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TEXTO 02 - PCE BULLYING

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BULLYING1 
O que é 
Conjunto de comportamentos hostis, intencionais e recorrentes, adotados por um ou mais 
alunos contra outro(s) em desvantagem de poder ou força física, sem motivação explícita. 
As causas 
 Modelos educativos a que foram submetidos. 
 Ausência de valores. 
 Limites e regras de convivência. 
 Punição através da violência (castigo físico e intimidação). 
 Exposição à violência. 
 
Como identificar o agressor 
 Comportamento provocador e de intimidação permanente. 
 Modelo agressivo na resolução de conflitos. 
 Dificuldade de se colocar no lugar do outro. 
 Relacionamento familiar pouco afetivo. 
 Pouca empatia. 
 
Observações: 
 Geralmente os pais desses agressores exercem uma orientação carente sobre eles, 
aceitam e dão como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou 
explosivo. 
 
1 Cel Marcos de Araújo (PMDF) 
 Há uma tendência de que os praticantes de Bullying tenham fortes possibilidades de se 
tornarem adultos com comportamentos antissociais e/ou violentos, podendo vir a 
adotar, inclusive, atitudes delinquentes ou criminosas. 
 
Quem são os alvos? 
 Pessoas ou grupos que sofrem as consequências de comportamentos agressores 
de outros e que não dispõem de recursos para repelir ou fazer cessar a injusta 
agressão. 
 Na maioria das vezes são pouco sociáveis, passivos, quietos possuindo forte 
sentimento de insegurança que os impede de solicitar ajuda. 
 Geralmente são pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem 
ao grupo. 
 Alguns creem serem merecedores do que lhes é imposto. 
 Trocam de colégio com frequência, ou abandonam os estudos. 
 
Características dos alvos 
 Baixa Autoestima. 
 Passividade. 
 Transtornos emocionais. 
 Depressão. 
 Tentativa ou consolidação de suicídio. 
 
 
 
Testemunhas 
 As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, na maioria dos 
casos convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as 
"próximas vítimas". 
 Ainda que não sofram agressões diretamente, muitas delas podem se sentir 
incomodadas com o que veem e inseguras sobre o que fazer. 
 Algumas reagem negativamente diante da violação de seu direito. 
 Tudo isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir 
acadêmica e socialmente, tornando-os inseguros e com dificuldades de 
aprendizagem. 
 
Orientações para a escola 
 Estimular os estudantes a pesquisar e debater sobre o tema. 
 Facultar aos alunos a criação de regras de disciplina para as suas próprias classes. 
 Lidar com a situação de bullying e cyberbullying interferindo diretamente. Os pais 
dos envolvidos devem ser avisados. 
 
Orientação aos responsáveis ou pais de agressores 
 Não ignorar a situação. 
 Ajudar a manifestar as insatisfações sem agredir. 
 Demonstrar amor, mesmo não aprovando o comportamento. 
 Tentar identificar o problema. 
 Pedir ajuda profissional à escola. 
 Encorajar a pedir desculpas ao colega agredido. 
 
Orientação para os professores e instrutores 
 Trabalhar o tema em sua disciplina. 
 Observar o comportamento para identificar possíveis vítimas e agressores. 
 Intervir imediatamente com habilidade. 
 Sensibilizar a comunidade escolar dos efeitos negativos. 
 Discernir brincadeira de bullying. 
 Estimular a amizade, o respeito, solidariedade e companheirismo. 
 
Aspectos éticos e legais 
 ECA-art.º 232: 
 “ Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou 
vigilância a vexame ou constrangimento” 
 Pena: 6 meses ou 2 anos de detenção. 
 Menor com menos de 12 anos: 
 Conselho tutelar chama atenção dos pais e da criança; 
 Menor com mais de 12 anos: 
 Juiz opta por advertência ou prestação de serviços à comunidade.

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