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ANAIS DO XXIV ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE FONOAUDIOLOGIA – ENEFON João Pessoa 2017 1 /enefon2017 @ENEFON2017 REALIZAÇÂO COMISSÃO ORGANIZADORA LOCAL – PARAÍBA APOIO https://enefon2017.wixsite.com/enefon2017 2 SUMÁRIO 1 - A importância da anamnese na caracterização de crianças com dificuldades de aprendizagem em um serviço de fonoaudiologia - Comunicação Visual - Autores: Talio Câmara Pinto dos Santos, Ana Beatriz Leite dos Anjos, Cíntia Alves Salgado Azoni ..............................................................................................................06 2 - A importância do fonoaudiólogo no tratamento da dislexia - Comunicação Visual - Autores: Leandro Pereira França, Ituany da Costa Melo, Roseane da SIlva Lopes .................................. ................................................................................08 3 - A inserção do fonoaudiólogo no sistema único de saúde - Comunicação Visual - Autores: Leandro Pereira França, Ituany da Costa Melo, Roseane da SIlva Lopes............................................................................................................................10 4 - A integração ensino-serviço no contexto da formação do fonoaudiólogo em salvador: narrativas de discentes - Comunicação Visual - Autores: Iam de Cerqueira Oliveira, Érica Guedes, Julia Escalda........................................................................12 5 - A ledterapia: uma nova concepção no tratamento e prevenção da mucosite oral - Comunicação Oral - Autores: Ryan do Nascimento Duarte, Wigínio Gabriel de Lira Bandeira, Bernardo Coelho Pereira, Luís Augusto Lupato Conrado, Ana Karine Farias da Trindade Coelho Pereira..........................................................................14 6 - Análise da satisfação dos participantes da III Jornada Acadêmica De Fonoaudiologia - Comunicação Oral - Autores: Ana Carolina Dantas Medeiros; Elina de Oliveira Cunha; Erika Barioni Mantello; Joseli Soares Brazorotto................... .......16 7 - Aprendizagem da linguagem escrita em deficientes auditivos - Comunicação Oral – Autores: Ana Flávia de Sales Cândido, Bárbara Tayná Santos Eugênio da Silva, Juliana Maria Silva de Sousa, Débora Maria Evaristo Ferraz, Rayana Rodrigues Gonçalves...................................................................................................................18 8 - Atuação fonoaudiológica na reabilitação da disfagia após o tratamento do câncer de cabeça e pescoço: uma revisão sistemática da literatura - Comunicação Visual – Autores: Honória Honorato de Souza Neta, Álef Matheus Ferreira de Paulo, Mychelle Jeniffer dos Santos Souza Ferreira, Raphaela de Lima Cruz............................................................................................................................19 3 9 - Atuação fonoaudiológica na reabilitação vestibular: relato de experiência - Comunicação Visual - Darllyana Thamyres Paulino Venancio, Laiane Gomes da Silva, Annacarla Carvalho Alves de Lima, Janaina Benício Marques, Karla Cybelle Bezerra Cavalcanti Alcoforado...............................................................................................21 10 - Atuação fonoaudiológica no indivíduo com fissura labiopalatina já reparada: revisão de literatura - Comunicação Visual – Autores Honória Honorato de Souza Neta, Nilmara Thalita Alves Araújo, Shoyama Nadja da Silva Franco e Santos...........23 11 - Bem-estar psíquico e social do indivíduo com superdotação/altas habilidades no contexto familiar e escolar - Comunicação Oral – Autora: Nancy Sotero.................................................................................................................... .......25 12 - Caracterização da triagem auditiva em bebês com microcefalia (revisão sistemática) - Comunicação Visual - Autores: Cristian Luan da Silveira Macena, Laiane Gomes da Silva, Caroline Souza de Abreu, Karla Cybelle Bezerra Cavalcanti Alcoforado............................................................................................................27 13 - Discussão e contexto do reconhecimento da Neuropsicologia como especialidade da Fonoaudiologia - Comunicação Visual - Autores: Nancy Sotero, Francisco Tiago Meireles da Silva, Renato Jônatas da Silva Araújo...........................28 14 - Distúrbios da linguagem em crianças autistas - Comunicação Visual – Autores: Ana Flávia de Sales Cândido; Juliana Maria Silva de Sousa; Débora Maria Evaristo Ferraz; Rayana Rodrigues Gonçalves; Ruama Pereira Nunes..................................29 15 - Efeitos da quimioterapia e suas implicações na audição - Comunicação oral – Autores: Ryan do Nascimento Duarte; Wigínio Gabriel de Lira Bandeira; Bernardo Coelho Pereira; Luís Augusto Lupato Conrado; Ana Karine Farias da Trindade Coelho Pereira....................................................................................................................30 16 - Eletroestimulação aplicada a pacientes portadores de Parkinson com disfagia orofaríngea logopédica: Revisão Integrada - Comunicação Visual – Autores: Eriberto da Silva Costa Junior, Anderson Gonçalves Fernandes, Raí dos Santos Santiago....................................................................................................32 4 17 - Importância do teste da linguinha para prevenir alterações Orofaciais e desmame precoce - Comunicação Visual – Autoras: Laiane Gomes da Silva; Ruth Lopes do Nascimento................................................ ........................... ..................34 18 - O processo de implantação da Liga Acadêmica de Fonoaudiologia Forense da Bahia: relato de experiência - Comunicação Oral – Autores: Anderson Gonçalves Fernandes, Flávia Pereira Caraíbas, Eriberto da Silva Costa Júnior............................35 19 - Práticas educativas: relato de experiência de oficinas realizadas por discentes do curso de fonoaudiologia - Comunicação Oral – Autores: Érica Guedes; Iam de Cerqueira Oliveira; Júlia Escalda...................................................................37 20 - Primeiros passos na saúde coletiva atuação em saúde da comunicação humana na dinâmica das Unidades de Saúde da Família - Comunicação Oral – Autores: Leonardo Gleygson Angelo Venâncio, Anderson Pedro da Rocha, Carina Sampaio Aquino, Gabriela Samanttha Cavalcanti do Nascimento, Tatiana de Paula Santana da Silva.................... .................................................. ............................39 21 - Programa de orientação a pais para estimulação do desenvolvimento da linguagem: relato de experiência - Comunicação Visual - Rafaela Sena dos Santos; Claudya Katharyni Tito Xavier de Lucena; Hellen Tatyanne da Silva Barbosa; Vitória Carolina Morais Brazil; Ana Manhani Cáceres Assenço...........................................41 22 - Relação entre a academia e a prática fonoaudiológica Hospitalar - relato de experiência de vivencia na liga Acadêmica de Fonoaudiologia Hospitalar da Bahia - Comunicação Oral – Autores: Anderson Gonçalves Fernandes, Eriberto da Silva Costa Júnior..................................................................................................43 23 - Relação entre laringite e sintomas vocais em professores da rede de ensino - Comunicação Visual – Autores: Saulo Iordan do Nascimento Silva; Gleydson Grangeiro de Lima; Valdizia Domingos da Silva; Paula Rayana Batista Correia; Maria Fabiana Bonfim de Lima Silva..................................................................................45 24 - Relato de experiência dos estudantes fundadores de uma liga acadêmica de fononcologia no nordeste brasileiro - Comunicação Oral – Autores: Francisco Tiago Meireles da Silva,Darlyane de Souza Barros, Dhebora Heloísa Nascimento dos Santos, Silvana Lino Batista, Leandro de Araújo Pernambuco...................................47 5 25 - Resultados preliminares da pesquisa de opinião acerca do estresse acadêmico na vida dos esrudantes de fonoaudiologia da UFRN - Comunicação Oral – Autores: Ana Carolina Dantas Medeiros; Elina de Oliveira Cunha; Nathalia Lucena; Hellen Tatyanne da Silva Barbosa; Maurício Wiering Pinto Telles.....................................................................................................................49 26 - Saúde e bem estar vocal para professores: uma análise das oficinas de vivência em voz - Comunicação Oral - Larissa Mendonça dos Anjos, Vanderssom Correia Lima; Maria Fabiana de Lima Silva................................................................51 27 - Saúde e bem estar vocal para teleoperadores: uma análise das oficinas de vivência em voz - Comunicação oral – Autores: Vanderssom Correia Lima; Larissa Mendonça dos Anjos; Maria Fabiana de Lima Silva .................................................53 28 - Sinais indicativos de um Distúrbio Específico da linguagem - Comunicação Visual – Autores: Jayne de Freitas Bandeira, Samara Lima Gomes de Azevedo..................55 29 - Transtorno de Déficit de Atenção d Hiperatividade – TDAH: uma revisão de literatura - Comunicação Oral – Autores Emanuel Gustavo Rodrigues Diniz, Monyara Reis da Silva, Ryan do Nascimento Duarte, Victor Matheus Maia Morais, Palloma Dantas Mendes.........................................................................................................56 30 - Uma revisão literária sobre a Síndrome de Moebius - Comunicação Visual – Autores: Pâmela Pontes dos Santos; Mariany dos Santos Araujo, Marcília Carla da Silva Ramos............................................................................................................57 31 - Uso de oficinas fonoaudiológicas como metodologia de trabalho: revisão de literatura - Comunicação Visual - Autores: Iam de Cerqueira Oliveira; Érica Guedes; Julia Escalda.............................................................................................59 6 A IMPORTÂNCIA DA ANAMNESE NA CARACTERIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM UM SERVIÇO DE FONOAUDIOLOGIA Autores: Talio Câmara Pinto dos Santos¹; Ana Beatriz Leite dos Anjos¹; Cíntia Alves Salgado Azoni¹ ¹ Universidade Federal do Rio Grande do Norte, RN Modalidade: comunicação visual Introdução: As Demandas de crianças e adolescentes com dificuldades escolares ou transtornos de aprendizagem geram constantes encaminhamentos à Clínicas-Escolas ou serviços de referência em saúde. O papel da família e escola tem sido essencial na identificação e encaminhamento destes jovens a estes tipos de atendimento. O diagnóstico é complexo e exige a participação de equipe interdisciplinar. A fonoaudiologia é uma ciência essencial nesse processo, considerando, o contexto biopsicossocial que o indivíduo está inserido. Dentre as ferramentas diagnósticas, a anamnese é essencial para identificar diversos aspectos deste indivíduo a fim de delinear um perfil personalizado do seu processo de desenvolvimento. Sendo assim, o Projeto de pesquisa e extensão em Leitura, Escrita e Audição – PROJETO LEIA, surgiu com a perspectiva de atender o público infanto-juvenil quanto ao diagnóstico e tratamento das queixas relacionadas ao processo educacional, relacionadas as alterações de leitura e escrita. Objetivo: descrever o perfil demográfico de crianças e adolescentes encaminhados ao PROJETO LEIA. Método: trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição de origem, nº 1.012.635. Foram analisados 76 prontuários de crianças e adolescentes encaminhadas ao Projeto nos anos de 2015 e 2016, entre 6 e 15 anos de idade. Os dados foram analisados quantitativamente, a partir da frequência de sexo, idade, tipo de ensino, queixa e aquisição de linguagem, identificados na anamnese semi-estruturada. Resultados: Dos 76 prontuários, notou-se que 70% das crianças e adolescentes são do sexo masculino e 30% 7 do feminino; com relação ao tipo de escola, 56% estudavam em escolas públicas e 44% em privadas. Houve maior frequência na faixa-etária de 10 a 11 anos (34%), seguidos de 8 a 9 anos (26%). Dentre as queixas, as mais comuns foram dificuldade para aprender (51%); dificuldade para aprender associada a outras queixas ou hipóteses diagnósticas, tais como dificuldades de fala (17%), problemas de memória (4%), agressividade (3%), deficiência intelectual (1%) e falta de concentração (1%); somente dificuldades na fala (8%); diagnóstico de TDAH (4%); diagnóstico de dislexia (3%) e dificuldades em memória e concentração (1%). No que tange à aquisição de linguagem, segundo relato dos responsáveis, as primeiras palavras surgiram até um ano de idade em 37% dos participantes; 11% apresentou atraso na aquisição e desenvolvimento da linguagem, com o surgimento das primeiras palavras após 1 ano e seis meses e 52% não souberam informar. Conclusão: Este estudo permitiu delinear as características de um grupo de crianças e adolescentes encaminhados a um serviço de atendimento clínico e de pesquisa em fonoaudiologia quanto à linguagem escrita. A anamnese é uma ferramenta extremamente importante no processo de avaliação, pois proporciona a compreensão das queixas mais comuns, a idade de busca por atendimento, o histórico do desenvolvimento da linguagem, dentre outros dados que conduzem à identificação de fatores de risco para diagnósticos mais fidedignos dos transtornos do neurodesenvolvimento relacionados a alterações de linguagem escrita, bem como amplia a perspectiva de políticas públicas na atuação da Fonoaudiologia. 8 A IMPORTÂNCIA DO FONOAUDIÓLOGO NO TRATAMENTO DA DISLEXIA Autores: Leandro Pereira França; Ituany da Costa Melo¹; Roseane da Silva Lopes¹ ¹ Universidade Nilton Lins, AM Modalidade: comunicação visual Introdução: A Dislexia é um transtorno de aprendizagem do tipo verbal que envolve símbolos, gráficos e códigos de linguagem fonológica, que nasce e cresce com a criança, ou seja, que se apresenta desde tenra idade levando a problemas de aquisição de pré-requisitos para a alfabetização durante o seu desenvolvimento e que, por extensão, acarretará futuras dificuldades para o processo de aquisição da aprendizagem da leitura e da escrita, com demora na construção de frases, erros frequentes de ortografia e falta de concentração. Os disléxicos são pessoas inteligentes, entretanto precisam de um cuidado especial. É nessa questão que o fonoaudiólogo assume um papel importante. Sua tarefa é trabalhar a dificuldade do paciente em associar os sons da fala, os fonemas, às letras correspondentes etc. Além disso, são estabelecidas por este profissional estratégias que possam auxiliar o disléxico na leitura e nas relações entre a escrita e o som das palavras. Objetivo: Relatar através dessa revisão bibliográfica as informações relacionadas a importância da atuação fonoaudiológica no tratamento da dislexia mais recentes no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo realizado por meio de levantamento bibliográfico, através de uma busca eletrônica nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (Scielo). Foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores e suas combinações na língua portuguesa: “dislexia”, “fonoaudiologia”, “tratamento da dislexia”, “fonoaudiologia e dislexia”. Utilizando somente artigos brasileiros publicados entre o ano de 2000 a 2017. Resultados: A amostra final desta revisão foi constituída por cinco artigos científicosbrasileiros, selecionados pelos critérios de inclusão previamente estabelecidos. Destes, três foram encontrados na base de dados LILACS e cinco na Scielo. A dislexia é um distúrbio específico de leitura, ocasionado pela 9 interrupção ou malformação nas conexões cerebrais que ligam zonas anteriores (lobo frontal) com zonas mais posteriores (lobo parietal e occipital) do córtex cerebral. A partir do reconhecimento do problema, o diagnóstico fonoaudiológico deve ser realizado basicamente pela análise da linguagem nos níveis fonológico, morfológico, sintático e semântico. A fonoaudióloga poderá conduzir a avaliação audiométrica cujo objetivo é descartar possível défice auditivo. Os fonoaudiólogos, por seus conhecimentos e sua formação sobre linguagem e distúrbios de linguagem, estão cada vez mais envolvidos na identificação, na avaliação e no tratamento de indivíduos com distúrbios de leitura. Além disso, sua contribuição ao atender esses indivíduos está sendo pouco a pouco reconhecida por professores, pedagogos e psicólogos, sendo este um esforço de colaboração entre todos os profissionais envolvidos com distúrbios de linguagem. Conclusão: Os estudos evidenciaram a importância do fonoaudiólogo no tratamento da dislexia, justamente por serem os profissionais que lidam diretamente com os aspectos que a dislexia mais altera. No entanto também foi possível o reconhecimento da importância do trabalho da equipe multidisciplinar/ interdisciplinar de conhecer a dislexia, suas manifestações e o correto tratamento e intervenção. 10 A INSERÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Autores: Ituany da Costa Melo¹; Leandro Pereira de França; Roseane da Silva Lopes¹ Universidade Nilton Lins, AM Modalidade: comunicação visual Introdução: No atual cenário de mudanças no sistema de saúde e nas Instituições de Ensino Superior (IES), a área da fonoaudiologia tem refletido sobre a formação profissional e a atuação no SUS, dialogando com outras áreas em busca de conhecimentos que possam referendar suas ações. Com a criação do SUS, os profissionais de fonoaudiologia puderam expandir sua atuação, para os diversos níveis de assistência à saúde nos diversos aspectos relacionados à comunicação humana. Embora os primeiros cursos de fonoaudiologia tivessem surgido na década de 1960, apenas em 1981 a profissão foi reconhecida pela Lei nº 6.965/81, a qual define, como competência do profissional habilitado, o desenvolvimento do trabalho de prevenção, no que se refere à área da comunicação escrita e oral, da voz e da audição. Objetivo: Realizar levantamento do que vem sendo produzido na literatura sobre a importância da inserção do fonoaudiólogo no Sistema Único de Saúde. Metodologia: Pesquisa de base bibliográfica, na qual foram pesquisados artigos completos, disponíveis online nos últimos anos, entre 2000 a 2017, em duas bases de dados: Lilacs e Scielo. O descritor utilizado para tal pesquisa foi: “fonoaudiologia”, “SUS” e “fonoaudiologia e sus”. Foram excluídos os artigos duplicados, elegendo-se trabalhos com a temática descrita. Foi realizada a leitura na íntegra dos mesmos, norteada pela pergunta: “Qual a importância da inserção do fonoaudiólogo no sus?”. Após análise crítica, foram selecionados somente artigos que respondiam a questão norteadora do estudo. Resultados: Conforme ano de publicação, observa-se maior número de publicações a partir de 2010. Todos os artigos selecionados são norteados com base em estudos de casos e em comum a todos esses artigos pesquisados existe o fato de que o fonoaudiólogo que atua no SUS deve ser um generalista, capaz de identificar as questões fonoaudiológicas de maior relevância na sua 11 comunidade de abrangência, capaz de elaborar e efetivar ações que visem uma solução, adotando medidas preventivas sempre que possível. Também deve ser capaz de organizar um ambulatório de atendimento que se identifique com a sua unidade de saúde, visando sempre a qualidade no atendimento à população. O fonoaudiólogo, enquanto profissional de saúde, é um ator indispensável para promover a efetivação de direitos e na construção de políticas públicas em saúde que atendam as reais necessidades da população. Conclusão: De acordo com os artigos a inserção do fonoaudiólogo no sus é de suma importância, pois ele poderá atuar na prevenção eliminando fatores que interferem no âmbito da linguagem, fala e audição. Locado em caráter amplo e específicos, contribuindo com seus serviços na prevenção primária, secundária, terciária e atualmente é de grande valia nos núcleos de apoio à saúde da família. Ou seja, o fonoaudiólogo atende todos os segmentos da saúde: baixa, média e alta complexidade. 12 A INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO NO CONTEXTO DA FORMAÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO EM SALVADOR: NARRATIVAS DE DISCENTES Autores: Iam de Cerqueira Oliveira¹; Érica Guedes¹; Julia Escalda¹ 1 - Universidade do Estado da Bahia, BA Modalidade: comunicação visual Introdução: Os estágios supervisionados em Fonoaudiologia devem estar apoiados na integração ensino-serviço e buscar diminuir a dicotomia entre o ensino e a produção de cuidados, tendo como foco central o usuário. Além disso, deve também fomentar aos graduandos a vivência concreta da realidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, pensar a formação acadêmica em Fonoaudiologia possibilita o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionadas às ações individuais e coletivas de prevenção de riscos e doenças, promoção, proteção e reabilitação da saúde. Objetivo: Descrever como se dá o processo de comunicação e integração de uma clínica-escola no estado da Bahia com a Rede de Atenção à Saúde (RAS) de Salvador, na perspectiva de discentes de Fonoaudiologia. Métodos: O presente estudo é de caráter observacional descritivo, com abordagem qualitativa. Foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição proponente, sob número CAAE: 57888916.1.0000.0057. A amostra do estudo foi composta por 14 discentes do último semestre do curso de Fonoaudiologia de uma IES pública do estado da Bahia. Todos os participantes da pesquisa concordaram e assinaram o TCLE. Para coleta de dados foi realizada entrevista semiestruturada com os participantes, por meio de perguntas abertas e específicas sobre: o processo de comunicação da clínica-escola com os serviços públicos de saúde de Salvador e a importância dos estágios extracurriculares para a formação do Fonoaudiólogo. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas quanto ao conteúdo das falas dos participantes. Resultados: Os discentes narraram que: 1) a integração da clinica-escola com a RAS pouco existe, mesmo diante da mudança curricular realizada há pouco no curso da IES; 2) a falta de acesso 13 à rede de saúde do município de Salvador é um grave entrave para que se formalize o vínculo da clínica-escola com os demais serviços de saúde da rede; 3) os usuários atendidos na clínica-escola são afetados pela ausência de integração com a RAS, pois, quando são realizados encaminhamentos, não é possível saber o fluxo de atendimento e se os mesmos retornarão para a clínica-escola; 4) a escassa comunicação acontece até mesmo com outros espaços de aprendizagem da própria IES; 5) a busca do serviço prestado na clínica-escola, muitas vezes, se dá porque o usuário não tem outra opção, o que evidencia um problema geral do sistema de saúde público; 6) um dos grandes avanços observados foram os convênios entre a IES e os hospitais da Rede Estadual; 7) o vínculo formal com o SUS precisa ser criado e isso depende do trabalho de toda a comunidade científica; 8) o estágio se faz importante na formação do discente, porém a carga horária excessivado curso de Fonoaudiologia é um dos obstáculos para possibilitar a realização de estágios extracurriculares. Conclusão: O processo de integração da clínica- escola da referida instituição com a RAS de Salvador ainda é precária, o que evidencia a necessidade de maior articulação entre teoria e prática, integração entre instituições de ensino e sistema de saúde e diversificação dos cenários de aprendizagem. 14 A LEDTERAPIA: UMA NOVA CONCEPÇÃO NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DA MUCOSITE ORAL Autores: Ryan do Nascimento Duarte¹; Wigínio Gabriel de Lira Bandeira¹; Bernardo Coelho Pereira¹; Luís Augusto Lupato Conrado¹; Ana Karine Farias da Trindade Coelho¹ ¹ Universidade Federal da Paraíba, PB Modalidade: comunicação oral Introdução: O câncer caracteriza-se por mais de 100 tipos de doenças que originam células de uma multiplicação desordenada que afetam tecidos e órgãos formando tumores. Um dos efeitos colaterais de seu tratamento é a mucosite oral, caracterizando-se pela decorrência de uma continuidade de eventos biológicos que iniciam na submucosa e atingem o epitélio da mucosa oral, podendo resultar em eritema e edema, associados à ulceração e descamação, gerando dor e desconforto, prejudicando a fala, a deglutição e a alimentação. O tratamento da mucosite com LED serve como suporte alternativo aos pacientes, funcionando como um método eficaz, que não provoca efeitos colaterais e traz vantagens como a diminuição dos níveis de dor e a hiperalgesia. Objetivo: Exibir a eficácia da LEDterapia em casos de mucosite oral desenvolvidos durante tratamentos antineoplásicos. Metodologia: Pesquisa no Portal de Periódicos Capes, de artigos publicados entre 2009 e 2016, referentes ao uso da LEDterapia em pacientes com mucosite oral submetidos ao tratamento antineoplásico. Os descritores utilizados isoladamente ou em combinação, foram LED, phototherapy, Light-emitting diode e oral mucositis. Resultados: Foram encontrados 20 artigos, todos na língua inglesa, dos quais 7 tratavam diretamente sobre a efetividade da LEDterapia no tratamento da mucosite oral, 11 abordavam a mucosite oral induzida pelo tratamento antineoplásico e 2 foram excluídos por tratarem de outro tipo de terapia. Observou-se que ainda existem poucos artigos abordando a LEDterapia como método alternativo ao tratamento antineoplásico, porém, os artigos existentes confirmam que a mesma pode gerar uma melhora na 15 qualidade de vida aos pacientes que a ela submetem-se. Conclusão: Os estudos exibiram a LEDterapia como uma alternativa eficaz para auxiliar o tratamento antineoplásico, gerando a melhoria da qualidade de vida do paciente, sendo tais glórias garantidas sem efeitos colaterais, diminuindo a dor provocada através das lesões causadas pela mucosite oral ao paciente. 16 ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DOS PARTICIPANTES DA III JORNADA ACADEMICA DE FONOAUDIOLOGIA Autores: Ana Carolina Dantas Medeiros¹; Elina de Oliveira Cunha¹; Erika Barioni Mantello¹; Joseli Soares Brazorotto ¹ ¹Universidade Federal do Rio Grande do Norte Modalidade: comunicação oral Introdução: A Jornada Acadêmica de Fonoaudiologia da UFRN (JAFON) surgiu com a consolidação do Curso de Fonoaudiologia da UFRN, representando um importante espaço de atualização de conhecimentos para graduandos e profissionais da Fonoaudiologia, além da produção de conhecimento científico na região. O evento é organizado pelo Centro Acadêmico Lourdes Bernadete (CALB) e Coordenação do Curso de Fonoaudiologia com o apoio do Departamento de Fonoaudiologia e do Centro de Ciências da Saúde. A proposta da JAFON é reunir a comunidade acadêmica, egressos, pós-graduandos, profissionais e demais interessados em aprofundar e discutir temas relevantes para a Fonoaudiologia e áreas afins. O evento dispõe de espaço para apresentação de trabalhos científicos, sob forma de pôster e/ou apresentação oral, com o intuito de divulgar os projetos de pesquisa, extensão, iniciação científica e outros trabalhos da comunidade científica regional, favorecendo a socialização do conhecimento produzido na universidade, e propiciando reflexões sobre novas propostas e a composição de novos saberes. Na edição da III JAFON em 2017, os trabalhados científicos e palestras apresentadas foram publicados em anais devidamente registrados com ISSN (International Standard Serial Number). A JAFON já é um marco tradicional do Curso de Fonoaudiologia da UFRN, inserido no calendário anual do curso, a exemplo do que já ocorre em outras instituições de ensino superior. Ampliando o acesso do estudante de Fonoaudiologia à educação continuada e proporcionamos aos estudantes de Fonoaudiologia a aquisição de conhecimentos e vivências em temas relevantes para a Fonoaudiologia, com enfoque nas necessidades e demandas acadêmicas e profissionais da região, 17 além de estimular o envolvimento do corpo discente e docente com as atividades do Centro Acadêmico de Fonoaudiologia. Objetivo: Avaliar a satisfação dos inscritos na III JAFON. Métodos: Os participantes da III JAFON foram convidados a responder, na semana seguinte ao evento, um questionário online sobre o mesmo. Tal questionário continha duas perguntas para caracterização da amostra, uma pergunta para descrição de opinião e cinco perguntas de múltipla escolha para avaliação da satisfação dos inscritos em relação ao evento de modo geral. Dos 236 inscritos convidados, 35 participantes responderam o questionário online. Resultados: Dentre os 36 respondentes, 26 (74,3%) eram estudantes de graduação, 5 (14,3%) estudantes de mestrado em Fonoaudiologia e 4 (11,4%) eram profissionais. Nos questionamentos sobre a opinião quanto ao evento, sobre a programação, 20 (57,1%) responderam “bom”, 9 (25,7%) “excelente” e 6 (17,1%) “regular”; quanto aos temas abordados, 19 (54,3%) responderam “bom”, 9 (25,7%) responderam “excelente” e 7 (20%) responderam “regular”. A maioria dos estudantes considerou o conhecimento dos ministrantes em relação aos temas das atividades “excelente” (60%), seguido dos que acharam “bom” (34,3%) e “regular” (5,7%). Por fim, 94,3% disseram que indicariam a outras pessoas a participação neste evento. Conclusão: Conclui-se que os participantes da III JAFON que responderam o questionário de satisfação relataram, em sua maioria, opinião positiva e satisfação com relação aos temas, programação e palestrantes do evento. Palavras chaves: Fonoaudiologia; Satisfação; Evento; Jornada; opinião. 18 APRENDIZAGEM DA LINGUAGEM ESCRITA EM DEFICIENTES AUDITIVOS Ana Flávia de Sales Cândido¹; Bárbara Tayná Santos Eugênio da Silva¹; Juliana Maria Silva de Sousa¹; Débora Maria Evaristo Ferraz¹; Rayana Rodrigues Gonçalves 5 ¹ Universidade Federal da Paraíba, PB Modalidade: comunicação oral Resumo: o objetivo do presente artigo foi buscar na literatura científica informações que constatassem a aquisição e o desenvolvimento da linguagem escrita em deficientes auditivos. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando as bases de dados eletrônicas SCIELO e LILACS, extraindo artigos nacionais, dos últimos onze anos, publicados em português, resultando em uma amostra de 6 artigos e dois livros. Atualmente vem ocorrendo alterações nos processos educacionais para os surdos, tornando-se fundamental a inclusão destes nos diversos espaços socioculturais onde a Libras se constitui como língua de interlocução, colocando-os em diálogo com a linguagem escrita da língua portuguesa, sendo assim a realidade dos desafios enfrentados pelos deficientes auditivos no envoltório da aprendizagem da linguagem escrita é bem mais extensa do que imaginam, bem como a importância da família, daesfera acadêmica e do acompanhamento fonoaudiológico na concepção desta. Apesar de constatar necessidade de maiores estudos sobre tais assuntos, conclui-se que as alterações de interlocução da criança surda com o ouvinte e as experiências escolares errôneas deixam marcas na linguagem que interferem diretamente no processo de aprendizagem da língua escrita e da leitura tendo relação ainda com os contextos socioculturais em que o paciente em questão está inserido. 19 ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA REABILITAÇÃO DA DISFAGIA APÓS O TRATAMENTO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO: Uma Revisão Sistemática da Literatura Honória Honorato de Souza Neta¹; Álef Matheus Ferreira de Paulo¹; Mychelle Jeniffer dos Santos Souza Ferreira¹; Raphaela de Lima Cruz¹ ¹ Centro Universitário de João Pessoa, PB Modalidade: comunicação visual Introdução: O câncer de cabeça e pescoço (CCP) inclui uma variedade de tumores que acometem a cavidade oral, faringe, laringe, cavidade nasal, seios paranasais, tireóide e glândulas salivares. As principais modalidades de tratamento para as neoplasias de cabeça e pescoço são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia, isoladas ou associadas. As possibilidades de preservar a fala, a voz, a mastigação e o mecanismo de deglutição são sempre consideradas pela equipe multidisciplinar que está envolvida com o paciente, e o fonoaudiólogo é o profissional responsável pela reabilitação dessas funções. A disfagia decorrente do tratamento do CCP quando avaliada e tratada prontamente, permite uma reabilitação mais eficiente e segura, restabelecendo o aspecto nutricional, a saúde pulmonar e a qualidade de vida. Objetivo: Investigar a atuação fonoaudiológica na reabilitação da disfagia após o tratamento do câncer de cabeça e pescoço. Métodos: Pesquisa de caráter teórico, bibliográfica, de tipo exploratória e abordagem quantitativa. Foi realizada uma seleção e análise de publicações que possuíam como descritores os termos: Fonoaudiologia, Disfagia e Câncer de Cabeça e Pescoço (CCP). Consideraram-se apenas os trabalhos disponíveis gratuitamente on-line, em línguas portuguesa, publicados na plataforma Scielo, Pubmed, Medline e Lilacs, entre os anos 2012 e 2016. A qualidade dos estudos foi avaliada de acordo com um conjunto padronizado de critérios, como serem publicados na íntegra de modo que a qualidade metodológica do estudo poderia ser avaliada em conjunto com os resultados; publicados em base de dados gratuita e que tivessem a combinação dos três descritores. Resultados: 20 Foram identificados quinze estudos relacionados ao tema, porém três foram excluídos por não estarem completos e por não relatarem a Fonoaudiologia na reabilitação da disfagia no CCP. Dessa forma, doze foram incluídos nesse estudo, sendo sete abordando que a intervenção fonoaudiológica proporcionou de maneira satisfatória a melhora dos indivíduos disfágicos e os demais relatam além da redução da sintomatologia da disfagia, refletiu significativamente sobre a perda de apetite, odinofagia e xerostomia. Onde, 86% dos estudos relataram que a reabilitação fonoaudiológica é eficiente e contribui para a evolução positiva do paciente. Conclusão: Ante o exposto, fica evidenciado nesse estudo que a atuação fonoaudiológica na reabilitação da disfagia após o tratamento do câncer de cabeça e pescoço é extremamente eficaz para as manifestações das alterações provocadas pelo pós tratamento do CCP e proporciona uma melhor qualidade de vida para o indivíduo portador de tal patologia. É necessário então, difundir junto aos profissionais de saúde a necessidade da discussão de temas relacionados e da realização de maiores investigações para aperfeiçoar atuação fonoaudiológica na equipe multidisciplinar junto ao paciente com CCP. 21 ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA REABILITAÇÃO VESTIBULAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA Darllyana Thamyres Paulino Venancio¹; Laiane Gomes da Silva¹; Annacarla Carvalho Alves de Lima¹; Janaina Benício Marques¹; Karla Cybelle Bezerra Cavalcanti Alcoforado¹ ¹ Centro Universitário de João Pessoa, PB Modalidade: comunicação visual Introdução: A reabilitação vestibular vem sofrendo grande expansão dentro da fonoaudiologia, A reabilitação tem como objetivo rever a função de equilíbrio ou torná- lo próximo do normal, permitindo que o paciente novamente execute os movimentos que realizava antes do distúrbio vestibular, reintegrando o mesmo as atividades diárias. A Reabilitação Vestibular tem por finalidade orientar a execução de exercícios que, através de estímulos repetitivos, provocarão habituação das vias responsáveis pelos sintomas apresentados. Muitas vezes, torna-se difícil para o profissional das áreas correlacionadas, entender o que é e quando encaminhar para reabilitação. Muitos pacientes chegam a clinica escola com fortes tontura e/ou vertigem, associado de náuseas, e ao passar do tempo podemos perceber e escutar dos próprios pacientes uma melhora significativa, a habituação desse processo ocorre de forma gradativa no entanto o relato desses pacientes é muito positivo. A reabilitação acontece em grupo, então os pacientes costumam falar sobre seu processo de melhora, geralmente se ajudam, alguns pacientes que estão com crises fortes sentem mais vontade de continuar ao ouvir o depoimento de pacientes que já apresentam um quadro de evolução bem significativo. Iniciamos com exercícios mais simples, com o de estabilização do olhar e a cada sessão aumentamos o nível dos exercícios de treino de marcha com rotação sobre o eixo axial, outro exercício realizado são os de estimulação da orgnização sensorial, provendo informações sensoriais conflituosas ou privação sensorial associadas a movimentos de tronco e de rotação de cabeça. Sempre no final do atendimento realizamos orientações sobre a importância da realização do exercícios 22 passados para casa, pois o nosso objetivo é que a habituação ocorra de maneira eficaz e adequada. Objetivo: descrever a experiência das estagiárias do curso de fonoaudiologia no projeto de extensão de reabilitação vestibular. Material e método: as acadêmicas do curso de fonoaudiologia participaram do projeto de reabilitação vestibular, no período de agosto a dezembro de 2016. O projeto de extensão ocorreu no setor de audiologia da clinica escola de fonoaudiologia do UNIPÊ, na cidade de João Pessoa-PB. Inicialmente foi realizado a seleção dos prontuários de pacientes que realizaram a anamnese, como também o exame de vectoeletronistagmografia na clínica escola do UNIPÊ que apresentaram características de labirintopatias. Em seguida foi aplicado aos pacientes que são chamados para reabilitação vestibular a anamnese e um questionário, pois em seguida foram elaboradas e aplicadas diferentes atividades de acordo com as necessidades levantadas. Para realização das atividades, ou seja, exercícios para reabilitação vestibular foi utilizado um livro cujo o nome é condutas na vertigem. Resultado: O processo de assistência fonoaudiológica aos indivíduos com labirintopatias ainda está acontecendo. Conclusão: O projeto de extensão ainda está em andamento, mas há relatos de pacientes com melhoras nos sintomas de tontura após a realização da reabilitação vestibular, além disso essas melhoras também são observadas através da aplicação do DHI. 23 ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO INDIVÍDUO COM FISSURA LABIOPALATINA JÁ REPARADA: REVISÃO DE LITERATURA Honória Honorato de Souza Neta¹; Nilmara Thalita Alves Araújo¹; Shoyama Nadja da Silva Franco e Santos¹ ¹ Centro Universitário de João Pessoa, PB Modalidade: comunicação visual Introdução: As fissuras labiopalatinas são resultados das malformações que correspondem à falta de fusão entreos processos faciais embrionários, estabelecidas precocemente na vida intrauterina, mais precisamente até a décima segunda semana gestacional. Com extensão variada, podendo comprometer o lábio e palato, de forma isolada ou associada a uma síndrome. Sabe-se que para o tratamento adequado é necessário a atuação de uma equipe multidisciplinar, visando a reestruturação de suas funções e da inserção do fissurado no convívio social, para tal, enfocamos a atuação fonoaudiológica, que tem papel importante antes e após a realização das cirurgias ortodônticas de correção das fissuras. O tratamento deverá ser iniciado com cirurgias plásticas primárias reparadoras, denominadas de queiloplastia e palatoplastia. O fonoaudiólogo deverá procurar restabelecer as funções estomatognáticas (fala sucção, mastigação, deglutição e respiração) e atuar nas áreas da linguagem, voz e audição, quando alteradas. Objetivo: Investigar a atuação fonoaudiológica no indivíduo com fissura labiopalatina. Métodos: Pesquisa de caráter teórico, bibliográfica, de tipo exploratória e abordagem quantitativa. Foi realizada uma seleção e análise de publicações que possuíam como descritores os termos: Fonoaudiologia e Fissura Labiopalatina. Consideraram- se apenas os trabalhos disponíveis gratuitamente on-line, em línguas portuguesa, publicados na plataforma Scielo, Pubmed, Medline e Lilacs, entre os anos 2014 e 2016. A qualidade dos estudos foi avaliada de acordo com um conjunto padronizado de critérios, como serem publicados na íntegra de modo que a qualidade metodológica do estudo poderia ser avaliada em conjunto com os resultados; publicados em base de dados gratuita e que tivessem a 24 combinação dos três descritores. Resultados: Foram identificados quinze estudos relacionados ao tema, porém seis foram excluídos por não estarem completos e por não relatarem a Fonoaudiologia na fissura labiopalatina. Dessa forma, nove foram incluídos nesse estudo, sendo três abordando a atuação multidisciplinar com eficácia no tratamento em indivíduos com fissura labiopalatina e os demais relatam os resultados positivos das cirurgias ortognáticas e da atuação do profissional fonoaudiólogo, onde estes relatam que mesmo após a correção cirúrgica permanecem alterações principalmente de fala, que a tornam prejudicada quanto aos aspectos de articulação e ressonância. Conclusão: Foi visto que, as alterações persistentes após as cirurgias ortognáticas em indivíduos com fissura labiopalatina tem uma melhora significativa quando houve uma intervenção fonoaudiológica. Diante disso, é notável a necessidade do conhecimento da importância e do papel que o fonoaudiólogo desempenha nesses casos, e consequentemente a busca por esses tratamentos sejam melhores, garantindo assim, uma melhor qualidade de vida para os indivíduos fissurados. 25 BEM-ESTAR PSÍQUICO E SOCIAL DO INDIVÍDUO COM SUPERDOTAÇÃO/ALTAS HABILIDADES NO CONTEXTO FAMILIAR E ESCOLAR Autora: Nancy Sotero¹ ¹ Universidade Federal da Paraíba, PB Modalidade: comunicação oral Introdução: A temática da superdotação é permeada de mitos e definições inverossímeis acerca das características e desempenho destes indivíduos. A falta de informações sobre suas reais características pode ser fonte de sofrimento e conflitos psíquicos devido à carga de pressão e expectativas trazidas pela estigmatização destes termos, principalmente pela escola e a família. Objetivos: buscou-se identificar fatores que mais influenciam no bem- estar psíquico e social do indivíduo com altas habilidades/superdotação. Métodos: foi realizada uma revisão integrativa com busca pelos termos “superdotação” e “altas habilidades”, sendo incluídos artigos publicados entre os anos de 2011 e 2016 em língua portuguesa e inglesa, havendo análise de dezessete dos artigos encontrados. Discussão: Altas habilidades ou superdotação (AH/SD) podem ser compreendidas como um fenômeno multidimensional no qual são agrupadas características cognitivas, afetivas, psicomotoras e de personalidade em uma pessoa que apresenta um desempenho superior à média esperada para o grupo de mesma faixa etária. Sua ocorrência se dá pela interação entre três fatores: habilidade acima da média, motivação e criatividade. A OMS estima que 3,5% a 5% da população tenha desempenho acima da média, somando cerca de oito milhões de brasileiros em 2007. Esses alunos possuem Necessidades Educacionais Especiais uma vez que precisam de adaptações curriculares e do emprego de estratégias pedagógicas alternativas. A legislação brasileira assegura que o sistema regular receba esses alunos e os direcione para o atendimento nas Salas de Recursos Multifuncionais. As características e especificidades apresentadas pelas crianças com AH/SD constituem uma tendência ao 26 confrontamento com fontes de risco do desenvolvimento socioemocional. A cobrança exacerbada do alto desempenho em suas atividades com insatisfação dos pais podem também comprometer seu bem-estar psicológico. A desinformação sobre as características manifestadas nas AH/SD leva a uma associação entre a superdotação e tipos de personalidade neurótica, narcisista e histriônica, além de uma série de distúrbios, que não tem necessariamente relação com este fenômeno. O risco de bullying contra crianças com deficiência e/ou necessidade educacionais especiais chega a ser o triplo comparado a crianças com desenvolvimento típico, já que o alvo do bullying costuma ser diferenças individuais entre as crianças. Conclusão: Boa parte das adversidades sofridas pelos indivíduos com AH/SD é provocada pela inabilidade de nossa sociedade para lidar com a diferença, repudiando, excluindo e se fechando para os conhecimentos que poderiam corrigir os preconceitos incutidos no consenso geral. A solução para reduzir a discriminação está na informação, na propagação de conhecimentos verdadeiros sobre cada estas situações, promovendo o respeito a cada tipo de vivência individual e de grupo. 27 CARACTERIZAÇÃO DA TRIAGEM AUDITIVA EM BEBÊS COM MICROCEFALIA (REVISÃO SISTEMÁTICA) Cristian Luan da Silveira Macena¹; Laiane Gomes da silva¹; Caroline Souza de Abreu¹; Karla Cybelle Bezerra Cavalcanti Alcoforado¹ ¹ Centro Universitário de João Pessoa, PB Modalidade: comunicação visual Introdução: A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada,apresentando alterações biológicas, tornando-se possível apresentar alterações audiológicas Por estar incluídos no grupo dos sujeitos com Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva (IRDA) é necessáriaa realização da Triagem Auditiva Neonatal (TAN) onde serárecomendada a realização do exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOE) e o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (Peate).Objetivo: Descrever os resultados da triagem auditiva neonatal(TAN) em bebês com diagnóstico de microcefaliaassociado ou não ao zika vírus.Métodos: Foi realizado um levantamento bibliográficode artigos nas bases de dados SCIELO, LILACS,EBSCOhost e anais de congressos que discutem a relação da audição em bebês com microcefalia. Os estudos foram restritos do Brasil, com data entre 2011 à 2017. Resultados: Foi encontrado apenas um artigo e quatros anais de congresso que destacava os exames audiológicosem bebês com microcefalia.O artigo relatou sobre alteração na condução acústica em dois bebês com microcefalia. No outo estudo participaram da pesquisa 17 bebês que nasceram com microcefalia, apenas 4 não passaram no teste de emissões otoacústica transiente, no reteste 2 bebês passaram e os outros 2 bebês restantes continuaram com o resultado de falha no diagnóstico audiológico. Emoutra pesquisa foi realizado o exame de PEATE em 12 bebês,quando 9 apresentaram PEATE dentro dos padrões de normalidade para a idade e três com alteração bilateral, sendo cinco orelhas com ausência de respostas à 100 dBnHl e uma com limiar eletrofisiológico em 70dBnHl. Dentre os lactantes que apresentaram alteração no PEATE, três apresentam uma síndrome específica. Conclusão: Apesar da microcefalia ser uma fator de risco para perda auditiva de acordo com as diretrizes de estimulação precoce, não houve um alto índice de alteração audiológicas nos lactantes. 28 DISCUSSÃO E CONTEXTO DO RECONHECIMENTO DA NEUROPSICOLOGIA COMO ESPECIALIDADE DA FONOAUDIOLOGIA Autores: Nancy Sotero¹; Francisco Tiago Meireles da Silva¹; Renato Jônatas da Silva Araújo¹ ¹ Universidade Federal da Paraíba, PB Modalidade: comunicação visual Introdução: A Neuropsicologia e a Fonoaudiologia se aproximam em diversos âmbitos na área de atuação (na esfera teórica e/ou na clínica) e, dessa forma, é presumível a interseção entre as mesmas. Em 2014 ocorreu a criação e regulamentação da especialidade de Neuropsicologia em Fonoaudiologia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) por meio da resolução nº 466 de 22 de janeiro de 2015. O fonoaudiólogo especialista tem seu trabalho voltado para a relação entre as funções cognitivas e o processamento de estímulos auditivos, vocais, linguísticos e sensoriomotores orais, atuando com pacientes de todas as faixas etárias que apresentem disfunções neurológicas. Objetivo: Objetiva-se por meio deste trabalho descrever o processo de criação da especialidade de Neuropsicologia em Fonoaudiologia, detalhar o conteúdo das discussões e argumentos norteadores deste processo e levantar a contribuição teórica interdisciplinar produzida pela classe. Método: Fez-se um levantamento de cunho bibliográfico das etapas do processo de reconhecimento das novas especialidades por meio de análise das resoluções e pareceres, além de notícias e reportagens publicados pela CFFa e pelos Conselhos Regionais. Resultados: Após o levantamento, verificou-se que o processo de reconhecimento da especialidade durou de janeiro de 2012 a setembro de 2014, iniciando com discussões sobre a necessidade da criação de novas especialidades e realização de estudos técnicos de cada área sugerida. Foram elencadas quatro áreas e após isso, foi feita consulta pública, por meio de um formulário online, aos profissionais sobre a criação das novas especialidades, que obteve 81% dos votos favoráveis. Conclusão: Conclui-se que a criação da especialidade era de fato uma necessidade da categoria, o que pode ser atestado por meio dos documentos levantados e pela resposta dos profissionais à questão abordada. 29 DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM EM CRIANÇAS AUTISTAS Autores: Ana Flávia de Sales Cândido¹; Juliana Maria Silva de Sousa¹; Débora Maria Evaristo Ferraz¹; Rayana Rodrigues Gonçalves¹; Ruama Pereira Nunes¹ ¹ Universidade Federal da Paraíba, PB Modalidade: comunicação visual O autismo é definido como um distúrbio congênito do comportamento que se manifesta durante a infância. É marcado por uma alteração qualitativa, de gravidade variável, das interações sociais da comunicação verbal e não-verbal. O objetivo buscar na literatura cientifica informações que constatem correlações entre os distúrbios da linguagem e os transtornos do espectro autístico. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando as bases de dados eletrônicas SCIELO e LILACS, extraindo artigos nacionais, dos últimos dez anos, publicados em português, resultando em uma amostra de 8 artigos. A Revista Pró-Fono e a Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia foram as que mais publicaram sobre o assunto. O autismo é um transtorno que se manifesta durante a infância, apresentando diversos sintomas, como os quais, alterações da comunicação verbal e não-verbal, nas interações afetivas e sociais e entre outros, o seu diagnóstico é dado, principalmente, por exames comportamentais, observações clínicas e investigação por meio familiar, sendo o seu tratamento voltado no trabalho intensivo na aquisição das capacidades comunicativas e por meio de remédios. Conclui-se então que crianças portadoras de autismo apresentam grandes dificuldades de interação através da linguagem e necessitam de uma intervenção precoce para desenvolver tais habilidades, sendo o fonoaudiólogo o profissional mais habilitado para intervir. 30 EFEITOS DA QUIMIOTERAPIA E SUAS IMPLICAÇÕES NA AUDIÇÃO Autores: Ryan do Nascimento Duarte¹; Wigínio Gabriel de Lira Bandeira¹; Bernardo Coelho Pereira¹; Luís Augusto Lupato Conrado¹; Ana Karine Farias da Trindade Coelho Pereira¹ ¹ Universidade Federal da Paraíba, PB Modalidade: comunicação oral Introdução: Câncer é a nomenclatura atribuída às neoplasias, que são patologias estimuladoras do crescimento desordenado de células malignas, capazes de dissipar-se para qualquer outra região do corpo, atingindo tecidos e órgãos. O tratamento antineoplásico geralmente ocorre através da radio e/ou quimioterapia, estas podem gerar uma série de efeitos colaterais provocados pela radiação ou pelos quimioterápicos. Alguns quimioterápicos são ototóxicos, propriedade que danifica diretamente as células ciliadas na cóclea, o vestíbulo e a estria vascular, podendo causar uma perda auditiva do tipo sensorioneural. É de suma importância que os profissionais da área da saúde, especialmente os otorrinolaringologistas, tenham conhecimento acerca do assunto para que possam identificar a perda auditiva ou sintoma vestibular e: identificar o fármaco causador dos sintomas; eliminar ou atenuar os efeitos ototóxicos através da substituição ou diminuição da droga; estar alerta quando estiver tratando de pacientes que já foram submetidos ao tratamento com drogas ototóxicas. Objetivo: Informar sobre os principais fármacos utilizados na quimioterapia envolvidos com a perda auditiva e mostrar a ototoxicidade como assunto ignorado. Metodologia: Pesquisa de artigos publicados entre 2011 e 2016, no Portal de Periódicos CAPES e em outros sites de pesquisa acadêmica, referentes ao uso de quimioterápicos ototóxicos em pacientes submetidos ao tratamento antineoplásico. Os descritores utilizados isoladamente e em combinação, foram: cancer, chemotherapy, ototoxic e ototoxicity. Resultados: Foram encontrados 9 artigos, um em português, um em alemão e os outros em inglês, que abordavam diretamente os efeitos da utilização de quimioterápicos ototóxicos em seres humanos ou em animais. 31 Não foram empregados 8 artigos pelo fato de tratarem isoladamente de quimioterápicos ototóxicos, abordando principalmente a cisplatina que é o fármaco mais utilizado. Os artigos analisados expuseram os efeitos colaterais dos quimioterápicos ototóxicos, mostrando que estes podem provocar perdas auditivas momentâneas ou permanentes como resultados indesejados advindos juntamente aos danos corporais causados pelo tratamento. Os principais quimioterápicos ototóxicos utilizados são: oxaliplatina, quimina, salvarsan, tiossulfato de sódio, cisplatina, carboplatina, gentamicina, sulfato de canamicina, nitrogênio mostarda, 6-amino-nicotinamida, vincristina, altadifluorometilortinina, diclorometrotexato, lonidamina e alguns tipos de polifenóis. Embora que os profissionais de saúde estejam cientes de que a ototoxicidade pode acometer qualquer paciente o mais interessante é a realização de testes avaliativos em pacientes: com alteração da função renal; que se submeterão a altas doses ou a um tempo prolongado de uso de ototóxicos; com perda auditiva ou disfunção vestibular prévia, principalmente se tiver sido ocasionada pela utilização de ototóxicos; neonatais ou com mais de 65 anos. Conclusão: Os artigos trouxeram uma forte realidade que ainda é ignorada não possuindo a devida visibilidadepara que seja demonstrada a alta relevância que este assunto tem no tratamento antineoplásico, podendo assim, melhorar o tratamento, expondo de forma verdadeiramente explicita tais efeitos colaterais aos pacientes, que normalmente não são informados em relação aos mesmos. 32 ELETROESTIMULAÇÃO APLICADA A PACIENTES PORTADORES DE PARKINSON COM DISFAGIA OROFARÍNGEA LOGOPÉDICA- REVISÃO INTEGRADA Autores: Eriberto da Silva Costa Junior¹; Anderson Gonçalves Fernandes²; Raí dos Santos Santiago³ ¹ Faculdade Redentor, RJ; ² Universidade do Estado da Bahia, BA; ³ Universidade Federal do Espírito Santo, ES Modalidade: comunicação visual Objetivo: evidenciar os efeitos da aplicação da eletroestimulação em pacientes portadores do Parkinson com disfagia orofaríngea logopédica, por meio de revisão integrativa. Método: a partir da análise de publicações encontradas com os descritores “Deglutition disorders, electrostimulation, Parkinson's”. Considerou-se os trabalhos na íntegra, gratuitos, publicados a partir do ano de 2010 nas bases de dados PubMed, Medline e LILACS. Resultados: foram encontrados 17 artigos que após passarem por critérios de inclusão e exclusão, apenas 03 permaneceram para análise. Dois dos artigos analisados dividiram seus integrantes em dois grupos, um que comportava pacientes com disfagia orofaríngea logopédica e portadores da Doença de Parkinson (DP) em que recebiam estimulação elétrica de superfície (SES), variando os eletrodos em 3 posições diferentes e terapia tradicional da disfagia, e outro, de pacientes com mesmo acometimento anteriormente descrito, porém, receberam apenas terapia tradicional da disfagia ambos na região de cabeça e pescoço. O outro estudo utilizou três grupos distintos sendo, um com indivíduos portadores de DP e disfagia orofaríngea logopédica com terapia tradicional de disfagia e SES, outro com o mesmo acometimento anteriormente descrito, porém, recebeu apenas terapia tradicional de disfagia, e um último grupo de indivíduos saudáveis. Todos os grupos foram tratados em um período que variou de 15 dias a 3 meses com sessões diárias. Após os períodos de tratamento pode-se visualizar uma melhora significativa em ambos os grupos tratados com SES descritos nos estudos, todavia, não foram notadas diferenças significativas 33 entre os grupos dos estudos. Expondo que os resultados no grupo de indivíduos portadores de DP foram semelhantes ao grupo saudável e ao grupo tratado apenas com SES, indicando melhora em funções corticais e encefálicas (voluntárias e involuntárias), responsáveis pela deglutição. Os estudos analisados concluem que são necessárias mais pesquisas para avaliar o potencial terapêutico e o mecanismo da SES e seus efeitos nas vias neurais envolvidas na função da deglutição, salienta-se que o mecanismo da SES apesar de ser uma prática eficaz, não substitui a terapia convencional, e nem foi esse o intuito dos estudos, porém, sim, de mostrar um modelo terapêutico complementar àquele. Conclusão: Os estudos apontam que pacientes com disfagia orofaríngea logopédica, portadores da Doença de parkinson, obtiveram uma melhora significante com a terapia convencional complementada do uso do mecanismo de eletroestimulação muscular (NMES), comprovados através dos exames de avaliação endoscópica de fibra óptica de deglutição (FEES) e videofluoroscopia de deglutição (VSF). Revelando a eficácia do uso de terapia complementar além da terapia tradicional, e dando ênfase para a elaboração de mais estudos científicos nesta área. 34 IMPORTÂNCIA DO TESTE DA LINGUINHA PARA PREVENIR ALTERAÇÕES OROFACIAIS E DESMAME PRECOCE Autores: Laiane Gomes da Silva¹; Ruth Lopes do Nascimento¹ ¹ Centro Universitário de João Pessoa, PB Modalidade: comunicação visual Introdução: O teste da linguinha é importante para o diagnóstico e tratamento precoce das limitações dos movimentos da língua devido à anquiloglossia (frênulo curto), causadas pela língua presa que podem comprometer as funções exercidas pela língua como, por exemplo: sucção, mastigação, deglutição e fala. O frênulo lingual é uma prega mediana de túnica mucosa que conecta a língua ao assoalho da boca, permitindo sua parte anterior mover-se livremente. É importante ressaltar que os bebês com alterações nessa pregada língua podem apresentar dificuldades para sugar, o que afeta tanto o bebê quanto a mãe. Os problemas mais percebidos incluem dificuldades na pega, dor no seio materno, e sinais de insatisfação do bebê, como alimentação freqüente ou continua geralmente com agitação. Objetivo: descrever a importância de implantar o teste da linguinha nas secretarias de saúde do município com a finalidade de prevenir alterações de alimentação e fala em neonatos e crianças, além de realizar um apanhado das principais alterações que o frênulo lingual encurtado pode provocar nos neonatos e crianças. Metodologia: foram selecionados artigos para revisão bibliográfica no período de 2012 a 2017 através da base de dados de Bireme, Lilacs e revista CEFAC. Foram selecionados estudos que retratavam a importância do teste da linguinha em neonatos e crianças. Resultados: o teste da linguinha é muito importante para diagnosticar alterações no frênulo lingual e consequentemente evitar imprecisão articulatória, limitação do movimento lingual, protusão de língua com formação de um coração no seu ápice, língua com postura no assoalho da boca, dificuldade de sucção, mastigação ineficiente, deglutição alterada e distorção ou troca de fonema. Conclusão: mesmo diante da escassez de trabalhos nessa área é importante enfatizar que os artigos estudados mostram que diagnostico precoce torna-se um importante caminho para prevenção de problemas de amamentação e alterações orofaciais. 35 O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA LIGA ACADÊMICA DE FONOAUDIOLOGIA FORENSE DA BAHIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Anderson Gonçalves Fernandes¹; Flávia Pereira Caraíbas¹; Eriberto da Silva Costa Júnior² ¹ Universidade do Estado da Bahia, BA; Faculdade Redentor, RJ Modalidade: comunicação oral Objetivo: Relatar as contribuições resultantes da experiência de implantação da Liga Acadêmica de Fonoaudiologia Forense da Bahia (LAFFOR-BA). Método: O processo de criação da LAFFOR-BA está sendorealizado por 12 acadêmicos de fonoaudiologiada Universidade do Estado da Bahia (UNEB), sob a orientação de uma professora fonoaudióloga da faculdade e cooperação de uma fonoaudióloga perita. Para tanto, os estudantes estão promovendo reuniões periódicas para planejar todo o processo e estão embasando-se na experiência de participação dos membros em outras ligas, e também pelas contribuições da LAFFOR- GO. Resultados: A liga visa complementar a formação acadêmica, por meio de atividades que atendam os princípios do tripé universitário de ensino, pesquisa e extensão. O campo da fonoaudiologia na ciência forense é amplo, porem desconhecido por muitos. Tal fato impulsionou os estudantes a idealizarem a criação de uma liga acadêmica no sentido de preencher essa lacuna. Inicialmente, as reuniões tiveram como foco o estudo sobre a área da Fonoaudiologia Forense, a discussão sobre o tema com base nos materiais oferecidos pela LAFFOR-GO, o entendimento sobre os princípios de uma Liga Acadêmica, as etapas necessárias para a sua criação e a construção do estatuto. O estudo sobre a área possibilitou aos participantes uma introdução ao conhecimento sobre a Fonoaudiologia Forense, o que aumentou a motivação de todos os envolvidos. As pesquisas e discussões acerca da função de uma liga acadêmica, do seu funcionamento e do que é necessário para a sua implantação muniu os estudantes para dar os passos seguintes. A procura de um orientador foi difícil, exatamente pornão haver, na Universidade, professores que trabalhem na área da Fonoaudiologia Forense. 36 Assim, o convite foi realizado e aceito por uma professora que apresenta experiência em voz e expressividade. A continuação do processo se deu com as reuniões para a criação do estatuto. O ultimo passo necessário para a implantação da liga é a oficialização por meio dos trâmites burocráticos da Universidade, que serão realizados para que as atividades da liga possam ser validadas. Ao fim desse processo, a LAFFOR – BA se tornará a segunda Liga Acadêmica de Fonoaudiologia Forense do Brasil, pioneira na região nordeste, e única da área de ciências forenses da Bahia. Conclusão: Diante do exposto, é possível afirmar que a criação de uma liga está relacionada a uma postura proativa e autônoma dos estudantes no processo de formação. Além disso, a discussão sobre a criação da liga aponta para o potencial da LAFFOR-BA em possibilitar o ensino, pesquisa e extensão no que tange a fonoaudiologia forense, frente às limitações causadas pelo déficit de componentes curriculares destinados à perícia fonoaudiológica. 37 PRÁTICAS EDUCATIVAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE OFICINAS REALIZADAS POR DISCENTES DO CURSO DE FONOAUDIOLOGIA Autores: Érica Guedes¹; Iam de Cerqueira Oliveira¹; Júlia Escalda¹ ¹ Universidade do Estado da Bahia, BA Modalidade: comunicação oral Introdução: O trabalho em grupo, na forma de oficinas, possibilita a quebra da tradicional relação vertical que existe entre o profissional da saúde e o sujeito da sua ação. É uma estratégia facilitadora da expressão individual e coletiva das necessidades, expectativas, circunstâncias de vida e determinantes sociais que influenciam a saúde. O espaço grupal, mediado pelo diálogo, possibilita a construção coletiva de novos saberes em Fonoaudiologia por meio do encontro da reflexão com a ação. Objetivo: Relatar o percurso metodológico da construção de oficinas realizadas no projeto de monitoria de ensino da disciplina “Práticas Educativas e Saúde” realizado em uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública do estado da Bahia em 2017. Metodologia: Trata-se de relato de experiência acerca do processo de desenvolvimento e realização de oficinas de Educação e Saúde voltadas para discentes do curso de Fonoaudiologia. Para construção das oficinas, iniciou-se a mediação da fundamentação teórica pela docente responsável pelo no componente curricular. Nessa etapa foram abordados conceitos e práticas da Educação e Saúde no campo da Fonoaudiologia, baseados nos pressupostos teóricos da educação crítica freiriana. Em seguida, foram realizadas oficinas em sala de aula, mediadas pela docente e pelos monitores de ensino da disciplina, com o foco na vivência pelos estudantes de práticas horizontais. Na terceira etapa, os graduandos do componente curricular do 3° semestre discutiram sobre o público-alvo e optaram por realizar as práticas com os dois primeiros semestres do curso. Em uma roda de conversa com discentes do 1o e 2o semestres verificaram, então, os interesses e demandas dos mesmos. Dessa forma, o planejamento das oficinas foi voltado para as diferentes áreas do campo da 38 Fonoaudiologia. O processo foi finalizado com uma avaliação geral das oficinas, os resultados alcançados e a produtividade das discussões realizadas. Resultados: Os grupos de trabalho dos graduandos resultaram em 10 dinâmicas de grupo sobre temas nas diferentes áreas da fonoaudiologia, a saber: voz, audiologia, linguagem, motricidade orofacial e cervical e fonoaudiologia forense. Os estudantes construíram uma grande oficina intitulada “II Fono em Foco” na qual as atividades foram realizadas em um sábado na universidade durante o primeiro semestre letivo de 2017. Participaram das oficinas a docente responsável e os dois monitores de ensino; 20 discentes do 3° semestre e 36 graduandos dos 1° e 2° semestres do curso de Fonoaudiologia da IES. Conclusão: O processo de construção das oficinas possibilitou aos graduandos e monitores uma construção em conjunto que atendesse às demandas do público-alvo e promoveu ações de educação e saúde voltadas para transformações nas práticas verticalizadas em saúde. O trabalho desenvolvido fomentou a discussão e a reflexão crítica sobre a importância de valorizar o conhecimento do outro, compreender expectativas e demandas dos grupos com os quais se trabalha. Além disso, a avaliação do grupo resultou em reflexões sobre o protagonismo social do fonoaudiólogo e sobre a necessidade de promover mudanças na formação dos futuros profissionais de saúde. 39 PRIMEIROS PASSOS NA SAÚDE COLETIVA ATUAÇÃO EM SAÚDE DA COMUNICAÇÃO HUMANA NA DINÂMICA DAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA Autores: Leonardo Gleygson Angelo Venâncio¹; Anderson Pedro da Rocha¹; Carina Sampaio Aquino¹; Gabriela Samanttha Cavalcanti do Nascimento¹; Tatiana de Paula Santana da Silva¹ ¹ Universidade Federal de Pernambuco, PE Modalidade: comunicação oral Introdução: A territorialização pode ser entendida como processo de observação, identificação e reconhecimento de determinada área, constituindo uma etapa imprescindível para organização da Estratégia de Saúde da Família por possibilitar planejamento de ações em saúde direcionadas às necessidades de uma comunidade. Com olhar direcionado a saúde individual e coletiva, a Fonoaudiologia faz conexão direta nesse seguimento com vistas a promoção da saúde da comunicação humana, inclusive através de práticas que englobam a esfera de ensino-aprendizagem dos futuros profissionais. Objetivos: Descrever vivências relacionadas ao reconhecimento e caracterização do território, bem como o acompanhamento das ações desenvolvidas dentro de uma Unidade de Saúde da Família (USF) durante o Estágio de Saúde Coletiva I. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e transversal que reflete a mostra de experiências dos graduandos de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Pernambuco, desenvolvido em uma USF do município de Recife – Pernambuco durante a disciplina de Estágio em Saúde Coletiva I, no período de março a maio de 2017. O público alvo foi constituído pelos usuários cadastrados na unidade em que as ações desenvolvidas foram divididas em duas etapas, a saber: Etapa 1- reconhecimento e caracterização do território; Etapa 2- Acompanhamento e participação nas rotinas de atendimento da USF. Resultados : Na etapa 1 foi verificado que o território acompanhado, pertence ao distrito sanitário IV, Zona Oeste do Recife atendendo a quatro comunidades contando com 4 equipes de saúde com um total de 38 profissionais de saúde e 40 10 profissionais administrativos. As Condições sanitárias e geográficas do território englobam ruas sem calçamento e pavimentação, com iluminação pública, pouco saneamento básico e alguns pontos com esgoto e lixo expostos. Facilidade de acesso a transportes coletivos, com poucas linhas em circulação. As comunidades apresentam condições econômicas, sociais e culturais em sua maioria desfavoráveis, caracterizados por moradias de alvenaria, com muitos moradores por residência e casos de desemprego, tendo renda proveniente benefícios sociais. Na localidade existem comércios de pequeno porte, poucos equipamentos sociais e ausência de liderança comunitária eleita pela população. As condições de saúde das comunidades caracterizam-se por índices altos de doenças crônicas não infecciosas (hipertensão e diabetes), alto número de gestantes, crianças e idosos. Na etapa 2, foi possível acompanhar as rotinas de trabalho na Unidade desenvolvendo atividades na recepção; regulação; acolhimento; sala de vacina; consulta de pré-natal, atendimento individual do médico e enfermeiro e visitas domiciliares. Nestes espaços/momentosos alunos contribuíram com as ações de orientação e matriciamento com vistas ao desenvolvimento e manutenção da saúde da comunicação humana. Conclusão: As vivências relatadas desvelam um importante momento na formação do discente de Fonoaudiologia com vistas a maior compreensão dos fatores que interferem no processo saúde-doença, ajudando a formar profissionais críticos, conhecedores da realidade local através da integração do ensino à situação de saúde de determinada população. 41 PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO A PAIS PARA ESTIMULAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Rafaela Sena dos Santos¹; Claudya Katharyni Tito Xavier de Lucena¹; Hellen Tatyanne da Silva Barbosa¹; Vitória Carolina Morais Brazil¹; Ana Manhani Cáceres Assenço¹ ¹ Universidade Federal do Rio Grande do Norte, RN Modalidade: comunicação visual Resumo: Este relato trata da experiência na versão piloto do “Programa de orientação a pais para estimulação do desenvolvimento da linguagem” realizado entre setembro e novembro de 2016. Esse programa de extensão busca oferecer aos pais de crianças com atraso no desenvolvimento da linguagem orientação sobre estratégias que possam favorecer a aquisição de habilidades comunicativas. Ao mesmo tempo, o programa visa oferecer aos estudantes de Fonoaudiologia a possibilidade de aprender na prática sobre o desenvolvimento da linguagem e suas alterações. Quatro famílias com crianças de idade entre 1 ano e 7 meses e 2 anos e 6 meses que estavam inscritas na lista de espera da Clínica Escola de Fonoaudiologia foram convidadas a participar do programa. Todas as crianças eram do gênero masculino e apresentavam queixa de atraso na fala e haviam sido encaminhadas para avaliação fonoaudiológica por outros profissionais da saúde e/ou por preocupação dos pais. Apenas um dos meninos apresentava alterações associadas. Todos ainda faziam uso de mamadeira e fralda, dormiam em média 10 horas por noite, não frequentavam escola, e no geral seu contato com tecnologia se restringe à televisão. Durante o processo, todos foram encaminhados para avaliação audiológica para descartar a possibilidade de perdas auditivas. O programa foi desenvolvido na própria clínica escola e foi composto por cinco encontros com intervalos de 15 dias. O primeiro encontro consistiu em entrevista inicial, os três seguintes foram de orientação aos pais e estimulação das crianças, e o último consistiu em uma devolutiva às famílias sobre a percepção da evolução das crianças durante o processo. Os encontros 42 de orientação aos pais abordaram aspectos do desenvolvimento infantil, enfatizando a importância do ambiente para o desenvolvimento da linguagem. Os temas discutidos foram manutenção do uso de mamadeira, chupeta e fralda; impacto dos hábitos alimentares e do sono na infância; necessidade de interação com outras crianças e benefícios de frequentar ambiente escolar; prejuízos do uso excessivo de tecnologias; além de estratégias facilitadoras da comunicação, como ficar na mesma altura que a criança para falar, articular mais lentamente, esperar a resposta da criança e estimular o desenvolvimento da brincadeira simbólica. O programa contou com a participação de quatro discentes de períodos distintos do curso (2º e 4º) que atuaram sob supervisão da docente, que avaliaram a experiência como sendo bastante positiva e com inúmeros benefícios. Por ainda não terem contato com a prática clínica, todas sentiam medo e insegurança em lidar com situações reais; com pessoas e seus anseios e preocupações; e com a possibilidade de errar. Na avaliação das extensionistas, uma barreira foi vencida a cada encontro, sempre com ajuda mútua. Ao longo das sessões a teoria ia se mesclando com a prática, e isso se refletiu na interação com as crianças, que foram perdendo o medo das “estranhas” que as abordavam e passaram a contribuir muito com as estimulações nas sessões. As oportunidades oferecidas no programa proporcionaram às discentes um conhecimento maior quanto ao desenvolvimento infantil e aquisição da linguagem, além de construir uma consciência articulada com a prática clínica em linguagem. 43 RELAÇÃO ENTRE A ACADEMIA E A PRÁTICA FONOAUDIOLÓGICA HOSPITALAR - RELATO DE EXPERIÊNCIA DE VIVENCIA NA LIGA ACADÊMICA DE FONOAUDIOLOGIA HOSPITALAR DA BAHIA Autores: Anderson Gonçalves Fernandes¹; Eriberto da Silva Costa Júnior² ¹ Universidade do Estado da Bahia, BA; ² Faculdade R edentor, RJ Modalidade: comunicação oral Objetivo: Relatar as contribuições resultantes da experiência de vivência da Liga Acadêmica de Fonoaudiologia Hospitalar da Bahia (LAFH-BA), da Faculdade de Fonoaudiologia do Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Método: A LAFH-BA é constituída por 9 acadêmicos de fonoaudiologia sob orientação de uma professora fonoaudióloga da faculdade e cooperação de um fonoaudiólogo residente de UTI. Resultados: O meu ingresso na liga ocorreu no terceiro período do curso, e desde então adquiri muito conhecimento sobre a área, que já era um objetivo de inserção profissional. Há três períodos faço parte da liga, no primeiro período fui membro aspirante, no segundo como coordenador da área científico e extensão e agora no terceiro integrando a coordenação de comunicação. Tem sido uma experiência singular, e de privilégio de alguns, com encontros semanais, através de sessões fechadas (apenas para ligantes) e sessões abertas ao público em geral, discutir e aprofundar em alguns temas, assim como promover eventos. Na UNEB, há apenas dois componentes de fonoaudiologia hospitalar, no 8º e 9º período (uma disciplina teórica e um estágio), o que não é suficiente para aqueles que pretendem, pós-formados, trabalhar nessa área, isso leva a algumas reflexões. Porque a graduação não se insere mais no ambiente hospitalar em uma tentativa de equilíbrio com a clínica? Porque não ter contato mais cedo com pacientes hospitalizados, para se adquirir mais experiência? Essa vivência possibilitaria aos estudantes perceber mais cedo, o quanto a demanda de pacientes é grande, no que tange a SUS, e o papel do fonoaudiólogo hospitalar em contribuir para agilizar o 44 processo de alta hospitalar o que leva à redução de custos e liberação de leitos hospitalares, dentre outros fatores benéficos, que a literatura já descreve. Essa inserção do fonoaudiólogo nos hospitais contribui para a valorização profissional. A participação na LAFH tem me possibilitado o contato com a área previamente às disciplinas ofertadas. Durante esse tempo percebi que o campo da fonoaudiologia hospitalar pleiteia o paciente ainda no leito, de forma precoce, preventiva, intensiva, pré e pós-cirúrgica com o objetivo de impedir ou diminuir as sequelas que a patologia-base pode deixar. Nessa área o fonoaudiólogo utiliza seus conhecimentos gerais de forma aplicada ao paciente hospitalizado, como por exemplo, em Motricidade Orofacial e Disfagia: Pacientes com Paralisia Facial, Câncer de Cabeça e Pescoço, neurológicos, prematuros, e queimados; Audiologia: Programa de Triagem Auditiva Neonatal, Implante Coclear; Voz: Câncer de Cabeça e Pescoço, Laringectomizados; Linguagem: principalmente com pacientes afásicos. Porém, muitas graduações privilegiam mais uma área e deixam a desejar em outras. É nesse contexto que surge o papel da Liga Acadêmica em complementar a formação, por meio de atividades que atendam ao tripé universitário de ensino, pesquisa e extensão. Conclusão: Esta experiência evidencia a liga acadêmica, sustentada pelo tripé universitário de ensino, pesquisa e extensão no que tange a fonoaudiologia hospitalar, frente às limitações causadas pelo déficit burocrático para ocorra uma formação mais ampla na área, que promova
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