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Introdução à Fonoaudiologia

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Qual é o objetivo da Lei 11.704, de 18 de junho de 2008?

Instituir o Dia Nacional da Voz.
Criar um exame obrigatório para crianças nascidas em hospitais e maternidades.
Obrigar a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês.
a) Apenas a afirmativa I está correta.
b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas a afirmativa III está correta.
d) As afirmativas I e II estão corretas.
e) As afirmativas I e III estão corretas.

What are the areas of expertise in the field of Speech Therapy?
Linguistics
Voice
Audiology
Orofacial Motricity

Discutimos sobre os conceitos de linguagem e de língua, agora vamos abordar o conceito de fala, que é uma das formas de manifestação da linguagem e precisa de uma língua (sistema abstrato de regras gramaticais), possibilita expressar pensamentos, trocar informações e interagir socialmente. Para a produção da fala é necessário “organização e planejamento do ato motor, integridade auditiva e neuromuscular, além da normalidade anatômica dos órgãos responsáveis pela sua produção (órgãos fonoarticulatórios)” (GENARO, FUKUSHIRO, SUGUIMOTO, 2007).


Os estudos sobre desenvolvimento da linguagem são realizados muito antes do surgimento da fonoaudiologia. Diversas áreas do conhecimento como a linguística, a psicologia, entre outras, e diversas abordagens e autores contribuíram para os conhecimentos atuais. As três principais abordagens são empirista, racionalista e dialética, segundo Palladino (2004).
Os estudos sobre desenvolvimento da linguagem são realizados muito antes do surgimento da fonoaudiologia.
Diversas áreas do conhecimento como a linguística, a psicologia, entre outras, e diversas abordagens e autores contribuíram para os conhecimentos atuais.
As três principais abordagens são empirista, racionalista e dialética, segundo Palladino (2004).

Jean Piaget defende em seu discurso da Epistemologia Genética a ação da criança sobre o meio em que vive, construindo a partir das ações, estruturas cognitivas fundamentais para seu desenvolvimento, que é chamado por Piaget de esquemas sensórios-motores.
Jean Piaget defende em seu discurso da Epistemologia Genética a ação da criança sobre o meio em que vive.
Piaget defende que a criança constrói a partir das ações, estruturas cognitivas fundamentais para seu desenvolvimento.
O desenvolvimento cognitivo de Piaget é chamado de esquemas sensórios-motores.

Discorremos até agora sobre as teorias de desenvolvimento de linguagem que são importantes para compreendermos um pouco da linha de pensamento dos estudiosos do tema, sobre o desenvolvimento típico, sobre os componentes da linguagem que são importantes no momento de realizar a avaliação fonoaudiológica, o diagnóstico e o planejamento terapêutico. A seguir vamos abordar os distúrbios da comunicação humana e descrever os mais comuns na clínica fonoaudiológica.


What is the function of the middle ear?

The middle ear acts as a sound amplification system through the vibration of the tympanic membrane and the lever system of the ossicles.

What are the functions of the stomatognathic system?
Sucção
Deglutição
Mastigação
Respiração
Fonação
Articulação
A produção da fala está diretamente ligada às estruturas do sistema estomatognático.
A sucção estimula o crescimento craniofacial e é um exercício completo para desenvolvimento da musculatura perioral.
A deglutição é dividida em fases: fase oral, fase faringolaringea e fase esofágica.
A respiração nasal é importante para a umidificação e filtragem do ar inspirado.

What are the causes of disphagia?


a) Congenital or acquired after neurological, mechanical or psychogenic impairment.
b) Trauma to the head and neck, degenerative neuromuscular diseases, head and neck cancer, dementia and encephalopathies.
c) Both a and b are correct.

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Questões resolvidas

Qual é o objetivo da Lei 11.704, de 18 de junho de 2008?

Instituir o Dia Nacional da Voz.
Criar um exame obrigatório para crianças nascidas em hospitais e maternidades.
Obrigar a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês.
a) Apenas a afirmativa I está correta.
b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas a afirmativa III está correta.
d) As afirmativas I e II estão corretas.
e) As afirmativas I e III estão corretas.

What are the areas of expertise in the field of Speech Therapy?
Linguistics
Voice
Audiology
Orofacial Motricity

Discutimos sobre os conceitos de linguagem e de língua, agora vamos abordar o conceito de fala, que é uma das formas de manifestação da linguagem e precisa de uma língua (sistema abstrato de regras gramaticais), possibilita expressar pensamentos, trocar informações e interagir socialmente. Para a produção da fala é necessário “organização e planejamento do ato motor, integridade auditiva e neuromuscular, além da normalidade anatômica dos órgãos responsáveis pela sua produção (órgãos fonoarticulatórios)” (GENARO, FUKUSHIRO, SUGUIMOTO, 2007).


Os estudos sobre desenvolvimento da linguagem são realizados muito antes do surgimento da fonoaudiologia. Diversas áreas do conhecimento como a linguística, a psicologia, entre outras, e diversas abordagens e autores contribuíram para os conhecimentos atuais. As três principais abordagens são empirista, racionalista e dialética, segundo Palladino (2004).
Os estudos sobre desenvolvimento da linguagem são realizados muito antes do surgimento da fonoaudiologia.
Diversas áreas do conhecimento como a linguística, a psicologia, entre outras, e diversas abordagens e autores contribuíram para os conhecimentos atuais.
As três principais abordagens são empirista, racionalista e dialética, segundo Palladino (2004).

Jean Piaget defende em seu discurso da Epistemologia Genética a ação da criança sobre o meio em que vive, construindo a partir das ações, estruturas cognitivas fundamentais para seu desenvolvimento, que é chamado por Piaget de esquemas sensórios-motores.
Jean Piaget defende em seu discurso da Epistemologia Genética a ação da criança sobre o meio em que vive.
Piaget defende que a criança constrói a partir das ações, estruturas cognitivas fundamentais para seu desenvolvimento.
O desenvolvimento cognitivo de Piaget é chamado de esquemas sensórios-motores.

Discorremos até agora sobre as teorias de desenvolvimento de linguagem que são importantes para compreendermos um pouco da linha de pensamento dos estudiosos do tema, sobre o desenvolvimento típico, sobre os componentes da linguagem que são importantes no momento de realizar a avaliação fonoaudiológica, o diagnóstico e o planejamento terapêutico. A seguir vamos abordar os distúrbios da comunicação humana e descrever os mais comuns na clínica fonoaudiológica.


What is the function of the middle ear?

The middle ear acts as a sound amplification system through the vibration of the tympanic membrane and the lever system of the ossicles.

What are the functions of the stomatognathic system?
Sucção
Deglutição
Mastigação
Respiração
Fonação
Articulação
A produção da fala está diretamente ligada às estruturas do sistema estomatognático.
A sucção estimula o crescimento craniofacial e é um exercício completo para desenvolvimento da musculatura perioral.
A deglutição é dividida em fases: fase oral, fase faringolaringea e fase esofágica.
A respiração nasal é importante para a umidificação e filtragem do ar inspirado.

What are the causes of disphagia?


a) Congenital or acquired after neurological, mechanical or psychogenic impairment.
b) Trauma to the head and neck, degenerative neuromuscular diseases, head and neck cancer, dementia and encephalopathies.
c) Both a and b are correct.

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INTRODUÇÃO À 
FONOAUDIOLOGIA
PROF.A JÉSSICA ANGELICA RIBEIRO
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional:
Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim 
Mariana Tait Romancini 
Produção Audiovisual:
Heber Acuña Berger 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão da Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
1 - BREVE APRESENTAÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA ............................................................................................... 5
2 - HISTÓRICO DA FONOAUDIOLOGIA NO MUNDO ............................................................................................... 5
3 - FONOAUDIOLOGIA NO BRASIL ........................................................................................................................... 6
3.1. CONSELHO FEDERAL E REGIONAIS DE FONOAUDIOLOGIA ........................................................................... 9
3.2. SÍMBOLOS DA FONOAUDIOLOGIA .................................................................................................................. 12
3.2 LEIS QUE REGULAMENTAM A FONOAUDIOLOGIA ........................................................................................ 14
HISTÓRICO DA FONOAUDIOLOGIA, 
LEIS E REGULAMENTAÇÕES 
PROF.A JÉSSICA ANGELICA RIBEIRO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
INTRODUÇÃO À
FONOAUDIOLOGIA
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INTRODUÇÃO
A disciplina de Introdução à fonoaudiologia abordará noções básicas da área para situar 
o acadêmico quanto ao histórico profissional, às leis que regulamentam a profissão, as áreas 
de atuação, o inter-relacionamento da fonoaudiologia com outras áreas de conhecimento e os 
conceitos básicos profissionais que irão embasar o aluno para o estudo de disciplinas posteriores. 
Na primeira unidade, os assuntos que serão abordados estão divididos em: Histórico 
da fonoaudiologia no mundo, histórico da fonoaudiologia no Brasil, símbolo da fonoaudiologia 
– descrição e significado, leis que regem a profissão e resoluções acerca das especialidades do 
profissional fonoaudiólogo. Entendemos que o estudo do histórico da profissão e o conhecimento 
de suas origens são fundamentais para que o acadêmico crie uma identidade com sua área de 
estudo e sua futura profissão.
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1 - BREVE APRESENTAÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA
Fonoaudiologia é a ciência da saúde, que tem como objeto estudar as funções 
neurovegetativas e a comunicação humana. Preocupa-se com a melhora da qualidade de vida 
do ser humano, atuando desde a prevenção até a reabilitação. Dessa forma, atende desde a 
gestante até o idoso. O fonoaudiólogo trata os aspectos relacionados à linguagem oral e escrita, 
audição central e periférica, voz, fluência e funções do sistema estomatognático como sucção, 
respiração, deglutição e mastigação. Ao se formar em Fonoaudiologia, o profissional pode optar 
por trabalhar sozinho ou em equipe multidisciplinar com fisioterapeutas, psicólogos, pedagogos, 
médicos, dentistas e outros profissionais, segundo Uningá (2018).
A formação em fonoaudiologia apresenta uma profissão generalista com atuação em 
caráter preventivo, curativo como também estético. A nossa disciplina visa propiciar ao aluno 
conhecimentos básicos sobre a profissão e motivá-lo a avançar na sua trajetória de formação 
profissional. 
2 - HISTÓRICO DA FONOAUDIOLOGIA NO MUNDO
Utilizamos como referência o documento sobre o estudo sincrônico da Fonoaudiologia 
no Brasil e o histórico da profissão no mundo, que foi realizado por meio de um trabalho conjunto 
da APROFERJ, hoje atual SINFERJ, e da Sociedade Brasileira de Logopedia, hoje extinta. O 
documento foi redigido pelos seguintes fonoaudiólogos: Paulo Goulart, Sandra Alves Goulart, 
Solange Issler, Marjorie Hasson, Mara Dantas e publicado no Jornal Brasileiro de Reabilitação 
– Órgão Oficial de Entidades da Reabilitação – Nº 4 – Volume IV – Edições 15 e 16 – junho e 
setembro de 1984. O intuito do documento foi fornecer subsídios junto ao Poder Legislativo e 
Executivo do Governo a fim de aprovar a regulamentação da profissão. 
O trabalho faz referência a personalidades da antiguidade, que se ocuparam sobre o estudo 
das patologias da linguagem, em especial, sobre a surdez, como Aristóteles e Santo Agostinho, 
considerando-os como os primeiros fonoaudiólogos intuitivos e preocupados com reabilitação.
Demóstenes é mencionado como fundador clássico da fonoaudiologia por usar treinos 
com o objetivo de melhorar sua locução. Ele utilizava seixo (pedra) entre os dentes durante a 
fala e recitava poemas enquanto corria contra o vento pela areia da praia, assim, ele conseguiu 
melhorar sua gagueira e foi considerado por historiadores como um dos melhores oradores do 
seu tempo.
Acesse o link: http://crefono1.gov.br/a-fonoaudiologia/historia/ e leia na íntegra o 
documento que foi publicado no Jornal Brasileiro de Reabilitação – Órgão Oficial 
de Entidades da Reabilitação – Nº 4 – Volume IV – Edições 15 e 16 – junho e 
setembro de 1984.
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O sobrenome Bell também contribuiu muito com a fonoaudiologia, pois Charles Bell 
trabalhou como professor de elocução, Neville Bell também lecionou elocução e fonética e criou 
o visible speech, um sistema de análise visual da onda sonora. Alexandre Graham Bell, por sua 
vez, trabalhou durante a vida com educação de surdos e a comunicação.
Em 1900, ocorreu o reconhecimento da profissão fonoaudiólogo na Hungria, nos 40 anos 
subsequentes Áustria, Nova Zelândia, Alemanha, Noruega, e Iugoslávia também reconhecem a 
profissão. Nos anos 60, mais onze países entram nessa lista.
No século XX, houve, então, avanços consideráveis para a profissão. Devido às questões 
levantadas a respeito da fonética, da linguística, da física acústica e das ciências médicas, 
iniciaram-se os primeiros estudos sistemáticos para estes profissionais que eram chamados de 
elocucionistas ou fonéticos, que, até então, utilizavam tratamento médico com a terapia elocutiva 
baseada no estudo de uma fonética muito rígida e mecanicista.
Saussure, com sua obra sobre língua e linguagemestudadas cientificamente, contribuiu 
muito para a fonoaudiologia, abrindo possibilidades teóricas e organizando o campo de estudo 
desta profissão.
Nos anos 50, nos Estados Unidos, nasceu a 1ª Teoria da Comunicação. Psicólogos, 
matemáticos, engenheiros eletrônicos e físicos acústicos se reuniram para estudos, e, a partir daí, 
trilharam um caminho para estudar linguagem dentro das Ciências da Comunicação.
A audiologia, desde o início, esteve incorporada à fonoaudiologia, devido à necessidade 
de se estudar não só a linguagem expressiva como também a receptiva. Os conhecimentos dessa 
ciência originaram-se da Física Acústica e da Engenharia Eletrônica, que com o passar dos anos 
passou a ser usada no diagnóstico médico e na avaliação da audição humana.
O primeiro audiômetro surgiu nos Estados Unidos e, inicialmente, seu uso era voltado 
para o estudo da logoaudiometria, ou seja, medida das palavras, o uso para topodiagnóstico 
médico realizado até hoje ocorreu posteriormente.
Esse contexto de crescimento dos estudos na área ganha ainda mais força após as duas 
grandes guerras mundiais, em vista de que muitos soldados feridos precisaram de reabilitação, 
tanto no campo da linguagem receptiva como da linguagem expressiva, o que possibilitou novos 
estudos e desenvolvimento de técnicas e cuidados com essa população de “homens mutilados” 
(LACERDA et. al, 1998).
3 - FONOAUDIOLOGIA NO BRASIL
A Fonoaudiologia, ou logopedia, ou estudos da fala e da audição, como eram também 
chamados, surgiu por volta da década de 30 no Brasil, devido à necessidade de um profissional 
que se preocupasse com a prevenção da saúde e também com questões relacionadas a erros de 
linguagem dos escolares, segundo CFFa (2018).
Na década de 30, o contexto nacional era de movimento nacionalista e de 
desenvolvimentismo, havia a busca por uniformizar a língua como um fator de unidade nacional, 
existia preocupações quanto à estética da língua nas artes e nas “variações dialéticas e patológicas 
na fala das crianças” surgiram então os ortofonistas, mostra Lacerda (1998, p. 13).
Os ortofonistas tinham como objetivo trabalhar a pronúncia correta dos sons da língua 
e estavam ligados ao magistério, porém, com necessidade de especialização em reabilitação 
(reeducação), o que os aproximavam da área médica e lhes garantiam status privilegiado entre as 
profissões, coloca Cavalheiro (1997, p. 179). 
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Após as guerras mundiais, mesmo o Brasil não tendo ligação direta com elas, foram 
enfatizadas as demandas de reabilitação, aproximando a fonoaudiologia do campo médico em 
razão da necessidade de desenvolver técnicas para reabilitação dos soldados feridos em diversos 
campos das ciências da saúde, na fonoaudiologia surgiram trabalhos importantes sobre avaliação 
e reabilitação auditiva e reabilitação da linguagem e fala, afirma CFFa (2018) e LACERDA (1998). 
Na década de 60, surgiram os primeiros cursos de fonoaudiologia no país, primeiramente 
na Universidade de São Paulo (USP) e hoje espalhados por todo o país em aproximadamente 100 
faculdades, segundo o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa, 2018). 
Inicialmente, o curso da USP teve uma visão médica e estava ligado à clínica de 
otorrinolaringologia. Tinha como critério de seleção que os candidatos fossem professores 
formados com experiência em trabalhos ligados a crianças excepcionais, e mesmo se fossem 
ligados à área médica (tendo a doença como objeto de estudo), era associado à área educacional. 
Já na PUC de São Paulo, o curso estava ligado à clínica de psicologia, e surgiu devido a necessidade 
da busca de soluções para os problemas escolares. A partir da oficialização dos cursos que nesse 
momento tinham o status de especialização, a fonoaudiologia busca se firmar como atividade 
prática e especializada, explica Cavalheiro (1997).
Por sua história e características, a Fonoaudiologia, hoje, pode ser compreendida 
como pertencendo ao campo das ciências humanas, se considerar-se que 
seu interesse central é a comunicação humana. Por outro lado, ela pode ser 
compreendida como pertencendo ao campo das ciências da saúde, se considerar-
se que seu interesse volta-se, principalmente para a saúde do indivíduo no 
tocante às alterações da comunicação humana. Entretanto, ela foi tomada como 
esfera que procura conhecer o homem enquanto sujeito comunicante, estamos 
inserindo-a num campo epistêmico interdisciplinar e multidisciplinar que 
interage e dialoga com as ciências biológicas, com as ciências da linguagem e da 
comunicação (LACERDA, 1998, p. 14). 
O currículo do curso publicado em 1976 trazia disciplinas voltadas para a reabilitação, 
mas havia a disciplina Elementos de Pedagogia à Didática Especial, que demonstra a presença das 
questões escolares, informa Cavalheiro (1997). Com o aumento dos estudos na área, e aumento 
dos profissionais, houve a organização destes e a formação dos órgãos de classe, iniciando 
com a American Speach, Hearing and Language Association (ASHA), órgão atuante, e forte até 
hoje, nos Estados Unidos. No Brasil, o primeiro órgão de classe foi a Associação Brasileira de 
Fonoaudiologia, fundada em 1962. Durante anos, os profissionais lutaram para que o curso de 
Fonoaudiologia fosse um curso superior de longa duração. 
Em 9 de dezembro de 1981, finalmente, o Deputado Otacílio de Almeida conseguiu 
aprovação dos projetos e a Lei nº 6965/81 foi homologada pelo Presidente da 
República.
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Art. 1º - É reconhecido em todo o Território Nacional o exercício da profissão 
de Fonoaudiólogo, observados os preceitos da presente Lei”. Parágrafo único. 
“Fonoaudiólogo é o profissional, com graduação plena em Fonoaudiologia, que 
atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapias fonoaudiológicas na área da 
comunicação oral e escrita, voz e audição, bem como em aperfeiçoamento dos 
padrões da fala e da voz (BRASIL, 1981).
Surge, então, a partir do reconhecimento e da definição referida na Lei, à possibilidade de 
atuação não só na avaliação e reabilitação, mas na prevenção também. 
Lacerda et al. (1998, p. 10) definiu o profissional fonoaudiólogo:
O fonoaudiólogo é responsável pela saúde da comunicação humana. Comunicação 
é uma característica humana que pode ser observada ao longo da vida, através de 
padrões mais ou menos desenvolvidos. O doente fonoaudiológico sofre de uma 
manifestação patológica que altera a saúde fundamentalmente pelo sofrimento; 
pela perda ou insucesso da capacidade fundamental e estrita de espécie, que é 
a de processar a produção e expressão de suas ideologias e do poder de, pela 
palavra, criar e transformar o mundo.
Podemos observar que esta visão do trabalho fonoaudiológico pauta-se na doença, 
portanto, no trabalho de reabilitação desses doentes. 
Limongi (1990) afirma que o trabalho do fonoaudiólogo trazendo as ideias de prevenção 
e promoção de saúde a partir de uma intervenção social, saindo de uma concepção saúde doença, 
para abrir espaços para questões educacionais, sociais e clínicas. 
Ao se pensar em um indivíduo que apresente alteração em uma ou mais das 
condições necessárias à comunicação efetiva, sejam elas físicas, psicológica, 
educacional ou social, e considerando-se esse mesmo indivíduo como um ser 
social, a atuação do profissional em questão deverá abranger o trabalho com 
o indivíduo e o meio. Esse meio será mais restrito ou mais amplo dependendo 
da idade, nível socioeconômico-cultural e da alteração apresentada. A partir do 
momento que o trabalho desse profissional é aceito e que se tem como objetivo 
prevenir, reeducar ou reabilitar, esta se falando em mudanças, sejam em nível 
do próprio indivíduo (pelo menos física e psicologicamente), sejam em nível 
social, considerando-se família, escola e trabalho. A atuação, portanto, se dá com 
transformações em vários níveis, ficando claro,dessa maneira, que a intervenção 
feita também se dará em tantos outros níveis (LIMONGI, 1990, p. 160).
A partir da regulamentação e da ampliação do campo de trabalho, o currículo mínimo foi 
reformulado e implantado em 1983, embora ainda muito restrito às ações de reabilitação. 
A autorização do curso pelo MEC ocorreu em 1977, na categoria bacharelado. A partir 
daí, foram criados os Conselhos Federal e Regionais, que regem os profissionais deste curso. 
A união dos profissionais faz com que o conselho seja ativo e atualize questões relacionadas à 
profissão, como as leis que foram criadas a partir do movimento da classe, mostra Cavalheiro 
(1997).
Em 1993, o Conselho Federal de Fonoaudiologia reuniu profissionais e promoveu o I 
Fórum de Formação Profissional, neste momento foi discutido sobre o currículo mínimo e este 
foi revisto para que a formação do profissional. Embora ainda hoje precisamos trilhar caminhos 
para que, de fato, a Fonoaudiologia não tenha apenas um enfoque clínico e atue em ações 
coletivas tanto no sistema educacional como no sistema de saúde, é preciso reconhecer que esse 
movimento vem se fortalecendo desde os anos 80, segundo Cavalheiro (1997).
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3.1. Conselho Federal e Regionais de Fonoaudiologia 
O Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) e os Conselhos Regionais de 
Fonoaudiologia são autarquias com a função de fiscalizar o exercício profissional. O Conselho 
federal tem função normativa, ou seja, poder de definir as normas e atos que devem conduzir o 
exercício profissional. Os Conselhos Regionais devem zelar e fazer cumprir com o disposto na 
lei 6965/81, nas resoluções e portarias da entidade, além de expedir a documentação necessária à 
habilitação da atividade profissional, pois sem ela o exercício profissional é ilegal. A fiscalização 
é um procedimento que envolve desde a orientação até a autuação, se necessário. O objetivo é 
proteger e qualificar a atividade do fonoaudiólogo, que deve ser praticada dentro dos preceitos da 
lei e do seu código de ética (CFFª 2018).
Os conselhos Regionais são divididos em oito, e abrangem todas as regiões do nosso país:
• CRFª 1ª Região compreende o Estado do Rio de Janeiro; 
• CRFª 2ª Região, o Estado de São Paulo;
• CRFª 3ª Região, os Estados do Paraná e Santa Catarina;
• CRFª 4ª Região, os Estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba;
• CRFª 5ª Região, os Estados do Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Rondônia, Amapá, 
Tocantins, Goiás e Distrito Federal;
• CRFª 6ª Região, os Estados do Mato Grosso do Norte, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais 
e Espírito Santo;
• CRFª 7ª Região, o Estado do Rio Grande do Sul;
• CRFª 8ª Região, os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
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Na Figura 1, podemos observar o número de profissionais fonoaudiólogos no Brasil, de 
acordo com as regiões de nosso país.
Figura 1 - Número de fonoaudiólogos no Brasil por Conselho Regional. Fonte: CFFª (2018).
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Na figura 2, aparece o número de fonoaudiólogos divididos por Estado:
Figura 2 - Número de fonoaudiólogos no Brasil por Estado. Fonte: CFFa (2018).
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3.2. Símbolos da Fonoaudiologia
Anterior ao símbolo adotado em 1998, tínhamos a insígnia acima. O Crefono 1 resgatou 
a história e levantou dados junto a profissionais, documentos, convites e anéis de formatura para 
compreender a representação dessa insígnia. Foi levantado que esta foi criada entre as décadas de 
1940 e 1950 e que é constituída pelo bastão e a serpente, pela pena e pelos ramos de café.
Figura 3 - Insígnia da Fonoaudiologia Fonte: Crefono 1 (2018).
De acordo com o texto publicado no site do Crefono 1, o bastão e a serpente estão 
presentes em diversos símbolos de profissões da saúde, e foram inspirados em Asclépio, a quem 
foi dado o poder da cura – lembrando que as representações são referências a mitologia grega. 
Portanto, segundo a mitologia, Asclépio era filho de Apolo e Coronis, e tornou-se discípulo de 
Quiron, que lhe ensinou sobre a cura por meio de plantas, banhos, terapias, jogos, músicas e 
dramatizações. Após ter sido fulminado com um raio por Zeus, por ter ousado ressuscitar os 
mortos, Asclépio passou a ser cultuado, por gregos e romanos como o “deus da cura”. Em várias 
esculturas gregas e romanas e em descrições de textos clássicos, Asclépio é sempre representado 
segurando um bastão com uma serpente em volta.
A serpente, em amarelo, representa a prudência, a vigilância, a sabedoria, a vitalidade, o 
poder de regeneração e a preservação da saúde. O bastão, em marrom, simboliza os segredos da 
vida terrena, o auxílio e suporte da assistência à saúde e o poder da ressurreição. A origem vegetal 
do bastão representa as forças da natureza e as virtudes curativas das plantas. Hoje, o bastão e a 
serpente têm sido utilizados por muitas profissões de saúde como forma de simbolizar o desejo 
pela manutenção, restabelecimento da saúde e da cura para os problemas de saúde física e mental. 
A pena, em cor branco rajado, representa o meio de comunicação humana mais primitivo e 
importante na história da civilização, desde os primórdios até a Idade Média.
A comunicação escrita foi criada por Toth, venerado e transformado em deus criador pelos 
antigos egípcios, desde que trouxera o uso da escrita hieroglífica, da alquimia, da matemática, da 
medicina, da arquitetura, da magia, enfim, a base de todas as ciências que levaram os egípcios a 
um altíssimo nível de conhecimento. Toth era o deus da Lua, da sabedoria, o medidor do tempo, 
e o inventor do sistema de escrita, criador dos hieróglifos e do sistema de numeração. 
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Segundo Platão, Toth, também chamado por muitos de Hermes, foi o pai das letras, 
da geometria, revelador do uso dos números e da astronomia. Deixou mais de dois mil livros 
escritos, quase todos destruídos quando do incêndio da Biblioteca de Alexandria. 
Segundo a antiga tradição egípcia, Toth era a mente e a palavra falada de RA, deus egípcio 
criador do universo. A palavra constituía o poder com que RA objetivava suas ideias, po meio de 
Toth, considerado o deus protetor de todas as artes, ciências, e produções intelectuais. Foi ele o 
responsável por transmitir o alto conhecimento da civilização que morria para a nova que nascia. 
Toth era poderoso em conhecimento e em discurso divino. Foi o inventor da linguagem escrita 
(hieroglifos) e falada. Como o Senhor dos Livros, era o escriba dos deuses e patrono de todos 
os escribas. Ele representa, portanto, a Sabedoria como a mais alta função da nossa mente. Era 
o guardião postado entre os reinos racional e o intuitivo, permitindo a expressão articulada da 
intuição, mostrando o caminho além das limitações do pensamento.
Por volta de 300 anos a.C., apareceu a primeira caneta feita com junco ou bambu, cuja 
ponta era talhada fina e embevecida em tinta retirada de plantas. Na Idade Média, surgiu a caneta 
feita por uma imensa pena de pássaro, onde o bico da pena era imerso em tinta. Os primeiros 
livros escritos na Europa foram de bico de pena. Assim, tanto a comunicação à distância quanto 
os documentos e livros históricos e literários tiveram seus registros, até a contemporaneidade, 
graças à comunicação escrita à pena.
O ramo de café acrescentado à insígnia dá o toque final da simbologia nacional. Presente 
no Brasão da República, o ramo de café simboliza a riqueza nacional que marcou a economia 
brasileira à época do Segundo Reinado e início da República.
Portanto a insígnia representa uma riqueza de significados e foi resgatada e reconstruídapelo Crefono 1 para os profissionais conheçam sua história e significado. 
No ano de 1996, houve um concurso entre os profissionais fonoaudiólogos com o objetivo 
de escolher um novo símbolo para a profissão. O mais votado foi criado pela fonoaudióloga 
Letícia Caldas Teixeira de Minas Gerais. E em 07 de Julho de 2001, o Conselho Federal de 
Fonoaudiologia, por meio da resolução Nº 278, oficializou os símbolos emblemáticos da 
Fonoaudiologia. O símbolo é constituído por
Um círculo contendo em sua parte superior o nome da profissão – 
“Fonoaudiologia” em cor azul royal; ao centro a letra “F” estilizada, na cor 
vermelha; ao fundo e ao redor da letra “F” duas figuras geométricas, de forma 
côncava, raiadas e em sua parte inferior, losangos na cor vermelha, conforme 
matriz à disposição na sede dos Conselhos de Fonoaudiologia. A forma estilizada 
no centro do heráldico tem dupla significação e referencia-se à emissão e 
recepção do som pelo corpo humano. O “F”, de Fonoaudiologia, em primeiro 
plano no heráldico, lembra o despertar da serpente em movimento ascensional. 
Esse movimento nas práticas derivadas da sabedoria oriental, desperta o homem 
para a compreensão mais ampla da vida e do universo. Nesse sentido é também 
força de cura, de vivificação e os raios do outro referenciando-se à emissão e 
recepção do som pelo corpo humano (CFFa, 2001).
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Figura 4 - Símbolo da Fonoaudiologia. Fonte: CFFa (2001).
A mesma resolução ainda descreve como o símbolo da Fonoaudiologia, o anel de grau do 
Bacharel de Fonoaudiologia, deve ter as seguintes características: 
pedra – Safira azul, que representa o saber, enquanto busca permanente do 
conhecimento, para servir ao outro. O heráldico pode ser usado nos dois lados 
do anel. O profissional fonoaudiólogo poderá optar apenas pela pedra não se 
utilizando do heráldico da Fonoaudiologia (CFFª, 2001).
3.2 Leis que regulamentam a fonoaudiologia 
• Lei 6.965 de 9 de dezembro de 1981: Reconhecimento da profissão de Fonoaudiólogo:
Art. 1º - É reconhecido em todo o Território Nacional o exercício da profissão 
de Fonoaudiólogo, observados os preceitos da presente Lei. Parágrafo único. 
Fonoaudiólogo é o profissional, com graduação plena em Fonoaudiologia, que 
atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológicas na área da 
comunicação oral e escrita, voz e audição, bem como em aperfeiçoamento dos 
padrões da fala e da voz (BRASIL, 1981).
No dia 9 de dezembro é, desta forma, a comemoração do Dia nacional do Fonoaudiólogo.
Campanha Dia do Fonoaudiólogo 2017 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=8&v=DEjkFjMvk4w
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• Lei 10.436, de 24 de abril de 2002: Inclusão da disciplina de Libras na graduação de 
Fonoaudiologia.
Art. 4º O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, 
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de 
formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus 
níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como 
parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme 
legislação vigente (BRASIL, 2002).
• Lei 11.704, de 18 junho de 2008: “Art. 1º É instituído o Dia Nacional da Voz, a ser 
celebrado anualmente no dia 16 de abril, com o objetivo de conscientizar a população brasileira 
sobre a importância dos cuidados com a voz” (BRASIL, 2008).
• Lei Federal 12.303, de 2 de agosto de 2010 - Teste da Orelhinha: “Art. 1º É obrigatória a 
realização gratuita do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas, em todos os hospitais 
e maternidades, nas crianças nascidas em suas dependências” (BRASIL 2010). A realização do 
exame em todos os neonatos possibilita a identificação e intervenção precoce em bebês com 
deficiência auditiva possibilitando um melhor desenvolvimento. 
• Lei 13.002, de 20 de junho de 2014: “Art. 1º É obrigatória a realização do Protocolo de 
Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês, em todos os hospitais e maternidades, nas crianças 
nascidas em suas dependências (BRASIL, 2014). 
Assim como o Teste da Orelhinha, a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo 
Lingual garante a intervenção precoce e previne a ocorrência de alterações futuras.
Agora, veremos algumas resoluções, conforme o CFFa (2018), que tratam das 
especialidades em Fonoaudiologia. Todas elas podem ser acessadas na íntegra no site do Conselho 
Federal de Fonoaudiologia. 
Dia Mundial da Voz
https://www.youtube.com/watch?v=9HDn8KiBw24
Resoluções dispostas na íntegra. 
http://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/index.php/resolucoes/ 
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• Resolução 218: “Dispõe sobre a atuação do Fonoaudiólogo, de acordo com a Portaria 
nº 19 da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 231: “Altera a redação da Resolução CFFa nº 218, de 20 de dezembro de 
1998, que dispõe sobre a atuação do Fonoaudiólogo de acordo com a Portaria nº 19, da Secretaria 
de Segurança e Saúde no Trabalho, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 234: “Dispõe sobre condições para funcionamento de clínicas e consultórios 
de Fonoaudiologia, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 260: “Dispõe sobre a atuação do Fonoaudiólogo em Triagem Auditiva 
Neonatal” (CFFa, 2018);
• Resolução 274: “Dispõe sobre a atuação do Fonoaudiólogo frente à triagem auditiva 
escolar” (CFFa, 2018);
• Resolução 309: “Dispõe sobre a atuação do Fonoaudiólogo na educação infantil, ensino 
fundamental, médio, especial e superior, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 337: “Dispõe sobre regulamentação dos procedimentos fonoaudiológicos 
clínicos no âmbito domiciliar e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 352: “Dispõe sobre a atuação profissional em Motricidade Orofacial com 
finalidade estética” (CFFa, 2018);
• Resolução 357: “Dispõe sobre a competência técnica e legal do fonoaudiólogo para 
atuar na prevenção, avaliação e reabilitação dos transtornos do processamento auditivo” (CFFa, 
2018);
• Resolução 382: “Dispõe sobre o reconhecimento das especialidades em Fonoaudiologia 
Escolar/Educacional e Disfagia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, e dá outras 
providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 384: “Dispõe sobre a competência técnica e legal do fonoaudiólogo para 
realizar avaliação vestibular e terapia fonoaudiológica em equilíbrio/reabilitação vestibular” 
(CFFa, 2018);
• Resolução 387: “Dispõe sobre as atribuições e competências do profissional especialista 
em Fonoaudiologia Educacional reconhecido pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, alterar 
a redação do artigo 1º da Resolução CFFa nº 382/2010, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 414: “Dispõe sobre a competência técnica e legal específica do fonoaudiólogo 
no uso de instrumentos, testes e outros recursos na avaliação, diagnóstico e terapêutica dos 
distúrbios da comunicação humana, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 427: “Dispõe sobre a regulamentação da Telessaúde em Fonoaudiologia e dá 
outras providências” (CFFa, 2018);
• Resolução 428: “Dispõe sobre a atuação do fonoaudiólogo na saúde do trabalhador e dá 
outras providências” (CFFa, 2018);
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• Resolução 453: “Dispõe sobre o reconhecimento, pelo Conselho Federal de 
Fonoaudiologia, da Fonoaudiologia Neurofuncional, Fonoaudiologia do Trabalho, Gerontologia 
e Neuropsicologia como áreas de especialidade da Fonoaudiologia e dá outras providências” 
(CFFa, 2018);
• Resolução 466: “Dispõe sobre as atribuições e competências relativas ao profissional 
Fonoaudiólogo Especialista em Neuropsicologia, e dá outras providências”(CFFa, 2018);
• Resolução 467: “Dispõe sobre as atribuições e competências relativas ao profissional 
fonoaudiólogo Especialista em Fonoaudiologia do Trabalho, e dá outras providências” (CFFa, 
2018);
• Resolução 493: “Dispõe sobre perícia em Fonoaudiologia e dá outras providências” 
(CFFa, 2018);
• Resolução 505: “Dispõe sobre a atuação do fonoaudiólogo na seleção, indicação e 
adaptação de aparelho de amplificação sonora individual (AASI)” (CFFa, 2018);
• Resolução 507: “Dispõe sobre as atribuições e competências relativas ao fonoaudiólogo 
especialista em Fluência, e dá outras providências” (CFFa, 2018);
Nesses anos de profissão regulamentada, muitas foram às lutas e muitas foram às vitórias 
alcançadas, porém, ainda temos muito por conquistar. Um dos frutos do esforço do Conselho de 
Fonoaudiologia foi à elaboração do código de ética novo que foi publicado em 2016 durante o 
V Encontro Nacional de Fiscalização do Sistema de Conselhos, que foi realizado em Brasília. Esse 
novo código de ética substitui o antigo de 2004 trata de temas atuais e importantes como respeito 
ao ecossistema, o uso e relacionamento com as redes sócias, além da definição do campo de 
atuação das auditorias e perícias fonoaudiológicas, informa Crefono 4 (2018). 
No link abaixo pode-se acessar o código de ética profissional na íntegra.
http://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/index.php/codigo-de-etica/
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02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 20
1 - ÁREAS DE COMPETÊNCIA DO FONOAUDIÓLOGO NO BRASIL ....................................................................... 21
2 - REALIZAR AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA ................................................................................................... 22
3 - DIAGNÓSTICO FONOAUDIOLÓGICO ................................................................................................................. 22
3.1. EXECUTAR TERAPIA (HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO) .................................................................................. 22
3.2. ORIENTAR PACIENTES, CLIENTES EXTERNOS E INTERNOS, FAMILIARES E CUIDADORES .................. 22
3.3. MONITORAR DESEMPENHO DO PACIENTE OU CLIENTE (SEGUIMENTO) ............................................... 23
3.4. APERFEIÇOAR A COMUNICAÇÃO HUMANA .................................................................................................. 23
3.5. EFETUAR DIAGNÓSTICO SITUACIONAL ........................................................................................................ 23
3.6. DESENVOLVER AÇÕES DE SAÚDE COLETIVA NOS ASPECTOS FONOAUDIOLÓGICOS ............................. 23
3.7. EXERCER ATIVIDADES DE ENSINO ................................................................................................................. 23
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
PROF.A JÉSSICA ANGELICA RIBEIRO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
INTRODUÇÃO À
FONOAUDIOLOGIA
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3.8. DESENVOLVER PESQUISA .............................................................................................................................. 23
3.9. ADMINISTRAR RECURSOS HUMANOS, FINANCEIROS E MATERIAIS ...................................................... 24
3.10. COMUNICAR-SE .............................................................................................................................................. 24
4 - COMPETÊNCIAS PESSOAIS ............................................................................................................................. 24
4.1. PÓS-GRADUAÇÃO ............................................................................................................................................. 24
4.2. ESPECIALIZAÇÃO EM LINGUAGEM ............................................................................................................... 25
4.3. ESPECIALIZAÇÃO EM VOZ .............................................................................................................................. 26
4.4. ESPECIALIZAÇÃO EM AUDIOLOGIA ................................................................................................................ 27
4.5. ESPECIALIZAÇÃO EM MOTRICIDADE OROFACIAL ...................................................................................... 28
4.6. ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA ....................................................................................................... 29
4.7. ESPECIALIZAÇÃO EM DISFAGIA ..................................................................................................................... 29
4.8. ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA EDUCACIONAL .......................................................................... 30
4.9. ESPECIALIZAÇÃO EM GERONTOLOGIA ......................................................................................................... 30
4.10. ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROFUNCIONAL .................................................................................................. 32
4.11. ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROPSICOLOGIA .................................................................................................. 32
4.12. FONOAUDIOLOGIA DO TRABALHO ................................................................................................................ 33
4.13. ESPECIALIZAÇÃO EM FLUÊNCIA .................................................................................................................. 34
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INTRODUÇÃO
Na segunda unidade da disciplina de Introdução à fonoaudiologia, vamos trabalhar 
com o tema atuação fonoaudiológica, para que o aluno conheça as atribuições da profissão. 
Também vamos abordar, inicialmente, o documento Áreas De Competência Do Fonoaudiólogo 
No Brasil publicado pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia e, na sequência, sobre as áreas 
de especializações nas quais o fonoaudiólogo pode atuar. Atualmente, o conselho reconhece 12 
áreas de atuação que são: Linguagem, Voz, Audiologia, Saúde Coletiva, Motricidade Orofacial, 
Fonoaudiologia educacional, Neuropsicologia, Fonoaudiologia do Trabalho, Gerontologia, 
Neurofuncional e Fluência. 
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1 - ÁREAS DE COMPETÊNCIA DO FONOAUDIÓLOGO NO 
BRASIL
Nesses 37 anos de reconhecimento da fonoaudiologia como profissão, muitas 
conquistas foram alcançadas, todavia, há muito mais para ser conquistado. O Conselho Federal 
de Fonoaudiologia, os Conselhos Regionais, a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e os 
profissionais lutam para que a profissão seja conhecida e valorizada em todo o território nacional, 
com o intuito de auxiliar os profissionais nas discussões e também de deixar claro para outras áreas 
do conhecimento o papel do fonoaudiólogo, o Conselho Federal de Fonoaudiologia, em 2002, 
editou documento intitulado Exercício Profissional do Fonoaudiólogo no Brasil – Caracterização 
das ações inerentes ao exercício profissional do fonoaudiólogo. Tal documento foi revisado e 
ampliado no ano de 2007 e recebeu o nome de Áreas de Competência do Fonoaudiólogo no Brasil, 
cujo conteúdo será apresentado nas próximas páginas. 
Segundo o documento, cabe ao profissional fonoaudiólogo
Realizar avaliação fonoaudiológica; estabelecer diagnóstico de fonoaudiologia; 
executar terapia (habilitação/reabilitação); orientar pacientes, clientes internos 
e externos, familiares e cuidadores; monitorar desempenho do paciente ou 
cliente (seguimento); aperfeiçoar a comunicação humana; efetuar diagnóstico 
situacional; desenvolver ações de saúde coletiva dos aspectos fonoaudiológicos; 
exercer atividades de ensino; desenvolver pesquisas; administrar recursos 
humanos, financeiros e materiais e comunicar-se. Listaram-se, também, 
competênciaspessoais facultativas e habilidades, favorecendo o exercício 
profissional (CFFa, 2007).
Cada uma das áreas de competência referidas no documento citado que pode ser 
acessado na íntegra na página do Conselho Federal de Fonoaudiologia, link: 
http://www.fonoaudiologia.org.br/publicacoes/epacfbr.pdf.
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2 - REALIZAR AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
A avaliação fonoaudiológica deve ser precedida da anamnese ou coleta de dados de 
entrevista para conhecimento da história clínica do paciente. Ao avaliar, o profissional utiliza 
de exame clínico, observações do comportamento relacionados à linguagem oral e escrita, voz, 
fluência da fala, articulação da fala, função auditiva periférica e central, função vestibular, sistema 
miofuncional orofacial e cervical, deglutição e seus transtornos. O exame clínico é realizado por 
meio de provas, testes, exames específicos, análises e pesquisas minuciosas, assim como a descrição 
de parâmetros e comportamentos, objeto da avaliação fonoaudiológica. O fonoaudiólogo tem a 
responsabilidade de analisar e interpretar os dados das avaliações realizadas. 
3 - DIAGNÓSTICO FONOAUDIOLÓGICO
As hipóteses de fatores relacionados com as manifestações observadas são apontadas e 
o diagnóstico fonoaudiológico é concluído assim como o prognóstico (previsão baseada em 
fatos ou dados reais e atuais, que pode indicar o provável estágio futuro de um processo). 
Com a conclusão da avaliação é estabelecida a conduta fonoaudiológica que indicará ou não a 
necessidade de terapia ou de encaminhamentos para outros profissionais. O diagnóstico sempre 
ocorre após a avaliação e antecede a conduta fonoaudiológica.
3.1. Executar terapia (habilitação/reabilitação)
O profissional tem a competência para selecionar, indicar e aplicar métodos, técnicas e 
procedimentos terapêuticos para alcançar os objetivos traçados para o paciente e assim habilitar 
ou reabilitar a linguagem oral e escrita, voz, fluência da fala, articulação da fala, função auditiva 
periférica e central, função vestibular, sistema miofuncional orofacial e cervical e deglutição. 
Também é de sua responsabilidade definir os parâmetros de alta e dar alta ao paciente. 
3.2. Orientar pacientes, clientes externos e internos, famili-
ares e cuidadores
Orientar e aconselhar os pacientes, familiares e cuidadores sobre questões relacionadas 
aos aspectos fonoaudiológicos é considerada área de competência do profissional. Com o intuito 
realizar esses esclarecimentos, o trabalho desse profissional envolve a “escuta, a explicação, a 
instrução, a demonstração, a proposição de alternativas e a verificação da eficácia das ações 
propostas”. 
A explicação deve ser feita de forma clara de modo que o cuidador, responsável e o 
próprio paciente compreenda, deve-se explicar a anatomia e fisiologia dos sistemas envolvidos, 
e o desenvolvimento das funções que estão sendo trabalhadas, é necessário ainda falar das 
propostas terapêuticas e das técnicas que serão utilizadas para alcançar o objetivo. Para realização 
do trabalho, pode haver necessidade de visitar domicílios, escolas e postos de trabalho.
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3.3. Monitorar desempenho do paciente ou cliente (segui-
mento)
O monitoramento deve acontecer para verificar a efetividade da terapia, ou ainda da 
adaptação das próteses e tecnologias assistivas. Após a ação de monitorar, pode haver necessidade 
de reformular condutas, rever métodos, técnicas ou terapias que estão sendo utilizadas, assim 
como a comparação de avaliações e discussão de prognósticos. 
3.4. Aperfeiçoar a comunicação humana
Cabe ao fonoaudiólogo, desenvolver programas que visem aperfeiçoar a linguagem oral 
e escrita, as funções cognitivas e os aspectos miofuncionais orofaciais e cervicais dos pacientes. 
Assim como toda a comunicação humana, seja ela em público, ocupacional ou profissional. 
3.5. Efetuar diagnóstico situacional 
O diagnóstico situacional será realizado a partir da identificação do perfil epidemiológico, 
assistencial, infra estrutural e socioeconômico da população pesquisada. Analisar indicadores de 
saúde para definição de estratégias e para implantação de políticas públicas.
3.6. Desenvolver ações de saúde coletiva nos aspectos fon-
oaudiológicos
Desenvolver ações de saúde coletiva, como programas e campanhas de promoção de 
saúde nos aspectos fonoaudiológicos: saúde auditiva, saúde vocal, aspectos da comunicação 
humana, aspectos miofuncionais orofaciais e cervicais e da deglutição. Deve ainda implementar, 
coordenar, adaptar e gerenciar as ações, programas e campanhas de prevenção em saúde, sendo 
de fundamental importância à adaptação e verificação constante de tais programas e campanhas.
3.7. Exercer atividades de ensino
O profissional tem competência para exercer atividade de ensino, pode atuar no 
planejamento de cursos, elaboração de atividades didáticas, coordenação de atividades de ensino, 
pode lecionar em cursos de graduação e pós-graduação (strito e lato senso), bem como exercer 
atividades de supervisão. 
3.8. Desenvolver pesquisa
A essa área de competência cabe: eleger, desenvolver e implementar linhas de pesquisa 
e metodologias científicas, bem como elaborar projetos, desenvolver e validar métodos, técnicas 
e instrumentos de avaliação para diagnóstico e técnicas terapêuticas nas áreas da comunicação 
humana e funções neurovegetativas. 
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3.9. Administrar recursos humanos, financeiros e materiais
É competência do fonoaudiólogo administrar, orçar, selecionar, inventariar e verificar 
o funcionamento de equipamentos, materiais e recursos tecnológicos, além de alocar recursos 
financeiros e controlar custos. 
3.10. Comunicar-se
Cabe ao profissional divulgar a profissão; por meio de entrevistas à mídia; organizar 
eventos científicos; elaborar material de divulgação, manuais, pareceres e relatórios; redigir 
trabalhos científicos para publicação; discutir casos clínicos; registrar procedimentos em 
prontuários e emitir laudos e atestados. 
4 - COMPETÊNCIAS PESSOAIS 
Algumas características pessoais foram eleitas como habilidades que contribuem para o 
bom desempenho profissional são elas: 
O fonoaudiólogo deve trabalhar com segurança, adotar medidas de precaução 
padrão e saber operar instrumentos e equipamentos da área. Da mesma forma, 
valoriza-se demonstrar competência verbal e escrita, capacidade de análise e 
síntese, objetividade, perseverança, criatividade e capacidade de observação. 
O fonoaudiólogo deve ainda ter facilidade em estabelecer relacionamentos 
interpessoais, transmitir segurança, tomar decisões e auto-avaliar-se 
frequentemente (CFFa, 2007). 
Como locais para atuação, o documento descreve:
Unidades básicas de saúde, Ambulatórios de especialidades, Hospitais e 
maternidades, Consultórios, Clínicas, Home care Domicílios, Asilos e casas de 
saúde, Creches e berçários, Escolas regulares e especiais, Instituições de ensino 
superior, Empresas, Meios de comunicação, Associações, ONGs, entre outras 
que possam advir da necessidade do trabalho fonoaudiológico (CFFa, 2007).
4.1. Pós-Graduação
O Fonoaudiólogo, ao se formar, é um bacharel capacitado para o exercício profissional 
com formação generalista. Para a continuidade de seus estudos existem as pós-graduações que 
podem ser lato sensu ou stricto sensu. Sendo Lato sensu os programas de especialização com 
duração mínima de 360 horas. Ao final do curso o aluno receberá certificado de conclusão, 
segundo MEC (2018); e Stricto sensu os programas de mestrado e doutorado, e, ao final do curso, 
o aluno receberá diploma, afirma MEC (2018).
O Conselho Federal de Fonoaudiologia, até o ano de 2002, reconhecia 5 especialidades 
fonoaudiológicas: Linguagem, Audiologia, Motricidade Orofacial, Voz e Saúde Coletiva.Em 
março de 2002, a resolução nº 383 reconheceu e descreveu as atribuições da especialidade em 
Disfagia, e a nº 387 a especialidade Fonoaudiologia Escolar/Educacional, afirma CFFa (2002).
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 Em 2014, a resolução nº453 reconheceu 4 novas especialidades, que em janeiro de 2015, 
tiveram as resoluções nº463, 464, 466 e 467 publicadas descrevendo as atribuições do profissional 
em cada especialidade (respeitando a ordem das numerações). As especialidades são gerontologia, 
neurofuncional, neuropsicologia e Fonoaudiologia do trabalho. A resolução nº507 de agosto de 
2017 dispõe sobre as atribuições do especialista em fluência. Atualmente, são reconhecidas doze 
especialidades que serão descritas a seguir, cita CFFa (2018).
4.2. Especialização em linguagem 
O profissional especialista em linguagem tem como objeto de estudo o processo de 
comunicação oral e escrita, precisa dominar o desenvolvimento normal da linguagem oral e o 
processo de aquisição da escrita, assim como deve entender os processos e as patologias que 
dificultam ou alteram esse desenvolvimento. Trabalham no setor público e privado, atendendo de 
crianças a idosos. Deve ter conhecimento sobre neurociências e sistema nervoso central devido à 
estrita relação entre cérebro e linguagem. 
Vários são os distúrbios e transtornos da comunicação humana que estão diretamente 
ligados às funções do sistema nervoso como 
sequelas neurológicas originadas por traumatismo cranioencefálico, tumor 
cerebral, hidrocefalia, paralisia cerebral, perfuração por arma de fogo (PAF), 
acidente vascular encefálico, aneurismas, síndrome de abstinência alcoólica, 
doenças neuromusculares, demências, hemorragias e hematomas intracerebrais, 
entre outros (VASCONCELOS, PESSOA e FARIAS 2008).
Além disso, esse especialista deve ser dinâmico e criativo, além do trabalho com as 
sequelas neurológicas como relatado acima, trabalha com pacientes que apresentam retardos de 
linguagem, transtornos fonológicos, distúrbios específicos de linguagem, gagueira, síndromes, 
deficiência intelectual, paralisia cerebral, transtornos do espectro autista, distúrbios de leitura 
e escrita, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, dislexia e audiologia educacional 
(que pertence também à audiologia sendo impossível dissociarem- se), afirma Lopes-Herrera e 
Maximino (2012). 
O objetivo terapêutico será a melhora da comunicação do paciente, mesmo nos casos em 
que a linguagem oral (fala), não é possível ser desenvolvida ou reabilitada. O profissional busca 
outros meios de comunicação, como: a comunicação alternativa que pode ser feita por meio de 
tabelas com figuras ou softwares, como demonstram as figuras 4, 5 e 6. 
Figura 5 - Pasta de comunicação alternativa – figuras. Fonte: Assistiva tecnologia e educação (2018).
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Figura 6 - Pasta de comunicação alternativa – letras. Fonte: Assistiva tecnologia e educação (2018).
Figura 7 - Símbolos de Comunicação Pictórica– figuras. Fonte: Assistiva tecnologia e educação (2018).
4.3. Especialização em voz 
O profissional fonoaudiólogo, especialista em voz, necessita ter habilidades para avaliar e 
“integrar as dimensões perceptuais, acústicas, fisiológicas e psicológicas da voz” (PINHO, 2004). 
Precisa conhecer a anatomia, fisiologia e desenvolvimento do aparelho fonador, assim como 
de outros sistemas envolvidos na fonação, como sistema respiratório, sistema nervoso central 
e periférico e órgãos fonoarticulatórios. Ele atua, ainda, na prevenção de patologias da voz e 
também na reabilitação de processos patológicos que acometem essa função como as: disfonias, 
a voz em pacientes com distúrbios neurológicos, em pacientes com deficiência auditiva, em 
pacientes com câncer de cabeça e pescoço, coloca Pinho (1998). 
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Tem atuação direta com profissionais da voz, como cantores, atores, apresentadores 
de Televisão, radialistas, professores, atendentes de telemarketing, entre outros. Outro campo 
no qual os fonoaudiólogos podem atuar, e os especialistas da voz aqui têm grande valia pelas 
suas habilidades em avaliar as qualidades vocais, é na área de perícia vocal, no exame forense 
de comparação de locutores em escutas telefônicas. Embora seja uma área ainda com poucos 
profissionais fonoaudiólogos, a formação destes engloba habilidades e conhecimentos requeridos 
para a função de perito vocal como a análise de qualidade vocal, a prosódia, a análise acústica e 
articulatória, entre outros, mostra Miquilussi, Koslovski e Carneiro (2014).
Figura 8 - Cartaz de divulgação do dia do Fonoaudiólogo. Fonte: CFFa (2018).
4.4. Especialização em audiologia
Audiologia é o estudo da audição, processamento auditivo e equilíbrio corporal e das 
patologias que podem afetá-los. É uma das áreas de atuação do profissional fonoaudiólogo que é 
responsável por realizar exames audiológicos para diagnóstico de deficiências auditivas periféricas 
ou centrais, selecionar e adaptar aparelhos de amplificação sonora e habilitar/reabilitar o paciente 
para garantir a comunicação efetiva, assim como reabilitar os distúrbios do equilíbrio, mostra 
Braga (2011). 
Atualmente, os exames audiológicos possibilitam a varredura de todo o sistema auditivo, 
desde a orelha externa até o córtex auditivo, que são realizados em pacientes de todas as faixas 
etárias e contribuem para o diagnóstico médico e para a reabilitação. As técnicas e métodos 
diagnósticos podem ser divididos em exames objetivos e subjetivos, menciona Braga (2011). 
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Dentre os exames subjetivos (dependem da resposta e colaboração do paciente), 
encontram-se: “triagem auditiva em pré-escolares e escolares; audiometria tonal 
limiar; audiometria de reforço visual (VRA) ou condicionada; audiometria 
em campo livre, com pesquisa de ganho funcional; avaliação auditiva 
comportamental; avaliação do processamento auditivo; e logoaudiometria. Com 
relação aos exames objetivos, existem: medidas de imitância acústica; prova 
de função tubária; emissões otoacústicas evocadas transientes e produto de 
distorção; potencial auditivo de tronco encefálico (PEATE) e eletrococleografia.
As alterações do sistema vestibular também são objetos de estudo do audiologista que trabalha 
na avaliação meio de exames como: Electronistagmografia (ENG), Vectoeletronistagmografia 
(VENG), Videonistagmografia, que contribuíram para o diagnóstico médico. Também atuam 
na reabilitação vestibular que consiste em um conjunto de procedimentos que visa reestabelecer 
o equilíbrio corporal perdido, o que é alcançado graças ao fenômeno de compensação central, 
mostra Taguchi (2009).
Também é campo de atuação a audiologia ocupacional que consiste na avaliação e 
acompanhamento da audição de trabalhadores que estão expostos a ruídos, assim, o audiologista 
pode trabalhar em indústrias tanto na realização dos exames, orientação de cuidados, uso dos 
EPIs (equipamentos de proteção individual), como pode ser o responsável pelo Programa de 
conservação auditiva (PCA) e ou Programa de Prevenção de Perdas Auditivas (PPPA) da empresa. 
Trabalha também vinculado a clínicas de medicina do trabalho. Vale ressaltar que esta também é 
função do especialista em saúde do trabalho, informa CFFa (2013).
4.5. Especialização em motricidade orofacial
Motricidade Orofacial é a especialização em Fonoaudiologia que se ocupa do estudo/
pesquisa, prevenção, avaliação, diagnóstico e tratamento de alterações estruturais e de alterações 
nas funções que compreendem a região da boca (oro) e da face (facial), bem como da região do 
pescoço (cervical), coloca SBFa (2017). Portanto, as funções trabalhadas são respiração, sucção, 
mastigação,deglutição e fala, mostra SBFa (2017).
O especialista dessa área atua em maternidades e hospitais, clínicas, e também no serviço 
público. Nas maternidades cabe à orientação ao aleitamento materno, e também à avaliação 
e reabilitação de bebês que nasceram com alterações de órgãos fonoarticulatórios, que não 
conseguem sugar o seio materno ou que devido alguma patologia ou prematuridade apresentam 
alterações no reflexo de sucção, informa SBFa (2017). 
Bebês com fissuras palatinas, Síndrome de Down entre outras síndromes também fazem 
parte da população que necessita de intervenção fonoaudiológica tanto ao nascer como durante 
toda a infância. Pacientes respiradores orais, com hábitos deletérios de chupeta e mamadeira, 
alterações na fala de origem musculoesqueléticas, distúrbios de ATM (articulação temporo 
mandibular), paralisia facial, ronco, queimadura de rosto e pescoço, traumas faciais, com disfagias 
(alterações para engolir) precisam de tratamentos com profissionais fonoaudiólogos que tenham 
vasto conhecimento anatômico e funcionais das estruturas estomatognáticas, relata SBFa (2017).
A estética facial também vem se tornando campo de atuação da fonoaudiologia pelo 
conhecimento da musculatura facial e das funções desempenhadas por ela. O profissional 
especialista em motricidade orofacial adequa as funções que possam estar alteradas, o que 
pode resultar em rugas indesejadas e ainda com a manipulação de músculos faciais pode obter 
suavização das rugas de expressão e melhora da estética facial, explica SBFa (2017).
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as informações foram retiradas da publicação da Sociedade Brasileira de 
Fonoaudiologia: Respostas para perguntas frequentes na área de motricidade 
orofacial que pode ser acessada no link: 
https://www.sbfa.org.br/portal2017/themes/2017/faqs/faq_motricidade_
orofacial.pdf.
4.6. Especialização em saúde coletiva
A fonoaudiologia vem ampliando seu campo de inserção na área da saúde, porém, há 
muito espaço por conquistar. A atuação em saúde Coletiva requer medidas e ações direcionadas 
a grupos de pessoas dentro de uma comunidade. Realiza-se estudo da saúde fonoaudiológica 
de uma determinada comunidade, e a partir daí, busca-se por ações em níveis de prevenção 
que contribuam para a comunicação efetiva do indivíduo e da sua saúde em relação às funções 
neurovegetativas, coloca Oliveira (1998). 
O conhecimento dos fonoaudiólogos e demais profissionais que estejam evolvidos com a 
saúde coletiva acerca do Sistema Único de Saúde (SUS) é imprescindível.
o fonoaudiólogo, a partir do desenvolvimento das ações voltadas para a saúde 
pública, implementa, coordena, adapta e gerencia ações, programas e campanhas 
de prevenção em saúde, sendo de fundamental importância a adaptação e 
verificação constante de tais programas e campanhas (CFFa, 2002).
4.7. Especialização em disfagia
Disfagia é definido por Furkim e Silva (1999) como um
Distúrbio de deglutição com sinais e sintomas específicos que se caracterizam 
por alterações em qualquer etapa e/ou entre as etapas da dinâmica da deglutição, 
podendo ser congênita ou adquirida, após comprometimento neurológico, 
mecânico ou psicogênico, e trazer prejuízo aos aspectos nutricionais, de 
hidratação, no estado pulmonar, prazer alimentar e social do indivíduo.
O especialista em disfagia trabalha, portanto, com a prevenção, avaliação, diagnóstico, 
habilitação/reabilitação funcional da deglutição e gerenciamento dos distúrbios de deglutição. 
Vale ressaltar que a disfagia ocorre em qualquer idade, de bebês a idosos, podendo estar 
diretamente ligada a quadros neurológicos ou condições que alteram a função como o câncer de 
cabeça e pescoço.
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4.8. Especialização em fonoaudiologia educacional
A resolução do Conselho Federal de Fonoaudiologia nº387/2010 trata das atribuições e 
competências do profissional especialista em Fonoaudiologia Educacional: 
Art. 2º - O profissional especialista em Fonoaudiologia Educacional está apto 
a: I - atuar no âmbito educacional, compondo a equipe escolar a fim de realizar 
avaliação e diagnóstico institucional de situações de ensino aprendizagem 
relacionadas à sua área de conhecimento; II - participar do planejamento 
educacional; III - elaborar, acompanhar e executar projetos, programas e 
ações educacionais que contribuam para o desenvolvimento de habilidades e 
competências de educadores e educandos visando à otimização do processo 
ensino-aprendizagem; IV - promover ações de educação dirigidas à população 
escolar nos diferentes ciclos de vida... (CFFa, 2010).
O fonoaudiólogo educacional pode atuar em secretarias de educação municipais ou 
estaduais, em escolas públicas e privadas, em sistema de ensino, empresas de consultoria e 
assessoria, em todos os níveis e modalidades de ensino, podendo ser contratado nos moldes da CLT, 
estatutário ou como prestador de serviços, coloca. As ações da fonoaudiologia educacional visam 
aperfeiçoar o processo de ensino aprendizagem, atuar na orientação da família e dos educadores 
nos casos em que há prejuízos nesse processo e ainda é sua responsabilidade contribuir com 
os conhecimentos da sua área na inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, 
coloca Ferreira (2001).
Muitas vezes, a atuação do fonoaudiólogo não é compreendida na educação por 
desconhecimento da sociedade sobre a profissão. O fonoaudiólogo tem como objeto de estudo 
a comunicação humana, portanto, tem conhecimento para trabalhar com a linguagem oral e 
escrita, além da audição e da voz, em sua formação íntegra, conhecimentos em saúde, educação 
e comunicação. Considerando que a comunicação é essencial no processo de aprendizagem esse 
profissional tem muitas contribuições a fazer na área educacional.
4.9. Especialização em Gerontologia 
Gerontologia é a especialidade voltada para o atendimento do idoso (todo indivíduo com 
mais de 60 anos). O envelhecimento é um processo natural e faz parte do ciclo da vida sendo 
caracterizado por alterações orgânicas, funcionais, psicológicas, e também de comunicação e 
linguagem. O profissional tem a função de promover, prevenir, avaliar, diagnosticar, habilitar/
reabilitar distúrbios fonoaudiológicos que acometem essa população na audição, fala, linguagem, 
motricidade orofacial e voz, cita Mac-Kay (2004). 
Campanha Fonoaudiologia na escola 2018.
Assista o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-u2a0HUQG-M. 
O vídeo atenta para a renovação do sistema escolar, incluindo fonoaudiólogos em 
sua equipe.
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Para tanto, esse profissional deve conhecer sobre a anatomia e fisiologia dos processos 
fonoaudiológicos nesse momento do envelhecimento e ter habilidades para trabalhar com as 
dificuldades dessa população que pode apresentar alterações auditivas, vocais, nas funções 
neurovegetativas de mastigação, deglutição, doenças degenerativas evolutivas como o Parkinson, 
a esclerose lateral amiotrófica, o Alzheimer, afasias entre outras, segundo Mac-Kay (2004).
Na figura 9 temos o panfleto comemorativo ao dia do idoso distribuído pelo conselho 
Federal em 2015, para divulgar que a fonoaudiologia pode contribuir para a qualidade de vida, 
também nesta fase.
Figura 9 - Panfleto comemorativo Dia do Idoso. Fonte: CFFa (2015).
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4.10. Especialização em Neurofuncional 
O profissional fonoaudiólogo com especialização em neurofuncional deve estar habilitado 
para avaliar, diagnosticar, habilitar/reabilitar pessoas em diferentes fases da vida (bebês, crianças, 
adultos e idosos), que apresentam alterações neurofuncionais decorrentes de lesões ou danos ao 
sistema nervoso central ou periférico. Segundo resolução publicada em janeirode 2015, disposta 
no site do Conselho Federal de Fonoaudiologia, o profissional deve ter
Conhecimento das Políticas Públicas de Saúde, Educação e Assistência Social 
vigentes para pessoas com deficiência e com alterações neurofuncionais; 
Conhecimento sobre necessidades adaptativas especiais, adaptações 
curriculares, baixa e alta tecnologia assistiva e acessibilidade; III – Conhecimento 
do desenvolvimento neuropsicomotor e dos seus desvios, bem como da 
neuroanatomia e neurofisiologia normal e patológica (CFFa, 2015).
4.11. Especialização em neuropsicologia
Em 2015, o Conselho Federal reconheceu a neuropsicologia como especialidade da 
fonoaudiologia e publicou a resolução que dispõe sobre a atuação dessa especialidade.
De maneira geral, o especialista em neuropsicologia trabalha com a promoção, prevenção, 
avaliação e diagnóstico, habilitação/reabilitação e gerenciamento de distúrbios cognitivos que 
afetam a comunicação (oral, escrita e gestual), além dos processamentos auditivo, visual, vocal e 
sensório motor oral. Pacientes com queixas ou alterações na comunicação decorrentes de déficits 
neuropsicológicos provenientes de quadros neurológicos, psiquiátricos e neuropsiquiátricos 
podem ser atendidos pelo profissional especialista em Neuropsicologia, conforme Brandão 
(2016, p. 380).
Neuropsicologia é a área interdisciplinar que se ocupa das relações entre cérebro 
e cognição, e com o estudo das funções neuropsicológicas ao longo da vida. O 
interesse pelas funções neuropsicológicas se dimensiona em termos biológicos, 
mas também psicossociais, na medida em que essas funções são mediadas pelo 
contexto e passíveis de estimulação e aprendizado.
Neuropsicologia, uma especialidade da fonoaudiologia!
O texto com a resolução completa pode ser acessado do link http://www.
fonoaudiologia.org.br/cffa/wp-content/uploads/2013/07/res-466-2015-
neuropsicologia1.pdf. 
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4.12. Fonoaudiologia do Trabalho
A especialidade em fonoaudiologia do trabalho também teve sua resolução publicada em 
2015. Dispõe que o fonoaudiólogo do trabalho tem a função de promover a saúde do trabalhador 
com prevenção, avaliação, diagnóstico, habilitação/reabilitação e dos distúrbios relacionados à 
audição, fala e linguagem, motricidade orofacial e voz. 
O campo de trabalho desse profissional, segundo à resolução, são empresas de qualquer 
ramo, empresas prestadoras de serviços ocupacionais, organizações governamentais e não 
governamentais, centrais de telesserviços, Centros de Referência em Saúde do Trabalhador 
(CEREST), Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT), Serviço Especializado em Engenharia 
de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) das empresas privadas e não privadas, 
empresas prestadoras de serviço em saúde, secretarias de saúde e de educação, empresas de 
consultoria, dentre outras possibilidades. 
A atuação do profissional fonoaudiólogo na saúde do trabalhador é fundamental 
na elaboração de programas de prevenção a perdas auditivas e a promoção da saúde vocal. 
Trabalhadores expostos a ruídos ou a determinados produtos químicos estão em risco para 
desenvolver perdas auditivas como a PAIR (perda auditiva induzida por ruído). O fonoaudiólogo 
tem o papel de avaliar, diagnosticar, orientar as empresas e os trabalhadores sobre os riscos e os 
cuidados necessários para manutenção da saúde auditiva, como: o uso de protetores auriculares 
(“concha”, “fone” ou “abafador”), segundo Fiorini (2004). 
Figura 10 - Epi proteção auditiva. Fonte: ideal extintores (2018).
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4.13. Especialização em fluência
O título de especialista em fluência foi recém reconhecido pelo Conselho Federal de 
Fonoaudiologia a sua resolução de nº 507 foi publicada em agosto de 2017 e dispõe sobre as 
atribuições do especialista em fluência.
Art. 2º O fonoaudiólogo Especialista em Fluência está apto a: I - Identificar as 
tipologias das disfluências típicas e atípicas para o diagnóstico e intervenção 
precoce dos transtornos da fluência; II - Orientar as famílias e as equipes de saúde 
e educação sobre a identificação de transtornos da fluência, bem como conduta 
adequada frente aos indivíduos com tais alterações. III - Gerenciar programas 
de reabilitação dos transtornos da fluência e definir indicadores apropriados de 
qualidade para controle dos resultados; IV - Selecionar e aplicar abordagens de 
intervenção e técnicas específicas para crianças, adolescentes e adultos, com base 
em evidências científicas (CFFa, 2017). 
O Instituto Brasileiro de Fluência comemorou esse reconhecimento, uma vez que 
ficou oficialmente reconhecido que as alterações de fluência são condições que necessitam de 
profissionais que dominem conhecimentos específicos no assunto e que sejam, de fato capacitados 
para trabalhar com esse distúrbio da comunicação. Cita ainda que essa especialidade já existe em 
outros países como os Estados Unidos. 
Para obtenção do título de especialista em Fluência, o fonoaudiólogo deverá 
comprovar atuação específica na área por meio de cursos (especialização, 
mestrado, doutorado), publicações científicas e participação em eventos 
científicos. Para obtenção do título, a pontuação mínima é de 100 pontos. 
O título de especialista deve ser renovado a cada cinco anos, o que obriga o 
profissional a estar em permanente atualização (IBF, 2017).
 
A publicação na íntegra pode ser acessada no link:
 <http://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/index.php/resolucoes/>. 
Acesso em: 22 abr. 2018.
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U N I D A D E
03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 37
1 - DEFINIÇÃO DE LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA ................................................................................................. 38
2. DESENVOLVIMENTO TÍPICO DA LINGUAGEM .................................................................................................. 41
2.1. TEORIAS DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ...................................................................................................... 41
2.2. JEAN PIAGET ..................................................................................................................................................... 42
2.3. LEV SEMYNOVITCH VYGOTSKY ..................................................................................................................... 42
2.4. DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ........................................................................................................... 43
2.5. SISTEMAS OU COMPONENTES DA LINGUAGEM: ........................................................................................ 44
2.6. PRAGMÁTICA (USO DA LINGUAGEM) ........................................................................................................... 45
2.7. FONOLOGIA ...................................................................................................................................................... 45
INTRODUÇÃO Á LINGUAGEM
E À AUDIOLOGIA
PROF.A JÉSSICA ANGELICA RIBEIRO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
INTRODUÇÃO À
FONOAUDIOLOGIA
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2.8. SEMÂNTICA ...................................................................................................................................................... 45
2.9. GRAMATICAL OU MORFOSSINTÁTICO .......................................................................................................... 45
2.10. DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA ................................................................................................ 45
2.11. ATRASOS DE LINGUAGEM .............................................................................................................................. 46
3 - DISTÚRBIOS ESPECÍFICOSDE LINGUAGEM .................................................................................................. 46
3.1. TRANSTORNOS FONOLÓGICOS ...................................................................................................................... 46
3.2. SÍNDROMES GENÉTICAS ................................................................................................................................ 46
3.3. SÍNDROME DE DOWN ...................................................................................................................................... 47
3.4. TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA) ...................................................................................... 47
3.5. GAGUEIRA ......................................................................................................................................................... 47
3.6. AFASIA ............................................................................................................................................................... 47
4 - INTRODUÇÃO À AUDIOLOGIA .......................................................................................................................... 47
4.1. SISTEMA VESTIBULOCOCLEAR ...................................................................................................................... 48
4.2. ORELHA EXTERNA ........................................................................................................................................... 48
4.3. ORELHA MÉDIA ................................................................................................................................................ 48
4.4. ORELHA INTERNA ............................................................................................................................................ 49
4.5. LÍQUIDOS LABIRÍNTICOS: PERILINFA E ENDOLINFA ................................................................................. 50
4.6. CÓCLEA ............................................................................................................................................................. 50
4.7. ÓRGÃO DE CORTI .............................................................................................................................................. 50
4.8. CÉLULAS RECEPTORAS CILIADAS ................................................................................................................. 51
4.9. SISTEMA AUDITIVO CENTRAL ...................................................................................................................... 51
4.10. PERDAS AUDITIVAS ....................................................................................................................................... 52
4.11. PERDA AUDITIVA CONDUTIVA ....................................................................................................................... 52
4.12. PERDAS AUDITIVAS NEUROSSENSORIAIS ................................................................................................. 52
4.13. PERDAS AUDITIVAS MISTAS ......................................................................................................................... 52
4.14. PERDA AUDITIVA CENTRAL ........................................................................................................................... 53
5 - REABILITAÇÃO AUDITIVA ................................................................................................................................. 53
5.1. SISTEMA VESTIBULAR E FONOAUDIOLOGIA ............................................................................................... 55
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INTRODUÇÃO
Na unidade 3, será abordada a introdução da linguagem e da audiologia, porém, nesta 
disciplina, o tema será visto de forma mais ampla sem muito aprofundamento. Tendo em vista 
que são objetos de estudos de grande importância para a fonoaudiologia. Com o intuito de 
facilitar o aprendizado, dividiremos pelos seguintes tópicos: Definição de linguagem, língua e 
fala, Desenvolvimento típico de linguagem, Distúrbios da comunicação, e Sistema auditivo 
periférico e central, perdas auditivas e reabilitação auditiva.
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1 - DEFINIÇÃO DE LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA 
A linguagem representa um importante instrumento de comunicação da humanidade, 
instituindo-se um sistema dinâmico de relações e associações. Constitui-se também função 
essencial na atividade mental humana, sendo responsável pela formação do pensamento e da 
consciência, mostra Issler (2006) e Vigotski (2009;). 
É compreendido como linguagem toda comunicação organizada por sinais, regras 
e códigos que se consolidam por convenções histórico sociais, transmitindo significado e 
possibilitando comunicação entre os indivíduos. As convenções se diferem nas diversas 
comunidades, originando diferentes línguas e até mesmo diferentes dialetos dentro de um mesmo 
país. Segundo Smirnov (1969), a língua é um fenômeno histórico social, transmitido de geração 
em geração por meio das relações sociais. 
 as diferenças entre linguagem e língua descritas no quadro a seguir:
Linguagem Língua
Instrumento de comunicação 
da humanidade, instituído 
de um sistema dinâmico 
de relações e associações 
(ISSLER, 2006).
Língua é um fenômeno histórico social, transmitido 
de geração em geração por meio das relações sociais. 
As convenções se diferem nas diversas comunidades, 
originando diferentes línguas e até mesmo diferentes 
dialetos dentro de um mesmo país (SMIRNOV, 1969).
Função essencial na atividade 
mental humana, sendo 
responsável pela formação do 
pensamento e da consciência 
(VIGOTSKI, 2009).
Código culturalmente herdado, com regras em 
diferentes níveis, valor social, coletivo e uniforme para 
os indivíduos falantes de uma mesma comunidade 
(ISSLER, 2006).
Toda comunicação organizada 
por sinais, regras e códigos, 
que transmitem significados 
e possibilitam comunicação. 
Natural ou artificial, 
humano ou não humano 
(FERNANDES, 1998).
Sistema abstrato de regras gramaticais que identificam 
sua estrutura nos seus diversos planos (dos sons, 
da estrutura, formação e classes de palavras, das 
estruturas frasais, da semântica, da contextualização e 
do uso”. (FERNANDES, 1998). 
Ex.: Fala, expressões faciais e 
corporais, música, placas de 
trânsito, escrita, entre outras.
Ex.: Língua Portuguesa, Inglesa, Francesa, Japonesa, 
entre outras.
Quadro 1 - Linguagem e língua
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Linguagem é qualquer representação que emita significado e possibilite 
comunicação, seja ela oral (fala); corporal (expressões faciais e corporais); musical, 
visual, simbólica ou escrita (uso de códigos ideográficos). Abaixo as figuras 11, 
12 e 13 que demonstram linguagem visual por meio de códigos gráficos: placas 
de trânsito, sinalização de gênero, proibições como a placa não fumar na figura 9, 
indicação de lixo reciclável, perigo, entre outras.
Figura 11 - Sinalização de trânsito Fonte: Icetran (2018).
Figura 12 - Sinalização de gênero. Fonte: Vai com tudo (2018).
Figura 13 - Linguagem Visual Fonte: Semiótica e comunicação (2018).
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A língua é um “código culturalmente herdado, com regras em diferentes níveis, valor 
social, coletivo e uniforme para os indivíduos falantes de uma mesma comunidade” (ISSLER, 
2006). Podem ser classificadas como orais-auditivas ou espaço-visuais. As orais auditivas são 
as línguas faladas/oralizáveis: português, inglês, francês entre outras; as espaço-visuais são as 
línguas de sinais que possuem gramática própria e variam em suas comunidades pelomundo, 
portanto temos Língua Brasileira de Sinais, Língua Americana de Sinais, Francesa enfim muitas 
outras, conforme Fernandes (2003).
Figura 14 - Alfabeto Libras. Fonte: Portal do professor (2018).
Fernandes (1998) destaca que “língua é uma forma de linguagem, visto que é um tipo 
dentre os diversos meios de comunicação. A linguagem, no entanto, não é um tipo de língua. 
Contém um conceito muito mais amplo”. Observamos que em algumas situações, linguagem é 
um termo usado como sinônimo de língua, inclusive no inglês há apenas o vocábulo language 
para as duas palavras, sendo possível determinar o significado apenas pelo contexto, é preciso 
ficar atento, e saber diferenciar os dois termos. Fernandes (1998) traz em seu livro o seguinte 
gráfico que ajuda na compreensão das diferenças, pois a linguagem está em destaque, enquanto a 
língua é apenas uma das formas de linguagem.
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Figura 15 - Linguagem e língua Fonte: Fernandes (1998).
Discutimos sobre os conceitos de linguagem e de língua, agora vamos abordar o conceito 
de fala, que é uma das formas de manifestação da linguagem e precisa de uma língua (sistema 
abstrato de regras gramaticais), possibilita expressar pensamentos, trocar informações e interagir 
socialmente. Para a produção da fala é necessário “organização e planejamento do ato motor, 
integridade auditiva e neuromuscular, além da normalidade anatômica dos órgãos responsáveis 
pela sua produção (órgãos fonoarticulatórios)” (GENARO, FUKUSHIRO, SUGUIMOTO, 2007).
2. DESENVOLVIMENTO TÍPICO DA LINGUAGEM
2.1. Teorias de aquisição da linguagem
Os estudos sobre desenvolvimento da linguagem são realizados muito antes do surgimento 
da fonoaudiologia. Diversas áreas do conhecimento como a linguística, a psicologia, entre outras, 
e diversas abordagens e autores contribuíram para os conhecimentos atuais. As três principais 
abordagens são empirista, racionalista e dialética, segundo Palladino (2004).
A abordagem empirista é representada pelas teorias behavioristas, conexionistas ou 
associacionistas. O behaviorismo ou teoria do comportamento proposto por Skinner pressupõe 
que a criança desenvolve a linguagem por meio de um sistema de estímulo e resposta, imitação 
e reforço. Esses reforços podem ser positivos ou negativos, e, a partir deles, a criança manteria 
ou eliminaria algum tipo comportamento o que possibilitaria o desenvolvimento da linguagem, 
informa Palladino (2004). 
A abordagem racionalista, por sua vez, tem como representante a teoria inatista que 
atribui ao cérebro a tarefa de adquirir linguagem, pressupõe que o ser humano nasce capaz 
de adquirir a linguagem, ou seja, essa é uma capacidade inata a todos. Noam Chomsky é seu 
principal representante e defende a ideia da gramática universal que seriam universais cognitivos 
e linguísticos inatos ao ser humano que seriam potencializados pelo meio externo à criança. “Essa 
visão trata a linguagem como um conhecimento e, assim, sua aquisição e desenvolvimento não 
é nada mais que a atualização de um saber prévio, biologicamente determinado”. (PALLADINO, 
2004; FERNANDES, 1998). 
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A abordagem dialética rejeita a ideia de aquisição e trabalha com a ideia de construção 
que ocorre por meio da relação da criança com o meio em que vive. Temos então a teoria 
interacionista ou construtivista, representada por Piaget, Vygotsky e Wallon. Essa abordagem 
defende duas grandes ideias: a de que seria necessária uma necessária mediação entre a criança e 
o mundo externo e a de que o uso antecede e subsidia o saber, conforme Palladino (2004). Devido 
à grande contribuição desses estudiosos para a compreensão do desenvolvimento da linguagem e 
para os estudos fonoaudiológicos vamos abordar de maneira geral e simplificada as contribuições 
de Piaget e Vygotsky.
2.2. Jean Piaget
Jean Piaget defende em seu discurso da Epistemologia Genética a ação da criança sobre 
o meio em que vive, construindo a partir das ações, estruturas cognitivas fundamentais para seu 
desenvolvimento, que é chamado por Piaget de esquemas sensórios-motores. Assim, é necessário 
que a criança esteja exposta ao meio e dele receba estímulos.
 Em relação ao desenvolvimento de linguagem acredita-se que só ocorre após um estágio de 
desenvolvimento cognitivo, portanto, há uma discordância da teoria inatista. O desenvolvimento 
ocorre de maneira cíclica em um processo de assimilação, reorganização e acomodação, em 
linhas gerais, assim que o indivíduo recebe um estímulo ele será assimilado com outros que já 
foram recebidos, os processos mentais reorganizarão as estruturas recebidas com as já existentes, 
alcançando o estágio de acomodação e promovendo desenvolvimento cognitivo e linguístico, 
coloca Fernandes (1993). 
Para Piaget, o desenvolvimento pode ser dividido em quatro estágios ou períodos: 
sensório-motor (0 a 2 anos); pré-operatório (2 a 7 anos); operatório concreto (8 a 11 anos); e 
operatório formal (8 a 14 anos). Por hora não adentraremos cada estágio, pois esse conteúdo será 
discutido em outras disciplinas.
2.3. Lev Semynovitch Vygotsky
Vygotsky atribui à linguagem papel fundamental na construção do conhecimento, 
defende ser função essencial na atividade mental humana, sendo responsável pela formação do 
pensamento e da consciência, além de seu papel na comunicação, cita Issler (2006) e Vigotski 
(2009). É notório que há uma discordância da ideia de o desenvolvimento da linguagem ser inata, 
defendendo ser determinado por processo histórico cultural com propriedades e leis específicas, 
sendo construída socialmente e internalizada pelos sujeitos durante a vida. Assim, o ambiente 
social e a mediação dos indivíduos que fazem parte desse meio são de extrema importância para 
o desenvolvimento da linguagem na visão de Vigostsky, expõe Palangana (2001).
Sobre as fases de desenvolvimento se estabelece uma divisão em: fala social (0 a 3 anos); 
fala egocêntrica (3 aos 6 anos); função planejadora (a partir dos 6 anos). Para as operações mentais 
se descreve a existência de quatro estágios: 1º natural ou primitivo; 2º experiências psicológicas 
ingênuas; 3º signos exteriores; 4º crescimento interior, mostra Palangana (2001). Assim como com 
Piaget não entraremos nas fases e estágios de desenvolvimento devido ao assunto ser abordado 
em outras disciplinas e não ser o foco de nossas discussões.
 
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2.4. Desenvolvimento da linguagem
A Linguagem como já referido, além de um instrumento de comunicação, tem função 
essencial na atividade mental humana, sendo responsável pela formação do pensamento e da 
consciência. Seu desenvolvimento “depende, portanto, não somente de uma reação percepto-
motora entre as percepções e as praxias, mas de um ato complexo que envolve a cognição” 
(FRANÇA, 2004), necessitando de órgãos periféricos e do sistema nervoso central.
Todo ser humano tem a necessidade de se comunicar, e mesmo antes de nascer, a voz da 
mãe pode ser percebida pelo feto dentro da barriga. Ao nascer, o bebê se comunica por meio do 
choro que inicialmente é indiferenciado, ou seja, tem as mesmas características para qualquer 
desconforto, dor ou necessidade, a partir da segunda ou terceira semana de nascimento, o 
choro já adquire características diferenciadas e, gradualmente, se torna uma comunicação eficaz 
entre mãe/família e bebê, já que esta aprende a identificar quando o choro é de fome, de dor, de 
necessidade de trocar à fralda entre outros. É importante ressaltar que nesse momento ainda é 
inconsciente, mas já é marcado por diferenças nos padrões de entonação, intensidade e ritmos, 
menciona Cupello (1993). 
Chamamos esse período de pré linguístico, uma etapa de grande importância, pois 
embora a criança ainda não fale, ela estáapresentando a comunicação com seu meio, já que 
se expressa por seus choros e gestos. Os dois primeiros anos de vida da criança são cruciais 
para o desenvolvimento da linguagem, porque todas as articulações que realiza, seja no choro, 
na brincadeira com os sons guturais ou balbucio é uma aprendizagem linguística, menciona 
Scheuer, Befi-Lopes e Wertzner (2003). 
• Dos 0 a 2 meses, o bebê está na fase de vocalizações reflexas, produz sons que misturam 
gritos e sons vegetativos como gemidos, suspiros, pigarros e bocejos. Há também produção de 
sons que chamamos de arrulhos que são próximos de sons vocálicos. Ao passar dos meses, a 
criança produz os sons na intenção de receber sorrisos dos adultos que estão a sua volta, e ao 
fazer isso, está demonstrando o início de intenções comunicativas, coloca Normand (2005). 
• O balbucio (3 - 8 meses) é quando o bebê percebe que pode produzir sons. Essa 
produção de sons passa a ser repetida dando prazer ao bebê que está agora por volta do terceiro 
mês de vida. Nesse período, os sons não têm relação com os sons da língua e a criança não tem 
consciência das diferenças entre os sons produzidos. Tanto que essa fase está presente em bebês 
ouvintes e em bebês surdos, cita Cupello (1993) e Normand (2005). 
• Por volta dos 5 - 6 meses de vida, o bebê passa a perceber as qualidades sonoras, 
podendo perceber ritmos, entonação, duração e frequência dos sons. Essa capacidade lhe 
possibilita compreender a situação linguística mesmo que ainda não consiga compreender as 
palavras. Vamos exemplificar: pela entonação e ritmo da fala dos pais o bebê compreende quando 
estão felizes e animados e quando estão desaprovando algum comportamento, portanto, tem 
uma compreensão situacional. Essa percepção da qualidade sonora é importante porque o bebê 
passa a balbuciar os sons que ouve, fazendo parte da sua língua, mostra Cupello (1993). 
• Aos 9 meses, temos o início da fase pré conversação. Nesse momento, o bebê vocaliza 
mais durante intervalos deixados pelo adulto, e espaça suas vocalizações para dar espaço para 
a resposta do adulto, criando uma espécie de diálogo. Ao mesmo tempo está em um estágio 
de início da representação do meio ambiente pela imagem mental. É necessário nesse período 
que receba muito estímulo do seu meio, que seus pais falem com ele de maneira clara e bem 
articulada, menciona Cupello (1993). 
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• Entre 11 - 12 meses, os bebês compreendem palavras familiares, vocalizam sílabas e 
agrupam sons satisfatoriamente, podendo produzir a primeira palavra intencional. É importante 
frisar que para o surgimento da expressão houve um período de compreensão que o antecedeu, 
ou seja, a criança compreende mais palavras do que é capaz de falar. Essa primeira palavra em 
geral é monossilábica, ou de sílabas repetidas como mama, papa, dadá e pode ter mais de um 
significado, coloca Cupello (1993). 
• Dos 12 - 18 meses aumenta o nível de compreensão e produção das palavras, pois aqui 
a criança já adquiriu e passa a manipular os signos e os símbolos, aumentando sua capacidade 
simbólica (usam com propriedade brinquedos que “representam” objetos reais do seu cotidiano), 
afirma Zorzi (1993).
• Entre 18 - 24 aumentam seu vocabulário e começam a perguntar sobre o nome dos 
objetos. Esse comportamento marca uma fase importante porque agora já usa da linguagem, seja 
ela gestual ou oral para obter informações sobre o mundo. Podem fazer uso de sentenças com 
duas palavras, expõe Scheuer, Befi-Lopes e Wertzner (2003).
• De 24 - 30 meses a fala da criança pode ser chamada de telegráfica porque ainda não há 
presença de artigos, preposições, flexões de gênero.
• Com 30 - 36 meses aumenta a complexidade das produções de frases e já usa até 4 
elementos, flexão de número e de gênero, pronomes de primeira, segunda e terceira pessoa, 
artigos definidos e advérbios de lugar, mostra Cupello (1993); Befi-Lopes e Wertzner (2003).
• De 36 a 42 meses, o bebê aprende estruturas das emissões complexas de mais de uma 
oração com o uso frequente da conjunção “e”. Uso dos auxiliares “ser” e “ter” permite que a criança 
use o passado. É o período em que fazem muitas perguntas, há rápido aumento no vocabulário, 
compreende ordens simples, é muito criativa com a linguagem, cita Befi-Lopes e Wertzner (2003). 
Dos 45 aos 54 meses, já tem domínio das frases básicas, sua fala já segue as regras gramaticais, 
elimina progressivamente os erros sintáticos e morfológicos. Dos 4 aos 7 anos adquire os sons 
mais complexos da língua, fala adequadamente as palavras mais simples e usa as mais longas com 
maior domínio. 
É importante ressaltar que as etapas de desenvolvimento da linguagem não são leis, ou 
seja, pode haver diferenças cronológicas entre as crianças. As etapas são utilizadas como um 
parâmetro/referência para avaliação do desenvolvimento da criança. 
2.5. Sistemas ou componentes da linguagem:
Dividimos o estudo da linguagem em sistemas ou componentes que são:
1) Pragmático: Uso comunicativo da linguagem num contexto social;
2) Fonológico: Percepção e produção dos sons da língua;
3) Semântico: Respeito às palavras e seus significados;
4) Gramatical: Regras sintáticas e morfológicas para combinar palavras e frases.
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2.6. Pragmática (uso da linguagem)
A pragmática é o estudo das funções comunicativas, do funcionamento da linguagem em 
contextos sociais e situacionais, ou seja, se ocupa do uso social e intencional da linguagem, da 
preocupação em produzir “uma linguagem apropriada aos diferentes contextos e interlocutores” 
(ACOSTA et al., 2003). Na avaliação da linguagem infantil temos ao menos dois aspectos da 
pragmática: habilidades comunicativas e as habilidades conversacionais. 
2.7. Fonologia
A fonologia é o estudo da organização e funcionamento dos sons nas diferentes línguas. 
Ocupa-se com a avaliação, percepção e a produção desses sons, menciona Mota (2004). 
2.8. Semântica
O estudo da semântica ocupa-se do conteúdo da linguagem, do significado das palavras. 
Considerando que a função da linguagem é comunicar, a semântica é de extrema importância, 
sobretudo, na avaliação da linguagem infantil, busca compreender o número de palavras que a 
criança entende e utiliza, segundo Acosta (2003).
2.9. Gramatical ou morfossintático
O conhecimento da organização estrutural formal de uma língua é fundamentado pela 
linguística e chamada de gramática. Dentro da gramática, teremos a morfologia que trabalha com 
as formas das palavras e a sintaxe que trabalha com suas funções. A avaliação da combinação das 
palavras e da estrutura das frases é a preocupação desse campo de estudo, informa Acosta (2003). 
Os subsistemas ou componentes podem ser agrupados em estudos do conteúdo da linguagem 
composto pela pragmática e semântica e estudo da forma da linguagem que são a fonologia e a 
gramática. 
Discorremos até agora sobre as teorias de desenvolvimento de linguagem que são 
importantes para compreendermos um pouco da linha de pensamento dos estudiosos do tema, 
sobre o desenvolvimento típico, sobre os componentes da linguagem que são importantes no 
momento de realizar a avaliação fonoaudiológica, o diagnóstico e o planejamento terapêutico. 
A seguir vamos abordar os distúrbios da comunicação humana e descrever os mais comuns na 
clínica fonoaudiológica.
2.10. Distúrbios Da Comunicação Humana
Distúrbios de Comunicação são alterações neuro musculares na região dos órgãos 
fonoarticulatórios e outros comprometimentos que dificultam ou impedem o aprendizado e 
desenvolvimento da comunicação normal do ser humano. Não abrangem apenas os problemas 
de fala, mas ocorrem também quando o indivíduo não consegue compreender ou expressar 
suas ideias, sejam através da linguagem oral ou gestual. Ocorrem em crianças, adultos e idosos, 
independentemente da idade, menciona Pizzano(2010). 
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2.11. Atrasos de linguagem
Denominado como retardo de linguagem, retardo de aquisição de linguagem ou atraso 
de linguagem é um tipo de comprometimento no curso evolutivo da aquisição da linguagem, 
segundo Zorzi (1993). Essa condição é observada quando a criança (mesmo considerando as 
variações cronológicas individuais dentro de uma escala de desenvolvimento normal) apresenta 
atrasos significativos ao completar dois anos de idade, manifestando-se na ausência de linguagem 
verbal, ou no atraso em relação à velocidade e complexidade do uso a linguagem, como: 
Vocabulário restrito, dificuldades em elaborar frases, uso pouco frequente 
da linguagem, dificuldades de compreensão, inabilidade para relatar fatos ou 
acontecimentos vivenciados; narrativa truncada e apoiada em gestos, fala 
ininteligível, geralmente acompanhada de distúrbios articulatórios (ZORZI, 
1993, p. 32).
3 - DISTÚRBIOS ESPECÍFICOS DE LINGUAGEM
Os distúrbios específicos de linguagem manifestam-se por alterações significativas 
no processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem, quando comparada com outras 
habilidades cognitivas. Para que seja diagnosticado esse distúrbio, é preciso se certificar de que 
essas alterações não são decorrentes de perdas auditivas, lesões no sistema nervoso central, 
deficiências intelectuais ou distúrbios gerais do desenvolvimento, coloca Befi-Lopes (2012). 
3.1. Transtornos fonológicos
Pode receber o nome de desvio fonológico evolutivo, distúrbio fonológico ou transtorno 
fonológico, e caracteriza-se por dificuldade de fala devido ao uso inadequado dos sons, que 
podem ocorrer na percepção, produção ou organização dos sons, mostra Wertzner (2004). 
 Tais transtornos têm como características as omissões ou apagamentos, como por 
exemplo, é dito: (patu) para /sapatu/; epêntese: diz (isikeletu) para /iskeletu/; substituições: 
(manana) para /banana/, (luvem) para /nuvem/; metátese: (partu) para /pratu/, (manika) para 
/makina/. Porém, é preciso se atentar que essas alterações ocorrem não porque a criança não 
consegue por alguma alteração anatômica ou muscular produzir o som, pelo contrário, ela até 
consegue produzir o som isoladamente ou em outras palavras. Isso ocorre devido à dificuldade 
em organizar a produção dos sons nas sequências corretas. As alterações de fala que ocorrem 
devido a não conseguir fazer, ou distorcer o som damos o nome de transtorno fonético, conforme 
Chevrie-Muller (2003).
3.2. Síndromes genéticas
Síndrome é o conjunto de sintomas que, no caso das genéticas, são recorrentes de 
um distúrbio genético que resulta em um fenótipo (características bioquímicas, fisiológicas e 
morfológicas). Dentro do que se reconhece como síndrome existe uma variedade. Em nosso 
estudo, citaremos algumas que comprometem a aquisição ou o desenvolvimento da linguagem, 
fala audição e funções neurovegetativas, segundo Giacheti e Rossi (2012).
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 Descreveremos a Síndrome de Down pelo número grande de incidência, porém, existem 
outras, como síndrome do cromossomo X frágil, Síndrome de Williams-Beuren, dentre outras.
3.3. Síndrome de Down
Originada pela trissomia do cromossomo 21, representa um terço das síndromes genéticas. 
Caracterizada por deficiência mental, hipotonia muscular, fissura palpebral oblíqua, aumento 
da vascularização reptiliana, microcefalia, hiperextensão articular, mãos largas e dedos curtos, 
baixa estatura, cardiopatias, clinodactilia do quinto dedo, orelhas de implantação baixa, orelhas 
displásicas, epicanto, prega palmar única transversa, instabilidade atlantoaxial e instabilidade 
rótulo femural. Devido à hipotonia muscular, o profissional fonoaudiólogo trabalha desde o 
nascimento do bebê down atuando nos aspectos de desenvolvimento motor geral e dos órgãos 
fonoarticulatórios com o objetivo de trabalhar as funções de sucção, mastigação, deglutição e 
fala. A linguagem deve ser estimulada desde o início devido às dificuldades cognitivas desse 
paciente, assim como a audição que com frequência pode estar alterada devido aos quadros de 
otite recorrentes nessa população, informa Limongi (2004).
3.4. Transtorno do espectro do autismo (TEA)
O transtorno do espectro do autismo (DSM – V) é caracterizado por dificuldade de 
interação social, dificuldade de comunicação verbal e não verbal e padrões restritos e repetitivos 
do comportamento, de etiologia ainda não definida, podendo apresentar grau de severidade 
variados. Abrange os transtornos autísticos: Asperger, desintegrativo da infância e o transtorno 
global do desenvolvimento sem especificação, expõe Valente (2017).
3.5. Gagueira 
É um distúrbio da fluência da fala, caracterizada por frequente ocorrência de repetições, 
prolongamentos e bloqueios na emissão de pequenos elementos da fala: sons, sílabas e 
monossílabas. As interrupções da fala podem ser acompanhadas ou não de movimentos 
associados de cabeça, dos membros, do corpo ou das extremidades (MEIRA, 1998).
3.6. Afasia 
A afasia é definida de maneira geral e simplista como alteração adquirida da linguagem 
decorrente de lesão cerebral. Está relacionada, em sua maioria, a casos de Acidente Cerebral 
Encefálico (AVE), TCE Traumatismos Cranioencefálicos, tumores cerebrais, anóxias e encefalites, 
cita Pena Casanova (2005).
4 - INTRODUÇÃO À AUDIOLOGIA
Audiologia é o estudo da audição e das patologias que podem afetá-la. É uma das áreas de 
atuação do profissional fonoaudiólogo que é responsável por realizar exames audiológicos para 
diagnóstico de deficiências auditivas, selecionar e adaptar aparelhos de amplificação sonora e 
reabilitar o paciente por meio da terapia fonoaudiológica.
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4.1. Sistema Vestibulococlear
Didaticamente o sistema vestibulococlear é dividido em Orelha externa, orelha média e 
orelha interna, conforme figura 16.
Figura 16 - Sistema vestibulococlear dividido em orelha externa, orelha média e orelha interna. Fonte: 
Anatomia do corpo (2018).
4.2. Orelha externa
A Orelha externa é composta pelo pavilhão auricular (que é a orelha propriamente dita; 
a única parte do sistema que podemos ver) e o meato acústico externo (que é o conduto entre o 
meio ambiente e a orelha média). Tem a função de proteger a membrana timpânica, de captar e 
encaminhar a onda sonora para a orelha média, conforme Bonaldi, De Angelis e Smith (1998). 
4.3. Orelha média
Cavidade preenchida por ar, escavada no osso temporal denominada cavidade timpânica, 
contém os ossículos da orelha média (martelo, bigorna e estribo), os músculos da orelha média, 
as membranas mucosas e vascular. Limita-se lateralmente pela membrana timpânica (estrutura 
translúcida que separa a orelha externa da orelha média), medialmente pela parede lateral da 
orelha interna, comunicando-se anteriormente com a nasofafringe, por meio da tuba auditiva 
(tubo achatado que comunica a cavidade timpânica com a nasofaringe), e posteriormente com as 
células mastoideas pelo ádito ao antro, informa Bonaldi, De Angelis e Smith (1998).
A tuba auditiva tem função de arejar a orelha média equalizando a pressão de ar externo, 
com a pressão da orelha média, dando proteção à orelha média em caso de mudança brusca de 
pressão e mantendo em bom estado à mucosa, explica Bonaldi, De Angelis e Smith (1998). A 
orelha média atua como um sistema de amplificação do som por meio da vibração da membrana 
timpânica e do sistema de alavanca dos ossículos. 
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Figura 17 - Orelha média. Fonte: Anatomia papel e caneta (2018).
4.4. Orelha interna
Figura 18 - Orelha interna. Fonte: Universia Enem (2018).
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A orelha interna pode ser dividida em duas porções, o labirinto anterior que corresponde 
à cóclea, órgão da audição, e o labirinto posterior formada pelos canais semicirculares, o utrículo 
e o sáculo que corresponde ao órgão do equilíbrio. Entre as estruturas existe o vestíbulo que é 
uma zona comum, cita Fernández (1997). 
Vamos descrever a orelha interna separando-a em três estruturas: o labirinto ósseo, 
labirinto membranoso e os líquidos labirínticos. O labirinto ósseo é formado por cavidades e 
constituído de osso compacto e duro. O labirinto membranoso situa-se dentro do ósseo e forma um 
sistema fechado de ductos que se comunicam entre si, são preenchidos por endolinfa (substância 
com alta concentração de potássio e baixa concentração de sódio) constituído por: ducto coclear, 
sáculo, utrículo e ductos semicirculares, mostra Bonaldi, De Angelis e Smith (1998). Os autores 
complementam que as estruturas do labirinto membranoso correspondem aos órgãos receptores 
responsáveis pela transdução do estímulo mecânico em impulso nervoso: o órgão de Corti, 
relacionado à audição, e as máculas do sáculo e do utrículo e as cristas ampulares, relacionadas 
aos reflexos estatotônicos e estacinéticos (reflexos vestibulares do equilíbrio), responsáveis pela 
manutenção do equilíbrio e controle reflexo da posição da cabeça e dos olhos.
4.5. Líquidos labirínticos: perilinfa e endolinfa
 A perilinfa é um líquido rico em concentração de sódio que circula por um circuito 
situado entre o labirinto ósseo e o labirinto membranoso. A endolinfa circula entre as cavidades 
mais internas do labirinto membranoso e é rica em potássio, menciona Conti e Fernández 
(1997). 
4.6. Cóclea
A cóclea é uma estrutura óssea oca cônica composta por três septos que se afilam da base 
para o ápice. Tem formato espiral (como que enrolada), em torno de um osso chamado columela 
ou modíolo, ao redor do qual dão de duas e meia a três voltas, mostra Bonaldi, De Angelis e 
Smith (1998); Conti e Fernández (1997).
Os três septos dividem o ducto coclear em três compartimentos: O superior ou rampa 
vestibular, no início da espiral basal, que tem a janela oval, pela qual se introduz a platina do 
estribo; O inferior ou rampa timpânica, apresentado no mesmo nível da janela redonda timpânica 
no vértice da cóclea, zona denominada helicotrema. De acordo com Conti e Férnandez (1997), 
ambos compartilhamentos contêm perilinfa. O terceiro compartilhamento é o chamado canal 
coclear propriamente dito. Em seu interior encontra-se o órgão de Corti e a endolinfa” (CONTI, 
FERNÁNDEZ, 1997).
4.7. Órgão de corti
O órgão de corti tem a função de fazer a transdução mecano elétrica, ou seja, transformar 
as ondas sonoras mecânicas em impulsos elétricos que serão enviados para o cérebro. Localizado 
sobre a membrana basilar é formado por cinco tipos de células: células ciliadas internas, células 
ciliadas externas e células de sustentação: Deiters, Hensen, Claudius (CONTI, FERNÁNDEZ, 
1997).
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4.8. Células receptoras ciliadas
As células receptoras são as células sensoriais, diferenciadas em células ciliadas internas 
e células ciliadas externas. São capazes de transformar energia acústica em impulsos bioelétricos, 
menciona Bonaldi, De Angelis e Smith (1998). 
4.9. Sistema auditivo central 
Após a transdução da informação mecânica em elétrica, os estímulos auditivos são 
enviados para serem processados pelo cérebro. A partir desse momento, denominamos de audição 
central. Os estímulos auditivos seguem pelas vias auditivas aferentes, passando pelas seguintes 
estruturas, conforme ilustrado na figura 19: núcleos cocleares, complexo olivar superior, núcleos 
do lemnisco lateral, colículo inferior, corpo geniculado medial, até chegar ao córtex auditivo.
Figura 19 - Vias auditivas aferentes. Fonte: Cochlea (2018). 
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Para que a função auditiva ocorra, adequadamente, é necessário integridade de todo o 
sistema auditivo, iniciando pelo pavilhão auditivo, o meato acústico sem obstrução, membrana 
timpânica em bom estado, ossículos da orelha média conectando à membrana timpânica a janela 
oval e adequado funcionamento de orelha interna. Ainda, é necessário que ocorra aeração da 
orelha média e equilíbrio da pressão desta com o meio externo, por meio da função da tuba 
auditiva. E, por fim, que as vias aferentes da audição estejam íntegras para transportar o sinal 
bioelétrico até o córtex onde será processado, afirma Martínez (1997). Quando alguns desses 
elementos estão danificados ou alterados temos as perdas auditivas, que serão diagnosticadas por 
avaliação médica e realização de exames que poderão identificar o local e o grau de perda.
4.10. Perdas auditivas
As perdas auditivas são classificadas a partir da sua localização topográfica, podendo 
ser condutivas, neurosensoriais, mistas e centrais, cita Frota (1998). Há classificação também 
quanto ao grau de perda: normal, leve, moderada, severa e profunda segundo classificação Lloyd 
e Kaplan (1978 apud MOMENSONH-SANTOS, 2013).
4.11. Perda auditiva condutiva
As perdas auditivas condutivas, em geral, podem ser revertidas por meio de tratamento 
medicamentoso ou cirúrgico, apresentam perdas na sensibilidade auditiva, porém, sem prejuízos 
ao reconhecimento de fala que é aferido pelo teste de índice perceptual de reconhecimento de 
fala (IPRF). Nesse tipo de perda auditiva o problema encontra-se na orelha externa e/ ou média, 
tendo como queixa mais comum desses pacientes o efeito de oclusão (sensação de que a fala está 
dentro da cabeça). As causas mais comuns de perda condutiva são: fixação da cadeia ossicular, 
desarticulação da cadeia ossicular, efusão da orelha média, disfunção da tuba auditiva sem efusão 
da orelha média, tumor de orelha média e malformações, entre outras, informa Momensohn-
Santos (2013). Pacientes com perdas condutivas, frequentemente, apresentam efeito de oclusão, 
ou seja, queixam-se de sentir a fala dentro da cabeça. 
4.12. Perdas auditivas neurossensoriais
 
Ocorrem quando há acometimento das estruturas da orelha interna: cóclea e ou nervo 
auditivo. Normalmente são irreversíveis e permanentes podendo ter causas diversas como: 
presbiacusia (perda auditiva decorrente da idade), surdez ototóxica (lesões no ouvido interno 
provocadas pelo uso de medicamentos), fatores hereditários, perda auditiva induzida pelo ruído 
(PAIR), neurinoma do acústico (tumor benigno do VIII par craniano), trauma acústico, coloca 
Momensohn-Santos (2013).
4.13. Perdas auditivas mistas 
Indicam que há algum tipo de lesão nos componentes da orelha interna associado a 
doenças ou mau funcionamento da orelha média. 
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4.14. Perda auditiva central 
É um tipo de perda neurossensorial, porém, a lesão está a partir do nervo auditivo, nas vias 
auditivas ou no córtex auditivo primário. Os pacientes apresentam inconsistências em respostas 
aos estímulos auditivos, podem apresentar audiogramas com limiares normais, enquanto que em 
testes de reconhecimento de fala apresentam desempenho abaixo do esperado. Usamos ainda a 
classificação quanto ao grau de perda auditiva. Vale ressaltar que existem várias classificações, 
como a proposta por Lloyd e Kaplan, (1978 apud MOMENSONH-SANTOS, 2013).
A avaliação audiométrica irá determinar o limiar (menor intensidade que o paciente 
consegue ouvir) nas frequências que são importantes para o reconhecimento da fala (500, 1.000 
e 2.000 Hz), também serão testadas as frequências de 250, 3.000, 4.000, 6.000 e 8.000Hz, porém, 
será a partir da média dos limiares das frequências de 500, 1.000 e 2.000Hz que classificaremos 
segundo o quadro 2.
Classificação Média da perda auditiva (dB NA) 500, 1.000 E 2.000 Hz
Normal0 a 25 dB
Leve 26 a 40 dB
Moderada 41 a 55 dB
Moderadamente severa 56 a 70 dB
Severa 71 a 90 dB
Profunda Acima de 91dB
Quadro 2 - Classificação quanto ao grau de perda auditiva. Fonte: Lloyd e Kaplan (1978).
5 - REABILITAÇÃO AUDITIVA
Historicamente, a reabilitação auditiva teve sua origem na educação especial, na unidade 
01 dessa apostila falamos do trabalho de Bell com a educação de surdos há muito tempo. Sem 
dúvidas, estes conhecimentos da educação especial influenciaram a clínica fonoaudiológica, 
porém, alguns avanços trouxeram o foco para o desenvolvimento da “linguagem e o uso 
funcional da audição” (BALIEIRO, BARZAGHI-FICKER, 2013). Na realidade, temos os exames 
neonatais que possibilitam o diagnóstico precoce, assim como a tecnologia de equipamentos 
de amplificação sonora, os implantes cocleares, tecnologia que amplia as possibilidades de 
atendimento e desenvolvimento desses pacientes.
Os aparelhos de amplificação sonora individual (AASI) são utilizados quando a perda 
auditiva não pode mais ser revertida por meio do uso de medicamentos ou por procedimentos 
cirúrgicos e tem o papel de fazer a amplificação do som para que o paciente consiga ter a 
percepção do estímulo acústico. Surgiram no final da década de cinquenta e suas tecnologias são 
aperfeiçoadas desde então. O profissional fonoaudiólogo pode atuar na seleção do aparelho que 
melhor responde as necessidades do paciente com deficiência auditiva, assim como participa do 
processo de adaptação e reabilitação da audição, cita Martínez (1997).
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Atualmente, existem no mercado diversas marcas de aparelhos, todas possuem vários 
tipos e modelos, tendo então o profissional uma diversidade de opções, tanto de tecnologia, 
como de custo para atender à necessidade do paciente. Abaixo as figuras 17 mostram aparelhos 
auditivos micro canal, intracanal, intra auricular e retroauricular e a figura 19 demonstra como 
o aparelho fica na orelha do paciente.
Figura 19 - Aparelhos auditivos. Fonte: Biosom (2018).
Figura 20 - Aparelhos auditivos. Fonte: Otorrino Camacari (2018).
O implante coclear também é uma opção de tratamento para perdas auditivas 
neurossensoriais bilaterais de graus severo e profundo, consiste em um dispositivo eletrônico 
implantando cirurgicamente que substitui a função da cóclea lesionada. É constituído por 
componente interno (implantado cirurgicamente) e composto de antena interna com imã, 
receptor-estimulador e um cabo com filamento de múltiplos eletrodos; e elemento externo 
formado pelo processador de fala e pelo compartimento de baterias, conforme figura 21.
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Figura 21 - Implante coclear componente interno e externo. Fonte: Diário do surdo (2018).
O trabalho do profissional fonoaudiólogo é fundamental para o tratamento do paciente 
com deficiência auditiva. Inicia-se no processo de avaliação da audição e diagnóstico da 
perda auditiva, atuando na realização dos exames audiológicos, na seleção, na adaptação de 
aparelhos de amplificação sonora, na terapia de reabilitação, em que o profissional irá buscar o 
desenvolvimento da comunicação do seu paciente, preocupando-se tanto com a função auditiva, 
como com a linguagem e fala do mesmo.
A terapia fonoaudiológica para reabilitação auditiva de pacientes deficientes auditivos 
tem a proposta de adaptação de dispositivos eletrônicos (aparelhos de amplificação sonora, 
Implante Coclear ou sistema FM) que possibilitem o uso da audição residual, para buscar um 
desenvolvimento de linguagem oral, quanto melhor forem as informações acústicas, maiores 
serão as chances de desenvolver linguagem oral na criança, expõe Bailieiro (2013). 
5.1. Sistema vestibular e fonoaudiologia
O sistema vestibular é constituído por órgãos do ouvido interno: os canais semicirculares 
que se juntam em uma região central chamada vestíbulo, apresenta ainda duas estruturas 
chamadas sáculo e utrículo, responsáveis pela percepção de movimentos do corpo, que contribui 
para a manutenção do equilíbrio e do controle postural humano, informa Herdman (2002). 
A atuação fonoaudiológica nessa área se dá na avaliação, por meio de exames como: 
Electronistagmografia (ENG), Vectoeletronistagmografia (VENG), Videonistagmografia, que 
contribuírão para o diagnóstico médico. Também na reabilitação vestibular que consiste em 
um conjunto de procedimentos que visam reestabelecer o equilíbrio corporal perdido, o que é 
alcançado graças ao fenômeno de compensação central, coloca Taguchi (2009).
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04
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 58
1 - MOTRICIDADE OROFACIAL ............................................................................................................................... 59
2 - SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO ........................................................................................................................ 60
2.1. SUCÇÃO .............................................................................................................................................................. 60
2.2. DEGLUTIÇÃO ...................................................................................................................................................... 61
2.2.1. FASE ORAL ....................................................................................................................................................... 61
2.2.2. FASE FARÍNGEA ............................................................................................................................................. 61
2.2.3. FASE ESOFÁGICA ........................................................................................................................................... 61
2.3. MASTIGAÇÃO .................................................................................................................................................... 62
2.3.1. FASES DA MASTIGAÇÃO ................................................................................................................................ 62
INTRODUÇÃO À MOTRICIDADE 
OROFACIAL E À VOZ
PROF.A JÉSSICA ANGELICA RIBEIRO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
INTRODUÇÃO À
FONOAUDIOLOGIA
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2.4. RESPIRAÇÃO ..................................................................................................................................................... 62
2.5. FONAÇÃO E ARTICULAÇÃO ............................................................................................................................. 62
2.5.1. AMAMENTAÇÃO ............................................................................................................................................. 63
3 - DISFAGIAS .......................................................................................................................................................... 64
4 - INTRODUÇÃO À VOZ .......................................................................................................................................... 65
4.1. MUCOSA DAS PREGAS VOCAIS ....................................................................................................................... 67
4.2. DISFONIAS ........................................................................................................................................................ 68
4.3. DISFONIAS DA INFÂNCIA A TERCEIRA IDADE ............................................................................................. 68
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INTRODUÇÃO
A introdução à Motricidade Orofacial e à Voz serão abordadas naunidade 4 da disciplina 
de Introdução à fonoaudiologia, que está distribuída nos seguintes tópicos: Motricidade Orofacial, 
Sistema Estomatognático, funções do Sistema Estomatognático (Sucção, deglutição, mastigação, 
respiração, fonação e articulação), e ainda dois campos de atuação que consideramos de extrema 
importância quando falamos de Motricidade Orofacial: amamentação e disfagia. Em relação à 
introdução à voz os tópicos são: Aparelho fonador estruturas e função, disfonias e considerações 
sobre as disfonias da infância até a terceira idade.
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1 - MOTRICIDADE OROFACIAL
A Motricidade Orofacial é o campo da Fonoaudiologia responsável pelo estudo, pesquisa, 
prevenção, avaliação, desenvolvimento, habilitação, aprimoramento e reabilitação das alterações 
congênitas ou adquiridas do sistema miofuncional orofacial e cervical, assim como das funções de 
sucção, mastigação, deglutição, respiração e fala, desde o período gestacional até o processo natural 
de envelhecimento. São descritos pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia – Departamento 
de Motricidade Orofacial as seguintes alterações congênitas (quadro 3) ou adquiridas que podem 
causar os distúrbios miofuncionais: 
• Comportamento miofuncional aprendido – hábito exemplo: sucção de chupeta, 
mamadeira e dedo;
• Anomalias craniofaciais como síndromes, fissuras labiopalatinas e outras malformações;
• Alterações dento-oclusais e desproporções maxilo-mandibulares;
• Alterações das estruturas de tecido mole que compõem o sistema estomatognático, tais 
como da língua, do frênulo lingual dentre outras;
• Doenças respiratórias como rinite alérgica, asma, apneia obstrutiva do sono dentre 
outras;
• Disfunções da articulação temporomandibular e dor orofacial;
• Sequelas que envolvam danos orofaciais decorrentes de traumatismos, queimaduras, 
perfurações, entre outros;
• Tratamento do câncer de boca;
• Doenças Infecciosas com acometimento da mucosa das vias aéreas e digestórias 
superiores sendo as mais comuns: tuberculose, leishmaniose, paracoccidioidomicose e 
AIDS;
• Doenças do sistema nervoso central ou periférico como esclerose Lateral amiotrófica, 
miastenia grave, síndrome de Guillain-Barre, distrofias musculares, doença de Parkinson, 
paralisa facial, encefalopatia crônica não progressiva, acidente vascular encefálico, 
traumatismo craniofacial, disfunção neuromotora entre outras;
• Imaturidade do processo de desenvolvimento do neonato, como dificuldade na 
alimentação por via oral dentre outras;
• Processo natural do envelhecimento, como o trabalho com a força e coordenação 
muscular, sensibilidade, estética facial, entre outras;
• Perda dos dentes e processo de reabilitação oral protética;
• Cirurgia bariátrica, obesidade e transtornos alimentares.
Quadro 3 - alterações congênitas ou adquiridas que podem causar os distúrbios miofuncionais. Fonte: 
SBFa (2013).
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O profissional fonoaudiólogo pode atuar de modo integrado com a medicina, 
nas especialidades de otorrinolaringologia, cirurgia de cabeça e pescoço, gerontologia, 
pediatria, alergologia, oncologia, neonatologia, neurologia, dermatologia, gastroenterologia, 
endocrinologia, genética, pneumologia, cirurgia plástica, dentre outras; com a odontologia 
nas especialidade de odontopediatria, ortodontia, ortopedia funcional dos maxilares, cirurgia 
bucomaxilofacial, disfunção temporomandibular e dor orofacial, reabilitação oral, periodontia, 
estética, dentre outras; e com as áreas de Fisioterapia, Nutrição, Terapia ocupacional, psicologia, 
com interfaces na área de educação, pedagogia e psicopedagogia e com as demais especialidades 
da Fonoaudiologia, a saber: Audiologia, Disfagia, Fonoaudiologia Escolar, Linguagem, Saúde 
Coletiva e Voz (SBFa, 2013). Definido a atuação do profissional na área de Motricidade Orofacial 
e seu trabalho multidisciplinar com outras áreas de conhecimento, vamos conhecer o sistema 
estomatognático.
2 - SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
O Sistema estomatognático compreende um conjunto de estruturas: ossos fixos da 
cabeça, a mandíbula, o hióide e o esterno; os músculos da mastigação, da deglutição e faciais; 
as articulações temporomandibulares (ATM) e dentoalveolares; os dentes e tecidos anexos; seu 
funcionamento está iligado à função de outros sistemas como o sistema vascular, sistema nervoso 
central e periférico, mostra Ferraz (2012). 
As funções do sistema estomatognático para Felício (2009) dizem respeito à atividade 
neuromuscular que gera forças mecânicas e aos processos pelos quais estas forças mecânicas são 
dissipadas pelos tecidos esqueléticos associados à ATM. Há uma grande correlação entre forma 
(morfologia) e função no sistema estomatognático, uma vez que sem harmonia das estruturas 
(forma) não tem como o sistema realizar as funções adequadamente, por outro lado, as funções 
impactam o crescimento e desenvolvimento craniofacial. Assim, temos uma relação muito 
íntima desse processo complexo que necessita de equilíbrio estrutural funcional, cita Felício 
(2009). A seguir vamos tratar das funções do sistema estomatognático do seu desenvolvimento 
e funcionamento dentro dos padrões de normalidade, são elas: Sucção, deglutição, mastigação, 
respiração, fonação e articulação.
2.1. Sucção
A função de sucção é a primeira a ser exercida pelo recém-nascido, com o intuito de 
suprir as necessidades nutricionais nos primeiros meses de vida. Desenvolve-se a partir da 32ª 
semana de gestação e, ao nascer, o bebê tem o reflexo de procura e o reflexo de sucção que 
pode ser desencadeado a partir de estímulos na região perioral ou na língua, papila e gengiva. 
A coordenação sucção, deglutição e respiração é desenvolvida após 34ª semana gestacional, 
portanto, recém-nascidos a termo (38ª a 41ª semanas de gestação) nascem preparados para sugar, 
expõe Felício (2009).
A sucção estimula o crescimento craniofacial e é um exercício completo para 
desenvolvimento da musculatura perioral, segundo Ferraz (2012). A sucção de bebês a termo 
tem característica vigorosa, com estabilidade de mandíbula, sinais de fome e sede adequados, 
reflexos oromotores normais e coordenação sucção-deglutição-respiração, afirma Felício (2009).
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De modo sintetizado, os comportamentos normais na sucção do neonato são: vedamento 
labial pela contração dos músculos orbiculares e bucinadores, presença de compressão labial 
e formação de leve sulco nas comissuras labiais; movimentação dos músculos masseteres, 
verificada pela formação do sulco na bochecha..., movimentos mandibulares e movimentos 
anteroposteriores da língua. 
2.2. Deglutição
A deglutição pode ser definida como o ato de engolir, tem como função fundamental a 
propulsão do alimento ou líquido da cavidade oral para a faringe e daí para o estômago. Consiste 
em uma atividade neuromuscular complexa que depende da integração do sistema nervoso 
central, dos impulsos aferentes (percepção do estímulo na cavidade, alimento, líquido ou saliva 
que envia impulsos para o cérebro) e eferentes (comandos motores que irão executar a deglutição), 
conforme Marchesan (1993). A deglutição é dividida em fases: fase oral, fase faringolaringea e 
fase esofágica.
2.2.1. Fase oral 
A fase oral ocorre após a formação do bolo alimentar e do deslocamento deste para um 
canal transversal do dorso da língua, há o vedamento labial, estabilização da mandíbula pela 
ação dos músculos temporal, masseter e pterigoideos medial, elevação da ponta da língua que 
se encosta contra a papila retroincisiva e a face palatina dos dentes incisivos superiores. A parte 
anterior pressiona o palato duro e a base da língua se deprime havendo o disparo do reflexo de 
sucção pela contração do músculo milo-hióideo e a elevação da parte anterior da línguadesliza 
o bolo para trás, fazendo os movimentos ondulatórios da língua. Finalmente, a parte posterior 
da língua dirige-se em sentido posterior e para cima abruptamente, a pressão exercida pelo bolo 
alimentar nos pilares da faringe, na base da língua e palato mole, determina a geração de impulsos 
nervosos que por via aferente, iniciam a ação reflexa (MARCHESAN, 1993).
2.2.2. Fase faríngea 
Na fase faríngea ocorrem dois mecanismos, de acordo com Felício (2009):
1) Mecanismo propelente, que empurra o bolo para o esôfago pela ação dos músculos 
superior, médio e inferior da faringe, inervados pelo plexo faríngeo (nervos vago e glossofaríngeo).
2) Mecanismo de válvula, que interrompe a conexão entre as estruturas, ou seja, entre a 
cavidade oral-faringe, cavidade nasal-orofaringe, faringe-laringe e laringe-esôfago.
É um estágio involuntário em que ocorre o alongamento da faringe ao mesmo tempo 
que há parada respiratória, porque o bolo alimentar está em uma câmara comum para as duas 
funções: deglutição e respiração. Assim, é necessário o fechamento das vias respiratórias, que 
orienta o trajeto do bolo para o esôfago, impedindo a entrada de alimentos nas vias respiratórias, 
explica Marchesan (1993). 
2.2.3. Fase esofágica
Fase reflexa da deglutição é quando o bolo alimentar passa para o esôfago que através dos 
movimentos peristálticos levará o alimento até o estômago, cita Marchesan (1993).
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2.3. Mastigação
A mastigação é a função que inicia o processo digestivo, pois na mastigação degradamos 
os alimentos (trituração e moagem) em partículas pequenas. Essas partículas irão se ligar entre 
si pelo processo misturador da saliva formando o bolo alimentar. Fazem parte de processo de 
mastigação os músculos mastigatórios: temporal, masseter, pterigóideo lateral, pterigóideo 
medial e ventre anterior do digástrico, porém, também é necessário ação dos músculos da língua 
e os faciais, em especial bucinador e orbicular dos lábios, segundo Marchesan (1993). 
2.3.1. Fases da mastigação
• Incisão: Apreensão do alimento pela elevação mandibular, grande intensidade de 
contração muscular até cortar o alimento. Nessa fase, ocorre secreção salivar abundante, quando 
a língua e as bochechas posicionam o alimento nas superfícies oclusais dos dentes.
• Trituração: é o ato de reduzir o alimento a partículas menores, desempenhada pelos 
pré-molares. 
• Pulverização: desempenhada pelos molares é a fase que reduz o alimento em partículas 
ainda menores.
2.4. Respiração
A respiração é função que possibilita a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o 
meio ambiente e as células do corpo, é, sem dúvidas, a função essencial para a sobrevivência e 
também fundamental para o processo de crescimento craniofacial e para a produção da voz e da 
fala, comenta Felício (2009). Conforme aponta Marchesan (1993), a respiração normal é a nasal, 
pois o nariz não é apenas um condutor de ar, mas um órgão especializado que realiza três funções 
importantes: aquecimento, umidificação e filtragem do ar protegendo as vias aéreas.
É durante a inspiração que ocorrerão esses processos. O aquecimento se dá em decorrência 
da irradiação de calor das veias e artérias e da vascularização da mucosa nasal. A umidificação 
acontece por meio da secreção da mucosa e a filtragem pela ação mecânica dos pelos do vestíbulo 
nasal, da função ciliar e da ação química, bactericida do muco nasal, coloca Felício (2009).
2.5. Fonação e Articulação
A produção da fala está diretamente ligada às estruturas do sistema estomatognático, a 
boca, a posição de língua junto com sua capacidade de movimentação, os dentes e suas posições, 
os movimentos de lábios e das bochechas são fundamentais para boa fonação, sendo que qualquer 
alteração nessas estruturas pode alterar a fala do indivíduo, cita Marchesan (1993).
Além de todas as estruturas citadas, para a fonação precisamos do aparelho respiratório, 
da laringe que por meio das pregas vocais “fornecem a energia sonora”; as cavidades supraglóticas 
que têm papel de ressonadores (os ressonadores fisiológicos são a faringe, a cavidade nasal e a 
cavidade bucal, incluindo os seios paranasais), acrescenta-se a função valvular de estruturas que 
orientam o fluxo de ar, como os lábios, dentes, língua, palato duro, véu palatino e os próprios 
movimentos mandibulares, mostra Marchesan (1993). 
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Sendo a motricidade orofacial um campo importante e vasto de atuação profissional para 
os fonoaudiólogos, escolhemos nesse primeiro abordar dois assuntos importantes: amamentação 
e disfagia.
2.5.1. Amamentação 
É consenso entre os profissionais de saúde que o leite materno é o alimento ideal para 
a criança nos seus primeiros meses de vida, porém, muitas são as razões que causam na mãe 
insegurança e acabam gerando o desmame precoce. Acreditamos que maior delas é a falta 
de informação (orientação). Os benefícios que o leite materno proporciona para o lactente 
são inúmeros e jamais alcançados por outro leite ou complemento, pois além dos aspectos 
nutricionais adequados, possuem componentes imunológicos que contribuem para o crescimento 
e desenvolvimento da criança, prevenindo infecções, diarreia e doenças respiratórias. Aspectos 
psicológicos também são ressaltados, pois o ato de amamentar proporciona um momento único 
de troca de afeto entre a mãe e seu filho fortalecendo ainda mais o vínculo entre os dois, informa 
Brasil (1994) e Marques (2011). 
Além dos benefícios anteriormente citados que são amplamente discutidos na literatura, é 
importante falarmos da sucção no aleitamento materno que promove adequado desenvolvimento 
das estruturas orofaciais, tanto na mobilidade, como na força e postura, o que possibilitará 
adequado desenvolvimento das funções de respiração, mastigação, deglutição e fala, explica 
Neiva (2003). 
Para Fernandes (2000), o fato de vedar totalmente o seio para garantir a pressão negativa 
que ajuda na retirada do leite, obriga o bebê a respirar pelo nariz contribuindo para o adequado 
padrão respiratório que proporciona filtragem, aquecimento e umidificação do ar evitando 
problemas nas vias aéreas superiores. 
A seguir, há uma figura demonstrando a pega correta do seio pelo bebê, pegar corretamente 
é fundamental para que a sucção seja eficiente, o que irá satisfazer o bebê no sentido nutricional 
e evitará problemas como rachadura do bico do peito e dores para a mãe. 
Figura 22 - Pega correta. Fonte: Vila mamífera (2018).
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Para sugar, o bebê deve encaixar a boca ao peito da mãe, abocanhando o mamilo e parte 
da aréola. Até os seis meses de idade o padrão de movimentos da língua é para frente e para 
trás acompanhando o movimento mandibular, posteriormente, predominam os movimentos de 
elevação e abaixamento da língua estabelecendo achatamento do mamilo, criando o mecanismo 
oclusivo língua-palato mole, estabelecendo pressão intra-oral para extração do leite, comenta. 
Ocorre acanolamento da língua, com ação das bochechas que formam sulco longitudinal. As 
bolsas de gordura ajudam dando firmeza às bochechas. Os movimentos da mandíbula são: 
abaixamento, protusão, elevação e retrusão, comenta Felício (2009). 
O fonoaudiólogo pode atuar na conscientização da importância da amamentação em 
palestras para gestantes na saúde pública ou eu grupos de gestantes realizados nas maternidades, 
após o nascimento deve acompanhar a amamentação e auxiliar as mães com o posicionamento 
correto.
Neiva (2003) descreve que para conseguir sugar adequadamente o bebê precisa ter reflexo 
de busca e de sucção, vedamento labial, movimentação de língua e mandíbula, coordenação 
sucção-deglutição-respiração e ritmo de sucção. É imprescindível a pega da aréola e do mamilo 
para queocorra adequada movimentação das estruturas orais, nesse sentido, o lábio inferior deve 
estar evertido, permitindo que a língua chegue até a linha da gengiva. 
O fonoaudiólogo é atuante com os bebês pré termos (nascidos antes da 38ª semana 
gestacional), ou até mesmo a termos mais que nasceram com alguma condição que provoca 
alterações no sistema motor oral ou na coordenação sucção/deglutição/respiração dos bebês. 
Nesses casos, muitas vezes o bebê ainda não é capaz de sugar o seio então à intervenção 
fonoaudiológica é iniciada através da sucção não nutritiva, que é a estimulação feita com o 
dedo enluvado buscando aumentar as séries de eclosões de sugadas alternadas e rítmicas. Nesse 
momento, o bebê está sendo alimentado via sonda orogástrica ou nasogástrica e o objetivo 
terapêutico é acelerar maturação do reflexo de sucção para que o bebê consiga se alimentar via 
oral, mostra Moura (2009).
3 - DISFAGIAS 
A Disfagia é definida por Furkim e Silva (1999) como um distúrbio de deglutição com 
sinais e sintomas específicos, caracterizados por alterações em qualquer etapa e/ou entre as etapas 
da dinâmica da deglutição. Dessa forma, pode ser congênita ou adquirida, após comprometimento 
neurológico, mecânico ou psicogênico, e trazer prejuízo aos aspectos nutricionais, de hidratação, 
no estado pulmonar, prazer alimentar e social do indivíduo.
Indicação de vídeo: Campanha de amamentação 2017, pelo Sistema de Conselhos 
de Fonoaudiologia. 
https://www.youtube.com/watch?v=BRIj_xi0jOA 
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Ao considerarmos a complexidade da função da deglutição frente à quantidade de 
estruturas envolvidas no processo, fica fácil deduzir que são várias as causas de disfagia e elas 
podem ocorrer em qualquer etapa da vida, de recém-nascidos a idosos. 
Podem ter causas neurológicas e/ou estruturais. Comumente decorrem de traumas de 
cabeça e pescoço, de acidente vascular encefálico, de doenças neuromusculares degenerativas, de 
câncer de cabeça e pescoço, de demências e encefalopatias, menciona Padovani (2007). A disfagia 
pode causar a entrada de alimento na via aérea, gerando tosse, sufocação/asfixia, problemas 
pulmonares e aspiração. Devido os desconfortos provocados pela dificuldade em engolir, o 
paciente perde o prazer em se alimentar o que gera perda de peso e desidratação. A aspiração 
provoca pneumonia e os quadros mais graves podem levar à morte.
A terapia fonoaudiológica tem o objetivo de reabilitar a função da deglutição, utilizando de 
procedimentos sensoriais (visam melhorar a sensibilidade da região oral), por meio de manobras 
de proteção de via aérea e posturais, exercícios fisiológicos (melhorando o controle motor oral) e 
próteses orais, explica Furia (2009). 
4 - INTRODUÇÃO À VOZ
A produção vocal depende de aspectos anatômicos fisiológicos, psicossociais e ambientais. 
O profissional fonoaudiólogo especialista em voz necessita ter habilidades para avaliar e integrar 
as dimensões perceptuais, acústicas, fisiológicas e psicológicas da voz, mostra Pinho (2004). Com 
o intuito de compreender o trabalho da fonoaudiologia nesse campo de atuação, vamos falar um 
pouco dos aspectos que envolvem à produção vocal normal, para tanto, é necessário discorrer 
sobre o desenvolvimento normal do aparelho fonador.
O sistema de produção vocal é complexo e necessita de controle neurofisiológico, 
envolvendo a participação do sistema nervoso central e periférico, sistema respiratório e dos 
órgãos fonoarticulatórios. De modo geral, essas estruturas serão apresentadas, para serem 
estudadas mais detalhadamente em disciplinas posteriores. 
Figura 23 - Aparelho Fonador (Trato bocal) – Estruturas Básicas. Fonte: Gta (2018).
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Corresponde ao aparelho fonador (estruturas básicas), segundo Pinho (1998): a cavidade 
nasal, a nasofaringe, a cavidade oral, a região da orofaringe e a laringe. 
• A cavidade nasal tem em seu interior estruturas chamadas cornetos, sendo três em cada 
fossa nasal. Os cornetos têm a função de preparar o ar para que ele chegue em condições ideais as 
vias respiratórias, então o ar é aquecido, umidificado e purificado, conforme Conti e Fernández 
(1997).
• A nasofaringe é a região posterior à cavidade nasal, localizada acima do palato mole.
• A cavidade bucal é o órgão da mastigação e da deglutição, pode em situações específicas 
ser órgão auxiliar da respiração e ainda atuar na articulação e na fala, constituída de lábios, arcadas 
dentárias, palato duro, palato mole, língua, istmo das fauces (orifício posterior da cavidade bucal), 
pilares (anterior e posterior) e amígdalas, menciona Conti e Fernández (1997).
• A orofaringe é a região posterior à cavidade bucal.
• A laringe é responsável por importantes funções, são elas: a respiração que é sua função 
primária, a fonação que é produzida pela adução ou fechamento das pregas vocais. Tem ainda 
função de proteger as vias aéreas durante a deglutição com a adução das pregas e com a queda 
da epiglote que fecha o vestíbulo laríngeo e o fechamento glótico por esforço que é uma adução 
forçada, que promove armazenamento de ar nos pulmões, dilatação do tórax, gerando firmeza 
mecânica no ombro e compressão da cavidade abdominal que ajudam a tossir, defecar e urinar, 
informa Conti e Fernández (1997). É constituída de peças cartilaginosas unidas por ligamentos 
e músculos. Pinho (1998) descreve as seguintes estruturas: osso hióde, membrana tireoióidea, 
epiglote, pregas ventriculares, pregas ariepiglóticas, ventrículos de Morgagni, cartilagens (tireóide, 
cricóide, aritenóides, cuneiformes e corniculadas) e pregas vocais.
• O osso hióide não pertence à laringe, mais que é com frequência descrito como 
pertencente devido às estreitas relações anatômicas, mostra Corti e Fernández (1997).
A seguir, a figura 24 ilustra a laringe em vista frontal e lateral.
Figura 24 - Laringe em vista frontal e lateral. Fonte: Pinho (1998).
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A musculatura laríngea é dividida em extrínseca e intrínseca. A musculatura extrínseca, 
por sua vez, é dividida em músculos supra-hióideos e infra-hióideos. Os supra-hióideos, conforme 
o nome já diz, encontram-se acima do osso hióide e agem elevando a laringe. São eles: digástrico, 
gênio-hióideo, milo-hiódeo e o estilo-hióideo. Os músculos infra-hióideos estão abaixo do osso 
hióide e agem no abaixamento da laringe, sendo: omo-hióideo, esternotireóideo, o tiro-hióideo e 
o esterno-hióideo, explica Conti e Fernández (1997). 
Os músculos intrínsecos da laringe são: abdutores, adutores e tensores das pregas vocais. 
Esses músculos estão inseridos ou na cartilagem tireóide, ou na cricóide ou na aritenóide, assim 
podem ser identificados pelas siglas: CAP (cricoaritenóideo posterior), CAL (cricoaritenóideo 
lateral), AA (ariaritenóideo, oblíquo e transverso), TA (tireoaritenóideo – feixes externo e 
interno), também denominado de músculo vocal, e CT (cricotireóideo) (PINHO,1998). 
Os músculos CAP agem durante a respiração. Sua ação promove a abertura das pregas 
vocais. Para a fonação, os CAP reduzem sua atividade e entram em ação os músculos adutores 
(responsáveis por fechar as pregas vocais): CAL e AA de maneira simultânea. Em situações nas 
quais haja necessidade de produção vocal com maior intensidade há participação do TA feixe 
externo que é predominantemente adutor (fecha). O feixe interno é tensor das pregas vocais, 
provoca o encurtamento, aumento da massa e, portanto, produz sons graves. Os músculos CT são 
tensores e responsáveis por alongar as pregas vocais, diminuindo sua massa e, consequentemente, 
produzindo sons mais agudos (PINHO, 1998). 
4.1. Mucosa das pregas vocais
A mucosa das pregas vocais é parte importante de vibração. É constituída de vasos 
sanguíneos, possuem glândulas na porçãosuperior e está disposta histologicamente em 5 
camadas: epitélio escamoso, importante na resistência a traumas provocados pela fonação; camada 
superficial flexível ou denominada de espaço de Reinke; camada intermediária, localizada abaixo 
da camada superficial , contendo fibras elásticas; camada profunda com fibras colagenosas; e, por 
fim, o músculo vocal (tireoaritenóideo), menciona Pinho (1998). 
Como já referido anteriormente, o sistema de produção vocal é complexo, necessita de 
controle neurofisiológico e envolve a participação de diversos sistemas como: sistema nervoso 
central e periférico, sistema respiratório e ainda precisa dos órgãos fonoarticulatórios. Vamos 
entender de maneira geral como ocorre esse processo.
A laringe por si só não possui um som com intensidade satisfatória, para isso, ele conta 
com a ajuda dos ressonadores (que vão modificar a qualidade e a intensidade da voz para sons 
audíveis), que são a faringe, a cavidade oral e a cavidade nasal. A faringe e a cavidade oral têm 
participação mais ativa, esta última conta ainda com a ajuda da língua e dos lábios para articular 
os fonemas. A cavidade nasal irá participar fechando o palato mole para não haver escape nasal 
nos fonemas orais e abrirá na produção de fonemas nasais, coloca Conti e Fernández (1997).
Ao expirar formamos uma coluna de ar que irá passar pela laringe, pela ação do músculo 
cricoaritenóideo (que produz certa tensão das cordas vocais), músculos interaritenóideos laterais 
(que se aproximam das cordas vocais próximos da linha mediana) e os tireo-aritenóideos internos 
(que provocam modificação da massa das cordas vocais em função do tipo de fonação) havendo 
adução não forçada das cordas vocais. 
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Conti e Fernández (1997) descrevem a sequência do processo da seguinte maneira: A 
musculatura auxiliar expiratória cria um aumento progressivo da pressão infraglótica, auxiliando 
o fechamento glótico por meio da elasticidade da mucosa cordal. Depois disso, à medida que a 
pressão aumenta, de modo superior à pressão do fechamento glótico, provoca uma saída de ar. 
Essa saída de ar cria uma queda brusca de pressão no espaço glótico, fazendo com que ambas 
as mucosas das cordas voltem a se unir. Trata-se do fenômeno conhecido como efeito Bernouilli, 
produzido de maneira repetida e rápida, o que provoca a vibração cordal e, consequentemente, 
a produção do som.... Esse mecanismo de produção da voz une várias concepções teóricas 
baseando-se na integração de forças físicas e elásticas dos tecidos. É chamada teoria aerodinâmica-
mioelástica.
4.2. Disfonias
As disfonias são distúrbios vocais que alteram uma ou mais das características acústicas da 
voz. Podem ter diferentes padrões acústicos, diversas localizações anatômicas e causas variadas. 
A perda total de voz é denominada afonia, explica Herrero e Velasco (1997).
As disfonias são classificadas em funcionais, orgânicas secundárias e orgânicas primárias. 
Nas disfonias funcionais há distúrbio vocal, porém, não há alterações orgânicas; as orgânicas 
secundárias ocorrem devido aos abusos vocais que provocam alterações orgânicas e as orgânicas 
primárias são lesões que ocorrem e então provocam a disfonia, mostra Pinho (2001). O 
aparecimento da disfonia pode ocorrer de forma abrupta ou lenta, podendo estar em fase crônica 
ou aguda. Nesse caso, o objetivo terapêutico é a produção da melhor voz possível, ou seja, com 
mínimo de esforço e máximo rendimento.
Consideramos os seguintes aspectos acústicos: pitch (frequência), loudness (intensidade), 
qualidade e ressonância e com frequência encontramos alterações em um ou mais desses aspectos. 
Ainda temos como aspectos vocais perceptivos: rouquidão, aspereza e soprosidade.
Seguindo Pinho (1998), rouquidão é a presença de irregularidade vibratória da mucosa 
das cordas vocais que podem estar presentes em quadros de nódulos vocais, hiperemias e edemas. 
A aspereza vocal é percebida quando há redução da onda mucosa que reveste as pregas vocais 
e se produz um som duro, pouco melodioso. Pode ser encontrada em quadros de sulco vocal, 
cistos intacordais e iatrogenias. A soprosidade é caracterizada por presença de ruído de fundo e 
pode ser encontrada em quadros de fendas glóticas ou por patologias que impedem a coaptação 
glótica.
4.3. Disfonias da infância a terceira idade
As principais causas de disfonias na infância são: abusos vocais, quadros sistêmicos, 
alterações estruturais mínimas, deficiências auditivas, distúrbios neurológicos e causas hormonais. 
Podem haver nódulos vocais que são mais comuns em meninos, acreditasse que em decorrência 
de brincadeiras típicas que envolvam agressividade e gritos. Nesses quadros, temos em geral: uma 
fala tensa, de intensidade elevada, falta de controle tonal, imitação do modelo adulto e abusos 
vocais constantes, cita Pinho (2001). 
O tratamento consiste em orientação familiar para que haja por parte dos pais bom 
modelo de fala para a criança e que reduza a competição sonora do ambiente e entre os membros 
da família. A terapia fonoaudiologica visa à mudança do comportamento vocal da criança por 
meio da conscientização dos prejuízos dos abusos vocais para a saúde vocal. 
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Nesses casos, o trabalho com a melodia da fala também é necessário, já que estas 
crianças usam com frequência as variações de intensidade para impor seus desejos, o que gera 
uma sobrecarga, expõe Pinho (2001). Durante a puberdade, ocorrem mudanças na laringe, 
principalmente dos meninos, que modificam a voz. Essas mudanças marcam a transição do 
padrão vocal infantil para o padrão adulto. Esse período é chamado de muda vocal e, em geral, leva 
de três a seis meses. Nessa fase podemos observar rouquidão flutuante e quebras de sonoridade.
Mudanças também podem ser observadas no idoso, decorrentes de atrofia dos músculos 
intrínsecos da laringe, perdas teciduais, deficiências hídricas, perdas de elasticidade dos 
ligamentos e calcificação de cartilagens laríngeas. Nas mulheres, as mudanças são atribuídas 
às trocas hormonais da menopausa, e, com frequência, encontra-se edema de cordas vocais. 
Além desses fatores, temos o declínio do sistema nervoso central que prejudica a melodia e a 
articulação, mostra Pinho (2001).
 
 
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