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EMANUELA HANNOFF PILON 1 Tutorial 3 – mod XVII Tireoide e doenças benignas Anatomia da Tireoide - Glândula tem dois lobos que envolvem a traqueia, ente cartilagem tireoide e fenda supraesternal. - Cada lobo é demarcado em polos superior, médio e inferior. Os polos direito e esquerdo são conectados por um istmo, abaixo da cartilagem cricoide. Término do ducto tireoglosso pode persistir como lobo piramidal. Frequentemente está aumentado, sendo palpável nos distúrbios tireoidianos difusos, como tireoidite autoimune e doença de Graves. - Glândula adulta pesa de 15-20g. - É fixada ao músculo esterno-tireoide na traqueia limita a expansão cranial do aspecto superior de ada lobo. Crescimento lat e post pode fazer uma expansão inferior que se estende para mediastino superior, comprimir traqueia e veias a abertura torácica. - Os nervos laríngeos recorrentes cursam no sentido ascendente ao longo da incisura traqueoesofágica, cujos ramos passam por trás do lobo tireoidiano para inervarem a laringe. Histologia da Tireoide - O tecido é formado por 2 grupos celulares: foliculares (produzem T3 e T4) e parafoliculares- células C (produzem calcitonina). - Coloide é circundado por uma camada simples de célula folicular. Entre os folículos tem os grupos com células mais claras que são as células C parafoliculares. - Quanto mais TSH, maior as células do epitélio folicular. Se não tem TSH, células fica achatadas. Fisiologia da tireoide - Função da glândula tireoide: produzir T3 e T4, e calcitonina. Aula da Cláudia: síntese de hormônios tireoidianos Transporte e metabolismo do hormônio tireoidiano: são ligados mais de 99% a proteínas plasmáticas, sendo a principal a globulina de ligação da tiroxina (TBG), além de albumina por exemplo. Níveis de TBG podem ser aumentadas em gravidez e exposição a doses farmacológicas de estrogênio, diminuída em síndrome nefrótica, doença hepática grave. 1% fica livre, que é a parte que funciona, por isso se dosa T4 livre. - Produção diária de T4: 100nanomol, T3 5 nanomol, dependendo das desiodinases. Desiodinase: enzima que tira iodo, dependendo do tipo liberado pela célula tira iodo do canal externo ou do interno do T4, fazendo T3, mas quando tira do externo fica T3 e quando do interno fica T3 reverso (que não funciona): forma da célula efetora de controlar se hormônio tireoidiano vai funcionar ou não naquela célula específica. o Tipo 1: tira do anel externo e interno: rim, fígado e tireoide. o Tipo 2: só tira do canal externo: cérebro, hipófise, tireoide, músculos esqueléticos e cardíaco. o Tipo 3: só tira do canal interno: faz T3 reversa: cérebro, placenta e pele. Controle da função tireoidiana: importante eixo hipotálamo-hipófise-tireoide: - Hipotálamo → produz TRH → vai na hipófise → produz TSH → estimula produção de T3 e T4 pela tireoide → depois que tem bastante hormônio tireoidiano, faz feedback – para hipotálamo-hipófise. Ação do hormônio tireoidiano - Importante nos fetos a partir da 11° semana de gestação para desenvolver SNC. Nos nascidos, aumenta consumo de 2, produção de calor e formação de radicais livres (funciona célula) - Efeito cardiovascular: melhora contratilidade do músculo cardíaco, aumenta receptores b adrenérgico (aumenta FC e DC), aumenta PA. - Efeito simpático: aumenta receptor b adrenérgico no coração e musc esquelético: tremor, tecido adiposo e linfócitos. - Efeitos metabólicos: aumenta gliconeogênese, glicólise, glicogenólise, aumenta absorção intestinal de glicose (por isso, no hiper pode não perder tanto peso), aumenta síntese e degradação de colesterol (LDL). - Efeitos no sono: cansaço e dificuldade para dormir, excita sinapse. Sensação de cansaço e insônia. (hiper). Agilidade mental. - Efeitos GI: motilidade gastrointestinal, hiper diarreia, hipo constipação. - Fazem renovação óssea, deficiência pode levar a osteoporose. - Efeitos pulmonares: impulso ventilatório. Labs e imagem - TSH é um indicador sensível de disfunção da glândula tireoide primária. Por meio dele, pode se detectar as causas de deficiência e excesso hormonal. EMANUELA HANNOFF PILON 2 - Níveis de TSH se tornam anormais quando os níveis de TSH ficam nos amplos limites de referência, hipotireoidismo subclínico e Tireotoxicose subclínica. - Dosagens de T4 e T3 confirmam o diagnóstico de um TSH anormal, definem gravidade da disfunção tireoidiana e fornecem uma pista de causa subjacente. - Desarranjos congênitos e adquiridos da TBG podem alterar os níveis totais, mas não os níveis de T4 e T3. - A dosagem dos títulos de autoanticorpos tireoidianos pode ser útil para avaliar disfunção tireoidiana. - A peroxidase antitireoidiana e o títulos de autoanticorpos confirmam dx de tireoidite autoimune. Velocidade de hemossedimentação dos eritrócitos pode ajudar no dx de tireoidite subaguda. EXAMES DE IMAGEM - US fornece imagens detalhadas que auxiliam a medir o tamanho da glândula tireoide, caracterizar sua textura e identificar anomalias estruturais, como nódulos. - TC e RM podem delinear o desvio e o estreitamento traqueal, assim como a extensão subesternal da tireoide para o mediastino. - Captação tireoideana: uma dose administrada de iodo radioativo ou tecnécio captada e retida pela glândula tireoide representa um índice da atividade da glândula. As captações podem ser úteis no dx diferencial de Tireotoxicose. Os valores da captação de radioiodo são usados para calcular dose de iodo para tratar hipertireoidismo e do CA tireoide. Hipotireoidismo - Hipotireoidismo primário (mixedema quando grave) é quando tem deficiência hormonal por disfunção da própria tireoide, que para a síntese e secreção de T3 e T4. - Hipotireoidismo manifesto é quando TSH geralmente >10 + T4L abaixo do limite inferior, no subclínico TSH apenas modestamente elevado, T4L fica normal meio baixo. - Hipotireoidismo secundário ou central é por função deficiente da tireoide por estímulo inadequado pelo TSH (produção ineficiente ou ineficaz de TSH por distúrbios hipofisários ou hipotalâmicos, congênitos ou adquiridos). EPIDEMIOLOGIA - O hipo primário é comum (5% das pessoas), o moderado está em 15% dos adultos mais velhos. + diagnosticado em mulheres, + prevalente entre brancos e latinos. Secundário é RARO!!! Fatores de risco: >60a, feminina, bócio, doença nodular tireoidiana, hist. Familiar de doença na tireoide, RT para cabeça e pescoço, doença autoimune tireoide ou extra, fármacos, baixa ingesta de iodo, síndrome de Down, Turner. FISIOPATOLOGIA Deficiência de iodo causa hipo primário como em crianças em países subdesenvolvidos. - Nos desenvolvidos a causa mais comum é tireoidite autoimune ou de Hashimoto: alteração da imunidade pelas cels T faz destruição do tecido tireoidiano e comprometimento da função glandular: infiltrado linfocítico e fibrose: anticorpo antireoidiano contra peroxidase e a tireoglobulina são marcadores da doença. Pctes com essa doença podem ter outros distúrbios autoimunes endócrinos e não endócrinos. - Pode ser componente da síndrome poliglandular autoimune do tipo 2 associado à insuficiência suprarrenal autoimune e DM1. - Menos comumente associado a síndrome do tipo 1, que inclui insuficiência suprarrenal, hipoparatieroidismo, e candidíase mucocutânea crônica associadas à tireoidite autoimune incluem gastrite atrófica, anemia perniciosa, esclerose sistêmica, síndrome de Sjögren, doença celíaca e vitiligo. - Indivíduos tratados com α-interferon podem desenvolver tireoidite autoimune com hipotireoidismo transitório ou permanente. - Ressecção cirúrgica de tecido tireoidiano conduz ao hipotireoidismo, como a terapia com iodo radioativo para tratar hipotireoidismo que pode destruir tecido tireoidiano e fazer hipo pós ablativo. - Tratamento com radiação paraCA de cabeça e pescoço faz insuficiência glândula tireoidiana. - Alguns fármacos e contaste radioativo que tem muito iodo, como amiodarona, expectorantes e desinfetantes tópicos podem interromper produção hormonal tireoidiana. - Lítio inibe secreção de T3 e T4 levando hipotireoidismo em 10% dos pctes tratados. Outros fármacos relacionados a hipotireoidismo: estavudina, talidomida, sunitinibe e aminoglutetimida - Hipotireoidismo congênito por agenesia ou disgenesia da glândula de tireoide ou mutação em genes que codificam síntese que catalizam a síntese hormonal da tireoide. Pode ser transitório quando anticorpos materno da mãe faz passagem pela placenta, uso de medicamentos antitireoidianos pela mãe, muito iodo. Hipotireoidismo secundário ou central provocado por uma série de distúrbios que comprometem o controle hipotalâmico ou hipofisário normal da glândula tireoide. - Distúrbios infiltrativos que afetam o hipotálamo e que podem interferir na secreção de TRH incluem a sarcoidose, a hemocromatose e a histiocitose. - Compressão das células tireotróficas pelos adenomas hipofisários e por outras massas na sela túrcica pode inibir a síntese e a secreção de TSH. - Outros distúrbios que podem estar associados ao hipotireoidismo secundário: hipofisite linfocítica, metástases hipofisárias de neoplasias malignas primárias, apoplexia; nas mulheres, o infarto provocado pela EMANUELA HANNOFF PILON 3 hemorragia no momento do parto (também conhecido como síndrome de Sheehan) e o trauma craniano. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Fadiga, letargia, ganho de peso (por retenção líquida), baixo apetite, intolerância ao frio, rouquidão, constipação, fraqueza, mialgias, artralgias, parestesias, pele seca e perda de cabelos. - Mulheres podem desenvolver puberdade precoce, menorragia, amenorreia e galactorreia. - Pode ter depressão de humor com limitação da iniciativa e sociabilidade. - Déficits cognitivos podem variar de lapsos discretos de memória ao delírio, demência, convulsões e coma. - Crianças podem ter retardo de crescimento linear, puberdade precoce ou retardada e pseudo-hipertrofia muscular. - Adultos: bradicardia, hipertensão diastólica e hipotermia moderada. - Pele pode se encontrar áspera, seca, amarelada e fria ao toque, como resultado da vasoconstrição periférica. Pode ter adelgaçamento difuso do cabelo do couro cabeludo acompanhado pela diminuição lateral das sobrancelhas. Unhas podem ficar quebradiças. - Extremidades podem revelar edema não depressível difuso causado por depósito de glicosaminoglicano. - Exames neurológicos: revela lenta difusão e desaceleração disártrica do tendão flexor profundo com um atraso marcado na fase de relaxamento terminal. - Exame do pescoço: tireoide pode ser de tamanho normal, aumentada, ou atrófica, pode ser maleável e lisa com uma textura lobular, ou rígida e irregular com uma textura nodular variada. - Exames de rotina: pode ter anemia, hiponatremia, hipoglicemia e elevação da creatinina fosfoquinase, prolactina, homocisteína, TGL, CT e LDL do colesterol. - ECG pode ter bradicardia sinusal com baixa voltagem nas derivações dos membros - RX torácico: pode mostrar uma silhueta cardíaca ampliada e a endocardiografia pode confirmar uma efusão pericardial. DIAGNÓSTICO - TSH elevado. Limite de 0,5-4,5mLU/L (média de 1,5). - Dosagem de T4 livre confirma dx de hipotireoidismo primário e caracteriza sua gravidade. Um nível baixo de T4 livre associado a um nível persistentemente elevado de TSH estabelece o diagnóstico de hipotireoidismo primário manifesto, enquanto um nível de T4 livre normal baixo com um nível elevado de TSH é denominado hipotireoidismo primário moderado. - Geralmente, não se pede exame para ver a causa do hipo primário, mas caso queira convencer o pcte da condição permanente, pode-se fazer o anticorpo antiperoxidase tireoidiana (Anti-TPO). 10% dos pctes com tireoidite autoimune não terão autoanticorpos +. - Quando achados clínicos ou condições sugerem hipo secundário, TSH não é confiável pois pode estar baixo, normal ou pouco elevado. Nesses casos, faz-se T4L e um nível baixo ou normal baixo pode confirmar o dx. TRATAMENTO - Metas são repor a produção hormonal tireoidiana, evitar a tireotoxicose iatrogênica e, raramente, tratar as complicações sistêmicas do hipotireoidismo grave. Tiroxina (levotiroxina sódica) é a preparação normal de escolha: pelas características farmacocinéticas favoráveis: bem absorvida, ligação a proteínas plasmáticas concede T1/2 de 7 dias (posologia diária), fisiologicamente desiodinada para T3. Mas tem estreito índice terapêutico. - Maioria dos adultos usa 1,8 μg/kg/dia, em mais velhos pode ser 1 por redução do metabolismo. - Pctes com hipo pós-cirúrgico ou pós-ablativo geralmente exigem uma dose diária mais alta do que os pctes com tireoidite autoimune, que podem apresentar alguma função glandular residual. - Medicamentos que podem interferir com absorção da tiroxina: sulfato ferroso, carbonato de cálcio, hidróxido de alumínio, sucralfato, colestiramina e alimentos contendo soja: doses de tiroxina devem ser ingeridas com um intervalo de quatro ou mais horas dessas substâncias. - Quando circunstâncias com depuração metabólica acelerada pode precisar aumentar dosagem da tiroxina: como na síndrome nefrotica, tratamento simultâneo com fenitoína, fenobarbital, carbamazepina ou rifampicina. - Dosagem necessária aumenta em uma média de 75% na maioria das mulheres grávidas, provavelmente como resultado do metabolismo placentário da tiroxina. 1/3 das mulheres pós menopausa fazendo TH com estrogênio precisam aumentar dosagem. - Hipotireoidismo primário avalia TSH em 4-6 semanas após inicio da terapia, tendo como meta TSH na metade inferior da faixa (1-2), depois que conseguiu dose adequada mantem verificação 6-12m do TSH. EMANUELA HANNOFF PILON 4 - Hipotireoidismo secundário o T4L monitora a cada 2- 4 semanas depois do inicio da tiroxina, para manter nível de T4L na metade superior da faixa de referencia. - Complicações tratamento com tiroxina: tireotoxicose iatrogênica. Hipotireoidismo subclínico e moderado: nível elevado ou normal alto de TSH com T4L dentro dos limites de referência também se beneficiaram com terapia com tiroxina: na pratica podem fazer teste terapêutico com pctes levemente hipotireoidianos assintomáticos, tenham hipercolesterolemia subjacente ou mostrem progressão elevada para hipotireoidismo manifesto. - Trata se TSH >10 ou >7 + RCV ou TSH 4,5-9,9 se anti- TPO for positivo. - Indicadores de falência tireoidiana progressiva incluem idade > 65 anos, nível de TSH > 10 mIU/L e a presença de anticorpos antitireoidianos indicando a tireoidite autoimune subjacente. - Coma mixedematoso é um hipo grave: hipotermina, bradicardia, hipotensão, parte mental alterada, falência órgãos e sistemas. Trata com 1,8 µg/kg/dia com ou sem dose de ataque de 500 µg. Tireotoxicose - Síndrome sistêmica provocada pela exposição a quantidades excessivas de hormônio tireoidiano. - Prevalece em 1-2.000 adultos, afetando 1% de todos os indivíduos durante o curso de uma vida. ETIOLOGIA Hipertireoidismo • Estímulo mediado por anticorpos do tecido da tireoide: Doença de Graves • Tecido funciona autonomamente: bócio multinodular tóxico, adenoma tóxico, exposição ao iodo • Funcionamento do tec autonôno heterotópico: struma e metástase de CA tireoide • Secreção em excesso de TSH: adenoma hipof secretor de TSH Tireotoxicose não hipertireoide • Farmacológico: levotiroxina, liotironina. • Não farmacológico: suplementação alimentar (carne processada imprópria) • Inflamação que causa liberação de tireoide endógeno: tireoidite subaguda; tireoidite autoimune FISIOPATOLOGIA Hipertireoidismo acontece quando tem síntese e excreçãoexcessiva de hormônio tireoidiano por estímulo tireotrópico ou por função autônoma do tecido tireoidiano, seria as formas de Tireotoxicose provocada por excesso de produção pela tireoide. - Doença de graves é a causa mais comum de hipertireoidismo. Nessa doença a tireoide é estimulada por autoanticorpos que se ligam no receptor do TSH e ativam ele. - Secreção excessiva de TSH faz hiper nos pctes com adenoma hipofisário secretor de TSH. - HCG (parecido com TSH) pode fazer hipertireoidismo gestacional: variantes de hcg que são mais ativas produzidas por coriocarcinoma ou tumores de cels germinativas. - Tireotoxicose transitória também pode ser provocada por condições inflamatórias que liberam uma quantidade excessiva de hormônio tireoidiano armazenado na glândula: tireoidite (subaguda por infecção viral, aguda ou supurativa por bacteriana, induzida por radiação, farmacológica por amiodarona). - Autoimunidade pode fazer tireoidite inflamatória que pode fazer tireotoxicose transitória, raramente por tireoidite autoimune (hashimoto). - RARO: tecido tireoidiano ectópico secretando excesso de hormônio tireoidiano, em qualquer lugar desde base da língua até mediastino ou tecido tireoidiano heterotópico como parte de teratoma ovariano. - Tireotoxicose também pode desenvolver-se pela ingestão de quantidades de hormônio tireoidiano. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Sintomas clássicos são perda de peso, a despeito do apetite vigoroso, intolerância ao calor, palpitações, tremor e defecação excessiva (frequência aumentada de produção dos movimentos intestinais). - Inicialmente com sintomas inespecíficos comuns como fadiga, insônia, ansiedade, irritabilidade, fraqueza, dor torácica atípica, ou dispneia de esforço. - Idosos: podem ter tireotoxicose apática tipificada pela perda ponderal e pela ausência de sinais e sintomas simpaticomiméticos. - Sinais: taquicardia de repouso, hipertensão sistólica com uma ampliação da pressão periférica, pele quente e úmida com textura aveludada, onicólise e por um olhar fixo com retardo palpebral (lid lag), onicólise (unha descola). - Exame cardíaco: impulso apical proeminente e sopro de fluxo sistólico - Achados neurológicos: comportamento impcte em repouso, fala oprimida, fraqueza muscular proximal, tremor distal das mãos e ativação dos reflexos tendinosos profundos. - Achado clínico indica causa subjacente: - Doença de Graves tem glândula difusamente aumentada com contorno liso ou levemente lobulado, podendo se manifestar com ruido audível, além de oftalmopatia e dermatopatia. - Bócio nodular tóxico pode ter um ou mais nódulos discretos. EMANUELA HANNOFF PILON 5 - Tireoidite subaguda: glândula fica discretamente aumentada, sensível e firme. - Gravidez sugere possível tireoidite indolor. Doença de Graves - Um distúrbio autoimune caracterizado por uma combinação variável de hipertireoidismo, oftalmopatia e dermatopatia. EPIDEMIOLOGIA - Mais comum entre mulheres, mas também afeta homens. Pode se desenvolver durante a vida, mas o início frequentemente ocorre entre 30 e 60 anos de idade. FISIOPATOLOGIA - Produção de autoanticorpos da tireoide que e ligam e ativam o receptor de TSH, promovendo a secreção do hormônio tireoidiano e o crescimento da glândula tireoide. - Os anticorpos do receptor tiropropina (TRAb) são o selo do hipertireoidismo na doença de Graves. Outros autoanticorpos são anti-TPO, antitireoglobulina e antirreceptores de anti-TSH que bloqueiam ligação do TSH. - Predisposição genética pode ter, com mais incidência em gêmeos monozigóticos e em parentes de 1° grau dos afetados. Fatores ambientais: exposição ao fumo de cigarros, elevada ingesta de iodo, eventos de vida estressante e certas infecções antecedentes. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Tireotoxicose e com glândula tireoide difusamente aumentada, com consistência semelhante a borracha, contorno liso, lobo piramidal definível, ruído audível ou frêmito palpável pq aumenta fluxo de sangue. - Quando clinicamente evidente, doença oftalmológica aparece poucos meses após início. Raramente pode se desenvolver muito antes ou muito depois, ou sem dx. PROGNÓSTICO - Hipertireoidismo associado a essa condição segue curso persistente e progressivo, mas parte dos pctes tem remissão espontânea. OFTALMOPATIA - Distúrbio distinto, com inflamação e edemaciação da musculatura extraocular e gordura orbital, retração palpebral, edema periorbital, injeção vascular epiescleral, edema conjuntival e exoftalmia. - Edemaciação de partes moles é precipitada pelo crescimento de fibroblastos e pelo infiltrado celular inflamatório, pode provocar exoftalmia, encarceramento dos músculos e compressão do nervo óptico. Manifestações clínicas - Alteração no aspecto dos olhos, irritação ocular, sensação de corpo estranho, secura e lacrimejamento excessivo. - Ao exame: olhar fixo, borda da esclera visível entre pálpebra e íris quando olham para baixo (retardo palpebral), sinais de inflamação conjuntival, edema periorbital e anomalias do olhar conjugado, visão das cores e acuidade visual. - Imagens de órbitas através de TC ou US podem dar dx. Tratamento: proteção de córneas e uso de gota ou pomada umectante, óculos e prender pálpebras para dormir. Glicocorticoide pode atenuar inflamação orbital. Cirurgia para descompressão de órbitas e reajuste dos músculos comprimidos. DERMOPATIA - Complicação menos comum observada da doença de Graves, é precipitada pela deposição de glicosaminoglicanos na derme da pele. - Espessamento levemente pruriginoso da pele, com aspecto de casca de laranja, ao longo dos aspectos anteriores das tíbias, comumente conhecido como mixedema pré-tibial. Confirma diagnostico por biopsia de pele. Tratamento com glicocorticoides tópicos pode limitar progressão. DIAGNÓSTICO - Pctes tireotóxicos podem apresentar hipercalcemia ou hipercalciúria, aumento dos níveis de fosfatase alcalina, níveis de transaminases modestamente elevados e níveis baixos ou declinantes de CT e de LDL. Níveis de ferritina e da ECA elevados. - ECG: taquicardia sinusal de repouso ou outras taquiarritmias atriais, particularmente a fibrilação atrial com uma resposta ventricular rápida. - Casos graves Rx tórax pode ter cardiomegalia - Maioria dos pctes com tireotoxicose confirma diagnostico com TSH, raramente falso – (hipertireoidismo por TSH como tumores e resistência hipofisária isolada ao hormônio tireoidiano), T3 e T4L confirma diagnostico, define gravidade e da indícios de etiologia adjacente. - Tireotoxicose manifesta: níveis de T3 e T4L acima do normal. - Tireotoxicose moderada ou subclínica tem nível suprimido de TSH com T3 e T4L dentro da normalidade. - Toxicose por T4 ou T3 só aplica quando concentrações livres estão elevadas. - Anticorpos receptores de antitirotropina (TRAb) patognomônico de Graves. EMANUELA HANNOFF PILON 6 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - A toxicose predominantemente por T3 é típica da doença de Graves, podendo também ocorrer no bócio nodular tóxico. Ao contrário, a toxicose com predominância de T4 é mais típica da tireoidite subaguda ou indolor, podendo ser do hiper induzido por iodo. TRATAMENTO: depende da causa β-Bloqueadores: ajudam a aliviar as manifestações simpaticomiméticas da tireotoxicose. Palpitações, tremor e ansiedade frequentemente podem ser controlados. Perda ponderal, intolerância ao calor e fadiga não melhoram com esses agentes. Propranolol (20-40 mg a cada 6 a 8 horas) e o atenolol (50-200 mg/dia). Drogas antitireoidiana: tionamidas (propiltiouracil (PTU), o metimazol (MMI) e o carbimazol): MMI tem vantagem sobre PTU por poder usar em dose única e menor custo mensal. Aumenta relação T3/T4 por maior formação de T3. Monitorização da função tireoidiana é feita pelo T4 livre, cujo alvo éo do eutireoidismo. - 1-2 anos de tratamento: recidiva pós-tratamento maior em doenças com níveis elevados de T3, grandes bócios, faixa etária (+ em adolescentes e adultos jovens), masculino, tabagismo, oftalmopatia de graves, ingestão elevada de iodo, TSH suprimido quando suspensão da droga antitireoidiana, presença de TRAb detectavel ao final do tratamento. → PTU: Em doença mais grave, pode ser na dos de 50- 200g a cada 6/8h. Age inibindo a TPO, inibindo conversão periférica de T4 em T3 (quando dose >600mg/d), parece ter efeito imunossupressor reduzindo níveis de anticorpos. Relatos de insuficiência hepática: agora usa como 2° linha, só 1° linha em gestantes no 1° trimestre, na crise tireotóxica e nos pacientes com efeitos colaterais com metimazol com contraindicação a tratamento cirúrgico ou com radioiodo. dose de ataque 4-8 semanas 300-600mg/dia em 3 tomadas, manutenção 100-400mg/dia em 2 tomadas com T1/2 1,5h. → Metimazol: tapazol: dose de 10-30mg 1xdia e aumentada para até 90mg/dia. Usa em grávidas após 1° trimestre, pq PTU tem risco. Efeitos parecidos com PTU, só não faz inibição da conversão periférica de T4 em T3. ESCOLHA!!! dose de ataque 4-8 semanas 40mg/dia em 1-2 tomadas, manutenção 5-20mg/dia em 1 tomada (T1/2 6h, única dose pode ter efeitos antitireoidianos por mais de 24h). → Efeitos colaterais: mais nos primeiros 6m, mais importantes são rash cutâneo (5%), prurido, artralgias, doença do soro, alopecia, perda do paladar, sintomas gastrointestinais e sialoadenite, sendo que os mais graves são hepatite medicamentosa com PTU, colestase com MMI e alterações hematológicas (leucopenia, trombocitopenia e agranulocitose). Iodo: em excesso pode fazer efeito Wolff Chaikoff que faz bloqueio temporário da produção de hormônios tireoidianos. Terapia com iodo tem algumas desvantagens, como aumentar os estoques tireoidianos de iodo, o que retarda a resposta clínica às tionamidas. Retarda a terapia com radioiodo por algumas semanas ou meses, na medida em que diminui a captação na cintilografia da tireoide realizada antes da dose terapêutica com radioiodo. → Indicações: crise tireotóxica, doença cardiotireoidiana grave, emergências cirúrgicas da tireoide ou mesmo cirurgias eletivas: usa iodo (6mg/dia: dose máxima, o uso de 2-3 gotas de solução saturada de iodeto de potássio 2x/dia) + tionamidas em altas doses. → Reações adversas (incomuns): rash, febre medicamentosa, sialoadenite, conjuntivite, rinite, vasculite e granulocitose eosinofílica leucemoide. Radioiodo: primeira opção de tratamento em vários países, indicações são idosos com hipertireoidismo moderado e aumento da glândula, pacientes com reações tóxicas às drogas antitireoidianas, quando o uso regular de medicação pelo paciente não é garantido e naqueles indivíduos que recidivam a doença após um longo curso de terapia medicamentosa. - Dose depende da gravidade, média 5-15mCi. Risco do desenvolvimento de crise tireotóxica após o tratamento, indicando tratamento com antitireoidianos por pelo menos 1 mês antes da aplicação do radiofármaco e suspendendo 3-7d antes da aplicação para facilitar captação do iodo radioativo. Outros medicamentos → Iodeto de potássio ou lugol: inibe síntese e liberação de hormônio tireoidiano pela glândula. Acelera rec pós-tto com iodo. EMANUELA HANNOFF PILON 7 → Carbonato de Lítio: inibe secreção dos hormônios tireoidianos, não interfere com acúmulo intraglandular de iodo, usa 300-450mg 8/8h para controle temporário da tireotoxicose em pacientes alérgicos às tionamidas e ao iodo. Perde efeito terapêutico com o tempo. Possíveis efeitos colaterais de seu uso, como diabetes insípidus nefrogênico, hipercalcemia, distúrbios psiquiátricos. Cirurgia: papel limitado devido ao seu potencial para lesionar os nervos laríngeos recorrentes adjacentes e as glândulas paratireoides, raramente recomendada para doença de Graves. Gestação: atenção aos sinais para dx (int. ao calor, palpitação e vômitos, que ocorrem na gravidez normal). - Nível total de T4 elevado pelo aumento da TBG e o nível de TSH suprimido no 1° trimestre como resultado do estímulo tireoidiano mediado pela HCG. - Trata por risco aumentado de aborto espontâneo, parto prematuro, baixo peso ao nascer e toxemia. - B-bloqueadores transitório para tratar sintomas graves. Radioiodo contraindicado. Hipotireoidismo subclínico e moderado: TSH sérico suprimido com T3 e T4L normais, podem ter sintomas que justifiquem tratamento: TSH <0,1 tem perda mineral óssea podendo causar osteoporose principalmente em mulheres pós menopausa. Fibrilação atrial geralmente em levemente hipertireoidianos com supressão TSH abaixo do normal. Crise tireotóxica: tempestade tireoidiana é uma síndrome potencialmente letal que geralmente é o resultado final de uma tireotoxicose grave e sustentada. - Tipicamente se desenvolve em uma doença de Graves inadequadamente tratada, podendo ser precipitada por doenças intercorrentes, cirurgia, ou pelo tratamento com iodo radioativo. - Tem febre, taquiarritmias atriais, insuficiência cardíaca congestiva, náuseas, vômitos, diarreia e convulsões. Alterações do estado mental podem incluir agitação, delírio, psicose e coma. - Tratamento antipiréticos, β-bloqueadores, tionamidas, agentes de contraste iodado e glicocorticoides. Tireoidite TIREOIDITE SUBAGUDA de Quervain - Tireotoxicose transitória por liberação descontrolada de hormônio tireoidiana pela glândula inflamada. Depois de 2-8 semanas, quando acaba hormônio armazenado a tireotoxicose se resolve espontaneamente. - Hipotireoidismo depois pela capacidade da glândula permanecer comprometida, mas transitório também, durando 1 mês em média - Manifestações clínicas: aumento doloroso da tireoide, sintomas inflamatórios sistêmicos e tireotoxicose depois podendo ser seguida por hipotireoidismo passageiro. Histologia tem infiltrados inflamatórios por infecção viral. - Muitos relatam infecções respiratórias superiores previas o Dor localizada na tireoide, ou com irradiação para a garganta, ouvidos ou mandíbula o Sintomas constitucionais: febre, calafrios, sudorese e mal-estar o Exame da tireoide: glândula extremamente sensível, modestamente aumentada e dura como madeira - Diagnóstico diferencial: dor tireoidiana pode ser causada também por tireoidite aguda (supurativa), hemorragia em um nódulo tireoidiano preexistente e o rápido crescimento de um ca anaplásico de tireoide, um ca difusamente infiltrante de tireoide, ou um linfoma tireoidiano. - Labs: perfil de tireotoxicose manifesta, níveis de T4 proporcionalmente mais elevados que de T3, aumento da taxa de sedimentação eritrocitária durante a fase aguda, captação fracionada de radioiodo tipicamente é menor do que 2% em 24 horas. - Tratamento: altas doses de aspirina ou de naproxeno sódico para tratar dor tireodiana e sintomas inflamatórios sistêmicos, se não responder tenta glicocorticoide. Sintomas de tireotoxicose podem responder a b- bloqueadores por 1-3 semanas, se progridem para hipo sintomático trata com tiroxina de curta duração. TIREOIDITE LINFOCÍTICA - Pós-parto, indolor, silenciosa. - Epidemiologia: comumente em mulheres no puerpério (2-12m pós-parto ou término gravidez), raramente fora desse período, fatores predisponentes são história de episódios prévios de tireoidite pós-parto, DM1 e autoanticorpos antitireoidianos circulantes. - Inflamação indolor da tireoide pode fazer tireotoxicose transitória seguida de hipo transitório ou persistente. Dura em média 2-8 semanas. Reflete autoimunidade transitória - Diagnóstico: muitas vezes negligenciado quando sintomas inespecíficos de tireotoxicose (perda ponderal, insônia e ansiedade), ou de hipotireoidismo (fadiga e depressão) são interpretados como queixas comuns do pós-parto. - Tireoidede tamanho normal ou moderadamente aumentada. Quando desconfia consegue confirmar ou excluir por labs: níveis de TSH suprimido na tireotoxicose, nível elevado no hipotireoidismo. Tireoidite linfocítica é tipicamente caracterizada pela predominância da elevação dos níveis de T4. - Tratamento: maioria das vezes só tranquiliza e observa pcte, se sintomática trata com ciclo limitado de beta bloqueadores, hipo manifesto pode precisar de reposição transitória de tiroxina. - Prognóstico: maioria volta a estado eutireoidiano, 25% desenvolvem hipo persistente por tireoidite autoimune clássica. TIREOIDITE AGUDA EMANUELA HANNOFF PILON 8 - Supurativa: dor tireoidiana, febre e outras manifestações sistêmicas de infecção. Infecção bacteriana do tecido tireoidiano resultado por disseminação direta de gram + ou gram – através de fistulas que se comunicam com seio piriforme ou pele. - No EF, os pctes afetados encontram-se febris com intumescimento assimétrico da tireoide, que está sensível, quente e com uma consistência de flutuante a firme, sob uma pele eritematosa. - USG pode mostrar abscesso que pode aspirar para identificar o patógeno. - Tratamento imediato com atb apropriados. OUTRAS FORMAS DE TIREOIDITE - Amiodarona pode produzir uma tireoidite indolor associada à tireotoxicose, trata com glicocorticoides - Tireotoxicose induzida pelo iodo, trata com antitireoidianos - α-interferon pode provocar uma tireoidite indolor associada à tireotoxicose transitória, diferencia de doença de Graves induzida pelo interferon α porque o formador é administrado com β-bloqueadores e a segunda com fármacos antitireoidianos - Tireoidite ou estruma de Riedel se caracteriza pela substituição fibrótica da tireoide, com aderência e infiltração das estruturas adjacentes que provocam sintomas compressivos locais. Difícil excisão cirúrgica é difícil ou impossível, terapia com glicocorticoide e com tamoxifeno. Bócio - Difusos ou nodulares, atóxicos ou tóxicos (associados à superprodução de hormônio tireoidiano) e benignos ou malignos. - Aumento da tireoide pode resultar da proliferação dos tireócitos estimulada por fatores circulantes (TSH e autoanticorpos estimuladoras da tireoide), infiltração da glândula por células inflamatórias ou malignas, ou alterações neoplásicas benignas ou malignas dentro da própria glândula. - No bócio: problemas compressivos locais ou cosméticos, hiperfunção ou hipofunção glandular e a potencial malignidade. EPIDEMIOLOGIA - Deficiência dietética de iodo representa a causa mais comum de bócio. Mais jovens têm bócios difusos ou simples que diminuem com suplemento de iodo. Os mais velhos têm bócios por deficiência de iodo, se tornam multinodulares e não diminuem de tamanho com a repleção de iodo. FISIOPATOLOGIA - Bócio multinodular benigno e adenoma pode ser por defeito genético que faz disormoniogênese que inclui mutações na tireoglobulina, na peroxidase tireoidiana, oxidase dupla e nos genes da pendrina. - Exposição a substâncias bociogênicas em gêneros alimentícios, água ou medicamentos (carbonato de lítio) que inibem as etapas normais da síntese hormonal tireoidiana podem levar ao bócio. Na maioria dos pctes, a causa subjacente é desconhecida. - Tireoidite autoimune faz bócio discreto por infiltração glandular com linfócitos, alterações inflamatórias nos tireócitos e fibrose, estado de hipo faz TSH aumentar e estimula aumento da tireoide. - Doença de Graves: aumento difuso da tireoide devido à ação de imunoglobulinas estimuladoras. - Neoplasia maligna envolvem difusamente a glândula, incluindo o linfoma de tireoide e os cânceres tireoidianos papilar infiltrativo, medular e anaplásico, apresentam-se como bócios de crescimento rápido (tut posterior) QUADRO CLÍNICO/DIAGNÓSTICO - Exame clínico: avalia se crescimento representa aumento da tireoide, para não confundir com excesso de pele e de gordura no pescoço anterior. Histórico da pcte pode dar indício de causa subjacente. Importante descrever tamanho preciso da glândula. - Aumento difuso: tireoidite, doença de Graves, ou uma neoplasia difusamente infiltrativa. - Aumento nodular reflete um bócio multinodular benigno ou uma neoplasia maligna. - Disfonia, desvio traqueal, linfadenopatia cervical e ingurgitamento venoso no pescoço devem ser observados. - Labs: TSH determina se existe hipotireoidismo primário ou tireotoxicose. Aumento dos anticorpos Anti-TPO confirmam uma suspeita de tireoidite autoimune. Pctes assintomáticos com um bócio difuso discreto, nenhuma avaliação adicional estará indicada. - Imagem: USG é a melhor técnica de imagem para ver característica e extensão de um bócio limitado ao pescoço. Pode ajudar a determinar se bócio é difuso ou nodular, se a tireoide está comprimindo outras estruturas cervicais e se a linfadenopatia está presente. - Administração de contraste radiológico iodado deve ser evitada na avaliação dos pctes com bócios uma vez que a carga de iodeto estável pode interferir com a subsequente geração de imagens ou terapia. - Laringoscopia é útil na avaliação da função das cordas vocais em pctes com potencial envolvimento dos nervos laríngeos recorrentes TRATAMENTO - Exclui disfunção tireoidiana e doença maligna: assintomáticos com bócio faz avaliação clínica periódica (USG). - Tiroxina para suprimir os níveis de TSH só é eficaz na diminuição de bócios em uma minoria dos pctes. EMANUELA HANNOFF PILON 9 - Bócios multinodulares benignos que provocam sintomas compressivos locais ou preocupações cosméticas podem ser tratados com cirurgia ou com iodo radioativo. - Cirurgia prefere quando pcte tiver aumento glandular muito grande que faz complicações compressivas, se contraindicada faz terapia com iodo radioativo para reduzir tamanho do bócio em 50% ao longo de 12-24m. Fontes: - Cecil - Aula da Cláudia - Aula da João
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