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DESCRIÇÃO Métodos aquáticos tradicionais e terapias complementares empregadas na fisioterapia aquática. PROPÓSITO Compreender as bases teóricas dos principais métodos de reabilitação aquática para identificação da técnica mais adequada à real necessidade do paciente, a fim de gerar maior eficiência na eleição do método a ser empregado. OBJETIVOS MÓDULO 1 Identificar as principais técnicas e os métodos tradicionais utilizados na fisioterapia aquática MÓDULO 2 Reconhecer os métodos aquáticos desenvolvidos atualmente e as terapias aquáticas complementares para promoção, prevenção e reabilitação da saúde INTRODUÇÃO O trabalho fisioterápico no meio aquático é realizado por meio de técnicas específicas criadas ou adaptadas especialmente para este ambiente, ampliando a variação de possibilidades de atendimento. Existem métodos que promovem o relaxamento, outros que estimulam movimentos funcionais e outros que focam na abordagem do público infantil. QUANDO PENSAMOS EM HIDROCINESIOTERAPIA, SÃO UTILIZADOS EXERCÍCIOS REALIZADOS FORA DA ÁGUA E ADAPTADOS PARA O MEIO AQUÁTICO COM ALGUMAS ESPECIFICIDADES, DEVIDO ÀS CARACTERÍSTICAS E ÀS PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA. Neste tema, estudaremos os métodos de terapia aquática, apresentando as diversas técnicas que podem ser empregadas conforme a idade, a debilidade e as incapacidades funcionais, com objetivos de relaxamento, alongamento e fortalecimento, ou até mesmo benefícios de aspecto mental e bem-estar. Daremos ênfase aos seguintes: MÉTODO DOS ANÉIS DE BAD RAGAZ (MABR) Baseado em técnicas de flutuação. MÉTODO HALLIWICK Criado para a adaptação de crianças com paralisia cerebral ao meio aquático. MÉTODO WATSU OU SHIATSU AQUÁTICO Indicado para relaxamento e reabilitação. MÉTODO AI CHI Adaptação do Tai Chi Chuan realizada em ambiente terrestre. MÓDULO 1 Identificar as principais técnicas e os métodos tradicionais utilizados na fisioterapia aquática javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) CONCEITO E ABORDAGEM HISTÓRICA DO MÉTODO DOS ANÉIS DE BAD RAGAZ (MABR) Este método surgiu na década de 1930, a partir de técnicas iniciais de terapia ativa e por meio de exercícios aquáticos desenvolvidos nas águas termais da cidade de Bad Ragaz, na Suíça, o que deu origem ao seu nome. Com o passar do tempo, foram inseridas técnicas ao método que, inicialmente, foi empregado para pacientes com restrições de mobilidades suportados por pranchas fixas. 1957 O médico alemão Knüpfer introduziu a técnica de tratamento horizontal em meio líquido, por intermédio de anéis de flutuação na região cervical, na pelve e nos tornozelos, permitindo estabilização corporal para a realização de exercícios (RUOTI; MORRIS; COLE, 2000). VOCÊ SABIA Knüpfer originalmente utilizou flutuadores para estabilizar o paciente, fazendo uma adaptação dos exercícios terrestres à água, enquanto o terapeuta atuava como um ponto fixo para o movimento realizado pelo paciente. As condutas foram aprimoradas e aplicadas em pacientes com alterações motoras neurológicas, disfunções ortopédicas e reumatológicas, por meio da estabilização do tronco e de treino para a deambulação. 1967 Os fisioterapeutas Bridget Davis e Verena Laggat desenvolveram o que hoje conhecemos como o Método dos Anéis de Bad Ragaz (MABR), combinando as técnicas iniciais criadas em 1930 com as técnicas de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP), desenvolvida nos anos de 1950 e 1960 por Kabat e seus assistentes Knott e Voss. As técnicas de FNP, conhecidas como método Kabat, surgiram como técnicas de terapia manual, em 1946, a partir de estímulos de receptores pelo pré-estiramento e movimentos javascript:void(0) tridimensionais, que são realizados em diagonal e espiral. PRÉ-ESTIRAMENTO Pequeno alongamento antes de iniciar o movimento. Por exemplo, o fisioterapeuta induz uma ligeira flexão da articulação do punho antes de solicitar sua extensão ao paciente. EXEMPLO Quando cruzamos os braços ou as pernas, os movimentos se posicionam em diagonal e espiral. Os exercícios desenvolvidos pelo método facilitam a reabilitação para as atividades diárias, restaurando padrões normais de movimentos dos membros superiores e inferiores. Escovar os dentes e segurar o celular – ambos movimentos naturais em diagonal e espiral. javascript:void(0) Cruzamento dos braços. Ao observarmos a disposição anatômica de nossos músculos, perceberemos que a maioria é posicionada em diagonal, saindo de um ponto de inserção proximal e se fixando na inserção distal de forma oblíqua, com raras exceções, como o músculo reto femoral e o músculo reto do abdome. Esta disposição muscular se alinha com nossos movimentos em diagonal e em espiral, gerando uma rotação sobre as articulações para que o movimento ocorra. Aqui, podemos observar facilmente os músculos peitoral maior, deltoide, bíceps braquial, trapézio, latíssimo do dorso, braquiorradial, vasto lateral e gastrocnêmios em posicionamento oblíquo (diagonal). javascript:void(0) Disposição anatômica dos músculos. ATENÇÃO A inserção deste conhecimento ao Método dos Anéis de Bad Ragaz o tornou extremamente funcional, auxiliando na ativação de grupos musculares solicitados para a realização dos movimentos diários. Os exercícios em diagonal recrutam grupamentos musculares, facilitando a atividade dos músculos sinergistas, sendo mais eficazes funcionalmente se comparados a um exercício bidimensional tradicional, como a flexão e a extensão da articulação do cotovelo, feita de forma isolada. MÚSCULOS SINERGISTAS Conjunto de músculos que, juntos, realizam o mesmo movimento. SAIBA MAIS javascript:void(0) As técnicas de FNP são geralmente utilizadas para aumentar a amplitude passiva e ativa articulares, objetivando melhora na função neuromuscular, por meio de movimentos resistidos. O Método dos Anéis de Bad Ragaz traz os benefícios da FNP para diversos tipos de patologias. Por exemplo: [1] [2] [1] Um pós-cirúrgico de articulação do joelho direito pode ser exercitado de forma indireta, solicitando padrões de movimentos no membro inferior esquerdo, uma vez que, para executar os exercícios do lado esquerdo, são necessárias contrações isométricas do membro inferior lesionado. [2] Também podem ser usadas combinações isotônicas com o paciente em pé na piscina, fazendo a transferência de peso do membro inferior não comprometido para o comprometido e vice- versa, bem como oscilando a descarga de peso, a fim de facilitar a marcha o mais precocemente possível, pelo controle excêntrico do quadríceps. APLICAÇÃO DA TÉCNICA E OBJETIVOS DO MABR O objetivo do MABR é promover movimentos funcionais por meio de contração muscular voluntária, controle do tônus, alongamento, tração e fortalecimento muscular, de modo a facilitar o equilíbrio entre os músculos agonistas, antagonistas e, principalmente, sinergistas, tendo como consequências o reaprendizado de padrões funcionais de movimento, melhor coordenação e equilíbrio. O método treina a capacidade funcional como um todo, facilitando os movimentos por meio de estímulos táteis, verbais e proprioceptivos, visando alcançar uma resposta neuromotora. Pacientes com dificuldades cognitivas podem executar o movimento a partir de estímulos sensoriais, como o tato; e a propriocepção poderá ser estimulada através de trações e resistência imposta durante o movimento. PACIENTES COM DIFICULDADES COGNITIVAS Aqueles com dificuldade de compreensão sobre os comandos verbais emitidos pelo fisioterapeuta. AS TÉCNICAS DE FNP ESTÃO EXTREMAMENTE ALINHADAS COM OS NOVOS CONCEITOS DA FISIOTERAPIA. Podemos destacar algumas técnicas empregadas no MABR: RESISTÊNCIA MANUAL APLICADA PELO FISIOTERAPEUTA Tem por objetivo auxiliar o paciente a ter a consciência do movimento e sua direção, aumentando a aprendizagem motora e, consequentemente, a força muscular. CONTATO MANUAL Resistência manual imposta pelo fisioterapeuta gera estímulos a receptores do tato e da pressão(localizados na pele), informando a direção correta durante a execução do movimento. As mãos devem gerar pressão no sentido oposto ao movimento. O contato deve ser lumbrical, ou seja, a pressão é feita pela flexão das articulações metacarpofalangeanas, permitindo adaptar os dedos do fisioterapeuta à parte corporal que está sendo trabalhada, o que gera maior controle pelo profissional do movimento, sem causar pressão sobre proeminências ósseas ou áreas de maior sensibilidade. LUMBRICAL Músculo localizado na palma da mão entre os metacarpos. COMANDO VERBAL javascript:void(0) javascript:void(0) O fisioterapeuta fala o que deve ser feito e em que momento. Os comandos devem ser claros e objetivos, com utilização de palavras compreensíveis para o paciente. É importante que haja uma coordenação dos movimentos realizados pelo paciente com as mãos e resistência dada pelo fisioterapeuta, devendo haver sincronia para guiar o início do movimento e fazer as correções necessárias durante os exercícios. Para a adequada aplicação da técnica, é importante que o material gere conforto e estabilidade para o paciente, como a utilização de colar cervical inflável, permitindo um adequado alinhamento da cabeça e da região cervical, as quais devem ser mantidas acima do nível da água, a fim de que o paciente possa ouvir e ver o fisioterapeuta, o que facilita a resposta aos comandos verbais. No método MABR, o fisioterapeuta fica em pé na piscina com o quadril e os joelhos ligeiramente flexionados. A profundidade deve permitir uma boa base de apoio que sirva de ponto fixo para o paciente e que promova os deslizamentos na piscina. Além disso, entre as características ideais para aplicação do método, a piscina deve ter 5,5 m X 2,5 m, com profundidade de 1,20 a 1,30 cm e a temperatura deve estar entre 31°C a 34°C. PROFUNDIDADE O ideal é que o nível da água, com o fisioterapeuta em pé na piscina, esteja na altura da cintura, não ultrapassando a região axilar. DESLIZAMENTOS NA PISCINA O paciente em decúbito dorsal, com flutuadores na cervical, na pelve e no tornozelo, é deslocado na piscina pelo fisioterapeuta. INDICAÇÕES, CONTRAINDICAÇÕES E CONDIÇÕES DO MABR: CUIDADOS COM O MÉTODO javascript:void(0) javascript:void(0) O MABR é indicado para os seguintes casos: Condições neurológicas, ortopédicas e reumatológicas. Disfunções neuromusculares, como as polineuropatias. Fortalecimento de membros superiores e inferiores na preparação para atividades funcionais. Patologias que envolvam fraqueza do tronco e das cinturas escapular e pélvica. SAIBA MAIS Nas doenças que afetam o Sistema Nervoso Central, como Parkinson, Acidente Vascular Encefálico (AVE) e traumatismo cranioencefálico, o método gera um excelente resultado no alongamento passivo, na redução do tônus muscular, na inibição (relaxamento) e no ganho de amplitude de movimento. Além disso, é benéfico para promover estímulos sensoriais, prevenir contraturas e desenvolver habilidades funcionais, como a alimentação e a marcha. No entanto, o método é contraindicado em algumas situações. Afinal, diante dos constantes deslocamentos e deslizamentos realizados na água, há grande estímulo do sistema vestibular. Por isso, o fisioterapeuta deve estar atento a pacientes que apresentem labirintopatia, evitando o risco de tonturas. javascript:void(0) javascript:void(0) SISTEMA VESTIBULAR Estrutura que funciona como exteroceptor, localizada no ouvido interno e que participa de forma importante no controle do equilíbrio. LABIRINTOPATIA Nome genérico dado a problemas tanto com o equilíbrio quanto com a audição. Também deve haver cautela com pacientes que apresentem condições agudas na coluna vertebral, pois o tronco é solicitado, funcionando como um estabilizador quando empregamos resistência nos membros. Além disso, os comprometimentos das extremidades dos membros superiores e inferiores requerem cuidados, devido ao alongamento (pré-estiramento) e ao contato manual realizado pelo fisioterapeuta nas extremidades. ATENÇÃO Há patologias que são contraindicadas a esforços musculares, como as distrofias, pois as contrações excêntricas podem acelerar a degeneração das células musculares, sem mencionar as condições agudas cervicodorsais. TÉCNICAS DO MABR E PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS O MABR pode ser aplicado da seguinte forma: ISOTONICAMENTE O fisioterapeuta age como um estabilizador, controlando e graduando a resistência e pode movimentar o paciente na mesma direção (auxiliando) ou em direção oposta ao movimento (resistindo). ISOMETRICAMENTE Quando o paciente mantém determinada posição enquanto é deslocado na água. PASSIVAMENTE O paciente é deslocado de um lado para o outro, gerando alongamento do tronco e dos membros, com objetivo de relaxamento, mobilização, alongamento e inibição do tônus muscular. ENQUANTO O PACIENTE É SUSTENTADO EM POSIÇÃO HORIZONTAL POR FLUTUADORES, OS MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES SÃO UTILIZADOS COMO ALAVANCAS, ATIVANDO A MUSCULATURA DO TRONCO. Flutuadores que estabilizam o paciente. O fisioterapeuta é o ponto fixo para aplicação da técnica. O aumento na velocidade do movimento gera maior turbulência e maior resistência a ele. Esta é uma consequência das propriedades físicas da água. Porém, no MABR, podemos ter outros tipos de progressões, como: Acrescentar nos exercícios caneleiras aquáticas e palmares. Aumentar gradativamente a amplitude do movimento. Alterar o braço de alavanca, mudando a resistência de proximal para distal. Mudar a direção do movimento, gerando maior turbulência. Usar inversões rápidas de movimento. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal EXEMPLO Para movimentos da articulação do ombro, inicialmente, o fisioterapeuta pode impor a resistência manual no cotovelo e, com a progressão do paciente, passar a impor a resistência nas mãos dele. Neste caso, houve um aumento no torque de resistência. MÉTODO HALLIWICK De acordo com a Associação Internacional Halliwick: O MÉTODO HALLIWICK É UMA ABORDAGEM PARA ENSINAR TODAS AS PESSOAS COM DIFICULDADES FÍSICAS E/OU DE APRENDIZAGEM A PARTICIPAREM DE ATIVIDADES AQUÁTICAS, A SE MOVEREM INDEPENDENTEMENTE NA ÁGUA E A NADAREM. BASEIA-SE NA CRENÇA DOS BENEFÍCIOS QUE PODEM ADVIR DAS ATIVIDADES AQUÁTICAS E ESTABELECE OS FUNDAMENTOS NECESSÁRIOS À SUA APRENDIZAGEM. ESSES BENEFÍCIOS INCLUEM ASPECTOS FÍSICOS, PESSOAIS, RECREATIVOS, SOCIAIS E TERAPÊUTICOS. O CONCEITO INFLUENCIOU AS TÉCNICAS DE HIDROTERAPIA E FOI DESENVOLVIDO EM EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS ESPECÍFICOS. (INTERNATIONAL HALLIWICK ASSOCIATION, 2020. Tradução livre.) Inicialmente elaborado como uma técnica de instrução para natação, o método Halliwick foi criado em 1949 por James Mcmilan, mas o principal difusor do conceito foi o fisioterapeuta Johan Lambec (SACCHELLI; ACCACIO; RADL, 2007). JAMES MCMILAN Engenheiro mecânico canadense, nadador e professor de natação, faleceu em 1994. JOHAN LAMBEC Cofundador da International Halliwick Association (IHA) e da Internacional Association Aquatic Therapy Faculty (IATF) ou Faculdade de Terapia Aquática da Associação Internacional. O conceito trazido pelo método Halliwick influenciou professores de natação e se expandiu como técnica de reabilitação. Este método apresenta uma grande variedade de atividades. Afinal, é possível trabalhar de forma individual ou com um grupo de pacientes. É um diferencial em relação ao Método dos Anéis de Bad Ragaz, em que os atendimentos sempre têm de ser individuais. Halliwick Atendimento individual ou em grupo Anéis de Bad Ragaz Atendimento somente individual javascript:void(0) javascript:void(0) O método Halliwick enfatiza o bem-estar do paciente por estar em um ambiente aquático, ao proporcionar alegria e prazer na prática das atividades, recebendo o status de “nadador”, buscando controlar o equilíbrio sem a ajuda de flutuadores e com maior independência na água, com o apoio mínimo e ajustado pelo fisioterapeuta. DICA O usode boias, flutuadores e macarrões deve ser o mais restrito possível, com o intuito de estimular maior independência e habilidades. Quando realizadas em grupo e por atividades lúdicas, são gerados estímulos cognitivos, facilitando a socialização e a comunicação. Embora desenvolva técnicas que atendam às demandas infantis, o método é indicado para todas as faixas etárias. Carvalho et al. (2009) verificaram que a abordagem terapêutica por meio do método Halliwick contribuiu para a melhora do equilíbrio e a redução do risco de queda em mulheres adultas e saudáveis. O Halliwick elabora o conceito de desvio ocular, demonstrando que: [1] A rotação da cervical começa com os olhos [2] Movendo após a cabeça [3] Continua com os ombros javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) [4] Prossegue para a coluna Por essa razão, se a intenção for manter o paciente estável, será necessário instrui-lo a não acompanhar o terapeuta com os olhos, mas a se manter olhando para frente. ATENÇÃO Os olhos também se correlacionam com o sistema vestibular. Por isso, se o fisioterapeuta estiver tratando um paciente que tenha movimentos excessivos por alguma lesão encefálica, por exemplo, deverá fixar os olhos do paciente em um objeto estável. Assim, há estabilidade da cabeça e será possível o controle da região cervical, que é fundamental para o posterior controle dos ombros, do braço e do antebraço. Com a progressão do método, são percebidas melhoras da respiração e do controle do equilíbrio, bem como uma maior confiança na água. Porém, para alcançar esses resultados, é importante iniciar o emprego do método Halliwick na proporção de um paciente para um terapeuta, de modo a introduzir a ambientação e a independência na piscina para posteriormente desenvolver atividades em grupo. APLICAÇÃO DA TÉCNICA HALLIWICK Na técnica Halliwick, pessoas sem vivência no ambiente aquático podem progredir até um ponto de independência dentro da água. Isso acontece de maneira gradativa, com base no domínio de controle de movimentos dentro desse ambiente, o que caracteriza o método como sempre progressivo. Essa técnica se divide em quatro estágios da aprendizagem motora: javascript:void(0) AJUSTE MENTAL Adaptação inicial do paciente quando não existe intimidade com o meio aquático, pois somos ajustados à gravidade. RESTAURAÇÃO DO EQUILÍBRIO Realização de movimentos de grandes amplitudes, principalmente, com os membros superiores, para manter o controle do equilíbrio em diferentes posturas e durante as rotações na água. INIBIÇÃO DE MOVIMENTOS Controle da postura com o corpo parado na água, ou seja, capacidade de conter movimentos indesejados. FACILITAÇÃO DE MOVIMENTOS Aqueles mentalmente desejados e fisicamente controlados, não necessariamente movimentos perfeitos, mas dentro da capacidade do paciente. Baseado nesses quatro estágios, o método Halliwick apresenta o programa de 10 pontos: ADAPTAÇÃO MENTAL Trata-se de adaptar o paciente às novas condições, tornando a imersão na piscina uma experiência agradável. Nesta etapa, o paciente pode começar a entrar com a cabeça na água, aprendendo a expirar quando submerso. Atividades de entrada da cabeça na água com expiração à esquerda, e realização da etapa por meio de atividades lúdicas e em grupo à direita. DESLIGAMENTO Consiste no avanço gradativo da independência do paciente dentro da piscina, caracterizado pelo distanciamento do fisioterapeuta. Os desligamentos são relativos ao contato físico, visual e até do próprio fisioterapeuta. O “nadador” se distancia do fisioterapeuta. CONTROLE DE ROTAÇÃO TRANSVERSAL É a mudança de postura no eixo transversal (prono para supino): o paciente em pé passa para a posição horizontal (deitado) e o paciente deitado passa para a posição vertical (em pé). Rotação transversal. Nos exercícios de rotação transversal, são feitas passagem de decúbito dorsal para vertical e vice-versa, estimulando o controle de tronco e membros inferiores durante o movimento. CONTROLE DE ROTAÇÃO SAGITAL O paciente realiza movimentos laterais sobre o eixo sagital, como quando alcança objetos ao lado do corpo. Passos laterais são exemplos de movimentos que exigem este controle. Movimentos laterais realizados para alcançar um objeto. CONTROLE DE ROTAÇÃO LONGITUDINAL É realizada a rotação ao redor do eixo longitudinal (sobre o eixo da coluna) de decúbito dorsal para decúbito ventral e vice-versa. O paciente gira sobre o eixo longitudinal. CONTROLE DE ROTAÇÃO COMBINADA É a combinação de movimentos com rotações. A tendência de rolar pode ser causada pela turbulência ou por assimetria corporal. Nesta etapa, o paciente precisa aprender a frear movimentos rotatórios indesejados e se manter em uma posição estável para respirar. Capacidade de se deslocar e rodar na água, com domínio do controle respiratório. EMPUXO Está diretamente relacionado à possibilidade de flutuar na água. Nesta etapa, já não existe o medo de afundar e o paciente deve estar em um nível avançado de controle da respiração. O empuxo pode ser percebido quando se pede ao paciente para pegar objetos no fundo da piscina. EQUILÍBRIO EM IMOBILIDADE Trata-se da habilidade de se manter em equilíbrio na superfície da água. Nesta etapa, é preciso haver controle físico e mental. A partir da turbulência, os “nadadores” podem ser treinados a fazer pequenos ajustes posturais. Quando o paciente alcança este domínio, outras atividades são realizadas com facilidade. Capacidade de permanecer imóvel na superfície da água sem auxílio de flutuadores. DESLIZE EM TURBULÊNCIA É o deslizamento do “nadador” baseado na pressão negativa gerada pelo fisioterapeuta com movimentos das mãos, como, por exemplo, os que causaram turbulência, fazendo com que o paciente se desloque sem realizar nenhum movimento de propulsão. Ele deve estar apto a controlar qualquer tendência de rolar. Deslizamento. PROGRESSÕES SIMPLES E MOVIMENTOS BÁSICOS DE NATAÇÃO É o primeiro momento em que a propulsão é executada pelo “nadador”. Isso pode ser feito por meio de movimentos simples dos membros superiores e inferiores. Trata-se da última etapa, que inclui movimentos de natação. Decúbito dorsal. A entrada na piscina é um momento que antecede a sessão fisioterápica pelo método Halliwick e faz a ligação entre a intervenção em meio aquático e o desempenho em solo, reforçando a relação entre ambos. Por isso, esse momento deve ser aproveitado para estimular a independência funcional da forma mais autônoma possível. RECOMENDAÇÃO DE PROTOCOLOS E PRÁTICAS Mesmo nas situações de maior comprometimento funcional, deve ser estimulada a participação do paciente, o que pode acontecer por meio de tarefas simples, como puxar o manípulo (parafuso) da cadeira de transferência ou inclinar o tronco para entrar na piscina. Quando a piscina não tem cadeira de transferência hidráulica e a pessoa tem alterações no nível da mobilidade, há necessidade de realizar transferência manual. Para isso, é possível utilizar as estratégias apresentadas pelo método Halliwick. Entrada na piscina via rotação transversal. VOCÊ SABIA Esse método está alicerçado no entendimento de que praticar atividades na água é prazeroso e que todas as pessoas, inclusive, as que apresentam algum nível de incapacidade, são aptas a nadar. A técnica preconiza que não se utilizem flutuadores, o que evita destacar aqueles que não apresentam controle no ambiente aquático, tornando todos iguais. O encorajamento existe, porém, sem pressão, dando ênfase às habilidades e não às deficiências. De acordo com Garcia et al. (2012), os praticantes podem ser divididos em grupos, conforme o nível de habilidades, da seguinte forma: NÍVEL VERMELHO Adaptação ao meio líquido e controle da respiração NÍVEL AMARELO Controle do equilíbrio e de rotações nos diversos eixos NÍVEL VERDE Deslocamento do “nadador” na água por meio de movimentos simples e com propulsão AS ATIVIDADES SÃOENSINADAS EM UMA ORDEM LÓGICA, SEGUINDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR. PARA JAMES MCMILLAN, CRIADOR DO MÉTODO, SOMOS TODOS NADADORES. BASTA OPORTUNIZAR A EXPERIÊNCIA E ENSINAR DE FORMA GRADATIVA, UTILIZANDO CONCEITOS DE PSICOMOTRICIDADE, BIOMECÂNICA E HIDRODINÂMICA. MÉTODO WATSU O Watsu é uma técnica que foi criada nos Estados Unidos, em 1980, por Harold Dull, em Harbin Hot Springs, na Califórnia. Originalmente, Dull focou no método como uma prática meditativa e estimulante, enfatizando a “conexão com o coração”. Ele ensinou o Zen Shiatsu que havia estudado com seu criador, Shizuto Masunaga, no Japão. Segundo esta filosofia, o alongamento desbloqueia e equilibra a energia que flui pelo corpo. Dull descobriu que a água morna era o meio ideal para isso e que segurar alguém para fazê- lo flutuar o leva a um nível de cura além do toque – disso resultou o Watsu. HARBIN HOT SPRINGS Retiro de fontes termais sem fins lucrativos. ZEN SHIATSU Assemelha-se ao Shiatsu, porém, com toques mais sutis, utilizando mais as palmas das mãos do que os polegares. A técnica está associada a alongamentos dos músculos. SAIBA MAIS Watsu é uma combinação da palavra inglesa water (água) com a palavra Shiatsu (terapia oriental para equilíbrio físico e energético corpo). É considerada uma das três principais técnicas de reabilitação aquática, ao lado do Método dos Anéis de Bad Ragaz e do método Halliwick. A principal diferença é que o Watsu busca um profundo relaxamento, conectando-se com a própria respiração, estabelecendo um ritmo para os movimentos e promovendo a interação do corpo com a mente. A TÉCNICA NÃO FOI CRIADA PARA TRATAMENTO DE NENHUMA PATOLOGIA ESPECÍFICA, MAS OBJETIVA A MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA, ALIANDO MENTE E CORPO. javascript:void(0) javascript:void(0) Os movimentos emersos são combinados com massagens e pressões em pontos de acupressão com fundamentação no Zen Shiatsu, com base em paradigmas de meridianos corporais, para equilibrar energias do corpo. MERIDIANOS CORPORAIS Canais por onde vários tipos de energia percorrem o corpo, segundo a Medicina chinesa tradicional. O Watsu remete a uma técnica de interação do corpo com a mente, cuja essência deriva da filosofia oriental. Seus movimentos rítmicos em espirais e rotacionais, completamente passivos, oferecem a sensação de leveza e paz ao paciente, desbloqueando canais de energia e conduzindo a um nível profundo de relaxamento. O paciente flutua com a ajuda do fisioterapeuta, utilizando movimentos rítmicos e harmoniosos que favorecem a respiração. Os músculos são massageados em pontos de maior tensão. As articulações são mobilizadas e os músculos alongados, enquanto o corpo é movimentado passivamente na piscina. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Os benefícios alcançados são: MOBILIDADE ARTICULAR RELAXAMENTO MUSCULAR javascript:void(0) RESPIRAÇÃO MAIS PROFUNDA E COMPLETA AUMENTO DA FLEXIBILIDADE REDUÇÃO DA DOR SENSAÇÃO DE BEM-ESTAR Com relação aos efeitos fisiológicos, há resposta do sistema nervoso vegetativo, o que aumenta o nível de endorfina a curto e a médio prazo, melhorando a resposta emocional e a percepção da dor. Mota et al. (2007) realizaram a análise da variabilidade da frequência cardíaca antes e após a intervenção com a técnica Watsu e concluíram que o método se mostrou eficiente no equilíbrio dos níveis do sistema nervoso simpático e parassimpático – um fator importante na redução do nível de estresse. VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA Medida indireta da modulação simpática e parassimpática. RELEMBRANDO javascript:void(0) Segundo Dull, os benefícios permitem transportar o paciente a um estado de relaxamento, alívio da dor e bem-estar, liberando o corpo e a mente de tensões, o que favorece a criatividade. Devido a suas características e a seus benefícios, o Watsu é indicado para a maioria das pessoas, embora existam condições individuais para as quais o método é especialmente recomendado. São elas: Pessoas com movimentos fisiológicos limitados, com alterações físicas ou psicológicas – tanto adultos quanto crianças Doenças osteomusculares crônicas – como a fibromialgia e a artrite reumatoide Gestantes Lesões do Sistema Nervoso Central ou Periférico Insônia Depressão e estresse Para o bem-estar geral Oliveira et al. (2019) aplicaram técnicas de Watsu em um idoso com lombalgia, distribuídas em oito sessões, durante um mês, obtendo respostas altamente satisfatórias no âmbito dos níveis de dor e de qualidade de vida. Com relação às contraindicações, podemos apontar pacientes em fase pós-cirúrgica recente, com comprometimentos do sistema vestibular e labirintopatias, insuficiência cardíaca descompensada e distúrbios psiquiátricos agudos. RECOMENDAÇÃO As condições ambientais para o tratamento devem ser preferencialmente em um espaço sem ruídos, com iluminação suave e temperatura da água entre 33°C a 35°C. O método é aplicado na superfície da água, com auxílio do fisioterapeuta, que avalia a expiração e a inspiração do paciente. De acordo com o biotipo e a capacidade de flutuação do participante, podem ser usados flutuadores na região distal da coxa ou na parte superior aos tornozelos. Flutuadores utilizados no método Watsu. TÉCNICAS APLICADAS PELO MÉTODO WATSU Padrões de movimento, como balanços suaves, alongamento, mobilizações mais dinâmicas e até mesmo a quietude são sempre focados nas tensões e necessidades do receptor. A sessão pode durar alguns minutos ou até uma hora. Durante uma sessão, o fisioterapeuta monitora constantemente o estado de relaxamento, atento às mudanças sutis na tensão muscular e na respiração. A sessão inicia com o paciente sentado ou agachado na beira da piscina, encostado na parede ou nos degraus. O fisioterapeuta fica de frente para o receptor, orientando e coordenando a respiração. Em seguida, conduz suavemente para uma posição de flutuação em decúbito dorsal, chamada de “primeira posição”. FLUTUAÇÃO EM DECÚBITO DORSAL Nessa posição, o paciente flutua em decúbito dorsal, enquanto o fisioterapeuta sustenta sua cabeça no braço e mantém a tração suave da coluna desde a base do crânio (occipital) até a região sacral. São realizados movimentos suaves que usam um arrasto turbulento para produzir tração e alongar os membros e o tronco. Após a “primeira posição”, podemos destacar os movimentos básicos do Watsu, que incluem: DANÇA DA RESPIRAÇÃO NA ÁGUA Quietude e movimentos suaves coordenados com mudanças para cima e para baixo na flutuabilidade, enquanto o paciente respira. OFERECER LENTAMENTE Deslocamento suave alternadamente de um lado para o outro, mantendo o suporte pelo fisioterapeuta na cabeça pela base do crânio (occipital) e na base da coluna (região javascript:void(0) sacral), para produzir tração da coluna. OFERECER UMA PERNA O paciente flutua totalmente relaxado, com a cabeça suportada pelo fisioterapeuta. A perna mais próxima é tracionada pelo joelho em flexão, enquanto é feito o deslocamento de um lado para o outro, gerando alongamento de membros inferiores e músculos da coluna vertebral. OFERECER DUAS PERNAS O paciente fica com a cabeça apoiada pelo braço do fisioterapeuta e as duas pernas conduzidas em flexão de quadril e joelho em direção ao tronco, mantendo o deslocamento suave de um lado para o outro. ACORDEÃO Tracionam-se os dois joelhos para perto e para longe do peito em coordenação com a respiração, enquanto se mantém a tração do pescoço. ACORDEÃO EM ROTAÇÃO Adiciona-se um balanço de um lado para o outro à ação do acordeão, enquanto se movimentam ambos os joelhos em direção ao peito (neste momento, os joelhos são flexionados) e para longe do peito (quando se realiza uma gradual extensão dos joelhos), mantendo o apoio do occipital e permitindo que a cabeça gire mais livremente. LIBERANDO A COLUNA Oscilações suaves e ritmadas da coluna de um lado para o outro. QUIETUDE O paciente flutua totalmenterelaxado e suportado pelo fisioterapeuta. Momento de quietude. ROTAÇÃO DA PERNA PRÓXIMA A cabeça do paciente fica apoiada em um braço do fisioterapeuta. O outro braço traciona o joelho da perna próxima em flexão, na direção do peito e retorna com ligeira extensão, afastando-se do peito. Neste momento, são realizados movimentos suaves e rítmicos de deslizamento de um lado para o outro. ROTAÇÃO DA PERNA DISTANTE Abrir e fechar a perna mais distante do fisioterapeuta em direção e para longe do tórax, a fim de produzir mobilização da coluna vertebral, rotação da articulação do quadril e dissociação da cintura pélvica. Outras posições e técnicas foram desenvolvidas para produzir determinados efeitos e para tratar partes específicas do corpo. Por exemplo: “TRAÇÃO DE CABEÇA” Permite tração e mobilização suaves do pescoço. “POSIÇÃO DE ALGA MARINHA” Permite a mobilização e a rotação da coluna e dos quadris. “SELA COMPLETA” Permite alongamento e massagem nas laterais do corpo e nos membros. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) A água aquecida, a flutuação, as respirações profundas e o relaxamento muscular associado aos efeitos psicológicos permitem que o método Watsu gere os seguintes benefícios: Relaxamento muscular com redução de pontos de tensão Aumento da amplitude de movimento Redução da dor Conscientização corporal Diminuição do estresse e da ansiedade Melhora da postura – pela redução da dor, pelo alongamento e pela conscientização corporal Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Veja alguns exemplos de técnicas básicas utilizadas durante uma sessão de Watsu: 1. O método pode ter sua abertura na parede ou nos degraus da piscina, preparando o paciente para a entrada na água. Preparação para a entrada na água. 2. Logo depois, é dado o comando para o paciente se afastar aos poucos da parede ou da escada, percebendo as ações físicas da água sobre o corpo. Afastamento das bordas da piscina. 3. Neste momento, o paciente se entrega à água, trabalhando a respiração enquanto flutua com o auxílio do fisioterapeuta. A mão esquerda é posicionada na altura do sacro, evitando posicionamento de hiperlordose. Flutuação na água à esquerda e movimento de torção associado à expiração à direita. MÉTODOS TRADICIONAIS UTILIZADOS NA FISIOTERAPIA AQUÁTICA. VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 2 Reconhecer os métodos aquáticos desenvolvidos atualmente e as terapias aquáticas complementares para promoção, prevenção e reabilitação da saúde TÉCNICAS DE TERAPIA AQUÁTICA Na atualidade, no Brasil e no mundo, verificamos um crescente desenvolvimento da fisioterapia nos mais diversos níveis e em vários contextos. A hidrocinesioterapia não é uma exceção, pois tem evoluído com respaldo científico, comprovando sua eficácia e ampliando cada vez mais os métodos de tratamento e prevenção no ambiente aquático. SEJA NA TERAPIA AQUÁTICA OU EM SOLO, O INDIVÍDUO ASSUME UM PAPEL ATIVO EM SEU PROCESSO DE REABILITAÇÃO, PARTICIPANDO NA DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS E REALIZANDO AS ATIVIDADES DE FORMA VOLUNTÁRIA E CONSCIENTE. OS MÉTODOS QUE SERÃO APRESENTADOS ESTÃO TOTALMENTE INTEGRADOS A ESTE NOVO PARADIGMA DE COAUTORIA DO PACIENTE COM O FISIOTERAPEUTA, POIS O PRIMEIRO ASSUME RESPONSABILIDADES E AUTOCUIDADOS COM SEU CORPO E SUA MENTE. VOCÊ SABIA Existem diversas formas de tratamento e prevenção, conhecidas “terapias alternativas”. No Brasil, o Ministério da Saúde prefere empregar o termo “terapias complementares”, porque estas devem funcionar em conjunto com a medicina tradicional, de forma integrativa e não substitutiva (BRASIL, 2006). As práticas integrativas funcionam como um complemento ao tratamento medicamentoso e à fisioterapia tradicional, trazendo à consciência do indivíduo a importância do autocuidado, de se conhecer e de promover seu próprio bem-estar. Trata- se de uma abordagem que coloca a saúde como ponto central, tirando o enfoque da dor e do desconforto e enfatizando o funcionamento do organismo. O Tai Chi é um exemplo de terapia complementar com o corpo. MÉTODO AI CHI O método Ai Chi é uma prática de relaxamento que associa respiração profunda e movimentos amplos, lentos e contínuos de membros superiores, inferiores e do tronco. A partir desta harmonia da respiração com os movimentos, o praticante desenvolve consciência de seu corpo no meio aquático. Originalmente baseado no Tai Chi Chuan e no Qi Gong, este método foi criado por Jun Konno, no Japão, em 1996. É realizado por movimentos suaves e circulares executados com um foco profundamente dirigido para o interior, em sequências contínuas, feitos com naturalidade e lentidão crescentes, desafiando o equilíbrio. TAI CHI CHUAN javascript:void(0) javascript:void(0) Arte marcial chinesa que se tem mostrado eficaz na manutenção da saúde, incorporando movimentos lentos e relaxantes ao integrar respiração, mente e corpo. QI GONG Sistema milenar de postura que combina respiração, meditação e movimento, utilizado para fins de saúde, espiritualidade e treinamento das artes marciais. O Ai Chi atua sobre os meridianos. Exercícios de Qi Gong, por exemplo, trabalham, por meio de coreografias, os meridianos específicos de tendões e músculos, com o objetivo de aumentar a flexibilidade e regenerar lesões osteomioarticulares. O Ai Chi também pode ser empregado como uma técnica de relaxamento ativo preparatória para posterior relaxamento passivo. Como toda técnica aquática, utiliza os benefícios gerados pelas propriedades físicas da água, tais como: EMPUXO Reduz a sobrecarga articular, facilitando a manutenção das posturas. VISCOSIDADES Importantes para a prática segura dos movimentos, pois diminuem o receio da queda. javascript:void(0) javascript:void(0) PRESSÃO HIDROSTÁTICA E TURBULÊNCIA A primeira auxilia no retorno venoso e linfático, gerando resistência aos movimentos juntamente com a turbulência. Este método tem sido clinicamente comprovado como auxiliar no tratamento da fadiga e do equilíbrio, na redução da rigidez e da dor. Por exemplo, o estudo realizado por Cunha et al. (2010) sobre desempenho funcional e qualidade de vida em idosos, com a aplicação de técnicas do Ai Chi, demonstrou uma melhora do equilíbrio nos indivíduos avaliados e o benefício da socialização e da motivação pela realização dos exercícios em grupo. VOCÊ SABIA A palavra Ai em japonês significa “amor” e Chi significa “energia”. Trata-se de uma combinação de respiração profunda e movimentos lentos realizados em pé na profundidade do peito, com temperatura entre 30°C e 33°C. Entre os princípios do Ai Chi, destacamos: YUAN Movimentos circulares em busca da harmonia interna e externa. SUNG Relaxamento interno e externo, promovendo a circulação sanguínea. CHING Deixar o corpo sem tensão e sem rigidez. javascript:void(0) YUN Movimentos em velocidades determinadas, controlados pela mente. CHENG Manutenção do equilíbrio e da postura. SHU Movimentos relaxados e confortáveis. TSING Concentração que dirige o pensamento para a mente. A PROGRESSÃO DOS MOVIMENTOS É FEITA POR TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO SIMPLES. PASSANDO POR MOVIMENTOS LENTOS E AMPLOS DOS MEMBROS SUPERIORES. ASSOCIANDO MOVIMENTOS DO TRONCO E DOS MEMBROS INFERIORES. E POR FIM, MOVIMENTOS QUE ENVOLVAM TODO O CORPO. Ai Chi consiste em movimentos ou katas, realizados durante a respiração com aproximadamente 14 a 16 incursões por minuto (IRPM). Os primeiros seis movimentos do braço são baseados no Qi Gong, com manutenção de postura corporal estável e simétrica. Os movimentos subsequentes são baseados no Tai Chi Chuan, com deslocamento contínuo do centro de gravidade. A progressão dos movimentos passa por dificuldades crescentes, do estático e simétrico ao dinâmico, rotatório e assimétrico. KATAS Conjunto de movimentos de ataque e defesa presentes em diversas artes marciais japonesas. TÉCNICAS DE MOVIMENTOS UTILIZADAS PELO AI CHI PARA INICIANTES javascript:void(0)Os movimentos do Ai Chi são realizados em pé, com a água na altura do peito. Veja algumas técnicas utilizadas pelo método: Técnicas empregadas pelo método Movimentos realizados na execução das técnicas Contemplando Pronação e expiração Supinação e inspiração Flutuando Extensão de ombros com expiração Flexão de ombros com inspiração Elevando Abdução de ombros com inspiração Adução de ombros com expiração Fechando Adução horizontal com expiração Abdução horizontal com inspiração Cruzando Cruzamento dos braços à frente do corpo com expiração Abdução com os cotovelos voltados medialmente com inspiração Acalmando Abdução e adução horizontal unilateral Agrupando Abdução e adução horizontal unilateral posterior Livrando Abdução e adução horizontal unilateral a posterior Transferindo Abdução e adução horizontal unilateral com transferência do peso do corpo Aceitando Abdução e adução horizontal dos ombros com transferência do peso do corpo Aceitando com graça Abdução e adução horizontal dos ombros com elevação da perna Circundando Flexão do quadril da perna de trás com abdução e adução horizontal dos ombros Balançando Flexão do quadril com os ombros em extensão Extensão do quadril com ombros em flexão Fluindo Com passos laterais, adução cruzando os braços na frente do corpo com as pernas afastadas Abdução com os cotovelos flexionados e para dentro e as pernas cruzadas Refletindo Meia volta para a direita e para a esquerda com movimentos de pronação e supinação com os cotovelos flexionados Suspendendo Meia volta com suspensão Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Movimentos da técnica Ai Chi. Com o domínio da técnica, percebemos movimentos estéticos, amplos e controlados que desenvolvem consciência corporal, permitindo: O RELAXAMENTO O ALONGAMENTO O AUMENTO DO SENSO CENESTÉSICO O CONTROLE E MAIOR FLUIDEZ RESPIRATÓRIA A INTEGRAÇÃO ENTRE O CORPO E A MENTE PILATES E BASES CINESIOLÓGICAS DO MOVIMENTO NA ÁGUA PARA COMEÇARMOS A ESTUDAR WATER PILATES, PRECISAMOS DISCUTIR UM POUCO SOBRE O MÉTODO PILATES, QUE É A FONTE INSPIRADORA DESTA MODALIDADE DE EXERCÍCIOS ADAPTADOS PARA O AMBIENTE AQUÁTICO. Existem muitos recursos terapêuticos indicados para reeducação postural, flexibilidade e condicionamento. Entre eles, destacamos o método Pilates, que vem crescendo há décadas em todo o mundo, tanto na reabilitação quanto na prática de atividade física. O método foi desenvolvido pelo alemão Joseph Hubertus Pilates, na década de 1920, sendo atualmente reconhecido como uma técnica que pode ser utilizada de forma eficaz, tanto para tratamento, quanto para prevenção de lesões. Normalmente, o estúdio de Pilates é o local em que os exercícios são praticados no chão e em grandes e pequenos aparelhos. Um dos mais conhecidos é o Reformer. Neste aparelho, é possível realizar uma extensa lista de exercícios com diferentes níveis de dificuldades (BIANCHI et al., 2016). Exercício realizado no Reformer. O método Pilates prioriza o equilíbrio dos movimentos, para que nenhum grupo muscular fique sobrecarregado e o corpo execute, de forma mais eficiente, desde as atividades diárias até as práticas desportivas. ATENÇÃO É necessário termos consciência do próprio corpo durante os movimentos e de como nos movemos no espaço. Esses movimentos devem ser fluidos e harmônicos; a consciência da respiração e dos músculos centrais e profundos de nosso corpo precisa ser sempre estimulada. As técnicas do Pilates buscam a aplicação de seis princípios básicos: CONTROLE Os exercícios devem fluir com o ritmo da respiração. EQUILÍBRIO CENTRAL Também chamado de centralização, ativação do core ou powerhouse. POWERHOUSE Também conhecida como “casa de força”, é a denominação dada por Joseph Pilates aos músculos responsáveis pela estabilização estática e dinâmica do corpo que, quando ativados corretamente, têm a função de estabilizar a coluna. São os músculos da parede anterolateral do abdome (reto, oblíquos externo e interno, transverso), eretor da espinha e multífidos, glúteos máximo e médio, além da musculatura do assoalho pélvico. CONCENTRAÇÃO Devemos estar presentes na atividade e não distraídos. javascript:void(0) PRECISÃO Os movimentos são finalizados e já damos continuidade ao próximo movimento, gerando menor desgaste durante os exercícios. RESPIRAÇÃO Inspiração pelo nariz, direcionando o ar para o centro do tronco e expiração pela boca, facilitando a ativação do centro do corpo. FLUXO DO MOVIMENTO Mínimo de movimentos e sua aplicabilidade no dia a dia. Para a execução do método, é preciso trabalhar corpo e mente, o que requer estabilização do core, flexibilidade, força e controle muscular, postura e respiração. O Pilates é composto por exercícios que abrangem contrações concêntricas, excêntricas e, principalmente, movimentos estabilizadores, realizados por meio de contrações isométricas, com ênfase no core ou powerhouse. O método pode ser trabalhado em solo, basicamente nos estúdios com equipamentos específicos, ou em água, por meio do Aquapilates ou Water Pilates. WATER PILATES O método Pilates foi introduzido de forma criativa no ambiente aquático em 1996, na Califórnia, pela profissional da Educação Física Carol Argo. Esta vertente se apresenta em três modalidades: MOVIMENTOS E POSTURAS TRADICIONAIS DO PILATES NA ÁGUA MOVIMENTOS TRADICIONAIS ACRESCIDOS DE ACESSÓRIOS MOVIMENTOS PARA CONDICIONAMENTO FÍSICO RECOMENDAÇÃO O método pode ser desenvolvido individual ou coletivamente, mas, no contexto fisioterapêutico de reabilitação é indicado um atendimento individualizado, direcionado à demanda clínica do paciente. Se realizado em grupo, deve haver afinidade terapêutica para a conduta escolhida. O Water Pilates propõe trabalho de força por meio de movimentos controlados a partir da centralização – afinal, é do centro que se originam todos os movimentos corporais – e por exercícios que devem vencer a resistência da água e a turbulência, associados aos diversos efeitos terapêuticos proporcionados pela água, que otimizam os resultados do tratamento. SAIBA MAIS A redução da ação da gravidade, com consequente diminuição da sobrecarga articular, já se mostra um efeito extremamente benéfico para a execução de trabalhos de resistência. Há, ainda, a água aquecida entre 30 °C e 33 °C, que auxilia na vascularização tecidual, associada à pressão hidrostática, que gera consequente redução de tensões e dores musculares. Um elemento chave na prática de Pilates, no solo ou na água, é a respiração, que deve ser realizada inspirando profundamente pelo nariz e direcionando o ar para as costelas, no centro do corpo, mantendo a parede abdominal e a coluna estabilizada. A expiração é exalada pela boca, com os lábios franzidos, utilizando a contração da musculatura abdominal. A POSIÇÃO DO CORPO NO MÉTODO PILATES NA MODALIDADE AQUÁTICA É DIFERENTE EM RELAÇÃO AO PILATES REALIZADO NO SOLO, PORÉM, O MOVIMENTO E OS MÚSCULOS ATIVADOS SÃO SIMILARES. Veja um exemplo de sequência de exercícios de Water Pilates: AQUECIMENTO E RELAXAMENTO O aquecimento deve ser feito para iniciar a sessão e o relaxamento para terminar, com duração aproximada de cinco minutos cada. Caminhar na água, enquanto se concentra na respiração do Pilates, é um ótimo exercício de aquecimento ou relaxamento para o Water Pilates. DESLIZANDO O MACARRÃO PARA TRÁS Este é um exercício muito eficaz para músculos dos membros inferiores. Deslizar o macarrão pelo chão com as pernas retas (joelho estendido) aumenta a força, o equilíbrio e a flexibilidade. POSIÇÃO INICIAL: Em pé na piscina com uma perna estendida para trás, com o pé sobre o macarrão. O pé da frente deve ser mantido na direção do quadril, com as costas retas e as mãos ao lado do corpo. AÇÃO: Puxar o macarrão no chão da piscina, deslizando para frente, ao encontro da outra perna (a perna da frente) e retornando à posiçãoinicial (extensão do quadril). IMPORTANTE: O tronco acompanha o deslocamento da perna. Inspirar ao deslizar a perna para trás e expirar ao puxar a perna para frente. Podem ser feitas de 10 a 15 repetições para cada perna. DESLOCAMENTO FRONTAL COM AS PERNAS ESTENDIDAS POSIÇÃO INICIAL: Em pé com as pernas estendidas e paralelas – uma perna com os pés sobre o macarrão e os braços abduzidos, com a palma da mão voltada para frente. AÇÃO: Manter as pernas esticadas, deslizando o pé na piscina que está sobre o macarrão, fazer adução horizontal do ombro, inclinando o tronco para frente, deslocando o peso do corpo para frente também (acompanhando o movimento). Retorne puxando a perna para trás, deslizando o macarrão no chão da piscina e fazendo uma abdução horizontal do ombro. Para cada perna, recomendam-se de 10 a 15 repetições. IMPORTANTE: Inspirar ao deslizar para frente e expirar ao puxar a perna para trás. MOVIMENTO DE BICICLETA Segurando as pontas de um macarrão, inclinar para trás até flutuar com o peso do corpo apoiado nele. Os ombros devem estar bem posicionados, afastados das orelhas, com a musculatura abdominal contraída e as pernas esticadas. Puxar uma perna em direção à barriga expirando, inspirar ao trocar de perna e expirar ao estender totalmente a perna anteriormente dobrada. Este deve ser um movimento lento e controlado. Uma repetição é completada quando cada perna foi estendida uma vez. Cabem 10 a 15 repetições para cada perna. PRANCHA NA PISCINA Posição inicial: segurando halteres ou macarrão com as duas mãos, em decúbito ventral (barriga para baixo), com os braços estendidos para frente e as pernas estendidas para trás. Posição final: os braços vão de encontro aos joelhos, enquanto, ao mesmo tempo, flexionam-se quadril e joelho, que irá de encontro às mãos. Depois, retorna-se à posição inicial. As pernas devem ser mantidas na largura do quadril e o rosto, fora da água. Podem ser feitas de 10 a 15 repetições. A fim de auxiliar o trabalho de força e resistência, podemos: Utilizar o corrimão da piscina para fixar molas (típicas do método Pilates) e elásticos. Realizar exercícios sobre plataformas, facilitando posicionamentos e posturas. Usar um círculo mágico (também muito utilizado no Pilates). Usar halteres, caneleiras aquáticas, macarrão, luvas de neoprene e todos os demais materiais que possam ser adaptados ao método Pilates na água. RELEMBRANDO Os exercícios ainda podem ser praticados em deep water (águas profundas). O método é recomendado para pessoas que apresentem ou não patologias e está intimamente relacionado à qualidade de vida e ao bem-estar pelos benefícios hormonais, cardiovasculares, de flexibilidade, coordenação e concentração trazidos pela atividade física associada às filosofias do Método Pilates e aos benefícios das propriedades físicas da água. É recomendado para quem apresenta necessidade de fortalecimento corporal e, principalmente, do core, gestantes, idosos e indivíduos que precisam realizar uma atividade física de baixo impacto. Os exercícios são realizados de forma controlada, com respiração consciente e estabilização de tronco feita pelos próprios músculos do tronco e da região glútea, em resposta às instabilidades geradas pelo ambiente aquático. Isso torna o Water Pilates um método extremamente eficaz nos trabalhos de conscientização corporal, que objetivam correções posturais e alinhamentos necessários para um bom funcionamento biomecânico de nosso corpo, minimizando as sobrecargas geradas pelas atividades diárias. COM A PRÁTICA DO MÉTODO, ESPERA-SE QUE SEJA LEVADO PARA A VIDA O APRENDIZADO ADQUIRIDO NA PISCINA, COM DOMÍNIO DO TRONCO, CONTROLE DA RESPIRAÇÃO COM MOVIMENTOS MAIS HARMÔNICOS E EQUILIBRADOS, REDUZINDO TENSÕES E DESGASTES POSTURAIS DESNECESSÁRIOS. TÉCNICA JAHARA Esta é uma técnica de integração corporal realizada em água aquecida, que emprega práticas desenvolvidas pelo brasileiro Mário Jahara, as quais combinam: CONSCIÊNCIA CORPORAL MECÂNICA DO CORPO SAUDÁVEL PODER SUAVE DA ÁGUA O desenvolvimento do método iniciou em 1995, quando seu criador foi contratado como um especialista aquático para um resort no sul da Califórnia, dando origem ao Programa Jahara. O método surgiu a partir de várias técnicas que Jahara estudou e ensinou, entre as quais se destacam: o método Mézières, a técnica de Alexander e o Zen Shiatsu. MÉTODO MÉZIÈRES Método de avaliação e tratamento baseado na teoria das cadeias musculares, cujo nome foi inspirado em sua precursora Françoise Mézières, que apresentou, em 1947, uma visão inovadora sobre a conexão entre os músculos. TÉCNICA DE ALEXANDER Técnica de reeducação corporal, apresentada entre 1890 e 1900, que se baseia na autopercepção dos movimentos, com o objetivo de eliminar os reflexos posturais. Atualmente, a técnica é muito bem aceita e utilizada em diversos países do mundo, como Suíça, Alemanha, Israel, Argentina e Estados Unidos. É baseada na consciência corporal e busca um alinhamento saudável aliado aos benefícios proporcionados pela imersão. Consiste em microajustes do alinhamento estrutural do corpo. Esses ajustes são feitos em decúbito dorsal, flutuando na superfície da água com auxílio do fisioterapeuta ou javascript:void(0) javascript:void(0) terapeuta corporal, por meio de exercícios ativos e alinhamentos passivos, enquanto utilizam uma série de movimentos circulares lentos e contínuos. Com ouvidos submersos na água e olhos fechados, espera-se que o praticante: Entre em um mundo diferente, livre da ação da gravidade. Afastando as fronteiras entre o corpo e a água que o sustenta. Dissolvendo percepções fragmentadas entre o ambiente terrestre e o aquático. Alcançando uma consciência de seu corpo como um todo. Durante a técnica, a flutuação é auxiliada por um dispositivo flexível, denominado Third Arm. Combinada com trações suaves, a flutuação promove alongamento da coluna vertebral e trações. THIRD ARML Acessório de flutuação semelhante ao macarrão, de tamanho menor, posicionado na altura dos joelhos. ATENÇÃO Uma característica que diferencia a técnica Jahara de outras técnicas corporais é que a cabeça do participante é conduzida e direcionada em alongamento pelo terapeuta e nunca empurrando na direção dos pés, o que garante a constante expansão javascript:void(0) (alongamento) da coluna. Outro princípio peculiar do método é sua lentidão: cada centímetro do movimento é executado com precisão e clareza. Alguns dos principais benefícios propostos pela técnica Jahara são: Reduzir o estresse e a tensão. Diminuir a dor. Beneficiar órgãos internos – sistema musculoesquelético, sistema digestivo, respiratório, nervoso e circulatório. Melhorar a respiração. Diminuir a ansiedade. Promover relaxamento profundo, paz e alegria. Melhorar os padrões de sono. Reduzir a fadiga. Melhorar a resposta do sistema imunológico. Melhorar o equilíbrio e a coordenação. Criar uma sensação de bem-estar duradoura. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal O método propõe ainda que o trabalho corporal térmico aquático é uma forma eficaz de mobilizar o “Chi” por meio dos meridianos, uma vez que a água na temperatura corporal oferece um meio ideal para a liberação de energia. O método tem movimentos passivos e ativos: Durante a flutuação, na aplicação da técnica passiva, trabalha-se o equilíbrio corporal. Já nos exercícios ativos, busca-se desenvolver a consciência corporal e a coordenação motora. A prática de Jahara depende dos ciclos de cinco fases (ou cinco elementos) da Medicina chinesa, que se relacionam com os cinco conceitos: Suporte Elemento metal Adaptabilidade Elemento água Expansão Elemento madeira Sem esforço Elemento fogo Invisibilidade Elemento terra javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal EXPANSÃO Um dos objetivos principaisé a expansão da coluna vertebral, empregando alongamentos e massagens agregados a posições que podem expandir da região cervical até o cóccix. INVISIBILIDADE A invisibilidade diz respeito ao terapeuta, que está presente, prestando o apoio (suporte) necessário ao paciente e, ao mesmo tempo, não é visualizado por quem está sendo tratado, não identificando essa localização. Assim, deixa de ser um encontro do paciente com o terapeuta e passa a ser um encontro consigo mesmo. ADAPTABILIDADE O método foca nas necessidades individuais de conforto e apoio. O terapeuta torna-se a água enquanto permanece em um fluxo contínuo. Tornando-se a água, em vez de usá-la, cria invisibilidade. Os balanços fluidos com múltiplas transições geram a adaptabilidade. A PARTIR DESSES CINCO CONCEITOS, O TERAPEUTA SELECIONA AS TÉCNICAS A SEREM UTILIZADAS DURANTE A SESSÃO. SAIBA MAIS Existe, também, o Jahara baby: um trabalho de integração corporal realizado em água morna, que promove alinhamento corporal e relaxamento, permitindo cuidar, ainda, do pai ou da mãe que está com o bebê, o que possibilita à criança descobrir este contato com a água e desfrutar dele de forma agradável. A piscina deve estar com a água na temperatura corporal e a profundidade deve ser na altura do esterno, permitindo o deslocamento do responsável com o bebê na água de modo equilibrado. RESUMINDO O programa Jahara busca levar a consciência sobre a saúde e o bem-estar de pessoas de todas as idades, com ou sem deficiência, sendo indicado para todas as faixas etárias, desde idosos até bebês. As sessões podem ser individualizadas ou em grupo. WATER DANCE Abreviatura do alemão “WasserTanzen”, também chamado de WATA, este método foi criado, em 1987, pelo psicólogo Peter Schröter e pela psicoterapeuta Arjana Brunschwiler – ambos de origem suíça. É essencialmente uma técnica que tem como objetivo provocar um estado de profundo relaxamento, desenvolvendo-se abaixo do nível da água. Foi a primeira técnica de terapia aquática em submersão. O método associa as propriedades curativas da água aquecida com os efeitos calmantes da respiração em flutuação, feita de forma fluida, utilizando o clipe nasal, que evita a entrada da água pelo nariz durante os deslocamentos, quando a cabeça permanece submersa. Com o uso deste acessório, o nariz é bloqueado, permitindo a entrada gradativa na água. Clipe nasal. À medida que o tratamento progride, a respiração é naturalmente retida por períodos cada vez mais longos, respeitando o ritmo respiratório individual para as sequências dos movimentos subaquáticos e de superfície. Primeiro, o indivíduo que recebe a sessão é trazido à superfície da água. Depois, é embalado, alongado e massageado, o que acaba por agir em tensões psíquicas e bloqueios de origens emocionais e psicológicas. Naturalmente, os movimentos ficam mais fluidos na água, criando uma forma de dança subaquática. COMENTÁRIO Pode ocorrer um estado modificado de consciência com sensação de relaxamento profundo, resultando, com frequência, em sensações de prazer e alegria. O método foi criado a partir da associação de diversas influências, como movimentos do Aikido, a leveza e a agilidade do balé clássico, bem como a liberdade dos movimentos ondulatórios realizados pelos golfinhos. O receptor é segurado como se não o fosse desde a infância. Neste momento, ocorre uma conexão natural de coração para coração e, muitas vezes, velhas feridas ou traumas dos primeiros tempos podem ser curados de uma forma muito simples e amorosa. De acordo com a criadora do método, o efeito de vínculo e cura não acontece apenas para o receptor, mas também para o doador (terapeuta). Quem recebe a técnica costuma falar sobre a sensação de fusão com a água, descrevendo que esta e ele próprio se tornam um só com tudo o que os rodeia. É como se houvesse uma expansão do corpo físico, que se transforma em pura energia. VOCÊ SABIA O método tem uma correlação estreita com Harbin Hot Springs: um local de águas termais e centro de oficinas em Harbin Springs, norte da Califórnia, considerado o berço do método Watsu. O aprendizado das técnicas de Water Dance é dividido em: WATA FUNDAMENTAL CLASS WATA I (WATERDANCE I) WATA II (WATERDANCE II) WATA III (WATERDANCE III) Nele, sempre se explora o significado da respiração, praticando exercícios simples em terra, abordando o aspecto espiritual por diferentes técnicas de meditação e expandindo o repertório de técnicas utilizadas na água. Todo método praticado na água apresenta contraindicações e condições que requerem cuidado, tais como: CONFUSÃO OU DESORIENTAÇÃO APÓS A INGESTÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS SOB A INFLUÊNCIA DE NARCÓTICOS COMPROMETIMENTOS RESPIRATÓRIOS HIPERTENSÃO CONDIÇÃO MÉDICA QUE AFETA A COLUNA GESTANTES FORÇA LIMITADA, RESISTÊNCIA, EQUILÍBRIO OU AMPLITUDE DE MOVIMENTO Quanto aos benefícios potenciais para a saúde oriundos da prática de Water Dance, podemos destacar: Um profundo estado de relaxamento – que leva a uma liberação emocional e física. Os estados meditativos – que ocorrem quando a respiração é retida. O “reflexo de mergulho” – que diminui a frequência cardíaca, a pressão arterial e o metabolismo, contribuindo para a capacidade de permanecer mais tempo debaixo da água sem esforço aparente. A redução do peso corporal proporcionada pelo empuxo – que diminui a pressão nas articulações e nos músculos, criando a sensação de leveza. Os movimentos empregados pela técnica e a temperatura aquecida da água – que reduzem o tônus muscular e os hormônios relacionados ao estresse. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal HEALING DANCE Também chamada de “dança da cura”, esta técnica de terapia holística foi criada, em 1993, pelo bailarino e coreógrafo americano Alexander George, que integrou elementos do Watsu, do Water Dance e da dança com movimentos mais fortes e rítmicos. TERAPIA HOLÍSTICA javascript:void(0) javascript:void(0) Segundo o holismo, o corpo é um organismo interligado e não deve ser entendido de forma fragmentada. WATER DANCE Enquanto o Watsu e o Healing Dance se desenvolvem na superfície da água, o Water Dance desenvolve-se abaixo da superfície da água. 1990 George estudou o Watsu com seu fundador, Harold Dull, sendo influenciado por sua formação profissional em balé e pelo Trager Work. Assim, agregou a todo esse conhecimento a percepção de como o corpo e a água interagem no movimento. TRAGER WORK Desenvolvido pelo médico americano Milton Trager, este método se destina a melhorar a integração entre o corpo e a mente, com o objetivo de libertar padrões físicos e mentais arraigados, facilitando o relaxamento profundo, o aumento da mobilidade e a clareza mental. 1993 George estudou, ainda, Water Dance com Arjana Brunschwiler, trazendo uma nova amplitude e tridimensionalidade a seus movimentos experimentais. Disso resultou o Healing Dance, que trouxe o potencial terapêutico da graça e a leveza dos movimentos na água. A filosofia norteadora é entender o movimento como o “remédio” que ativa o processo de cura por meio da “dança recebida”. Os movimentos corporais se misturam com o próprio fluxo da água. Trata-se de técnicas amplas, de trações e deslocamentos corporais conduzidos literalmente como uma dança pelo terapeuta. Esses movimentos repercutem, de forma positiva, nos bloqueios físicos e emocionais a partir das sensações produzidas de liberdade e segurança. javascript:void(0) A técnica segue as tendências naturais do corpo: o participante se move na água em uma variedade de ondas, círculos e figuras de oito com as pernas livres, o que lhe permite experimentar as sensações geradas pela fluidez da água. O movimento é entendido como curativo e é cuidadosamente dosado e intercalado com momentos de quietude. O praticante experimenta uma dança passiva, direcionada pelo terapeuta. A grande variedade de técnicas reflete como aágua e o corpo se movem naturalmente juntos por meio de movimentos amplos e dinâmicos, associados a movimentos mais sutis e sensíveis. A essência do Healing Dance é: FLUXO LIBERDADE LEVEZA Embora visualmente a técnica pareça complexa, o ensino do método é gradativo, como, por exemplo, ensinar, inicialmente, o deslocamento lateral de peso, com o paciente sustentado pelo terapeuta na superfície da água em decúbito dorsal, deslocado de um lado para o outro no sentido craniocaudal. O aprendizado da técnica se divide em diversas etapas. São elas: INTRODUÇÃO AO HEALING DANCE HEALING DANCE I HEALING DANCE II HEALING DANCE UNDERWATER Nesta última, o praticante fica com a cabeça submersa na água por determinado tempo e realiza certos movimentos, podendo recorrer ao uso do clipe nasal – aquele utilizado pelos praticantes de nado sincronizado. Sem o uso do clipe, a água entraria no nariz e o praticante teria dificuldade em relaxar, fazendo apneia, o que geraria tensão nos músculos do pescoço, como o trapézio. SAIBA MAIS O método Healing Dance consiste em 10 treinamentos. Em sete deles, são ensinadas técnicas em que o praticante (paciente) permanece na superfície da água, enquanto as três etapas restantes são subaquáticas, apresentando uma variedade de submersões. Alguns dos benefícios listados pela técnica são: Diminuição da dor Superação da tensão armazenada ou do trauma Redução da ansiedade Promoção de relaxamento profundo Melhora dos padrões de sono Redução da dor e da fadiga Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal AQUADINAMIC É um método criado pelo fisioterapeuta brasileiro Marcelo Roque, que se envolveu com terapias aquáticas desde 1996, quando se formou e se especializou em piscina terapêutica. Ao longo de sua formação como fisioterapeuta aquático, Roque desenvolveu conhecimentos de biomecânica, Aikido, capoeira, Yoga, Shiatsu, dança, reeducação postural, Reiki e, ainda, diversas técnicas aquáticas, o que contribuiu para a criação do Aquadinamic. ESTE MÉTODO NÃO TEVE A PRETENSÃO DE SER UMA TÉCNICA TOTALMENTE INOVADORA, MAS SIM DE TRAZER UM ADEQUADO COMPLEMENTO ÀS DEMAIS TÉCNICAS. TRATA-SE DE UMA FERRAMENTA QUE PODE APRESENTAR VARIAÇÕES QUANDO O ATENDIMENTO É MONÓTONO. O método se preocupa com o trabalho corporal do próprio terapeuta, uma vez que é bidirecional, gerando resultado em ambos: cliente e terapeuta. ATENÇÃO O termo cliente é utilizado porque quem recebe a técnica é um agente participativo do processo terapêutico, que, por meio de seu feedback, auxilia no direcionamento da terapia, não se portando passivamente, o que poderia caracterizá-lo como paciente ou apenas agente recebedor do trabalho. É necessário que o terapeuta esteja totalmente presente e concentrado para que o método seja executado confortavelmente e da forma correta para ambos. Como terapia aquática passiva, o Aquadinamic incorpora meditação e liberação corporal, equilibrando o tônus muscular e desbloqueando regiões corporais com tendência a contrair-se de forma patológica ou disfuncional. A técnica busca alcançar resultados em pacientes que estejam em processo de reabilitação física e psíquica, indicada para clientes que não tenham objetivos terapêuticos, atuando nas esferas física, psíquica, mental e energética. Durante a sessão, é realizado um trabalho de alongamento passivo, mobilizando músculos e fáscias, repercutindo no sistema articular, auxiliando no ganho de amplitude, beneficiando quem necessita do tratamento e, ainda, quem não apresenta disfunção, mas desfruta de um momento de relaxamento e meditação. FÁSCIAS Modalidade de tecido conjuntivo que reveste os músculos, interligando-os. javascript:void(0) Entre as filosofias da prática do Aquadinamic estão: 1. Meditação O estado meditativo em que entramos quando este método é praticado pode ser comparado a diversos trabalhos de meditação, como a Yoga, o Tai Chi e a meditação dinâmica. 2. Ocidental X Oriental Existe uma diferença na visão ocidental e oriental no que se refere à cura. No Ocidente, pesquisamos a doença (física ou psíquica) e tratamos o doente. Já no Oriente, o caminho é pesquisar os grandes homens e sua plenitude física e mental. O que se busca alcançar é viver em plenitude, tratar o indivíduo e não a doença. Essa busca é o que leva a um bem-estar físico e mental, não permitindo a instalação da doença. RESUMINDO No Aquadinamic, não se trabalha com foco na doença e sim no que pode ser feito para melhorar, a fim de dar movimento e energia ao corpo, bem como de despertar o sistema imunológico. APLICAÇÃO DO MÉTODO AQUADINAMIC O setor para a realização da técnica pode ter uma iluminação normal, porém confortável. Quanto aos sons, a preferência é o silêncio, mas como muitas vezes isso não é possível, alguns terapeutas utilizam sons baixos para “camuflar” os barulhos externos. No contato com o cliente, deve haver uma preocupação constante com a posição da cabeça de quem está recebendo a técnica, para evitar manutenção prolongada da mesma posição, o que gera sobrecarga na musculatura da região cervical. Assim, devem-se alternar as empunhaduras periodicamente com leveza e agilidade, utilizando a região tenar e hipotênar para dar suporte às partes do corpo, evitando o toque com as pontas dos dedos. TENAR Região da palma da mão na qual se localizam os músculos que movimentam o primeiro dedo (polegar). HIPOTÊNAR Região da palma da mão na qual se localizam os músculos que movimentam o quinto dedo (dedo mínimo). O nível da água em relação ao rosto, quando o nariz fica muito próximo da água, pode gerar sensação de desconforto e insegurança, provocando tensão. No Aquadinamic, a submersão da face na água ocorre aos poucos: o cliente entra de lado com o rosto, permitindo a percepção suave da água na face, a fim de que o reflexo de mergulho seja gradativamente diminuído e a aceitação à submersão seja total. Outro aspecto importante é cuidar para que os ouvidos não saiam muito da água, pois estando submersos, ocorre uma sensação de aconchego e proteção. ATENÇÃO javascript:void(0) javascript:void(0) Os movimentos no Aquadinamic lembram posturas de Tai Chi e capoeira. Seus estados meditativos e conscientes da respiração são muito parecidos com os movimentos dessas artes. Os movimentos são iniciados nos membros inferiores do cliente. Irradiados para o tronco e para os braços, trabalhando sempre que possível com a força das pernas, que é maior que a força dos membros superiores. O AQUADINAMIC SUBSTITUI MOVIMENTOS LENTOS POR MOVIMENTOS MAIS RÁPIDOS E DINÂMICOS, COMO OCORRE NO WATSU, POR EXEMPLO. Ao final do atendimento, os praticantes relatam estar com a respiração mais ampla e agradável, assim como aumentada a percepção dos cinco sentidos. Os benefícios esperados pela técnica estão relacionados com os sistemas respiratório, articular e muscular, a redução da fadiga, o desenvolvimento da consciência corporal e o equilíbrio energético. DEMAIS MÉTODOS CONTEMPORÂNEOS E COMPLEMENTARES Quando mencionamos os métodos de reabilitação aquática, podemos incluir não somente as técnicas e os movimentos realizados na piscina terapêutica, como também as inovações tecnológicas que podem complementar os próprios métodos. Entre essas inovações estão: As luminárias submersas com controle remoto – que podem trabalhar a cromoterapia no atendimento. A possibilidade de regular o nível da profundidade da piscina. O sistema de desinfecção ultravioleta – que elimina a cloramina. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Podemos citar, ainda, equipamentos e acessórios que proporcionam a sensação de nadar sem sair do lugar, transformando a piscina em uma verdadeira “esteira aquática”, por meio, por exemplo, de uma bomba geradora de correnteza, que simula correntes naturais. Todas essas inovações tecnológicas agregam valor ao atendimento, facilitam e aperfeiçoama aplicação das técnicas. É possível acrescentar modalidades diversas empregadas, como: ESTIMULAÇÃO AQUÁTICA PARA BEBÊS AQUA MEDITATION (MEDITAÇÃO AQUÁTICA) AQUA YOGA (YOGA NA ÁGUA) AQUATIC INTEGRATION (INTEGRAÇÃO AQUÁTICA) CRANIOSACRAL THERAPY IN WATER (TERAPIA CRANIOSACRAL NA ÁGUA) ACQUACONTROL ACQUAFASCIATERAPIA COMENTÁRIO Essas modalidades surgem como forma de desdobramento e aprimoramento dos resultados e das eficácias dos métodos já existentes ou como técnicas autônomas, sempre visando a um atendimento mais eficaz. Todas essas técnicas, esses métodos e variantes estudados podem ser aplicados na fisioterapia aquática, considerada pela Resolução nº 443/2014 do COFFITO como a utilização da água nos diversos ambientes e contextos, em qualquer de seus estados físicos, para fins de atuação do fisioterapeuta nos seguintes âmbitos: COFFITO Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Autarquia federal criada em 1975, que estabelece normas e exerce o controle ético, científico e social das profissões de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. HIDROTERAPIA Uso do turbilhão, por exemplo. HIDROCINESIOTERAPIA Cinesioterapia na água. BALNEOTERAPIA Forma de tratamento de doenças por meio de banhos. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) CRENOTERAPIA Tratamento feito por meio de ingestão e banho de águas minerais. CROMOTERAPIA Utilização da luz em diferentes cores para o tratamento de doenças. TERMALISMO Tratamento com águas termais que apresentam minerais e gases. DUCHAS Quentes ou frias. COMPRESSAS Quentes ou frias. VAPORIZAÇÃO/INALAÇÃO Indicada para doenças que afetam o sistema respiratório. CRIOTERAPIA Uso do gelo em processos inflamatórios, por exemplo. TALASSOTERAPIA Uso da água do mar como uma forma de terapia. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) MÉTODOS DE TRATAMENTO AQUÁTICO E TÉCNICAS COMPLEMENTARES. VERIFICANDO O APRENDIZADO CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS AO APRESENTAR OS DIFERENTES MÉTODOS E AS TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA AQUÁTICA, PRETENDEMOS FORNECER O CONHECIMENTO TEÓRICO BASEADO EM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS. Os objetivos e alcances terapêuticos são diferentes para cada modalidade de intervenção. Como vimos, podemos ter uma melhor indicação do Método dos Anéis de Bad Ragaz (MABR) para adultos neurológicos, do Watsu para relaxamento e da técnica Jahara para trabalhar a consciência corporal e o relaxamento profundo. Percebemos, também, que integrar os conhecimentos milenares trazidos pela Medicina chinesa e todas as demais filosofias orientais pode ser uma excelente opção que agrega valor aos atendimentos tradicionais. A associação de técnicas que promovem relaxamento atua de forma positiva nas tensões musculares e é uma ótima aliada quando objetivamos alongamento e ganho de flexibilidade. Nesse contexto, é importante verificar a temperatura da água mais indicada para o método, a profundidade e as habilidades específicas de manuseio. A integração entre o paciente/receptor da técnica e o fisioterapeuta também é de fundamental importância. Afinal, para o êxito do tratamento, é necessária a entrega de ambos. Entretanto, os resultados positivos só serão alcançados se houver conhecimento, responsabilidade e cumplicidade. ESTE É O PROFISSIONAL QUE PRETENDEMOS FORMAR, OU SEJA, AQUELE QUE EXECUTA COM MAESTRIA SEU VALIOSO OFÍCIO: “O PODER DA CURA”. PODCAST Ouça agora a fala de um fisioterapeuta especialista em fisioterapia aquática, sobre os métodos de reabilitação aquática, convidado pela professora Adriana de Souza Marinho Teixeira. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS BIANCHI, M. D. et al. Estudo comparativo entre os métodos Pilates no solo e Water Pilates na qualidade de vida e dor de pacientes com lombalgia. v. 17, n. 4. In: Cinergis. Santa Cruz do Sul, 2016. BRASIL. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Resolução nº 443, de 3 de setembro de 2014. Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia Aquática e dá outras providências. Brasília, DF: COFFITO, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPIC- SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. CARVALHO, R. G. S. et al. Melhora do equilíbrio e da redução do risco de queda através do método Halliwick em um grupo de mulheres. v. 10, n. 6. In: Fisioterapia Brasil, 2009. CUNHA, M. C. B. et al. Ai Chi: efeitos do relaxamento aquático no desempenho funcional e qualidade de vida em idosos. v. 23, n. 3. In: Fisioterapia em Movimento. Curitiba, 2010. GARCIA, M. K. et al. Conceito Halliwick: inclusão e participação através das atividades aquáticas funcionais. v. 19, n. 3. In: Acta Fisiátrica, 2012. INTERNATIONAL HALLIWICK ASSOCIATION. Promoting the Halliwick Concept of swimming & rehabilitation in water. Denmark: IHA, 2020. MOTA, N. M. et al. Estudo da atividade nervosa autonômica por meio da análise da variabilidade da frequência cardíaca em sujeitos submetidos à terapia Watsu. v. 14, n. 26. In: Revista UniVap. Rio de Janeiro, 2007. OLIVEIRA, E. M. et al. Tópicos especiais em fisioterapia aquática. Recife: Centro de Estudo e Pesquisa Rogério Antunes, 2019. RUOTI, R. G.; MORRIS, D. M.; COLE, A. J. Reabilitação aquática. São Paulo: Manole, 2000. SACCHELLI, T.; ACCACIO, L. M. P.; RADL, A. L. M. Fisioterapia aquática. 1. ed. Barueri: Manole, 2007. EXPLORE+ Para saber mais sobre os métodos de fisioterapia aquática, pesquise e acesse os seguintes portais: International FNP Association International Halliwick Association FNP Watsu Aquatic Bodywork and Therapy Jahara Aquatic Technique – Water Therapy WATA – Waterdance Home Page do Healing Dance’s Official Website Aquadinamic – AcquaBrasil CONTEUDISTA Adriana de Souza Marinho Teixeira CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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