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O ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO NA FORMAÇÃO DOCENTE DOS ALUNOS DE PEDAGOGIA: DESAFIOS DA PRÁTICA PARA A APRENDIZAGEM E CONTRIBUIÇÕES PARA A INICIAÇÃO PROFISSIONAL NON-MANDATORY INTERNSHIP IN TEACHING TRAINING OF PEDAGOGY STUDENTS: CHALLENGES IN PRACTICE FOR LEARNING AND CONTRIBUTIONS TO PROFESSIONAL INITIATION Juyane Bezerra de Lira1 Kilza Fernanda Moreira de Viveiros2 RESUMO A pesquisa tem por objetivo analisar o processo formativo promovido por meio do estágio não obrigatório para contribuir com os processos futuros de formação docente, a partir das experiências de aprendizagens dos alunos de pedagogia em seus campos de estágio não obrigatório. para isso, foi necessário identificar a atual realidade sócio-econômica dos estudantes estagiários de pedagogia, Analisar e apontar possíveis fragilidades da lei do estagiário. O estudo trata-se de uma pesquisa aplicada, seguindo uma abordagem quali-quantitativa. Traz em seus resultados dados que classificam os estagiários de pedagogia socioeconomicamente e dados inerentes a situações de aprendizagens no campo de estágio. e em suas considerações finais apresenta alternativas que contribuam com a formação profissional docente dos estagiários, com a sugestões de adequações na legislação pertinente. Palavras-chave: Formação de professores. Estágio não obrigatório, Desafios. Aprendizagens. Iniciação profissional 1 Graduanda de pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 2 Profª Drª da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ABSTRACT The research aims to analyze the training process promoted through the non- mandatory internship to contribute to future teacher training processes, based on the learning experiences of pedagogy students in their fields of non-mandatory internship. for this, it was necessary to identify the current socio-economic reality of the students of pedagogy trainees, Analyze and point out possible weaknesses of the trainee law. The study is an applied research, following a qualitative and quantitative approach. It brings in its results data that classify the pedagogy interns socioeconomically and data inherent to learning situations in the internship field. and in its final considerations, it presents alternatives that contribute to the professional training of the trainees, with suggestions for adjustments in the relevant legislation. Keywords: Teacher training. Internship not required. Challenges. Learning. professional initiation. 1 INTRODUÇÃO Durante a graduação do curso de pedagogia, tivemos contato com a experiência de estágio não obrigatório na rede pública, como também na rede privada. Encontrei durante esse percurso extremos de insatisfações e de grande contentamento por parte de colegas estagiários, no momento em que se deparavam com a realidade profissional, a qual estavam buscando ingressar como profissionais pedagogos. Algumas situações vivenciadas por eles na experiência de estágio, que não eram idealizadas enquanto encontravam-se em formação, trazia muitas vezes um choque de realidade, o que os fazia repensar seriamente o seu futuro profissional. Pensando sobre esta situação e com a necessidade de dar voz aos estudantes de pedagogia, nos propomos a pesquisar sobre que contribuições a prática de estágio permite à formação docente e quais os desafios são encontrados pelos estudantes durante o período de estágio. Para isso tomamos as seguintes questões norteadoras para esta pesquisa: No campo de estágio os alunos de pedagogia são desafiados a terem práticas e condutas de profissionais da educação? A legislação pertinente ao estágio remunerado é compreendida pelas instituições proponentes e os alunos, e possibilita às instituições proponentes e concedentes a realização do estágio com o seu pleno acompanhamento? Pelo qual motivo os estudantes de pedagogia procuram o estágio não obrigatório remunerado? Tendo por objetivos da pesquisa: Identificar em que realidade sócio-econômica os estudantes de pedagogia se encontram, analisar e apontar possíveis fragilidades da lei do estagiário e identificar os avanços e contribuições do estágio não obrigatório na formação dos futuros pedagogos. para que seja possível apresentar alternativas que contribuam com a formação profissional docente dos estagiários. Com isso, a pesquisa traz as contribuições dos autores Colombo e Balão, (2014) que tratam sobre a história, legislação dos estágios; Melo e Landner, (2012), Pimenta, (1994) sobre as concepções de estágio; Nóvoa, (1992) que aborda a importância do estágio para a formação de professores; Zago, (2006) que traz aspectos socioeconômicos do índice de rendimento acadêmico dos discentes de instituições de ensino superior acesso e permanência des estudantes, que são fatores que estão relacionados com a vivência destes alunos estagiários entre outros. Buscamos atender aos objetivos da pesquisa com a reflexão das contribuições dos autores, o apontamento de fragilidades da legislação pertinente aos estagiários e a análise das respostas dos alunos estagiários, sobre suas realidades socioeconômicas e vivências no campo de estágio. Esta, é uma pesquisa aplicada, com abordagem qualitativa e quantitativa. Está organizada em cinco partes, em que a primeira corresponde a esta introdução, na segunda traz-se conceitos, concepções e a legislação pertinentes ao estágio, bem como suas contribuições para a formação docente; na terceira são trazidos para a discursão, os aspectos sócios econômicos da vida como desafios na formação. Na quarta parte, trazemos os resultados da pesquisa e o cenário de aprendizagens no campo do estágio. E finalizamos com as considerações finais, onde trazemos sugestões de ações a serem realizadas pelos órgão responsáveis, para ajudar melhorar o processo de formação dos alunos. Tendo como sujeitos da pesquisa os graduandos de pedagogia, da Universidade federal do Rio Grande do Norte, cursando entre 2º ao 10º período, dos turnos vespertino e noturno, nesta perspectiva, buscaremos abordar questões referentes a quem são estes estudantes, quais são as contribuições na prática de estágio que os auxiliam em sua iniciação profissional, assim como que desafios são postos frente as suas trajetórias, que interferem e como interferem em seus processos de aprendizagens. Neste sentido serão levados em consideração os conceitos atribuídos à formação de professores, estágio não obrigatório, desafios, aprendizagens e iniciação profissional, como também, buscaremos discutir sobre as fragilidades de alguns pontos da legislação que regimenta os estágios, com o intuito de fomentar a reflexão sobre o universo de suas condições em meio a proposta de aprendizagem a que o legitima. 2. ESTÁGIO: CONCEITOS, CONCEPÇÕES E LEGISLAÇÃO. Desde a década de 1940, período em que surgem iniciativas no Brasil para a regulamentação da prática do estágio, há preocupações em se propor condições de aprendizagem concreta, complementando assim os conceitos teóricos apreendidos, e que de forma alguma podem se confundir com a precarização do trabalho. De Acordo com Colombo e Ballão, (2014. p.174) “o estágio não cumpria seu papel no processo educativo por se aproximar muito de uma forma de se obter mão de obra de baixo custo, visto que não previa formalização entre a escola e a empresa, considerando esta atividade mero trabalho.” Estas inadequações, propiciavam sob o manto da palavra “estágio” que as empresas driblassem a legislação trabalhista, desvinculassem a atividade dos interesses educacionais, e também que não fossem atribuídas à escola e nem ao setor econômico responsabilidades inerentes aos objetivos do estágio. Desde então, passaram-se aproximadamente 80 anos e novas normatizações foram pensadas para combater a precarização do trabalho e garantir a qualidade daaprendizagem. A lei de número 11.788, de 25 de setembro de 2008, atualmente em vigor, traz como definição e finalidade do estágio Obrigatório e/ou não obrigatório.3 Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. § 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando. § 2o O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. (BRASIL, 2008) 3 Segundo a lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008 Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. e Estágio não- obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. O estágio obrigatório. geralmente não é remunerado. Enquanto que o estágio não obrigatório geralmente oferta uma bolsa de remuneração. Diante do exposto, tomamos em consideração os conceitos de estágio defendidos por Colombo e Ballão, (2014. p.173) que enxerga o estágio não obrigatório como possibilidade ao educando para consolidar o conhecimento construído nas aulas teóricas, por meio da prática estando sob a supervisão de um profissional da área, em que irá orientar e corrigir o estagiário nas atividades que desenvolve, para que em sua prática profissional futura possa valer-se da experiência adquirida em sua trajetória formativa, reduzindo -se as possibilidades de equívocos profissionais em suas atribuições. Corroboramos com a ideia que o estágio reforça o aprendizado profissional do educando por meio da experiência prática. Esta, se torna mais proveitosa quando está interligada à realidade econômica em que a escola está inserida, pois, com a interação entre as três partes envolvidas: o aluno, a empresa e a escola, há enormes ganhos educativos. Grande parte da bagagem teórica da sala de aula vai de encontro à situação concreta e do cotidiano, no mundo econômico real. Dialeticamente, o confronto com esta prática fará repensar algumas teses ou teorias, a serem refutadas ou rearranjadas para a sala de aula; ou ainda, o aprendizado é reforçado pela adequação entre teoria e prática.(COLOMBO; BALLÃO, 2014. p.173) Para Melo e Landner, (2012. p. 1) O estágio não obrigatórios é compreendido como uma atividade balisadora que permite aos estagiários refletir sobre a prática do professor regente e sua própria prática como professor em formação e futuro profissional devidamente qualificado, quando estes são oportunizados a vivenciar situações diversas no contexto educacional, fazem com que tracem perspectivas de soluções e pensamentos que contribuirão com conhecimento do contexto histórico, social, cultural e organizacional da prática docente. A vivência do contexto escolar pelos alunos-estagiários se mostra como campo fértil para refazermos nossas práticas enquanto formadores de professores da educação básica, assim como têm contribuído para uma interação significativa com as escolas da rede pública que acolhem nossos alunos-estagiários. As idas e vindas às escolas, nos revelam o quanto pode e deve ser explorado neste contexto que é a formação inicial de professores. (MELLO E LINDER, 2012. p. 2) A partir do conhecimento que adquirimos com a prática do estágio, conseguimos entender, refutar ou aceitar teorias acerca de concepções de educação que permeiam o universo do ensino e da aprendizagem, passamos a ter um olhar diferenciado no planejamento das ações de educação e avaliação. Pois percebe-se que é necessário propor situações de ensino e aprendizagens que tenham sentido para o contexto social onde está inserida a escola que atua-se. Nesta Perspectiva, Pimenta, (1994)4 considera o estágio atividade teórica instrumentalizadora da práxis docente, esta atividade entendida como meio de transformação da realidade. Não existindo assim dicotomia entre teoria e prática e sendo um importante campo de formação docente, onde deve-se haver práticas de pesquisa com intuito de fomentar no professorado posturas e habilidades de pesquisadores. Neste sentido, é possível perceber os avanços no decorrer da história quanto à concepção do estágio, que antes concebida como uma atividade prática separada da teoria, agora, entendida como meio de reflexão e transformação da realidade do contexto histórico cultural. No entanto, é preciso um aprimoramento da legislação atual que estruture de forma mais específica os termos para as propostas de atividades a serem realizadas durante o estágio com a otimização do tempo na realização destas, contemplando as outras demandas acadêmicas dos graduandos. 2.1 A legislação vigente e o cumprimento do estágio. Atualmente, a lei que normatiza a prática de estágio no Brasil é a 11.788, de 25 de setembro de 2008, sancionada pelo Governo Federal na gestão do Ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva. Esta prevê que a carga horária do estágio poderá ser estabelecida dos seguintes períodos: com 4 horas diárias cumpridas em 20 horas semanais, para os estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; com 6 horas diárias e cumpridas em 30 horas semanais, para estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. E para estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, a jornada poderá chegar a 4 Documento eletrônico, não paginado. 40 horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino. Em comparação a carga horária de trabalhos comuns onde o período varia entre 8 a 10 horas por dia , o tempo do estágio permite ao estudantes ter uma aparente vantagem. Entretanto é necessário levar em consideração, outros momentos acadêmicos em que lhes demandam tempo, que somados podem ultrapassar as mesmas 8 a 10 horas. Neste sentido, é preciso garantir o equilíbrio e a gestão adequada do tempo. Para isso, manter a carga horária de estágio entre 4 a 5 horas por dia seria o ideal, ou seja, metade do período de trabalho integral do trabalhador, já que a atividade não é a única mas, uma de outras possibilidades de se obter conhecimento e estando definida como ato educativo, não se deve buscar a prerrogativa do dever de cumprimento de uma carga horária muito próxima ao equivalente período integral do trabalho. D'Ydewalie, Swerts e Corte, (1983)5 observaram que há mais ganhos pedagógicos nas diferentes formas que possibilitem a construção do conhecimento, do que ao fato de recair um período maior de estudo focado em apenas uma atividade ou forma de aprendizagem. Propostas de atividades diversificadas com a definição de objetivos para estudo, orientadas pelas instituições de ensino no campo de estágio não obrigatório, precisam ser pensadas como uma possibilidade nas instituições concedentes. Assim como é necessário buscar a interação nestes espaços com outras áreas do conhecimento, que se relacionem com a educação para que se possa ter uma experiência mais rica em aprendizado para professores estagiários alunos e toda a comunidade escolar. 2.2 As contribuições do estágio para formação docente e inserção profissional Quando nos remetemos à formação dos estudantes de pedagogia, é precisoconsiderar que o processo formativo deve prepará-los para todas as atribuições próprias à processos educativos, que não estão restritas ao espaço da escolar, como também à docência. Conforme está descrito nas diretrizes curriculares para o curso de pedagogia que prevê: 5 Documento eletrônico, não paginado. Art. 2º As Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia aplicam- se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos (BRASIL, 2006. grifo nosso) Dentre tantas as possibilidades de atuação para o pedagogo, destacamos sua formação para o exercício da docência. Nóvoa, (1992)6 afirma que a formação de professores desempenha uma função importante na configuração de uma "nova" profissionalidade docente, que incentiva uma cultura organizacional entre as escolas, e converge a uma cultura profissional no meio docente. É preciso reconhecer que a formação prática dos professores começa nos estágios dos graduandos e precisa ser contínua em suas trajetórias enquanto profissionais. Desse modo, a formação do estagiário de pedagogia como futuro professor, requer investimento pessoal, precisa ser criativo, sobre os percursos dos próprios projetos, que construa sua própria identidade, que também é uma identidade profissional. A formação deve estar embasada sob uma perspectiva crítico-reflexiva, que forneça aos professores e estagiários os meios de um pensamento autónomo e que facilite as dinâmicas de auto formação participada. É preciso trabalhar no sentido da diversificação dos modelos e das práticas de formação, instituindo novas relações dos professores com o saber pedagógico e científico. A formação passa pela experimentação, pela inovação, pelo ensaio de novos modos de trabalho pedagógico. E por uma reflexão crítica sobre a sua utilização. A formação passa por processos de investigação, directamente articulados com as práticas educativas. (NÓVOA, 1992) O percurso de formação não é simples, como é possível entender segundo o que descreve Nóvoa, (1992), pois é preciso haver diversificação nos modos de ensino e de aprendizagem durante o período reservado para os estudos. Sendo pois, diversos os 6 Documento eletrônico, não paginado fatores que interferem direta e indiretamente na qualidade da formação de nossos estudantes. Os aspectos sociais estão entre eles. Segundo uma pesquisa realizada por Zago, (2006. p. 234) afirma em seus dados que do total de 27 estudantes, 18 dos que obtiveram uma bolsa de estágio, monitoria ou iniciação científica, concedida por estes meios que não são empregos formais, mas que geram uma renda através do pagamento de bolsas com a realização destas atividades, por haver uma flexibilização de horário ou menor carga horária de atividade, facilitou a rotina de estudos dos discentes que precisam de proventos para se manterem durante a graduação. Diversificar as atividades de estudo promovidas pelas disciplinas da graduação com a aplicação desta nos estágios não obrigatórios, incentiva a uma cultura de pesquisa e o estabelecimento de relação entre teria e prática, com uma realidade repleta de sentidos. Além de facilitar a vida dos que precisam realizar uma atividade remunerada e estudar ao mesmo tempo. 3. ASPECTOS SÓCIOS ECONÔMICOS COMO DESAFIOS NA TRAJETÓRIA DA FORMAÇÃO. O acesso ao ensino superior ainda é um privilégio, restritivo a apenas uma pequena parcela da população no Brasil, este cenário seria pior se não fossem as políticas afirmativas de acesso às Universidades Públicas, que garantem a reserva de vagas à pessoas negras, pardas, indígenas e de rendas inferiores. Políticas como estas, são importantes pois oportunizam aos beneficiários possibilidades de transformação social e perspectivas de vidas melhores, devido ao espaço de pensamento e condições de formação que as Universidades oferecem. Para Vasconcellos , Diniz e Andrade, (2012)7 considerando o aspecto educacional, a responsabilidade de formar cidadãos garantindo o aumento das reservas e capital intelectual, e a possibilitar o acesso ao mundo do trabalho, as instituições de ensino público superior no Brasil, contribuem fundamentalmente para que haja à geração de renda e melhoria das condições de vida. Contudo, é preciso considerar que as condições socioeconômicas influenciam os processos de aprendizagens acadêmicas dos alunos e isto reflete diretamente na 7 Documento eletrônico, não paginado. qualidade das suas formações e consequentemente em seus desempenhos profissionais, pois “O ensino tem que ser reconhecido e avaliado, à luz da realidade político-social que o abarca.” Kuregant, Ciampone e Felli, (2001, p.375) apud Vasconcelos , Diniz e Andrade, (2012). Para Mercuri, (1992) idem Vasconcelos , Diniz e Andrade, (2012). há dois aspectos: temporais e pessoais, que condicionam e que podem acarretar dificuldades ou até mesmo inviabilizar a boa qualidade de estudo dos alunos. O aspecto temporal corresponde a incompatibilidade de tempo para os estudos em relação a outras atividades que são prioridades à pessoa, já o aspecto pessoal está relacionado a situações vivenciadas, onde o individuo sofre abalos emocionais, psicológicos, financeiro, familiares ou sociais com os quais não conseguem melhor lidar e que reflete em outra área interferindo-a. Segundo o estudo realizado por Andrade e Sposito, (1986) idem Vasconcelos , Diniz e Andrade, (2012), os alunos dos cursos noturnos apresentaram menores índices de desempenho Acadêmico, devido ao enfrentamento de problemas em suas trajetórias acadêmicas em que mesmo sendo reconhecida nesses casos a importância e a necessidade de dedicação aos estudos. Para Souza, (1993) idem Vasconcelos, Diniz e Andrade, (2012) a falta de tempo para os estudos e as dificuldades pessoais impactam diretamente o desempenho acadêmico destes estudantes. Para que sejam superados os desafios de aprendizagens, é preciso antes dar condições para superar os desafios sociais ao qual estes estudantes estão expostos. Em verdade, o aprendizado nos faz transformar o nosso meio social, contudo o capital intelectual é o que nos oportuniza ter novas aprendizagens e ele está relacionado às condições sociais que cada um dispõe. 4. A PESQUISA: OS ESTAGIÁRIOS, O CAMPO E O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO. Para saber que contribuições a prática do estágio permite à formação docente e quais os desafios são encontrados pelos estudantes durante o período do estágio. Precisou-se da obtenção de respostas dos estagiários à respeito de suas realidades no campo de atuação, bem como das suas realidades socioeconômicas atuais. Esta pesquisa portanto está classificada da seguinte forma, quanto a sua natureza: trata-se de uma pesquisa aplicada, pois foi necessário o realizar o levantamento de dados que nos trouxeram conhecimentos para atender aos objetos da pesquisa, seguiu uma abordagem qualitativa e quantitativa que nos traz uma avaliação dos dados mensurados por sua capacidade de interferência no fenómeno em termos de quantidade e qualidade. Para a realização da pesquisa foi realizado um levantamento do quantitativo dos estudantes de pedagogia na UFRN, a partir do 2º período e que estavam em regime de estágio não obrigatório. Levou-se em consideração uma população universal de 170 alunos dos quais a pesquisa se aplicou a 10 estudantes. O nível de confiabilidade da pesquisa é de 80% com 20% de margem de erro. O cálculo para a amostragem foi realizado através do site Survey monkey. A pesquisa foi realizada por meio de um questionário estruturado através da plataforma doGoogle Formulários, com perguntas fechadas para graduandos do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Ao todo foram 36 perguntas aplicadas aos estudantes em que se investiga o perfil socioeconômico destes discentes e suas relações práticas de desafios e aprendizagem no campo de estagio, como principal ambiente de iniciação profissional. Das 36 perguntas destacamos mais 6, como como mais relevantes que trazem os seus dados em gráficos, mostrados mais adiante do trabalho. 4.1 Estagiários e o campo: análise dos dados Buscando atender aos objetivos da pesquisa no intuito de identificar em que realidade sócio-econômica os estudantes de pedagogia se encontram, analisar e apontar possíveis fragilidades da lei do estagiário e identificar os avanços e contribuições do estágio não obrigatório na formação dos futuros pedagogos. A aplicação da pesquisa traz a caracterização deste, e revela que os sujeitos participantes, estudantes de pedagogia, que realizam o estágio não obrigatório estão entre o 6º e o 9º período do curso de graduação e são 80% dos participantes. e cumprem uma carga horária de estágio de 30 horas semanais em seus campos de atuação. A maior parte destes alunos, adentraram as universidades por meio de políticas sociais afirmativas de inclusão social, e são considerados pertencentes à parcela de jovens na sociedade. Estão entre a faixa etária de 19 a 36 anos de idade, tendo a maior parte dos alunos, menos de 25 anos. Em sua maioria, as vagas de estágio de pedagogia são oportunizadas às mulheres, 90% do total das participantes que responderam a pesquisa. Para Cambi,( 2002) isto está relacionado as influências das concepções cristãs na história da pedagogia sobre a mulher na sociedade, onde lhes foi atribuído o papel de educadoras desde em seus seios familiares. Elas, Atualmente estão solteiras e não possuem filhos, mas não moram sozinhas. Em suas residências convivem com ate outras 4 pessoas, sejam elas parentes ou amigos. 70% do total de participantes da amostra moram na região metropolitana do Natal/RN, e 80% contam com uma renda familiar de até 3 salários mínimos, este último quesito é considerado fator de classificação dos sujeitos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Conforme, admite-se a regra para a inserção nos bancos de dados social do governo, no Cadastro Único. Para 80% das participantes da pesquisa, o estágio foi o primeiro acesso a uma realidade profissional. Com isso, vemos a importância do estágio como meio de aprendizagem e inserção no mundo do trabalho, bem como seu compromisso de formação prática e qualificada. Nesta perspectiva, as maiores partes das estudantes abdicam de outras atividades econômicas, para que possam se dedicar ao estágio e com isso ter um melhor aproveitamento dos conceitos necessários na formação. Isto se traduz em sacrifícios econômicos para elas, ao abrir mão de um melhor ganho atual por meio de um emprego formal, para que possam se dedicar aos estudos, sem que necessariamente, tenham uma bolsa que pague o valor equivalente ao salário do emprego formal. Também revela, que o estágio não obrigatório para o estudante, além de contribuir com a sua formação, se constitui como única fonte de renda da maioria dos estudantes de pedagogia enquanto estão na graduação. Nesta pesquisa 80% dizem que, uma carga horária compatível, a contemplar as outras demandas acadêmicas, quê também merecem dedicação dos discentes, e a existência de uma remuneração concedida por meio de bolsas, são fatores que condicionam a qualidade da formação, e até mesmo as ajudam a permanecer nos cursos de graduação. A lei Nº 11.788 de 25 de Setembro de 2008, que define e regulamenta o regime de estágio, prevê a redução da carga horária em períodos avaliativo, mediante comunicação da instituição de ensino a concedente. “§ 2o Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante”. (BRASIL, 2008). No entanto, pelo menos 60% das estudantes da pesquisa não conseguem ter esse direito garantido, o que pode interferir no rendimento acadêmico destas. Cabe-se portanto, investigar quais os motivos que impedem ou limita- se fazer uso deste direito que dispõem as estudantes. Neste sentido o conhecimento das leis, nos possibilita a ter ciência do nossos direitos e deveres, assim como a questionar a falta de cumprimento dos mesmos e também a necessidade de prevê-los legalmente em instrumentos próprios. Ao serem questionados sobre a leitura da Lei Nº 11.788 de 25 de Setembro de 2008 que define e regulamenta o regime de estágio, 80% das alunas responderam que sim, contra apenas 20% que não, O que significa que uma parcela considerável das estudantes, tem ciência dos seus deveres e direitos enquanto estagiárias. Atualmente, o valor total recebido pelos estudantes para estagiar varia de R$ 601,00 a R$ 800,00. A lei que regulamenta o estágio, determina apenas que nos casos do estágio não obrigatório, a concedente deverá contratar em favor do estagiário, apólice de seguro contra acidentes pessoais. A lei apresenta a fragilidade em não obrigar, nem mesmo mencionar e regulamentar o pagamento de uma ajuda de custos, mesmo a estágios não obrigatórios, fazendo com que haja defasagens e disparidades nos valores destinados aos alunos. No regime de estágio, não há o recolhimento de porcentagens destinadas à contribuição para a previdência social dos estudantes estagiários, outra fragilidade evidenciada na lei, pois mesmo em regime de estágio, os estudantes estão a realizar atividades pertinentes a profissão, estando exposto às mesmas situações que os profissionais, no mesmo ambiente profissional, ainda que como ato educativo. Em suas atuais realidades socioeconômicas nenhuma das estudantes conseguiu reservar parte do valor para contribuir individualmente com a previdência social, o que em longo prazo acaba por deixa-los desprovidos das contribuições necessárias à previdência no futuro. Ao serem questionadas quanto aos espaços onde cumprem a atividade de estágio, 90% das alunas que participaram da pesquisa dizem que cumprem o estágio de pedagogia em escolas. 100% dizem atuar em salas de aula, destas 70% no ensino fundamental anos iniciais e 30% na educação infantil. No entanto, as possibilidades de atuação profissional em diferentes espaços que demandam procedimentos pedagógicos são inúmeras. Tal fato acaba por tornar o conhecimento prático da profissão restrito a um único espaço. Libânio, (2001) afirma que O campo educativo é bastante vasto, uma vez que a educação ocorre em muitos lugares e sob variadas modalidades: na família, no trabalho, na rua, na fábrica, nos meios de comunicação, na política, na escola. De modo que não podemos reduzir a educação ao ensino e nem a Pedagogia aos métodos de ensino. Por conseqüência, se há uma diversidade de práticas educativas, há também várias pedagogias: a pedagogia familiar, a pedagogia sindical, a pedagogia dos meios de comunicação etc., além, é claro, da pedagogia escolar. (LIBÂNIO, 2001 p. 6-7) As vagas de estágio nas escolas são ofertadas em sua maioria pela rede privada. 70% dos estudantes afirmam que realizam o estágio nesta rede. Apesar disso, a porcentagem de contratações de estagiários é ainda muito baixa. Apenas 30% dos que realizam o estágio são absorvidos como profissionais contratados, e 70% são descartados. Esses números nos faz levantar novos questionamentos sobre o que acontece com os estudantes e com as instituições contratantes. Por que após o período de estágio no ambiente profissional estes estudantes não foram contratados? 4.1.2 Os desafiospara aprendizagem dos estudantes e as contribuições no campo do estágio Para responder aos questionamentos levantados que norteiam a pesquisa, que investiga a existência de práticas e condutas dos estudantes, condizentes a profissionais da educação no campo de estágio; a compreensão pelas instituições proponentes e os alunos da legislação pertinente ao estágio; o pleno acompanhamento pelas instituições proponentes e concedentes do estágio e o motivo pelo qual os estudantes de pedagogia procuram o estágio não obrigatório remunerado, foram necessários os seguintes questionamentos que trazem suas respostas ilustradas em gráficos. .Gráfico 1 – Atividades que desempenham os estudantes de pedagogia no estágio não obrigatório Fonte: Elaborado pelo autor (2020). As respostas apresentadas pelos estudantes, no gráfico acima revelam que as atividades desempenhadas pelos estudantes em seus campos de estágio, descrevem o trabalho pedagógico em atuação de instâncias da prática educativa, relacionado ao pedagogo compreendido por Libânio, (2001) como pedagogos lato sensu, pois são atividades que realizam os que se ocupam de domínios e problemas da prática educativas em suas várias manifestações, sendo incluídos nesta classificação, todos os professores de todos os níveis e modalidades de ensino. O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vista objetivos de formação humana previamente definidos em sua contextualização histórica. Esse entendimento permite falar de três tipos de pedagogos: 1) pedagogos lato sensu, já que todos os profissionais se ocupam de domínios e problemas da prática educativa em suas várias manifestações e modalidades, são, genuinamente, pedagogos. São incluídos, aqui, os professores de todos os níveis e modalidades de ensino; 2) pedagogos stricto sensu, como aqueles especialistas que, sempre com a contribuição das demais ciências da educação e sem restringir sua atividade profissional ao ensino, trabalham com atividades de pesquisa, documentação, formação profissional, educação especial, gestão de sistemas escolares e escolas, coordenação pedagógica, animação sociocultural, formação continuada em empresas, escolas e outras instituições; 3) pedagogos ocasionais, que dedicam parte de seu tempo em atividades conexas à assimilação e reconstrução de uma diversidade de saberes. (LIBÂNIO, 2001. p. 11) Ao se tratar de práticas de formação profissional, se faz necessário a realização da supervisão e acompanhamento das atividades realizadas pelos estudantes. Neto, (2015) afirma que o acompanhamento das atividades, assume um novo patamar na trajetória de formação dos estudantes, fazendo com que nasça um terreno de formação profissional, promovidos pelas instituições de ensino e as instituições concedentes de estágio. A Prática de Ensino Supervisionada ganha um novo patamar que pressupõe uma formação docente compartilhada entre a Universidade e a Escola; exige a participação direta de outros atores sociais como o professor da escola com a identidade de um “formador de terreno” (professor associado, tutor ou mentor), pois o estágio supervisionado contempla não só o acolhimento como o acompanhamento da Escola e da Universidade, assim como nascem as Escolas de Desenvolvimento Profissional ou Escolas de Formação (NETO, 2015. p. 32583) Neste sentido é preciso considerar a necessidade de instrumentalizar a o processo de acompanhamento e avaliação dos estágios. Neste sentido são evidenciados como métodos e instrumentos de avalição para os estágios três meios, tanto das instituições concedentes de estágios, quanto das instituições de ensino. Gráfico 2 – Meios de acompanhamento utilizados pelas instituições concedentes do estágio Gráfico 3– Métodos de acompanhamento utilizados pelas instituições de ensino. Quando referidos os aspectos pessoais trazidos por Vasconcelos, Diniz e Andrade, (2012) que impactam a trajetória de desempenho e formação acadêmica, é necessário entender que tratam de situação não favoráveis dos estudantes, vivenciadas a partir de suas realidades sócio econômicas. A busca pelo estágio procura em certa medida, minimizar estas situações, atendendo as necessidades econômicas dos estagiários. Gráfico 4 – Interesses dos estudantes pela procura do estágio Fonte: Elaborado pelo autor (2020). A pesquisa confirma a compreensão de Nóvoa, (1992) ao afirmar que a formação de professores desempenha uma função importante na configuração de uma "nova" profissionalidade docente, que incentiva uma cultura organizacional entre as escolas, e converge a uma cultura profissional no meio docente, o estágio como espaço de formação docente e acesso ao campo profissional de formação profissional possibilitou os seguintes aprendizados aos alunos estagiários, Contudo também foram buscadas as principais dificuldades que os estudantes de pedagogia encontraram em seus campos de atuação. Gráfico 5 – Aprendizados citados pelos estudantes de pedagogia nos estágios não obrigatórios Fonte: Elaborado pelo autor (2020). Gráfico 6 – Desafios citados pelos estudantes de pedagogia durante o estágio não obrigatório Fonte: Elaborado pelo autor (2020) A Legislação pertinente a prática de estágio, determina a exigência dos relatórios como instrumentos para o acompanhamento das atividades dos estagiários pelas instituições de ensino, referente a cada período de 6 meses nos estágios. Diante deste fato os estudantes dispõem do direito de receberem em contra partida o retorno ou orientação destes relatórios. Do total dos participantes, 70% afirmam que recebem esse retornos nas instituições de ensino. Este ato educativo, faz com que a instrumentalização dos acompanhamentos não fique restrita a apenas um comprimento burocrático e de formalidade, mas que assumem uma intencionalidade formativa, pois de acordo com as contribuições de Sarti (2013, p.218, 219) idem Neto, (2015) a formação docente é “um processo de socialização, que deve possibilitar ao sujeito organizar os saberes aprendidos para serem empregados em situação de ensino” e como uma “integração entre o local de trabalho e a formação docente”. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nosso objetivo com esta pesquisa foi identificar e trazer a todos, os desafios, os avanços e contribuições do estágio não obrigatório na formação dos futuros pedagogos, para que tenhamos conhecimento do contexto das situações que os estagiários enfrentam em seus processos de formação. E apresentar alternativas que contribuam com esta formação que lhes possibilitarão o exercício da profissional docente, para isso foi de extrema importância a participação de cada um dos estudantes, para que pudessem ser ouvidas as vozes que falam as suas perspectivas no momento em que estão inseridas diretamente em contextos de formação. Compreendemos que a ideia do estágio é excelente para a formação profissional, pois permite o contato direto dos estudantes com a realidade profissional futura. Contudo, é preciso pensar em propostas de atividades nos estágios mais elaboradas, menos subjetivas, quando descritas nos planos de atividades. Buscando desenvolver habilidades profissionais, sendo melhor direcionadas aos estudantes. É preciso também que as instituições concedentes, estejam abertas para enxergar o estágio como meio de pesquisa, que necessita do espaço da instituição como campo de atuação, facilitando este tipo de experiência, para que possa haver um espaço de trocas de conhecimentos. Para que os estagiários não entendam que o seu papel seja reproduzir as ações dos profissionais. Mas que possam entender que sempre devem questionar práticas e buscarmeios mais adequados de resolver situações que lhes forem postas, construir conhecimento crítico e reflexivo juntamente com os alunos e professores. Neste sentido, é preciso que as instituições de ensino valorizarem mais a atividade de estágio, estreitando os laços entre alunos e instituições concedente, incorporando atividades das disciplinas que demandem prática para serem realizadas no estágio, para um aprendizado eficiente e um acompanhamento com mais resultados, buscando garantir a qualidade da formação docente. Além de buscar meios de melhor aproveitamento didático para o estágio, é necessário pensar em aspectos que condicionam a realização dos estágios pelos estudantes, buscando preservá-los de condições economicamente e academicamente vulneráveis, por meio da adequação das lei do estágio, mantendo a carga horária da atividade para todas as etapas de ensino em até 20 horas semanais, tendo em vista as outras atividades acadêmicas realizadas pelos estudantes durante a graduação. E a estipulação do valor da bolsa paga aos estagiários em ao menos 50% do valor pago sobre o salário do profissional da categoria, com a contribuição compulsória de um percentual para a previdência social destes. Para finalizar, expresso a reflexão que tivemos com a pesquisa: não há educação de qualidade sem experiências formativas adequadas que possibilitem a quem ensina alicerçar a teoria com a prática em sala de aula. REFERÊNCIAS BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Diário Oficial da União, 2006. BRASIL, Lei n° 11.788, de 25 de setembro de 2008. Altera a legislação que regulamenta legislação nacional alusiva ao contrato de estágio para estudantes do ensino regular. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 27 set. 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm>. Acesso em: 22 jun. 2020. CAMBI, Franco. História da pedagogia. UNESP, 2002. NETO, Samuel de Souza; IAOCHITE, Roberto Tadeu. O uso de dispositivos de acompanhamento de estágio curricular como elemento para se pensar a profissionalização do ensino In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 12. 2015. Paraná. Anais [...]. Paraná: Capes, 2015. COLOMBO, Irineu Mario; BALLÃO, Carmen Mazepa. Histórico e aplicação da legislação de estágio no Brasil. Educar em Revista, 2014, 53: 171-186. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas. Educar em Revista, n. 17, p. 153-176, 2001. LIMA, Maria Socorro Lucena; PIMENTA, Selma Garrido. Estágio e docência. Cortez Editora, 2018. MELLO, Simone PT; LINDNER, Luciana MT. A contribuição dos estágios na formação docente: observações de alunos e professores. Anais do IX ANPED SUL– Seminário de Pesquisa na Região Sul, 2012. NÓVOA, António. Formação de professores e profissão docente. 1992 VASCONCELOS, Ana Iria Tomas; DINIZ, Gleison; ANDRADE, Thales. Determinantes Socioeconômicos do Índice de Rendimento Académico dos Discentes de Instituições de Ensino Superior em um Município Cearense. Anais do V Encontro de Pesquisa e Extensão da Faculdade Luciano Feijão, p. 1-19, 2012. .ZAGO, Nadir. Do acesso à permanência no ensino superior: percursos de estudantes universitários de camadas populares. Revista Brasileira de Educação, v. 11, n. 32, p. 226-237, 2006. APÊNDICE QUESTIONÁRIO APLICADO PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA Pesquisa sobre os desafios e contribuições do estágio não obrigatório para os estudantes de pedagogia Prezado Participante, este questionário se constitui como procedimento metodológico de pesquisa que tem por objetivo, identificar em que realidade socioeconômica em que estão inseridos os estudantes de pedagogia em estágio não obrigatório, Verificar a aplicabilidade de alguns pontos da lei do estágio e suas possíveis fragilidades e identificar os avanços e contribuições dos estágios não remunerados para a formação de futuros pedagogos, para apresentar alternativas que contribuam com o aprimoramento das propostas de estágio. Os dados informados, serão coletado, analisados, não serão divulgada em nenhuma hipótese a identidade dos participantes. O questionário está dividido em 3 seções: a primeira refere-se ao sujeito investigado e dados para possível contato; a segunda busca coletar informações de caráter sócio econômicos; e a terceira busca coletar informações sobre sua experiência de estágio. O questionário tem duração de 10 minutos. Desde já agradeço pela colaboração Nome Completo: Email: Telefone para contato: ● Atual realidade sócio econômica Questionário Sócio- econômico Idade: Sexo: ( )Feminino ( )Masculino Estado Civil: ( )Casado ( )Solteiro ( )divorciado Possui Filhos? ( ) Sim ( ) Não Quantas pessoas moram em sua residência Contando com você? Qual é o valor atual da sua renda familiar? ( )Menos de 1 salário mínimos ( )De 1 a 3 salário mínimos ( ) mais de 3 salários Você já teve alguma experiência profissional formal anterior ao estágio? Sim ( ) Não ( ) Além do estágio você desenvolve alguma atividade econômica? Sim ( ) Não ( ) Possui NIS (número de inscrição Social) no Cadastro Único? Sim ( ) Não ( ) O acesso ao Ensino Superior se deu através de políticas de cotas ? Sim ( ) Não ( ) Reside na região metropolitana da grande Natal ? Sim ( ) Não ( ) Investigando sobre a prática de estágio • Perguntas pertinentes as relações de estágio Em que período do curso de pedagogia está? ( ) 2º ( ) 3º ( ) 4º ( )5º ( )6º ( )7º ( )8º ( )9º ( )10º. Quais motivos o levaram à busca pelo estágio não obrigatório remunerado? (permite marcar mais de uma opção) ( ) Obter acesso ao mundo do trabalho na área que estudo ( )Necessidade de conhecimentos práticos inerentes área futura de atuação Você já Cumpriu o estágio de pedagogia em ambientes não escolares? ( ) sim ( ) Não Se sim, em quais ambientes? Hospitais ( ) Secretarias ( ) Empresas ( ) Outros ( ) Em que tipo de escola você está atualmente estagiando? ( )Rede Privada ( ) Rede Pública Em qual esfera da escola você cumpre o estágio? ( ) Educação Infantil ( ) Ensino Fundamental I Regular ( ) Ensino Fundamental Modalidade EJA ( ) Gestão/ coordenação Pedagógica Quais são as atividades cotidianas desempenhadas por você na instituição onde cumpre o estágio? (permite marcar mais de uma opção) ( ) Regência de aulas ( ) Planejamentos ( ) Participação em Reuniões pedagógicas internas/externas ( ) Auxilio em ações de coordenação do trabalho pedagógico ( ) Acompanhamento de crianças com necessidades especiais ( ) Realização de serviços de auxiliar de classe com rotinas de banho em crianças e/ou trocas de fraldas Quais foram os principais aprendizados do campo profissional obtidos através do estágio (permite marcar mais de uma opção) ? ( ) Desenvolvimento e realização de projetos pedagógicos ( )Como se portar profissionalmente em meio a diferentes situações ( )Melhor Compreensão das principais teorias pedagógicas Quais são os principais desafios ou limitações da prática no estágio para a formação de professores? (permite marcar mais de uma opção) ( ) Falta de disponibilidade de materiais ou recursos ( ) Resistência às metodologias sugeridas pelos estagiários por parte da instituição ( ) Falta de abertura para o desenvolvimento de aplicação de pesquisas ( )Falta de um entendimento legal e efetivo das atribuições inerentes aos estagiários com foco em sua qualificação e valorização profissional ( ) Falta de organização na estrutura da rotinapedagógica Como é feito o acompanhamento da sua prática de estagio na instituição concedente? (permite marcar mais de uma opção) ( ) Observação da prática do estagiário no contexto ( ) Solicitações periódicas de planejamentos/ou relatórios das atividades desenvolvidas ( ) Formulário de acompanhamento ou avaliação estruturado individual do estagiário Quais são os métodos e instrumentos que a instituição de ensino utiliza para realizar o pleno acompanhamento do estagio realizado por você? (permite marcar mais de uma opção) ( ) Visitas ao campo de estágio ( ) Solicitações periódicas de relatório das atividades desenvolvidas ( ) Disponibilidade para orientar o desenvolvimento de atividades no campo de estágio Para você fatores como a carga horária do estágio e o valor da bolsa influenciam a sua permanência no curso de graduação? ( ) sim ( ) Não Somados o valor da bolsa e do auxílio transporte, o valor remuneratório mensal pagos pelo período de estagio corresponde a ( ) Menos de R$ 400,00 ( ) Entre R$ 400,00 a R$ 600,00 ( ) Entre R$ 601,00 a R$ 800,00 ( ) Entre 801,00 a R$ 1000,00 ( ) Mais de R$ 1000,00 Você reservar parte da bolsa que recebe no estágio para contribuir com a previdência social? ( ) Sim ( ) Não Você já foi contratado (a) por alguma instituição através do estágio? ( ) Sim ( ) Não Você já leu a LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008 (lei do estagiário)? ( ) Sim ( ) Não De acordo com o Art 7 Inciso IV, É dever da instituição de ensino exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses, de relatório das atividades; Sabendo que o relatório é um meio de acompanhamento das atividades do estagio, Você recebeu algum retorno de orientação? ( ) Sim ( ) Não Qual a carga horária do seu estágio? ( ) 20hs/semanais ( ) 30hs/semanais ( ) 40hs/semanais De acordo com o Art 10 § 2º da lei LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008 que dispõe sobre o estagio dos estudantes, a carga horária do estagio deve ser reduzida pela metade, em períodos de avaliações acadêmicas. é também necessário a comunicação prévia pela instituição acadêmica à concedente sobre tais ocasiões. Nesse sentido a comunicação e a Liberação são realizadas? ( ) Sim ( ) Não
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