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CasaNoturnaPontaNegra-Costa-2016

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U
 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
MATEUS CÂNDIDO DE MELO COSTA 
 
OCTOPUS 
PROJETO DE UMA CASA NOTURNA EM PONTA NEGRA 
 
 
 
 
Trabalho Final de Graduação apresentado ao Curso de 
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte como requisito para obtenção do 
grau de Arquiteto e Urbanista. 
Orientadora: Prof. Dra. Bianca Carla Dantas de Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação da Publicação na Fonte. Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte / Biblioteca Setorial de Arquitetura. 
 
 
Costa, Mateus Cândido de Melo. 
 Octopus: projeto de uma casa noturna em ponta Negra / Mateus 
Cândido de Melo Costa. – Natal, RN, 2016. 
 93f. : il. 
 
 Orientadora: Bianca Carla Dantas de Araújo. 
 
 Monografia (Graduação) – Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte. Centro de Tecnologia. Departamento de Arquitetura. 
 
1. Projeto arquitetônico – Casa noturna – Ponta Negra/RN – 
Monografia. 2. Lazer – Monografia. 3. Conforto acústico – Monografia. 
I. Araújo, Bianca Carla Dantas de. II. Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte. III. Título. 
 
RN/UF/BSE15 CDU 72.012.1 
 
 
3 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
MATEUS CÂNDIDO DE MELO COSTA 
OCTOPUS 
PROJETO DE UMA CASA NOTURNA EM PONTA NEGRA 
 
 
Trabalho Final de Graduação apresentado ao Curso de 
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte como requisito para obtenção do 
grau de Arquiteto e Urbanista. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_______________________________________________________________ 
Bianca Carla Dantas De Araújo – Professora Orientadora – UFRN 
 
 
 
_______________________________________________________________ 
José Aureliano de Souza Filho – Professor – UFRN 
 
 
 
_______________________________________________________________ 
Debora Nogueira Pinto – Arquiteto Convidado 
 
 
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Aos meus pais, Flávio e Gilkissa.
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 Agradecimentos no início de um trabalho final de graduação. 
Sempre me perguntei qual a necessidade de escrever isso, mas agora, 
fazendo esse trabalho, eu acho que a ficha finalmente caiu e eu notei quão 
importante é essa página. 
Já é meio que obvio e clichê agradecer a família logo no começo dos 
agradecimentos, então não vejo nenhum motivo para eu não começar 
também assim, não tinha nem como ser diferente, afinal se existe um grupo 
de pessoas que sempre acreditou e depositou em mim, esse grupo é a minha 
família, principalmente minha família materna, provavelmente por eu ser o 
primeiro dos netos de minha avó Tereza, o sobrinho que foi experimento 
inicial de todas as tias. 
Meus pais, Flávio e Gilkissa, não podem passar em branco, 
obviamente, afinal, me sustentaram e acreditaram em mim desde o dia vinte 
e cinco de maio de mil novecentos e noventa e dois, dia em que nasci. Meu 
pai, que sempre foi o chato que ficava acompanhando minhas notas na 
escola, com brincadeirinhas sem graça quando eu me dava mal em uma 
prova de matemática, afinal, segundo ele, eu era “o mestre da matemática”. 
Mas enfim, essa é a função dele, não fez mais do que sua obrigação 
(desculpa, mas eu precisava falar isso). 
Já minha mãe, eu acho que não existem páginas suficientes para 
escrever tudo o que eu gostaria de escrever para ela. Ela que me perturba o 
tempo todo perguntando onde eu estou, fica entrando o tempo todo no meu 
quarto para perguntar se eu quero assim ou assado, mexe nas minhas coisas 
e muda tudo de lugar, ela que faz tudo isso só para me agradar e querer o 
meu bem. Enfim, mãe é mãe e não tem o que discutir, não existe amor maior 
nem igual. 
 
6 
 
Passado a família acho que o normal dos agradecimentos é falar dos 
amigos, afinal, dizem que nossos amigos na verdade é a família que a gente 
escolheu. Mas são tantos amigos, tantas coisas que precisam ser ditas, que 
acho que fica melhor encerrar meus agradecimentos falando deles do que 
jogar logo no começo. 
Se tem algo que é impossível, é não citar os professores que tive 
durante toda a minha graduação, sem eles eu jamais teria chegado aqui. 
Primeiramente gostaria de agradecer minha orientadora, Bianca, não só por 
aceitar me orientar, mas por ter lecionado uma das matérias que eu mais 
gostei durante essa jornada. Também tenho que agradecer ao professor 
Renato Medeiros, que deixou de ser meu professor e passou a ser meu 
amigo, de conversas no whatsapp e muitas farras. Por mim todos os 
professores que abriram minha mente e me mostraram o lado bom da 
arquitetura, principalmente Carla Varela e Luciana, melhores professoras 
de projeto, Aldomar, que me apresentou ao conforto com suas aulas 
diferentes, Ruth, que me fez gostar (um pouco) de urbanismo e Petrus que 
graças a Deus colocava a gente para calcular, saudades números. 
Outra coisa importante que eu preciso agradecer são as novelas 
mexicanas e globais, DVD de Cia do Calipso, Whitney Houston e filmes da 
Disney, sem tudo isso, minhas tardes de projeto com a minha turma não 
teriam sido as mesmas (sim, a gente projetava assistindo/ouvindo essas 
coisas). 
Por falar em turma, acho que já posso falar dos amigos, de todos 
que me acompanharam de alguma forma durante todos esses anos. Não 
posso deixar de falar dos meus melhores amigos, que nem do curso são, mas 
mesmo assim me entendem e me apoiam. Vini e Tutu Caca, sempre me 
fazendo rir e ouvindo meus desabafos, meus companheiros de guerra, as 
duas pessoas que eu mais falo besteira. Se eu estou aqui escrevendo isso 
 
7 
 
uma hora dessas (01:24 da manhã) é porque eu provavelmente perdi muito 
tempo falando com vocês hoje, mas que com certeza esse “tempo perdido” 
valeu muito a pena, pois deixou meu dia bem mais leve. Obrigado amigos <3 
Ao meu amigo João Victor que também faz esse curso de doido e 
entende toda essa confusão que é ser estudante de arquitetura. Obrigado 
Jão por todas as noites sem limites que a gente teve, obrigado pelas lições 
de moral que você já me deu, obrigado pelas nossas viagens nos últimos 
anos e desculpa se eu já te bati ou puxei sua barba, não era eu. 
A todos os meus amigos que me aturam e fazem as minhas noites 
mais animadas em especial Jaiara, talvez a pessoa mais louca que eu 
conheço, a pessoa que mais odeia esse trabalho e também a pessoa que mais 
me faz rir e também ao meu amigo Zé, sempre pesando positivo, sempre me 
motivando. 
Sebe, Andola, Tay, Lucas, Paloma, Ana, Mari, meninas do 10, Phil, 
Kim, Katrine, Aileen e principalmente Sheila e Juan, sem vocês meus 
dezesseis meses em Dublin teriam sido um lixo. 
Por falar em Dublin, esse período de intercambio me fez entrar em 
uma nova turma e fazer novas amizades, é impossível não agradecer as 
pessoas maravilhosas que essa turma me proporcionou conhecer, 
principalmente Rafaela, Aline Vecchi e Martin, sem vocês esses períodos 
não teriam sido tão legais e engraçados. 
E turma, se tem algo que eu realmente preciso agradecer é minha 
turma original, aos meus Boêmios. Sim, deixei para falar sobre as melhores 
pessoas do mundo no fim de tudo, afinal isso tem que ser fechado com chave 
de ouro. Esse grupo que, em sua maioria, entrou junto comigo nesse curso 
em 2010.2, essas pessoas que me fizeram chegar até aqui, como não falar 
individualmente de cada um? 
 
8 
 
Primeiramente aos que estão comigo nessa batalha, provavelmente 
acordados fazendo também esse trabalhofinal nesse exato momento. 
Luizão, Fili, Carolinda, Larry Potter e Dani fina, VAI DAR CERTO, GALERA! 
Obrigado a vocês por compartilhar dos desesperos ao longo desse semestre, 
por sempre falar o pouco que tinha feito só para consolar o outro e mostrar 
que estava tão atrasado quanto. Obrigado em especial a Luiza, praticamente 
minha dupla de TFG, pela companhia todas as tardes que, teoricamente, 
ficamos fazendo esse trabalho, mas, na real, ficávamos conversando 
besteira. 
Obrigado ao melhor imigrante (sim, o melhor), que foi 
praticamente meu co-orientador desse trabalho. Eu que, segundo boatos, 
cuidei de você na Irlanda e aqui em Natal e recebi todo esse cuidado de volta 
esse período, recebendo mensagens perguntando como estava meu 
trabalho, me mandando ir fazer e sempre oferecendo ajuda. Esse trabalho 
não seria nem metade, de fato, do que ele é se não fosse você, valeu de 
verdade. 
Babina linda que mesmo tão longe sempre se faz sempre tão 
presente. Minha primeira nova amiga dessa turma, minha companheira de 
comentários durante apresentação de trabalhos. A pessoa que pensa tão 
diferente e ao mesmo tempo tão igual a mim. Obrigado <3 
Erivania e Aless, melhores companheiras de viagem, as que sempre 
entendiam minhas loucuras, talvez por serem tão parecidas comigo. Duas 
irmãs que ganhei nesse curso, duas pessoas que sei que posso contar 
sempre que precisar. Obrigado <3 
Txos, a dona e proprietária da maior retaguarda desse grupo. Não 
me refiro ao seu glúteo avantajado, mas sim ao seu temperamento 
australiano que sempre surgia quando precisava defender um de nos. 
Obrigado por tudo, obrigado por ser tão presente, volta logo <3 
 
9 
 
A minha Lady Guiga, sempre com seu jeitinho extrovertido, seu 
jeito que anda entre o sexy, o bagunçado e o natural. Obrigado por toda a 
parceria desde o colégio e, principalmente por ter colado seu papel na régua 
paralela no primeiro período, tenho certeza que essa foi uma das maiores 
crises de riso que eu já tive. 
A rainha do Twitter Rhenyara, eu tenho 48937602% de certeza que 
esse curso não teria sido tão leve sem você. Sempre levando as coisas na 
brincadeira, mas ao mesmo tempo tendo seu lado sério, trazendo assuntos 
que eu nunca tinha parado para pensar. 
Valiosa e Hatsu, as mais caladinhas do grupo. Sempre mais 
discretas, mais tímidas, mas sempre presentes. Estavam sempre ali do lado 
quando alguém precisava de alguma ajuda. 
E por fim, Barrosa Carnivora. Acho que o número de fotos juntas 
que nós dois enviamos no nosso grupo durante já basta para mostrar o quão 
presente você esteve em minha vida esse ano. Sempre presente quando 
preciso, sempre pronta para me defender mesmo quando estive errado, 
sempre preparada para me ajudar no que quer que fosse. 
Enfim, eu acho que é isso. Pelo tanto que eu escrevi agora realmente 
posso afirmar que sei o motivo de ter esse tópico chamado 
“agradecimentos” no começo dos trabalhos, sem certas coisas nada disso 
seria do jeito que é. 
 
 
10 
 
RESUMO 
COSTA, Mateus Cândido de Melo. Octopus: Projeto de uma casa noturna em 
Ponta Negra. 2016. 93f. Monografia (Graduação) - Curso de Arquitetura e 
Urbanismo, Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, Natal, 2016. 
O presente trabalho, submetido como trabalho final de graduação, 
desenvolvido na área de projeto de arquitetura, tem como objetivo geral o 
desenvolvimento de um anteprojeto de arquitetura de uma casa noturna 
para a cidade de Natal, dando uma ênfase no conforto acústico dos usuários. 
Tal equipamento será locado no bairro de Ponta Negra, bairro esse que 
possui um grande fluxo turístico na cidade. Esse trabalho foi realizado a 
partir de um estudo teórico-conceitual sobre o tema além da utilização de 
diferentes estudos de referência diretos e indiretos. O resultado final foi o 
desenvolvimento da proposta do anteprojeto da “OCTOPUS: Uma casa 
noturna em Ponta Negra” sendo um equipamento de médio porte com 
diferentes ambientes. 
Palavras-Chave: Lazer; Casa Noturna; Conforto Acústico; Projeto de 
arquitetura 
ABSTRACT 
The current paper, submitted as final graduation work, developed in the 
area of architecture project, has as general objective, the development of an 
architectural design of a nightclub for the city of Natal, giving an emphasis 
on the acoustic comfort of the users. Such equipment will be placed in the 
neighbourhood of Ponta Negra, a neighbourhood that has a great tourist 
presence in the city. This work was carried out based on a theoretical-
conceptual study on the subject and also in the use of different direct and 
indirect reference studies. The final result of this work was the 
development of the design of "OCTOPUS: A nightclub in Ponta Negra", being 
a medium size equipment with different rooms. 
Keywords: Leisure; Nightclub; Acoustic Comfort; Architectural design
 
11 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Pepper’s Hall - Fachada Principal .............................................................. 28 
Figura 2 - Planta Baixa ....................................................................................................... 29 
Figura 3 – Camarotes, Pista de dança e Palco ........................................................... 30 
Figura 4 - Camarotes e cabine do DJ ............................................................................ 30 
Figura 5 - Casanova - Fachada Frontal ......................................................................... 32 
Figura 6 - Pista de dança .................................................................................................. 33 
Figura 7 - Planta baixa ....................................................................................................... 33 
Figura 8 - Bar ........................................................................................................................ 34 
Figura 9 - Nova rampa de acesso ................................................................................... 35 
Figura 10 – Opium, Restaurante .................................................................................... 37 
Figura 11 - Opium, Área Externa.................................................................................... 38 
Figura 12 - Opium, Área Interna .................................................................................... 38 
Figura 13 - Opium, Área Vip ............................................................................................ 38 
Figura 14 - Opium, Lounge Externo .............................................................................. 38 
Figura 15 - Fachada Inicial em 2006 ............................................................................. 39 
Figura 16 - Fachada Atual ................................................................................................ 40 
Figura 17 - Plantas .............................................................................................................. 41 
Figura 18 - Vista da área V.I.P e o uso da volumetria do hexágono na composição 
dos ambientes ............................................................................................................ 42 
Figura 19 - Pista de dança no térreo ............................................................................. 43 
Figura 20 - Baias do bar .................................................................................................... 43 
Figura 21 - Bar do segundo pavimento ........................................................................ 44 
Figura 22 – Localização do Bairro .................................................................................. 45 
Figura 23 - Vista do terreno a partir de seu ponto mais elevado ........................ 46 
Figura 24 - Vista do terreno a partir da praia ............................................................ 47 
Figura 25 - Localização do terreno ................................................................................48 
 
12 
 
Figura 26 - Terreno ............................................................................................................ 49 
Figura 27 - Topografia do terreno ................................................................................. 49 
Figura 28 - Carta dos ventos de Natal aplicada no terreno ................................... 51 
Figura 29 - Carta Solar de Natal aplicada no terreno .............................................. 52 
Figura 30 - Zoneamento Geral ........................................................................................ 63 
Figura 31 - Fluxograma ..................................................................................................... 64 
Figura 32- Esquema da primeira concepção .............................................................. 66 
Figura 33 - Estudo volumétrico da primeira concepção ......................................... 67 
Figura 34 - Croquis iniciais da proposta 1 ................................................................... 67 
Figura 35 - Croquis inicias da segunda proposta ...................................................... 68 
Figura 36 - Zoneamento inicial ....................................................................................... 69 
Figura 37 - Topografia do terreno ................................................................................. 70 
Figura 38 - Zoneamento vertical - Corte longitudinal ............................................. 71 
Figura 39 - Croqui da vista sudoeste da solução final ............................................. 71 
Figura 40 - Edificação em seu entorno ........................................................................ 72 
Figura 41 - Zoneamento a partir da volumetria ........................................................ 73 
Figura 42 - Planta baixa pavimento térreo ................................................................. 75 
Figura 43 - Planta baixa pavimento -1 ......................................................................... 76 
Figura 44 - Planta baixa pavimento +1......................................................................... 77 
Figura 45 - Laje protendida ............................................................................................. 79 
Figura 46 - Gráfico comparativo para lajes em concreto armado ou protendido
 ......................................................................................................................................... 80 
Figura 47 - Edificação com revestimento externo em ACM preto ...................... 82 
Figura 48 - Vista da fachada frontal .............................................................................. 88 
Figura 49 - Vista da fachada posterior ......................................................................... 88 
Figura 50 - Vista da fachada frontal .............................................................................. 89 
Figura 51 - Vista para a Praia de Ponta Negra e Morro do Careca a partir da área 
aberta ............................................................................................................................ 89 
 
13 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Prescrições urbanisticas ------------------------------------------------- 54 
Tabela 2 - Pré-dimensionamento pista 1 ------------------------------------------- 60 
Tabela 3 - Pré-dimensionamento pista 2 ------------------------------------------- 61 
Tabela 4 - Pré-dimensionamento área pública aberta --------------------------- 61 
Tabela 5 - Pré-dimensionamento setor administrativo -------------------------- 61 
Tabela 6 - Pré-dimensionamento área de serviço -------------------------------- 62 
Tabela 7 - Pré-dimensionamento área técnica ------------------------------------ 62 
Tabela 8 - Quadro resumo ------------------------------------------------------------ 62 
Tabela 9 - Superficies de revestimento --------------------------------------------- 84 
Tabela 10 - Tempo de reverberação ------------------------------------------------ 85 
Tabela 11 - Atenunação --------------------------------------------------------------- 85 
Tabela 12 - Tabela de cálculo da caixa d'agua ------------------------------------- 87 
 
 
 
 
 
 
14 
 
SUMÁRIO 
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... 5 
RESUMO ................................................................................................................................ 10 
ABSTRACT ............................................................................................................................. 10 
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. 11 
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. 13 
INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 16 
1 - CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................................... 18 
1.1 – TURISMO EM NATAL .......................................................................................... 18 
1.2 – LAZER NOTURNO ................................................................................................. 20 
1.3 – CONFORTO ACÚSTICO ....................................................................................... 24 
2 - ESTUDOS DE REFERÊNCIA .......................................................................................... 27 
2.1 – ESTUDOS DIRETOS .............................................................................................. 27 
2.1.1 – PEPPER’S HALL .............................................................................................. 27 
2.1.2 – CASANOVA ECOBAR ................................................................................... 31 
2.2 – ESTUDOS INDIRETOS .......................................................................................... 37 
2.2.1 – OPIUM MAR .................................................................................................. 37 
2.2.2 – JOSEFINE/ROXY ............................................................................................ 39 
3 – CONDICIONANTES PROJETUAIS .............................................................................. 45 
3.1 – TERRENO ................................................................................................................ 45 
3.1.1 – LOCALIZAÇÃO ............................................................................................... 45 
3.1.2 – ASPECTOS FÍSICOS ....................................................................................... 48 
3.1.3 – CONDICIONANTES BIOCLIMÁTICOS ....................................................... 50 
3.2 – CONDICIONANTES LEGAIS ................................................................................ 52 
3.2.1 – PLANO DIRETOR E CODIGO DE OBRAS .................................................. 53 
 
15 
 
3.2.2 – CÓDIGO DE SEGURANÇA E PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO E 
PÂNICO ......................................................................................................................... 55 
3.2.3 – NBR9050 – ACESSIBILIDADE ..................................................................... 57 
4 – MÉTODO DE PROJETO ............................................................................................... 58 
4.1 – PROGRAMA DE NECESSIDADES ....................................................................... 58 
4.2 – PRÉ-DIMENSIONAMENTO ................................................................................. 60 
4.3 – RELAÇÕES PROGRAMÁTICAS ........................................................................... 63 
5 – PROPOSTA FINAL......................................................................................................... 65 
5.1 – PARTIDO ARQUITETÔNICO ............................................................................... 65 
5.2 – EVOLUÇÃO DA PROPOSTA ................................................................................ 65 
5.3 – ASPECTOS PROJETUAIS ...................................................................................... 72 
5.3.1 – INSERÇÃO URBANÍSTICA ........................................................................... 72 
5.3.2 – SOLUÇÕES FUNCIONAIS/RELAÇÕES SOCIOESPACIAIS ...................... 74 
5.3.3 – ESTRUTURA ................................................................................................... 78 
5.3.4 – MATERIAIS ..................................................................................................... 80 
5.3.5 – CONFORTO ACÚSTICO ............................................................................... 82 
5.3.6 – RESERVATÓRIO DE ÁGUA .......................................................................... 86 
5.3.7 – PERSPECTIVAS .............................................................................................. 88 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 90 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 91 
 
 
 
 
 
16 
 
INTRODUÇÃO 
A noite natalense vem ficando a cada dia mais diversificada e 
espaços destinados ao lazer noturno vêm surgindo dia após dia. Porém, na 
grande maioria das vezes, esses espaços são edificações já existentes que 
passam a ter seu uso modificado, sendo adaptadas para a nova função. 
 São exemplos desses espaços a boate Pink Elephant, na zona leste 
da cidade, o Whiskritorio e o Casanova ecobar, localizados na zona sul da 
cidade e todas com uma programação ativa de festas durante os fins de 
semana. Em alguns casos, como o Galpão 29 e o Ateliê bar e petiscaria, 
ambos no bairro da ribeira, as edificações sequer receberam uma melhoria 
acústica ou física adequada para exercer tal atividade, porém, nos dois 
casos, um simples galpão que recebeu uma estrutura mínima de bar e 
banheiro, são utilizados para realização de festas. 
Um dos poucos casos na cidade, de edificação que foi totalmente 
reformada para tal função, é a boate Pepper’s Hall, em ponta negra. O 
edifício, inaugurado em 2011, conta com todos os requisitos básicos para 
exercer o papel de uma boate, com projeto acústico, lumínico e de segurança 
adequado. 
Diante deste contexto, o intuito desse trabalho é a elaboração de 
um anteprojeto arquitetônico planejado desde o início para exercer a função 
de casa noturna, tendo todos os requisitos que um empreendimento precisa 
para funcionar adequadamente, dando uma ênfase em seu tratamento 
acústico. O trabalho abrangerá todas as premissas para projeto, tanto do 
ponto de vista de soluções formais e estruturais, como do ponto de vista da 
contextualização da edificação e da inserção do usuário no edifício. 
Já para atender às necessidades específicas do público alvo e 
pensando no fator de rotatividade dos usuários na edificação, serão 
 
17 
 
abordadas diretrizes para casas noturnas, onde serão discutidos os 
aspectos que contribuem para um ambiente adequado para tal uso. 
As condicionantes climáticas e legais também serão discutidas no 
trabalho, a fim de mostrar os aspectos que fizeram o projeto personalizado 
para o contexto, o clima, a cidade, e o entorno. 
Portanto, o presente trabalho tem como objetivo desenvolver um 
anteprojeto de arquitetura de uma casa noturna para a cidade de Natal, com 
ênfase no conforto acústico dos usuários. 
A estrutura deste trabalho é dividida em dois volumes. O primeiro 
deles corresponde ao trabalho escrito, enquanto o outro é composto pelo 
jogo de pranchas de desenhos arquitetônicos. 
O primeiro volume é organizado em cinco partes divididas em 
tópicos e subtópicos de acordo com suas especificidades. Primeiramente 
será feita uma contextualização geral sobre conceitos teóricos que foram 
estudados para a elaboração desse trabalho. Em seguida serão 
apresentados os estudos de referência diretos e indiretos utilizados como 
base inicial do projeto arquitetônico. Após isso serão abordadas as 
condicionantes projetuais e legais acerca do projeto. A quarta parte do 
volume escrito apresenta o programa do projeto, contendo o programa de 
necessidades e o pré-dimensionamento do mesmo. E por fim, a última parte 
apresenta o memorial descritivo/justificativo da proposta final do projeto. 
 
 
18 
 
1 - CONTEXTUALIZAÇÃO 
O processo de projeto praticado por arquitetos não é um processo 
explicito nem linear. Na maioria das vezes está cercado por aspectos 
subjetivos, baseados na intuição e desprendido de conceitos, não atribuindo 
a ele uma rotina racional. 
Para um melhor entendimento sobre o tema estudado notou-se a 
necessidade de um aprofundamento teórico em alguns conceitos que estão 
estritamente ligados ao assunto. 
Inicialmente, a partir de consultas prévias na literatura disponível, 
observou-se a importância da definição de alguns conceitos como lazer, 
lazer noturno e conforto acústico. Além disso, se notou importante um 
estudo sobre o turismo na cidade e, principalmente, na área onde o projeto 
será desenvolvido. O conhecimento destes é importante para a 
fundamentação do estudo. 
1.1 – TURISMO EM NATAL 
A modalidade de turismo praticado em Natal é baseada no turismo 
de massa, modalidade essa que se volta para o turismo de lazer e recreação. 
Dessa forma, o processo de urbanização turística vem transformando os 
espaços de lazer da cidade em áreas turísticas. 
Durante os ultimos anos a atividade turística em Natal vem se 
tornando uma das atividades econômicas mais significativas, não só na 
cidade, mas também em todo o estado. Essa consolidação da atividade 
turística na cidade se deu devido aos grandes investimentos feitos pelo 
poder público na área. 
A atividade turística na cidade veio se consolidar durante a década 
de 1990, quando foi implantada a política do Programa de Desenvolvimento 
 
19 
 
do Turismo no Rio Grande do Norte – PRODETUR/RN, onde ocorreram 
grandes investimentos no turismo, principalmente nas áreas de praia. 
Durante esse programa de desenvolvimento os espaços contemplados com 
esses recursos a praia de Ponta Negra e toda a área da Via Costeira. Devido 
a isso, o bairro de Ponta Negra recebeu recursos para melhoria de 
esgotamento sanitário, drenagem, pavimentação, urbanização, iluminação 
pública e outros fatores importantes para a sua infraestrutura (FONSECA, 
2005). 
Após a execução dessas políticas de turismo na região, foi notória a 
melhoria e o aumento da infraestrutura turística por toda a cidade, essa 
melhoria pôde ser notada, principalmente, devido ao grande aumento no 
número de leitos de hospedagem na região que houve nesse período. Como 
consequência disso, novos investidores internacionais foram atraídos para 
o bairro e, devido a isso, novos estabelecimentos internacionalmente 
renomados se instalaram em Ponta Negra. 
O crescimento da atividade turística passa também despertar, além 
do desenvolvimento econômico, o processo de urbanização. Esse fenômeno 
é notoriamente percebido principalmente ao longo da Avenida Engenheiro 
Roberto Freire, importante avenida da cidade que liga os bairros da zona 
sul à Ponta Negra. De acordo com Furtado (2005), a partir dos meados dos 
anos de 1990, essa Avenida passa a concentrar uma variedade de serviços, 
destinados a atender tanto os turistas quanto residentes dos bairros 
próximos. 
Embora Ponta Negra seja considerada um forte polo turístico da 
Cidade, no bairro ainda é muito forte a presença do uso do solo residencial, 
tanto pelas classessocioeconômicas elevadas, quanto pelas populares. 
Esses também fazem uso da praia como opção recreação e lazer, além dos 
 
20 
 
equipamentos construídos a partir dos investimentos na área do turismo, 
como bares, restaurantes, boates, entre outros. 
Portanto, a praia de Ponta Negra é considerada o principal espaço 
turístico da cidade, frequentada tanto por residentes como por turistas 
advindos de várias partes do Brasil e do mundo, em busca de espaços de 
lazer e recreação. 
1.2 – LAZER NOTURNO 
A palavra “lazer” é definida como um conjunto de atividades em 
que um indivíduo participa por livre e espontânea vontade, podendo ser 
para descansar, divertir ou socializar. O lazer vem adquirindo lugar de 
crescente destaque em nossa sociedade contemporânea, contrapondo-se ao 
que movimenta a sociedade industrial - o trabalho. 
O conceito de lazer é baseado principalmente nas definições 
teóricas do sociólogo francês Dumazedier (1976) no seu livro “Lazer e 
cultura popular” (1976). Segundo Dumazedier o lazer, como conhecemos 
hoje, surgiu na modernidade Europeia do século XIX, como fruto da 
revolução industrial, que naquele tempo ocorria nos principais centros 
urbanos da Europa, sobretudo na Inglaterra. Durante esse período os 
proletariados com longas jornadas de trabalho, começaram a reivindicar 
uma melhor distribuição social do “tempo” a partir do início do século XX, a 
fim de aumentar o tempo para suas atividades de lazer para compensar a 
exaustão adquirida. 
O Movimento Trabalhista Internacional contribuiu diretamente 
para a evolução no aumento do tempo livre e para uma abordagem mais 
racionalizada e positiva do lazer enquanto fenômeno social. Para ele, o lazer 
se contrapõe ao trabalho e corresponde a uma liberação periódica do 
 
21 
 
trabalho no fim do dia, da semana, do ano e da vida, quando a aposentadoria 
é alcançada. Dumazedier conceitua o lazer como: 
"O lazer é um conjunto de ocupações às 
quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, 
seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se 
e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua 
informação ou formação desinteressada, sua 
participação social voluntária ou sua livre 
capacidade criadora após livrar-se ou 
desembaraçar-se das obrigações profissionais, 
familiares e sociais" (Dumazedier, 1976). 
Geralmente o significado de lazer está relacionado ao "não-
trabalho", tempo livre ou desocupado dedicado à diversão, à recuperação 
de energias, à fuga das tensões e os problemas do cotidiano. Alguns 
estudiosos, pessoas comuns considerem uma perda de tempo ou que o lazer 
não faz parte das necessidades essenciais de uma sociedade, as pessoas 
precisam de momentos de ócio para alcançar uma melhor qualidade de 
vida. 
Segundo Luiz O. Lima Camargo (2003), o lazer é uma escolha 
individual, onde suas atividades são sempre livres de obrigações, é um 
tempo no qual pode-se exercitar mais o fazer-por-fazer sem que, 
necessariamente, haja um ganho financeiro em vista ou um preço sério a ser 
pago. A propriedade mais óbvia do lazer é sua realização na busca da 
compensação ou substituição de algum esforço que a vida impõe. Já Victor 
A. de Melo e Edmundo de Drummond A. J. (2003) afirmam que: 
(...) as atividades de lazer são observáveis 
no tempo livre das obrigações, sejam elas 
profissionais, religiosas, domésticas ou decorrentes 
das necessidades fisiológicas. E também afirmam 
que há compromisso no tempo de lazer, por 
exemplo quando vamos ao cinema, devemos 
respeitar o horário de início da sessão (MELO e 
DRUMMOND, 2003, p. 31). 
 
22 
 
A busca de prazer no horário de lazer é sempre a primeira opção de 
um indivíduo. É o tempo que ele pode aproveitar para atingir seu bem-estar 
o que promove o seu desenvolvimento pessoal, recuperando a sua energia, 
é um momento que ele procura a fazer o que realmente gosta sem 
obrigações. 
A importância do lazer para a sociedade é ainda reforçada com o 
reconhecimento desse como direito social, presente na Declaração 
Universal dos Direitos Humanos e na Constituição Federal do Brasil. 
Dentre as diferentes ramificações dos tipos de lazer existem o lazer 
esportivo, lazer alternativo, lazer ativo, entre outros. Para o tipo de 
estabelecimento que está sendo proposto, se fez necessário um estudo mais 
aprofundado sobre o lazer noturno. 
Lazer noturno é definido como todo o tipo de atividade de lazer 
associado ao período da noite e as atividades onde elas se desenvolvem, 
como bares, discotecas e outros locais onde os pilares centrais são, 
principalmente, a música e a bebida. 
De acordo com Magnani (2005) o lazer noturno surgiu no século 
XIX e ao longo do tempo as atividades relacionadas ao lazer noturno vieram 
sofrendo intensas modificações devido a necessidade de solucionar 
problemas urbanos que estavam sendo causados devido a tais atividades 
ou, para satisfazer as necessidades dos usuários dos espaços de lazer 
noturno. Barral (2006, p. 14) afirma que os espaços de lazer noturno são 
locais que “proporcionam aos indivíduos o ver e o ser visto, a circulação, os 
encontros e os desencontros, ligação e reforço dos vínculos de 
sociabilidade”. Essas características que diferenciam a vivência do espaço 
de lazer, de outros tipos de espaço, como escola e trabalho. 
 
23 
 
Segundo Ferreira (2007), a vida noturna é um elemento da 
identidade urbana que se projeta na tentativa de atrair mais polaridades e 
investimentos. O lazer noturno comparece como sentido de vida, de 
movimento, de alegria, de animação, de provocação de estímulos. Inclusive, 
muitas reuniões e movimentos políticos surgiram em torno de uma mesa de 
bar. 
Esse tipo de atividade contribui para o um rápido crescimento 
econômico tanto da cidade, como do país. As cidades se tornam mais 
atrativas para pessoas que curtem, frequentam, apreciam e sustentam os 
espaços de lazer noturno. Ainda de acordo com Ferreira (2007) a cidade e 
sua economia são pontos de partida para o entendimento da noite, que 
antes de ser dos jovens é, principalmente, da cidade. A vida noturna é parte 
da economia e a economia da noite é a economia da diversão. 
“A noite faz-se da conjugação da oferta e da 
procura. Soa artificial desconectá-las. Não é possível 
imaginar, por exemplo um irish pub, sem a gente 
que o frequenta e sustenta a cultura que lhe é 
própria. Mas o observador rapidamente se 
apercebe que a oferta da noite é fisicamente 
diversificada. Há discotecas, bares, pubs, cafés. 
Espaços abertos para a rua, outros para o lado da 
falésia, outros ainda em lugares mais recônditos, 
fora da vista de quem anda na rua em que a noite 
rola. Há também diversificação funcional, mesmo 
especialização, pelo menos em alguns casos. 
Espaços mais voltados para a dança, como as 
discotecas ou os bares com área de dança; outros 
proporcionando sociabilidades, as vezes amenas, 
outros exaltadas, em torno das bebidas; outros 
ainda, mais ruidosos, fazendo da música o seu 
leitmotiv. ” (FERREIRA, 2007; p 4) 
O enfoque principal desse trabalho, uma casa noturna, tem como 
característica principal propor o lazer noturno, que é marcado pela busca 
de um convívio social, diversão, entretenimento, etc. Este tipo de 
 
24 
 
estabelecimento pode incorporar diversos espaços como bares, 
restaurantes entre outros serviços ligados a atividades de lazer noturno. 
1.3 – CONFORTO ACÚSTICO 
Nesse tipo de projeto existe a presença de música alta, dança e 
grande circulação de usuários, o que proporciona um alto nível de pressão 
sonora em todo o seu contexto. Devido a isso, existem variáveis 
indispensáveis que afetam o uso deste espaço que estão relacionados ao 
conforto do local e seu entorno. Portanto, os aspectos em relação a 
estratégias de conforto acústico serão indispensáveis ao elaborar o projeto. 
Conforto ambiental está relacionado com a atmosfera agradável 
que rodeia o ser humano. Este é um aspecto indispensável ao se tratarde 
um estabelecimento de lazer noturno, onde a maioria das atividades ali 
realizadas proporcionam ruídos, por exemplo. Desta forma, o conforto 
acústico é o aspecto a ser levado em consideração neste trabalho, 
enfatizando as relações do empreendimento com o usuário e o entorno do 
mesmo. Existem as normas que regulam esse tipo de estabelecimento em 
relação aos ruídos na área externa do local, de acordo com o entorno do 
ambiente. Da mesma forma, existem normas e parâmetros que definem 
níveis de conforto acústico relacionados com a qualidade interna do 
ambiente em relação ao som e a percepção do usuário. 
O conforto acústico está associado à sensação fisiológica de prazer 
ou desprazer dos usuários no interior dos ambientes. Segundo SCHMID 
(2005), a acústica é provavelmente o aspecto mais complexo em um 
ambiente construído, visto que, numa mesma obra, deve variar suas 
características para realçar efeitos diversos. 
O conforto acústico existe quando o ambiente proporciona a 
ausência de sons indesejáveis no ambiente e boa inteligibilidade da fala (ou 
 
25 
 
clareza musical). Dependendo do caso, o conforto acústico pode depender 
de uma boa absorção sonora, de um eficiente isolamento acústico, ou de dos 
dois fatores de modo simultâneo. A partir disso, tem-se os conceitos de 
condicionamento e isolamento acústico. 
De acordo com Solon do Valle (2009), “condicionamento acústico 
consiste em criar uma sonoridade agradável dentro de um ambiente, 
controlando a reverberação e os ecos, consertando problemas modais e 
promovendo uma resposta frequente adequada ao tipo de utilização”. 
Inserido nesse contexto, outro conceito bastante importante é a 
reverberação, definida como o som que permanece no ambiente mesmo 
depois que sua produção seja cessada. Esse fenômeno é combatido 
mediante a inserção de objetos e superfícies absorventes, recuperando-se, 
assim, a clareza dos sons gerados, perdendo-se em amplificação. 
Um dos fatores para trabalhar a adequação acústica é o tempo de 
reverberação ótimo, que se define como o tempo de reverberação adequado 
para determinado ambiente e atividade, expresso em segundos, que vai ser 
alcançado através do equilíbrio entres os materiais refletores e absorventes 
utilizados. 
No projeto de uma casa noturna, é imprescindível a preocupação 
do projeto com o isolamento acústico entre os ambientes e entre a 
edificação e o meio externo. De acordo com Valle (2009), “o isolamento 
acústico consiste em não deixar passar som de dentro para fora, nem de fora 
para dentro de um ambiente”. Para que o projeto seja isolado de forma 
eficiente, o mesmo deve ser preparado contra duas formas de transmissão 
sonora: a transmissão aérea – pelo ar –, ou de impacto, transmitida através 
da estrutura (paredes, lajes e pisos). 
Segundo Schmid (2005), os materiais rígidos e com superfícies lisas 
e duras amplificam o som e são, muitas vezes, a causa das dificuldades 
 
26 
 
acústicas, tornando o som confuso e sem clareza. Já as superfícies 
absorvedoras facilitam a clareza e diminuem a amplificação do som. 
O tratamento arquitetônico de lajes e paredes de um ambiente 
influenciam tanto no isolamento, quando o condicionamento acústico do 
local. Soluções como o uso da laje, piso flutuante, paredes com bastante 
massa, sendo dupla ou não, e o uso de esquadrias acústicas auxiliam no 
isolamento acústico do ambiente. Já para auxiliar no condicionamento 
acústico, soluções como a utilização de painéis absorventes nas paredes e 
forro para controle da reverberação, são as solições mais comumente 
utilizadas. 
No projeto a ser elaborado, todos esses fatores serão estudados 
para que possa ser proposto um ambiente adequado para exercer a 
atividade que o edifício terá. 
 
 
27 
 
2 - ESTUDOS DE REFERÊNCIA 
2.1 – ESTUDOS DIRETOS 
Para os estudos diretos, dois equipamentos de lazer noturno foram 
selecionados para serem analisados. A boate Pepper’s Hall, localizado em 
Ponta Negra, aproximadamente na mesma região onde será proposto o 
novo estabelecimento e o Casanova EcoBar, localizado em candelária. 
2.1.1 – PEPPER’S HALL 
Um ambiente moderno, que combina Music Bar, Boate e 
Gastronomia, dando vida ao mais moderno Dining Club de Natal. Tecnologia 
de iluminação, som e acústica, programação diferenciada, com eventos 
selecionados, atrações de renome nacional e internacional e estilos 
musicais diversificados, do sertanejo à música eletrônica, fazem do Pepper’s 
Hall um local destinado à diversão e cultura. Os elementos que compõem a 
decoração do ambiente remetem sofisticação e proporcionam uma 
excelente sensação de conforto. 
Amplamente conhecida e considerada uma das mais populares da 
cidade, a boate Pepper’s Hall se localiza na Av. Roberto Freire, n° 3071, no 
bairro de Ponta Negra. O bairro é predominante residencial, mas o entorno 
onde o Pepper’s está inserido existem outros equipamentos de lazer 
noturno e um vasto número de equipamentos de serviço dos mais diversos 
tipos, principalmente hotéis e pousadas. 
O Pepper’s está entre um dos locais mais frequentados na cidade 
quanto se diz a respeito de opções de lazer noturno. A casa foi fundada em 
2011 com o intuito de trazer um novo conceito de balada na cidade, que 
nessa época sofria uma escassez de opções de equipamentos desse tipo 
 
28 
 
devido ao encerramento das atividades da maioria das casas noturnas 
existentes. 
Figura 1 – Pepper’s Hall - Fachada Principal 
 
Fonte : http://www.agendanatal.com.br/barOuPub/pepper-s-hall/7 
O estabelecimento possui uma capacidade máxima rotativa de 
oitocentos e quarenta pessoas e funciona sempre no período noturno, entre 
quinta-feira e sábado, sempre a partir das vinte e duas horas até às cinco da 
manhã. 
 
29 
 
Figura 2 - Planta Baixa 
 
Fonte: Pepper’s Hall 
O terreno onde a boate está inserida possui uma área de 
aproximadamente setecentos metros quadrados, sendo praticamente todo 
ocupado pela edificação. Além disso, a casa possui um estacionamento 
próprio no terreno ao lado que foi incorporado ao longo dos anos. Esse 
estacionamento ficava inicialmente em um terreno de aproximadamente 
oitocentos metros quadrados e depois foi incorporado outro terreno de 
dimensões aproximadamente iguais, totalizando um estacionamento de mil 
e seiscentos metros quadrados. 
Em relação aos acessos, o estabelecimento possui três entradas 
distintas, sendo uma delas para o público geral, na rua Pedro Fonseca Filho, 
e dois acessos exclusivos para funcionários, sendo um também na rua Pedro 
Fonseca Filho e o outro pela Avenida Eng. Roberto Freire. 
 
30 
 
Figura 3 – Camarotes, Pista de dança e Palco 
 
Fonte: http://www.bobflash.com.br/natal/local/pepper-s-hall 
Ao entrar na boate, o público passa por uma grande área de check-
in e logo em seguida se dirige a uma grande escada que leva ao pavimento 
superior da edificação, onde fica a parte principal da boate. O 
estabelecimento conta com uma grande pista de dança, possuindo 
aproximadamente duzentos e oitenta metros quadrados, em formato 
retangular. O local passou por diversas reformas ao longo dos anos e, em 
sua atual configuração, além da pista de dança, a casa também conta com 
três camarotes exclusivos, na área lateral da pista de dança e em oposição à 
entrada principal, um palco, um grande bar, em posição oposta ao palco, a 
cabine do DJ, ao lado dos camarotes e dois banheiros, sendo um masculino 
e um feminino. 
Figura 4 - Camarotes e cabine do DJ 
 
Fonte: http://www.bobflash.com.br/natal/local/pepper-s-hall 
 
31 
 
O estudo realizado junto ao Pepper’s Hall foi referência projetual 
para a casa noturna que será apresentada no tocante a informações quanto 
ao: 
- Programa 
- Pré-dimensionamento 
- Público potiguar 
- Estratégias de conforto acústico 
- Zoneamento 
- Acessibilidade 
 
2.1.2 – CASANOVA ECOBAR 
Um dos destaques do lazer alternativo noturnona capital potiguar, 
O Casanova EcoBar se localiza na Av. Senador Salgado Filho, n° 3526, no 
bairro de Candelária. O bairro, localizado na Zona administrativa Sul da 
cidade, é um bairro predominantemente residencial, porém no entorno 
onde se localiza o Casanova é notória a presença de diversos equipamentos 
de serviço como posto de gasolina, hotel, academias, restaurantes e 
shopping centers. O bar fica localizado na via mais movimentada da cidade 
que possui um grande fluxo de veículos durante todos os períodos do dia. 
O estabelecimento de lazer noturno possui uma capacidade 
máxima de setecentas pessoas e funciona sempre no período noturno entre 
quarta-feira e sábado, sendo das vinte horas até as quatro e meia da manhã 
nas quartas e quintas e das vinte horas até as seis horas da manhã nas sextas 
e sábados. 
 
32 
 
O terreno possui uma área de aproximadamente quatrocentos e 
noventa metros quadrados e o estabelecimento uma área construída de 
aproximadamente trezentos e quinze metros quadrados. Seu entorno é 
predominantemente residencial de até dois pavimentos, porem também 
são encontrados edifícios verticais de até vinte pavimentos e equipamentos 
de serviço nessa região. 
Figura 5 - Casanova - Fachada Frontal 
 
Fonte: Tribuna do Norte 
O acesso ao Casanova é único tanto para funcionários, como para 
atrações e clientes, acesso esse dado pela Av. Senador Salgado Filho, através 
de uma única rampa (figura 5) de dois lances, com uma pequena área de 
check-in entre os dois lances. O acesso fica na fachada frontal do 
equipamento, caracterizado pela grande varanda sob o deck de madeira ali 
presente. 
 
33 
 
Figura 6 - Pista de dança 
 
Fonte: Casanova 
Ao adentrar o estabelecimento os clientes podem optar entre a área 
da varanda ou se dirigir para os salões cobertos, estando conscientes que 
estes dois ambientes dão acesso ao salão de dança ou, como é chamado, 
“aquário”. O “aquário” se trata de um salão de aproximadamente 40m² e 
cabine para DJ, recentemente equipado com novas estratégias de conforto 
acústico para uma melhor relação com os demais ambientes do 
estabelecimento. 
Figura 7 - Planta baixa 
 
Fonte: Casanova 
 
34 
 
O bar (figura 8) se encontra na parte posterior da casa noturna, 
onde também são encontrados os banheiros para os clientes e um pequeno 
escritório para a administração. A área restrita aos funcionários se resume 
a banheiros, depósito e cozinha sendo seu acesso por uma área de 
circulação comum a todos. 
Figura 8 - Bar 
 
Fonte: Casanova 
As vagas para estacionar presentes no terreno do Ecobar não se 
apresentam suficientes para o público recebido já que totalizam apenas 
quatro vagas sendo uma delas para portadores de necessidades especiais e 
uma para idosos, visto isso, o estabelecimento oferece o terreno vazio 
encontrado na esquina do cruzamento da Avenida Salgado Filho com a Rua 
Senador José Ferreira de Souza como uma alternativa para seus usuários. 
Uma curiosidade sobre o bar é que o mesmo foi instalado em uma 
edificação já existente, tendo sua função de casa noturna adaptada para o 
 
35 
 
que se apresentava levantado. Isso implicou em várias reformas na 
construção durante todos os seus anos de funcionamento para adequar os 
ambientes às suas necessidades e normas vigentes. A reforma mais recente 
se trata da ampliação dos banheiros para o público geral e a construção de 
uma nova rampa (figura 9) na fachada principal que se adequasse melhor 
ao código de incêndio do Rio Grande do Norte e a NBR 9050. 
Figura 9 - Nova rampa de acesso 
 
Fonte: Casanova 
O estudo realizado junto ao Casanova Ecobar foi referência 
projetual para a casa noturna que será apresentada no tocante à 
informações quanto ao: 
- Programa 
- Pré-dimensionamento 
- Público potiguar 
- Adequação à normas vigentes 
- Zoneamento 
 
36 
 
Além do Pepper’s Hall e do Casanova EcoBar, outros locais da 
cidade também foram visitados, como o Ateliê Bar e Petiscaria, no bairro da 
Ribeira, A boate Pink Elephant, no bairro de Tirol e o Whiskritório Pub, no 
bairro de Capim Macio. 
Em todos esses locais visitados fora feitas entrevistas indiretas com 
os usuários, buscando opiniões diversas sobre os ambientes em questão 
procurando saber quais aspectos poderiam ser melhorados para poder 
aplica-los nesse projeto. 
No Pepper’s Hall e na Pink Elephant, ambas caracterizadas por serem 
uma boate fechada com um único ambiente, era recorrente ouvir reclamações 
sobre a falta de lugares para sentar e poder descansar um pouco. Além disso, 
também foi muito citado a quantidade de ar-condicionado no local, visto que, 
para muitos, os ambientes eram muito calorentos. 
Nas duas boates citadas e também no Ateliê e no Casanova Ecobar, os 
usuários citavam a falta de diversidade musical, visto que nesses locais a música 
é uma só independentemente de onde esteja o usuário. Nas boates, devido ao 
fato de ser um único ambiente, e no Casanova e no Ateliê, apesar de possuírem 
mais de um ambiente, a música tocada é a mesma. 
O fator comum em todos os cinco locais visitados foi a demora tanto 
na entrada, quanto na saída do equipamento, devido à pouca quantidade de 
caixas para check-in e check-out, causando grandes filas tanto no início quanto 
no final das festas. Todos esses fatores foram levados em consideração para a 
elaboração desse trabalho. 
 
 
37 
 
2.2 – ESTUDOS INDIRETOS 
2.2.1 – OPIUM MAR 
O clube Opium Mar, localizado em Barcelona, foi a principal 
referência para a elaboração desse projeto. O clube, criado no final de 2007, 
fica localizado no Port Olimpic de Barcelona e possui uma capacidade para 
3000 pessoas, o que a coloca no posto de maior clube à beira-mar da cidade. 
Figura 10 – Opium, Restaurante 
 
Fonte: http://www.opiumbarcelona.com 
A Opium é uma mistura de restaurante com clube noturno, 
possuindo as duas funções em diferentes horas do dia. O restaurante 
funciona das 11:30 da manhã até as 23:45 da noite, momento em que o 
restaurante encerra suas funções e sua área passa a ser um lounge para a 
balada, que acontece durante toda a noite até o amanhecer. 
 
 
 
38 
 
Figura 11 - Opium, Área Externa 
 
Figura 12 - Opium, Área Interna 
 
Fonte: http://www.opiumbarcelona.com 
Um dos grandes atrativos da Opium é sua imagem de exclusividade 
já que, mesmo com sua grande capacidade, o espaço possui diversas áreas 
e terraços exclusivos (figura 13) que atraem grande público. Devido ao seu 
espaço amplo, o local é ideal para todos os tipos de evento, que podem ser 
de pequeno, médio e grande porte utilizando todos, ou apenas alguns dos 
ambientes disponíveis. 
Figura 13 - Opium, Área Vip 
 
Figura 14 - Opium, Lounge Externo 
 
Fonte: http://www.opiumbarcelona.com 
Esse conceito de misturar uma boate com um terraço que possui 
uma vista para o mar foi a principal diretriz para a elaboração desse 
trabalho, tendo a Opium como uma das principais referências projetuais. 
 
39 
 
2.2.2 – JOSEFINE/ROXY 
Localizada em Belo Horizonte, mais precisamente no bairro da 
Savassi, uma cidade brasileira que reúne uma quantidade considerável de 
bares, botecos e afins. Ali fica a Roxy, clube-danceteria projetado e, 
posteriormente, reformado pelo arquiteto - e DJ ocasional - Fred Mafra. Para 
ele, o objetivo de casas como a Roxy é surpreender e seduzir o público, além 
de oferecer comodidade, escapismo, flexibilidade e tecnologia. No trabalho, 
o arquiteto recebeu carta branca dos proprietários nas duas ocasiões que 
atuou no estabelecimento, em 2006 para a inauguração e em 2011 para um 
trabalho de reforma. 
A edificação criada para a Roxy tem quase mil metros quadrados 
construídos, em dois pisos de plantas retangulares e conta com duas pistas 
de dança, três bares, quatro camarotes vip escamoteáveis (podendo virar 
uma só), dois lounges e áreas de fumantes com teto retrátil. 
Figura 15 - Fachada Inicialem 2006 
 
Fonte: http://migre.me/v5OnO 
http://migre.me/v5OnO
 
40 
 
Inicialmente, a face principal da construção (figura 15) era definida 
por um pano de vidro laminado, recoberto por película branca. Onde Mafra 
a classificava como uma fachada minimalista e diz que a configuração busca 
amenizar o caos urbano do entorno. Ela foi elaborada, explica o autor, para 
facilitar o acesso a portadores de necessidades especiais. 
 Na reforma ocorrida em 2011, Mafra continuou com a fachada 
minimalista (Figura 16) mas apostando na cor negra, além de revestir os 
pano de vidro laminado com películas espelhadas prata escura, com cada 
módulo do vidro acima da rampa recebendo um painel de LCD voltado para 
a face exterior, totalizando vinte módulos. 
Figura 16 - Fachada Atual 
 
Fonte: http://migre.me/v5OqD 
http://migre.me/v5OqD
 
41 
 
O partido é decorrente da volumetria do hexágono (Figura 18) e da 
exploração de todas as suas faces, em tamanhos diferentes. “Elementos 
prismáticos, pilares formados pela união de triângulos com quadrados e 
volumes lapidados instigam o percurso, pois alteram a percepção 
dependendo do ângulo a partir do qual se olha”, descreve o autor. As plantas 
(Figura17) são, no entanto, simétricas em quase todos os ambientes. 
Figura 17 - Plantas 
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-40176/josefineroxy-fred-mafra/legenda-roxy/ 
 
 
 
 
42 
 
Figura 18 - Vista da área V.I.P e o uso da volumetria do hexágono na composição 
dos ambientes 
 
Fonte: http://migre.me/v5OM3 
A cabine do DJ, disposta no fim do eixo principal da pista do térreo, 
tem visão total do clube. A pista ficou mais longilínea (Figura 19), três vezes 
maior que a antiga. Em uma de suas laterais foi instalado o bar principal, 
composto por sete baias (Figura 20) que setorizam o serviço, evitando 
aglomerações. 
http://migre.me/v5OM3
 
43 
 
Figura 19 - Pista de dança no térreo 
 
Fonte: http://migre.me/v5P7H 
Figura 20 - Baias do bar 
 
Fonte: http://migre.me/v5P3s 
As baias são emolduradas por pórticos em forma de trapézio, 
realizados em drywall duplo e acústico que impede a entrada do som e 
facilita o atendimento em cada nicho. O topo dos hexágonos serve como 
anteparo e luminária para as barras de vídeo leds pixel mapping, instaladas 
no perfil de alumínio do drywall e vedadas com policarbonato, onde o 
resultado é um teto texturizado, tridimensional, com a luz em constante 
movimento. 
O piso superior, considerado um espaço privado no club, abriga a 
segunda pista de dança, um terceiro bar (Figura 21), lounge e banheiros, 
Mafra buscou uma mescla de elementos em cores vivas e quentes, como 
vermelho, roxo e lilás. Os assentos são embutidos nas paredes com curvas, 
que remetem à estética dos anos 1970. A pista de dança, para 200 pessoas, 
possui iluminação programada e conta com 200 pontos de luz. 
 
http://migre.me/v5P3s
 
44 
 
Figura 21 - Bar do segundo pavimento 
 
Fonte: http://migre.me/v5Pmc 
Esse projeto de clube noturno foi referência projetual para esse 
trabalho no tocante à elaboração de: 
- Programa de necessidades 
- Pré-dimensionamento 
- Zoneamento 
- Estética 
- Materiais/estruturas 
- Integração de ambientes 
http://migre.me/v5Pmc
 
45 
 
3 – CONDICIONANTES PROJETUAIS 
3.1 – TERRENO 
3.1.1 – LOCALIZAÇÃO 
O terreno escolhido para a execução do projeto localiza-se na rua 
Coronel Inácio Vale, no bairro de Ponta Negra, inserido na Região 
Administrativa Sul da cidade de Natal/RN. 
O bairro está inserido na Zona de Adensamento Básico segundo o 
Plano Diretor (PD) do município – Lei Complementar n° 82 de 21 de junho 
de 2007. Limita-se a norte com o bairro de Capim Macio e Parque das Dunas, 
a sul com o município de Parnamirim, a Leste com o Oceano Atlântico, e a 
Oeste com o bairro de Neópolis. 
Figura 22 – Localização do Bairro 
 
Fonte: Acervo pessoal 
Segundo Anuário da Prefeitura do Natal (2014), o bairro de Ponta 
Negra possui uma área de 1382 hectares - sendo um dos maiores da cidade 
 
46 
 
em extensão territorial - onde residem aproximadamente 25 mil pessoas 
(com base no censo de 2010) resultando em uma densidade habitacional de 
18,12 habitantes/ha. Ainda de acordo com o Anuário 2014, o bairro tem 
70% de seu território com drenagem de águas pluviais e 75% 
pavimentados. 
O terreno foi escolhido pelo fato de estar localizado em uma área 
de grande fluxo turístico na cidade. O bairro de Ponta Negra já é famoso por 
sua agitada vida noturna, devido ao fato de o bairro possuir um grande 
número de bares e casas noturnas. Além do fato do terreno ser no bairro 
maior movimentação noturna da cidade, outros aspectos essenciais como 
suas dimensões e o fato de ser de frente ao mar foram fundamentais em sua 
escolha. 
Figura 23 - Vista do terreno a partir de seu ponto mais elevado 
 
Fonte: Acervo pessoal 
O bairro de Ponta Negra conta com uma estrutura de serviços 
voltada ao turista, como casas de câmbio, correios, bares, hotéis, 
restaurantes, boates, paradas de ônibus, shoppings e pontos turísticos como 
o Morro do Careca e a praia de Ponta Negra. 
 
47 
 
Figura 24 - Vista do terreno a partir da praia 
 
Fonte: Acervo pessoal 
A infraestrutura do bairro é satisfatória, contando com coleta de 
lixo diariamente, com o abastecimento de água em 98,57% do bairro, 
saneamento em grande parte de sua extensão e acesso à energia elétrica. 
Tem 4.657 linhas de telefonia pública, é 70% drenada e 75% pavimentada. 
1 unidade básica de saúde. 1 delegacia distrital, 2 delegacias especializadas, 
1 base comunitária e 11 praças. A maior parte da população é alfabetizada 
e tem renda entre 3 e 5 salários mínimos (SEMURB, 2013). 
Dentro do bairro, o terreno está situado na Rua Coronel Inácio Vale, 
estando atualmente desocupado. O terreno escolhido possui uma 
localização estratégica, possuindo uma vista panorâmica da praia de Ponta 
Negra e localizado próximo a uma grande quantidade de hotéis, devido a 
sua aproximação a Via Costeira, onde ficam localizados os maiores hotéis da 
cidade. 
 
 
48 
 
Figura 25 - Localização do terreno 
 
Fonte: Google maps (modificado pelo autor) 
 
3.1.2 – ASPECTOS FÍSICOS 
Para a resolução do projeto arquitetônico, os aspectos físicos são 
fatores de extrema importância por se tratar de condicionantes 
determinantes para soluções projetuais mais adequadas. 
O terreno possui aproximadamente quatro mil e oitocentos metros 
quadrados, possuindo setenta e três metros de dimensão na face voltada 
para a rua Cel. Inácio Vale, sessenta e dois metros na lateral voltada para o 
sul, sessenta e nove metros na lateral voltada para norte e setenta e quatro 
metros na face voltada para o Oceano Atlântico. 
 
49 
 
Figura 26 - Terreno 
 
Fonte: Acervo pessoal 
Além disso, o terreno possui um desnível de aproximadamente 
dezenove metros do ponto mais elevado, na rua Cel. Inácio Vale, ao ponto 
mais baixo, já na faixa de areia da praia. 
Figura 27 - Topografia do terreno 
 
Fonte: Acervo pessoal 
 
50 
 
3.1.3 – CONDICIONANTES BIOCLIMÁTICOS 
Uma vez escolhido o terreno, a análise bioclimática deste se destaca 
como ponto de partida para as primeiras decisões de projeto a serem 
adotadas. Tomando-se conhecimento das trajetórias do sol e dos ventos 
predominantes, é possível identificar as potencialidades do terreno, assim 
como a definição dos primeiros zoneamentos. 
Natal está localizada na Zona Bioclimática 8, caracterizada pela 
presença de um clima quente e úmido, além da abundância de radiação 
solar durante todo o ano. Os ventos predominantes vêm da direção sudeste, 
leste e sul conforme a carta dos ventos de Natal. Mesmo se tratando de um 
projeto de uma casa noturna que, em sua maioria não possuem uma grande 
quantidade de aberturas, sabendo dessas informações é possível fazer as 
análises para se determinar as aberturas de forma a receber boa parte dos 
ventos e protegeras que ficarem na direção do poente, quando necessário. 
A análise da carta solar e da carta de ventos é importante para esse 
equipamento, mesmo sendo um edifício onde os ambientes são, em sua 
maioria, fechados e com climatização artificial, para melhorar a eficiência 
do uso de aparelhos de ar-condicionado devido ao ganho térmico nas 
fachadas, além de se fazer necessario a renovação de ar nos ambientes. 
 
 
51 
 
Figura 28 - Carta dos ventos de Natal aplicada no terreno 
 
Fonte: Acervo pessoal 
Com base na carta solar de Natal foi possível verificar a insolação 
durante o ano, notando-se que o trajeto em que o sol se apresenta de 
maneira mais intensa no sentido leste-oeste (nascente-poente), ressaltando 
que existe uma variação da angulação deste percurso que depende da 
estação do ano, sendo esta variação máxima no verão e no inverno. 
Embora seja um equipamento de uso, em sua maioria, noturno, 
alguns setores do edifício funcionam durante todo o dia, como a área 
administrativa. Sendo assim, essa área do projeto foi elaborada pensando 
nas proteções solares necessárias para que houvesse um maior conforto 
térmico durante o dia. 
Como as principais aberturas do edifício ficam voltadas para oeste 
e leste, estratégias de proteção das aberturas foram utilizadas, como a 
colocação de brises de madeira em toda a fachada principal da casa noturna, 
que fica voltada para oeste, como o uso de grande beiral nas salas 
 
52 
 
administrativas, que ficam voltadas para o Oceano Atlântico, privilegiando 
a vista de quem ali está. 
Figura 29 - Carta Solar de Natal aplicada no terreno 
 
Fonte: Acervo pessoal 
3.2 – CONDICIONANTES LEGAIS 
O estudo da legislação incidente ao terreno é vital para os estudos 
iniciais de um projeto arquitetônico. Devem ser analisados, para a 
legalização do projeto de acordo com as normas, a regulamentação 
incidente estabelecida pelo Plano Diretor de Natal (2007), o Código de 
Obras e Edificações do Município de Natal (2004), a norma de acessibilidade 
NBR 9050/2004, e o Código de Segurança e Prevenção contra Incêndio e 
Pânico do Estado do Rio Grande do Norte. 
 
53 
 
3.2.1 – PLANO DIRETOR E CODIGO DE OBRAS 
O macrozoneamento da cidade de Natal divide a totalidade do 
território do Município em três zonas: I - Zona de Adensamento Básico; II - 
Zona Adensável e III - Zona de Proteção Ambiental. 
O bairro de Ponta Negra, onde o terreno do projeto está localizado 
é classificado como uma Zona de Adensamento básico. No entanto, dentro 
do bairro outros tipos de classificação são presentes, como a Zona de 
Proteção Ambiental (ZPA) 05 e 06, a Zona Especial de Interesse Social 
(ZEIS) da Vila de Ponta negra e também a Zona Especial de Interesse 
Turístico (ZET) é classificada como Zona Especial de Interesse Turístico 
(ZET) 01, onde fica localizado o terreno escolhido. Existem 04 ZET’s no 
Município: ZET – 1 (Ponta Negra), ZET – 2 (Via Costeira), ZET – 3 (Praia do 
Meio) e ZET – 4 (Redinha), que são devidamente regulamentadas nos 
Instrumentos de Ordenamento Urbano, do ano de 2009. 
Dessa forma, de acordo com o Plano diretor do Município de Natal, 
a parte do bairro onde está inserido o terreno, corresponde a Zona de 
Interesse Turístico I, portanto possui legislação e prescrições urbanísticas 
específicas, não se aplicando o índice de aproveitamento e recuos aplicados 
ao restante do bairro. 
A ZET – 1 apresenta quadro de prescrições urbanísticas contendo 
usos permitidos e tolerados, área mínima de lotes, índices urbanísticos, 
recuos e demais legislações específicas para cada uso. Para o projeto em 
questão aplicam-se as prescrições urbanísticas da Tabela 01, referentes ao 
uso como prestação de serviço 
 
 
54 
 
Tabela 1 - Prescrições urbanisticas 
USO LOTE EDIFICAÇÃO 
Prestação 
de 
Serviços 
Área 
Mínima 
(m²) 
Frente 
Mínima 
(m) 
Índices Urbanísticos Recuos Mínimos 
Gabarito Máximo 
(M) 
Utilização Ocupação 
Frontal 
(m) 
Lateral 
(m) 
Fundo 
(m) 
7,5m medidos em 
qualquer ponto do 
terreno 360 12 1,2 60% 5,00 1,50 3,00 
Fonte: Instrumentos de Ordenamento Urbano de Natal, 2009 
Nota: Elaboração do autor, 2016. 
O Código de Obras é o instrumento utilizado para disciplinar os 
procedimentos executivos e administrativos além das regras gerais e 
especificas relacionadas as obras, edificações e equipamentos, inclusive os 
destinados ao funcionamento de órgãos ou serviços públicos. Trata-se de 
uma lei complementar que tem como objetivos de orientar os projetos e as 
execuções das obras e edificações do município. 
No âmbito municipal, essa lei tem o objetivo de garantir índices 
mínimos aceitáveis de habitabilidade, principalmente no que se refere à 
segurança e salubridade, através da regulamentação das atividades de 
elaboração e aprovação de projetos, licenciamento para construir, execução 
de obras, utilização e manutenção das obras e edificações públicas e 
privadas. 
A quantidade de estacionamento necessária depende do tipo de via 
em que o terreno se encontra e do uso da edificação. Sendo assim, deve-se 
analisar a legislação para uma via local, visto que o terreno se localiza na 
rua Cel. Inácio do Vale, caracterizada como uma via local de acordo com o 
código de obas. Quanto a tipologia a edificação é caracterizada como 
restaurantes, salão de festas e boates, logo, é exigido uma vaga para cada 
20m² de área de público para esse tipo de edificação. 
 
55 
 
 O código de obras estabelece ainda que as dimensões mínimas de 
uma vaga de estacionamento para carros são de 2,40m X 4,50m, sendo 
recomendadas 2,50 X 5,00m e para o estacionamento de carros pequenos e 
médios, em ângulo de 90º em relação à via, deve ser prevista a circulação 
mínima de 5,00m. Além disso o Código de Obras ainda exige que o 
estabelecimento tenha área de carga e descarga, embarque e desembarque, 
e lixo. 
Além disso o Código de Obras ainda diz que todas as edificações 
públicas ou privadas de uso coletivo, devem garantir o acesso, circulação e 
utilização por pessoas portadoras de deficiências ou com mobilidade 
reduzida, atendendo as seguintes condições e de conformidade com as 
normas da ABNT. E também é existente a preocupação com os fatores 
climáticos, toda edificação deve ser projetada com a observância e 
orientação dos pontos cardeais, atendendo, sempre que possível, aos 
critérios mais favoráveis de ventilação, insolação e iluminação. 
3.2.2 – CÓDIGO DE SEGURANÇA E PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO E 
PÂNICO 
O código de Segurança e Prevenção Contra Incêndio e Pânico do 
Estado do Rio Grande do Norte classifica um equipamento de lazer noturno 
é como reunião pública e edificações com essa classificação devem atender 
as exigências de dispositivos de proteção contra incêndio, de acordo com a 
área construída e altura da edificação. O equipamento de lazer noturno com 
altura entre seis e quinze metros e área construída superior a 750m², deve 
atender as exigências da norma como: 
 Prevenção fixa (hidrantes); 
 Prevenção móvel (extintores de incêndio); 
 
56 
 
 Chuveiros automáticos (sprinkler) nas circulações e área comuns 
e nas dependências de risco “C”; 
 Iluminação de emergência; 
  Sinalização; 
 Escada convencional; 
 Instalação de hidrante público; 
Além dessas normas existem outros requisitos relevantes para o 
anteprojeto que devem ser atendidos como as portas de saída de 
emergência, que deverão ter abertura no sentido de saída e destravamento 
por barra anti-pânico. Em ambientes com mais de 100 lugares, além das 
aberturas normais de entrada, deverão dispor de saídas de emergência com 
largura mínima de dois metros e vinte centímetros (2,20m), acrescendo-se 
uma unidade de passagem (cinquenta e cinco centímetros) para excedentes 
de 100 pessoas. 
Em edificações com mais de um pavimento terão escadas com 
largura mínima de um metro e sessenta centímetros (1,60m), para público 
de até200 pessoas, acrescendo-se uma unidade de passagem de cinquenta 
e cinco centímetros (0,55 m), para excedentes de 200 pessoas. Se faz 
obrigatória a utilização de guarda-corpo nas sacadas, rampas e escadas, em 
material resistente, evitando-se quedas acidentais. Deve-se dispor de locais 
de espera com área obedecendo a proporção de doze metros quadrados (12 
m²) para público de 200 pessoas, acrescendo-se dois metros quadrados 
(2m2) para excedentes de 100 pessoas. 
A lotação máxima será calculada de acordo com os seguintes 
parâmetros: 
a. pessoas sentadas: uma pessoa para cada 0,70 m²; 
 
57 
 
b. pessoas em pé: uma pessoa para cada 0,50 m²; 
c. nas arquibancadas: para cada 1m² considera-se duas pessoas 
sentadas ou três pessoas em pé; 
 d. não serão considerados no cálculo a área de circulação e “halls”; 
3.2.3 – NBR9050 – ACESSIBILIDADE 
A NBR 9050 tem o objetivo de estabelecer critérios e parâmetros 
técnicos a serem observados no projeto, construção, instalação e adaptação 
de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de 
acessibilidade. A norma visa proporcionar à maior quantidade à maior 
quantidade de pessoas, independente de idade, estatura ou limitação de 
mobilidade ou percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do 
ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos. 
Os critérios exigidos pela norma serão consultados mediante 
necessidades, mas alguns dos critérios que podem influenciar a concepção 
do projeto nesse momento são as determinações referentes aos vãos livres 
mínimos que são de 80cm, acessos sem barreiras, tanto social quanto 
serviço, as dimensões mínimas para banheiros de 1,50m por 1,70m e as 
inclinações de rampas e dimensões de corrimãos e guarda-corpo. 
Em relação ao estacionamento, na NBR9050 é citado que é 
dispensada a vaga adaptada para pessoas com deficiência quando o 
estacionamento contiver até 10 vagas, de 11 a 100 vagas, é exigida 1 vaga 
reservada à deficiente, e quanto houver mais de 100 vagas, é necessário que 
1% destas sejam adaptadas. As vagas devem conter sinalização vertical e 
horizontal, e estar ligada às principais rotas de entrada. Junto a essas vagas 
deve existir um espaço adicional, para circulação da cadeira de roda, de 
1,20m de largura, que deve estar associado a guia de acesso à calçada. 
 
58 
 
4 – MÉTODO DE PROJETO 
O processo projetual consiste em uma progressão, ou seja, parte de 
um ponto – contexto considerado problemático – e evolui em direção a uma 
proposta de solução. Ele varia conforme cada pessoa, pois é um fenômeno 
de natureza nitidamente psicológica. De acordo com Evan Silva (1998), para 
que a composição evolua à uma solução adequada ela necessita passar por 
etapas especificas. Sendo essas etapas programa, partido arquitetônico, 
estudos preliminares, anteprojeto e projeto definitivo. 
Na prática profissional, os procedimentos apresentam 
semelhanças quanto à configuração geral. Os momentos de comunicação e 
de exposição dos resultados caracterizam as etapas de desenvolvimento do 
processo projetual. Estas se distinguem pelo grau de definição alcançado. 
O método do projeto elaborado a seguir teve como embasamento 
principal para a composição arquitetônica a bagagem teórica deste autor, 
dos qual será subtraído e adaptado as diretrizes e conceitos que mais 
possam enriquecer o processo e qualificar o produto. No caso, será 
apresentado uma proposta de nível anteprojeto que, segundo Silva (1998), 
se define como "uma solução geral do problema, com a definição de partido 
adotado, da concepção estrutural e das instalações, possibilitando a clara 
compreensão da obra a ser executada. Nesta etapa, faltam informações 
pormenorizadas". 
4.1 – PROGRAMA DE NECESSIDADES 
O programa de necessidades da casa noturna foi definido a partir 
dos estudos de referência e pesquisas relacionadas ao tema. 
Para elaboração do programa de necessidades, o projeto foi 
dividido em seis áreas principais: Pista de dança 1, pista de dança 2, área 
 
59 
 
aberta, Área de serviços, área administrativa e área técnica. Após essa 
divisão em áreas gerais do projeto, foi feito o programa de cada uma dessas 
áreas. 
Pista 1 – (400/500 pessoas) 
Pista de dança; Palco; Camarim; Camarotes; Bar; Banheiros 
(Masc./ Fem./ PNE). 
Pista 2 – (150/200 pessoas) 
Cabine DJ; Bar; Banheiros (Masc./ Fem./ PNE). 
Área aberta – (300/350 Pessoas) 
Bar; Banheiros (Masc./ Fem./ PNE); Área para mesas e cadeiras. 
Administrativo – 
Recepção; Sala de Administração; Sala de reunião; Escritório (2); 
Financeiro; Banheiros (Masc./ Fem./ PNE). 
Serviço – 
Bilheteria; Recepção/Espera; Banheiros (Masc./ Fem./ PNE); Depósito; 
Copa; Recebimento de mercadorias; Cozinha; Dispensa; Banheiros com 
vestiário (Masc./ Fem./ PNE); Casa de gás; Casa de lixo. 
Técnico – 
Casa de Maquinas; Sala de controle (Elétrico/eletrônico). 
Estacionamento – 
O cálculo para a quantidade de vagas de estacionamento foi 
realizado de acordo com o código de obras de Natal, que define que o 
empreendimento sob a classificação de restaurante, boate, ou salão de festa, 
 
60 
 
localizados em vias locais, deve-se prever no mínimo uma vaga para cada 
20m² de área de público. 
Após elaborado o programa de necessidades do equipamento a ser 
projetado, foi feito um pré-dimensionamento do edifício para, em seguida, 
começar a elaboração do projeto da casa noturna. 
4.2 – PRÉ-DIMENSIONAMENTO 
Com base no programa de necessidades, nos estudos de referência 
e nas normas necessárias para a elaboração do projeto, como o código de 
obras, o plano diretor e o Código de Segurança e Prevenção Contra Incêndio 
e Pânico do estado, foi elaborado o pré-dimensionamento dos ambientes 
presentes no projeto. 
O cálculo do pré-dimensionamento dessas áreas públicas será 
baseado da norma do Código de Segurança e Prevenção Contra Incêndio e 
Pânico do Estado do Rio Grande do Norte. Essa norma estabelece uma área 
mínima de 0,70m² para as pessoas sentadas e 0,50m² para as pessoas em 
pé. Para que haja um maior conforto, serão consideradas as áreas de 0,8m² 
para pessoas em pé e 1m² para pessoas sentadas. 
Tabela 2 - Pré-dimensionamento pista 1 
 
Nota: Elaborado pelo autor, 2016. 
 
61 
 
Tabela 3 - Pré-dimensionamento pista 2 
 
Nota: Elaborado pelo autor, 2016. 
Tabela 4 - Pré-dimensionamento área pública aberta 
 
Nota: Elaborado pelo autor, 2016. 
Tabela 5 - Pré-dimensionamento setor administrativo 
 
Nota: Elaborado pelo autor, 2016. 
 
 
62 
 
Tabela 6 - Pré-dimensionamento área de serviço 
 
Nota: Elaborado pelo autor, 2016. 
Tabela 7 - Pré-dimensionamento área técnica 
 
Nota: Elaborado pelo autor, 2016. 
Tabela 8 - Quadro resumo 
 
Nota: Elaborado pelo autor, 2016. 
 
63 
 
4.3 – RELAÇÕES PROGRAMÁTICAS 
Após construção do programa e da elaboração do pré-
dimensionamento, o passo seguinte é a interpretação e organização dos 
dados coletados em forma de organograma, onde estão apresentados dos 
elementos devidamente relacionados entre si. 
Figura 30 - Zoneamento Geral 
 
Fonte: Acervo pessoal 
O zoneamento considerou a necessidade que cada setor tem de se 
relacionar com os acessos e os demais setores. Outro fator importante 
levado em consideração foi a relação do terreno com a visual para o mar, 
deixando os principais ambientes de permanência prolongada com a visual 
mais privilegiada e, também, relacionar com o norte do terreno, para 
projetar os espaços abertos em áreas passíveis de receber a ventilação 
natural predominante vinda de sudeste. 
 
64 
 
Figura 31 - Fluxograma 
 
Fonte: Acervo pessoal 
A área comum se caracteriza como a principal zona do projeto, por 
isso o seu posicionamento central antecedendo todas as outras zonas. Já a 
área da administração se configura como o único local do equipamento de 
permanência prolongada, por esse motivo foi posicionado voltado para

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