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Proficiência 2016_1 – Francês – Engenharias Expectativa Questão 1 É um robô que possui os traços físicos da pesquisadora Nadia Thalmann, que o criou com a finalidade de ser um “companheiro”. Nadine é capaz de participar de uma discussão, de se lembrar das informações adquiridas naquela ocasião e de variar seu “humor” de acordo com a feição/o rumo do diálogo. Questão 2 Quando sentimos uma emoção, a pele do nosso rosto se franze, mas músculos, tendões e ligamentos também entram em ação. No robô, o equivalente dos músculos são os motores. Quanto maior o número de motores que formam um rosto, melhor funcionará a correspondência, mas também mais complicada será a gestão. O rosto de Nadine, por exemplo, é composto de 27 motores, número insuficiente para reprod uzir todos os matizes/todas as nuanças das expressões humanas, que também dependem de outros fatores: por exemplo, do umedecimento / da umidificação do olho ou do enrubescimento da pele . Questão 3 Trata-se de um sentimento de estranheza, causado em muitas pessoas pela imperfeição de um robô construído para imitar a forma humana o mais fielmente possível. Esse sentimento foi teorizado pelo japonês Masashiro Mori em 1970. De acordo com ele, se uma representação do humano pretende ser ultrarrealista mas não o é inteiramente, esse descompasso/essa defasagem/essa diferença gera/cria/provoca um sentimento de mal -estar ou mesmo de medo. Essa teoria, porém, não é aceita por todos. Para Hiroshi Ishiguro, trata -se de uma questão de educação. As pessoas sempre se assustam com o novo, com o desconhecido, mas acabam por aceitá-lo. Nadia Thalmann afirma que ninguém achou Nadine assustadora. Pelo contrário, as pessoas se sentem emocionadas e se relacionam com ela. Para Laurence Devilliers, há sempre algo que incomoda, e i sso depende da pessoa. Questão 4 De acordo com Laurence Devillers, especialista das dimensões afetivas e sociais da robótica, o homem sempre quis realizar representações à sua imagem, o que constitui, para ele, um desafio e a demonstração de um desempenho técnico. Mas ela considera extremamente incômodo, e pouco ético, que alguém não saiba se está falando com um robô ou com um ser humano. Trata - se aí, a seu ver, de um embuste/engodo. Para Philippe Souères, responsável pelas equipe/pela base de pesquisa Gep etto, dedicada à robótica humanoide, um robô parecido com o homem não tem nenhum interesse. Provoca uma emoção, mas não resolve nenhum problema. É preciso, diz ele, que as pessoas compreendam que os robôs humanoides não têm nada a ver com o homem, são uma ferramenta, uma máquina, como um carro ou uma lavadora de roupa. Questão 5 “Para fabricar um robô com aparência tão realista quanto a de Nadine, foi preciso moldar o rosto e o corpo de Nadia Thalmann e fundir um [tipo de] silicone especial para fazer « o invólucro » colocado sobre o esqueleto. ‘É [trabalho] manual, [custa] caro e leva tempo’, assinala a pesquisadora, que estima em 300.000 euros o custo de um tal objeto. Apesar desse invólucro muito bem sucedido, os movimentos de Nadine são ainda um pouco bruscos ou lentos demais, e revelam de cara sua natureza de robô. ‘Um invólucro realista implica a existência de uma continuidade nas deformações do corpo. É preciso que o esqueleto do robô transmita à pele a informação de se deformar de acordo com as situações, como para mudar a expressão do rosto’, explica a cientista.”
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