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Centro Universitário Leonardo da Vinci UNIASSELVI Educação Física Bacharelado BULLYING NA ESCOLA Docente: Luiz Eduardo Diaz de Carvalho ALTA FLORESTA-MT 08-04-2020 BULLYING NA ESCOLA Trabalho de Graduação apresentado Como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Educação Física no Centro Uniasselvi Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Discente: Anderson dos Santos de Souza Fernanda Gabriele de Souza Santos Natali Sofia Lopes Venlauskas Weslaine D.F.M. Castro ALTA FLORESTA-MT 08-04-2020 SUMÁRIO Introdução.........................................................................................................05 Metodologia......................................................................................................06 Referencial teórico............................................................................................07 Conclusão..........................................................................................................19 Bibliografia .......................................................................................................20 RESUMO O bullying é uma realidade que vem cada vez mais crescendo no país e que atinge diretamente o cotidiano escolar. Observando a mídia este tema aparece frequentemente e em grande quantidade de casos nas escolas todos os dias. Este assunto é muito falado porque afeta qualquer escola e em qualquer modalidade de ensino. Ainda temos muito pouco conhecimento sobre o assunto e o que nos impede muitas vezes de um bom desenvolvimento de estratégias para lidar com essa questão. Buscando conhecimento sobre o assunto devemos pensar o quanto é difícil para uma criança, adolescente ou mesmo um adulto lidar com isso e perceber o quanto é prejudicial para a sua saúde e sua vida. E diz-se para quem sofre o bullying ou para quem prática porque ele também terá punições uma vez comprovadas a prática. Este trabalho tem por interesse abordar o tema bullying e suas práticas, ocorrências e consequências, problema causado para as escolas e famílias, relatos de alguns casos de bullying, atividades que podem ser realizadas para amenizar os casos de bullying. Pensando neste problema tão sério e também de destaque nas mídias procuramos pesquisar mais sobre o tema uma vez que estamos em formação numa área em que muitas vezes o bullying se faz presente. Queremos com este trabalho nos fortalecer mais e quando necessário souber lidar com o assunto. A nossa pesquisa é quantitativa e ficaram restritas as leituras nos endereços virtuais e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Palavras-chave: Bullying, escola/gestão, alunos. INTRODUÇÃO Quando alguns se divertem à custa de outras pessoas que sofrem na escola, isso ganha outra definição, bem diferente de um simples divertimento. A partir do momento que se percebe que não é mais uma diversão utiliza- se o termo bullying escolar que abrange todos os atos de violência (física, moral, verbal) e que buscando saber do fato e se percebe que é de forma intencional ou repetitiva contra um ou mais alunos e muitas vezes estes não encontram argumentos frente as agressões sofridas. O Bullying deve ser tratado como uma prioridade nas instituições de ensino, pois as práticas de intimidação que o constituem podem causar enormes danos a toda a comunidade escolar uma vez que afeta diretamente o aluno e, sua família e a comunidade escolar. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. O tema da violência na escola começou a ganhar repercussão e, a partir da década de 1970, estudos sobre as agressões nas escolas vem sendo desenvolvidos, com o objetivo de conhecer a questão e caracterizar uma forma de violência que é chamada Bullying. A violência escolar refere-se a todos os comportamentos agressivos e antissociais, que variam de conflitos interpessoais até atos criminosos de grande relevância. Temos como objetivo geral o tema Bullying na escola e os objetivos específicos são: conhecer as causas e consequências do Bullying, diversos problemas causados pelo nas famílias e nas escolas, pesquisar e apresentar relatos de pessoas que sofreram bullying e o mal que fizeram a outras pessoas em decorrência do bullying, apresentar ações/e ou atividades que se pode realizar para amenizar / e ou perceber o bullying. Discutir as questões ligadas à prática do bullying com toda a comunidade escolar é importante, pois, proporciona a reflexão e evita que novos casos de bullying possam ocorrer nas unidades escolares. A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores. "O fato de ter consequências trágicas - como mortes e suicídios - e a impunidade proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema”. Em um contexto atual complexo, violento, egoísta e pouco empático, é preciso atenção mais específica, sistemática e preventiva para a família e a escola, pois os efeitos psicológicos do bullying, tanto para os agressores quanto vítimas, são prejudiciais e duradouros. Considerando-se que no bullying a maioria das agressões ocorre no território escolar, onde a criança e o adolescente passam grande parte do dia. Negar muitas vezes que existe bullying na escola só agrava o problema e multiplica a agressão. A escola deve estar preparada para lidar com todos os envolvidos no bullying A sociedade e principalmente o ambiente escolar deve se conscientizar e compreender melhor as questões e os problemas que ele enfrenta no seu cotidiano. E conscientes que as diferenças sociais existentes em nosso país são imensas, precisamos encaminhar os alunos dentro da conduta da cidadania para atuarem intensamente na sociedade cheia de desafios. Um desses desafios é a prática do BULLYING, cada vez mais presente na sociedade, em nossas escolas, nos nossos alunos, o que nos causa uma grande preocupação. Não se trata somente de fazer uma revolução com relação ao BULLYING, mas sim de contribuir para uma melhor compreensão do tema. A violência contra criança e adolescentes tem se tornado cada vez mais presente nas diferentes esferas da sociedade. Considerado como um grave problema mundial que ameaça o bem estar físico e mental apesar de muitas vezes ser ignorado ou considerado como parte de um comportamento social aceitável. METODOLOGIA Utilizou-se o método bibliográfico de pesquisa, portanto quantitativo e na sua totalidade a leitura de temas que abordam o assunto nas redes sociais. A internet foi o nosso aliado para os estudos e encontrar na literatura de suas publicações existentes as definições e as possíveis implicações do que se convencionou denotar “fenômeno bullying”. Neste trabalho vimos a internet como uma ferramenta de estudo e aprendizado. Esperamos conhecer um pouco mais sobre o tema para com isso contribuir para a minimização do fantasma do bullying, principalmente no ambiente escolar, onde se contribui grandemente na formação do caráter de nossos alunos. JUSTIFICATIVA A prática do Bullying tornou-se algo comum nos espaços educacionais, provocando cada vez mais atitudes violentas, tantos dos agressores, como das vítimas. Estudar e refletir sobre as questões ligadas a prática do bullying nos proporciona um maior conhecimento uma vez que é um tema muito relevante nas escolas. A prática do Bullying cresceu muito com a influência dos meios eletrônicos.Como somos um grupo de estudantes que futuramente exercerão o exercício em escolas percebemos que o estudo sobre o tema se faz necessário. O nosso trabalho se resume em estudos e pesquisas sem a busca em casos diretos nas escolas. REFERENCIAL TEÓRICO O fenômeno bullying, como é entendido hoje, é tão antigo quanto a própria escola e acontece em escala mundial. Até o início da década de 1970 pouca atenção foi dada a esta prática, apesar de os professores e educadores terem consciência da problemática existente entre agressor e vítima. Foi nesta época que iniciou um grande interesse de toda a sociedade por este problema, assim como pelas consequências que dele decorrem. Nesta mobilização, a Suécia foi o país pioneiro, logo em seguida estendendo para os outros países escandinavos. No Brasil, o bullying ainda é pouco estudado, e por isso não é possível obter uma visão global do fenômeno para que possamos fazer uma comparação com outros países. O que se pode afirmar é que em relação a outros países, estamos muitos anos em atraso em estudos e pesquisas e, consequentemente, em políticas públicas de prevenção e intervenção. É importante lembrar que nem todas as consequências do bullying resultam em tragédias, no entanto, as agressões sempre causam sofrimento, interferindo drasticamente nos processos de aprendizagem e socialização, podendo deixar graves sequelas emocionais. Trata-se de uma questão mundial que implica em sérias consequências para todas as pessoas e para o futuro, porque pode trazer prejuízos à formação emocional e socioeducacional dos indivíduos, além de contribuir para a produção, em larga escala, de cidadãos estressados, deprimidos, com baixa autoestima, baixa capacidade de autoaceitação e resistência a frustração, reduzida capacidade de autoafirmação e de autoexpressão. O termo bullying é uma palavra da língua inglesa, gerúndio do verbo “to bully”, que apesar de não ter uma tradução exata para o português, pode ser entendida com o sentido de “intimidar”, “ameaçar”, “maltratar” e “oprimir”. O “bullying” pode ser entendido como qualquer comportamento que vise causar dor e angústia a outra pessoa sistematicamente, seja através de demonstrações de força física ou de modo a agir sobre o psicológico da vítima. É um ato caracterizado pela violência física e/ou psicológica, de forma intencional e continuada, de um indivíduo, ou grupo contra outro(s) individuo(s), ou grupo(s), sem motivo claro. Bullying. Foto: Twin Design / Shutterstock.com https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2007/11/bullying.jpg No Brasil, a palavra “Bullying” é utilizada principalmente em relação aos atos agressivos entre alunos e/ou grupos de alunos nas escolas. Até pouco tempo, o que hoje reconhecemos como Bullying, era visto como fatos isolados, “briguinhas de criança”, e normalmente família e escola não tomavam atitude nenhuma a respeito. Atualmente o Bullying é reconhecido como problema muito sério nas escolas, e com consequências sérias, tanto para vítimas, quanto para agressores. As formas de agressão entre alunos são as mais diversas, como empurrões, pontapés, insultos, espalhar histórias humilhantes, mentiras para implicar a vítima a situações vexatórias, inventar apelidos que ferem a dignidade, captar e difundir imagens (inclusive pela internet), ameaças (enviar mensagens, por exemplo), e a exclusão. Entre os meninos, os ataques mais comuns são as físicas. Ainda que não efetivada a agressão, os agressores costumam ameaçar, meter medo em suas vítimas. Já as meninas agressoras costumam espalhar rumores mentirosos, ou ameaçarem e espalharem segredos para causar mal estar. Tanto vítimas, quanto agressores podem sofrer consequências psicológicas destas situações de abuso, porém o que normalmente acontece, é que todas as atenções dos responsáveis (pais e professores) se voltem para o agressor, visto como um marginal em potencial, e a vítima é esquecida. O Bullying atrapalha inclusive a aprendizagem, sendo que normalmente os agressores são as crianças com maior porcentagem de reprovação e os casos de agressão, que acontecem por um período maior devem ser encaminhados para atendimento psicológico. Constitui "ato infracional" o aluno que praticar todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, dos seguintes tipos de Bullying: 1-FORÇA FÍSICA: bater, chutar, beliscar, agredir física e gestualmente, portar arma, perseguir, ferir; 2-VERBAL: apelidar, xingar, zoar, insultar, ofender; 3-MORAL: difamar, caluniar, provocações racistas; 4-SEXUAL: assediar, insinuar, induzir, abusar; 5-PSICOLÓGICO: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, infernizar, tiranizar, chantagear, manipular, ameaçar, humilhar; 6-MATERIAL: esconder, roubar, destroçar pertences, destruir objetos ou infraestrutura da escola; 7-EXCLUSÃO SOCIAL: discriminar, ignorar, isolar, excluir; 8-VIRTUAL: usar celular ou internet para executar as ações já mencionadas acima. Estes atos infracionais quando maiores incorrem em crimes previstos no Código Penal como: Ofensas à Integridade Física Simples/ Grave; Injúrias / Difamação; Homicídio simples / qualificado; Coação;. Isto não que dizer que os menores de 16 anos ,não sejam responsabilizados pelos seus comportamentos, uma vez que a prática de um fato qualificado como crime por um menor entre 12 e 16 anos de idade conduz à aplicação de uma medida tutelar educativa. Embora o nome Bullying, não se encontre qualificado no âmbito da legislação Penal e do Estatuto da Criança e do Adolescente, mas as atitudes a que se refere o fenômeno configuram crime. Art. 146 do Código Penal: "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda". Art. 147 do Código Penal: "Ameaçar alguém, por palavra, escrita ou gesto, ou qualquer outro meio embólico, de causar-lhe mal injusto e grave". Art. 5º da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente: "Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão aos seus direitos fundamentais". Art. 17 da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente: "O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais". Por que o bullying é um problema nas escolas O bullying é um problema que pode ocorrer em qualquer ambiente onde convivem pessoas. Por isso, há casos de bullying em ambientes de trabalho ou grupos de vizinhos, por exemplo. Porém, quando intimidações ocorrem no ambiente escolar, a instituição de ensino passa a ter responsabilidade e tem que agir para impedir qualquer violência. Crianças e jovens, ainda em fase de formação, são especialmente suscetíveis ao bullying. Fora isso, em um ambiente como uma escola, que reúne um grande grupo de jovens, é possível que diferenças entre os alunos deem origem a práticas inaceitáveis de discriminação. Já existe uma lei antibullying no Brasil desde 2016. Ela prevê que as instituições de ensino tem o dever de promover campanhas de conscientização e desenvolver planos de ações para combater as intimidações no ambiente escolar. A legislação específica sobre o tema ressalta, ainda mais, a importância de combater o bullying. A lei Antibullying 13.185/2015, que entrou em vigor a partir de 06.02.16, instituiu em todo o território nacional, o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). A Lei Antibullying 13.185/2015garante que “é dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying)”, e que “os entes federados poderão firmar convênios e estabelecer parcerias para a implementação e a correta execução dos objetivos e diretrizes do Programa instituído por esta Lei”. O problema se torna ainda maior à medida em que muitos alunos que sofrem ou testemunham o bullying acabam por se calar, com medo de se tornarem as “próximas vítimas”. Assim, muitas agressões que deveriam ser repreendidas não chegam ao conhecimento da equipe da escola. Todavia, isso não justifica a omissão da instituição ao lidar com casos de intimidações sistemáticas. Cabe aos professores, coordenadores, psicólogos e diretores estar sempre atentos a qualquer problema entre os alunos para agir rapidamente em caso de necessidade. Cyberbullying: quando o problema chega ao mundo virtual Em um grande número de casos a intimidação sistemática que começa no colégio chega ao ambiente virtual. Este é o chamado “cyberbullying”. Nesse caso, a escola praticamente deixa de ter controle sobre a situação, e o bullying pode se alastrar livremente. Isso porque na internet os agressores podem se valer do anonimato e ser ainda mais agressivos. Outro fator preocupante é o fato de que na internet os conteúdos ofensivos podem se propagar de maneira muito mais rápida e pouco rastreável, o que dificulta o trabalho da instituição de ensino na solução do problema. Desse modo, o trabalho de combate às intimidações precisa ser eficaz o suficiente para que agressões não cheguem à internet. Causas do bullying Não há uma única causa para casos de bullying. Porém, na maioria dos casos, alguns fatores psicológicos tanto do agressor quanto da vítima acabam desencadeando o problema. Muitas vezes os agressores são crianças ou jovens que vivem em um ambiente familiar onde há pouco respeito – o que os leva a reproduzir comportamentos violentos na escola. Além disso, há outras razões comuns que levam ao bullying como: a-Alunos com notas mais altas, colegas invejam as boas notas. b-Estudantes com características físicas diferentes da maioria dos colegas ou diferenças socioculturais c-A timidez e a dificuldade de relacionamento de algumas crianças pode torná-las mais vulneráveis ao bullying. Em resumo, o bullying geralmente se estabelece onde há disputas e diferenças entre os estudantes, onde uns procuram se afirmar frente a outros, estabelecendo uma. Relação de opressor e oprimido. Assim, o importante é combater preconceitos, incentivar a cooperação e trabalhar para criar uma cultura de paz na escola. Consequências do bullying A prática de bullying é um problema que traz consequências negativas para todos. A instituição de ensino, as vítimas, as famílias e até mesmo os próprios agressores são prejudicados pela prática de intimidações. A escolha de um aluno-alvo geralmente com grande diferença de poder, já aponta para sua baixa autoestima, visto que, os problemas causados pelo bullying prejudicam ainda mais os que já existiam antes dele. Também pode causar problemas graves de transtornos psíquicos e/ou de comportamento e podem trazer irreversíveis perdas. Os maiores índices de atendimento psicológicos são os de estresse, o qual é grande responsável pela maioria das doenças da atualidade, pelo fato de diminuir a imunidade e diversificar os sintomas psicossomáticos que, na maioria das vezes, aparecem na hora de ir à escola, como por exemplo, dor de cabeça, de estômago, musculares, náuseas, tonturas, febre, perda ou ganho de apetite, entre outros. As vítimas têm inúmeras possibilidades de vivenciar traumas psicológicos e podem perder tanto no desenvolvimento cognitivo, quanto emocional e sócio educacional. Ficam expostos às intimidações constrangedoras e são os que mais sofrem com a baixa autoestima, insegurança, ansiedade, angústia, vergonha e, principalmente, medo. O déficit de atenção, concentração, de aprendizagem e a falta de interesse pelos estudos e pela escola, rendimento escolar comprometido e evasão são alguns dos sintomas mais comuns. Algumas crianças tornam-se introvertidas, ansiosas, irritadas e tristes, isolando-se dos demais e perdendo o interesse pelos estudos. Inventam desculpas para não precisar ir às aulas, pois a escola, tornou-se lugar de insegurança e infelicidades. Muitos, ainda, tentam mudar de escola ou optam pela evasão escolar, ou desenvolvem fobia escolar a qual prejudica o seu desenvolvimento nas relações sociais, educacionais e afetivas. Mas há casos em que as vítimas desenvolvem um sistema de defesa, o qual lhe permite a superação do problema, elas normalmente dedicam-se a fazer o que gostam como estudar ou demais atividades nas quais consegue destaque e torna-se conhecido por todos, porém há um grande número de vítimas que ainda não consegue reagir aos ataques, e muitas outras suplicam para que lhes deixem em paz, porém, as súplicas são inválidas. Há casos em que a vítima chega ao extremo e resolve por fim a própria vida, assim como há aqueles que se munem e se vingam de todos aqueles que lhe importunavam e posteriormente também cometem suicídio. Os praticantes de bullying se envolvem mais facilmente em gangues, porte ilegal de armas, brigas e até mesmo tráfico e uso de drogas e álcool e tendem a praticar assédio moral no trabalho, violência em casa e não estão preparados para as frustrações. A agressividade é um potencial que todos nós temos e que é muito importante para a nossa vida inteira, visto que é ela que nos faz levantar cedo, irmos à escola ou ao trabalho e passarmos um dia inteiro e ainda termos disposição para a noite. A agressividade por este ponto de vista é muito positiva, porém pode ser muito prejudicial caso não tenha sido educada e canalizada para projetos de autorrealização, neste caso, ela pode ser utilizada como mecanismo de defesa. Razões para combater o bullying na escola Citam-se as inúmeras consequências negativas trazidas pela prática do bullying e a escola não pode se omitir. É dever de a instituição lutar para acabar com esse problema, já que ele prejudica a todos. Observe algumas razões que faz com que acreditamos que se faz necessário o combate do bullying: 1 – O bullying torna o ambiente escolar hostil então se deve atenção dos profissionais da instituição de ensino; 2 – O bullying prejudica o aprendizado e pode levar também a evasão escolar; 3 – O bullying pode levar à consequências judiciais e também causar prejuízos materiais; 4 – O bullying causa sequelas psicológicas e pode ameaçar a integridade física do aluno; 5– O bullying pode chegar ao ambiente virtual 6– O bullying atrapalha a formação dos alunos como cidadãos 7 – O bullying pode prejudicar a saúde da vítima e às vezes pode levar a morte; 8– O bullying prejudica a comunidade escolar como um todo Pode-se perceber que há motivos suficientes para combater o bullying na escola. Cabe a cada gestor junto com equipe escolar elaborar estratégias de prevenção. Relatos De Alguns Casos De Bullying Alguns casos recentes comprovam que esse é um assunto sério e que deve ser tratado com cuidado, tanto por pais quanto por professores. 1-Bullying de aluno para professor: um aluno de 14 anos ofende a professora com palavrões, derruba os livros da mesa e bate nas nádegas dela. 2-O massacre do Realengo: um homem de 23 anos entra na escola e atira contra alunos porque sofreu bullying na infância. 3-A Polícia Civil do Paraná identificou os alunos que seriam alvos do adolescente que atirou contra os colegas no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira (PR). O ataque, na última sexta-feira, 28, deixou dois feridos. Segundo testemunhas, a motivação para o crime foi bullying. O agressor, que veio paraa escola no início do ano, não gostava de apelidos relativos ao peso ou ao fato de morar na área rural. Os colegas o chamavam de “Zé Patrola” e “Gordo”. 4- Um menino de 12 anos se suicidou em Vitória, no Espírito Santo, após ser alvo de bullying na escola. Segundo relatos, o aluno era humilhado, empurrado e xingado de "gay", "bicha" e "gordinho" pelos colegas. Fev. de 2013. Ações para combater o bullying Reflexões Que Podem Ser Realizadas Para Amenizar O Caso De Bullying Aplicar atividades orais e escritas que estimulem a reflexão sobre as práticas de violência no espaço escolar. Discutir o respeito às diferenças dentro e fora da sala de aula. Construir uma proposta de regras de convivência e contra o bullying na unidade escolar. Solucionar problemas referentes a temática que vem acontecendo no interior da sala de aula e se propagando pela escola e comunidade; Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões; Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema; Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em coerência com o regimento escolar; Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos; Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying. Levar o grupo a perceber a importância do respeito mútuo, respeito às diferenças individuais e com isso iniciar o trabalho de temas como bullying e como evitá-lo. Atividades que podem ser realizadas para amenizar o caso de bullying 1. Roda de conversas para levantar as causas do problema; É importante usar este momento para esclarecer o que o bullying e as consequências do mesmo. A conversa deve ser descontraída sem chamar a atenção, sem focar diretamente no problema. É importante que os alunos falem livremente sobre o assunto mesmo que aflore as situações de conflito; 2. Dinâmicas de Grupo; Dividir os participantes em grupos de 5 ou 4 participantes, cada; Entregar para cada grupo uma folha de sulfite e canetas coloridas. Explicar que cada componente do grupo só poderá fazer um traço de cada vez para executar o barco e que quando terminar o seu traço deve passar a folha para o próximo colega que por sua vez irá executar o traço que lhe cabe. Por exemplo: O primeiro participante faz o traço que se refere à parte de baixo no barco, cabe então ao próximo participante fazer uma das laterais. E assim por diante até que todos possam ter executado sua parte e o barco esteja, totalmente, desenhado. Pedir para que iniciem a atividade. Enfatizar que cada grupo deve ter seu desenho pronto no prazo máximo de 2’. Após a execução da atividade verificar se todos completaram o desenho e qual grupo a terminou mais rapidamente. (A tendência é que todos os grupos terminem rapidamente e não tenham dificuldade para executar a tarefa). Agora, explicar que isso foi apenas um ensaio e que irão novamente fazer o desenho do barco, só que agora serão estabelecidas algumas características para cada participante como descritas a seguir. (colocar na lousa ou levar um cartaz). Participante 1- É cego e só tem o braço direito. Participante 2- É cego e só tem o braço esquerdo. Participante 3- É cego. Participante 4- É mudo. Participante 5- Não tem os dois braços. Obs: Essas combinações são feitas de acordo com o número de participantes de cada grupo, podendo ser acrescentadas ou retiradas dificuldades. O facilitador pode levar fitas para prender a mão ou mãos dos participantes que não podem usá-las, pois estes tendem a não respeitar as instruções até mesmo por ato reflexo. Outras combinações podem ser feitas: cego e surdo só têm o braço esquerdo, etc. 7- Depois de explicado quais serão as dificuldades dos membros do grupo, pedir para que estabeleçam quem irá assumir qual característica, entregando as vendas para os que serão cegos, tiras de pano para amarrar os braços que não deverão utilizar e tapa ouvidos para os surdos. Quando todos estiverem prontos, estabelecer o tempo de 4’ para que executem a tarefa. Obs: O facilitador deverá permanecer em silêncio, apenas observando o trabalho. Caso alguém solicite ajuda ou informações, reforçar as instruções já ditas sem dar outras orientações. Caso algum participante faça perguntas do tipo está certo? Pode fazer assim? Deixar o grupo decidir. Não deve interferir. Estas situações poderão ser retomadas no momento de debate, para análise e como ilustração para outros comentários. 3. Sugestões de Filmes; O EXTRAORDINÁ 4. Palestras com os pais e responsáveis; Este também deve ser um momento para ouvir os pais e apurar dados que possam revelar as causas mais profundas do bullying; A orientação é que as crianças não sejam expostas nestas reuniões; Observar o comportamento dos pais é essencial para saber se eles também não estão praticando o bullying em casa com as crianças envolvidas na situação de conflito. 5. Resolução de casos; Esta é uma tarefa que deve ser feita de forma muito sólida; É importante observar como a turma esta reagindo depois das atividades propostas ante de quaisquer iniciativas; Sempre agir junto com os pais, ouvindo os envolvidos em ato de bullying; Todo este processo deve registrado em ata de ocorrências na instituição escolar. CONCLUSÃO O bullying é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola. Os que praticam o bullying têm grande perspectiva de se tornarem adultos com comportamentos antissociais e violentos. As vítimas de bullying muitas vezes lutam contra ansiedade, depressão, baixa autoestima e abuso de drogas – algo que se estende até a idade adulta. O papel dos professores vai além de simplesmente mediar conhecimentos, também é possível o diagnóstico precoce de casos de bullying a partir da observação por parte desses profissionais de alterações que porventura surjam no cotidiano escolar ou no comportamento de alunos ou colegas de trabalho. Quando se consegue identificar a prática do bullying, imediatamente se deve encaminhar as vítimas a um acompanhamento no ambiente escolar primeiramente. A vítima de bullying deve sentir-se segura perante seus professores, que demonstram compreensão e disponibilidade para auxiliá-lo. Estes por sua vez devem evitar qualquer tipo de crítica, censura ou superproteção, evitando assim a intimidação ou envolvimento excessivo, que de nada auxiliam na redução e se possível eliminação do bullying no ambiente escolar. Com relação aos praticantes do bullying é necessário também se criar um clima amistoso, porém não se deve deixar de apontar os excessos cometidos e as consequências que podem advir deste comportamento extremado. Cada escola deve desenvolver sua própria estratégia para reduzi-lo e a maneira de se combater o bullying é através da cooperação de todos os envolvidos: professores, funcionários, alunos e pais. As medidas tomadas pela escola para o controle do bullying, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de costumes de não violência na sociedade. Por todos os aspectos pesquisados e relacionados ao tema do bullying nos trouxe uma grande reflexão e algumas questões de ajuda e como proceder em casos de bullying na escola ou até fora dela. Saber lidar com o assunto é um dos grandes desafios no contexto escolar. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA https://brasil.estadao.com.br/.../geral, policia-identifica-autores-de-bullying-em-colégio. https://blog.wpensar.com.br/pedagogico/bullying-na-escola/ https://escoladainteligencia.com.br › Blog › Escola da Inteligência (lei do bullying) https://www.infoescola.com/sociologia/bullying-na-escola/ https://www.lendo.org › Artigos para professores https://www.portaleducacao.com.br › Home› Artigos › Educação e Pedagogia https://www.webartigos.com/artigos/projeto-bullying-uma-ameaca-na-escola/115881/#ixzz5Q4xsS3QY
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