo: Relatar as contribuições resultantes da experiência de implantação 
da Liga Acadêmica de Fonoaudiologia Forense da Bahia (LAFFOR-BA). 
Método: O processo de criação da LAFFOR-BA está sendorealizado por 12 
acadêmicos de fonoaudiologiada Universidade do Estado da Bahia (UNEB), 
sob a orientação de uma professora fonoaudióloga da faculdade e cooperação 
de uma fonoaudióloga perita. Para tanto, os estudantes estão promovendo 
reuniões periódicas para planejar todo o processo e estão embasando-se na 
experiência de participação dos membros em outras ligas, e também pelas 
contribuições da LAFFOR- GO. Resultados: A liga visa complementar a 
formação acadêmica, por meio de atividades que atendam os princípios do 
tripé universitário de ensino, pesquisa e extensão. O campo da fonoaudiologia 
na ciência forense é amplo, porem desconhecido por muitos. Tal fato 
impulsionou os estudantes a idealizarem a criação de uma liga acadêmica no 
sentido de preencher essa lacuna. Inicialmente, as reuniões tiveram como foco 
o estudo sobre a área da Fonoaudiologia Forense, a discussão sobre o tema 
com base nos materiais oferecidos pela LAFFOR-GO, o entendimento sobre os 
princípios de uma Liga Acadêmica, as etapas necessárias para a sua criação e 
a construção do estatuto. O estudo sobre a área possibilitou aos participantes 
uma introdução ao conhecimento sobre a Fonoaudiologia Forense, o que 
aumentou a motivação de todos os envolvidos. As pesquisas e discussões 
acerca da função de uma liga acadêmica, do seu funcionamento e do que é 
necessário para a sua implantação muniu os estudantes para dar os passos 
seguintes. A procura de um orientador foi difícil, exatamente pornão haver, na 
Universidade, professores que trabalhem na área da Fonoaudiologia Forense. 
 
 
 
36 
Assim, o convite foi realizado e aceito por uma professora que apresenta 
experiência em voz e expressividade. A continuação do processo se deu com 
as reuniões para a criação do estatuto. O ultimo passo necessário para a 
implantação da liga é a oficialização por meio dos trâmites burocráticos da 
Universidade, que serão realizados para que as atividades da liga possam ser 
validadas. Ao fim desse processo, a LAFFOR – BA se tornará a segunda Liga 
Acadêmica de Fonoaudiologia Forense do Brasil, pioneira na região nordeste, e 
única da área de ciências forenses da Bahia. Conclusão: Diante do exposto, é 
possível afirmar que a criação de uma liga está relacionada a uma postura 
proativa e autônoma dos estudantes no processo de formação. Além disso, a 
discussão sobre a criação da liga aponta para o potencial da LAFFOR-BA em 
possibilitar o ensino, pesquisa e extensão no que tange a fonoaudiologia 
forense, frente às limitações causadas pelo déficit de componentes curriculares 
destinados à perícia fonoaudiológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
PRÁTICAS EDUCATIVAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE OFICINAS 
REALIZADAS POR DISCENTES DO CURSO DE FONOAUDIOLOGIA 
 
Autores: Érica Guedes¹; Iam de Cerqueira Oliveira¹; Júlia Escalda¹ 
¹ Universidade do Estado da Bahia, BA 
 
Modalidade: comunicação oral 
 
Introdução: O trabalho em grupo, na forma de oficinas, possibilita a quebra da 
tradicional relação vertical que existe entre o profissional da saúde e o sujeito 
da sua ação. É uma estratégia facilitadora da expressão individual e coletiva 
das necessidades, expectativas, circunstâncias de vida e determinantes sociais 
que influenciam a saúde. O espaço grupal, mediado pelo diálogo, possibilita a 
construção coletiva de novos saberes em Fonoaudiologia por meio do encontro 
da reflexão com a ação. Objetivo: Relatar o percurso metodológico da 
construção de oficinas realizadas no projeto de monitoria de ensino da 
disciplina “Práticas Educativas e Saúde” realizado em uma Instituição de 
Ensino Superior (IES) pública do estado da Bahia em 2017. Metodologia: 
Trata-se de relato de experiência acerca do processo de desenvolvimento e 
realização de oficinas de Educação e Saúde voltadas para discentes do curso 
de Fonoaudiologia. Para construção das oficinas, iniciou-se a mediação da 
fundamentação teórica pela docente responsável pelo no componente 
curricular. Nessa etapa foram abordados conceitos e práticas da Educação e 
Saúde no campo da Fonoaudiologia, baseados nos pressupostos teóricos da 
educação crítica freiriana. Em seguida, foram realizadas oficinas em sala de 
aula, mediadas pela docente e pelos monitores de ensino da disciplina, com o 
foco na vivência pelos estudantes de práticas horizontais. Na terceira etapa, os 
graduandos do componente curricular do 3° semestre discutiram sobre o 
público-alvo e optaram por realizar as práticas com os dois primeiros semestres 
do curso. Em uma roda de conversa com discentes do 1o e 2o semestres 
verificaram, então, os interesses e demandas dos mesmos. Dessa forma, o 
planejamento das oficinas foi voltado para as diferentes áreas do campo da 
 
 
 
38 
Fonoaudiologia. O processo foi finalizado com uma avaliação geral das 
oficinas, os resultados alcançados e a produtividade das discussões realizadas. 
Resultados: Os grupos de trabalho dos graduandos resultaram em 10 
dinâmicas de grupo sobre temas nas diferentes áreas da fonoaudiologia, a 
saber: voz, audiologia, linguagem, motricidade orofacial e cervical e 
fonoaudiologia forense. Os estudantes construíram uma grande oficina 
intitulada “II Fono em Foco” na qual as atividades foram realizadas em um 
sábado na universidade durante o primeiro semestre letivo de 2017. 
Participaram das oficinas a docente responsável e os dois monitores de ensino; 
20 discentes do 3° semestre e 36 graduandos dos 1° e 2° semestres do curso 
de Fonoaudiologia da IES. Conclusão: O processo de construção das oficinas 
possibilitou aos graduandos e monitores uma construção em conjunto que 
atendesse às demandas do público-alvo e promoveu ações de educação e 
saúde voltadas para transformações nas práticas verticalizadas em saúde. O 
trabalho desenvolvido fomentou a discussão e a reflexão crítica sobre a 
importância de valorizar o conhecimento do outro, compreender expectativas e 
demandas dos grupos com os quais se trabalha. Além disso, a avaliação do 
grupo resultou em reflexões sobre o protagonismo social do fonoaudiólogo e 
sobre a necessidade de promover mudanças na formação dos futuros 
profissionais de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
PRIMEIROS PASSOS NA SAÚDE COLETIVA ATUAÇÃO EM SAÚDE DA 
COMUNICAÇÃO HUMANA NA DINÂMICA DAS UNIDADES DE SAÚDE DA 
FAMÍLIA 
 
Autores: Leonardo Gleygson Angelo Venâncio¹; Anderson Pedro da Rocha¹; Carina 
Sampaio Aquino¹; Gabriela Samanttha Cavalcanti do Nascimento¹; Tatiana de Paula 
Santana da Silva¹ 
¹ Universidade Federal de Pernambuco, PE 
 
Modalidade: comunicação oral 
 
Introdução: A territorialização pode ser entendida como processo de 
observação, identificação e reconhecimento de determinada área, constituindo 
uma etapa imprescindível para organização da Estratégia de Saúde da Família 
por possibilitar planejamento de ações em saúde direcionadas às necessidades 
de uma comunidade. Com olhar direcionado a saúde individual e coletiva, a 
Fonoaudiologia faz conexão direta nesse seguimento com vistas a promoção 
da saúde da comunicação humana, inclusive através de práticas que englobam 
a esfera de ensino-aprendizagem dos futuros profissionais. Objetivos: 
Descrever vivências relacionadas ao reconhecimento e caracterização do 
território, bem como o acompanhamento das ações desenvolvidas dentro de 
uma Unidade de Saúde da Família (USF) durante o Estágio de Saúde Coletiva 
I. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e transversal que reflete a 
mostra de experiências dos graduandos de Fonoaudiologia da Universidade 
Federal de Pernambuco, desenvolvido em uma USF do município de Recife – 
Pernambuco durante a disciplina de Estágio em Saúde Coletiva I, no período 
de março a maio de 2017. O público alvo foi constituído pelos usuários 
cadastrados na unidade em que as ações desenvolvidas foram divididas em 
duas etapas, a saber: Etapa 1- reconhecimento e caracterização do território; 
Etapa 2- Acompanhamento e participação nas rotinas de atendimento da USF. 
Resultados : Na etapa 1 foi verificado que o território acompanhado, pertence 
ao distrito sanitário IV, Zona Oeste do Recife atendendo a quatro comunidades 
contando com 4 equipes de saúde com um total de 38 profissionais de saúde e 
 
 
 
40 
10 profissionais administrativos. As Condições sanitárias e geográficas do 
território englobam ruas sem calçamento e pavimentação, com iluminação 
pública, pouco saneamento básico e alguns pontos com esgoto e lixo expostos. 
Facilidade de acesso a transportes coletivos, com poucas linhas em circulação. 
As comunidades apresentam condições econômicas, sociais e culturais em sua 
maioria desfavoráveis, caracterizados por moradias de alvenaria, com muitos 
moradores por residência e casos de desemprego, tendo renda proveniente 
benefícios sociais. Na localidade existem comércios de pequeno porte, poucos 
equipamentos sociais e ausência de liderança comunitária eleita pela 
população. As condições de saúde das comunidades caracterizam-se por 
índices altos de doenças crônicas não infecciosas (hipertensão e diabetes), alto 
número de gestantes, crianças e idosos. Na etapa 2, foi possível acompanhar 
as rotinas de trabalho na Unidade desenvolvendo atividades na recepção; 
regulação; acolhimento; sala de vacina; consulta de pré-natal, atendimento 
individual do médico e enfermeiro e visitas domiciliares. Nestes 
espaços/momentosos alunos contribuíram com as ações de orientação e 
matriciamento com vistas ao desenvolvimento e manutenção da saúde da 
comunicação humana. Conclusão: As vivências relatadas desvelam um 
importante momento na formação do discente de Fonoaudiologia com vistas a 
maior compreensão dos fatores que interferem no processo saúde-doença, 
ajudando a formar profissionais críticos, conhecedores da realidade local 
através da integração do ensino à situação de saúde de determinada 
população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO A PAIS PARA ESTIMULAÇÃO DO 
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA 
 
Autores: Rafaela Sena dos Santos¹; Claudya Katharyni Tito Xavier de Lucena¹; Hellen 
Tatyanne da Silva Barbosa¹; Vitória Carolina Morais Brazil¹; Ana Manhani Cáceres 
Assenço¹ 
¹ Universidade Federal do Rio Grande do Norte, RN 
 
Modalidade: comunicação visual 
 
Resumo: Este relato trata da experiência na versão piloto do “Programa de 
orientação a pais para estimulação do desenvolvimento da linguagem” 
realizado entre setembro e novembro de 2016. Esse programa de extensão 
busca oferecer aos pais de crianças com atraso no desenvolvimento da 
linguagem orientação sobre estratégias que possam favorecer a aquisição de 
habilidades comunicativas. Ao mesmo tempo, o programa visa oferecer aos 
estudantes de Fonoaudiologia a possibilidade de aprender na prática sobre o 
desenvolvimento da linguagem e suas alterações. Quatro famílias com crianças 
de idade entre 1 ano e 7 meses e 2 anos e 6 meses que estavam inscritas na 
lista de espera da Clínica Escola de Fonoaudiologia foram convidadas a 
participar do programa. Todas as crianças eram do gênero masculino e 
apresentavam queixa de atraso na fala e haviam sido encaminhadas para 
avaliação fonoaudiológica por outros profissionais da saúde e/ou por 
preocupação dos pais. Apenas um dos meninos apresentava alterações 
associadas. Todos ainda faziam uso de mamadeira e fralda, dormiam em 
média 10 horas por noite, não frequentavam escola, e no geral seu contato 
com tecnologia se restringe à televisão. Durante o processo, todos foram 
encaminhados para avaliação audiológica para descartar a possibilidade de 
perdas auditivas. O programa foi desenvolvido na própria clínica escola e foi 
composto por cinco encontros com intervalos de 15 dias. O primeiro encontro 
consistiu em entrevista inicial, os três seguintes foram de orientação aos pais e 
estimulação das crianças, e o último consistiu em uma devolutiva às famílias 
sobre a percepção da evolução das crianças durante o processo. Os encontros 
 
 
 
42 
de orientação aos pais abordaram aspectos do desenvolvimento infantil, 
enfatizando a importância do ambiente para o desenvolvimento da linguagem. 
Os temas discutidos foram manutenção do uso de mamadeira, chupeta e 
fralda; impacto dos hábitos alimentares e do sono na infância; necessidade de 
interação com outras crianças e benefícios de frequentar ambiente escolar; 
prejuízos do uso excessivo de tecnologias; além de estratégias facilitadoras da 
comunicação, como ficar na mesma altura que a criança para falar, articular 
mais lentamente, esperar a resposta da criança e estimular o desenvolvimento 
da brincadeira simbólica. O programa contou com a participação de quatro 
discentes de períodos distintos do curso (2º e 4º) que atuaram sob supervisão 
da docente, que avaliaram a experiência como sendo bastante positiva e com 
inúmeros benefícios. Por ainda não terem contato com a prática clínica, todas 
sentiam medo e insegurança em lidar com situações reais; com pessoas e 
seus anseios e preocupações; e com a possibilidade de errar. Na avaliação das 
extensionistas, uma barreira foi vencida a cada encontro, sempre com ajuda 
mútua. Ao longo das sessões a teoria ia se mesclando com a prática, e isso se 
refletiu na interação com as crianças, que foram perdendo o medo das 
“estranhas” que as abordavam e passaram a contribuir muito com as 
estimulações nas sessões. As oportunidades oferecidas no programa 
proporcionaram às discentes um conhecimento maior quanto ao 
desenvolvimento infantil e aquisição da linguagem, além de construir uma 
consciência articulada com a prática clínica em linguagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
RELAÇÃO ENTRE A ACADEMIA E A PRÁTICA FONOAUDIOLÓGICA 
HOSPITALAR - RELATO DE EXPERIÊNCIA DE VIVENCIA NA LIGA 
ACADÊMICA DE FONOAUDIOLOGIA HOSPITALAR DA BAHIA 
 
Autores: Anderson Gonçalves Fernandes¹; Eriberto da Silva Costa Júnior² 
¹ Universidade do Estado da Bahia, BA; ² Faculdade R edentor, RJ 
 
Modalidade: comunicação oral 
 
Objetivo: Relatar as contribuições resultantes da experiência de vivência da 
Liga Acadêmica de Fonoaudiologia Hospitalar da Bahia (LAFH-BA), da 
Faculdade de Fonoaudiologia do Departamento de Ciências da Vida (DCV) da 
Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Método: A LAFH-BA é constituída 
por 9 acadêmicos de fonoaudiologia sob orientação de uma professora 
fonoaudióloga da faculdade e cooperação de um fonoaudiólogo residente de 
UTI. Resultados: O meu ingresso na liga ocorreu no terceiro período do curso, 
e desde então adquiri muito conhecimento sobre a área, que já era um objetivo 
de inserção profissional. Há três períodos faço parte da liga, no primeiro 
período fui membro aspirante, no segundo como coordenador da área científico 
e extensão e agora no terceiro integrando a coordenação de comunicação. 
Tem sido uma experiência singular, e de privilégio de alguns, com encontros 
semanais, através de sessões fechadas (apenas para ligantes) e sessões 
abertas ao público em geral, discutir e aprofundar em alguns temas, assim 
como promover eventos. Na UNEB, há apenas dois componentes de 
fonoaudiologia hospitalar, no 8º e 9º período (uma disciplina teórica e um 
estágio), o que não é suficiente para aqueles que pretendem, pós-formados, 
trabalhar nessa área, isso leva a algumas reflexões. Porque a graduação não 
se insere mais no ambiente hospitalar em uma tentativa de equilíbrio com a 
clínica? Porque não ter contato mais cedo com pacientes hospitalizados, para 
se adquirir mais experiência? Essa vivência possibilitaria aos estudantes 
perceber mais cedo, o quanto a demanda de pacientes é grande, no que tange 
a SUS, e o papel do fonoaudiólogo hospitalar em contribuir para agilizar o 
 
 
 
44 
processo de alta hospitalar o que leva à redução de custos e liberação de leitos 
hospitalares, dentre outros fatores benéficos, que a literatura já descreve. Essa 
inserção do fonoaudiólogo nos hospitais contribui para a valorização 
profissional. A participação na LAFH tem me possibilitado o contato com a área 
previamente às disciplinas ofertadas. Durante esse tempo percebi que o campo 
da fonoaudiologia hospitalar pleiteia o paciente ainda no leito, de forma 
precoce, preventiva, intensiva, pré e pós-cirúrgica com o objetivo de impedir ou 
diminuir as sequelas que a patologia-base pode deixar. Nessa área o 
fonoaudiólogo utiliza seus conhecimentos gerais de forma aplicada ao paciente 
hospitalizado, como por exemplo, em Motricidade Orofacial e Disfagia: 
Pacientes com Paralisia Facial, Câncer de Cabeça e Pescoço, neurológicos, 
prematuros, e queimados; Audiologia: Programa de Triagem Auditiva Neonatal, 
Implante Coclear; Voz: Câncer de Cabeça e Pescoço, Laringectomizados; 
Linguagem: principalmente com pacientes afásicos. Porém, muitas graduações 
privilegiam mais uma área e deixam a desejar em outras. É nesse contexto que 
surge o papel da Liga Acadêmica em complementar a formação, por meio de 
atividades que atendam ao tripé universitário de ensino, pesquisa e extensão. 
Conclusão: Esta experiência evidencia a liga acadêmica, sustentada pelo tripé 
universitário de ensino, pesquisa e extensão no que tange a fonoaudiologia 
hospitalar, frente às limitações causadas pelo déficit burocrático para ocorra 
uma formação mais ampla na área, que promova

Outros materiais