Buscar

Condicionamentogengivalcoroas-Farias-2018

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

VICTOR ARTHUR OLIVEIRA DE FARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condicionamento gengival em coroas provisórias 
sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2018 
www.posgraduacao.ufrn.br/ppgscol ppgscol@dod.ufrn.br 55-84-3342-2338
CENTRO	DE	CIÊNCIAS	DA	SAÚDE
PROGRAMA	DE	PÓS-GRADUAÇÃO	EM	SAÚDE	COLETIVA
 
VICTOR ARTHUR OLIVEIRA DE FARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condicionamento gengival em coroas provisórias 
sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dissertação apresentada ao Programa de 
Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 
Centro de Ciências da Saúde da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, como requisito para a obtenção do 
título de Mestre em Saúde Coletiva. 
 
Orientadora: Profa. Dra. Patrícia dos Santos 
Calderon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal/RN 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VICTOR ARTHUR OLIVEIRA DE FARIAS 
 
CONDICIONAMNTO GENGIVAL EM COROAS 
PROVISÓRIAS SOBRE IMPLANTES EM ÁREA ESTÉTICA: 
UM ENSAIO CLÍNICO 
 
 
 
 
Dissertação apresentada ao Programa de 
Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 
Centro de Ciências da Saúde da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, como requisito para a obtenção do 
título de Mestre em Saúde Coletiva. 
 
 
 
Aprovada em: ____/____/_______ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
__________________________________________________________________ 
Profa. Dra. Patrícia dos Santos Calderon – Orientadora 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
__________________________________________________________________ 
Profa. Dra. Ana Rafaela Luz de Aquino Martins – Membro Interno 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
__________________________________________________________________ 
Profa. Dra. Ana Clara Soares Paiva Torres – Membro Externo 
Universidade Estadual do Rio Grande do Norte 
Natal/RN 
 2018 
 
 
 
 
RESUMO 
 
INTRODUÇÃO: O fator estético é um dos critérios utilizados na definição do 
sucesso de reabilitações implantossuportadas. Os critérios estéticos dos profissionais 
para essa característica variam a depender da sua área de especialização e vivência 
clínica. O objetivo desse trabalho é mensurar a influência do condicionamento 
gengival no resultado estético, bem como avaliar a percepção de diferentes 
especialidades no resultado dessa intervenção em restaurações provisórias unitárias 
sobre implante na região do sorriso. METODOLOGIA: Dez pacientes foram 
submetidos a cirurgia de instalação de implante com conexão cônica. Todos os 
pacientes receberam próteses provisórias sobre implante em resina acrílica. O 
processo de condicionamento gengival foi realizado pela técnica não-cirúrgica de 
pressão gradual. Fotografias da região reabilitada foram realizadas na instalação da 
coroa provisória e na última sessão de condicionamento gengival. Três avaliadores 
especialistas e um clínico geral, mascarados com relação a fase da restauração 
provisória, aplicaram o Pink Esthetic Score (PES) a partir dos critérios observados nas 
fotografias. Cada avaliador repetiu o PES três vezes num espaço de 3 dias entre as 
avaliações, nas quais a sequência de fotografias era diferente. Os resultados foram 
avaliados estatisticamente utilizando o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI), o 
teste não-paramétrico de Wilcoxon e o teste de qui-quadrado de Pearson. 
RESULTADOS: Os avaliadores tiveram uma concordância média para os valores de 
PES e todos os critérios constituintes (entre 40% e 75%), no qual o clínico geral 
apresentou maior grau de discordância em todos os parâmetros. O protesista foi o 
mais criterioso para as avaliações enquanto o clínico geral e o periodontista 
apresentaram medianas semelhantes para os escores antes e depois. Existiu diferença 
significativa entre a avaliação do PES antes e depois do condicionamento gengival 
para todos os avaliadores (p<0,05), indicando que houve melhora na estética após a 
realização do condicionamento gengival. CONCLUSÃO: O condicionamento 
gengival influencia positivamente no escore do PES e de seus parâmetros 
constituintes e essa diferença pode ser notada por todos os avaliadores. 
 
Palavras-chave: Implante Unitário, Estética Dentária, Condicionamento tecidual. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
BACKGROUND: The esthetic outcome is one of the criteria used to build a 
definition of success in implant-supported restorations. The esthetic criteria of 
professionals for these characteristics vary depending on their area of specialization 
and clinical experience. The aim of this study is to measure the influence of soft tissue 
conditioning on esthetic outcome as well as to evaluate the perception of different 
specialties in the result of this intervention in provisional crowns on single implants in 
the smile zone. METHODS: Ten patients underwent an implant placement surgery to 
insert a morse tapered implant. All patients received an acrylic resin implant-
supported provisional crown. The soft tissue conditioning process was performed with 
a non-surgical technique of gradual pressure. Photographs of the rehabilitated region 
were taken at the first provisional crown insertion and at the last session of soft tissue 
management. Three specialists and a general practitioner were selected as blinded 
examiners and applied the Pink Esthetic Score (PES) based on the criteria observed in 
the photographs. Each examiner repeated the PES three times within three days 
between analyses. Each evaluation had a different sequence of photos. The results 
were analyzed using the Intraclass Correlation Coefficient (ICC), the nonparametric 
Wilcoxon signed-rank test, and the Pearson’s chi-square test. RESULTS: The 
evaluators had a mean agreement for PES values and all the constituent criteria 
(between 40% and 75%), in which the general practitioner showed the greater degree 
of disagreement in all parameters. The prosthodontist gave the lowest scores for the 
evaluations while the general practitioner and the periodontist presented similar 
results (highest scores) for the before and after scores. There was a significant 
difference between the evaluation of PES before and after gingival conditioning for 
all evaluators (p <0.05), indicating that there was an improvement in aesthetics after 
gingival conditioning. CONCLUSION: Soft tissue conditioning positively influences 
the PES score and its constituent parameters and this difference could be noticed by 
all the evaluators. 
 
Keywords: Single Implant, Esthetic Dentistry, Tissue Conditioning. 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
Figura 1. Dimensões necessárias para se realizar a reabilitação com implantes ............... 15 
Figura 2. Preparação do Guia Multifuncional previamente à realização da tomada 
radiográfica ......................................................................................................................... 16 
 
Figura 3. Tomografia computadorizada realizada com o guia multifuncional em boca ... 17 
 
Figura 4. Instalação do pilar e prova do cilindro provisório .............................................. 19 
 
Figura 5. União do dente de estoque ao cilindro provisório ............................................. 20 
 
Figura 6. Instalação do provisório .................................................................................... 21 
 
Figura 7. Modificações do provisório em fase de condicionamento ................................. 23 
 
Figura 8. Comparação de sessões de condicionamento .................................................... 24 
 
Figura 9. Fluxograma dos pacientes envolvidos na pesquisa ........................................... 26 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
Tabela 1. Caracterização da amostra .................................................................................27 
 
Tabela 2. Valores do Coeficiente de Correlação Intraclasse entre especialidades ........... 28 
 
Tabela 3. Análise das médias dos escores do Pink Esthetic Score em função dos 
especialistas......................................................................................................................... 29 
 
Tabela 4. Situação do PES antes e depois da realização do condicionamento gengival. .. 30 
 
 
 
SUMÁRIO 
1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3 
2. REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................... 5 
2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................... 5 
2.2 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ESTÉTICA EM IMPLANTES 
UNITÁRIOS ..................................................................................................................................... 5 
2.3 MANEJO DO TECIDO PERIIMPLANTAR ................................................................... 7 
3.OBJETIVO ....................................................................................................................... 12 
3.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................. 12 
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.................................................................................................. 12 
4. MÉTODO ......................................................................................................................... 13 
4.1 CARACTERÍSTICAS DO ESTUDO ............................................................................... 13 
4.2 PLANO AMOSTAL.............................................................................................................. 13 
4.3 CRITÉRIO DE INCLUSÃO .............................................................................................. 13 
4.4 CRITÉRIO DE EXCLUSÃO ............................................................................................. 13 
4.5 VARIÁVEIS............................................................................................................................ 14 
4.6 EXECUÇÃO DA INTERVENÇÃO.................................................................................. 15 
4.6.1 FASE PRÉ-CIRÚRGICA ........................................................................................................... 15 
4.6.2 FASE CIRÚRGICA...................................................................................................................... 18 
4.6.3 FASE PROTÉTICA...................................................................................................................... 19 
4.7 APLICAÇÃO DO PES ......................................................................................................... 25 
4.8 ANÁLISE DE DADOS ......................................................................................................... 26 
4.9 ASPECTOS ÉTICOS ........................................................................................................... 26 
5. RESULTADOS ............................................................................................................... 28 
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA ........................................................................... 28 
5.2 AVALIAÇÃO DOS ESPECIALISTAS ........................................................................... 30 
6. DISCUSSÃO.................................................................................................................... 34 
6.1 A MOTIVAÇÃO ESTÉTICA DA REABILITAÇÃO COM IMPLANTES 
DENTÁRIOS ................................................................................................................................. 34 
6.2 A UTILIZAÇÃO DO PES POR DIFERENTES ESPECIALIDADES NA 
AVALIAÇÃO DA ESTÉTICA DE IMPLANTES UNITÁRIOS .................................... 34 
6.3 AVALIAÇÃO ESTÉTICA DO CONDICIONAMENTO GENGIVAL ATRAVÉS 
DO PES ........................................................................................................................................... 36 
7. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 38 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 39 
ANEXOS ............................................................................................................................... 45 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 3 
1.INTRODUÇÃO 
 
A Implantodontia moderna aborda de maneira ampliada o sucesso de um 
tratamento de reabilitação oral, em que além de respeitar os princípios de 
osseointegração, o implante deve receber uma restauração protética que esteja em 
condições ideais de oclusão, adaptação e estética. Essas condições proporcionam 
satisfação ao paciente, fornecendo assim qualidade à longevidade da prótese sobre 
implante (BUSER E BELSER, 2004; CHO ET AL, 2010, DEL FABBRO ET AL, 
2015). Nesse sentido, a avaliação estética participa como um importante ponto a ser 
considerado no tratamento, principalmente quando realizada em região estética, que 
quando aliada a outros parâmetros, terá sua contribuição para o êxito da intervenção 
(CHO ET AL, 2010; DEN HARTOG, 2011; DEN HARTOG, 2014). 
Em reabilitações unitárias, a mensuração do critério estético pode ser 
determinada a partir de parâmetros que levam em consideração tanto a mucosa 
periimplantar como aspectos da prótese sobre implante (FÜRHAUSER ET AL, 2005, 
BELSER ET AL 2009). Aspectos que avaliam a restauração protética apresentam 
uma maior previsibilidade, já que o cirurgião-dentista é responsável por determinar as 
características que são levadas em consideração em sua avaliação, como coloração, 
forma, tamanho e caracterização, o que não acontece de forma direta nos critérios 
relacionados à mucosa periimplantar, como por exemplo a formação de papila distal e 
mesial ou a disposição do tecido mole na região do processo alveolar (DEN 
HARTOG ET AL, 2011). 
Para redimensionar a mucosa considerando sua situação inicial para uma 
condição esteticamente mais adequada, é possível realizar o condicionamento 
gengival (ZETU E WANG, 2005, MORTON ET AL, 2014). Essa manobra clínica é 
um processo de remodelação da mucosa periimplantar para o desenvolvimento de 
estruturas anatômicas semelhantes às do periodonto presente circundando os 
elementos dentários, como papila interdental e zênite gengival, dando assim 
naturalidade e uma melhor estética à restauração protética. A falta de cuidados como 
o condicionamento da mucosa periimplantar pode resultar na ausência de estruturas 
anatômicas normalmente presentes no periodonto e no não desenvolvimento de um 
perfil de emergência da coroa, artificializando a restauração protética 
(FUENTEALBA E JOFRÉ, 2015). 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 4 
O processo de condicionamento gengival, quando realizado pela técnica de 
pressão gradual, se mostra como uma alternativa não-invasiva que apresenta 
resultados satisfatórios quando comparado a outros métodos, fazendo com que essa 
fase seja de grande importância para a obtenção de uma estética inicial satisfatória, 
bem como a manutenção de uma estética final consistente (LEVINE ET AL, 2017; 
WITTNEBEN ET AL 2013). 
O fator limitante para o desenvolvimento da estética através do 
condicionamento gengival é dado pela capacidade do tecido mole em responder ao 
tratamento, chegando a um limite de melhora determinado pelas próprias condições 
teciduais. A depender do profissional que desenvolve o condicionamento ou avalia a 
estética de um implante dentário, é possível que setenham diferenças entre seus 
critérios, podendo ser influenciado pelo seu conhecimento específico, assim como 
acontece em diferentes especialidades ao avaliar reabilitações esteticamente através 
de instrumentos específicos para tal (CHO et al 2010). 
 Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo avaliar o efeito do 
condicionamento gengival na estética de coroas unitários provisórias sobre implantes 
na região do sorriso, comparando a sensibilidade de diferentes tipos de especialistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 5 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 
Com o envelhecimento progressivo da população mundial e a busca constante 
por qualidade de vida, a reabilitação oral tem tido um importante papel na saúde 
geral. Nesse panorama, a implantodontia vem ganhando destaque nos últimos anos, 
apresentando altos índices de sucesso, viabilidade a longo prazo e mostrando 
resultados positivos de satisfação por parte de profissionais e pacientes 
(ALBREKTSSON et al, 1986; AL-SABBAGH, 2006). 
Os implantes dentários tem sido uma alternativa na reabilitação desde a 
descoberta da osseointegração (BRÅNEMARK et al 1969). O processo de 
osseointegração pode ser definido pela formação óssea diretamente na superfície do 
implante dentário no qual esse complexo pode ser submetido a uma determinada 
função. No caso do implante dentário, quando submetido a uma carga mastigatória 
sem apresentar falhas, pode-se dizer que houve osseointegração do implante ao tecido 
ósseo. O processo de osseointegração é complexo e depende tanto de características 
do tecido ósseo, como tipo do osso a se realizar a implantação, bem como 
características do implante, como o desenho do implante, características da 
plataforma e tipo de superfície (ALBREKTSSON et al, 1986; AL-SABBAGH, 2006). 
Quando comparado a outros tipos de reabilitação, os implantes dentários 
apresentam como uma de suas principais vantagens a longevidade, conferindo 
estabilidade, conforto e estética ao tratamento (LEVI et al, 2003). O sucesso de um 
implante dentário é abordado de forma ampliada, em que além de seguir e respeitar 
princípios biológicos como a osseointegração, esse deve suportar uma restauração 
protética em função oclusal, além de apresentar-se esteticamente agradável, de modo 
a fornecer satisfação ao paciente com relação ao tratamento. Nesse sentido, o 
componente estético entra como um importante aspecto no tratamento, onde aliado a 
outros parâmetros terá sua contribuição para o êxito da reabilitação (AL-SABBAGH, 
2006; CHO et al 2010). 
 
2.2 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ESTÉTICA EM IMPLANTES 
UNITÁRIOS 
 
É importante ressaltar que a percepção estética da reabilitação oral ocorre 
diferentemente entre pacientes e cirurgiões-dentistas. As conclusões obtidas pelo 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 6 
profissional a partir da avaliação de princípios clínicos e radiográficos são 
considerados análises objetivas. Entrevistas ou questionários a respeito da estética dos 
implantes podem ser realizados como ferramentas na avaliação da satisfação do 
paciente para com o tratamento, sendo assim, métodos de análise subjetivas (COSYN, 
2012; DEN HARTOG, 2011). 
 Na análise objetiva, é possível observar na literatura a presença de vários 
índices que tentam agrupar os principais critérios clínicos que influenciam 
diretamente na estética de um implante dentário. O Papilla Filled Index (PFI), avalia 
apenas a papila periimplantar, utilizando uma escala que varia entre ausente, normal e 
hiperplásica; e a descoloração da mucosa periimplantar, onde podia ou não 
transparecer a margem de titânio do implante (JEMT 1997). 
Fürhauser et al. sugeriram em 2005 um novo índice denominado Pink Esthetic 
Score (PES). Esse índice monitora a condição dos tecidos moles na definição e 
manutenção da estética para implantes unitários comparando as coroas 
implantossuportadas aos dentes homólogos através de fotografias. Além das 
dimensões da papila mesial, papila distal e da cor do tecido gengival, o PES avalia 
também os níveis do tecido mole com relação ao implante, seu contorno e textura , 
incluindo também o nível de reabsorção do processo alveolar, totalizando 7 critérios 
que variam em um escore crescente de 0 a 2 para cada categoria, onde 0 representa 
ausência, 1 significa um resultado incompleto ou parcial e 2 representa a presença da 
característica quando comparado ao dente homólogo, podendo alcançar um total de 
14 pontos em sua avaliação máxima (FÜRHAUSER ET AL, 2005). 
Outros índices surgiram com a proposta de incorporar variáveis relacionados à 
prótese em índices que já avaliavam características estéticas da mucosa periimplantar. 
O Implant Crown Aesthetic Index (ICAI) foi desenvolvido com o objetivo de trazer as 
abordagens protéticas e periimplantares em um só instrumento de avaliação 
abordando 9 critérios. A distância mesiodistal, a posição da borda incisal, a 
convexidade vestibular, a cor e a translucidez eram os critérios avaliados na coroa 
enquanto a posição da margem da mucosa periimplantar com relação ao dente 
adjacente, as papilas periimplantares, o contorno, a superfície e a coloração da 
mucosa periimplantar eram os critérios utilizados por esse instrumento para os tecidos 
moles. O avaliador deveria atribuir valores nos quais 0 representava um resultado 
estético excelente e 5 uma estética considerada pobre (MEIJER ET AL, 2005). 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 7 
Devido a baixa reprodutibilidade e baixa aceitação clínica do ICAI, o White 
Esthetic Score (WES) foi desenvolvido para aliar-se ao PES no sistema PES/WES de 
avaliação estética de implantes. O WES incorpora a estética relacionada apenas à 
característica restritas à própria coroa do implante, como por exemplo a sua forma, 
contorno, volume, textura, translucidez e o trabalho de caracterização, que aliadas aos 
parâmetros gengivais avaliados pelo PES resultam num conceito de avaliação mais 
amplo para a estética de implantes unitários (BELSER, 2009, TETTAMANTI et al 
2016). 
Tettamanti e colaboradores compararam em 2016 a aplicação do ICAI e do 
PES/WES a um novo instrumento de avaliação estética denominado Peri-Implant and 
Crown Index (PICI). Dez ortodontista, protesistas, clínico gerais e pessoas leigas 
avaliaram 30 fotografias de pacientes repetidamente e aleatoriamente em um curto 
espaço de tempo, afim de identificar o teste mais preciso para a avaliação estética de 
próteses implantossuportadas. Como conclusão, esse estudo trouxe o PES/WES e o 
PICI como os testes que menos apresentaram variações de resultados ao longo das 
avaliações e sugere o uso desses instrumentos para avaliação estética. 
É necessário ressaltar que existem exigências de resultados estéticos 
favoráveis não só por parte dos profissionais, mas também pelos pacientes, onde a 
satisfação e aprovação final de ambos, juntamente a outras características, conferem a 
um implante dentário, de fato, um prognóstico favorável. No amplo e atual campo da 
Implantodontia, ainda se fazem necessárias evidências científicas que apontem e 
qualifiquem melhor os aspectos objetivos e subjetivos que determinam o sucesso 
estético de implantes dentários unitários na região anterior, para que dessa forma a 
Odontologia consiga executar com mais precisão e excelência a reabilitação de 
pacientes parcialmente edêntulos. 
 
2.3 MANEJO DO TECIDO PERIIMPLANTAR 
 
É necessário levar em consideração que para se obter uma estética adequada 
na região da implantação, deve-se levar em conta aspectos relacionados ao implante e 
ao sítio que se pretende reabilitar. O posicionamento do implante deve se encontrar de 
modo que seja possível a reabilitaçãosem prejuízo estético. O tecido ósseo disponível 
deve ser suficiente, sem apresentação de deformidades expressivas na região do 
processo alveolar, que normalmente sofre reabsorção ao longo do tempo após a perda 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 8 
dentária (BASHUTSKI E WANG, 2007, CHOW & WANG 2010). A quantidade de 
tecido mole e o biótipo periodontal também devem ser avaliados. Pacientes com 
pouca disponibilidade de mucosa queratinizada e de biótipo fino podem apresentar 
dificuldades na estética rosa como recessões ou aparência acinzentada devido à 
transparência de componentes metálicos (BASHUTSKI E WANG, 2007, YEUNG, 
2008). Considerando que esses fatores podem influenciar negativamente na estética 
da reabilitação tem-se então o planejamento reverso como mandatório para a obtenção 
de bons resultados estéticos em próteses implantossuportadas (BASHUTSKI E 
WANG, 2007). 
Nesse sentido foram desenvolvidas manobras clínicas com o objetivo de 
melhorar o arcabouço periimplantar da prótese, remodelando o tecido mole de acordo 
com sua disponibilidade e limitações. Essas técnicas recebem o nome de 
condicionamento gengival (CHOW & WANG 2010). 
 Algumas técnicas de condicionamento gengival podem ser cirúrgicas e 
geralmente tem como objetivo realizar incisões, retalhos e suturas a fim de modelar o 
tecido mole na região do implante de modo que após a sua cicatrização, o resultado se 
assemelhe à papilas interdentais (PRATO et al, 2004, QUESADA et al 2014). 
Cirurgias de enxerto de tecido conjuntivo por meio de enxerto gengival livre ou de 
enxerto pediculado podem ser realizadas após a osseointegração do implante para se 
obter uma maior disponibilidade de tecido mole (CAIRO, PAGLIARO & NIERI, 
2008, CHOW & WANG 2010). 
A técnica da pressão gradual consiste numa técnica não-cirúrgica de 
condicionamento gengival em que alterações nas dimensões da prótese provisória são 
realizadas com acréscimos em resina acrílica de modo a pressionar a mucosa 
periimplantar, remodelando-a de acordo com a conformação que se deseja obter. 
(WITTNEBEN et al, 2013, FURZE et al 2016). Os pontos de contato entre os dentes 
adjacentes e a próteses provisória em implantes unitários terão um papel importante 
na conformação da papila e devem ser posicionados de maneira que a papila tenha 
espaço suficiente para se desenvolver (CHOQUET et al, 2001). 
 Essa técnica é de execução simples e apresenta resultados satisfatórios, porém 
alguns cuidados devem ser tomados durante a sua realização. Pressões excessivas 
podem ocasionar ulcerações e perdas teciduais representando um dano estético ao 
tratamento. A adição de resina acrílica pode gerar regiões porosas que precisam 
receber acabamento e polimento para evitar a criação de um fator adicional de 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 9 
retenção de biofilme com a instalação da prótese temporária, o que representaria um 
risco de desenvolvimento de doenças periimplantares (OLIVEIRA ET AL 2002, 
WITTNEBEN et al, 2013, QUESADA et al 2014) 
Furze e colaboradores (2016) comparam, através de fotografias, dois grupos 
de implantes de carga tardia quanto a sua estética. Um dos grupos desse estudo 
recebeu um provisório com a realização de condicionamento gengival pela técnica da 
pressão gradual por 6 meses, enquanto o outro grupo, após a fase de cicatrização, 
recebeu uma coroa final, sem fase de provisório. Para compara-los esteticamente, as 
fotografias dos referidos casos foram submetidas à análise de avaliadores de acordo 
com os critérios do PES/WES. Parâmetros de perda óssea também foram levados em 
consideração nesse estudo através de tomadas radiográficas periódicas. Observou-se 
que o grupo em que foi realizado o condicionamento gengival apresentou melhores 
resultados estéticos em todos os critérios avaliados(p < 0,05), com exceção de 
aspectos relacionados à coroa como forma (p= 0.07), textura de superfície (p=0.544) e 
cor da restauração (p=0.508). Quanto à perda óssea, não foi observada diferença 
significativa entre os grupos. Como conclusão, percebe-se que houve vantagem no 
resultado estético de próteses unitárias sobre implante que receberam 
condicionamento sob as que não receberam e que, além disso, esse resultado podia ser 
creditado à manipulação do tecido periimplantar, já que a perda óssea não havia 
demonstrado influência significativa entre os dois grupos. 
É importante ressaltar que a técnica de pressão gradual ocorre baseada em 
modificações na restauração protética, ocasionando modificações também no 
arcabouço periimplantar. Sendo assim, as restaurações provisórias podem ser 
utilizadas na etapa de remodelação, já que essas permitem mudanças em suas 
dimensões. Assim sendo, as próteses finais trabalham na manutenção do perfil da 
mucosa periimplantar que foi conseguido como resultado final da fase de 
condicionamento gengival (ELIAN et al 2007, do NASCIMENTO et al, 2012). 
Desse modo, a restauração protética final juntamente ao arcabouço do tecido 
periimplantar se complementam na definição do critério estético dos implantes 
dentários e a sua estética rosa pode ser aprimorada através de técnicas de 
condicionamento gengival a fim de se obter um resultado de estética geral mais 
satisfatório. 
 
2.4 AVALIAÇÃO ESTÉTICA POR DIFERENTES ESPECIALISTAS 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 10 
 
 A estética objetiva em implantodontia segue parâmetros para sua avaliação 
que podem variar dependendo de que componente estético se deseja avaliar (coroa ou 
mucosa periimplantar) ou a depender da escolha do instrumento de avaliação. Além 
disso, quando realizada por profissionais de diferentes especialidades, o julgamento 
estético de implantes pode sofrer variações justamente pela diferença da formação 
entre os profissionais, que desenvolvem aptidões e critérios de acordo com sua rotina 
clínica e conhecimento específico. 
 Durante a validação do seu instrumento de avaliação estética, O PES, 
Fürhauser e colaboradores (2005) submeteram grupos de protesistas, cirurgiões orais, 
ortodontistas e estudantes de odontologias (5 avaliadores em cada grupo) a realizarem 
o PES em 30 fotografias de reabilitações com coroas unitárias sobe implante. Através 
da análise de variância dos resultados, a diferença entre os grupos foi significante 
(p=0.001), onde os ortodontistas apareceram como os profissionais mais criteriosos e 
os protesistas sendo os menos criterioso para o índice. Os autores justificam o alto 
critério dos ortodontistas com relação ao índice pela frequência com que essa 
especialidade precisa lidar com exigências estéticas em dentes naturais, havendo 
então diferença entre o senso crítico dessa especialidade comparada as outras. 
 Em 2014, Vaidya e colaboradores utilizaram o índice PES/WES e o ICAI para 
avaliação de 20 fotografias de pacientes com reabilitações implantossuportadas 
unitárias por 6 grupos de profissionais (dois ortodontistas, dois protesistas, dois 
cirurgiões orais, dois periodontistas, dois técnicos em saúde bucal, dois assistentes de 
saúde bucal). Para todos os instrumentos utilizados, a diferença entre os grupos foi 
significativa (p≤0,001). Como conclusão do estudo, os autores trazem que os dois 
instrumentos em questão tem efetividade semelhante para a avaliação estética dos 
casos apresentados, porém o viés tendencioso da visão subjetiva da estética em cada 
especialidade, por cada profissional, não conseguiu ser superado. 
 Dani e colaboradores (2018) desenvolveram um estudo onde se objetivava 
verificar a compatibilidade das avaliações estéticas aravés de fotografias de 20 
reabilitações unitárias com implantes na região maxilar anterior através dos índices 
PES/WES de 20 profissionais de diferentes especialidades (4protesistas, 4 
periodontistas, 4 cirurgiões orais, 4 endodontistas e 4 clínicos gerias). Além disso, 25 
pessoas leigas também foram consultadas na pesquisa, onde elas deveriam identificar 
o implante dentre os elementos naturais. As avaliações entre os grupos de 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 11 
profissionais mostraram diferença significativa (p<0,05). Foi observado também que 
quando os valores de PES/WES eram superiores à 16, 80% do grupo de leigos não era 
capaz de identificar qual o elemento reabilitado, enquanto os que recebiam notas 
inferiores a 10 eram identificados por 64% dos participantes desse grupo. Como 
conclusão desse estudo, o autor aponta a definição do caráter estético das reabilitações 
pelos profissionais como a junção critério subjetivo e objetivo, onde os dois 
elementos juntos trabalham em sua construção. 
 Percebe-se então que além de análises objetivas, existem também diferenças 
quanto à subjetividade do profissional a respeito da aparência e da definição de 
estética construída pela sua vivência em ambiente clínico, sua formação e sua 
experiência profissional. Essa fato credita a determinadas especialidades um senso 
crítico mais apurado que outras mesmo quando esse tipo de avaliação se dá através de 
um instrumento de parâmetros objetivos, como o PES. Sendo assim, diferentes 
profissionais podem ter julgamentos divergentes sobre o mesmo caso, então, se faz 
necessária a avaliação desses casos por um número variados de especialistas para que 
alterações em características muito específicas, como o condicionamento gengival, 
sejam percebidas e quantificadas. 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 12 
3.OBJETIVO 
3.1 OBJETIVO GERAL 
 
Avaliar a efetividade do condicionamento gengival no resultado estético de 
coroas unitárias provisórias sobre implante em região do sorriso. 
 
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
a) Avaliar através do Pink Esthetic Score o escore antes e após condicionamento 
gengival da estética rosa de coroas unitárias provisórias sobre implante na região 
do sorriso. 
 
b) Comparar o resultado do Pink Esthetic Score em diferentes especialidades 
odontológicas.
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 13 
 
4. MÉTODO 
 
4.1 CARACTERÍSTICAS DO ESTUDO 
 
O estudo é do tipo individuado, onde as informações colhidas de cada paciente 
representaram a unidade de análise do dado pesquisado. Um acompanhamento da 
intervenção ao longo do tempo foi realizado classificando-o quanto a dimensão 
temporal como longitudinal. O estudo em questão trata-se de um ensaio clínico não-
controlado não-randomizado onde todos os pacientes incluídos foram submetidos às 
mesmas intervenções clínicas sem a presença de um grupo controle. 
4.2 PLANO AMOSTAL 
 
A população estudada nessa pesquisa foi constituída por pacientes reabilitados 
com coroas provisórias unitárias sobre implantes obtidos através do projeto de 
extensão “Reabilitação Unitária Implantossuportada” no Departamento de 
Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-Natal/RN. Todos os 
pacientes que foram reabilitados no período de Agosto de 2016 à Novembro de 2018 
foram incluídos nesse trabalho, sendo essa uma amostragem não-probabilística por 
conveniência. 
 
4.3 CRITÉRIO DE INCLUSÃO 
 
• Paciente com necessidade de reabilitação através de coroa unitária sobre 
implante que compreende a região da estética do sorriso; 
• Paciente com presença de dente homólogo contralateral hígido, restaurado ou 
reabilitado com prótese fixa sobre dente em bom estado; 
• Paciente com estabilidade oclusal; 
• Paciente com o processo de condicionamento gengival concluído. 
 
4.4 CRITÉRIO DE EXCLUSÃO 
 
• Pacientes submetidos à cirurgias plásticas periodontais ou enxertos de tecido 
mole durante a fase de provisório. 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 14 
 
4.5 VARIÁVEIS 
Variáveis Definição Tipo 
Categoria/Escala de 
medida 
PES 
(dependente) 
 
Instrumento de 
mensuração estética 
que avalia 
características da 
mucosa 
periimplantar 
Quantitativa 
discreta 
 
Score de 0 a 14. 
Elemento dentário 
ausente 
(Independente) 
Identificação do 
elemento dentário a 
ser reabilitado. 
Categórica 
nominal 
mutuamente 
exclusiva 
Numeração correspondente 
ao elemento dentário de 
acordo com a classificação 
da FDI World Dental 
Federation. 
Posição do 
elemento dentário 
ausente 
(Independente) 
Posição do 
elemento dentário a 
ser reabilitado 
Categórica 
nominal 
mutuamente 
exclusiva 
Anterior ou posterior. 
Implantação 
(Independente) 
Tipo de cirurgia de 
para colocação do 
implante 
Categórica 
nominal 
mutuamente 
exclusiva 
Implante imediato ou 
Implante em sítios 
cicatrizados. 
 Tipo de carga 
(Independente) 
Tipo do protocolo 
de carga recebido 
após a colocação do 
implante 
Categórica 
nominal 
mutuamente 
exclusiva 
Tardia ou Imediata. 
Cirurgia de 
Enxerto 
(Independente) 
 Cirurgia realizada 
para colocação de 
enxerto ósseo. 
Categórica 
nominal 
mutuamente 
exclusiva 
Realizada ou não Realizada. 
Tipo de Cirurgia 
de Enxerto 
(Independente) 
Tipo de cirurgia 
realizada para 
colocação de 
enxerto ósseo. 
Categórica 
nominal 
mutuamente 
exclusiva 
Enxerto em bloco, 
Preenchimento alveolar, 
Levantamento de seio 
maxilar, Enxerto em bloco e 
preenchimento alveolar, 
Levantamento de seio 
maxilar e preenchimento 
alveolar. 
Tipo do pilar 
protético 
Tipo do pilar 
protético instalado 
sobre implante. 
Categórica 
nominal 
mutuamente 
exclusiva 
Angulado ou Convencional. 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 15 
 
4.6 EXECUÇÃO DA INTERVENÇÃO 
4.6.1 FASE PRÉ-CIRÚRGICA 
 
Durante o exame clínico inicial foram realizadas medidas interoclusais e 
mesio-distais da região a ser reabilitada com o auxílio de um compasso de ponta seca 
e uma régua milimetrada. A área referida devia apresentar, com relação às medições 
citadas, no mínimo 5 mm e de 7 a 9 mm, respectivamente, para ser considerada ideal 
para o recebimento do tratamento. 
Em casos onde a medida do espaço mésio-distal encontrada foi inferiores ao 
que se estabeleceu, foi realizado um slice em esmalte dentário de no máximo 1 mm, 
em cada dente vizinho, utilizando uma broca cilíndrica diamantada em alta rotação. 
Se o espaço fosse mais restrito, impossibilitando o uso do slice, o paciente era 
excluído e encaminhado para realização de ortodontia. 
 Radiografias periapicais com o auxílio de um posicionador foram realizadas 
para investigar a presença de restos radiculares, avaliar inicialmente a disponibilidade 
óssea da região e para verificar a distância interradicular dos dentes adjacentes ao 
espaço edêntulo. Em casos de raízes convergentes com espaço inferior à 7 mm, o 
paciente foi encaminhado para tratamento ortodôntico. As dimensões necessárias para 
realização do tratamento de reabilitação com implantes está representada na Figura 1. 
 Em seguida, as arcadas dentárias foram moldadas com alginato, e modelos em 
gesso especial foram obtidos para a confecção de um guia multifuncional. Após a 
instalação e ajuste do guia, foi realizada uma perfuração transfixante na região de 
cíngulo ou centro da face oclusal do dente artificial presente no guia, no sentido do 
Sessões de 
condicionamento 
gengival 
Número de sessões 
de condicionamento 
gengival 
Quantitativa 
discreta 
 Quantidade de sessões 
realizadas. 
Número de 
semanas em fase 
de provisório 
Número de semanas 
em que o paciente 
se manteve na fase 
de reabilitação 
provisória. 
Quantitativa 
discreta 
Número de semanas em que 
o paciente estevede 
provisório. 
Biótipo 
periimplantar 
Espessura da 
mucosa 
periimplantar. 
Categórica 
nominal 
mutuamente 
exclusiva 
Fino, intermediário ou 
espesso 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 16 
longo eixo do dente homólogo, utilizando uma broca esférica para peça reta número 
5.0, e a cavidade formada foi preenchida com guta percha. Pacientes que faziam uso 
de prótese adesiva ou de prótese parcial removível em bom estado receberam a 
perfuração e a aplicação de guta percha na própria peça protética. Imagens 
representando a sequência de preparação do guia estão representadas na Figura 2. 
 
 Figura 1. Dimensões necessárias para se realizar a reabilitação com 
implantes. 
 
 
 
 
 A: Distância interradicular; B: Distância mesio-distal e interoclusal 
medida por compasso de ponta seca. 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 17 
 
 Figura 2. Preparação do Guia Multifuncional previamente à realização da 
tomada radiográfica. 
Passo 1: Guia Multifuncional; Passo 2: Perfuração transfixante no dente de estoque 
da prótese provisória; Passo 3: Preenchimento da perfuração com material radiopaco; 
Passo 4: Guia multifuncional pronto para realização da tomografia computadorizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 18 
 
 
Foram realizadas tomografias computadorizadas de feixe cônico na área a ser 
reabilitada. A tomada radiográfica foi realizada com o guia multifuncional em boca. 
As dimensões do implante a ser instalado e a seleção dos demais componentes foram 
selecionadas a partir do exame tomográfico. A Figura 3 ilustra uma tomada 
radiográfica realizada com o guia multifuncional em posição, tornando possível a 
análise mais precisa da região específica da base óssea onde se planeja realizar a 
cirurgia de implantação. 
Figura 3. Tomografia computadorizada realizada com o guia multifuncional 
em boca. 
 
4.6.2 FASE CIRÚRGICA 
 
Nos casos que o exame tomográfico demonstrou a necessidade de realização 
de enxertos, sejam eles em bloco, preenchimento alveolar ou levantamento de seio 
maxilar, esses foram realizados em um momento cirúrgico anterior à implantação. 
Nos casos em que restos radiculares ainda estavam presentes e não foi possível a 
realização de implantes imediatos, após a exodontia preencheu-se o alvéolo com osso 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 19 
liofilizado bovino em pó. A cirurgia de colocação dos implantes só ocorreu após o 
período de cicatrização de cirurgias previamente realizadas com intervalo de 4 meses 
de espera para remodelação tecidual, com exceção de implantes imediatos que foram 
inseridos imediatamente após a exodontia do elemento dentário a ser substituído. 
Todos os implantes realizados foram de conexão interna cônica TitamaxCM 
(Neodent®). Apenas um especialista (cirurgião bucomaxilofacial e implantodontista) 
realizou todas as cirurgias de implantação e de enxertia. 
4.6.3 FASE PROTÉTICA 
 
Para o protocolo de carga tardia, seguiu-se com a instalação do parafuso tapa 
implante para aguardar a osseointegração por um período de 4 a 6 meses. Após isso, 
foi realizada a cirurgia de reabertura para instalação do cicatrizador, selecionado de 
acordo com a espessura tecidual. Após 20 dias, o cicatrizador foi removido para 
seleção e instalação do pilar. O pilar protético escolhido foi um munhão universal 
com dimensões e angulações específicas de acordo com a necessidade particular de 
cada caso. A prótese provisória foi confeccionada a partir do guia multifuncional ou 
de dentes de estoque. Para a cimentação das coroas provisórias utilizou-se o cimento 
de hidróxido de cálcio. A representação de todos os passos desde a instalação do pilar 
até a instalação do provisório encontram-se na sequência de Figuras 4, 5 e 6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 20 
 
Figura 4. Instalação do pilar e prova do cilindro provisório. 
 
Passo 1: Remoção do cicatrizador; Passo 2: Prova do pilar teste do kit de 
seleção; Passo 3: Verificação da altura oclusal Passo 4: Instalação do pilar protético 
selecionado; Passo 5: Aplicação de torque no pilar protético com a catraca manual; 
Passo 6: Prova do cilindro provisório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 21 
 
 
 
Figura 5. União do dente de estoque ao cilindro provisório. 
Passo 5: Desgaste do dente de estoque; Passo 8: Aplicação de resina acrílica 
no dente de estoque; Passo 9: Adaptação do dente de estoque sobre o cilindro 
provisório; Passo 10: Acabamento do Provisório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 22 
Figura 6. Instalação do provisório. 
 
Passo 11: Aplicação de cimento de hidróxido de cálcio na parte interna do 
cilindro provisório; Paso 12: Remoção do excesso de cimento da região do sulco 
periimplantar; Passo 13: Prótese provisória sobre implante instalada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 23 
Em casos de carga imediata, quando foram obtidos registros ≥ 45 N na catraca 
manual e ≥ 70 ISQ no instrumento de análise da frequência de ressonância 
(Osstell®), foi realizada a instalação do pilar protético e provisionalização imediata 
utilizando o guia multifuncional ou dente de estoque para confecção da prótese 
provisória. 
Após um período de quinze dias da instalação do provisório, iniciou-se a etapa 
de condicionamento gengival. Para os implantes que receberam carga, o processo de 
condicionamento gengival se iniciaram após o período de osseointegração. A técnica 
utilizada foi a de pressão gradual onde eram feitas alterações na prótese provisória 
possibilitando o manejo progressivo da mucosa periimplantar através de pequenos 
acréscimos ou desgastes. Os acréscimos foram realizados com resina acrílica, através 
da técnica de Nealon. Em seguida realizou-se a prova do provisório em boca, quando 
deveria ser observada uma região de isquemia nas áreas que se desejava condicionar 
para garantir assim que o acréscimo tinha condições suficientes para pressionar a 
gengiva e remodela-la. Essa aparência isquêmica deveria apresentar regressão total 
em, no máximo, 10 minutos após a colocação do provisório encaixado sobre o pilar. 
Caso a mucosa periimplantar não tornasse a sua coloração normal, desgastes foram 
realizados utilizando fresas esféricas de tungstênio número 5,0 acopladas em peça reta 
para que a pressão exercida pelo provisório não fosse excessiva, o que poderia causar 
ulcerações e até mesmo necrose por isquemia na região do condicionamento. 
As próteses provisórias receberam polimento com pontas de silicone com 
óxido de alumínio após todas as alterações. O número de sessões de condicionamento 
variou de acordo com a resposta tecidual do paciente. Ao atingir um nível de 
condicionamento gengival considerado satisfatório ou após não apresentar progressão 
a partir das sessões anteriores, o processo de condicionamento era finalizado sendo o 
paciente encaminhado para a etapa posterior do tratamento que é a moldagem de 
trabalho. Essa etapa foi realizada por quatro profissionais utilizando a mesma técnica 
sob supervisão de um único professor durante todas as etapas, desde a confecção do 
provisório até o condicionamento gengival. A sequência dos passos do 
condicionamento gengival podem ser acompanhadas nas figuras 7 e 8. 
 
 
 
 Condicionamento gengivalem coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 24 
Figura 7. Modificações do provisório em fase de condicionamento. 
Passo 1: Aplicação de resina acrílica fotopolimerizável na região cervical do 
provisório; Passo 2: Isquemia do tecido periimplantar ao se realizar a prova do 
provisório modificado em boca; Passo 3: Adequação do provisório, acabamento e 
polimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 25 
 
Figura 8. Comparação de sessões de condicionamento 
Passo 4: Primeira sessão de condicionamento Passo 5: Última sessão de 
condicionamento. 
 
4.7 APLICAÇÃO DO PES 
 
Todos os pacientes incluídos na pesquisa passaram por sessões fotográficas 
para o registro de imagens da sua condição protética e periimplantar para posterior 
avaliação estética de suas reabilitações provisórias. A câmera utilizada para a 
fotografia foi uma Canon EOS Rebel T3i, com lente EF 100MM F/2.8L Macro IS 
USM e Flash Canon Macro ring lite MR-14EX II. Os ajustes da câmera foram 
padronizados da seguinte maneira: abertura de diafragma de 32 f, Velocidade de 
1/200 e ISO 100 e a potência do flash de ¼. Foram realizadas tomadas fotográficas 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 26 
da restauração provisória na sessão de confecção da restauração e na última sessão 
antes da moldagem de trabalho. 
As fotografias obtidas durante a fase de provisório foram distribuídas 
aleatoriamente num arquivo digital onde quatro avaliadores mascarados em relação ao 
processo de reabilitação avaliaram as condições estéticas dos tecidos periimplantares 
de acordo com os critérios do PES (Anexo1), onde “0” representa uma avaliação 
desfavorável para o quesito, “1” representa um resultado intermediário e “2” um valor 
favorável para a característica em questão. O grupo de avaliadores era composto por 
cirurgiões-dentistas especialistas (um periodontista, um protesista e um 
implantodontista) e um clínico geral. Cada profissional realizou a avaliação 
separadamente e as fotos foram expostas através do mesmo dispositivo de imagem no 
mesmo ambiente. A aplicação do índice foi repetida 3 vezes com espaços entre as 
repetições de 3 dias. Para cada avaliação, a sequência da exposição das fotografias era 
alterada, de modo que em todas as sessões, a ordem fosse diferente. O escore final 
para cada especialista foi representado pela média das três avaliações para cara 
fotografia. 
4.8 ANÁLISE DE DADOS 
 
Os dados coletados foram dispostos em um baco de dados organizado no software 
Microsoft Excel versão 2016. Uma análise descritiva dos dados foi conduzida 
inicialmente apresentando valores absolutos para as das variáveis estudadas. 
 Após isso, análises estatísticas dos valores de PES foram realizada para cada caso 
antes e depois do processo de condicionamento gengival para cada grupo de avaliador 
através do software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 22.0. 
Para avaliação do nível de concordância entre cada examinador foi utilizado o 
Coeficiente de Concordância Intraclasse (CCI). Para avaliar a mudança dos valores 
de PES da mucosa periimplantar entre o antes e depois do condicionamento gengival 
foi utilizado o teste não-paramétrico de Wilcoxon e na análise da associação entre a 
melhora ou piora dos casos com o antes e depois do processo de condicionamento 
gengival, foi utilizado o teste do qui-quadrado de Pearson. 
 
 
 
4.9 ASPECTOS ÉTICOS 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 27 
Obedecendo à resolução nº. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), 
esse trabalho teve seu projeto apresentado ao Comitê de Ética em Pesquisa do 
Hospital Universitário Onofre Lopes (CEP-HUOL) anteriormente ao início de suas 
atividades clínicas. A aprovação pelo CEP-HUOL foi decretada sob o parecer nº. 
900.542 (Anexo 2). Todos os pacientes participantes da pesquisa foram orientados de 
forma escrita e verbal a respeito das características do estudo, seus objetivos e 
possíveis riscos (Anexo 3), estando de acordo com as condições, os pacientes foram 
solicitados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, colaborando 
com a pesquisa como voluntários, tendo o direito de desistir de participar da pesquisa 
a qualquer momento. 
 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 28 
5. RESULTADOS 
 
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA 
 
 
 Trinta pacientes foram incluídos na pesquisa, porém 9 ainda encontram-se em 
fase pré-cirúrgica ou aguardando o período de osseointegração dos implantes, logo 
não participaram desse estudo. Dos 21 pacientes restantes (8 finalizados e 13 em fase 
de provisório), cinco não possuíam fotografia antes e depois do condicionamento, 4 
necessitaram receber enxerto gengival para correção de deficiências estéticas e 2 não 
concluíram a etapa de condicionamento gengival, totalizando uma amostra de 10 
pacientes finalizados e submetidos às análises dos especialistas. A Figura 9 traz o 
fluxograma de todos os pacientes envolvidos na pesquisa desde a triagem. A Tabela 1 
apresenta dados descritivos da amostra. 
 
Figura 9. Fluxograma dos pacientes envolvidos na pesquisa. 
 
 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 29 
 
Tabela 1. Caracterização da amostra. 
 
 Dentre os motivos que ocasionaram a perda dentária, os mais frequentes foram 
fratura radicular (4) e a cárie (4). Com relação às ausências, os elementos de perda 
mais recorrentes por parte dos pacientes que buscaram tratamento com implantes 
foram os incisivos centrais e laterais esquerdos. A maioria das perdas ocorreram em 
região anterior, onde todos os pacientes que tiveram perdas envolvendo essa região 
utilizavam algum tipo de reabilitação prévia na qual a mais recorrente foi a prótese 
parcial removível. Nenhum dos pacientes com necessidade de prótese na região de 
pré-molares utilizava reabilitações prévias ao tratamento com implantes (3 pacientes). 
Características da amostra N 
Gênero 
 Masculino 3 
 Feminino 7 
Idade 37,1 (24-49) 
Tempo da perda 
 Menos de 1 ano 2 
 De 1 a 5 anos 1 
 Mais de 5 anos 7 
Elemento em reabilitação 
 Incisivo 6 
 Canino 1 
 Pré-molar 3 
Presença de enxerto 
 Enxerto em bloco pré-implantação 3 
 Preenchimento Alveolar 2 
 Enxerto de osso liofilizado durante implantação 2 
 Sem Enxerto 3 
Biótipo 
 Espesso 8 
 Médio 1 
 Fino 1 
Número de condicionamentos 3,5 (1-5) 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 30 
Todos os pacientes da amostra tiveram a estética como queixa principal para a 
procura do tratamento com implantes. 
Da amostra selecionada, apenas um implante imediato foi realizado e apenas 2 
implantes receberam carga imediata seguindo os critérios estabelecidos para tal, sendo 
o implante imediato e os dois implantes de carga imediata realizados em três 
pacientes diferentes. 
Todos os pacientes receberam condicionamento gengival através da técnica 
não-cirúrgica da pressão gradual por no mínimo 1 sessão e no máximo 5 sessões. 
5.2 AVALIAÇÃO DOS ESPECIALISTAS 
 
 A partir do resultado das médias das três aplicações do PES feitas pelos 
especialistas nos diferentes tempos foi realizado o coeficiente de correlação 
intraclasse (CCI) para avaliar a relação de concordância entre pares de especialistas 
para um mesmo parâmetro representados na Tabela 2. 
 
Tabela 2. Valores do Coeficiente de Correlação Intraclasse entre especialidades. 
Parâmetros CG x PROT CG x IMP CG x PE PROT x IMP PROT x PEPE x IMP 
Papila Mesial (A) 0,266 
(p=0,215) 
0,285 
(p=0,290) 
0,608 
(p=0,240) 
0,200 
(p=0,278) 
0,463 
(p=0,076) 
0,519 
(p=0,051) 
Papila Mesial (D) 0,860 
(p<0,001) 
0,915 
(p<0,001) 
0,812 
(p<0,001) 
0,774 
(p=0,003) 
0,700 
(p=0,008) 
0,863 
(p<0,001) 
Papila Distal (A) 0,341 
(p=0,153) 
0,493 
(p=0,062) 
0,451 
(p=0,082) 
0,664 
(p=0,013) 
0,826 
(p=0,001) 
0,587 
(p=0,029) 
Papila Distal (D) 0,365 
(p=0,135) 
0,784 
(p=0,002) 
0,489 
(p=0,063) 
0,538 
(p=0,044) 
0,223 
(p=0,255) 
0,321 
(p=0,168) 
Nível Gengival (A) 0,628 
(p=0,019) 
0,197 
(p=0,280) 
0,276 
(p=0,205) 
0,324 
(p=0,165) 
0,273 
(p=0,208) 
0,462 
(p=0,950) 
Nível Gengival (D) 0,109 
(p=0,375) 
0,179 
(p=0,299) 
0,800 
(p=0,002) 
0,159 
(p=0,321) 
0,359 
(p=0,139) 
0,231 
(p=0,247) 
Contorno (A) 0,242 
(p=0,017) 
* 
0,572 
(p=0,033) 
* 
0,662 
(p=0,013) 
* 
Contorno (D) 0,724 
(p=0,006) 
0,184 
(p=0,294) 
0,733 
(p=0,005) 
0,023 
(p=0,473) 
0,425 
(p=0,061) 
-0,006 
(p=0,508) 
Convexidade da raíz (A) 0,320 
(p=0,169) 
0,152 
(p=0,328) 
0,166 
(p=0,313) 
0,320 
(p=0,169) 
0,497 
(p=0,60) 
0,897 
(p>0,001) 
Convexidade da raíz (D) 
* * * * 
0,500 
(p=0,500) 
0,453 
(p=0,081) 
Coloração (A) 0,230 
(p=0,248) 
0,228 
(p=0,095) 
0,534 
(p=0,045) 
0,825 
(p=0,001) 
0,791 
(p=0,002) 
0,839 
(p=0,001) 
Coloração (D) 0,391 
(p=0,117) 
0,346 
(p=0,149) 
0,574 
(p=0,032) 
0,654 
(p=0,015) 
0,704 
(p=0,008) 
0,483 
(p=0,066) 
Textura (A) 0,372 
(p=0,130) 
0,374 
(p=0,129) 
0,259 
(p=0,221) 
0,642 
(p=0,017) 
0,555 
(p=0,038) 
0,875 
(p>0,001) 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 31 
Clínico Geral (CG); Protesista (PROT); Implantodontista(IMP); Periodontista (PE); 
Antes(A); Depois (D); Pink Esthetic Score (PES); Correlação não aplicável devido à 
baixa variância dos dados (*). Coeficiente de Correlação Intraclasse. Diferença 
estatística: p <0,05. 
 
 Quanto às médias de CCI entre todos os especialistas (CG x PROT x IMP x 
PE), os quesitos papila mesial (A), nível (A), nível (D), contorno (D), convexidade da 
raíz (A), textura (D) e PES (D) tiveram baixos níveis de concordância geral (CCI < 
0,40). Os parâmetros papila distal (A), papila distal (D), contorno (A), convexidade da 
raíz (D), coloração (A), coloração (D), textura (A) e PES (A) apresentaram 
concordância média (0,4 ≤ CCI < 0,75) enquanto apenas a papila mesial (D) 
apresentou uma média ótima de concordância quando foram comparados todos os 
profissionais (CCI= 0,820). 
 O teste não-paramétrico de Wilcoxon foi aplicado para o escore total do PES 
especificamente e a Tabela 3 trás a comparação das medianas de todos os pacientes 
avaliados por cada especialista antes e depois do condicionamento gengival. Todos os 
valores entre antes e depois apresentaram diferença significativa para todos os 
especialistas (p<0,05). 
Tabela 3. Análise das médias dos escores do Pink Esthetic Score em função dos 
especialistas. 
 PES Antes PES Depois 
Especialistas n Mediana (Q25-Q75) Mediana (Q25-Q75) Valor de p 
Clínico Geral 10 8,90 (8,02−10,82) 12,85 (11,90−14) 0,005 
Protesista 10 6,80 (5,15−7,67) 11,75 (9,32−13,30) 0,007 
Implantodontista 10 8,75 (6,35−10,45) 12,05 (9,55−13,07) 0,013 
Periodontista 10 8,25 (5,90−9,22) 12,80 (11,90−17,70) 0,005 
Distância interquartílica (Q25-Q75a); Tamanho da amostra em valores absolutos (n). 
Teste de Wilcoxon. Diferença estastística: p<0.05. 
 
Textura (D) 0,467 
(p=0,074) 
* 
0,150 
(p=0,330) 
* 
0,215 
(p=0,262) 
0,607 
(p=0,024) 
PES (A) 0,104 
(p=0,380) 
* * 
0,702 
(p=0,008) 
0,570 
(p=0,033) 
0,758 
(p=0,003) 
PES(D) 0,650 
(p=0,015) 
0,083 
(p=0,404) 
0,794 
(p=0,002) 
0,285 
(p=0,198) 
0,493 
(p=0,062) 
0,388 
(p=0,119) 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 32 
 As associações das variáveis do PES antes e depois para a avaliação do efeito 
do condicionamento gengival na visão de cada especialista foram verificadas pelo 
teste do qui-quadrado de Pearson e demonstrados na Tabela 4 
 
Tabela 4. Situação do PES antes e depois da realização do condicionamento gengival 
Parâmetro Melhora Manutenção Piora Valor de p 
Papila Mesial 
p=0.227 
Clínico Geral 7 (70%) 3 (30%) - 
Protesista 9 (90%) 1 (10%) - 
Implantodontista 10 (100%) - - 
Periodontista 9 (90%) 1 (10%) - 
Total 35 (87.5%) 5 (12.5%) - 
Papila Distal 
Clínico Geral 9 (90%) 1 (10%) - 
p=1.000 
Protesista 9 (90%) 1 (10%) - 
Implantodontista 9 (90%) 1 (10%) - 
Periodontista 9 (90%) 1 (10%) - 
Total 36 (90%) 4 (10%) - 
Nível 
Clínico Geral 9 (90%) 1 (10%) - 
p=0.327 
Protesista 9 (90%) 1 (10%) - 
Implantodontista 7 (70%) 1 (10%) 2(20%) 
Periodontista 8 (80%) 2 (20%) - 
Total 33 (82.5%) 5 (12.5%) 2 (5%) 
Contorno 
Clínico Geral 7 (70%) 3 (30%) - 
p=0.244 
Protesista 7 (70%) 1 (10%) 2 (20%) 
Implantodontista 9 (90%) 1 (10%) - 
Periodontista 8 (80%) 2 (20%) - 
Total 31 (77.5%) 7 (17.5%) 2 (5%) 
Convexidade 
Clínico Geral 2 (20%) 8 (80%) - 
p=0,583 
Protesista 3 (30%) 7 (70%) - 
Implantodontista 3 (30%) 5 (50%) 2 (20%) 
Periodontista 3 (30%) 6 (60%) 1 (10%) 
Total 11 (27.5%) 26 (65%) 3 (7.5%) 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 33 
Teste do qui-quadrado de Pearson. Diferença estastística: p<0.05. 
Coloração 
Clínico Geral 2 (20%) 5 (50%) 3 (30%) 
p=0.398 
Protesista 5 (50%) 4 (40%) 1 (10%) 
Implantodontista 6 (60%) 3 (30%) 1 (10%) 
Periodontista 7 (70%) 2 (20%) 1 (10%) 
Total 20 (50%) 14 (35%) 6 (15%) 
Textura 
Clínico Geral 4 (40%) 6 (60%) - 
p=0.733 
Protesista 4 (40%) 4 (40%) 2 (20%) 
Implantodontista 3 (30%) 4 (40%) 3 (30%) 
Periodontista 4 (40%) 4 (40%) 2 (20%) 
Total 15 (37.5%) 18 (45%) 7 (17.5%) 
PES 
Clínico Geral 10 (100%) - - 
p=0.265 
Protesista 9 (90%) - 1 (10%) 
Implantodontista 8 (80%) - 2 (20%) 
Periodontista 10 (100%) - - 
Total 37 (92.5%) - 3 (7.5%) 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 34 
 
6. DISCUSSÃO 
 
6.1 A MOTIVAÇÃO ESTÉTICA DA REABILITAÇÃO COM IMPLANTES 
DENTÁRIOS 
 
 A estética em implantodontia é uma preocupação comum não só dos pacientes, 
mas também dos profissionais. Além da devolução da capacidade mastigatória, a procura 
pelo serviço de reabilitação oral com implantes é motivada também pela estética, 
principalmente quando acomete elementos dentários na região anterior. Para a amostra 
estudada, todos os pacientes relataram que a estética era a principal motivação pelo qual 
tinham procurado tratamento com implantes. Yao et al conduziu uma revisão sistemática 
em 2014 reunindo estudos que discutiam sobre a perspectiva do paciente a respeito de 
tratamento com implantes e foi observado que os pacientes em questão consideravam a 
estética e a função mastigatória como principais queixas e razões pela procura do 
tratamento com implantes. Apesar de ser uma forte motivação, a estética ainda se mostra 
secundária à função mastigatória na população de maneira geral, que aparece como o 
principal motivo pela procura pela reabilitação com implantes. Em contrapartida, na 
população mais jovem, a estética é a principal motivação para procura por implantes 
dentários (KORFAGE et al 2018). 
 Nota-se que todos os pacientes que haviam ausências anteriores avaliados no 
presente estudo faziam uso de algum tipo de reabilitação protética, o que já não era 
frequente em pacientes com ausências posteriores. A preocupação com o resultado 
estético do tratamento com implantes demonstrado pelo paciente deve também ser 
prioridade no tratamento planejado pelo cirurgião-dentista. Manobras como o 
condicionamento gengival podem ajudar na obtenção de um resultado estético mais 
aceitável,logo sua execução deve ser levada em consideração (WITTNEBEN et al, 2013, 
FURZE et al 2016). 
 
6.2 A UTILIZAÇÃO DO PES POR DIFERENTES ESPECIALIDADES NA 
AVALIAÇÃO DA ESTÉTICA DE IMPLANTES UNITÁRIOS 
 
 Desde sua introdução no estudo da implantodontia até os dias atuais, o PES tem 
sido um dos instrumentos de avaliação estética mais utilizado para a avaliação de 
implantes unitários. Idealizado e validado por Fürhauser e colaboradores em 2005, o PES 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 35 
avalia critérios específicos da mucosa periimplantar que influenciam diretamente na 
harmonização do implante dentário com os dentes naturais. Quando bem estabelecidos ou 
modificados por técnicas específicas de condicionamento gengival, os elementos da 
mucosa periimplantar podem ajudar a mimetizar a reabilitação no sorriso, trazendo 
ótimos resultados estéticos. Nesse trabalho, o PES foi utilizado para avaliar os efeitos 
estéticos do condicionamento gengival em casos de implantes unitários por quatro 
especialistas distintos. 
 Com relação à utilização do PES como instrumento para avaliação dos mesmo 
pacientes por diferentes especialista, pôde se observar que houve diferenças entre os 
critérios de julgamento dos profissionais. De modo geral, os critérios foram de média 
concordância (valores entre 40% à 75%). Quando comparado com as avaliações dos 
outros especialistas, os escores designados pelo clínico geral apresentaram, em sua 
maioria, valores de CCI abaixo de 40%, representando uma baixa concordância nas 
avaliações. Isso pode ser explicado pela falta de vivência clínica com implantes dentários 
e uma formação mais restrita, quando comparados aos demais profissionais. O 
Periodontista apresentou maiores valores de concordância quando comparado a todos os 
profissionais. Nas avaliações feitas pelo Periodontista e o Implantodontista, os 
parâmetros Papila Mesial (D), Convexidade da Raíz (A), Coloração (a), Textura (A) e 
PES (A) obtiveram CCI acima de 75%, o que representaram índices ótimos de 
concordância nas avaliações, onde todos esses resultados apresentaram significância 
estatística (p≤0,05), representando o par de especialista com opiniões mais similares. 
Níveis de concordância entre diferentes especialistas e clínicos gerais também se 
mostraram baixos no estudo conduzido por Dani e colaboradores (2018), no qual grupos 
de 4 especialistas e 1 grupo de clínicos gerais foram avaliadores de 24 casos de implantes 
unitários através do instrumento PES/WES. Para valores de PES, os clínicos gerais 
discordaram mais de todos os outros especialistas, enquanto o cirurgião e o periodontista 
tiveram índices de concordância mais similares, assim como encontrado no presente 
estudo. Os autores atribuíram esse fato justamente à possível dificuldade técnica que o 
clínico geral pode encontra de identificar parâmetros relacionados ao tecido 
periimplantar. (DANI et al 2018). 
 Outros estudos também avaliam o julgamento estético de especialidades 
diferentes quanto ao PES para implantes unitários e concluíram que há uma variabilidade 
de opiniões a respeito dos parâmetros periimplantares, pois apesar de ser um instrumento 
avaliativo para estética objetiva, a subjetividade do critério profissional é capaz de 
influenciar nos seus resultados, sendo os escores das avaliações da estética do tecido 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 36 
periimplantar mais diversificadas que os critérios estéticos protéticos (CHO et al 2010; 
VAIDYA et al 2014; AL-DOSARI et al 2016). 
 
6.3 AVALIAÇÃO ESTÉTICA DO CONDICIONAMENTO GENGIVAL ATRAVÉS 
DO PES 
 
 Neste estudo, o especialista mais criterioso para as avaliações de PES de forma 
geral foi o Protesista, achado também encontrado em estudos com metodologia 
semelhante (VAIDYA et al 2014, AL-DOSARI et al 2016). O clínico geral é o 
profissional que creditou maiores valores para o desempenho da mucosa periimplantar 
nos casos iniciais e também deu as nota mais altas para os casos finalizados, seguido do 
Periodontista, que são as especialidades profissionais que costumam dar resultados mais 
generosos em avaliações estéticas, resultados esses que concordam com outros autores 
(GEHRKE et al 2008, VAIDYA et al 2014). 
 Ao considerar as medianas das avaliações de PES na visão de todos os 
especialistas de um modo geral, é possível afirmar que os casos encontram-se num 
patamar estético de um resultado inferior anteriormente ao condicionamento (expresso 
numericamente por valores de PES variando de 6,80 à 8,95 entre os especialistas) 
evoluindo de forma geral para um patamar estético mais bem avaliado (expresso 
numericamente por valores de PES variando de 11,75 à 12,85 entre os especialistas). 
Com relação às avaliações do PES antes e depois do condicionamento sob julgamento de 
um mesmo especialista, percebeu-se diferença significativa entre todos os profissionais 
(p<0,05), mesmo sendo um estudo de amostra reduzida, a variação positiva desses valores 
pode ser um indicativo que o condicionamento gengival tem um papel modificador no 
perfil de emergência do tecido mole nos casos da amostra estudada. 
 Analisando os critérios de melhora e piora entre os pacientes antes e depois do 
condicionamento, é possível observar que na grande maioria dos critérios do PES, 
incluindo o escore total, os profissionais relatam melhoras nos casos avaliados. O PES é 
um índice de avaliação estética geral, logo apresenta parâmetros que não são 
influenciados pelo condicionamento gengival como a convexidade da raíz, a coloração e 
textura do tecido mole. Apesar disso, os valores de PES comparando o antes e depois 
continuaram apresentando melhoras na maioria dos casos. Com exceção dos critérios 
anteriormente citados, Todos os outros constituintes do índice (papila mesial, papila 
distal, nível gengival, contorno gengival e o resultado final) sofreram, em sua maioria, 
melhoras após a técnica aplicada na visão de todos os especialistas. 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 37 
 O estudo de Furze e colaboradores (2016) é o pioneiro em ensaios clínicos que 
abordam o efeito do condicionamento gengival em implantes unitários. O estudo utilizou 
de um grupo teste de próteses sobre implante que recebiam condicionamento, comparado 
à um grupo controle que não recebeu nenhum tipo de preparação do tecido periimplantar. 
Este estudo corrobora com os resultados encontrados no qual o PES é afetado 
positivamente pelo uso de provisórios sobre implante sob condicionamento gengival pela 
técnica da pressão gradual, também apresentando diferença significativa entre os grupos. 
Após 3 anos de instalação das coroas finais, os resultados de PES para as coroas que 
receberam condicionamento gengival continuam apresentando-se superiores aos das 
coroas que não receberam (FURZE et al 2018). 
 Como limitações do estudo, a ausência de um grupo controle não dá condições 
para comparar o resultado final de um tratamento com e sem condicionamento, porém um 
comparativo entre o mesmo paciente antes e depois da intervenção foi realizado. O 
número reduzido de pacientes avaliados também é uma limitação do atual estudo, porém 
os resultados atuais são parciais e a indivíduos continuam sendo selecionados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 38 
 
 
7. CONCLUSÃO 
 
 De acordo com os achados desse estudo, é possível concluir que o 
condicionamento gengival tem um papel importante na manutenção e melhora da estética 
de implantes unitários na região do sorriso. A avaliação de diferentes especialistas a 
respeito de elementos da estética rosa de próteses provisórias sobre implantes utilizando o 
PEStem correlação média, devido à diferenças de formação entre os profissionais, bem 
como o seu nível de familiaridade com casos semelhantes em sua rotina clínica. Apesar 
disso, todos os profissionais foram capazes de avaliar o efeito positivo do 
condicionamento nos casos apresentados, não só no escore total, mas também nos 
parâmetros periimplantares que o constituem, indicando que o condicionamento gengival 
tem influência positiva na estética de implantes unitários na região do sorriso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 39 
REFERÊNCIAS 
 
1. Buser D, Martin W, Belser UC. Optimizing esthetics for implant restorations 
in the anterior maxilla: anatomic and surgical considerations. International 
Journal of Oral & Maxillofacial Implants. 2004 Nov 2;19(7). 
 
2. Cho HL, Lee JK, Um HS, Chang BS. Esthetic evaluation of maxillary single-
tooth implants in the esthetic zone. Journal of periodontal & implant science. 
2010 Aug 1;40(4):188-93. 
 
3. del Fabbro, M., Ceresoli, V., Taschieri, S., Ceci, C. and Testori, T. - 
Immediate Loading of Postextraction Implants in the Esthetic Area: 
Systematic Review of the Literature. Clinical Implant Dentistry and Related 
Research 2015; 17: 52–70. 
 
4. den Hartog, L., Raghoebar, G.M., Stellingsma, K., Vissink, A., Meijer, H.J. 
(2011). Immediate non-occlusal loading of single implants in the aesthetic 

zone: A randomized clinical trial. J Clin Periodontol;38:186–194. 
 
 
5. den Hartog L, Meijer HJ, Santing HJ, Vissink A, Raghoebar GM. Patient 
satisfaction with single-tooth implant therapy in the esthetic zone. 
International Journal of Prosthodontics. 2014 May 1;27(3). 
 
6. Fürhauser R., Florescu F., Benesch T.; Haas R., Mailath G., Watzek, G. 
(2005) Evaluation of soft tissue around single-tooth implant crowns: the pink 
esthetic score. Clin Oral Implants Res. 2005 Dec;16(6):639-44. 
 
7. Belser UC, Grütter L, Vailati F, Bornstein MM, Weber HP, Buser D. Outcome 
evaluation of early placed maxillary anterior single-tooth implants using 
objective esthetic criteria: a cross-sectional, retrospective study in 45 patients 
with a 2- to 4-year follow-up using pink and white esthetic scores. J 
Periodontol. 2009, Jan;80(1):140-51 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16307569
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Belser%20UC%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=19228100
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Gr%C3%BCtter%20L%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=19228100
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Vailati%20F%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=19228100
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Bornstein%20MM%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=19228100
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Weber%20HP%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=19228100
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Buser%20D%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=19228100
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19228100
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19228100
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 40 
 
8. Zetu L, Wang HL. Management of inter‐dental/inter‐implant papilla. Journal 
of clinical periodontology. 2005 Jul 1;32(7):831-9. 
 
9. Morton D, Chen ST, Martin WC, Levine RA, Buser D. Consensus statements 
and recommended clinical procedures regarding optimizing esthetic outcomes 
in implant dentistry. The International journal of oral & maxillofacial 
implants. 2014;29:216. 
 
10. Fuentealba R, Jofré J. Esthetic failure in implant dentistry. Dental Clinics. 
2015Jan1;59(1):227-46. 
 
11. Levine RA, Ganeles J, Gonzaga L, Kan JY, Randel H, Evans CD, Chen ST. 
10 Keys for Successful Esthetic-Zone Single Immediate Implants. 
Compendium of continuing education in dentistry (Jamesburg, NJ: 1995). 
2017 Apr;38(4):248-60. 
 
12. Wittneben JG, Buser D, Belser UC, Brägger U. Peri-implant soft tissue 
conditioning with provisional restorations in the esthetic zone: the dynamic 
compression technique. Int J Periodontics Restorative Dent. 2013 Jul 
1;33(4):447-55. 
 
13. Meijer HJ, Stellingsma K, Meijndert L, Raghoebar GM. A new index for 
rating aesthetics of implant‐supported single crowns and adjacent soft tissues–
the Implant Crown Aesthetic Index. Clinical oral implants research. 2005 Dec 
1;16(6):645-9. 
 
14. Albrektsson T, Zarb G, Worthington P, Eriksson AR. The long-term efficacy 
of currently used dental implants: a review and proposed criteria of success. 
Int j oral maxillofac implants. 1986 Jan;1(1):11-25. 
 
15. Al-Sabbagh M. Implants in the esthetic zone. Dental Clinics. 2006 Jul 
1;50(3):391-407. 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 41 
16. Brånemark PI, Breine U, Adell R, Hansson BO, Lindström J, Ohlsson Å. 
Intra-osseous anchorage of dental prostheses: I. Experimental studies. 
Scandinavian journal of plastic and reconstructive surgery. 1969 Jan 
1;3(2):81-100. 
 
17. Levi A, Psoter WJ, Agar JR, Reisine ST, Taylor TD. Patient self-reported 
satisfaction with maxillary anterior dental implant treatment. International 
Journal of Oral & Maxillofacial Implants. 2003 Jan 1;18(1). 
 
18. Cosyn J, Eghbali A, De Bruyn H, Dierens M, De Rouck T. Single implant 
treatment in healing versus healed sites of the anterior maxilla: an aesthetic 
evaluation. Clinical implant dentistry and related research. 2012 Aug 
1;14(4):517-26. 
 
19. Jemt T. Regeneration of gingival papillae after single-implant treatment. 
International Journal of Periodontics & Restorative Dentistry. 1997 Aug 
1;17(4). 
 
20. Meijer HJ, Stellingsma K, Meijndert L, & Raghoebar, GM. A new index for 
rating aesthetics of implant‐supported single crowns and adjacent soft tissues–
the Implant Crown Aesthetic Index. 2005. Clinical oral implants 
research, 16(6), 645-649. 
 
21. Tettamanti S, Millen C, Gavric J, Buser D, Belser U, Brägger U, & Wittneben 
J. Esthetic Evaluation of Implant Crowns and Peri-Implant Soft Tissue in the 
Anterior Maxilla: Comparison and Reproducibility of Three Different Indices. 
2016 Clinical implant dentistry and related research, 18(3), 517-526. 
 
22. Bashutski JD, Wang HL. Common implant esthetic complications. Implant 
dentistry. 2007 Dec 1;16(4):340-8. 
 
23. Chow YC, Wang HL. Factors and techniques influencing peri-implant 
papillae. Implant dentistry. 2010 Jun 1;19(3):208-19. 
 
 Condicionamento gengival em coroas provisórias sobre implantes em área estética: um ensaio clínico 42 
24. Yeung SC. Biological basis for soft tissue management in implant dentistry. 
Australian dental journal. 2008 Jun 1;53(s1). 
 
25. Prato, G. P. P., Rotundo, R., Cortellini, P., Tinti, C., & Azzi, R. (2004). 
Interdental papilla management: a review and classification of the therapeutic 
approaches. Journal of Prosthetic Dentistry, 92(5), 476. 
 
26. Quesada GA, Rizzardi M, Franciscatto LJ, Arrais FR. Condicionamento 
gengival visando o perfil de emergência em prótese sobre implante. Saúde 
(Santa Maria). 2014 Jul 22:9-18. 
 
27. Cairo F, Pagliaro U, Nieri M. Soft tissue management at implant sites. Journal 
of clinical periodontology. 2008 Sep 1;35(s8):163-7. 
 
28. Choquet V, Hermans M, Adriaenssens P, Daelemans P, Tarnow DP, Malevez 
C. Clinical and radiographic evaluation of the papilla level adjacent to single-
tooth dental implants. A retrospective study in the maxillary anterior region. 
Journal of periodontology. 2001 Oct 1;72(10):1364-71. 
 
29. Oliveira JA, Ribeiro EP, Conti PC, Valle AL, Pegoraro LF. Condicionamento 
gengival: estética em tecidos moles. Rev Facul Odont Bauru. 2002; 10(2): 99-
104. 
 
30. Furze D, Byrne A, Alam S, Wittneben JG. Esthetic Outcome of Implant 
Supported Crowns With and Without Peri‐Implant Conditioning Using 
Provisional Fixed Prosthesis: A Randomized

Continue navegando