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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
DEPARTAMENTO DE TURISMO 
CURSO DE TURISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALLANA GABRYELA DA COSTA INÁCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
TURISMO PEDAGÓGICO: UMA ANÁLISE DO PAPEL 
DAS AGÊNCIAS E DO GUIA DE TURISMO(NATAL/RN) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2014 
 
 
ALLANA GABRYELA DA COSTA INÁCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TURISMO PEDAGÓGICO: UMA ANÁLISE DO PAPEL 
DAS AGÊNCIAS E DO GUIA DE TURISMO(NATAL/RN) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Coordenação de 
Graduação em Turismo da 
Universidade Federal do Rio grande do 
Norte, como requisito parcial para a 
obtenção do título de Bacharel em 
Turismo. 
 
Orientador: Michel Jairo Vieira da Silva, 
Msc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação da Publicação na Fonte. 
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA 
 
 
Catalogação da Publicação na Fonte. 
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA 
 
 
ALLANA GABRYELA DA COSTA INÁCI 
O 
 
 
 
 
 
 
 
 Inácio, Allana Gabryela da Costa. 
Turismo pedagógico: uma análise do papel das agências e do guia de turismo 
(Natal/RN)/ Allana Gabryela da Costa Inácio. - Natal, RN, 2014. 
60f. 
 
Orientador: Prof. M. Sc. Michel Jairo Vieira da Silva. 
 
Monografia (Graduação em Turismo) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Turismo. 
 
 
1. Turismo pedagógico - Monografia. 2. Agências de turismo - Monografia. 3. Guia de turismo - 
Monografia. I. Silva, Michel Jairo Vieira da. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. 
 
 
 
 
 
 
TURISMO PEDAGÓGICO: UMA ANÁLISE DO PAPEL DAS AGÊNCIAS E DO 
GUIA DE TURISMO(NATAL/RN).Monografia apresentada à Coordenação de 
Graduação em Turismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para 
a obtenção do título de Bacharel em Turismo. 
 
 
 
Natal, 24 de Dezembro de 2014. 
 
 
 
Banca examinadora: 
 
 
 
__________________________________________________ 
Prof.º Michel Jairo Vieira da Silva, Msc. 
Orientador 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
_________________________________________________ 
Prof.º Andrea Cacho,Msc. 
Examinador 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
_________________________________________________ 
Prof.º Linaldo Silva, Esp. 
Examinador 
UNIFACEX 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Ao meu Deus, o criador de todas as coisas, pois tudo o que tenho e sou, 
foi Ele que me deu. Sendo durante todo o tempo o meu refúgio, fortaleza, e 
socorro bem presente na angústia, o meu Pastor e que nada me deixou faltar. 
A Ele toda honra, glória, e louvor para sempre. 
 Agradecimento especial a minha família, que é base e exemplo na 
minha caminhada, aos que me ajudaram diretamente e indiretamente, o meu 
sincero agradecimento e que Deus vos abençoe. A minha amada mãe 
Lucineide Felix, vó Carminha e tia Sidneide Felix, as quais me deram total 
apoio. Ao meu tio e segundo pai, José Avelino, a qual dedico também esta 
minha vitória, pelo apoio e orientação na correção deste trabalho 
 Aos amigos que acompanharam de perto e longe a jornada de estudos 
para o vestibular, em especial Jéssica Rayane e Gislayne Nascimento, que 
foram as pessoas que despertaram sorriso nos momentos finais de estudo, 
nunca me esquecerei do momento ímpar em minha vida. Aos amigos da Igreja 
Evangélica Assembleia de Deus Parque das Dunas, as quais compartilham 
vários momentos especiais, em especial ao DEJAD (Departamento de jovens e 
adolescentes). E aos amigos mais chegados que um irmão, confidentes, 
Jéssica Rayane e Jonatha Kadosh. 
 Ao meu querido e paciente orientador Michel Vieira, ao qual não tenho 
palavras para agradecer o apoio e presteza em aceitar ao convite, e disposição 
em sempre ajudar, na paciência e correção de todo dia. És um excelente 
profissional e que muitos tenham a sorte e privilégio que tive de te encontrar. 
 A banca examinadora que prontamente aceitou o convite: Andrea Cacho 
e Linaldo Silva. 
 Aos gestores e guias de turismo que se propôs de forma disponível a 
contribuir com a pesquisa. 
 A todos que forma a família Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte (UFRN), aos que junto entraram na universidade juntamente comigo 
(Turma 2011.1), em especial a Gisele Grigorio, Fiama Oliveira e Ricelle Kariny 
na qual fizemos vários trabalhos juntos, que a força para ir em busca do 
 
 
sucesso esteja sempre em nossas vidas. Boa sorte e foco na caminhada, 
afinal, “turismo é O melhor”. 
 Jamais esquecerei a Liga dos Excluídos, a família IFRN, em especial, a 
turma de guia de turismo 2011.1, a qual foi o curso que me identifiquei como 
profissional, e será a carreira que irei seguir com muito amor. Aos amigos de 
turma, que tantos momentos especiais vivemos, durante o dia perturbado, a 
alegria vinha durante á noite ao nos encontrar. Muito obrigada a todos, e aos 
professores, no qual muito aprendi e contribuirão de forma inexplicável, para 
que hoje eu pudesse dizer: Sou guia de turismo com muito orgulho e com muito 
amor. Dedico este trabalho á vocês meus queridos. 
A todos que colaboraram diretamente ou indiretamente para que este 
trabalho fosse realizado. Muito obrigada e que a paz de Deus reine em nossas 
vidas, hoje e sempre, amém. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INÁCIO, Allana Gabryela da costa. TURISMO PEDAGÓGICO: uma análise do 
papel das agências e do guia de turismo em Natal/RN. 2014. P. 69. Monografia 
(Graduação em turismo) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 
Natal/RN. 
 
 
 
RESUMO 
 
Reconhecendo o crescimento do mercado de turismo pedagógico em Natal-
RN, o presente trabalho tem como objetivo analisar o papel das agências e do 
guia de turismo pedagógico na cidade, se desdobrando no mapeamento das 
agências que desenvolvem esse trabalho e os roteiros normalmente 
realizados.Para este estudo foi realizado uma pesquisa qualitativa, de caráter 
exploratória descritiva, utilizando em metodologia a ferramenta do questionário 
com perguntas semi-estruturadas com guias e agentes de viagem. Com isso, a 
análise dos resultados revelou o mapeamento das empresas que trabalham 
com este segmento (apenas 5 especificamente nessa área, que são de 
pequeno porte, mas que parecem estar em ascensão em sua maioria), bem 
como o perfil do Guia de Turismo deste segmento (legalizado, qualificado, 
ético, e lúdico), e identificação dos principais roteiros comercializados por 
essas agências de turismo pedagógico (eminentemente de alcance regional, 
com alguns roteiros nacionais e pontuais internacionais, sendo o foco a 
geografia, história e cultura). 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Turismo Pedagógico. Guia de Turismo. Natal-RN. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INÁCIO, AllanaGabryela da Costa. EDUCATIONAL TOURISM: the role of tour 
guide.2014. P. 67. Monograph (Graduation in tourism) – Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte, Natal/RN. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Recognizing the growth of educational tourism market in Natal - RN , this 
studyanalyze the profile of the teaching guide tourism in the city, unfolding in 
mapping agencies that develop this work and the scripts usually performed . For 
this study was a qualitative research, descriptive exploratory character, using 
the tool on the questionnaire methodology with semi-structured questions with 
guides and travel agents. With this, the analysis showed the mapping of the 
companies that work with this segment (only 5 specifically in this area, which 
are small , but they seem to be growing) as well as the profile of this Tour Guide 
segment (legalized , qualified , ethical , and playful) , and identification of the 
main itineraries marketed by these agencies for educational tourism 
(predominantly regional in scope , with some domestic and internationalroutes 
punctual, being the focus of the geography, history and culture). 
 
 
KEY-WORDS: Educational tourism. Tour Guide. Natal- RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 Passeio pelo centro da cidade ............................................................42 
Figura 2 Passeio pelo centro da cidade ............................................................42 
Figura 3 Passeio pedagógicos com a Odisseia Turismo ..................................42 
Figura 4 Passeio pedagógicos com a Odisseia Turismo ..................................42 
Figura 5 Passeio com crianças e jovens pelo interior do RN ...........................43 
Figura 6 Passeio com crianças e jovens pelo interior do RN............................43 
Figura 7 Passeios pedagógicos da empresa Joaquim Tur ...............................43 
Figura 8 Passeios pedagógicos da empresa Joaquim Tur................................43 
Figura 9 Alunos em viagem com a Mandacaru Turismo e Viagens .................44 
Figura 10 Alunos em viagem com a Mandacaru Turismo e Viagens ...............44 
Figura 11 Diferença entre o city tour da Território Potiguar e Odisseia ............52 
Figura 12 Diferença entre o city tour da Território Potiguar e Odisseia ............52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 agências do turismo pedagógico em Natal/RN .................................31 
Quadro 2 Semelhança e diferença nas agências de turismo pedagógico ........37 
Quadro 3 Agências de turismo conforme abrangência .....................................44 
Quadro 4 Papel do guia de turismo na própria perspectiva ..............................49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICO 
Gráfico 1 Faixa etária dos gestor das agências de turismo pedagógico ..........38 
Gráfico 2 Formação acadêmica dos gerentes das agências ............................39 
Gráfico 3 Principais obstáculos enfrentados na empresa .................................45 
Gráfico 4 Identificação da faixa etária do grupo ...............................................47 
Gráfico 5 Formação acadêmica dos guias de turismo ......................................47 
Gráfico 6 Salário do guia de turismo .................................................................48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO................................................................................................12 
1.1 Problematica................................................................................................13 
1.2 Justificativa..................................................................................................14 
1.3 Objetivos......................................................................................................15 
1.3.1 Objetivo geral............................................................................................15 
1.3.2 Objetivo específicos..................................................................................15 
2 PRESSUPOSTO TEÓRICO ..........................................................................16 
2.1 Turismo: da origem à segmentação............................................................16 
2.2 Turismo pedagógico: um segmento em expansão......................................19 
2.3 Guia de turismo: um profissional essencial.................................................23 
3 PROCESSOS METODOLÓGICOS ...............................................................28 
3.1 Caracterização do estudo............................................................................28 
3.2 Universo da pesquisa..................................................................................28 
3.3 Instrumento de pesquisa..............................................................................29 
3.4 Análise de dados.........................................................................................30 
4 RESULTADOS ..............................................................................................31 
4.1 Mapeamentos das agências de turismo pedagógico...................................31 
4.2 Identificação dos principais roteiros comercializados..................................41 
4.3 Identificação do Perfil dos Guias de Turismo...............................................46 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................54 
REFERÊNCIAS.................................................................................................55 
APÊNDICE A.....................................................................................................57 
APÊNDICE B.....................................................................................................59
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 Problematização 
 
Segundo o portal Exame, o setor turístico teve uma parcela equivalente a 7 
trilhões de dólares no PIB mundial no ano de 2013, que foi superior aos 6,6 trilhões de 
dólares no ano anterior e, ainda conforme o portal, uma em cada 11 pessoas são 
empregadas no mundo, na área do turismo. Por esta realidade da relevância 
econômica e social crescente da atividade turística, muitos empreendedores têm 
investido no setor, pois reconhecem a tendência do mercado turístico que estar em 
plena expansão. 
Um dos fatores que contribui para o crescimento do turismo é o aumento do 
poder aquisitivo das pessoas, principalmente nos países emergentes, como é o caso 
do Brasil, onde as pessoas estão investindo mais livremente em suas viagens de 
lazer. Com esse poder aquisitivo em aparente alta o Portal do Brasil (2012), mostra 
que 27 milhões de brasileiros passaram das classes D e E para compor a classe C, 
que passou a ser maioria no país, como também maior geradora de consumo em 
diversos campos da economia. 
Dentre eles, para além do lazer e viagens, destaca-se a busca pela educação 
privada para os filhos, gerando a inserção de alunos em escolas pagas, quando antes 
pertenciam a escolas públicas, reconhecidas muitas vezes por um sistema 
educacional aquém do ofertado na perspectiva privada. 
Conforme o Resumo Técnico do Censo da Educação Básica 2013 (2014), o 
número total de matrículas em instituições privadas vem crescendo nos últimos anos, 
chegando, atualmente, a corresponder a 17% das matrículas em todo o Brasil. Com 
maior incidência de pessoas propensas a pagar por um ensino, percebe-se uma maior 
competitividade entre as escolas particulares na busca por captar alunos, sendo um 
dos diferenciais elaborar uma estrutura pedagógica para satisfazer a clientela que está 
mais exigente. Aderir à prática do turismo pedagógico pode ser uma delas, tornando-
se uma tendência no mercado educacional à adesão desta ferramenta pedagógica de 
ensino. 
Quando se traz a realidade comparativa entre o ensino privado e público em 
Natal, o fator GREVE (frequente no ensino público), acelera ainda mais a tentativa de 
migração para o ensino privado. Segundo o portal Uol (2014), os professores da rede 
municipal de ensino em Natal/RN, organizados pelo Sinte/RN (Sindicato dos 
Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte), entram em greve 
frequentemente, com o objetivo de implantar terço de hora-atividade, pagamento de 
13 
 
horas excedentes aos supervisores, melhores estruturas, mais segurança, e outros 
fatores para o benefício para a categoria. Mediante esta realidade das greves, o 
número de adeptos de escola privada aumenta, pois não ocorre tal situação no setor 
privado. 
Garcia (2005), ao pensar na prática do turismo pedagógico, afirma que o 
professor encontra grande facilidade no que se refere aos objetivos pedagógicos para 
atingir por meio de uma viagem ou passeio, e o aluno dificilmente recusa participarde 
determinada atividade. O turismo como uma atividade interdisciplinar atrai alunos, pela 
contribuição de diversos conteúdos disciplinares para elementos lúdicos, assim, a 
atividade pode ser desenvolvida em conjunto com alguns professores (de forma 
multidisciplinar) como também do apoio de equipe especializada (agência de viagem e 
seu guia de turismo – foco dessa pesquisa). 
No mercado do turismo pedagógico, diversos são os profissionais envolvidos, 
porém, aqui se destaca o profissional guia de turismo, que é reconhecido desde 1986, 
e regulamentado desde 1993 e que para Braz (2007, p. 21) “é um dos principais 
agentes da atividade turística. Sua atuação é essencial na formação da imagem que o 
turista terá do lugar visitado”. Este profissional deve ter habilidades específicas na 
atuação do turismo pedagógico, perpassando por competências, às vezes, de instrutor 
para que o conteúdo seja (re)passado de forma mais adequada possível. 
Assim, o guia de turismo se torna essencial na prática do turismo pedagógico, 
sendo de certa forma um “cartão de visita” da agência de turismo que representa. 
Conforme Chimenti e Tavares (2007, p. 17), “a profissão de guia, é sim, uma das mais 
importantes da atividade turística, devido ao alto grau de contato existente entre o guia 
e o turista”. 
Por reconhecer o guia como um personagem importante no mercado de 
turismo pedagógico, por entendê-lo como fator de competitividade para as empresas 
através de sua habilidade na prestação do serviço, sequer neste trabalho se debruçar 
sobre sua ação neste mercado, onde o mesmo é obrigado a apresentar o local ao 
grupo de turistas, evidenciando qualidades como: conhecimentos específicos sobre 
destinos e sua interface muitas vezes com as disciplinas, educação, cortesia e outros, 
para melhor atender aos clientes (alunos e professores). 
Mediante a realidade do crescimento e relevância do segmento de turismo 
pedagógico também em Natal-RN, e da importância do guia de turismo para este 
setor, tem-se como problemática: De que forma se apresenta o guia de turismo no 
mercado de turismo pedagógico de Natal/RN? 
14 
 
1.2 Justificativa 
 
 Tem-se com justificativa deste trabalho a consideração de três dimensões − a 
relevância acadêmica, mercadológica e o desejo particular. Assim, o ponto de 
relevância para o olhar acadêmico, está na constatação de que existe pouco material 
de estudo a respeito do assunto turismo pedagógico, sendo os que existem em sua 
maioria artigos acadêmicos acrescidos de pouquíssimos livros e desdobramentos em 
mestrado e doutorado, apesar de arbitrariamente o mercado de turismo pedagógico se 
expandir claramente. 
A importância dessa pesquisa para o mercado do Turismo Pedagógico está em 
reconhecê-lo como uma tendência no mercado, isto porque é entendido como 
segmentação turística que cresce visto que é compreendida como uma ferramenta de 
grande utilidade para os docentes, que têm buscado cada vez mais associar a teoria 
com a prática, buscando o lúdico para sair dos muros da escola em aulas dinâmicas e 
interativas. Além disso, destaca-se que os empresários têm um olhar atual sensível à 
segmentação no setor pedagógico, pela instabilidade de foco turístico tradicional 
(sazonalidade), sendo o setor uma forma de se manter no mercado, já que suas 
viagens ocorrem durante quase o ano todo, devido ao período letivo escolar. 
Essa questão em Natal/RN se eleva ainda mais, devido a capital potiguar ter 
como foco o turismo de massa, turismo de sol e mar no período de alta estação, o que 
gera uma grande dificuldade para os gestores de empreendimentos turísticos para 
atrair turistas no período de baixa estação, sendo o turismo pedagógico uma 
oportunidade de trabalho para guia e agências de turismo receptivo e emissivo. 
E por fim, enquanto desejo particular da autora que apresenta a sua formação 
na área de Guia de Turismo Regional pela instituição IFRN, bem como o início de 
carreira focado no setor de turismo pedagógico, o que gera um grande estímulo para a 
pesquisa, por compreender que o profissional guia de turismo é essencial na 
elaboração e execução de viagens desse tipo. 
 
 
 
 
15 
 
1.2 Objetivos 
 
1.2.1 Objetivo geral 
 Analisar o papel das agências de turismo pedagógico e o perfil profissional do guia 
de turismo neste segmento em Natal-RN. 
 
1.2.2 Objetivos específicos 
 
a) Mapear as empresas do setor de agências de viagens que trabalham com o 
segmento do turismo pedagógico; 
b) Identificar os roteiros/atrativos que são comercializados pelos guias ao segmento 
do turismo pedagógico de Natal/RN; 
c) Interpretar o olhar do profissional de guia de turismo sobre o mercado de turismo 
pedagógico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 
 
2.1 Turismo: da origem à segmentação 
 
Conforme Nascimento (2013), “o turismo é uma atividade que não se sabe ao 
certo as suas origens”, devido ocorrerem viagens com propósitos semelhantes aos 
atuais, mas, logicamente, sem a terminologia de turismo, e por não ofertar a estrutura 
típica da atividade turística que se mostra apenas a partir do séc. XIX. Apesar de os 
primeiros registros de viagem turística organizada ocorrer em meados do século 
marcado pela tecnologia dos transportes e revolução industrial, segundo Rigatto 
(2007) “a intensificação das viagens turísticas ocorreu logo após o término da 
Segunda Guerra Mundial (1939-1945)”, com a ascensão das férias e com mais tempo 
livre (consolidação dos direitos trabalhistas) dado às pessoas, que passaram a usufruir 
da atividade turística, bem como pelo fator da valorização do lazer, uma das palavras-
chaves do turismo. 
 Retomando a pré-história e primeiros anos do Turismo, poderia se dizer que o 
mesmo teve em suas primeiras motivações elementos que remontam os interesses do 
que se conhece, atualmente, por turismo educativo, que tem o fim estudos, 
intercâmbio, aprendizado de idioma e outras finalidades semelhantes, contribuindo, 
assim, para a discussão do segmento desta pesquisa, que é o turismo pedagógico. 
Segundo Dias (2008): 
 
Com as grandes navegações, que descobriram – para o Ocidente – 
novas terras, novos povos, novos negócios, houve um crescente 
aumento do interesse pela viagem como forma complementar na 
educação das elites. Assim, por volta dos séculos XVI e XVII, a 
nobreza europeia enviava seus filhos para realizarem tours, 
inicialmente por cidades europeias que detinham grande patrimônio 
histórico-cultural, como Roma. Posteriormente, essas viagens 
estenderam-se para terras mais distantes, em destinos como o Egito, 
que se tornaram atrações que atraíam milhares de viajantes. [...] Como 
tinha um objetivo educativo, os jovens eram acompanhados dos 
instrutores, em geral sábios que detinham algum conhecimento dos 
locais a serem visitados. (Dias, 2008, p. 12). 
 
Nesse cenário dos grand tours, surgem também o primeiro registro de uma 
agência de turismo (“cereja do bolo” dessa atividade que se apresentava com os 
17 
 
primeiros hotéis, restaurantes, e grandes eventos). Com o inglês Thomas Cook, em 
1841 – possivelmente o primeiro agente de viagem que se tem notícia, se montou um 
roteiro ferroviário com destino a um congresso antialcoólico para 500 pessoas, nas 
cidades de Longordough e Leicester. Logo nas décadas seguintes se observa o 
surgimento de diversas agências com serviços de roteirização, venda de passagem, 
reserva de hospedagem, na Inglaterra, em outros países europeus, e inclusive no 
Brasil no final do século XIX. 
Ao ser reconhecido como o equipamento turístico que integra os demais e 
sendo o intermediador entre os fornecedores e consumidores, a definição das 
agências de viagem é a de que: 
 
São organizações que têm a finalidade de comercializar produtos 
turísticos. Elas orientam as pessoas que desejam viajar, estudam as 
melhores condições tanto em nível operacional quanto financeiro,e 
assessoram os clientes acerca da definição dos itinerários. (Petrocchi e 
Bona, 2003, p. 11). 
 
Nesse início de criação e surgimento das agências de viagem é marcado pela 
INTERMEDIAÇÃO, para uma pessoa ou grupo realizar uma viagem. Assim, a agência 
se torna um modelo clássico e quase exclusivo de acesso a bens e serviços de 
viagens. E essa intermediação ocorria pela falta de tecnologia que existe hoje, pois 
para obter as devidas informações a respeito de um destino, realizar a compra de uma 
passagem ou fazer uma reserva do hotel, por exemplo, ocorria uma total dependência 
do empreendimento turístico com a agência, que fazia a ligação entre o produto e/ou 
serviço com o cliente. 
Esse cenário seguiu até as últimas décadas do século XX. Visto que segundo 
Cooper et al. (2001, p. 16) com o avanço da tecnologia que permite uma “melhoria nas 
comunicações e na tecnologia de informação terem permitido às pessoas um maior e 
inédito acesso a destinos reais ou potenciais, como nunca tiveram antes”. Ou seja, o 
e-commerce (venda pela Internet) que provocou e continua a provocar uma 
DESINTERMEDIAÇÃO na virada do século XX e XXI. A pessoa do turista já não 
precisa necessariamente e, consequentemente, não se desloca para uma agência de 
viagem para realizar a compra de uma passagem, uma reserva de um passeio, uma 
reserva em um evento e outros serviços, podendo fazê-lo de forma autônoma através 
do sistema web. 
18 
 
A adesão à tecnologia e além da globalização, com os acessos muito fáceis da 
grande maioria da população a informação, tem provocado uma barreira e dificuldade 
muito grande nas agências de turismo no sentido de se manter no mercado, visto que 
o turista a fim de realizar uma viagem, hoje, já não precisa de uma agência de viagem, 
pois qualquer pessoa tem a possibilidade de fazer as devidas compras em sua própria 
moradia, com o simples acesso e clique em um link. 
Assim, muitos empreendimentos têm entrado em declínio e fechado as portas, 
segundo Candioto (2012). Com isso, as pessoas que querem sobreviver a esta 
dificuldade vêm buscando diferencial no mercado turístico para atrair e conquistar 
clientes, em período de baixa e de alta estação. Para este fenômeno de reconquistar 
clientes é dado o nome de REINTERMEDIAÇÃO, que é justamente o processo de 
trazer de volta clientes à tradição de ir procurar uma agência e agente de viagem 
(agora consultor de viagem), para um melhor planejamento de seus dias de férias. 
O turismo por se tratar de uma atividade econômica que comercializa serviços, 
caracterizado por ser intangível. As agências, ao venderem um pacote turístico, 
vendem viagens, pacotes, serviços para clientes, que planejam e a viagem se torna 
um sonho, sonho este não palpáveis, ou seja, o cliente passa a ter uma confiança 
integral na agência para concretizar a sua expectativa de viagem. Essa confiança 
passa pela transformação do papel de agente de viagem (muitas vezes, apenas 
emissor de passagem) para o de CONSULTOR de viagem (voltado para um 
atendimento personalizado, envolvido num trabalho de interação com os desejos de 
seu cliente). Dessa forma, as agências que buscam manter-se no mercado com a 
reintermediação, buscam um maior e melhor comprometimento de responsabilidade 
por lidar com sonhos. 
Outra forma de reintermediar que as agências têm buscado é a questão da 
segmentação, que é entendida por Cooper et al. (2001) como uma estratégia do 
marketing, e buscam conhecer o potencial turista, ou seja, o possível turista, e 
oferecer a este produtos e serviços adequados ao mesmo com seus respectivos 
sonhos e expectativas, levando em consideração por exemplo, que um turista na 
terceira idade não terá a mesma programação em sua viagem de um turista 
pedagógico, e que o turista pedagógico não terá em sua rotina o mesmo roteiro que 
um turista de sol e mar, então pelas características específicas de cada grupo, as 
agências se aperfeiçoam de acordo com seu público-alvo. 
 
19 
 
De acordo com Dias (2008): 
 
A segmentação de mercado consiste na sua divisão em grupos de 
consumidores relativamente homogêneos em relação a um critério 
adotado (idade, interesses específicos etc.) com o objetivo de 
desenvolver, para cada um desses grupos, estratégias de marketing 
diferenciadas que ajudem a satisfazer as suas necessidades e 
conseguir os objetivos de atração da demanda para determinado 
núcleo receptor. (Dias, 2008, p. 67). 
 
Rabahy (2005) acrescenta que a segmentação turística entende: 
 
A segmentação de mercado, de modo geral, visa identificar: os motivos 
da viagem; a composição do grupo de viagem; o âmbito geográfico da 
viagem; o local da prática do turismo; o tipo de transporte e alojamento 
utilizado; a época e a duração da viagem; o grau de fidelidade do 
consumidor; os gastos, além das características do comprador como: 
nível de renda; características demográficas; econômicas; geográficas; 
e psicográficas entre outras. (Rabahy, 2005, p. 03). 
 
E são diversos os segmentos que as agências de viagem podem se 
especializar, dentre as principais, destacam-se: de aventura, de natureza, ecoturismo, 
rural, de negócios e eventos, de compras, terceira idade, LGBTT, de esporte, de 
experiência, de saúde, de sol e mar, histórico e cultural, náutico e turismo pedagógico, 
sendo este último, o foco do presente trabalho. 
 
2.2 Turismo pedagógico: um segmento em expansão 
 
Para Gonçalves (2005) o turismo pedagógico tem como característica “uma 
prática centrada no ser, na experiência pessoal do aluno, em suas sensações e 
emoções, promovendo uma mudança de olhar que reflita em sua realidade”. Segundo 
ainda a autora, o profissional que trabalha com este segmento enfrenta um desafio, 
que é de provocar uma experiência que altere o olhar do aluno, e o seu 
comportamento. A ação da agência e seus funcionários atuam como um agente no 
processo de metamorfose que a lagarta sofre para se tornar borboleta, passando para 
o discente conhecimento. 
20 
 
 Segundo Salman Khan, americano criador da Khan Academy, site com cerca 
de 3.800 aulas em vídeo, diz em entrevista à Revista Época, “se estamos numa 
situação em que apenas eu falo e você apenas escuta, não acho que ela seja uma 
forma de interação física válida” (p. 60). Ou seja, é importante existir uma interação, 
dinâmica entre o aluno e o conteúdo, para que ocorra um melhor aprendizado. Assim, 
o turismo pedagógico se encontra em ascensão nas escolas privadas e faculdades, 
como uma ferramenta para melhor absorção de conhecimento e discussão da aula. 
 Acrescenta, ainda, Campos e Serpa (2010) a respeito da inserção do turismo 
pedagógico como uma atividade essencial numa escola: 
Aproveitando as oportunidades de circular o conhecimento em outros 
componentes, interagindo com algo real, o aluno consegue enxergar 
com mais facilidade o objetivo dos conceitos apresentados, por mais 
abstratos que possam parecer, estimulando a melhor assimilação do 
seu estudo. (Campos e Serpa, 2010, p. 41). 
 
 Alguns autores consideram turismo pedagógico com o turismo 
educativo/escolar. Porém, conforme Cunha et al. (2002 apud Gonçalves 2005), são 
considerados segmentos distintos. Turismo educacional é onde se realizam atividades 
de intercâmbio ou cursos de idiomas no exterior. Enquanto o Turismo Pedagógico é 
para Andriolo e Faustino (2000 apud Gonçalves 2005, p. 165) “o que serve às escolas 
em suas atividades educativas que envolvem viagens. Não obstante possuir 
momentos de lazer, não é realizado com este fim”. 
 Para Gonçalves (2005, p. 05), o segmento do turismo pedagógico “caracteriza-
se primordialmente como uma prática centrada no ser, na experiência pessoal do 
aluno, em suas sensações e emoções, promovendo uma mudança do olhar que reflita 
em uma realidade” de aprendizagem. Onde a ponte entre a teoria de sala de aula e o 
grande laboratório que é a viagem turística (destino) o encontro com o elementoprático. 
Perinotto (2008) acrescenta que: 
O turismo pedagógico é uma ferramenta de educação ambiental que, 
na prática, demonstra a teoria das salas de aula. Pode ser vivenciado 
junto à natureza e ao campo, onde os alunos entram em contato com a 
comunidade local, sentem as dificuldades do cotidiano da localidade e 
adquirem novos conhecimentos e informações sobre o espaço rural, 
interagindo com os atrativos/recursos turísticos visitados. (Perinotto, 
2008, p. 101). 
 
21 
 
A partir do reconhecimento dessa segmentação para a formação desses 
alunos e da responsabilidade que envolve os desdobramentos da prática do turismo 
pedagógico, Gonçalves (2005) elenca algumas contribuições que o turismo 
pedagógico pode proporcionar ao seu público-alvo: 
 
Acesso aos bens culturais; o contato com o patrimônio tanto natural 
quanto cultural; a sociabilização; a autonomia entre os alunos; 
descobertas, capazes de estimular questionamentos entre os 
envolvidos; a transformação do olhar “ingênuo” em um olhar crítico; a 
transversalidade dos conhecimentos, as disciplinas se inter-relacionam 
e vão além das disciplinas comuns, abordando outros valores, como 
ética e meio ambiente; o estímulo à curiosidade e ao imaginário; entre 
outros. (Gonçalves, 2005, p. 46). 
 
Dessa forma, a partir da interface turismo e educação, e sendo esta prática um 
elemento gerador de desenvolvimento humano, percebe-se como resultado o molde 
de um aluno em um cidadão mais consciente, crítico, preocupado com a 
sustentabilidade das localidades, e valorizador do meio ambiente. Barbalho (2010, 
apud Pontes, 2012) acrescenta que a educação no turismo tem a intenção de 
contribuir para formar cidadãos atuantes, com uma alta crítica a respeito de todas as 
problemáticas com uma grande participação nas tomadas de decisões que diz respeito 
à sociedade e sua localidade, conhecendo e valorizando o seu território. 
Por este e outros motivos, muitas escolas buscam uma melhor metodologia e 
forma de (re)passar conteúdos de forma dinâmica e fácil, e para isto, usam a 
ferramenta do turismo pedagógico, isto por reconhecerem, conforme Gomes .et al 
(2012, p. 2) que é um “tipo de turismo complementar e fundamental na formação 
educacional de crianças e adolescentes”. 
 No mercado do turismo pedagógico, diversos são os profissionais envolvidos, 
dentre os quais se destaca o profissional guia de turismo, que para Braz (2007, p. 21) 
“é um dos principais agentes da atividade turística. Sua atuação é essencial na 
formação da imagem que o turista terá do lugar visitado”. Este profissional deve ter 
habilidades específicas na atuação do turismo pedagógico, perpassando por 
competências às vezes de instrutor para que o conteúdo seja (re)passado de forma 
mais adequada possível. Assim, o guia de turismo se torna essencial na prática do 
turismo pedagógico, sendo de certa forma um “cartão de visita” da agência de turismo 
que representa. Conforme Chimenti e Tavares (2007, p. 17), “a profissão de guia, é 
22 
 
sim, uma das mais importantes da atividade turística, devido ao alto grau de contato 
existente entre o guia e o turista”. 
O guia (tradicional ou de turismo pedagógico) é um profissional que faz: o 
contato com o turista no translado para o meio de hospedagem; leva-o para um 
passeio de city tour; muitas vezes permanece o dia com o turista (em grupo ou não) 
em um roteiro, este já elaborado pela agência; apresenta os principais pontos 
turísticos; conduz a estabelecimento de A&B (Alimentos e Bebidas); dentre outras 
ocorrências, nas quais este profissional deve cumprir. Em alguns casos os roteiros são 
dias seguidos, assim segue um contato maior entre o responsável pelo grupo e o 
turista. 
 Chimenti e Tavares (2007) complementam a função do guia de turismo, 
reconhecendo-o como elo entre o turista e os estabelecimentos. Aliás, o guia de 
turismo tem o conhecimento e contato com os empreendimentos, conduz e indica o 
grupo de turista para o melhor lugar. 
Devido ao descontentamento com o ensino público no Brasil, acrescido da 
melhora do poder aquisitivo do brasileiro na última década, vem crescendo 
consideravelmente o número de alunos que migram do ensino público para o privado, 
o que concerne também o aumento do número de instituições e maior exigência em 
qualidade do ensino advindo dos pais dos alunos. Os gestores das escolas têm 
reconhecido que é necessário haver uma mudança de melhoria no ensino escolar. 
Demo (1999 apud Machado 2011) afirma que: 
 
A habilidade didática e pedagógica que se espera do professor já não 
se resume ao formato expositivo das aulas, à fluência vernácula, à 
aparência externa. Precisa centrar-se na competência estimuladora da 
pesquisa, incentivando com engenho e arte a gestão de sujeitos 
críticos e autocríticos, participantes e construtivos. (Demo, 1999 apud 
Machado 2011, p. 103). 
 
Exige-se do professor que ele deve ter outras atividades pedagógicas para 
incentivar e estimular aos alunos durante o período letivo. E Gonçalves (2005) alerta 
para o seguinte detalhe acerca do professor/educador: 
 
O educador que propor tal atividade deve inicialmente, estar ciente que 
seus saberes vão além dos conhecimentos disciplinares, curriculares 
23 
 
ou até mesmo dos apreendidos em seu cotidiano profissional, mas 
também de suas experiências culturais. Pois o turismo pedagógico é 
uma prática intimidade ligada à cultura, aos interesses do lazer, ao 
desenvolvimento pleno dos envolvidos, onde a teoria apreendida na 
escola pode ser observada in loco, é uma atividade onde saberes, que 
jamais poderiam ser experiência dos alunos em uma sala de aula, são 
aflorados; e o educador deve estar preparado para essa realidade. 
(Gonçalves, 2005, p. 48). 
 
Ou seja, o professore/educador ao sair da sala de aula para uma viagem 
pedagógica, deve alterar o método de contato com os alunos, pois uma viagem 
provoca no aluno/turista uma experiência fascinante e diferente da sua realidade de 
uma sala de aula, este encontro da teoria com prática gera um entusiasmo, pois o 
educando deixar o espaço escolar tradicional. 
Por este motivo, como já mencionado – tem se colocado em prática o turismo 
pedagógico. Atividade que possui como profissional essencial o guia de turismo, que 
tem as seguintes características, conforme Chimenti e Tavares, (2007) que é: 
 
Um agente multiplicador do turismo que, além de orientar o turista, 
zelar por sua segurança e enriquecer sua cultura, também ajuda a 
cuidar do patrimônio natural e cultural do país, por meio de princípios 
de sustentabilidade assimilados durante seu aprendizado e ao longo de 
sua profissão. (Chimenti e Tavares, 2007, p. 14). 
 
Com esse entendimento de Chimenti e Tavares é possível relacionar o guia de 
turismo com o segmento do turismo pedagógico claramente, pois o guia de turismo 
associado a este segmento é o profissional que vai auxiliar ao professor numa viagem 
escolar e terá grande contribuição para dar ao aluno informações e difundir princípios 
de preservação e sustentabilidade do patrimônio natural e cultural da localidade 
visitada. 
 
2.3 Guia de turismo: um profissional essencial 
 
 O profissional guia de turismo é aquele que, em diversas vezes, é confundido 
com o guia turístico, que chega a sofrer com alguns preconceitos pela imagem de ser 
24 
 
uma pessoa que vive viajando e ser denominado com turista. Mas, Souza (2000, p. 
75) o define como “profissional apto a prestar informações sobre o local visitado e 
assessorar o turista quando necessário”. Ou seja, profissional que muito trabalha e 
essencial para o bom desenvolvimento de viagens, principalmente em grupos. 
 Guia de turismo é o profissional que deve ter várias habilidades, é aquele que 
dentre tantos profissionais do turismo, estabelece mais contato com o visitante. 
Espera-se dele características como: dinamismo, sociabilidade, conhecimento, 
ludicidade, etc., alémde honestidade, senso de justiça, pontualidade, ética, 
obedecendo ao programa do roteiro, atuando com liderança, sabendo trabalhar em 
equipe de maneira ágil e sem discriminação de qualquer ordem. 
 Para Campos e Serpa (2010), o guia de turismo tem no seu perfil uma 
formação sólida para se encontrar sempre convicto das informações que passará para 
o turista e preparado para os questionamentos, e nessa passagem de informação 
deve ser claro e consequentemente objetivo, com jogo de cintura para solucionar os 
problemas que surgem diariamente e normalmente no trabalho do guia de turismo, e 
estes problemas devem ser solucionados de forma natural e que tem quatro 
características principais: liderança, habilidade técnica, relacionamento interpessoal e 
comunicação eficiente. 
 Na profissão de guia de turismo existem ainda várias especificações para um 
melhor atendimento ao público – o que permite a existência de uma diversidade de 
profissionais subdivididos em vários tipos de guias de turismo, conforme o Decreto n.º 
946/93 determinados pela Embratur: 
 
 Guia de turismo especializado em atrativos naturais ou culturais − que tem uma 
habilidade maior em determinadas temáticas; 
 Guia de turismo regional − tem permissão apenas para conduzir o turista no seu 
próprio estado de formação, e que pode se classificar em guia de excursão, que 
trabalha durante todo o percurso com o turista para a ida ao destino, como para a 
volta ao local de origem. Este guia ao chegar em um outro estado, deve entrar em 
contato com um guia do destino; 
 Guia de turismo local/receptivo − que tem a responsabilidade no receptivo do 
grupo, que trabalha com o grupo por um determinado período, e que cabe ao guia 
de turismo regional/internacional que está com o grupo contactar o guia local, com 
detalhe para este que mora no local. 
25 
 
 Guia de excursão nacional − onde o de excursão nacional acompanha o grupo 
para o destino fora do seu estado de formação e tem autorização para levá-lo a 
todo o território nacional e América do Sul, mas que é o aconselhável e, na maioria 
dos casos, ocorre deste aderir ao serviço de guia local ou guia de turismo regional, 
pois é fato que o guia regional ou local, tem um maior conhecimento a respeito do 
atrativo da localidade por conviver no determinado ambiente; 
 Guia de excursão internacional – este tem a permissão para conduzir turista aos 
cinco continentes, independente do seu local de origem de formação, e da mesma 
forma do guia de turismo nacional, a este, também é aconselhável aderir ao 
serviço de guia local ou guia de turismo regional. E segundo Campos e Serpa 
(2010), uma das funções deste guia é colaborar nos procedimentos que facilitem o 
trânsito do turista em terminais de passageiros e auxiliem nas dificuldades com a 
língua própria do país, suas sinalizações e documentação. 
 
 De modo geral, Chimenti e Tavares (2007) afirmam que, o guia de turismo tem 
grandes responsabilidades. Estes que podem ter no final do trabalho um saldo 
positivo, como: o reconhecimento por parte do empreendimento, o reconhecimento por 
parte do turista, a execução do trajeto turístico com sucesso e organizado, passar as 
devidas informações com clareza dos locais, buscar desenvolver o turismo 
sustentável, mas que também pode ocorrer um saldo negativo, como transtorno no dia 
com o turista, a desorganização do planejamento da tarefa, antipatia com o turista, 
provocar a desordem com o patrimônio público e ambiental, e dentre outros, que cabe 
aos profissionais as habilidades diversas para ter o maior controle possível do roteiro 
turístico e do turista, buscando ter princípios para desenvolver um turismo de forma 
para promover impactos positivos, como um agente multiplicador, que tem consciência 
da importância da preservação do patrimônio ambiental e histórico e passa o seu 
conhecimento adquirido para o turista, pois através de orientações básicas passadas 
no início do roteiro pode minimizar os impactos negativos. 
 Quanto à sua atuação no turismo pedagógico, este profissional deve ter 
habilidades específicas, isto porque de certa maneira o guia exerce o papel do 
professor, mas não o substituindo de forma alguma, pois o turismo pedagógico 
conforme Cavalcanti (2003 apud Gonçalves 2005, p. 40) “é planejado pela escola, 
apenas o professor e a coordenação pedagógica têm o domínio da finalidade do 
estudo e dos objetivos a serem alcançados”. Assim, o guia de turismo é um 
profissional complementar instrutor de conteúdos, e não o professor em si, e trabalha 
26 
 
para que o conteúdo seja (re)passado de forma mais adequada possível e, com isso, é 
preciso maior qualificação por parte do mesmo, buscando conhecimento. 
 Assim, o guia de turismo é essencial no turismo pedagógico, pois ele provocará 
toda a experiência turística associada ao aprendizado que começa ainda em sala de 
aula. Ao concordar que “a profissão de guia, é sim, uma das mais importantes da 
atividade turística, devido ao alto grau de contato existente entre o guia e o turista” 
Chimenti e Tavares (2007, p. 17), percebe-se que o guia de turismo pedagógico tem 
contato com o turista-aluno no momento de translado para o meio de hospedagem, o 
leva para um passeio de city tour, que permanece o dia com o grupo em um roteiro, 
este já elaborado pela agência/operadora, o conduz ao estabelecimento de A&B 
(Alimentos e Bebidas), apresenta lojas de sourvenir, mas que principalmente se 
comporta como elo entre o aluno e o objeto de estudo, atua como um facilitador de 
acesso a conteúdos diversos de estudos sobre história, geografia, meio ambiente, 
biologia, entre outros saberes. 
Bridi (2012) acrescenta que um profissional guia de turismo pedagógico 
competente tem pelo menos duas habilidades, competência didática e pedagógica. E 
o guia de turismo não foge desta exceção de profissional competente, pois o mesmo 
requer tais habilidades. 
 Segundo Chimenti e Tavares (2007) o dia a dia do guia de turismo de uma 
forma bem abrangente é esta, e que pode ser, também, funções do guia no turismo 
pedagógico: 
 Ver a configuração do veículo, realizar um check-list de como se encontra o estado 
real do veículo; 
 Verificar documento do transporte; 
 Realizar um speech inicial; 
 Realizar serviço de bordo e atividades de entretenimento com dinâmicas já 
idealizadas; 
 Fazer check-in do passageiro e orienta a respeito de algumas informações do meio 
de hospedagem; 
 Etiquetar bagagens; 
 Divulgar passeios não inclusos no pacote; 
 Indicar locais de refeições; 
 Acompanhar check-out no meio de hospedagem; 
 Aplicar e recolher questionários de avaliação a respeito do serviço prestado; 
27 
 
 Entregar relatório final ao responsável pelo agência/operadora. 
 
 O guia de turismo usa ainda algumas ferramentas simples, mas, bastantes 
importantes para um sucesso de trabalho, como: calculadora, microfone para melhor 
se pronunciar nas informações em ônibus, câmera fotográfica, folha para anotações, 
telefone celular, dentre outros. 
 As dificuldades que são enfrentadas na vida cotidiana de um guia de turismo 
são várias, por exemplo: 
 
 Dificuldades naturais − que inclui o tempo, clima e que não permite algumas vezes, 
a prática de um passeio, roteiro turístico; 
 Dificuldades urbanas − compreende o trajeto para chegar ao local do atrativo 
turístico, um engarrafamento que atrasa o grupo; 
 Dificuldades trabalhistas − onde as empresas não valorizam o profissional e, 
consequentemente, não remunera de fato o valor merecido; 
 Dificuldades profissionais − é relacionado às pessoas que trabalham na área, 
como profissional de guia de turismo de forma ilegal, sem a credencial emitida pelo 
Ministério do Turismo. 
 
 Enquanto o guia de turismo pedagógico enfrenta estas mesmas dificuldades 
citadas acima, como qualquer outro guia de turismo, porém, se diferencia nas 
dificuldades, tais como: 
 Globalização− que requer uma atualização constante para estar por dentro das 
informações; 
 Concentração − em dois aspectos pelo menos, se concentrar em explicar de forma 
coerente mesmo com a falta de atenção e de interesse de alunos e de adquirir 
disciplina por parte dos mesmos; 
 Rotinas do dia − o adolescente e jovem fica disperso facilmente, o controle de 
horário e manter o grupo unido; 
 Relacionamento interpessoal − gerando simpatia e empatia, mantendo o equilíbrio 
do grupo e união. Bem como, o relacionamento com o professor/coordenador da 
viagem, que algumas vezes não permite espaço para o guia de turismo fazer as 
devidas explicações. 
28 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
3.1 Caracterização do estudo 
 
 Conforme Severino (2007, p. 102), a metodologia é um elemento fundamental 
para um trabalho de cunho científico, ele é caracterizado “pelo conjunto de técnicas e 
procedimentos lógicos e de técnicas operacionais que permitem o acesso às relações 
causais constantes entre os fenômenos”. Ou seja, a metodologia é essencial em um 
trabalho e tem suas regras. Mas, Dencker (1998) ainda acrescenta que a metodologia 
deve estar em total relação com o objetivo proposto, ou seja, por meio da técnica 
utilizada no trabalho é que se alcançará o objetivo final. 
O princípio da pesquisa se desenvolve baseada em fundamentos teóricos 
primários, que Marconis e Lakato (2010) determinam como um apanhado geral sobre 
tema fixado, esses dados são constituídos por dados históricos, bibliográficos, 
informações, pesquisas e registros em geral. E Gil (2002) acrescenta ainda como 
sendo um estudo baseado em material já elaborado e constituído, exemplificando 
como livros e artigos. 
 Para o progresso da pesquisa baseada em Turismo Pedagógico e o Guia de 
Turismo, é caracterizado como uma pesquisa exploratória descritiva, que é afirmado 
por Dencker (1998) é caracterizado por duas etapas, uma sendo por entrevista, por 
exemplo, enquanto que a outra sendo por levantamento de dados, de toda forma, é 
tratada pela observação e análise, onde Selltiz et al. (1967 apud Gil 2010) diz que as 
pessoas entrevistadas são aquelas que têm experiência prática na área, tendo a 
contribuição de Gil (2002) acrescentando a característica de ser uma pesquisa que 
trabalha com descrição em características de determinada amostra, que no caso os 
entrevistados são os gestores e guias de turismo. 
 A abordagem é do tipo qualitativo, que segundo Silva (2013) se detém a um 
trabalho que não é mensurável, ou seja, não se terá dados estatísticos. 
 
3.2 Universo da pesquisa 
 
 A pesquisa ocorreu com ênfase na área de estudo, no caso, turismo 
pedagógico e se detendo às agências que trabalham com este tipo de público−escola 
e professores, incentivando o turismo e educação. 
 Identificou-se que em Natal/RN se tem 5 (cinco) agências de turismo que são 
especializadas com este tipo de público, e das quais, toda se dispuseram a responder 
ao questionário, assim dividiu-se da seguinte forma: em cada agência de turismo 1 
29 
 
(um) gestor por agência do turismo pedagógico respondeu, enquanto que os guias de 
turismo foram 17, dos quais, 4 (quatro) são atuantes das agências pesquisadas, 
enquanto que os demais são guias autônomos no turismo pedagógico, ou seja, sem 
vínculo empregatício com a empresa do segmento, assim a pesquisa foi realizada com 
perguntas abertas e fechadas. 
 Os gestores que foram entrevistados são caracterizados como: 
empreendedores do empreendimento, mas que dos 5 (cinco) entrevistados, 4 (quatro) 
executa também, a profissão de guias de turismo na própria agência. 
 
 
3.3 Instrumento de pesquisa 
 
 Para os objetivos serem alcançados, foi utilizado o método da entrevista 
semiestruturada por meio de questionário (Apêndice 1) em que algumas foram de 
forma in loco no empreendimento, enquanto que outras devido melhor acomodação 
para o entrevistado foi enviado o questionário via e-mail. 
 Dencker (1998) define esta técnica como sendo: 
 
A entrevista é uma comunicação verbal entre duas ou mais pessoas, 
com grau de estruturação previamente definido, cuja finalidade é a 
obtenção de informações de pesquisa (receber informações 
relacionadas à atividade turística, por exemplo). (Dencker, 1998, p. 
167). 
 
 E Gil (2002) colabora com a seguinte afirmativa: 
 
Pode-se definir entrevista como a técnica em que o investigador se 
apresenta frente ao investigado e lhe formulam perguntas, com o 
objetivo de obtenção dos dados que interessam à investigação. A 
entrevista é, portando, uma forma de interação social. Mais 
especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das 
partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de 
informação. (Gil, 2002, p. 109). 
 
 O uso desta técnica permite algumas vantagens, por exemplo: contribui para 
um contato e aproximação por parte do entrevistado e do entrevistador, é possível, 
ainda, perceber e identificar a reação em cada pergunta, e se tem a permissão de uma 
flexibilidade em cada uma delas. 
 
30 
 
3.4 Análise dos dados 
 
 Análise dos dados se dedica a uma etapa que vai muito mais além do que uma 
simples observação e análise. É o momento de identificar segundo Minayo (2001, p. 
74) como a “análise de conteúdo visa verificar hipótese e/ou descobrir o que está por 
trás de cada conteúdo manifesto”, ou seja, é o complemento do estudo bibliográfico 
feito no início do trabalho. É a fase de perceber a relação teoria e prática do turismo 
pedagógico e o guia de turismo. 
 A técnica de tabulação será por meio de gráficos, porém, o questionário foi 
estruturado para não se deter a um número grande de dados estatísticos, e sim, detido 
com maior ênfase a parte de interpretação e observação, que são informações obtidas 
pela comunicação pessoal, ou pela visita in loco, de toda forma, é uma pesquisa em 
número pequeno com informações de ordem qualitativa. 
 A aplicação do questionário teve início no dia 30 de outubro de 2014 e foi até 
19 de novembro de 2014. Cerca de 21 dias para se obter todos os resultados 
necessários, para que os objetivos assim fossem alcançados. Em que os principais 
obstáculos para a obtenção do mesmo, se deu pelo compromisso que cada 
profissional tinha em seus afazeres, o que impedia o contato do entrevistador com o 
entrevistado, por exemplo, os gestores se encontravam em reuniões e os guias de 
turismo atuando, entretanto, mesmo com a dificuldade, foi possível o contato pessoal, 
ou por meio da tecnologia de informação se obter os rendimentos necessários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
4 RESULTADOS 
 
No presente capítulo são apresentados as informações coletadas por meio da 
pesquisa aplicada, nas quais se permite alcançar os objetivos especificados no 
trabalho. 
Para enriquecer, a análise deste trabalho se deu por meio de três fases: 
 Observação durante visitas às agências de turismo; 
 Coleta de dados e análise de acordo com a percepção do gestor do 
empreendimento turístico; 
 Coleta de dados e análise de acordo com a percepção do guia de turismo de cada 
agência de turismo que participou da pesquisa. 
 
4.1 Conhecendo as agências de turismo pedagógico 
 
O Quadro 1 a seguir mostra as agências que contribuíram com o trabalho, que 
se dispuseram a participar da entrevista e colaborar, para assim contribuir a mais com 
os resultados da pesquisa. As quais representam as empresas de Natal/RN que 
trabalham com este público em específico e, consequentemente, é um mapeamento 
geral dos empreendimentos, atendendo desde já um dos objetivos propostos, sendo 
esta identificação de quantas e quais seriam as empresas. 
 
Quadro 1 – Agências do Turismo Pedagógico em Natal/RN 
AGÊNCIA DE TURISMO PEDAGÓGICO 
EM NATAL 
ENDEREÇO 
Território Potiguar Av. Rio Branco, 743, Incubadora, Cidade 
Alta. 
Mix Turismo Av. Prudente de Morais, 3857, 
Candelária. 
Odisseia Turismo Pedagógico Av. Rio Branco,743, Incubadora, Cidade 
Alta. 
Joaquim Tur Av. Deodoro da Fonseca, 671, Cidade 
Alta 
Mandacaru Av. Ayrton Senna, 357, Loja 24, Capim 
Macio. 
Fonte: Dados da pesquisa, 2014 
 
 
32 
 
A primeira empresa pesquisada foi a Território Potiguar, que surgiu em 
meados de 2013, fruto da ideia de cinco alunos do curso de Guia de Turismo, do 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio grande do Norte (IFRN), 
campus Natal – Cidade Alta. Em período ainda de formação no curso técnico, os 
mesmos obtiveram a oportunidade de participar de um curso de extensão 
proporcionado também pela instituição IFRN. Curso este denominado de Educando 
para o Patrimônio Cultural. O projeto de extensão tinha e tem como proposta capacitar 
tutores para o trabalho de divulgação e, consequentemente, a valorização do 
patrimônio histórico e cultural de Natal-RN, tendo como foco dois bairros históricos, 
que são eles: Cidade Alta e Ribeira. 
 Assim, a primeira experiência dos alunos em guiamento foi por meio do projeto 
de extensão, onde o roteiro histórico e cultural do projeto acontecia a pé. Em outra 
oportunidade, o mesmo evento aconteceu contando com o apoio do Instituto do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e com a participação de moradores 
da cidade. 
A partir da identificação com a valorização dos roteiros e com a experiência 
adquirida no decorrer do projeto em educação patrimonial, o grupo de cinco alunos 
decidiu, logo após a conclusão do curso técnico, fundar uma agência de turismo que 
possui como foco principal o centro histórico de Natal, a fim de estabelecer a 
continuidade do trabalho de divulgação e de incentivo à valorização dos atrativos 
culturais e históricos da cidade. 
 A proposta do grupo surgiu após uma análise feita ainda no período de ensino 
técnico, que foi por meio da observação, no qual identificou que as agências de 
turismo da cidade de Natal/RN têm como proposta de turismo para a capital voltado 
para o turismo de sol e mar, e ao realizar um roteiro histórico e cultural, o mesmo se 
detém de forma reducionista ao city tour panorâmico e que abrange outros pontos 
turísticos fora do centro histórico. E, ao analisar o público e determiná-lo, os 
integrantes perceberam que Natal tem esse déficit em oferta turística, bem como a 
desvalorização do Centro Histórico por parte dos próprios natalenses, que 
desconhecem sua história e pontos turísticos com esse foco. 
 Tendo em vista esta demanda e a falta de serviço específico no Centro 
Histórico de Natal, surge a agência, que visa proporcionar aos clientes (residentes de 
Natal ou não), o contato com o patrimônio artístico e histórico da cidade, por meio de 
visitações guiadas por profissionais capacitados e especializados nesses atrativos. Os 
roteiros são realizados a pé, possibilitando maior interação dos participantes com os 
33 
 
monumentos, propiciando maior contato e despertando o sentimento de pertencimento 
e favorecendo a valorização da riqueza histórico/cultural da cidade. 
 A empresa ganhou apoio do IFRN, ao participar do processo seletivo ITCART 
(Incubadora Tecnológica de Cultura e Arte), que é uma forma do IFRN apoiar as 
microempresas por meio da incubadora. Com a adesão, a Território Potiguar recebeu 
aprovação do ITCART, assim ganhando um espaço para trabalho na própria 
instituição. Hoje, a empresa conta com a participação de apenas quatro integrantes, e 
o objetivo sendo o mesmo, o turismo pedagógico focado na história de Natal e 
valorização do patrimônio. A empresa não possui veículo próprio e também não 
necessita ainda de terceirizar, assim, os clientes que solicitam o serviço já têm veículo 
próprio, como ônibus, micro-ônibus, ou o professor utiliza ônibus coletivo e vai para o 
local de encontro com a equipe colaboradora da Território Potiguar. 
 Quanto à organização da empresa, se percebe ainda uma fraqueza em 
planejamento e gestão. Este déficit é reconhecido pelo próprio diretor, por ter 
experiência em guiamentos, mas não em gestão do empreendimento. A instituição é 
nova, mas já teve algumas experiências com o turismo pedagógico que, segundo o 
diretor, o contato para fechar os passeios/pacotes, se deu e se dá por intermédio do 
network, ou seja, indicação de alguém que já conhecia e conhece o trabalho da 
equipe. Por este motivo, a empresa ainda não tem uma grande demanda de passeios 
realizados, sendo a média ainda muito baixa, a qual o diretor não quis revelar. O 
marketing da empresa também está em déficit, pois usa apenas a ferramenta de redes 
sociais para divulgar e entrar em contato com os clientes. Porém, tem a possibilidade 
de participar de eventos educacionais, e consequentemente formar parcerias com 
professores e diretores de escolas. 
 Conforme visita in loco percebeu-se a hospitalidade no empreendimento, onde 
o gestor em primeira visita já recebeu o entrevistador e prestou as devidas 
informações para colaborar com a devida pesquisa. 
 De acordo com o seu gestor, o motivo que levou a empresa Território Potiguar 
a surgir no mercado de trabalho foram os seguintes: 
 
 Falta de agências no segmento pedagógico; 
 Excesso de agências tradicionais; 
 Interesse particular do grupo pela temática pedagógica. 
 
34 
 
Segundo Gonçalves (2005) o turismo pedagógico é uma atividade recente, por 
isso, existe ainda poucas agências focadas neste segmento, mas, por reconhecer 
essa falta de agência e o excesso de outras, é um segmento que vem crescendo por 
iniciativa de gestores, como o da Território Potiguar. 
Além do conhecimento teórico e prático da realidade do turismo em não 
valorizar aspectos históricos culturais, e sentir a dificuldade dos alunos em relacionar 
teoria e prática, assim, o motivo da segmentação ocorreu pela percepção de que os 
serviços e roteiros prestados pelas empresas tradicionais encontram-se saturados, 
não permitindo ao turista o poder de escolher roteiros alternativos, além do número 
crescente de empresas atuantes que persistem em roteiros saturados. Assim, além 
dos integrantes do grupo idealizador da empresa ter o interesse particular pelo 
segmento, têm também o desejo de ser uma empresa referência no turismo 
pedagógico. 
 Ainda a colaborar com a pesquisa foi à empresa Mix Turismo, que desde o 
primeiro contato colaborou com a participação, atendendo ao entrevistador com 
hospitalidade. 
 A Mix Turismo é uma empresa consolidada já no turismo de Natal, é uma 
empresa com sede própria localizada em uma das avenidas principais de Natal, que 
trabalha em parceria com a Forma Turismo, uma agência de viagem com foco também 
em alunos, porém, com uma prática de turismo diferente, pois, enquanto a Mix 
Turismo realiza turismo pedagógico, a Forma Turismo trabalha com viagens de 
formatura, ou seja, a comemoração do final do período letivo do ensino fundamental, 
médio ou graduação. 
 O que gerou a parceria entre as duas empresas, foi pela questão do público ser 
o mesmo, alunos de escola privada, cujas escolas têm interesse nas duas práticas: o 
turismo pedagógico, e o de formatura. 
 A Mix Turismo teve início pela ideia da atual diretora e, que até o presente ano, 
não trabalha em sociedade. É uma empresa que conta com alguns colaboradores no 
atendimento ao público, com monitores e animadores dentro do ônibus e guias de 
turismo qualificado com registro no Ministério do Turismo. 
 A aludida empresa usa como ferramenta de contato com o cliente a parceria 
com escolas particulares de Natal e estado, e para divulgação da empresa, também 
utiliza redes sociais, onde divulga passeios/pacotes turísticos e sempre atualiza fotos. 
35 
 
 Mix turismo é um empreendimento que valoriza a qualificação nos serviços 
prestados para os seus clientes. Trata-se de uma empresa séria, e que para trabalhar 
nesta agência é necessário qualificação, e não apenas básico, percebe-se claramente 
esta exigência da empresa, onde o animador dentro do ônibusnão realizou apenas 
um minicurso de animação, mas, tem formação acadêmica em gestão desportiva e do 
lazer. 
 Já é uma empresa consolidada no Turismo Pedagógico de Natal/RN, e na 
realização dos seus passeios também faz uso da terceirização de veículos. Não sendo 
revelada a quantidade média de passeios que realiza por período, mas a diretora 
garantiu ser um número bom, e que, mesmo com o período da copa do mundo, nada 
se alterou no mercado pedagógico para a empresa. 
A terceira empresa a se dispor para contribuir para a realização deste trabalho 
foi a Odisseia Turismo Pedagógico. É uma empresa recente, que ainda está se 
consolidando no mercado, sendo seu surgimento dado de forma bem semelhante à 
Território Potiguar. Isto porque é uma empresa que surgiu em meados dos anos de 
2012 com a ideia de duas pessoas e sócias até o presente estudo, e que assim como 
a Território Potiguar, é fruto de uma aprovação em processo seletivo pelo IFRN, por 
meio do ITCART, a incubadora da instituição IFRN. 
Porém, diferente da empresa Território Potiguar, a Odisseia Turismo continua 
com a parceria da instituição e tem sede no próprio local, pois ao ganhar no processo 
seletivo, ganhou como espaço presencial um escritório nas dependências da 
instituição. Dessa forma, para entrar em contato com a empresa Odisseia Turismo 
Pedagógico dá-se indo diretamente até o IFRN Campus Natal – Cidade Alta, 
localizado na Av. Rio Branco, onde a empresa tem um escritório no prédio, porém, 
com horário incerto ainda, então é necessário um contato antes por meio de telefone 
ou redes sociais. 
Como identificado no referencial teórico, o segmento do turismo pedagógico se 
encontra em expansão, e foi exatamente por identificar este fator, que a empresa 
Odisseia Turismo Pedagógico surgiu, pois a gestora, também pedagoga e historiadora 
identificou esta tendência no mercado e, por isso, teve um maior incentivo para 
enfrentar o desafio através do empreendedorismo. 
 Hoje, as ferramentas que utiliza no setor de marketing é apenas redes sociais, 
onde divulga os roteiros/pacotes turísticos, e publica fatos e acontecimentos da 
empresa, bem como dos roteiros realizados. 
36 
 
 E a quarta e última empresa a contribuir com o trabalho em pesquisa, foi a 
Joaquim Tur, a qual é a primeira empresa no segmento do turismo pedagógico na 
cidade de Natal/RN, tendo sido criada no ano de 1999 com dois sócios, os quais 
permanecem juntos até os dias atuais, inclusive são os mesmos casados, formando 
uma dupla sociedade. 
 O motivo que foi levado para a criação da empresa Joaquim Tur foi devido três 
fatores: 
 
 Identificação da falta de agência neste segmento turístico; 
 Interesse particular dos dois sócios na temática voltada para o segmento 
pedagógico; 
 A formação acadêmica de ambos os sócios foi um fator que em muito contribuiu 
para a decisão da criação da empresa. História e Psicopedagogia. 
 
A empresa Joaquim Tur, que tem cerca de 15 anos de mercado, tem sede 
própria em Natal/RN e já está abrindo uma filial no interior, na qual a empresa tem 
uma demanda maior em prestação de serviço. A empresa ainda não tem veículo 
próprio, com isso, para realizar suas atividades é necessário terceirizar. 
As ferramentas que a empresa utiliza para se destacar no mercado e vender os 
passeios/pacotes são as tradicionais visitas pessoais, e a internet, onde tem uma 
página no facebook, bem como um blog, onde se é publicada notícias da área do 
turismo, execução das atividades da empresa, passeios turísticos em tempo real, 
dentre outras divulgações. 
Em relação à média de passeios que a empresa realiza, é um número bem 
relativo, no qual o entrevistado relatou que devido o ano de 2014 ter sido o período da 
copa do mundo, a empresa teve uma queda muito grande dos passeios pedagógicos, 
mas com exceção deste ano tem uma boa demanda, prova disto é a expansão da 
empresa para uma filial em breve. 
A última empresa entrevistada foi a Mandacaru Turismo e Viagens, a qual foi 
a que mais obteve dificuldade para ser realizada a pesquisa, mas, que com 
persistência por levar em consideração ser uma empresa referência no turismo 
pedagógico do estado, e possivelmente ser a empresa mais conhecida no segmento. 
É uma empresa com mais de 9 (nove) anos de mercado, trabalhando com o 
público específico de turismo pedagógico, porém abrangendo para os demais público 
37 
 
como − terceira idade, grupos de congresso, maçonaria, grupos religiosos e outros 
grupos. 
A empresa utiliza as ferramentas das redes sociais para o contato com cliente 
e como meio de divulgação. Ainda não possui os seus próprios veículos, com isso, 
para realizar as viagens é necessário terceirizar, realizando em média de 30 passeios 
com foco no turismo pedagógico, e esse número é fruto da parceria que tem com as 
escolas particulares referências em Natal/RN. 
A Mandacaru Turismo e Viagens, tem sede própria localizada em Natal/RN, no 
shopping Mandacaru Mall, é uma empresa que conta com 4 (quatro) guias de turismo, 
demais agentes de viagens e as diretoras/proprietárias do empreendimento. Em 
relação aos profissionais guias de turismo, a maior cobrança que se tem a respeito 
dos mesmos é a desenvoltura em falar em público, tendo um relacionamento e 
cuidado diferente para os jovens. O cuidado e relacionamento com os jovens é a maior 
cobrança que a empresa realiza pelos seguintes fatores: 
 
 O público requer uma linguagem fácil, e no mesmo estilo; 
 O segmento exige um aprendizado, com isso não pode perder o foco de forma 
alguma; 
 A idade do público que planeja fatos para marcar a viagem, a qual pode não ser 
benéfica para o grupo; 
 
 Deste modo, se identifica algumas semelhanças e diferenças entre as 
empresas participantes do trabalho, na qual de forma resumida se encontra no Quadro 
2 a seguir. 
 
Quadro 2 – Semelhança e Diferença nas agências de Turismo Pedagógico 
Semelhança Diferença 
Utilizam como ferramenta redes sociais Conhecimento e Aplicação de gestão de 
negócio 
Veículos terceirizados A quantidade de colaboradores 
Trabalham com outros segmentos Segmentos diferentes 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2014 
 
38 
 
A pesquisa se deu, por duas etapas, sendo a primeira o questionário aplicado 
com os gestores, conforme questionário (Apêndice A), se obteve os seguintes 
resultados a respeito do perfil dos gestores dos empreendimentos turísticos 
pedagógicos destacando-se que dos 5 (cinco) entrevistados, apenas 2 (dois) são do 
sexo masculino e 3 (três) do sexo feminino. Identifica-se que a faixa etária das 
pessoas que são gestoras do empreendimento em relação à idade é entre dois 
aspectos, jovens inexperientes, começando a carreira profissional, e adultos 
experientes no mercado de trabalho, como mostra o Gráfico 1 a seguir. Um fato 
interessante identificado na pesquisa foi que com os próprios idealizados do 
empreendimento, ou seja, os empreendedores, que dos 5 (cinco) entrevistados, 4 
(quatro) são também guias de turismo e prestam serviço na própria empresa, assim, 
não requer contração de outro profissionais, a não ser em caso de necessidade, assim 
tem múltipla função. 
 
Gráfico 1 – Faixa etária dos gerentes de Agências de turismo pedagógico 
 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2014 
 
 Entende-se conforme o Gráfico 2 á seguir, que os gestores têm formação 
instrucional para o mercado de trabalho e, principalmente, com foco no turismo, pois 
tanto a graduação, como o curso técnico assinalado pelos entrevistados está 
relacionada com a formação em turismo, porém, agregando saberes de outros cursos, 
como: Pedagogia, História e Psicologia. 
 
 
 
Até 20 anos 
 
De 21 a 30 
anos 
2 
De 31 a 45 
anos 
3 
Mais de 
45 anos 
 
Faixa Etária 
39 
 
Gráfico 2 - Formação acadêmica dos gerentes das agências 
 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2014 
 
 
 Na empresa Território Potiguar, as principais competências exigidas para um 
guia de turismo, segundoo gestor, que possui quatro guias de turismo dentro da 
empresa, é o fato de possuírem habilidades com idiomas, espírito de líder e instrutor 
de conteúdos, bem como curso de primeiros socorros. Observa-se, porém, que não 
tem preparação para receber um público de portador de necessidade especial para 
que seja requisitado um guia de turismo com formação em libras, por exemplo, nem o 
espírito lúdico, que conforme Franchi e Gimenez (2007), o lúdico envolve jogos e 
brincadeiras e, segundo o diretor do empreendimento, o roteiro que a empresa realiza 
ainda não permite esse tipo de preparação. 
 Já a empresa Mix Turismo, as principais competências do guia de turismo na 
empresa são: curso de primeiros socorros, espírito de liderança e instrutor de 
conteúdos. Ou seja, os guias de turismo não têm formação em outro idioma, que 
segundo a gestora isto se justifica devido não ser pré-requisito para atender o público, 
que são alunos de escolas de Natal e que logicamente falam o português. Além do 
mais, não é uma empresa preparada para atender ao público portador de necessidade 
especial, por não ter profissional habilitado com o curso de libras. 
 Enquanto isso, a empresa Odisseia Turismo Pedagógico, diz que as principais 
competências dos guias de turismo da empresa é o gosto pelas crianças, que é o 
público principal da empresa e que, para isto, é necessário também o espírito lúdico 
para lidar com o público-alvo, tendo formação em curso de primeiros socorros, pois é 
uma necessidade também para a relação com o público infantil, pois a faixa etária 
requer tal atenção e cuidados necessários para um possível acidente. Os guias de 
turismo da empresa, que são no total 4 (quatro), assim como a Território Potiguar. 
1 
3 
1 
Grau de Instrução 
Fundamental Médio Técnico Superior Pós-Graduação
40 
 
Porém, os guias de turismo não obtêm formação em curso de idiomas fluente, e sendo 
apenas o básico ou intermediário, e utilizou a mesma justificativa que a Mix Turismo. 
 Para o gestor da Joaquim Tur, as principais competências do guia de turismo 
que trabalha em sua agência é a habilidade em trabalhar com o lúdico, ter o espírito 
de liderança para coordenar todo o grupo da viagem/excursão, bem como ser instrutor 
de conteúdo, e o próprio entrevistado esclareceu bem que é necessário o guia de 
turismo conhecer bem a fundo o roteiro em conteúdo teórico e de preferência já tê-lo 
feito ou ido ao local, para uma visita in loco e ter mais conhecimento prático do 
destino. 
 Enquanto que a empresa Mandacaru, diz que as principais competências e 
essenciais, é a formação técnica e assim a legalização, com cadastro na Embratur, 
habilidade no diálogo com o público, e o lúdico como um facilitador para encantar o 
aprendizado. 
 Assim, as principais aptidões requeridas para um profissional guia de turismo 
se trata no cadastro do Ministério do Turismo se encontrar atualizado, pois somente 
assim poderá atuar no mercado. Outras competências requeridas são capacitações 
complementares, como: curso de animação, recreação, dinâmica em transporte, 
dentre outros cursos. 
 As principais preocupações para a elaboração de um roteiro turístico para a 
empresa Território Potiguar se detém ao clima/tempo, isto devido ao roteiro da 
empresa ser executado ao ar livre, de forma a pé pelo centro da cidade. Ou seja, tem 
uma preocupação com o público que poderá enfrentar a chuva, o sol, o calor, o 
trânsito. O gestor entrevistado informou ainda em pensar em utilizar um meio de 
transporte para a execução do roteiro, porém isso causaria uma perda da identidade 
da empresa, que é justamente uma prática do turismo pedagógico histórico e cultural 
de forma diferente, sendo esta, uma forma pioneira no mercado de Natal/RN. A 
mesma empresa não se detém em preocupar-se com a idade do público, pois a 
experiência já revelou qual será sempre o público interessado, que são adolescentes, 
jovens e adultos da área pedagógica, pois o itinerário é atrativo para ambos os 
públicos. 
 Enquanto que a gestora da Mix Turismo opina em se preocupar com a prática 
do lúdico, pois diz ser um pré-requisito, devido aos roteiros comercializados terem um 
percurso em um transporte e, para isso, requer dinamismo, bem como, o público 
pedagógico em geral, tanto alunos, quanto professores requer uma dinâmica na 
41 
 
execução da atividade, para melhor compreensão da temática discutida na viagem. 
Outra preocupação que a empresa se detém é a questão do clima/tempo, pois o 
mesmo pode interferir de forma negativa na execução da atividade turística. 
 Para a empresa Odisseia Turismo Pedagógico, a sua maior preocupação é o 
público e sua idade, isto porque, o seu público se destaca a ser o infantil, e isto requer 
uma maior atenção, bem como profissionais habilitados para isso, um maior número 
de pessoas para dar atenção a estes. 
 Para a empresa Joaquim Tur, a principal preocupação na elaboração do roteiro 
se destaca na questão do professor. Isto porque, ele é o principal responsável pela 
idealização da viagem/excursão, consequentemente, o professor terá objetivos 
determinados para a viagem e que, em muitos dos casos, é o primeiro a tomar a 
iniciativa para realização da atividade pedagógica, dessa forma, pode-se dizer que o 
professor é o primeiro cliente e o contato inicial para futuras atividades realizar com a 
escola. 
 O entrevistado da Mandacaru diz que um dos obstáculos é fazer o que a escola 
pede, pois nem sempre o guia de turismo tem uma mesma percepção da viagem, 
enquanto que o professor possui outra visão, com isso, se torna essencial um diálogo 
para o acordo. 
 De modo que as principais preocupações é o relacionamento com o professor, 
não acontecendo desentendimento; a prática do lúdico que contribui para um melhor 
aprendizado e absorção do conhecimento para os alunos; bem como o clima/tempo, 
porém, que a empresa não tem como se despreocupar, pois são fenômenos naturais, 
e independente do tempo o passeio pedagógico vai acontecer, cabendo então, 
estratégias no momento para o guia de turismo, como: lugares arejados, sombra e 
evitar o sol. 
 
4.2 Identificação dos principais roteiros comercializados 
 
 Mais um alvo alcançado nos resultados, se deu em relação aos principais 
roteiros executados, no qual as empresa afirmaram que realizam viagens regionais, 
nacionais e internacionais. 
Foi citado como alcance dos roteiros realizados na dimensão regional pela 
empresa Território Potiguar apenas o itinerário que é comercializado atualmente, 
42 
 
Centro Histórico de Natal, conforme mostra as Figuras 1 e 2. O gestor informou ainda 
pensar no futuro com a intenção de abranger outros roteiros, mas por enquanto se 
encontra satisfeito nos resultados que está obtendo apenas comercializando o que 
tem hoje. 
 
Figura 1 e 2: Passeio pelo centro da cidade 
 
Fonte: Facebook, Território Potiguar, 2014 
 
 Já a empresa Odisseia Turismo Pedagógico trabalha com os principais 
destinos regionais, inclusive: city tour panorâmico. Porém, diferente do que as 
agências já consolidadas no turismo realizam, a empresa realiza paradas para o 
público descer do ônibus, conforme a Figura 3 e realiza também com destino ao 
município de Ceará-Mirim, ilustrado na Figura 4 Acari, Carnaúba dos Dantas e São 
Gonçalo do Amarante. 
 
Figura 3 e 4: Passeios pedagógicos com a Odisseia Turismo 
 
Fonte: Facebook, Odisseia Turismo Pedagógico, 2014 
43 
 
 Já a Mix Turismo não informou os seus possíveis pacotes turísticos que 
comercializam, porém, informou que a parceria com a Mix Turismo Forma permitirá 
abranger o seu público para o roteiro regional, nacional e internacional, Peru, EUA, 
Orlando. Ilustrado na Figura 5 e 6. 
Figura 5 e 6: Passeio com crianças e jovens pelo interior do RN 
 
Fonte: Instagram, Mix Turismo 
 
 
 Na empresa Joaquim Tur que foi a quarta empresa entrevistada, oferece 
algumas opções a mais de roteiros, por exemplo,no âmbito regional os destinos são: 
Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Maranhão, enquanto que no âmbito 
nacional são: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. E as temáticas nas viagens 
são voltadas para a história, geografia, questões ambientais e culturais, conforme 
mostra a Quadro 3. 
Figura 7 e 8: Passeios Pedagógicos da empresa Joaquim Tur 
 
Fonte: Facebook, Joaquim Tur, 2014 
44 
 
A última empresa entrevistada, a Mandacaru trabalha com vários destinos, e 
vários serviços, tais como: hotéis nacionais e internacionais; locação de ônibus, 
cruzeiros; passagens aéreas e excussões. 
Em serviços do turismo pedagógico no estado, os destinos são á: Seridó 
(Currais Novos, Acari), onde realiza trilhas, tem contato com a natureza, e city tour 
ilustrado na Figura 9 e 10, Em abrangência nacional os destinos são: São Paulo e 
Minas Gerais, com foco na temática da arquitetura, história, museus e igrejas. 
 
Figura 9 e 10 – Alunos em viagem com a Mandacaru Turismo e Viagens 
 
Fonte: Site Mandacaru Turismo, 2014 
 
 De modo geral, cada agência de turismo pedagógico tem sua abrangência de 
território em atuação, a qual é exposto no Quadro 3. 
 
 
Quadro 3 – Agências de turismo conforme abrangência 
Empresa Abrangência 
Território Potiguar Regional 
Mix Turismo Regional, Nacional e Internacional 
Odisseia Turismo Pedagógico Regional 
Joaquim Tur Regional e Nacional 
Mandacaru Turismo e Viagens Regional, Nacional e Internacional 
 Fonte: Dados da Pesquisa, 2014 
 
 Em relação aos principais obstáculos que a empresa enfrenta, o gráfico mostra 
o seguinte, o que foi opinado: 
45 
 
Gráfico 3 – Principais obstáculos enfrentados na empresa 
 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2014 
 
 A Mix Turismo destacou a questão da concorrência desleal informando que 
existem muitos clandestinos atuando no mercado, bem como não tem uma forte 
parceria no turismo, devido todas as empresas serem diretamente concorrentes, com 
isso, existindo um empecilho para uma possível união. Este fato contribui para não 
fortalecer a atividade turística e uma fiscalização para inibir os clandestinos. As 
consequências são nítidas conforme a empresa que assinou essa questão, pois o 
cliente nem sempre tem total consciência que do “barato sai caro”, assim, o público de 
empresas sérias é menor, pois o cliente ainda avalia o serviço pelo preço que é pago. 
 Outro fato a se destacar se refere à questão da sazonalidade, que conforme 
Lage e Milone (2000), “a sazonalidade é uma concentração dos fluxos turísticos em 
períodos curtos do ano, essa sobrecarga, muitas vezes afeta os recursos físicos e 
sociais nas áreas de destinos [...]”, ou seja, corresponde ao fluxo de turistas em um 
período determinado e não contínuo, e esta questão é uma dificuldade que toda 
empresa no setor turístico enfrenta, em que recebe um grande público no período das 
férias e veraneio, enquanto que nos demais dias o público diminui bastante, e com o 
setor do turismo pedagógico não é diferente, por exemplo, o segmento de sol e mar 
tem uma demanda maior na fase das férias do início e no meio do ano. Porém, neste 
período a demanda diminui ou chega a ficar escassa para as agências de turismo 
pedagógico, isto porque, os professores realizam suas atividades pedagógicas em 
semestre letivo de aula, pois as mesmas atividades servem também como avaliação 
para o professor em sala de aula, onde o professor passa a unir o útil ao agradável. 
 Já a empresa Território Potiguar diz que os principais obstáculos da empresa 
que tem foco no city tour diferenciado, uma vez que se dá a pé, enfrenta a dificuldade 
2 
4 
1 
2 
3 
Concorrência Desleal
Sazonalidade
E-commerce
Falta de Público
Autonomia do Cliente
0 10 20 30 40 50
Principais Obstáculos 
Principais Obstáculos
46 
 
da autonomia do cliente (escolas e professores, além do turista tradicional), pois o 
mesmo pode procurar informações em livros, revistas, documentários, vídeos, fotos 
em geral, e pela própria internet fazer uma busca dos principais pontos históricos e 
culturais na cidade. 
Certamente a qualidade da experiência pode não ser a mesma que é oferecida 
pela empresa, com o acompanhamento do guia de turismo. Mas a tecnologia e acesso 
à informação que, na atualidade está ao alcance de todos permite que o cliente possa 
realizar o passeio do city tour de forma autônoma. Outro fator é o destaque no que se 
refere à questão da falta de público periódico. Por isso, percebe-se que as agências 
que trabalham com o turismo pedagógico também tem foco em algum outro segmento, 
por exemplo: formatura, eventos, lazer, terceira idade, etc., isto para permitir à 
empresa um público maior, e uma melhor renda para o empreendimento. 
 A única empresa que identificou o e-commerce como um obstáculo, é a 
empresa que trabalha com vendas de passagem aéreas, a qual percebe a autonomia 
que a tecnologia e globalização têm proporcionado ao cliente, e isso não leva o cliente 
mais a necessidade do deslocamento até a agência de viagem. 
 
4.3 Identificação do perfil dos guias de turismo 
 
 O próximo objetivo proposto é analisar o perfil dos guias de turismo neste 
segmento. E segue agora o resultado da pesquisa realizada com os guias de turismo 
pedagógico vinculados às agências citadas. 
 Foram entrevistados 17 guias, sendo 11 homens e 6 mulheres. E já em relação 
à idade dos entrevistados, segue o gráfico adiante, que mostra os guias de turismo se 
enquadrando em dois perfis, com a característica de ser jovem, com pouca 
inexperiência de mercado − em início de carreira. Enquanto mostra também um perfil 
de guias de turismo já experientes e que, consequentemente, já têm a prática com 
grupos de turismo, permitindo assim uma maior confiabilidade para lidar com qualquer 
outro público, independente do perfil. 
 
 
 
47 
 
Gráfico 4 – Identificação da faixa etária do grupo 
 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2014 
 
 Identificou-se no referencial teórico que a ocupação do guia de turismo é uma 
profissão que requer qualificação em ensino, que no caso, é a formação mínima em 
um curso técnico. No entanto, foi concluído que de fato, a formação mínima para este 
especialista é o ensino técnico, conforme evidenciado no Gráfico 5 a seguir, onde mais 
da metade possui apenas o curso técnico em sua formação. Outro detalhe é a 
legalização deste profissional no segmento do turismo pedagógico, mostrando assim a 
seriedade da empresa em sua atividade, com todos os profissionais entrevistados 
qualificados e em dia com o Cadastur, que é o sistema de cadastro de todos os 
profissionais legalizados que atuam no setor do turismo, pelo Ministério do Turismo. 
 
Gráfico 5 – Formação acadêmica dos Guias de Turismo 
 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2014 
 
0% 
5 
11 
1 
Faixa Etária 
Até 20 anos De 21 a 30 anos
De 31 a 45 anos Mais de 45 anos
13 
3 
1 
Grau de Instrução 
Fundamental Médio Técnico Superior Pós-Graduação
48 
 
 Em aspectos financeiros, segue o Gráfico 6 mostrando os valores médios que 
um guia de turismo recebe. 
Gráfico 6 – Salário do guia de turismo 
 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2014 
 
 Durante a entrevista, os entrevistados relatou que o salário triplica por meio da 
comissão, em que, levando para um determinado restaurante ou passeio recebe um 
valor á mais por isso. Outro dado obtido neste questionamento, é que o guia de 
turismo que recebo entre 1 a 3 salários mínimos, é o guia focado apenas no city tour, 
pois o público pedagógico, principalmente o infantil e adolescentes por não ter renda 
própria para bancar os desejos turísticos e o cuidado protetor dos pais não realizam 
passeios fora do roteiro programado. 
Quando perguntados a respeito de qual é o PAPEL do guia de turismo no 
segmento de turismo pedagógico, foram citados os fatores conforme Quadro 4, onde 
os guias de turismo registram como cobrança em seu papel os aspectos abaixo: 
 
 
 
 
4 
13 
Renda R$1 a 3 salários 4 a 6 salários acima de 7 salários
49 
 
Quadro 4 – Papel do Guia de Turismo na própria perspectiva 
Associar a teoria e prática numa viagem; 
Incentivar o questionamento e reflexão do aluno; 
Ser integro nas informações passadas; 
Acompanhar o grupo á todo o momento 
Serviço de bordo; 
Contato antes e durante á viagem com o professor/coordenador responsável pela 
viagem; 
Fonte: Dados da pesquisa, 2014 
 
Com base no resultado que dialoga com os aspectos solicitados pelo autor 
durante a apresentação do referencial teórico, esses papéis apresentados estão 
associados à importante ligação entre professor, agência elaboradora do roteiro e, 
principalmente o guia de turismo que conduz o grupo. Em que, Lod (2013) 
complementa “O Guia deve estar preparado para transmitir informações verídicas 
utilizando toda a sua habilidade de comunicação, de forma que evite situações 
constrangedoras, nas quais possa inclusive ter seus conhecimentos testados pelos 
próprios turistas”. (p. 50), ou seja, utilizar de afirmações seguras, e de forma íntegra, 
sem alteração de conteúdo, estando preparado para possíveis questionamentos que o 
aluno/turista poderá realizar. 
Para que o guia de turismo relacione a temática da viagem com a teoria 
estudada em sala de aula, faz-se necessário que o professor tenha total liberdade 
para participar do guiamento por meio do diálogo, contribuindo para o melhor 
aproveitamento da viagem, levando em consideração, também, que o assunto 
explicado pelo guia de turismo seja cobrado em sala de aula pelo professor, a partir de 
métodos avaliativos. 
Em relação às principais COMPETÊNCIAS que o guia de turismo pedagógico 
deve ter, foi destacado também pelos próprios guias de turismo os aspectos: 
 
 Espírito de liderança; 
 Lúdico; 
 Instrutor de conteúdo. 
 
50 
 
Em relação a ser um instrutor de conteúdos, essa seja é a maior competência 
que o guia de turismo deve ter, em que, Lod (2013) acrescenta: 
Portanto, a profissão de guia de turismo possui um papel importante no 
processo turístico, pois ao acompanhar grupos e contar um pouco da 
história do local que está sendo visitado, acaba por estimular a 
preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental, além de ser 
um profissional capaz de promover positivamente a imagem do lugar. É 
de imensa responsabilidade o bom exercício desta profissão. (Lod, 
2013. P. 5) 
 
Ou seja, é um profissional com habilidades para estimular uma mudança de 
comportamento, provocando no aluno/turista uma conscientização de história do local 
e a preservação da história, cultura e meio ambiente, sendo este último um tema 
bastante discutido, que é a sustentabilidade. 
Lod (2013) afirma sobre as responsabilidades do guia de turismo com o turista, 
que não é o profissional do contato inicial, afinal, fecha o pacote com o agente de 
viagem, atendente, mas, ele será o principal responsável pela idealização do sonho: 
Os grupos ou turistas individuais, após passarem pelas fases iniciais da 
viagem, desde a idealização do sonho até a concretização de seus 
planos, com o ápice do desembarque na localidade almejada, se 
depararão com a figura de liderança e segurança que o guia costuma e 
deverá representar. (Lod, 2013. P. 48). 
 
Enquanto Chimenti e Tavares (2007) acrescentam como sendo um aspecto 
fundamental no trabalho do guia ser as informações/conteúdos, que “parte da 
qualidade do trabalho do guia está na qualidade das informações que este possui e da 
maneira como as transmite”, onde uma informação mal passada poderá colocar em 
jogo todo o trabalho da empresa e, consequentemente, fora do foco da escola. 
Ou seja, entende-se que estes são fatores que cabem ao guia de turismo, 
coordenar o grupo e sendo o líder dele, e para passar o conteúdo de forma que seja 
mais bem compreendido, no caso,para o público infanto-juvenil, são utilizados 
estratégias meramente lúdicas, por meio de jogos e brincadeiras, dinâmicas de 
perguntas rápidas, incentivando a memória, e a competição com muito respeito. Mas 
um fator que duas empresas destacaram é a importância do guia de turismo ter 
competência em primeiros socorros, pois as mesmas têm roteiros com trilhas. Por 
51 
 
exemplo, no caso de um acidente que não seja possível o acesso rápido de um 
profissional, é necessário os primeiros socorros para o cuidado do passageiro, assim 
se torna essencial esta habilidade para o guia de turismo. 
Quando questionados a respeito das principais PREOCUPAÇÕES que o guia 
de turismo tem na elaboração e execução de um roteiro para o público pedagógico, 
todos os guias de turismo, de forma unânime, assinalaram as seguintes opções: 
 
 
 Concordância com o professor; 
 Clima/tempo; 
 Idade do público. 
 
Quanto à preocupação acerca do clima/tempo, segundo os entrevistados, o 
mesmo pode interferir das seguintes formas: 
 
 Um dia de chuva em uma trilha pode interferir, ou até mesmo impedir uma viagem 
na estrada etc.; 
 Uma caminhada com o sol muito quente interfere no humor, e perturba a paciência 
dos alunos. 
 
Apesar do guia de turismo estar preparado para executar as viagens da sua 
empresa, foi assinalado a questão da idade do grupo como uma preocupação, devido 
às atitudes que cada faixa etária tem, por exemplo: a criança tem como tendência 
ação sem pensar nas consequências, que por sua vez requer uma atenção maior do 
guia de turismo; o adolescente sente-se adulto em uma viagem longe dos pais, em 
alguns casos não quer obedecer às regras da viagem, o que exige do guia de turismo 
muita paciência e bom relacionamento com o público; o jovem também tende a gostar 
de aventura e riscos, o que requer maior atenção do guia de turismo para não ter 
dispersão do grupo e descontrole. 
52 
 
De toda forma, a linguagem para acessar cada grupo é diferente − para a 
criança deve ser usado vocabulário de fácil compreensão, já para os adolescentes e 
jovens o discurso turístico deverá ser numa linguagem mais jovem e “descolada”. 
Em relação aos roteiros, os guias de turismo se mostram abertos para todo tipo 
de roteiro que é comercializado pela empresa. Porém, o perfil da empresa já 
predetermina o roteiro que o guia irá exercer. Por exemplo: na Território Potiguar os 
guias de turismo realizam apenas guiamento pelo centro histórico de Natal/RN, como 
mostra a Figura 11 do passeios do empreendimento; enquanto que a Odisseia 
Turismo Pedagógico, os guias de turismo já realizam além do city tour, fazem também 
o roteiro para Ceará-Mirim e São Gonçalo do Amarante/RN, Figura 12. 
 
Figura 11 e 12: Diferença entre o City Tour da Território Potiguar e Odisseia 
 
Fonte: Facebook.com, 2014 
 
Em relação aos OBSTÁCULOS que os guias de turismo enfrentam no 
segmento do turismo pedagógico, são destacados os seguintes: 
 
 Sazonalidade; 
 Concorrência; 
 Dificuldades urbanas. 
 
O guia de turismo pedagógico sofre também com a sazonalidade. Apesar 
dessa sazonalidade ser inversa, quando comparado com o período da alta e baixa 
estação. Visto que no período da alta estação tradicional, ocorre uma baixa no fluxo de 
turismo pedagógico (vinculado ao calendário letivo escolar). 
53 
 
A concorrência citada pelos guias de turismo se refere aos prestadores de 
serviços clandestinos, chamados também no turismo de “pé-de-lã”, que não possuem 
credencial pelo Ministério do Turismo (obrigatório para exercer a atividade), uma vez 
que atuam ilegalmente submetendo-se a salários mais baixos, colocando em risco 
muitas vidas sem a devida qualidade e segurança para o turista. Conforme Chimenti e 
Tavares (2007) afirma que é uma profissão com seguinte requisito “requerer 
cadastramento na Embratur pessoas egressas de cursos de qualificação, habilitação e 
especialização profissional.” (CHIMENTI E TAVARES, 2007, p. 159). 
As questões urbanas assinaladas pelos guias referem-se aos aspectos em via 
pública, estradas, em que nem sempre o deslocamentoé facilitado: as avenidas nem 
sempre permitem a entrada de ônibus, locais com carência de sinalização, vias 
danificadas, regiões sem manutenção e segurança, além de outras situações do dia a 
dia. 
 Percebe-se com o trabalho, o perfil do guia de turismo, suas atribuições e 
principais dificuldades encontradas no mercado de trabalho, no qual não se encontra 
diretamente sobre a sua responsabilidade a solução, pois a abrangência vai muito 
mais além, e o guia não pode prever os aspectos naturais e solucionar, nem os 
aspectos urbanos, pois depende do poder público etc. Mas, o que cabe ao profissional 
tão essencial e solicitado na atividade turística, este deve procurar obter as 
qualificações necessárias para atuar no mercado. Com o público que possui 
peculiaridades, e um roteiro diferenciado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O trabalho na atividade turística conforme é uma atividade não repetitiva, ou 
seja, não existe uma rotina, pois cada passeio turístico por mais que seja o mesmo 
roteiro pedagógico, envolve personalidades diversas, assim, a vida da criança, jovem 
e adulto, interfere nos questionamentos e comportamentos de uma viagem. 
Por isso, é tão importante que o guia de turismo se atualize constantemente, 
pois tem um papel fundamental em uma viagem pedagógica, pois será a pessoa que 
trabalhará o lúdico, como facilitador da aprendizagem, associando a teoria da sala de 
aula com a prática fora do ambiente escolar. E não se permitindo a busca continua 
pelo conhecimento e atualização, não acompanha o avanço no turismo pedagógico e 
o avanço tecnológico que os adolescentes e jovens têm facilmente acesso, assim, é 
um diferencial no mercado, um profissional atualizado. 
Assim, se identificou os resultados esperados, com o conhecimento das 
agências do turismo pedagógico em Natal/RN, bem como, história. 
A atividade turística do turismo pedagógico é um segmento ainda recente, 
porém, se percebe com as empresas de Natal que as mesmas já se tem se 
consolidado, e é um segmento que tem como profissional essencial o guia de turismo. 
Para isso, o papel do guia de turismo por ser essencial no mercado de trabalho 
deve este ter habilidades que são fundamentais para o bom exercício da profissão. 
 Sugere-se para os futuros trabalhos com esta temática, já que, poucas são as 
publicações e material auxiliar para abordagem teórica, uma abordagem a respeito do 
perfil dos usuários do turismo pedagógico, com uma pesquisa, tanto como, o 
envolvimento das escolas particulares de Natal/RN em desenvolver uma metBodologia 
de ensino diferenciada. 
 
 
 
 
 
55 
 
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RIGATTO, S. C. A segmentação de mercado e a comunicação publicitária no 
turismo: o modelode Plog em anúncios veiculados por revista especializada, 2007. 
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SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: 
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desintermediação nas agências de viagens no Brasil. (Monografia de graduação)− 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2013. 
57 
 
APÊNDICE A 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
QUESTIONÁRIO PARA O PÚBLICO-ALVO DA MONOGRAFIA 
Estou avaliando a importância do guia de turismo no segmento do turismo 
pedagógico e os impactos no segmento do turismo pedagógico. Para tanto, 
solicito que responda as perguntas deste questionário. Agradeço 
antecipadamente sua colaboração. 
 
QUESTIONÁRIO PARA O GESTOR DA AGÊNCIA 
1. DADOS DO ENTREVISTADO (A) 
1.1 Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 
1.2 Faixa etária: ( ) Até 20 anos ( ) De 21 a 30 anos 
( ) De 31 a 45 anos ( ) Acima de 45 anos 
1.3 Grau de instrução: ( ) Fundamental ( ) Médio 
 ( ) Técnico ( ) Superior 
 ( ) Pós-graduação 
1.4 Renda R$ ( ) 1 a 3 salários ( ) 4 a 6 salários 
 ( ) acima de 7 salários 
 
2. Contextualização histórica da agência: 
2.1 Ano de inauguração: 
2.2 Número de sócios no período de abertura: 
2.3 Número de sócios no período atual: 
2.4 Comente sobre os principais motivos que levaram à criação 
da agência de turismo pedagógico: 
( ) Falta de agência do segmento – turismo pedagógico 
( ) Excesso de agências tradicionais 
( ) Interesse particular pelo grupo pedagógico 
( ) Experiências anteriores com o público 
( ) Outros __________________________________________________ 
 
3. Qual o papel do guia de turismo no turismo pedagógico? 
_______________________________________________________________ 
 
58 
 
4. Quais as principais competências do guia de turismo? 
__________________________________________________________________ 
5. Quais as principais preocupações para elaboração de um roteiro para o turismo 
pedagógico? 
_______________________________________________________________ 
6. Quais os principais roteiros comercializados? 
( )Regionais________________________________________________ 
( ) Nacionais______________________________________________ 
( ) Internacionais_____________________________________________ 
 
7. Quais os obstáculos do guia de turismo no segmento do turismo pedagógico 
enfrenta? 
____________________________________________________________ 
8. Qual a média de passeios realiza com o público específico do turismo 
pedagógico? 
______________________________________________________________ 
9. Levando em consideração outras experiências, quais as diferenças do turismo 
pedagógico para outro segmento? 
____________________________________________________________ 
10. Qual a maior cobrança que a empresa tem com o guia de turismo? 
____________________________________________________________ 
11. Quantos guias de turismo a empresa tem? 
___________________________________________________________ 
12. Qual a média de passeios realiza com o público específico do turismo 
pedagógico? 
____________________________________________________________ 
13. A empresa tem veículo próprio ou terceiriza? 
_____________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
AGRADECEMOS DESDE JÁ A CONTRIBUIÇÃO 
 
59 
 
APÊNDICE B 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
QUESTIONÁRIO PARA O PÚBLICO-ALVO DA MONOGRAFIA 
Estou avaliando a importância do guia de turismo no segmento do turismo 
pedagógico e os impactos no segmento do turismo pedagógico. Para tanto, 
solicito que responda as perguntas deste questionário. Agradeço 
antecipadamente sua colaboração. 
 
QUESTIONÁRIO PARA O GESTOR DA AGÊNCIA 
1. DADOS DO ENTREVISTADO (A) 
1.1 Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 
1.2 Faixa etária: ( ) Até 20 anos ( ) De 21 a 30 anos 
( ) De 31 a 45 anos ( ) Acima de 45 anos 
1.3 Grau de instrução: ( ) Fundamental ( ) Médio 
 ( ) Técnico ( ) Superior 
 ( ) Pós-graduação 
1.4 Renda R$ ( ) 1 a 3 salários ( ) 4 a 6 salários 
 ( ) acima de 7 salários 
 
2. Qual o papel do guia de turismo pedagógico? 
( ) Associar teoria e prática numa viagem 
( ) 
( ) Incentivar o questionamento e reflexão do aluno 
( ) Outro____________________________________________________ 
 
3. Quais as principais competências do guia de turismo? 
( ) habilidade com idiomas ( ) Líder 
( ) Curso de primeiros socorros ( ) Espírito lúdico 
( ) Curso de libras ( ) Instrutor de conteúdos 
( ) Outro___________________________________________________ 
 
4. Quais as principais preocupações para a elaboração de um roteiro para o 
turismo pedagógico? 
( ) Clima/tempo ( ) Prática do lúdico 
60 
 
( ) Estar em concordância com o professor ( ) Idade do público 
( ) Idade do público 
( ) Outro____________________________________________________ 
 
5. Quais os principais roteiros comercializados? 
( )Regionais________________________________________________ 
( ) Nacionais______________________________________________ 
( ) Internacionais_____________________________________________ 
 
6. Quais os obstáculos do guia de turismo no segmento do turismo pedagógico? 
( ) Dificuldades urbanas ( ) E-commerce 
( ) Concorrência e sazonalidade ( ) Falta de demanda 
( ) Dificuldades trabalhistas ( ) Dificuldades naturais 
 
7. Qual o nome da empresa que você como guia de turismo presta serviço? 
______________________________________________________________ 
8. A empresa tem veículo próprio ou é terceirizado? 
____________________________________________________________ 
9. Qual a média de passeios realiza com o público específico do turismo 
pedagógico? 
____________________________________________________________ 
10. Levando em consideração outras experiências, quais as diferenças do turismo 
pedagógico para outro segmento? 
______________________________________________________________ 
11. Qual a missão do guia de turismo no serviço com o público pedagógico e o que 
é cobrado pela agência desse profissional? 
____________________________________________________________ 
12. O que motivou a você como guia de turismo se direcionar para este público? 
____________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADEÇO DESDE JÁ A COLABORAÇÃO

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