Buscar

Introdução à Fonoaudiologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO À 
FONOAUDIOLOGIA
PROF.A JÉSSICA ANGELICA RIBEIRO
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional:
Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim 
Mariana Tait Romancini 
Produção Audiovisual:
Heber Acuña Berger 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão da Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
33WWW.UNINGA.BR
U N I D A D E
01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
1 - BREVE APRESENTAÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA ............................................................................................... 5
2 - HISTÓRICO DA FONOAUDIOLOGIA NO MUNDO ............................................................................................... 5
3 - FONOAUDIOLOGIA NO BRASIL ........................................................................................................................... 6
3.1. CONSELHO FEDERAL E REGIONAIS DE FONOAUDIOLOGIA ........................................................................... 9
3.2. SÍMBOLOS DA FONOAUDIOLOGIA .................................................................................................................. 12
3.2 LEIS QUE REGULAMENTAM A FONOAUDIOLOGIA ........................................................................................ 14
HISTÓRICO DA FONOAUDIOLOGIA, 
LEIS E REGULAMENTAÇÕES 
PROF.A JÉSSICA ANGELICA RIBEIRO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
INTRODUÇÃO À
FONOAUDIOLOGIA
4WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
A disciplina de Introdução à fonoaudiologia abordará noções básicas da área para situar 
o acadêmico quanto ao histórico profissional, às leis que regulamentam a profissão, as áreas 
de atuação, o inter-relacionamento da fonoaudiologia com outras áreas de conhecimento e os 
conceitos básicos profissionais que irão embasar o aluno para o estudo de disciplinas posteriores. 
Na primeira unidade, os assuntos que serão abordados estão divididos em: Histórico 
da fonoaudiologia no mundo, histórico da fonoaudiologia no Brasil, símbolo da fonoaudiologia 
– descrição e significado, leis que regem a profissão e resoluções acerca das especialidades do 
profissional fonoaudiólogo. Entendemos que o estudo do histórico da profissão e o conhecimento 
de suas origens são fundamentais para que o acadêmico crie uma identidade com sua área de 
estudo e sua futura profissão.
5WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
1 - BREVE APRESENTAÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA
Fonoaudiologia é a ciência da saúde, que tem como objeto estudar as funções 
neurovegetativas e a comunicação humana. Preocupa-se com a melhora da qualidade de vida 
do ser humano, atuando desde a prevenção até a reabilitação. Dessa forma, atende desde a 
gestante até o idoso. O fonoaudiólogo trata os aspectos relacionados à linguagem oral e escrita, 
audição central e periférica, voz, fluência e funções do sistema estomatognático como sucção, 
respiração, deglutição e mastigação. Ao se formar em Fonoaudiologia, o profissional pode optar 
por trabalhar sozinho ou em equipe multidisciplinar com fisioterapeutas, psicólogos, pedagogos, 
médicos, dentistas e outros profissionais, segundo Uningá (2018).
A formação em fonoaudiologia apresenta uma profissão generalista com atuação em 
caráter preventivo, curativo como também estético. A nossa disciplina visa propiciar ao aluno 
conhecimentos básicos sobre a profissão e motivá-lo a avançar na sua trajetória de formação 
profissional. 
2 - HISTÓRICO DA FONOAUDIOLOGIA NO MUNDO
Utilizamos como referência o documento sobre o estudo sincrônico da Fonoaudiologia 
no Brasil e o histórico da profissão no mundo, que foi realizado por meio de um trabalho conjunto 
da APROFERJ, hoje atual SINFERJ, e da Sociedade Brasileira de Logopedia, hoje extinta. O 
documento foi redigido pelos seguintes fonoaudiólogos: Paulo Goulart, Sandra Alves Goulart, 
Solange Issler, Marjorie Hasson, Mara Dantas e publicado no Jornal Brasileiro de Reabilitação 
– Órgão Oficial de Entidades da Reabilitação – Nº 4 – Volume IV – Edições 15 e 16 – junho e 
setembro de 1984. O intuito do documento foi fornecer subsídios junto ao Poder Legislativo e 
Executivo do Governo a fim de aprovar a regulamentação da profissão. 
O trabalho faz referência a personalidades da antiguidade, que se ocuparam sobre o estudo 
das patologias da linguagem, em especial, sobre a surdez, como Aristóteles e Santo Agostinho, 
considerando-os como os primeiros fonoaudiólogos intuitivos e preocupados com reabilitação.
Demóstenes é mencionado como fundador clássico da fonoaudiologia por usar treinos 
com o objetivo de melhorar sua locução. Ele utilizava seixo (pedra) entre os dentes durante a 
fala e recitava poemas enquanto corria contra o vento pela areia da praia, assim, ele conseguiu 
melhorar sua gagueira e foi considerado por historiadores como um dos melhores oradores do 
seu tempo.
Acesse o link: http://crefono1.gov.br/a-fonoaudiologia/historia/ e leia na íntegra o 
documento que foi publicado no Jornal Brasileiro de Reabilitação – Órgão Oficial 
de Entidades da Reabilitação – Nº 4 – Volume IV – Edições 15 e 16 – junho e 
setembro de 1984.
6WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
O sobrenome Bell também contribuiu muito com a fonoaudiologia, pois Charles Bell 
trabalhou como professor de elocução, Neville Bell também lecionou elocução e fonética e criou 
o visible speech, um sistema de análise visual da onda sonora. Alexandre Graham Bell, por sua 
vez, trabalhou durante a vida com educação de surdos e a comunicação.
Em 1900, ocorreu o reconhecimento da profissão fonoaudiólogo na Hungria, nos 40 anos 
subsequentes Áustria, Nova Zelândia, Alemanha, Noruega, e Iugoslávia também reconhecem a 
profissão. Nos anos 60, mais onze países entram nessa lista.
No século XX, houve, então, avanços consideráveis para a profissão. Devido às questões 
levantadas a respeito da fonética, da linguística, da física acústica e das ciências médicas, 
iniciaram-se os primeiros estudos sistemáticos para estes profissionais que eram chamados de 
elocucionistas ou fonéticos, que, até então, utilizavam tratamento médico com a terapia elocutiva 
baseada no estudo de uma fonética muito rígida e mecanicista.
Saussure, com sua obra sobre língua e linguagemestudadas cientificamente, contribuiu 
muito para a fonoaudiologia, abrindo possibilidades teóricas e organizando o campo de estudo 
desta profissão.
Nos anos 50, nos Estados Unidos, nasceu a 1ª Teoria da Comunicação. Psicólogos, 
matemáticos, engenheiros eletrônicos e físicos acústicos se reuniram para estudos, e, a partir daí, 
trilharam um caminho para estudar linguagem dentro das Ciências da Comunicação.
A audiologia, desde o início, esteve incorporada à fonoaudiologia, devido à necessidade 
de se estudar não só a linguagem expressiva como também a receptiva. Os conhecimentos dessa 
ciência originaram-se da Física Acústica e da Engenharia Eletrônica, que com o passar dos anos 
passou a ser usada no diagnóstico médico e na avaliação da audição humana.
O primeiro audiômetro surgiu nos Estados Unidos e, inicialmente, seu uso era voltado 
para o estudo da logoaudiometria, ou seja, medida das palavras, o uso para topodiagnóstico 
médico realizado até hoje ocorreu posteriormente.
Esse contexto de crescimento dos estudos na área ganha ainda mais força após as duas 
grandes guerras mundiais, em vista de que muitos soldados feridos precisaram de reabilitação, 
tanto no campo da linguagem receptiva como da linguagem expressiva, o que possibilitou novos 
estudos e desenvolvimento de técnicas e cuidados com essa população de “homens mutilados” 
(LACERDA et. al, 1998).
3 - FONOAUDIOLOGIA NO BRASIL
A Fonoaudiologia, ou logopedia, ou estudos da fala e da audição, como eram também 
chamados, surgiu por volta da década de 30 no Brasil, devido à necessidade de um profissional 
que se preocupasse com a prevenção da saúde e também com questões relacionadas a erros de 
linguagem dos escolares, segundo CFFa (2018).
Na década de 30, o contexto nacional era de movimento nacionalista e de 
desenvolvimentismo, havia a busca por uniformizar a língua como um fator de unidade nacional, 
existia preocupações quanto à estética da língua nas artes e nas “variações dialéticas e patológicas 
na fala das crianças” surgiram então os ortofonistas, mostra Lacerda (1998, p. 13).
Os ortofonistas tinham como objetivo trabalhar a pronúncia correta dos sons da língua 
e estavam ligados ao magistério, porém, com necessidade de especialização em reabilitação 
(reeducação), o que os aproximavam da área médica e lhes garantiam status privilegiado entre as 
profissões, coloca Cavalheiro (1997, p. 179). 
7WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
Após as guerras mundiais, mesmo o Brasil não tendo ligação direta com elas, foram 
enfatizadas as demandas de reabilitação, aproximando a fonoaudiologia do campo médico em 
razão da necessidade de desenvolver técnicas para reabilitação dos soldados feridos em diversos 
campos das ciências da saúde, na fonoaudiologia surgiram trabalhos importantes sobre avaliação 
e reabilitação auditiva e reabilitação da linguagem e fala, afirma CFFa (2018) e LACERDA (1998). 
Na década de 60, surgiram os primeiros cursos de fonoaudiologia no país, primeiramente 
na Universidade de São Paulo (USP) e hoje espalhados por todo o país em aproximadamente 100 
faculdades, segundo o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa, 2018). 
Inicialmente, o curso da USP teve uma visão médica e estava ligado à clínica de 
otorrinolaringologia. Tinha como critério de seleção que os candidatos fossem professores 
formados com experiência em trabalhos ligados a crianças excepcionais, e mesmo se fossem 
ligados à área médica (tendo a doença como objeto de estudo), era associado à área educacional. 
Já na PUC de São Paulo, o curso estava ligado à clínica de psicologia, e surgiu devido a necessidade 
da busca de soluções para os problemas escolares. A partir da oficialização dos cursos que nesse 
momento tinham o status de especialização, a fonoaudiologia busca se firmar como atividade 
prática e especializada, explica Cavalheiro (1997).
Por sua história e características, a Fonoaudiologia, hoje, pode ser compreendida 
como pertencendo ao campo das ciências humanas, se considerar-se que 
seu interesse central é a comunicação humana. Por outro lado, ela pode ser 
compreendida como pertencendo ao campo das ciências da saúde, se considerar-
se que seu interesse volta-se, principalmente para a saúde do indivíduo no 
tocante às alterações da comunicação humana. Entretanto, ela foi tomada como 
esfera que procura conhecer o homem enquanto sujeito comunicante, estamos 
inserindo-a num campo epistêmico interdisciplinar e multidisciplinar que 
interage e dialoga com as ciências biológicas, com as ciências da linguagem e da 
comunicação (LACERDA, 1998, p. 14). 
O currículo do curso publicado em 1976 trazia disciplinas voltadas para a reabilitação, 
mas havia a disciplina Elementos de Pedagogia à Didática Especial, que demonstra a presença das 
questões escolares, informa Cavalheiro (1997). Com o aumento dos estudos na área, e aumento 
dos profissionais, houve a organização destes e a formação dos órgãos de classe, iniciando 
com a American Speach, Hearing and Language Association (ASHA), órgão atuante, e forte até 
hoje, nos Estados Unidos. No Brasil, o primeiro órgão de classe foi a Associação Brasileira de 
Fonoaudiologia, fundada em 1962. Durante anos, os profissionais lutaram para que o curso de 
Fonoaudiologia fosse um curso superior de longa duração. 
Em 9 de dezembro de 1981, finalmente, o Deputado Otacílio de Almeida conseguiu 
aprovação dos projetos e a Lei nº 6965/81 foi homologada pelo Presidente da 
República.
8WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
Art. 1º - É reconhecido em todo o Território Nacional o exercício da profissão 
de Fonoaudiólogo, observados os preceitos da presente Lei”. Parágrafo único. 
“Fonoaudiólogo é o profissional, com graduação plena em Fonoaudiologia, que 
atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapias fonoaudiológicas na área da 
comunicação oral e escrita, voz e audição, bem como em aperfeiçoamento dos 
padrões da fala e da voz (BRASIL, 1981).
Surge, então, a partir do reconhecimento e da definição referida na Lei, à possibilidade de 
atuação não só na avaliação e reabilitação, mas na prevenção também. 
Lacerda et al. (1998, p. 10) definiu o profissional fonoaudiólogo:
O fonoaudiólogo é responsável pela saúde da comunicação humana. Comunicação 
é uma característica humana que pode ser observada ao longo da vida, através de 
padrões mais ou menos desenvolvidos. O doente fonoaudiológico sofre de uma 
manifestação patológica que altera a saúde fundamentalmente pelo sofrimento; 
pela perda ou insucesso da capacidade fundamental e estrita de espécie, que é 
a de processar a produção e expressão de suas ideologias e do poder de, pela 
palavra, criar e transformar o mundo.
Podemos observar que esta visão do trabalho fonoaudiológico pauta-se na doença, 
portanto, no trabalho de reabilitação desses doentes. 
Limongi (1990) afirma que o trabalho do fonoaudiólogo trazendo as ideias de prevenção 
e promoção de saúde a partir de uma intervenção social, saindo de uma concepção saúde doença, 
para abrir espaços para questões educacionais, sociais e clínicas. 
Ao se pensar em um indivíduo que apresente alteração em uma ou mais das 
condições necessárias à comunicação efetiva, sejam elas físicas, psicológica, 
educacional ou social, e considerando-se esse mesmo indivíduo como um ser 
social, a atuação do profissional em questão deverá abranger o trabalho com 
o indivíduo e o meio. Esse meio será mais restrito ou mais amplo dependendo 
da idade, nível socioeconômico-cultural e da alteração apresentada. A partir do 
momento que o trabalho desse profissional é aceito e que se tem como objetivo 
prevenir, reeducar ou reabilitar, esta se falando em mudanças, sejam em nível 
do próprio indivíduo (pelo menos física e psicologicamente), sejam em nível 
social, considerando-se família, escola e trabalho. A atuação, portanto, se dá com 
transformações em vários níveis, ficando claro,dessa maneira, que a intervenção 
feita também se dará em tantos outros níveis (LIMONGI, 1990, p. 160).
A partir da regulamentação e da ampliação do campo de trabalho, o currículo mínimo foi 
reformulado e implantado em 1983, embora ainda muito restrito às ações de reabilitação. 
A autorização do curso pelo MEC ocorreu em 1977, na categoria bacharelado. A partir 
daí, foram criados os Conselhos Federal e Regionais, que regem os profissionais deste curso. 
A união dos profissionais faz com que o conselho seja ativo e atualize questões relacionadas à 
profissão, como as leis que foram criadas a partir do movimento da classe, mostra Cavalheiro 
(1997).
Em 1993, o Conselho Federal de Fonoaudiologia reuniu profissionais e promoveu o I 
Fórum de Formação Profissional, neste momento foi discutido sobre o currículo mínimo e este 
foi revisto para que a formação do profissional. Embora ainda hoje precisamos trilhar caminhos 
para que, de fato, a Fonoaudiologia não tenha apenas um enfoque clínico e atue em ações 
coletivas tanto no sistema educacional como no sistema de saúde, é preciso reconhecer que esse 
movimento vem se fortalecendo desde os anos 80, segundo Cavalheiro (1997).
9WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
3.1. Conselho Federal e Regionais de Fonoaudiologia 
O Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) e os Conselhos Regionais de 
Fonoaudiologia são autarquias com a função de fiscalizar o exercício profissional. O Conselho 
federal tem função normativa, ou seja, poder de definir as normas e atos que devem conduzir o 
exercício profissional. Os Conselhos Regionais devem zelar e fazer cumprir com o disposto na 
lei 6965/81, nas resoluções e portarias da entidade, além de expedir a documentação necessária à 
habilitação da atividade profissional, pois sem ela o exercício profissional é ilegal. A fiscalização 
é um procedimento que envolve desde a orientação até a autuação, se necessário. O objetivo é 
proteger e qualificar a atividade do fonoaudiólogo, que deve ser praticada dentro dos preceitos da 
lei e do seu código de ética (CFFª 2018).
Os conselhos Regionais são divididos em oito, e abrangem todas as regiões do nosso país:
• CRFª 1ª Região compreende o Estado do Rio de Janeiro; 
• CRFª 2ª Região, o Estado de São Paulo;
• CRFª 3ª Região, os Estados do Paraná e Santa Catarina;
• CRFª 4ª Região, os Estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba;
• CRFª 5ª Região, os Estados do Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Rondônia, Amapá, 
Tocantins, Goiás e Distrito Federal;
• CRFª 6ª Região, os Estados do Mato Grosso do Norte, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais 
e Espírito Santo;
• CRFª 7ª Região, o Estado do Rio Grande do Sul;
• CRFª 8ª Região, os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
10WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
Na Figura 1, podemos observar o número de profissionais fonoaudiólogos no Brasil, de 
acordo com as regiões de nosso país.
Figura 1 - Número de fonoaudiólogos no Brasil por Conselho Regional. Fonte: CFFª (2018).
11WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
Na figura 2, aparece o número de fonoaudiólogos divididos por Estado:
Figura 2 - Número de fonoaudiólogos no Brasil por Estado. Fonte: CFFa (2018).
12WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
3.2. Símbolos da Fonoaudiologia
Anterior ao símbolo adotado em 1998, tínhamos a insígnia acima. O Crefono 1 resgatou 
a história e levantou dados junto a profissionais, documentos, convites e anéis de formatura para 
compreender a representação dessa insígnia. Foi levantado que esta foi criada entre as décadas de 
1940 e 1950 e que é constituída pelo bastão e a serpente, pela pena e pelos ramos de café.
Figura 3 - Insígnia da Fonoaudiologia Fonte: Crefono 1 (2018).
De acordo com o texto publicado no site do Crefono 1, o bastão e a serpente estão 
presentes em diversos símbolos de profissões da saúde, e foram inspirados em Asclépio, a quem 
foi dado o poder da cura – lembrando que as representações são referências a mitologia grega. 
Portanto, segundo a mitologia, Asclépio era filho de Apolo e Coronis, e tornou-se discípulo de 
Quiron, que lhe ensinou sobre a cura por meio de plantas, banhos, terapias, jogos, músicas e 
dramatizações. Após ter sido fulminado com um raio por Zeus, por ter ousado ressuscitar os 
mortos, Asclépio passou a ser cultuado, por gregos e romanos como o “deus da cura”. Em várias 
esculturas gregas e romanas e em descrições de textos clássicos, Asclépio é sempre representado 
segurando um bastão com uma serpente em volta.
A serpente, em amarelo, representa a prudência, a vigilância, a sabedoria, a vitalidade, o 
poder de regeneração e a preservação da saúde. O bastão, em marrom, simboliza os segredos da 
vida terrena, o auxílio e suporte da assistência à saúde e o poder da ressurreição. A origem vegetal 
do bastão representa as forças da natureza e as virtudes curativas das plantas. Hoje, o bastão e a 
serpente têm sido utilizados por muitas profissões de saúde como forma de simbolizar o desejo 
pela manutenção, restabelecimento da saúde e da cura para os problemas de saúde física e mental. 
A pena, em cor branco rajado, representa o meio de comunicação humana mais primitivo e 
importante na história da civilização, desde os primórdios até a Idade Média.
A comunicação escrita foi criada por Toth, venerado e transformado em deus criador pelos 
antigos egípcios, desde que trouxera o uso da escrita hieroglífica, da alquimia, da matemática, da 
medicina, da arquitetura, da magia, enfim, a base de todas as ciências que levaram os egípcios a 
um altíssimo nível de conhecimento. Toth era o deus da Lua, da sabedoria, o medidor do tempo, 
e o inventor do sistema de escrita, criador dos hieróglifos e do sistema de numeração. 
13WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
Segundo Platão, Toth, também chamado por muitos de Hermes, foi o pai das letras, 
da geometria, revelador do uso dos números e da astronomia. Deixou mais de dois mil livros 
escritos, quase todos destruídos quando do incêndio da Biblioteca de Alexandria. 
Segundo a antiga tradição egípcia, Toth era a mente e a palavra falada de RA, deus egípcio 
criador do universo. A palavra constituía o poder com que RA objetivava suas ideias, po meio de 
Toth, considerado o deus protetor de todas as artes, ciências, e produções intelectuais. Foi ele o 
responsável por transmitir o alto conhecimento da civilização que morria para a nova que nascia. 
Toth era poderoso em conhecimento e em discurso divino. Foi o inventor da linguagem escrita 
(hieroglifos) e falada. Como o Senhor dos Livros, era o escriba dos deuses e patrono de todos 
os escribas. Ele representa, portanto, a Sabedoria como a mais alta função da nossa mente. Era 
o guardião postado entre os reinos racional e o intuitivo, permitindo a expressão articulada da 
intuição, mostrando o caminho além das limitações do pensamento.
Por volta de 300 anos a.C., apareceu a primeira caneta feita com junco ou bambu, cuja 
ponta era talhada fina e embevecida em tinta retirada de plantas. Na Idade Média, surgiu a caneta 
feita por uma imensa pena de pássaro, onde o bico da pena era imerso em tinta. Os primeiros 
livros escritos na Europa foram de bico de pena. Assim, tanto a comunicação à distância quanto 
os documentos e livros históricos e literários tiveram seus registros, até a contemporaneidade, 
graças à comunicação escrita à pena.
O ramo de café acrescentado à insígnia dá o toque final da simbologia nacional. Presente 
no Brasão da República, o ramo de café simboliza a riqueza nacional que marcou a economia 
brasileira à época do Segundo Reinado e início da República.
Portanto a insígnia representa uma riqueza de significados e foi resgatada e reconstruídapelo Crefono 1 para os profissionais conheçam sua história e significado. 
No ano de 1996, houve um concurso entre os profissionais fonoaudiólogos com o objetivo 
de escolher um novo símbolo para a profissão. O mais votado foi criado pela fonoaudióloga 
Letícia Caldas Teixeira de Minas Gerais. E em 07 de Julho de 2001, o Conselho Federal de 
Fonoaudiologia, por meio da resolução Nº 278, oficializou os símbolos emblemáticos da 
Fonoaudiologia. O símbolo é constituído por
Um círculo contendo em sua parte superior o nome da profissão – 
“Fonoaudiologia” em cor azul royal; ao centro a letra “F” estilizada, na cor 
vermelha; ao fundo e ao redor da letra “F” duas figuras geométricas, de forma 
côncava, raiadas e em sua parte inferior, losangos na cor vermelha, conforme 
matriz à disposição na sede dos Conselhos de Fonoaudiologia. A forma estilizada 
no centro do heráldico tem dupla significação e referencia-se à emissão e 
recepção do som pelo corpo humano. O “F”, de Fonoaudiologia, em primeiro 
plano no heráldico, lembra o despertar da serpente em movimento ascensional. 
Esse movimento nas práticas derivadas da sabedoria oriental, desperta o homem 
para a compreensão mais ampla da vida e do universo. Nesse sentido é também 
força de cura, de vivificação e os raios do outro referenciando-se à emissão e 
recepção do som pelo corpo humano (CFFa, 2001).
14WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 4 - Símbolo da Fonoaudiologia. Fonte: CFFa (2001).
A mesma resolução ainda descreve como o símbolo da Fonoaudiologia, o anel de grau do 
Bacharel de Fonoaudiologia, deve ter as seguintes características: 
pedra – Safira azul, que representa o saber, enquanto busca permanente do 
conhecimento, para servir ao outro. O heráldico pode ser usado nos dois lados 
do anel. O profissional fonoaudiólogo poderá optar apenas pela pedra não se 
utilizando do heráldico da Fonoaudiologia (CFFª, 2001).
3.2 Leis que regulamentam a fonoaudiologia 
• Lei 6.965 de 9 de dezembro de 1981: Reconhecimento da profissão de Fonoaudiólogo:
Art. 1º - É reconhecido em todo o Território Nacional o exercício da profissão 
de Fonoaudiólogo, observados os preceitos da presente Lei. Parágrafo único. 
Fonoaudiólogo é o profissional, com graduação plena em Fonoaudiologia, que 
atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológicas na área da 
comunicação oral e escrita, voz e audição, bem como em aperfeiçoamento dos 
padrões da fala e da voz (BRASIL, 1981).
No dia 9 de dezembro é, desta forma, a comemoração do Dia nacional do Fonoaudiólogo.
Campanha Dia do Fonoaudiólogo 2017 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=8&v=DEjkFjMvk4w
15WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
• Lei 10.436, de 24 de abril de 2002: Inclusão da disciplina de Libras na graduação de 
Fonoaudiologia.
Art. 4º O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, 
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de 
formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus 
níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como 
parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme 
legislação vigente (BRASIL, 2002).
• Lei 11.704, de 18 junho de 2008: “Art. 1º É instituído o Dia Nacional da Voz, a ser 
celebrado anualmente no dia 16 de abril, com o objetivo de conscientizar a população brasileira 
sobre a importância dos cuidados com a voz” (BRASIL, 2008).
• Lei Federal 12.303, de 2 de agosto de 2010 - Teste da Orelhinha: “Art. 1º É obrigatória a 
realização gratuita do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas, em todos os hospitais 
e maternidades, nas crianças nascidas em suas dependências” (BRASIL 2010). A realização do 
exame em todos os neonatos possibilita a identificação e intervenção precoce em bebês com 
deficiência auditiva possibilitando um melhor desenvolvimento. 
• Lei 13.002, de 20 de junho de 2014: “Art. 1º É obrigatória a realização do Protocolo de 
Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês, em todos os hospitais e maternidades, nas crianças 
nascidas em suas dependências (BRASIL, 2014). 
Assim como o Teste da Orelhinha, a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo 
Lingual garante a intervenção precoce e previne a ocorrência de alterações futuras.
Agora, veremos algumas resoluções, conforme o CFFa (2018), que tratam das 
especialidades em Fonoaudiologia. Todas elas podem ser acessadas na íntegra no site do Conselho 
Federal de Fonoaudiologia. 
Dia Mundial da Voz
https://www.youtube.com/watch?v=9HDn8KiBw24
Resoluções dispostas na íntegra. 
http://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/index.php/resolucoes/ 
16WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
• Resolução 218: “Dispõe sobre a atuação do Fonoaudiólogo, de acordo com a Portaria 
nº 19 da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 231: “Altera a redação da Resolução CFFa nº 218, de 20 de dezembro de 
1998, que dispõe sobre a atuação do Fonoaudiólogo de acordo com a Portaria nº 19, da Secretaria 
de Segurança e Saúde no Trabalho, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 234: “Dispõe sobre condições para funcionamento de clínicas e consultórios 
de Fonoaudiologia, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 260: “Dispõe sobre a atuação do Fonoaudiólogo em Triagem Auditiva 
Neonatal” (CFFa, 2018);
• Resolução 274: “Dispõe sobre a atuação do Fonoaudiólogo frente à triagem auditiva 
escolar” (CFFa, 2018);
• Resolução 309: “Dispõe sobre a atuação do Fonoaudiólogo na educação infantil, ensino 
fundamental, médio, especial e superior, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 337: “Dispõe sobre regulamentação dos procedimentos fonoaudiológicos 
clínicos no âmbito domiciliar e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 352: “Dispõe sobre a atuação profissional em Motricidade Orofacial com 
finalidade estética” (CFFa, 2018);
• Resolução 357: “Dispõe sobre a competência técnica e legal do fonoaudiólogo para 
atuar na prevenção, avaliação e reabilitação dos transtornos do processamento auditivo” (CFFa, 
2018);
• Resolução 382: “Dispõe sobre o reconhecimento das especialidades em Fonoaudiologia 
Escolar/Educacional e Disfagia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, e dá outras 
providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 384: “Dispõe sobre a competência técnica e legal do fonoaudiólogo para 
realizar avaliação vestibular e terapia fonoaudiológica em equilíbrio/reabilitação vestibular” 
(CFFa, 2018);
• Resolução 387: “Dispõe sobre as atribuições e competências do profissional especialista 
em Fonoaudiologia Educacional reconhecido pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, alterar 
a redação do artigo 1º da Resolução CFFa nº 382/2010, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 414: “Dispõe sobre a competência técnica e legal específica do fonoaudiólogo 
no uso de instrumentos, testes e outros recursos na avaliação, diagnóstico e terapêutica dos 
distúrbios da comunicação humana, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 427: “Dispõe sobre a regulamentação da Telessaúde em Fonoaudiologia e dá 
outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 428: “Dispõe sobre a atuação do fonoaudiólogo na saúde do trabalhador e dá 
outras providências” (CFFa, 2018);
17WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
• Resolução 453: “Dispõe sobre o reconhecimento, pelo Conselho Federal de 
Fonoaudiologia, da Fonoaudiologia Neurofuncional, Fonoaudiologia do Trabalho, Gerontologia 
e Neuropsicologia como áreas de especialidade da Fonoaudiologia e dá outras providências” 
(CFFa, 2018);
• Resolução 466: “Dispõe sobre as atribuições e competências relativas ao profissional 
Fonoaudiólogo Especialista em Neuropsicologia, e dá outras providências”(CFFa, 2018);
• Resolução 467: “Dispõe sobre as atribuições e competências relativas ao profissional 
fonoaudiólogo Especialista em Fonoaudiologia do Trabalho, e dá outras providências” (CFFa, 
2018);
• Resolução 493: “Dispõe sobre perícia em Fonoaudiologia e dá outras providências” 
(CFFa, 2018);
• Resolução 505: “Dispõe sobre a atuação do fonoaudiólogo na seleção, indicação e 
adaptação de aparelho de amplificação sonora individual (AASI)” (CFFa, 2018);
• Resolução 507: “Dispõe sobre as atribuições e competências relativas ao fonoaudiólogo 
especialista em Fluência, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
Nesses anos de profissão regulamentada, muitas foram às lutas e muitas foram às vitórias 
alcançadas, porém, ainda temos muito por conquistar. Um dos frutos do esforço do Conselho de 
Fonoaudiologia foi à elaboração do código de ética novo que foi publicado em 2016 durante o 
V Encontro Nacional de Fiscalização do Sistema de Conselhos, que foi realizado em Brasília. Esse 
novo código de ética substitui o antigo de 2004 trata de temas atuais e importantes como respeito 
ao ecossistema, o uso e relacionamento com as redes sócias, além da definição do campo de 
atuação das auditorias e perícias fonoaudiológicas, informa Crefono 4 (2018). 
No link abaixo pode-se acessar o código de ética profissional na íntegra.
http://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/index.php/codigo-de-etica/
1818WWW.UNINGA.BR
U N I D A D E
02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 20
1 - ÁREAS DE COMPETÊNCIA DO FONOAUDIÓLOGO NO BRASIL ....................................................................... 21
2 - REALIZAR AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA ................................................................................................... 22
3 - DIAGNÓSTICO FONOAUDIOLÓGICO ................................................................................................................. 22
3.1. EXECUTAR TERAPIA (HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO) .................................................................................. 22
3.2. ORIENTAR PACIENTES, CLIENTES EXTERNOS E INTERNOS, FAMILIARES E CUIDADORES .................. 22
3.3. MONITORAR DESEMPENHO DO PACIENTE OU CLIENTE (SEGUIMENTO) ............................................... 23
3.4. APERFEIÇOAR A COMUNICAÇÃO HUMANA .................................................................................................. 23
3.5. EFETUAR DIAGNÓSTICO SITUACIONAL ........................................................................................................ 23
3.6. DESENVOLVER AÇÕES DE SAÚDE COLETIVA NOS ASPECTOS FONOAUDIOLÓGICOS ............................. 23
3.7. EXERCER ATIVIDADES DE ENSINO ................................................................................................................. 23
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
PROF.A JÉSSICA ANGELICA RIBEIRO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
INTRODUÇÃO À
FONOAUDIOLOGIA
19WWW.UNINGA.BR
3.8. DESENVOLVER PESQUISA .............................................................................................................................. 23
3.9. ADMINISTRAR RECURSOS HUMANOS, FINANCEIROS E MATERIAIS ...................................................... 24
3.10. COMUNICAR-SE .............................................................................................................................................. 24
4 - COMPETÊNCIAS PESSOAIS ............................................................................................................................. 24
4.1. PÓS-GRADUAÇÃO ............................................................................................................................................. 24
4.2. ESPECIALIZAÇÃO EM LINGUAGEM ............................................................................................................... 25
4.3. ESPECIALIZAÇÃO EM VOZ .............................................................................................................................. 26
4.4. ESPECIALIZAÇÃO EM AUDIOLOGIA ................................................................................................................ 27
4.5. ESPECIALIZAÇÃO EM MOTRICIDADE OROFACIAL ...................................................................................... 28
4.6. ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA ....................................................................................................... 29
4.7. ESPECIALIZAÇÃO EM DISFAGIA ..................................................................................................................... 29
4.8. ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA EDUCACIONAL .......................................................................... 30
4.9. ESPECIALIZAÇÃO EM GERONTOLOGIA ......................................................................................................... 30
4.10. ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROFUNCIONAL .................................................................................................. 32
4.11. ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROPSICOLOGIA .................................................................................................. 32
4.12. FONOAUDIOLOGIA DO TRABALHO ................................................................................................................ 33
4.13. ESPECIALIZAÇÃO EM FLUÊNCIA .................................................................................................................. 34
20WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Na segunda unidade da disciplina de Introdução à fonoaudiologia, vamos trabalhar 
com o tema atuação fonoaudiológica, para que o aluno conheça as atribuições da profissão. 
Também vamos abordar, inicialmente, o documento Áreas De Competência Do Fonoaudiólogo 
No Brasil publicado pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia e, na sequência, sobre as áreas 
de especializações nas quais o fonoaudiólogo pode atuar. Atualmente, o conselho reconhece 12 
áreas de atuação que são: Linguagem, Voz, Audiologia, Saúde Coletiva, Motricidade Orofacial, 
Fonoaudiologia educacional, Neuropsicologia, Fonoaudiologia do Trabalho, Gerontologia, 
Neurofuncional e Fluência. 
21WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
1 - ÁREAS DE COMPETÊNCIA DO FONOAUDIÓLOGO NO 
BRASIL
Nesses 37 anos de reconhecimento da fonoaudiologia como profissão, muitas 
conquistas foram alcançadas, todavia, há muito mais para ser conquistado. O Conselho Federal 
de Fonoaudiologia, os Conselhos Regionais, a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e os 
profissionais lutam para que a profissão seja conhecida e valorizada em todo o território nacional, 
com o intuito de auxiliar os profissionais nas discussões e também de deixar claro para outras áreas 
do conhecimento o papel do fonoaudiólogo, o Conselho Federal de Fonoaudiologia, em 2002, 
editou documento intitulado Exercício Profissional do Fonoaudiólogo no Brasil – Caracterização 
das ações inerentes ao exercício profissional do fonoaudiólogo. Tal documento foi revisado e 
ampliado no ano de 2007 e recebeu o nome de Áreas de Competência do Fonoaudiólogo no Brasil, 
cujo conteúdo será apresentado nas próximas páginas. 
Segundo o documento, cabe ao profissional fonoaudiólogo
Realizar avaliação fonoaudiológica; estabelecer diagnóstico de fonoaudiologia; 
executar terapia (habilitação/reabilitação); orientar pacientes, clientes internos 
e externos, familiares e cuidadores; monitorar desempenho do paciente ou 
cliente (seguimento); aperfeiçoar a comunicação humana; efetuar diagnóstico 
situacional; desenvolver ações de saúde coletiva dos aspectos fonoaudiológicos; 
exercer atividades de ensino; desenvolver pesquisas; administrar recursos 
humanos, financeiros e materiais e comunicar-se. Listaram-se, também, 
competênciaspessoais facultativas e habilidades, favorecendo o exercício 
profissional (CFFa, 2007).
Cada uma das áreas de competência referidas no documento citado que pode ser 
acessado na íntegra na página do Conselho Federal de Fonoaudiologia, link: 
http://www.fonoaudiologia.org.br/publicacoes/epacfbr.pdf.
22WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
2 - REALIZAR AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
A avaliação fonoaudiológica deve ser precedida da anamnese ou coleta de dados de 
entrevista para conhecimento da história clínica do paciente. Ao avaliar, o profissional utiliza 
de exame clínico, observações do comportamento relacionados à linguagem oral e escrita, voz, 
fluência da fala, articulação da fala, função auditiva periférica e central, função vestibular, sistema 
miofuncional orofacial e cervical, deglutição e seus transtornos. O exame clínico é realizado por 
meio de provas, testes, exames específicos, análises e pesquisas minuciosas, assim como a descrição 
de parâmetros e comportamentos, objeto da avaliação fonoaudiológica. O fonoaudiólogo tem a 
responsabilidade de analisar e interpretar os dados das avaliações realizadas. 
3 - DIAGNÓSTICO FONOAUDIOLÓGICO
As hipóteses de fatores relacionados com as manifestações observadas são apontadas e 
o diagnóstico fonoaudiológico é concluído assim como o prognóstico (previsão baseada em 
fatos ou dados reais e atuais, que pode indicar o provável estágio futuro de um processo). 
Com a conclusão da avaliação é estabelecida a conduta fonoaudiológica que indicará ou não a 
necessidade de terapia ou de encaminhamentos para outros profissionais. O diagnóstico sempre 
ocorre após a avaliação e antecede a conduta fonoaudiológica.
3.1. Executar terapia (habilitação/reabilitação)
O profissional tem a competência para selecionar, indicar e aplicar métodos, técnicas e 
procedimentos terapêuticos para alcançar os objetivos traçados para o paciente e assim habilitar 
ou reabilitar a linguagem oral e escrita, voz, fluência da fala, articulação da fala, função auditiva 
periférica e central, função vestibular, sistema miofuncional orofacial e cervical e deglutição. 
Também é de sua responsabilidade definir os parâmetros de alta e dar alta ao paciente. 
3.2. Orientar pacientes, clientes externos e internos, famili-
ares e cuidadores
Orientar e aconselhar os pacientes, familiares e cuidadores sobre questões relacionadas 
aos aspectos fonoaudiológicos é considerada área de competência do profissional. Com o intuito 
realizar esses esclarecimentos, o trabalho desse profissional envolve a “escuta, a explicação, a 
instrução, a demonstração, a proposição de alternativas e a verificação da eficácia das ações 
propostas”. 
A explicação deve ser feita de forma clara de modo que o cuidador, responsável e o 
próprio paciente compreenda, deve-se explicar a anatomia e fisiologia dos sistemas envolvidos, 
e o desenvolvimento das funções que estão sendo trabalhadas, é necessário ainda falar das 
propostas terapêuticas e das técnicas que serão utilizadas para alcançar o objetivo. Para realização 
do trabalho, pode haver necessidade de visitar domicílios, escolas e postos de trabalho.
23WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
3.3. Monitorar desempenho do paciente ou cliente (segui-
mento)
O monitoramento deve acontecer para verificar a efetividade da terapia, ou ainda da 
adaptação das próteses e tecnologias assistivas. Após a ação de monitorar, pode haver necessidade 
de reformular condutas, rever métodos, técnicas ou terapias que estão sendo utilizadas, assim 
como a comparação de avaliações e discussão de prognósticos. 
3.4. Aperfeiçoar a comunicação humana
Cabe ao fonoaudiólogo, desenvolver programas que visem aperfeiçoar a linguagem oral 
e escrita, as funções cognitivas e os aspectos miofuncionais orofaciais e cervicais dos pacientes. 
Assim como toda a comunicação humana, seja ela em público, ocupacional ou profissional. 
3.5. Efetuar diagnóstico situacional 
O diagnóstico situacional será realizado a partir da identificação do perfil epidemiológico, 
assistencial, infra estrutural e socioeconômico da população pesquisada. Analisar indicadores de 
saúde para definição de estratégias e para implantação de políticas públicas.
3.6. Desenvolver ações de saúde coletiva nos aspectos fon-
oaudiológicos
Desenvolver ações de saúde coletiva, como programas e campanhas de promoção de 
saúde nos aspectos fonoaudiológicos: saúde auditiva, saúde vocal, aspectos da comunicação 
humana, aspectos miofuncionais orofaciais e cervicais e da deglutição. Deve ainda implementar, 
coordenar, adaptar e gerenciar as ações, programas e campanhas de prevenção em saúde, sendo 
de fundamental importância à adaptação e verificação constante de tais programas e campanhas.
3.7. Exercer atividades de ensino
O profissional tem competência para exercer atividade de ensino, pode atuar no 
planejamento de cursos, elaboração de atividades didáticas, coordenação de atividades de ensino, 
pode lecionar em cursos de graduação e pós-graduação (strito e lato senso), bem como exercer 
atividades de supervisão. 
3.8. Desenvolver pesquisa
A essa área de competência cabe: eleger, desenvolver e implementar linhas de pesquisa 
e metodologias científicas, bem como elaborar projetos, desenvolver e validar métodos, técnicas 
e instrumentos de avaliação para diagnóstico e técnicas terapêuticas nas áreas da comunicação 
humana e funções neurovegetativas. 
24WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
3.9. Administrar recursos humanos, financeiros e materiais
É competência do fonoaudiólogo administrar, orçar, selecionar, inventariar e verificar 
o funcionamento de equipamentos, materiais e recursos tecnológicos, além de alocar recursos 
financeiros e controlar custos. 
3.10. Comunicar-se
Cabe ao profissional divulgar a profissão; por meio de entrevistas à mídia; organizar 
eventos científicos; elaborar material de divulgação, manuais, pareceres e relatórios; redigir 
trabalhos científicos para publicação; discutir casos clínicos; registrar procedimentos em 
prontuários e emitir laudos e atestados. 
4 - COMPETÊNCIAS PESSOAIS 
Algumas características pessoais foram eleitas como habilidades que contribuem para o 
bom desempenho profissional são elas: 
O fonoaudiólogo deve trabalhar com segurança, adotar medidas de precaução 
padrão e saber operar instrumentos e equipamentos da área. Da mesma forma, 
valoriza-se demonstrar competência verbal e escrita, capacidade de análise e 
síntese, objetividade, perseverança, criatividade e capacidade de observação. 
O fonoaudiólogo deve ainda ter facilidade em estabelecer relacionamentos 
interpessoais, transmitir segurança, tomar decisões e auto-avaliar-se 
frequentemente (CFFa, 2007). 
Como locais para atuação, o documento descreve:
Unidades básicas de saúde, Ambulatórios de especialidades, Hospitais e 
maternidades, Consultórios, Clínicas, Home care Domicílios, Asilos e casas de 
saúde, Creches e berçários, Escolas regulares e especiais, Instituições de ensino 
superior, Empresas, Meios de comunicação, Associações, ONGs, entre outras 
que possam advir da necessidade do trabalho fonoaudiológico (CFFa, 2007).
4.1. Pós-Graduação
O Fonoaudiólogo, ao se formar, é um bacharel capacitado para o exercício profissional 
com formação generalista. Para a continuidade de seus estudos existem as pós-graduações que 
podem ser lato sensu ou stricto sensu. Sendo Lato sensu os programas de especialização com 
duração mínima de 360 horas. Ao final do curso o aluno receberá certificado de conclusão, 
segundo MEC (2018); e Stricto sensu os programas de mestrado e doutorado, e, ao final do curso, 
o aluno receberá diploma, afirma MEC (2018).
O Conselho Federal de Fonoaudiologia, até o ano de 2002, reconhecia 5 especialidades 
fonoaudiológicas: Linguagem, Audiologia, Motricidade Orofacial, Voz e Saúde Coletiva.Em 
março de 2002, a resolução nº 383 reconheceu e descreveu as atribuições da especialidade em 
Disfagia, e a nº 387 a especialidade Fonoaudiologia Escolar/Educacional, afirma CFFa (2002).
25WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
 Em 2014, a resolução nº453 reconheceu 4 novas especialidades, que em janeiro de 2015, 
tiveram as resoluções nº463, 464, 466 e 467 publicadas descrevendo as atribuições do profissional 
em cada especialidade (respeitando a ordem das numerações). As especialidades são gerontologia, 
neurofuncional, neuropsicologia e Fonoaudiologia do trabalho. A resolução nº507 de agosto de 
2017 dispõe sobre as atribuições do especialista em fluência. Atualmente, são reconhecidas doze 
especialidades que serão descritas a seguir, cita CFFa (2018).
4.2. Especialização em linguagem 
O profissional especialista em linguagem tem como objeto de estudo o processo de 
comunicação oral e escrita, precisa dominar o desenvolvimento normal da linguagem oral e o 
processo de aquisição da escrita, assim como deve entender os processos e as patologias que 
dificultam ou alteram esse desenvolvimento. Trabalham no setor público e privado, atendendo de 
crianças a idosos. Deve ter conhecimento sobre neurociências e sistema nervoso central devido à 
estrita relação entre cérebro e linguagem. 
Vários são os distúrbios e transtornos da comunicação humana que estão diretamente 
ligados às funções do sistema nervoso como 
sequelas neurológicas originadas por traumatismo cranioencefálico, tumor 
cerebral, hidrocefalia, paralisia cerebral, perfuração por arma de fogo (PAF), 
acidente vascular encefálico, aneurismas, síndrome de abstinência alcoólica, 
doenças neuromusculares, demências, hemorragias e hematomas intracerebrais, 
entre outros (VASCONCELOS, PESSOA e FARIAS 2008).
Além disso, esse especialista deve ser dinâmico e criativo, além do trabalho com as 
sequelas neurológicas como relatado acima, trabalha com pacientes que apresentam retardos de 
linguagem, transtornos fonológicos, distúrbios específicos de linguagem, gagueira, síndromes, 
deficiência intelectual, paralisia cerebral, transtornos do espectro autista, distúrbios de leitura 
e escrita, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, dislexia e audiologia educacional 
(que pertence também à audiologia sendo impossível dissociarem- se), afirma Lopes-Herrera e 
Maximino (2012). 
O objetivo terapêutico será a melhora da comunicação do paciente, mesmo nos casos em 
que a linguagem oral (fala), não é possível ser desenvolvida ou reabilitada. O profissional busca 
outros meios de comunicação, como: a comunicação alternativa que pode ser feita por meio de 
tabelas com figuras ou softwares, como demonstram as figuras 4, 5 e 6. 
Figura 5 - Pasta de comunicação alternativa – figuras. Fonte: Assistiva tecnologia e educação (2018).
26WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 6 - Pasta de comunicação alternativa – letras. Fonte: Assistiva tecnologia e educação (2018).
Figura 7 - Símbolos de Comunicação Pictórica– figuras. Fonte: Assistiva tecnologia e educação (2018).
4.3. Especialização em voz 
O profissional fonoaudiólogo, especialista em voz, necessita ter habilidades para avaliar e 
“integrar as dimensões perceptuais, acústicas, fisiológicas e psicológicas da voz” (PINHO, 2004). 
Precisa conhecer a anatomia, fisiologia e desenvolvimento do aparelho fonador, assim como 
de outros sistemas envolvidos na fonação, como sistema respiratório, sistema nervoso central 
e periférico e órgãos fonoarticulatórios. Ele atua, ainda, na prevenção de patologias da voz e 
também na reabilitação de processos patológicos que acometem essa função como as: disfonias, 
a voz em pacientes com distúrbios neurológicos, em pacientes com deficiência auditiva, em 
pacientes com câncer de cabeça e pescoço, coloca Pinho (1998). 
27WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
Tem atuação direta com profissionais da voz, como cantores, atores, apresentadores 
de Televisão, radialistas, professores, atendentes de telemarketing, entre outros. Outro campo 
no qual os fonoaudiólogos podem atuar, e os especialistas da voz aqui têm grande valia pelas 
suas habilidades em avaliar as qualidades vocais, é na área de perícia vocal, no exame forense 
de comparação de locutores em escutas telefônicas. Embora seja uma área ainda com poucos 
profissionais fonoaudiólogos, a formação destes engloba habilidades e conhecimentos requeridos 
para a função de perito vocal como a análise de qualidade vocal, a prosódia, a análise acústica e 
articulatória, entre outros, mostra Miquilussi, Koslovski e Carneiro (2014).
Figura 8 - Cartaz de divulgação do dia do Fonoaudiólogo. Fonte: CFFa (2018).
4.4. Especialização em audiologia
Audiologia é o estudo da audição, processamento auditivo e equilíbrio corporal e das 
patologias que podem afetá-los. É uma das áreas de atuação do profissional fonoaudiólogo que é 
responsável por realizar exames audiológicos para diagnóstico de deficiências auditivas periféricas 
ou centrais, selecionar e adaptar aparelhos de amplificação sonora e habilitar/reabilitar o paciente 
para garantir a comunicação efetiva, assim como reabilitar os distúrbios do equilíbrio, mostra 
Braga (2011). 
Atualmente, os exames audiológicos possibilitam a varredura de todo o sistema auditivo, 
desde a orelha externa até o córtex auditivo, que são realizados em pacientes de todas as faixas 
etárias e contribuem para o diagnóstico médico e para a reabilitação. As técnicas e métodos 
diagnósticos podem ser divididos em exames objetivos e subjetivos, menciona Braga (2011). 
28WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
Dentre os exames subjetivos (dependem da resposta e colaboração do paciente), 
encontram-se: “triagem auditiva em pré-escolares e escolares; audiometria tonal 
limiar; audiometria de reforço visual (VRA) ou condicionada; audiometria 
em campo livre, com pesquisa de ganho funcional; avaliação auditiva 
comportamental; avaliação do processamento auditivo; e logoaudiometria. Com 
relação aos exames objetivos, existem: medidas de imitância acústica; prova 
de função tubária; emissões otoacústicas evocadas transientes e produto de 
distorção; potencial auditivo de tronco encefálico (PEATE) e eletrococleografia.
As alterações do sistema vestibular também são objetos de estudo do audiologista que trabalha 
na avaliação meio de exames como: Electronistagmografia (ENG), Vectoeletronistagmografia 
(VENG), Videonistagmografia, que contribuíram para o diagnóstico médico. Também atuam 
na reabilitação vestibular que consiste em um conjunto de procedimentos que visa reestabelecer 
o equilíbrio corporal perdido, o que é alcançado graças ao fenômeno de compensação central, 
mostra Taguchi (2009).
Também é campo de atuação a audiologia ocupacional que consiste na avaliação e 
acompanhamento da audição de trabalhadores que estão expostos a ruídos, assim, o audiologista 
pode trabalhar em indústrias tanto na realização dos exames, orientação de cuidados, uso dos 
EPIs (equipamentos de proteção individual), como pode ser o responsável pelo Programa de 
conservação auditiva (PCA) e ou Programa de Prevenção de Perdas Auditivas (PPPA) da empresa. 
Trabalha também vinculado a clínicas de medicina do trabalho. Vale ressaltar que esta também é 
função do especialista em saúde do trabalho, informa CFFa (2013).
4.5. Especialização em motricidade orofacial
Motricidade Orofacial é a especialização em Fonoaudiologia que se ocupa do estudo/
pesquisa, prevenção, avaliação, diagnóstico e tratamento de alterações estruturais e de alterações 
nas funções que compreendem a região da boca (oro) e da face (facial), bem como da região do 
pescoço (cervical), coloca SBFa (2017). Portanto, as funções trabalhadas são respiração, sucção, 
mastigação,deglutição e fala, mostra SBFa (2017).
O especialista dessa área atua em maternidades e hospitais, clínicas, e também no serviço 
público. Nas maternidades cabe à orientação ao aleitamento materno, e também à avaliação 
e reabilitação de bebês que nasceram com alterações de órgãos fonoarticulatórios, que não 
conseguem sugar o seio materno ou que devido alguma patologia ou prematuridade apresentam 
alterações no reflexo de sucção, informa SBFa (2017). 
Bebês com fissuras palatinas, Síndrome de Down entre outras síndromes também fazem 
parte da população que necessita de intervenção fonoaudiológica tanto ao nascer como durante 
toda a infância. Pacientes respiradores orais, com hábitos deletérios de chupeta e mamadeira, 
alterações na fala de origem musculoesqueléticas, distúrbios de ATM (articulação temporo 
mandibular), paralisia facial, ronco, queimadura de rosto e pescoço, traumas faciais, com disfagias 
(alterações para engolir) precisam de tratamentos com profissionais fonoaudiólogos que tenham 
vasto conhecimento anatômico e funcionais das estruturas estomatognáticas, relata SBFa (2017).
A estética facial também vem se tornando campo de atuação da fonoaudiologia pelo 
conhecimento da musculatura facial e das funções desempenhadas por ela. O profissional 
especialista em motricidade orofacial adequa as funções que possam estar alteradas, o que 
pode resultar em rugas indesejadas e ainda com a manipulação de músculos faciais pode obter 
suavização das rugas de expressão e melhora da estética facial, explica SBFa (2017).
29WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
as informações foram retiradas da publicação da Sociedade Brasileira de 
Fonoaudiologia: Respostas para perguntas frequentes na área de motricidade 
orofacial que pode ser acessada no link: 
https://www.sbfa.org.br/portal2017/themes/2017/faqs/faq_motricidade_
orofacial.pdf.
4.6. Especialização em saúde coletiva
A fonoaudiologia vem ampliando seu campo de inserção na área da saúde, porém, há 
muito espaço por conquistar. A atuação em saúde Coletiva requer medidas e ações direcionadas 
a grupos de pessoas dentro de uma comunidade. Realiza-se estudo da saúde fonoaudiológica 
de uma determinada comunidade, e a partir daí, busca-se por ações em níveis de prevenção 
que contribuam para a comunicação efetiva do indivíduo e da sua saúde em relação às funções 
neurovegetativas, coloca Oliveira (1998). 
O conhecimento dos fonoaudiólogos e demais profissionais que estejam evolvidos com a 
saúde coletiva acerca do Sistema Único de Saúde (SUS) é imprescindível.
o fonoaudiólogo, a partir do desenvolvimento das ações voltadas para a saúde 
pública, implementa, coordena, adapta e gerencia ações, programas e campanhas 
de prevenção em saúde, sendo de fundamental importância a adaptação e 
verificação constante de tais programas e campanhas (CFFa, 2002).
4.7. Especialização em disfagia
Disfagia é definido por Furkim e Silva (1999) como um
Distúrbio de deglutição com sinais e sintomas específicos que se caracterizam 
por alterações em qualquer etapa e/ou entre as etapas da dinâmica da deglutição, 
podendo ser congênita ou adquirida, após comprometimento neurológico, 
mecânico ou psicogênico, e trazer prejuízo aos aspectos nutricionais, de 
hidratação, no estado pulmonar, prazer alimentar e social do indivíduo.
O especialista em disfagia trabalha, portanto, com a prevenção, avaliação, diagnóstico, 
habilitação/reabilitação funcional da deglutição e gerenciamento dos distúrbios de deglutição. 
Vale ressaltar que a disfagia ocorre em qualquer idade, de bebês a idosos, podendo estar 
diretamente ligada a quadros neurológicos ou condições que alteram a função como o câncer de 
cabeça e pescoço.
30WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
4.8. Especialização em fonoaudiologia educacional
A resolução do Conselho Federal de Fonoaudiologia nº387/2010 trata das atribuições e 
competências do profissional especialista em Fonoaudiologia Educacional: 
Art. 2º - O profissional especialista em Fonoaudiologia Educacional está apto 
a: I - atuar no âmbito educacional, compondo a equipe escolar a fim de realizar 
avaliação e diagnóstico institucional de situações de ensino aprendizagem 
relacionadas à sua área de conhecimento; II - participar do planejamento 
educacional; III - elaborar, acompanhar e executar projetos, programas e 
ações educacionais que contribuam para o desenvolvimento de habilidades e 
competências de educadores e educandos visando à otimização do processo 
ensino-aprendizagem; IV - promover ações de educação dirigidas à população 
escolar nos diferentes ciclos de vida... (CFFa, 2010).
O fonoaudiólogo educacional pode atuar em secretarias de educação municipais ou 
estaduais, em escolas públicas e privadas, em sistema de ensino, empresas de consultoria e 
assessoria, em todos os níveis e modalidades de ensino, podendo ser contratado nos moldes da CLT, 
estatutário ou como prestador de serviços, coloca. As ações da fonoaudiologia educacional visam 
aperfeiçoar o processo de ensino aprendizagem, atuar na orientação da família e dos educadores 
nos casos em que há prejuízos nesse processo e ainda é sua responsabilidade contribuir com 
os conhecimentos da sua área na inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, 
coloca Ferreira (2001).
Muitas vezes, a atuação do fonoaudiólogo não é compreendida na educação por 
desconhecimento da sociedade sobre a profissão. O fonoaudiólogo tem como objeto de estudo 
a comunicação humana, portanto, tem conhecimento para trabalhar com a linguagem oral e 
escrita, além da audição e da voz, em sua formação íntegra, conhecimentos em saúde, educação 
e comunicação. Considerando que a comunicação é essencial no processo de aprendizagem esse 
profissional tem muitas contribuições a fazer na área educacional.
4.9. Especialização em Gerontologia 
Gerontologia é a especialidade voltada para o atendimento do idoso (todo indivíduo com 
mais de 60 anos). O envelhecimento é um processo natural e faz parte do ciclo da vida sendo 
caracterizado por alterações orgânicas, funcionais, psicológicas, e também de comunicação e 
linguagem. O profissional tem a função de promover, prevenir, avaliar, diagnosticar, habilitar/
reabilitar distúrbios fonoaudiológicos que acometem essa população na audição, fala, linguagem, 
motricidade orofacial e voz, cita Mac-Kay (2004). 
Campanha Fonoaudiologia na escola 2018.
Assista o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-u2a0HUQG-M. 
O vídeo atenta para a renovação do sistema escolar, incluindo fonoaudiólogos em 
sua equipe.
31WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
Para tanto, esse profissional deve conhecer sobre a anatomia e fisiologia dos processos 
fonoaudiológicos nesse momento do envelhecimento e ter habilidades para trabalhar com as 
dificuldades dessa população que pode apresentar alterações auditivas, vocais, nas funções 
neurovegetativas de mastigação, deglutição, doenças degenerativas evolutivas como o Parkinson, 
a esclerose lateral amiotrófica, o Alzheimer, afasias entre outras, segundo Mac-Kay (2004).
Na figura 9 temos o panfleto comemorativo ao dia do idoso distribuído pelo conselho 
Federal em 2015, para divulgar que a fonoaudiologia pode contribuir para a qualidade de vida, 
também nesta fase.
Figura 9 - Panfleto comemorativo Dia do Idoso. Fonte: CFFa (2015).
32WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
4.10. Especialização em Neurofuncional 
O profissional fonoaudiólogo com especialização em neurofuncional deve estar habilitado 
para avaliar, diagnosticar, habilitar/reabilitar pessoas em diferentes fases da vida (bebês, crianças, 
adultos e idosos), que apresentam alterações neurofuncionais decorrentes de lesões ou danos ao 
sistema nervoso central ou periférico. Segundo resolução publicada em janeirode 2015, disposta 
no site do Conselho Federal de Fonoaudiologia, o profissional deve ter
Conhecimento das Políticas Públicas de Saúde, Educação e Assistência Social 
vigentes para pessoas com deficiência e com alterações neurofuncionais; 
Conhecimento sobre necessidades adaptativas especiais, adaptações 
curriculares, baixa e alta tecnologia assistiva e acessibilidade; III – Conhecimento 
do desenvolvimento neuropsicomotor e dos seus desvios, bem como da 
neuroanatomia e neurofisiologia normal e patológica (CFFa, 2015).
4.11. Especialização em neuropsicologia
Em 2015, o Conselho Federal reconheceu a neuropsicologia como especialidade da 
fonoaudiologia e publicou a resolução que dispõe sobre a atuação dessa especialidade.
De maneira geral, o especialista em neuropsicologia trabalha com a promoção, prevenção, 
avaliação e diagnóstico, habilitação/reabilitação e gerenciamento de distúrbios cognitivos que 
afetam a comunicação (oral, escrita e gestual), além dos processamentos auditivo, visual, vocal e 
sensório motor oral. Pacientes com queixas ou alterações na comunicação decorrentes de déficits 
neuropsicológicos provenientes de quadros neurológicos, psiquiátricos e neuropsiquiátricos 
podem ser atendidos pelo profissional especialista em Neuropsicologia, conforme Brandão 
(2016, p. 380).
Neuropsicologia é a área interdisciplinar que se ocupa das relações entre cérebro 
e cognição, e com o estudo das funções neuropsicológicas ao longo da vida. O 
interesse pelas funções neuropsicológicas se dimensiona em termos biológicos, 
mas também psicossociais, na medida em que essas funções são mediadas pelo 
contexto e passíveis de estimulação e aprendizado.
Neuropsicologia, uma especialidade da fonoaudiologia!
O texto com a resolução completa pode ser acessado do link http://www.
fonoaudiologia.org.br/cffa/wp-content/uploads/2013/07/res-466-2015-
neuropsicologia1.pdf. 
33WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
4.12. Fonoaudiologia do Trabalho
A especialidade em fonoaudiologia do trabalho também teve sua resolução publicada em 
2015. Dispõe que o fonoaudiólogo do trabalho tem a função de promover a saúde do trabalhador 
com prevenção, avaliação, diagnóstico, habilitação/reabilitação e dos distúrbios relacionados à 
audição, fala e linguagem, motricidade orofacial e voz. 
O campo de trabalho desse profissional, segundo à resolução, são empresas de qualquer 
ramo, empresas prestadoras de serviços ocupacionais, organizações governamentais e não 
governamentais, centrais de telesserviços, Centros de Referência em Saúde do Trabalhador 
(CEREST), Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT), Serviço Especializado em Engenharia 
de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) das empresas privadas e não privadas, 
empresas prestadoras de serviço em saúde, secretarias de saúde e de educação, empresas de 
consultoria, dentre outras possibilidades. 
A atuação do profissional fonoaudiólogo na saúde do trabalhador é fundamental 
na elaboração de programas de prevenção a perdas auditivas e a promoção da saúde vocal. 
Trabalhadores expostos a ruídos ou a determinados produtos químicos estão em risco para 
desenvolver perdas auditivas como a PAIR (perda auditiva induzida por ruído). O fonoaudiólogo 
tem o papel de avaliar, diagnosticar, orientar as empresas e os trabalhadores sobre os riscos e os 
cuidados necessários para manutenção da saúde auditiva, como: o uso de protetores auriculares 
(“concha”, “fone” ou “abafador”), segundo Fiorini (2004). 
Figura 10 - Epi proteção auditiva. Fonte: ideal extintores (2018).
34WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 2
ENSINO A DISTÂNCIA
4.13. Especialização em fluência
O título de especialista em fluência foi recém reconhecido pelo Conselho Federal de 
Fonoaudiologia a sua resolução de nº 507 foi publicada em agosto de 2017 e dispõe sobre as 
atribuições do especialista em fluência.
Art. 2º O fonoaudiólogo Especialista em Fluência está apto a: I - Identificar as 
tipologias das disfluências típicas e atípicas para o diagnóstico e intervenção 
precoce dos transtornos da fluência; II - Orientar as famílias e as equipes de saúde 
e educação sobre a identificação de transtornos da fluência, bem como conduta 
adequada frente aos indivíduos com tais alterações. III - Gerenciar programas 
de reabilitação dos transtornos da fluência e definir indicadores apropriados de 
qualidade para controle dos resultados; IV - Selecionar e aplicar abordagens de 
intervenção e técnicas específicas para crianças, adolescentes e adultos, com base 
em evidências científicas (CFFa, 2017). 
O Instituto Brasileiro de Fluência comemorou esse reconhecimento, uma vez que 
ficou oficialmente reconhecido que as alterações de fluência são condições que necessitam de 
profissionais que dominem conhecimentos específicos no assunto e que sejam, de fato capacitados 
para trabalhar com esse distúrbio da comunicação. Cita ainda que essa especialidade já existe em 
outros países como os Estados Unidos. 
Para obtenção do título de especialista em Fluência, o fonoaudiólogo deverá 
comprovar atuação específica na área por meio de cursos (especialização, 
mestrado, doutorado), publicações científicas e participação em eventos 
científicos. Para obtenção do título, a pontuação mínima é de 100 pontos. 
O título de especialista deve ser renovado a cada cinco anos, o que obriga o 
profissional a estar em permanente atualização (IBF, 2017).
 
A publicação na íntegra pode ser acessada no link:
 <http://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/index.php/resolucoes/>. 
Acesso em: 22 abr. 2018.
3535WWW.UNINGA.BR
U N I D A D E
03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 37
1 - DEFINIÇÃO DE LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA ................................................................................................. 38
2. DESENVOLVIMENTO TÍPICO DA LINGUAGEM .................................................................................................. 41
2.1. TEORIAS DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ...................................................................................................... 41
2.2. JEAN PIAGET ..................................................................................................................................................... 42
2.3. LEV SEMYNOVITCH VYGOTSKY ..................................................................................................................... 42
2.4. DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ........................................................................................................... 43
2.5. SISTEMAS OU COMPONENTES DA LINGUAGEM: ........................................................................................ 44
2.6. PRAGMÁTICA (USO DA LINGUAGEM) ........................................................................................................... 45
2.7. FONOLOGIA ...................................................................................................................................................... 45
INTRODUÇÃO Á LINGUAGEM
E À AUDIOLOGIA
PROF.A JÉSSICA ANGELICA RIBEIRO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
INTRODUÇÃO À
FONOAUDIOLOGIA
36WWW.UNINGA.BR
2.8. SEMÂNTICA ...................................................................................................................................................... 45
2.9. GRAMATICAL OU MORFOSSINTÁTICO .......................................................................................................... 45
2.10. DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA ................................................................................................ 45
2.11. ATRASOS DE LINGUAGEM .............................................................................................................................. 46
3 - DISTÚRBIOS ESPECÍFICOSDE LINGUAGEM .................................................................................................. 46
3.1. TRANSTORNOS FONOLÓGICOS ...................................................................................................................... 46
3.2. SÍNDROMES GENÉTICAS ................................................................................................................................ 46
3.3. SÍNDROME DE DOWN ...................................................................................................................................... 47
3.4. TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA) ...................................................................................... 47
3.5. GAGUEIRA ......................................................................................................................................................... 47
3.6. AFASIA ............................................................................................................................................................... 47
4 - INTRODUÇÃO À AUDIOLOGIA .......................................................................................................................... 47
4.1. SISTEMA VESTIBULOCOCLEAR ...................................................................................................................... 48
4.2. ORELHA EXTERNA ........................................................................................................................................... 48
4.3. ORELHA MÉDIA ................................................................................................................................................ 48
4.4. ORELHA INTERNA ............................................................................................................................................ 49
4.5. LÍQUIDOS LABIRÍNTICOS: PERILINFA E ENDOLINFA ................................................................................. 50
4.6. CÓCLEA ............................................................................................................................................................. 50
4.7. ÓRGÃO DE CORTI .............................................................................................................................................. 50
4.8. CÉLULAS RECEPTORAS CILIADAS ................................................................................................................. 51
4.9. SISTEMA AUDITIVO CENTRAL ...................................................................................................................... 51
4.10. PERDAS AUDITIVAS ....................................................................................................................................... 52
4.11. PERDA AUDITIVA CONDUTIVA ....................................................................................................................... 52
4.12. PERDAS AUDITIVAS NEUROSSENSORIAIS ................................................................................................. 52
4.13. PERDAS AUDITIVAS MISTAS ......................................................................................................................... 52
4.14. PERDA AUDITIVA CENTRAL ........................................................................................................................... 53
5 - REABILITAÇÃO AUDITIVA ................................................................................................................................. 53
5.1. SISTEMA VESTIBULAR E FONOAUDIOLOGIA ............................................................................................... 55
37WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 3
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Na unidade 3, será abordada a introdução da linguagem e da audiologia, porém, nesta 
disciplina, o tema será visto de forma mais ampla sem muito aprofundamento. Tendo em vista 
que são objetos de estudos de grande importância para a fonoaudiologia. Com o intuito de 
facilitar o aprendizado, dividiremos pelos seguintes tópicos: Definição de linguagem, língua e 
fala, Desenvolvimento típico de linguagem, Distúrbios da comunicação, e Sistema auditivo 
periférico e central, perdas auditivas e reabilitação auditiva.
38WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 3
ENSINO A DISTÂNCIA
1 - DEFINIÇÃO DE LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA 
A linguagem representa um importante instrumento de comunicação da humanidade, 
instituindo-se um sistema dinâmico de relações e associações. Constitui-se também função 
essencial na atividade mental humana, sendo responsável pela formação do pensamento e da 
consciência, mostra Issler (2006) e Vigotski (2009;). 
É compreendido como linguagem toda comunicação organizada por sinais, regras 
e códigos que se consolidam por convenções histórico sociais, transmitindo significado e 
possibilitando comunicação entre os indivíduos. As convenções se diferem nas diversas 
comunidades, originando diferentes línguas e até mesmo diferentes dialetos dentro de um mesmo 
país. Segundo Smirnov (1969), a língua é um fenômeno histórico social, transmitido de geração 
em geração por meio das relações sociais. 
 as diferenças entre linguagem e língua descritas no quadro a seguir:
Linguagem Língua
Instrumento de comunicação 
da humanidade, instituído 
de um sistema dinâmico 
de relações e associações 
(ISSLER, 2006).
Língua é um fenômeno histórico social, transmitido 
de geração em geração por meio das relações sociais. 
As convenções se diferem nas diversas comunidades, 
originando diferentes línguas e até mesmo diferentes 
dialetos dentro de um mesmo país (SMIRNOV, 1969).
Função essencial na atividade 
mental humana, sendo 
responsável pela formação do 
pensamento e da consciência 
(VIGOTSKI, 2009).
Código culturalmente herdado, com regras em 
diferentes níveis, valor social, coletivo e uniforme para 
os indivíduos falantes de uma mesma comunidade 
(ISSLER, 2006).
Toda comunicação organizada 
por sinais, regras e códigos, 
que transmitem significados 
e possibilitam comunicação. 
Natural ou artificial, 
humano ou não humano 
(FERNANDES, 1998).
Sistema abstrato de regras gramaticais que identificam 
sua estrutura nos seus diversos planos (dos sons, 
da estrutura, formação e classes de palavras, das 
estruturas frasais, da semântica, da contextualização e 
do uso”. (FERNANDES, 1998). 
Ex.: Fala, expressões faciais e 
corporais, música, placas de 
trânsito, escrita, entre outras.
Ex.: Língua Portuguesa, Inglesa, Francesa, Japonesa, 
entre outras.
Quadro 1 - Linguagem e língua
39WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 3
ENSINO A DISTÂNCIA
Linguagem é qualquer representação que emita significado e possibilite 
comunicação, seja ela oral (fala); corporal (expressões faciais e corporais); musical, 
visual, simbólica ou escrita (uso de códigos ideográficos). Abaixo as figuras 11, 
12 e 13 que demonstram linguagem visual por meio de códigos gráficos: placas 
de trânsito, sinalização de gênero, proibições como a placa não fumar na figura 9, 
indicação de lixo reciclável, perigo, entre outras.
Figura 11 - Sinalização de trânsito Fonte: Icetran (2018).
Figura 12 - Sinalização de gênero. Fonte: Vai com tudo (2018).
Figura 13 - Linguagem Visual Fonte: Semiótica e comunicação (2018).
40WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 F
ON
OA
UD
IO
LO
GI
A 
 | U
NI
DA
DE
 3
ENSINO A DISTÂNCIA
A língua é um “código culturalmente herdado, com regras em diferentes níveis, valor 
social, coletivo e uniforme para os indivíduos falantes de uma mesma comunidade” (ISSLER, 
2006). Podem ser classificadas como orais-auditivas ou espaço-visuais. As orais auditivas são 
as línguas faladas/oralizáveis: português, inglês, francês entre outras; as espaço-visuais são as 
línguas de sinais que possuem gramática própria e variam em suas comunidades pelo

Continue navegando