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Descolamento de placenta Docente: Enf. Rayanne Oliveira Esp: Obstetrícia e UTI Neonatal A placenta é o órgão que se forma durante a gestação e é responsável pela “comunicação” entre mãe e bebê, permitindo a troca de nutrientes e oxigênio, além da produção de hormônios necessários para a manutenção da gravidez. O descolamento prematuro de placenta (DPP) é a separação parcial ou completa da placenta do útero antes do parto. Essa normalmente ocorre quando a gestação possui 20 semanas ou mais, e representa 10% de todos os partos prematuros. O descolamento de placenta acontece quando a placenta é separada da parede do útero prematuramente. Principais sintomas: Dor abdominal intensa; Dor na região lombar; Sangramento vaginal; Existem casos em que o sangramento vaginal não está presente, pois pode ser oculto, ou seja, ficar retido entre a placenta e o útero. Como confirmar o diagnóstico: O diagnóstico de descolamento prematuro da placenta é feito pelo médico obstetra, a partir da história clínica e exame físico, além da realização da ultrassom, que poderá detectar hematomas, coágulos e diferenciar de outras condições que podem causar sintomas semelhantes e sangramento, como placenta prévia. O que causa o descolamento Qualquer gestante pode desenvolver um descolamento da placenta, no entanto, é mais comum que se desenvolva em mulheres com fatores de risco que afetam a circulação de sangue, como: Fazer esforços físicos muito intensos; Ter sofrido uma pancada forte nas costas ou barriga; Ter pressão alta ou pré-eclâmpsia; Ser fumante; Fazer uso de drogas; Apresentar rotura da bolsa antes do tempo previsto; Ter pouco líquido amniótico; Ter uma doença que altere a coagulação do sangue. Como é feito o tratamento Em caso de suspeita de descolamento prematuro da placenta é orientado ir ao pronto-socorro o mais rápido possível, para que o obstetra inicie os procedimentos de diagnóstico e tratamento. Pode ser necessário que a gestante fique internada por um período, em repouso, com uso de oxigênio e controle da pressão arterial e frequência cardíaca, além da monitorização do sangramento com exames de sangue. Para tratar o descolamento prematuro da placenta, é importante individualizar cada caso, de acordo com a quantidade de semanas de gestação e do estado de saúde da gestante e do bebê. . Condutas de enfermagem descolamento prematuro de placenta leva também á concentração dos cuidados de enfermagem e no impacto gestacional. Medidas gerais: veias calibrosa; débito urinário; SSVV de 15 em 05 min; reposição volêmica a partir da PVC; hemáceas; plasma e plaquetas. Monitorar sangramento; Requer rápida resolução da gestação, pelo alto risco de deterioração do concepto e risco materno; Concepto vivo: cesariana; Concepto morto: parto vaginal indicado somente se houver dilatação maior que 8 cm e apresentação fetal baixa. Outros cuidados importantes Se a mãe e o bebê estiverem bem e o sangramento parar, a gestante pode ter alta, com a orientação de alguns cuidados como: Evitar ficar mais de 2 horas de pé, devendo de preferência ficar sentada ou deitada com as pernas ligeiramente elevadas; Não fazer qualquer tipo de esforço como limpar a casa ou cuidar dos filhos; Beber pelo menos 2 litros de água por dia. Caso não se consiga estabilizar o quadro, pode ser necessário antecipar o parto, mesmo nestes casos, para garantir a saúde do bebê e da mãe. Considerações finais As intercorrências que são desencadeadas durante o ciclo gravídico puerperal, a exemplo o DPP e a PP, quando não diagnosticada e tratadas no início da sintomatologia levam a internação e/ou ao óbito a gestante e o recém nascido. A equipe multidisciplinar, em especial a de enfermagem, atua diretamente junto a gestante-recém nascido, e dessa forma disponibiliza da aplicação do processo saúde doença e assim contribuir para recuperação dos indivíduos assistidos pela equipe. Diante das afirmativas supracitadas conclui-se que esse estudo possibilitou aprimorar conhecimentos a cerca da patologias hemorrágicas na gestação, bem como subsidiou a aplicação de cuidados técnicos e teóricos visando assistir a paciente no ambiente intra e extra hospitalar por meio da aplicação do processo de enfermagem, além de contribuir para o aprimoramento profissional. REFERÊNCIAS REZENDE, J. F; MONTENEGRO, C. A. B. Obstetrícia Fundamental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan LTDA, 2017. Tratado de Ginecologia FEBRASGO / editores Cesar Eduardo Fernandes, Marcos Felipe Silva de Sá; coordenação Agnaldo Lopes da Silva Filho...[et al]. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
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