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ProjetoSmartSink-Silva-2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CURSO DE BACHARELADO EM DESIGN 
 
 
 
ROSEMÁRIA NASCIMENTO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO SMART SINK 
 PROJETO DE TORNEIRA CONCEITUAL SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2019 
10 
 
 
ROSEMÁRIA NASCIMENTO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO SMART SINK 
PROJETO DE TORNEIRA CONCEITUAL SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
como requisito para obtenção do grau de Bacharel 
em Design. 
 
 Orientador: Prof.°. Dr. Kilder César de A. Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2019 
11 
 
 
ROSEMÁRIA NASCIMENTO DA SILVA 
 
 
PROJETO SMART SINK 
 PROJETO DE TORNEIRA CONCEITUAL SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
como requisito para obtenção do grau de Bacharel 
em Design. 
 
 
Data de Aprovação: Natal – RN, ______ de ____________ de _________. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_____________________________________________ 
Orientador: Prof. Dr. Kilder César de Araújo Ribeiro 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
 
_____________________________________________ 
2º membro: Prof. Dr. Rodrigo Naumann Boufleur 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
 
_____________________________________________ 
3º membro: Prof. Dr. Luciano César Bezerra Barbosa 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acima de tudo, sou grata à Deus por essa 
conquista. Dedico a minha família e 
amigos que sempre me apoiaram, como 
também agradeço aos professores Dino 
Lincoln e Kilder Ribeiro pela colaboração 
na realização deste trabalho. 
 
13 
 
 
RESUMO 
 
 
É notório a preocupação com o consumo da água, com o crescimento populacional 
as indústrias necessitam de maior quantidade do fluido para a geração de produtos, 
e existe ainda o aumento da poluição dos rios, lagos e das principais fontes de água 
doce. Esses fatores são incidentes na utilização elevada de água. A partir deste 
pressuposto este projeto tem por objetivo geral, desenvolver uma torneira conceitual 
orientada para a sustentabilidade da questão hídrica. Os objetivos específicos são: 
coletar e analisar o uso dos recursos hídricos pelo brasileiro no meio doméstico; 
pesquisar tecnologias sustentáveis existentes para serem usadas no projeto; 
pesquisar materiais com propriedades adequadas ao produto e propor uma 
bancada compatível ao uso da torneira. A metodologia base aplicada no trabalho 
foi criada por Bernd Lobach. Ela é composta por 4 macrofases: preparação, 
geração, avaliação e realização. O desenvolvimento da torneira conceitual com a 
bancada permitiu a resolução de muitos dos problemas encontrados nas bancadas 
atuais por meio do uso de tecnologia e materiais mais sustentáveis, atendendo aos 
requisitos estabelecidos. 
 
Palavras-chaves: sustentabilidade, água, banheiro, pia, bancada, design. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
ABSTRACT 
 
 
The concern with water consumption is notorious, with population growth industries 
need more fluid to produce products, and there is also increased pollution of rivers, 
lakes and major freshwater sources. These factors are incidents of high water use. 
From this assumption this project has as its general objective, to develop a 
conceptual tap oriented to the sustainability of the water issue. The specific 
objectives are: collect and analyze the use of water resources by Brazilians in the 
domestic environment; research existing sustainable technologies to be used in the 
project; research materials with properties suitable for the product and propose a 
countertop compatible with the use of the tap. The basic methodology applied in the 
work was created by Bernd Lobach with four macrophases: preparation, generation, 
evaluation and realization. The development of the conceptual countertop faucet has 
solved many of the problems encountered in today's countertops through the use of 
more sustainable technology and materials, meeting established requirements. 
 
Keywords: sustainability, water, bathroom, sink, countertop, design. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
LISTAS DE FIGURAS 
 
FIGURA 1 – Filtro Chove Chuva.............................................................................24 
FIGURA 2 – Cystern Ecycle....................................................................................25 
FIGURA 3 – Caroma Profile 5.................................................................................26 
FIGURA 4 – Chuveiro Nebia...................................................................................27 
FIGURA 5 – Gris I...................................................................................................28 
FIGURA 6 – Gris II..................................................................................................29 
FIGURA 7 – Aguawell.............................................................................................30 
FIGURA 8 – Persona 1: Haila Braga.......................................................................33 
FIGURA 9 – Persona 2: Dário Vilela........................................................................34 
FIGURA 10 – Rotina Haila......................................................................................35 
FIGURA 11 – Rotina Dário......................................................................................35 
FIGURA 12 – Cenário Haila.....................................................................................36 
FIGURA 13 – Cenário Dário....................................................................................37 
FIGURA 14 – Padrão I............................................................................................38 
FIGURA 15 – Padrão II............................................................................................38 
FIGURA 16 – Padrão III..........................................................................................39 
FIGURA 17 – Banheiro minimalista.........................................................................40 
FIGURA 18 – Painel de torneiras.............................................................................41 
FIGURA 19 – Análise de falhas...............................................................................42 
FIGURA 20 – Hierarquização das funções..............................................................43 
FIGURA 21 – Hierarquização das funções modificada...........................................44 
FIGURA 22 – Sensor ultrassônico...........................................................................46 
FIGURA 23 – Sketches...........................................................................................47 
FIGURA 24 – Sketch torneira... ..............................................................................48 
FIGURA 25 – Sketch digital torneira........................................................................51 
FIGURA 26 – Sketch digital torneira II.....................................................................51 
FIGURA 27 – Sketch digital torneira III....................................................................52 
FIGURA 28 – Quadro de soluções..........................................................................53 
FIGURA 29 – Sketch digital bancada......................................................................54 
FIGURA 30 – Sketch digital bancada II...................................................................55FIGURA 31 – Sketch digital porta sabonete............................................................56 
FIGURA 32 – Sketch digital elevação bancada.......................................................57 
FIGURA 33 – Sketch digital elementos...................................................................57 
FIGURA 34 – Sketch digital porta toalha.................................................................58 
FIGURA 35 – Sketch digital porta copo...................................................................59 
FIGURA 36 – Sketch digital Smart Sink em uso.....................................................60 
FIGURA 37 – Rendering digital Smart Sink I..........................................................61 
FIGURA 38 – Rendering digital Smart Sink II.........................................................62 
FIGURA 39 – Rendering digital torneira..................................................................62 
FIGURA 40 – Exemplo real de uso do Corian.........................................................64 
FIGURA 41 – Dimensões estatura de brasileiro......................................................66 
16 
 
 
FIGURA 42 – Dimensões estatura de brasileiro em relação ao produto................67 
FIGURA 43 – Maior e menor usuário em relação ao produto..................................67 
FIGURA 44 – Altura trabalho brasileiros..................................................................68 
 
 
LISTAS DE QUADROS 
 
QUADRO 1 – Macrofases da metodologia..............................................................12 
QUADRO 2 – Definição das ferramentas aplicadas................................................13 
QUADRO 3 – Acontecimentos sobre sustentabilidade............................................15 
QUADRO 4 – Consumo de água por atividade.......................................................21 
QUADRO 5 – Aspectos Gris....................................................................................29 
QUADRO 6 – Requisitos de projeto........................................................................31 
QUADRO 7 – Matriz de decisão modelos................................................................49 
QUADRO 8 – Características e vantagens Corian..................................................63 
QUADRO 9 – Lista de materiais utilizados...............................................................65 
 
 
LISTAS DE TABELAS 
 
TABELA 1 – Matriz tecnologias...............................................................................45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 INTRODUÇÃO 11 
 Objetivos 12 
 Metodologia 12 
1 BREVE HISTÓRICO DE ACONTECIMENTOS AMBIENTAIS 14 
1.1 Ações ambientais no Brasil 15 
1.2 Água potável e a pegada hídrica 17 
1.3 Delimitação dos problemas de água no cotidiano brasileiro 21 
2 ANÁLISE DE PRODUTOS RELACIONADOS 23 
3 DESENVOLVIMENTO DE PROJETO – SMART SINK 31 
3.1 Passo 1: Desenvolvimento de Persona e Cenários 32 
3.2 Passo 2: Lista de verificação 37 
3.3 Passo 3: Análise de Falhas 41 
3.4 Passo 4: Hierarquia das funções 42 
3.5 Passo 5: Matriz de tecnologias existentes 44 
3.6 Passo 6: Brainstorming 46 
4 MODELAGEM DIGITAL 50 
4.1 Torneira 50 
4.2 Bancada 52 
4.3 Materiais 63 
4.4 Ergonomia 65 
 RESULTADOS ALCANÇADOS 69 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 70 
 APÊNDICE A – Desenho técnico torneira 74 
 APÊNDICE B – Desenho técnico Smart Sink 75 
 APÊNDICE C – Detalhes caixa do sensor 76 
 ANEXO A – Questionário online 77 
 
 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
A questão da sustentabilidade se tornou um tema preocupante no Brasil e no 
mundo principalmente após a Conferência de Estocolmo em 1972, que alertou aos 
113 países participantes o quão grave as ações humanas estavam interferindo na 
conservação do meio ambiente. E nesse contexto se encontra o princípio de 
economia da água, que é o bem comum essencial para vida na terra. 
 É notório que a preocupação com a água aumenta gradativamente, pois as 
populações crescem, as indústrias necessitam de maior quantidade do fluido para 
a geração de produtos, e além disso, existe o problema maior que é a poluição dos 
rios e lagos, as principais fontes de água doce. Esses fatores incidem diretamente 
na utilização elevada de água, e no problema de torná-la impura para o uso, pois 
as contaminações desenfreadas tornam o bem comum escasso em alguns casos. 
Essa esfera evoca o quão importante é uma visão consciente sobre a água 
atualmente, e que ações simples como lavar as mãos utilizando a mínima 
quantidade de água possível, podem evitar uma perda significante da mesma no 
planeta. 
 Com isso, o presente trabalho descreve a pesquisa, processo de criação e 
solução conceitual para o problema do elevado gasto de água pelos brasileiros no 
uso doméstico, especialmente no banheiro. Para descrição da situação serão 
apresentados a seguir os objetivos deste trabalho; no primeiro capítulo a 
metodologia aplicada; no segundo capítulo é apresentado a definição de 
sustentabilidade adotada, realizado um apontamento de datas importantes para o 
futuro ambiental que motivaram a preocupação global sobre o assunto. Como 
também serão explanadas ações ambientais que ocorreram e ocorrem no cenário 
brasileiro, e abordará juntamente o processo da água potável e o conceito “Pegada 
Hídrica”, que mensura a quantidade de água gasta por uma pessoa por toda sua 
vida. Será exposto também gastos no cotidiano do brasileiro, citando situações 
preocupante sobre o tema no país, e o relato de questões presentes no questionário 
realizado nesta pesquisa. 
 
 
 
 
12 
 
OBJETIVOS 
 
Objetivo geral: 
 
Desenvolver uma torneira conceitual orientada para a sustentabilidade da 
questão hídrica. 
 
Objetivos específicos: 
 
● Coletar e analisar o uso dos recursos hídricos pelo brasileiro no meio 
doméstico; 
● Pesquisar tecnologias sustentáveis existentes para serem usadas no projeto; 
● Pesquisar materiais com propriedades adequadas ao produto; 
● Propor uma bancada compatível ao uso da torneira. 
 
METODOLOGIA 
 
 A metodologia base aplicada no trabalho foi criada pelo designer industrial 
Bernd Lobach (1976). Ela é composta por 4 macro fases, possuindo em cada uma 
delas micro fases para melhor exploração e entendimento do problema abordado 
(Ver Quadro 1). 
Quadro 1: Macro fases da metodologia 
 
Fonte: Bernd Lobach, 2017 
 
 A primeira fase (Preparação) da metodologia aplicada no trabalho em 
questão, estimula o aprofundamento sobre o problema, coleta informações, 
13 
 
promove análise da(s) necessidade(s) do consumidor, como também instiga o 
estudo dos produtos existentes, observando seus aspectos estruturais, funcionais 
e estéticos para um entendimento do mercado. As fases seguintes (Geração, 
Avaliação e Realização) permitem o desenvolvimento de propostas que atendam 
aos objetivos, requisitos do projeto, ao público escolhido e solucione o máximo de 
problemas encontrados. Nessas fases foram aplicadas ferramentas abordadas pela 
Ana Veronica Pazmino (2013) que no total contabilizaram 6 etapas, suas definições 
serão apresentadas a seguir (Ver Quadro 2). 
 O uso dessas ferramentas permitem a identificação de necessidades reais 
do público alvo escolhido; uma averiguação maior do que existe no mercado atual 
e fatores que os fazem funcionais ou não; pode ocasionar o descobrimento de novos 
problemas que não haviam sido abordados ainda; facilita as tomadas de decisões 
para utilizações de formas, cores e funções a serem trabalhadas; e por fim, contribui 
para todo processo de geração de ideias. 
 
Quadro 2: Definição das ferramentas aplicadas 
 
Fonte: Ana Veronica Pazmino, 2013 
 
 
14 
 
1. BREVE HISTÓRICO DE ACONTECIMENTOS AMBIENTAIS 
 
É primordial no início desta pesquisa a definição do termo sustentabilidade, 
que começou a ser veiculado com rapidez após a primeira conferência da 
Organização dasNações Unidas sobre degradação do meio ambiente, a United 
Nations Conference on the Human Environment - UNCHE (Conferência das Nações 
Unidas sobre o Meio Ambiente Humano), ocorrida na Suécia em junho de 1972. 
Nela foi discutido problemas como população absoluta global, poluição atmosférica 
e a intensa exploração dos recursos naturais. Isso foi lançando preocupações sobre 
o desenvolvimento sustentável dos países e o que poderia ser feito para a situação 
não agravar ao extremo. 
De maneira sucinta, o termo sustentabilidade é a capacidade de sustentar 
um sistema ou processo, mantendo-o em um nível ou condição ideal, por um prazo 
determinado. Direcionando esse termo para o meio ambiente se tem a definição 
que a sustentabilidade é um objetivo que deve permear as ações das sociedades 
contemporâneas, diminuindo o uso insensato dos recursos renováveis e não 
renováveis (GIACOMETI, 2008). Ou seja, é o uso e exploração de maneira 
consciente da natureza, para não afetar a vida da fauna e flora. Esse será o conceito 
adotado neste trabalho, mas vale citar que há uma vastidão de conceitos e autores 
que tratam desse assunto. 
Com a globalização do termo, após a Conferência de Estocolmo em 1972, a 
sustentabilidade foi se tornando um ideal a ser alcançado para os 113 países que 
participaram, tanto os desenvolvidos como os em desenvolvimento. Essa 
preocupação ambiental se deu pela crise evidente nos anos 60 por conta dos 
padrões dominantes tanto de produção como de consumo (LEFF,2009). O homem 
foi percebendo que o crescimento tecnológico e as produções em massa geradas 
pelo capitalismo estavam desenfreadas, e afetando diretamente a natureza, 
colocando em risco a sobrevivência humana. Com isso, seria necessário a 
substituição de recursos naturais, novos valores éticos, exploração consciente, 
reposição de bens naturais, ou seja, uma nova forma de produzir, explorar e viver, 
a busca por um mundo sustentável. 
Para alguns até hoje isso é visto como utopia, algo inalcançável. No entanto, 
apesar dos desafios existentes, foi-se pensado em maneiras para redirecionar esse 
pensamento conjunto ao longo dos anos, a partir disso ocorreram eventos e 
15 
 
acontecimentos importantes com foco na sustentabilidade global que ecoam até 
hoje para um futuro melhor (Ver Quadro 3). Mas, para que todos esses 
acontecimentos tivessem e tenham êxito na execução deve-se ter em mente o 
chamado “Desenvolvimento sustentável”, que é o desenvolvimento capaz de suprir 
as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as 
necessidades das futuras gerações. Que segundo a Organização das Nações 
Unidas é o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. No próximo 
subcapítulo será exemplificado algumas ações no Brasil sobre o tema. 
 
Quadro 3: Acontecimentos sobre sustentabilidade 
 
Fonte: www.wikipedia.org 
 
1.1 Ações ambientais no Brasil 
 
No Brasil esse desenvolvimento se mostra de diversas maneiras, uma delas 
são as chamadas “Cidades Sustentáveis”. Essas são pensadas e administradas 
com práticas eficientes para qualidade de vida, desenvolvimento econômico e 
preservação do meio ambiente. Um exemplo é a Cidade de Curitiba em que 70% 
16 
 
do lixo produzido é reciclado, e possui 64,5 m² de área verde por habitante 
(Convention & Visitors Bureaux - CVB). Além disso, ela recebeu vários prêmios 
como o Prêmio Global Green City Award - Cidade Verde na Rio + 20, um prêmio 
internacional de grande importância. No entanto, a Capital do Paraná ainda é uma 
minoria ecológica no espaço brasileiro, contudo é já demonstra ser um novo olhar 
para o futuro. 
Outro ponto que o Brasil se faz presente é no uso de energias renováveis. 
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o país é o quinto maior 
investidor na área, com cerca de US$ 7 bilhões (sete bilhões de dólares) investidos. 
E está próximo a se tornar um dos líderes na produção de aerogeradores, 
equipamentos que produzem energia elétrica a partir dos ventos, o que é algo 
promissor dado a grande extensão do litoral brasileiro. Todos esses avanços se 
deram justamente pelos eventos globais envolvendo a sustentabilidade e os planos 
pensados para tais. 
Vale mencionar ainda duas ações brasileiras de grande nível centradas 
nesse tema. Uma delas ocorreu em 1989, a criação do IBAMA (Instituto Brasileiro 
de Meio Ambiente e de Recursos Naturais renováveis). Esta autarquia federal 
executa a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), promovendo preservação 
do patrimônio natural, fiscalização da utilização e exploração dos recursos naturais, 
além de possuir o poder de conceder licenças ambientais. Com a geração desse 
orgão o país conseguiu manter um certo controle sobre as questões ambientais, 
mas a luta contra a pesca ilegal, tráfico de animais, queimadas nas florestas ou 
poluição de rios permanecem até hoje, mesmo após 30 anos de atividade do 
IBAMA. Ou seja, um dos maiores desafios é a irresponsabilidade ambiental 
globalizada que muitos cidadãos possuem, por visualizarem apenas lucros e não 
mensurar as reações naturais que essas ações podem ocasionar. 
A segunda ação a ser apontada que demonstra a preocupação do Brasil é o 
Plano Nacional sobre as Mudanças do Clima (PNMC) desenvolvido em 2008, que 
pretende reduzir a emissão de gases do efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020. 
Isto quer dizer que há projetos em andamento em todas áreas de preservação do 
meio ambiente no território brasileiro, e esse pensamento de um país sustentável 
também foi fortalecido e colocado em prática em outras nações, sendo todos eles 
motivados por justamente a influência inicial da Conferência de Estocolmo. 
17 
 
Porém, todos os acontecimentos citados até o momento requerem ações 
globais, como exemplo a limitação do crescimento populacional, preservação da 
biodiversidade, desenvolvimento de energias renováveis ou o controle de 
urbanização. Mas, existem ações em escalas menores de muita importância, são 
elas: as comunitárias e as individuais que auxiliam nessa linha de pensamento. Para 
exemplificação cita-se a ação comunitária no Brasil na comunidade do Vale 
Encantado, no Rio de Janeiro, em que os moradores implantaram um sistema de 
esgoto; um biodigestor que transformará os restos de comida do restaurante da 
cooperativa em um fertilizante para o jardim e gás metano para os fogões; painéis 
solares; horta comunitária e oportunidades para turismo ecológico na floresta. 
Todas essas ações em conjunto estão transformando a pequena comunidade no 
meio da Floresta da Tijuca em um lugar sustentável. Ou seja, as ações comunitárias 
são trabalhos em grupo realizadas por uma parcela da população para um bem 
maior de todos no local. 
Já as ações individuais, e em uma dessas que esse trabalho possui a 
intenção de focar, são ações realizadas por um único indivíduo em escala bem 
menor, mas se realizadas por grande parte da população causam mudanças 
plausíveis. São exemplos: economizar água da máquina de lavar, reduzir consumo 
de carne bovina, separar o lixo para coleta seletiva, consumir produtos 
biodegradáveis, utilizar menos o carro particular e adotar uso de transportes 
coletivos ou caronas. Uma demonstração de como um hábito comum modificado 
pode fazer a diferença é o ato de lavar o carro. Se uma pessoa gasta 30 minutos 
para lavar um veículo com a mangueira pouco aberta utiliza-se 216 litros de água, 
caso ela lave com a torneira com meia volta de abertura o desperdício alcança 560 
litros. Para se obter uma redução basta lavar o carro com baldes de água, o 
consumo fica em torno de 40 litros (SAAE Barretos). Ou seja, se 100 pessoas 
adotarem esse hábito e lavarem seus carros com água no balde a economia mínima 
desse grupo será de 17.600 litros a cada lavagem, comprovando ser uma diferença 
eficiente. 
 
1.2. Água potável e a pegada hídrica 
 
De acordo com a Portaria do Ministério da Saúde, água potável é aquelaindicada para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos 
18 
 
e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde. 
Como já apresentado 37% desse recurso no Brasil é desperdiçado, e nesse relato 
que se pretende enfatizar o assunto. Como sabido as águas dos rios e lagos são 
doces, no entanto não são adequadas para o consumo humano direto, pelo fato de 
poderem apresentar contaminação ou transmissão de doenças. Ou seja, para seu 
uso é necessário um tratamento, e ele requer a realização de diversas etapas em 
que todas são pensadas para combater ao proliferamento e transmissão de 
doenças. 
São basicamente sete etapas que podem ser efetuadas nesse processo, 
mas antes do tratamento químico existem três partes iniciais importantes que são: 
o peneiramento para retirada de sólidos, a decantação para evitar existência de 
impurezas depositadas ao fundo dos tanques, e por fim a aeração, que remove o 
mau cheiro presente. Após essas etapas que se inicia a parte química e mais 
complexa. A primeira delas é a coagulação, que por ser a primeira recebe a 
chamada “água bruta”, nela é adicionado sulfato de alumínio e isso promoverá o 
aglomeramento de sujeiras de cargas negativas. Logo em seguida a água é 
direcionada para outro tanque e recebe o floculante, que possui a função de grudar 
todas as sujeiras formando um grande bloco de impurezas. 
A terceira etapa é a decantação, que por meio da gravidade faz os blocos de 
impurezas se alojarem ao fundo do tanque, causando sua separação com água. 
Nesse momento 95% das sujeiras sólidas da água já foram removidas, e os 5% 
restantes serão trabalhados na filtração, que como seu nome remete, ele permite a 
limpeza por meio de um filtro que contém camadas de carvão, areia e pedras, que 
vão ao encontro das pequenas impurezas que ainda restam. Após isso, a água 
receberá mais três substâncias, e terá seu tratamento por completo. De início é 
adicionado cal para retirar a acidez da água, que por possui um pH alto poderá 
corroer os canos da tubulação, em seguida é aplicado o flúor para o amparo da 
dentição humana, e ao fim o cloro que promove proteção da água contra 
substâncias. 
Esse longo processo possui custos elevados, e mais uma vez comprova a 
necessidade de um uso racional da água, mesmo com a vantagem de que 1L chega 
às casas de São Paulo com um custo numerado em menos de um centavo (Sabesp, 
2016), não significa que deve haver extrapolação de uso. Para chegar às 
residências brasileiras a água sai da estação de tratamento e fica armazenada em 
19 
 
reservatórios subterrâneos ou elevados. Dessa reserva ela é direcionada ao 
sistema de distribuição, que são as tubulações existentes pelas ruas das cidades, 
que direcionam a água para as redes internas das casas. Parece simples a 
explicação singela desses procedimentos, porém para conseguir êxito e suprir todas 
necessidades de uma cidade é requerido análises, estudos e precauções diárias, 
para que todos tenham acesso a água limpa. 
No entanto, como já relatado nem toda população brasileira possui acesso 
fácil a água pronta para o uso humano. Por isso, vale mencionar um exemplo prático 
que o Brasil colocou em ação para oferecer água limpa as populações de baixa 
renda, o Programa Cisternas. Esse programa entrega por todo Brasil cisternas com 
capacidade de 20 bilhões de litros paras diversas famílias. Desde 2003 já foi 
contabilizado a quantidade de 1,2 milhão de cisternas entregues, e esse dado é de 
extrema importância, pois isso promoveu para milhares de cidadãos praticidade por 
não possuírem água encanada, evitando também a contaminação por doenças pelo 
uso de águas impróprias, facilidade na produção de alimentos nos locais, e além 
disso retirou a dependência dos moradores dos chamados carros-pipa. 
Um dado importante para se pensar no uso de água é de que a Organização 
das Nações Unidas apontou que um ser humano precisa diariamente de 110 litros 
de água para ter todas suas necessidades supridas, seja no consumo ou na sua 
higienização. Porém, no Brasil, uma pessoa chega a usar mais de 200 litros por dia, 
um consumo altíssimo, e se pensarmos na totalidade populacional esse dado se 
agrava ainda mais. Um exemplo de uso desenfreado é no ato lavar louça, que em 
15 minutos com a torneira entreaberta pode gerar gastos de 117 litros, mas se 
adotado a medida de primeiro limpar os restos de comidas, jogá-los no lixo, e após 
isso ligar a torneira para lavá-los esse custo poderá despencar para 20 litros 
somente. Logicamente algumas pessoas já usam esse método para precaver 
desperdício de água, mas ainda é uma minoria que o pratica, e essa é só uma das 
ações que podem diminuir o consumo. 
Preocupado com esse consumo o professor Arjen Hoekstra da Unesco, criou 
no ano de 2002 o conceito de “Pegada hídrica”, que pretende mensurar a 
quantidade de água gasta direta e indiretamente por cada pessoa na sua vida. Isso 
significa que ele calcula o consumo diário de água por habitante somando os litros 
por banho tomado, escovação dentária ou o lavar das mãos. É medido também a 
alimentação, pois cada alimento precisa de uma quantidade necessária de água 
20 
 
para sua produção, e o uso de eletricidade, pois a maior parte de energia no Brasil 
é fornecida pelas usinas hidrelétricas e toda sua funcionalidade é medida pela vazão 
dos rios. 
Esse pensamento se expandiu e analisa não só o consumo individual, mas 
a pegada hídrica de uma empresa, cidade ou de um país. Arjen Hoekstra afirma 
que “o interesse na Pegada Hídrica está enraizado no reconhecimento de que os 
impactos humanos nos sistemas de água doce podem estar ligados ao consumo 
humano, e que questões como a escassez de água e a poluição podem ser 
melhores compreendidas e tratadas, considerando a produção e cadeias de 
suprimento como um todo." Ou seja, apesar de todo problema ambiental existente 
há soluções práticas, e muitos deles começam com a junção de pequenas ações 
individuais. E para entender quais ações tomar em relação aos usos de água, é 
importante saber diferenciar os seus tipos. A pegada hídrica define três tipos: azul, 
verde e o cinza. A pegada hídrica azul é referente as águas dos recursos hídricos 
superficiais e subterrâneos, que é utilizada, mas devolvida em outro momento. Um 
exemplo usual desse tipo é a agricultura irrigada. Já a pegada verde se refere às 
chuvas, que são águas que ficam armazenadas no solo e nas das plantas 
participando de todo processo do crescimento da mesma e evaporação. E por último 
a cinza, que medirá o volume necessário para que uma água suja (que tenha sido 
adicionado poluentes) seja tratada e retorne a condições aceitáveis. 
Tendo isso em mente se analisa que o Brasil possui um total de 2027 metros 
cúbicos per capita ao ano de consumo do bem comum, e existe a porcentagem de 
que 9% da pegada hídrica do mesmo está além das fronteiras, isso significa que é 
exportado água por intermédio dos produtos produzidos. Porém, esse gasto se 
torna “invisível” e não atrai a atenção devida dos consumidores. Uma causa 
defendida pela Water Footprint (organização sem fins lucrativos que promove a 
preocupação sobre a pegada hídrica no mundo) é que exista uma lei que nas 
embalagens transpareça a quantidade de água usada para produção daquele 
objeto, alimento ou acessório. E ainda, segundo a organização, isso traria um 
desconforto nas pessoas e provavelmente auxiliasse na mudança para produtos 
mais ecológicos, provocando um consumo consciente. Todo esse relato, comprova 
ainda mais o problema em questão, e se faz necessário mudanças de hábitos e 
mudança na mentalidade ambiental presente no cotidiano brasileiro. 
 
21 
 
1.3. Delimitação dos problemas de água no cotidiano do brasileiro 
 
 Por um lado, nos últimos anos está aumentando a preocupação no Brasil 
com o racionamento de água, e algumas cidades já sofrem consequências douso 
desenfreado desse recurso. Como apresentado no cotidiano brasileiro há custos 
elevados de utilização de água, e isso logicamente afeta a natureza, cuja reação 
afetará a vida humana na terra. Um exemplo de consequência desse problema foi 
na cidade de São Paulo que sofreu crises hídricas, principalmente entre os anos de 
2014 e 2015, em que o alto nível de temperatura promoveu a evaporação de 
diversos reservatórios, a incidência de chuva diminuiu causando problemas de 
abastecimento do Sistema Cantareira (maior do local atendendo 6,5 milhões de 
pessoas), como também o consumo diário por habitante complica ainda mais essa 
situação. Um alerta para o problema em foco são alguns custos apresentados pelo 
SAAEB (Sistema Autônomo de Águas e Esgotos de Barretos), que serão citados no 
Quadro 4. 
 
Quadro 4: Consumo de água por atividade 
 
Fonte: www.saaeb.com.br 
 
Para se obter maiores informações sobre gastos de água neste trabalho, foi 
realizado um questionário online com o tema, que rendeu 249 respostas dos 
internautas (Ver Anexo A). Uma das perguntas era “Você escova os dentes com a 
torneira aberta ou fechada?” e 8,8% respondeu que utiliza aberta, isso significa 22 
http://www.saaeb.com.br/
22 
 
pessoas dessa amostra com esse mau hábito. É sabido que a escovação dentária 
dura entre 1 e 4 minutos, e como foi exposto 5 minutos com torneira meia aberta se 
utiliza até 12 litros de água, e nesse caso 8,8% dos entrevistados refletem uma parte 
da irresponsabilidade ambiental ainda presente no cotidiano brasileiro. Cita-se 
ainda os diversos relatos em uma outra questão que questionava “E por fim, você 
se considera uma pessoa que evita gastos desnecessários com água? Se sim, pode 
citar alguma ação que comprova isso?” e cerca de 25% disseram claramente que 
não faziam nada para evitar os gastos ou não quiseram responder à pergunta. 
Essas informações evidenciam a falta de cuidado com o bem comum, e o número 
de entrevistados foi de apenas 249, se colocar esse dado em escala global 
provavelmente se relatará situações mais agravantes. 
Contudo, se obteve respostas positivas no questionário realizado, em que 
mais de 150 pessoas relataram pequenas ações que praticam para tentarem evitar 
custos elevados com água. Algumas delas citaram o ato de banhos rápidos; 
reutilização de água da máquina de lavar para limpeza de área externa da casa; 
colocar água em uma vasilha para ensaboar a louça evitando o uso da torneira 
aberta; lavar a casa com baldes de água e não com mangueira ligada; ter cuidado 
no vazamento de torneiras, como também a comum situação citada de fazer xixi no 
banho para evitar usar descarga. Algo a se ter em mente nesses relatos é que 51% 
do grupo entrevistado possui entre 18 e 25 anos, sendo sua maioria universitários, 
isto não significa que essa classe terá obrigatoriamente consciência no uso da água, 
mas se pensar no ambiente universitário o tema é bastante abordado e 
provavelmente essas pessoas são expostas aos dados preocupantes da situação 
com maior ênfase. Mesmo com as respostas citadas ainda se faz necessário uma 
mudança no cenário atual das residências, e principalmente no banheiro o local em 
que há maiores custos com água na rotina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
2. ANÁLISE DE PRODUTOS RELACIONADOS 
 
 Como mencionado no mercado existem produtos que promovem a 
sustentabilidade, alguns evitam uma maior geração de lixo, como os produtos da 
OKA Biotecnologia, que produzem bioembalagens com fibras naturais, que não 
agridem o meio ambiente após seu descarte e podem ser consumidos pelos animais 
e até humanos, diferente da grande maioria das embalagens usuais que demoram 
anos para sua decomposição. Outros produtos evitam o gasto desnecessário de 
energia elétrica, como as lâmpadas com sensor de presença que desligam 
automaticamente após a ausência de movimentação no local, elas são ativadas por 
captação de infravermelho que percebem a temperatura corporal. Essa tecnologia 
possui um funcionamento relativamente simples, mas de grande importância pois 
como já apontado boa parte da energia elétrica distribuída no Brasil é produzida 
pelas usinas hidrelétricas, ou seja, economizar no uso da eletricidade equivale a 
economizar água. 
 A grande maioria dos produtos existentes para uso domiciliar promovem o 
reuso de água e ele pode ocorrer de diversas maneiras, uma delas é a captação da 
água da chuva. Para esse tipo de captação há produtos desenvolvidos com foco 
nessa finalidade, mas também existem diversas invenções do design popular ou 
vernacular, em que as pessoas utilizam sua criatividade para solucionar problemas. 
Um dos casos comuns nesse contexto é a utilização de canos nos telhados para 
direcionar o fluxo da água à um reservatório, seja ele uma caixa de água ou 
simplesmente um barril, e após o acúmulo se faz retirada com baldes para utilidades 
diversas. 
No caso da fabricação de produtos nesse cenário encontra-se produtos 
brasileiros como o “Chove Chuva” (Ver Figura 1), um filtro que se acopla a calhas e 
a um reservatório, possuindo como objetivo eliminar resíduos provenientes do 
telhado, controlar o PH da água da chuva, e promover água potável pronta para uso 
humano. Um ponto interessante é que ele não necessita de energia elétrica para 
sua funcionalidade e precisa de pouca manutenção, demandando apenas reposição 
de pastilhas de cloro periodicamente. Como ponto positivo desse produto se 
encontra também a sua potencialidade, que trata 3000 Litros de água por hora, 
demonstrando uma eficiência notável. Algo a se repensar na atratividade do mesmo 
24 
 
é o preço que se encontra na faixa de R$800,00 (oitocentos reais), e seu material é 
um plástico, que não é uma matéria que agride o meio ambiente. 
 
Figura 1: Filtro Chove Chuva 
 
Fonte: www.chovechuva.com.br 
 
 Há também produtos para reuso de água proveniente das máquinas de lavar 
domésticas, um deles é o “Cistern Ecycle” (Ver Figura 2) um tipo de cisterna modular 
que se acopla a máquina e armazena a água que seria descartada. A empresa que 
produz possibilita diversos tamanhos e em diversas cores, o que atrai pela estética, 
algo positivo pois por vezes produtos do ramo não atraem visualmente e as pessoas 
não são motivadas à compra. Alguns aspectos importantes nesse produto é que a 
sua instalação é simples; ele possui um filtro clorador, que faz a limpeza da água 
usada; o material possui o aditivo UV14 que promove uma maior durabilidade do 
plástico, evitando rachaduras, desbotamento ou até ressecamento, além disso o 
produto é totalmente vedado e antimicrobiano que inibe o desenvolvimento de 
microrganismos no local. 
Mas, apesar de todos pontos positivos existem questões negativas que 
prejudicam a veiculação rápida desse produto que é a questão de tomar muito 
espaço e do seu custo que o mínimo é R$660,00 (seiscentos e sessenta reais). O 
problema maior é o custo, pois no Brasil como já mencionado não há uma cultura 
consciente de reuso ou economia de água, e as pessoas acham caro os valores 
http://www.chovechuva.com.br/
25 
 
para tais produtos, ou seja, mais uma vez comprovando que não há um cuidado 
ambiental no cotidiano do brasileiro e o custo natural que isso provocará no futuro 
não aparenta ser preocupante. 
 
Figura 2: Cistern Ecycle 
 
Fonte: www.ecycle.com.br 
 
No entanto, existem produtos que focam o reuso de água dentro do banheiro 
doméstico. E o primeiro deles a ser comentado é o “Caroma Profile 5” (Ver Figura 
3), que se trata de uma junção entre a pia e o vaso sanitário, ele funciona da 
seguinte maneira: a água usada na pia é alojada na caixa da descarga que será 
utilizada com essa nova função. Apesar dele ser compacto, promover praticidade 
espacial, possuir uma estética agradável e ter dados estatísticos que comprovam 
uma redução de até 70% o uso de água nessa área, ele provavelmente não atrai o 
mercado em massa, não só pelafalta de consciência ambiental mas também pelo 
seu custo de US$ 1250,00 (mil duzentos e cinquenta dólares) e por de certa forma 
não ser 100% higiênico. 
A questão da higienização é de que a ativação da descarga com a tampa 
levantada prolifera germes pelo ambiente, tendo assim como orientação dos 
especialistas fazer seu uso abaixada, como o médico William Schaffner, do Centro 
Médico da Universidade de Vanderbilt nos Estados, recomenda para evitar o risco 
de contaminações, principalmente da bactéria Clostridium difficile, bastante 
conhecida por desencadear diarreia, que segundo estudos do Journal of Hospital 
Infextion alcança até 25 cm em torno do vaso sanitário quando acionado dessa 
26 
 
maneira. Ou seja, caso o usuário não tenha esse conhecimento e reproduza tal 
ação, as bactérias podem facilmente se alojar na pia dada a pequena distância entre 
a mesma e o vaso, podendo assim provocar doenças. 
 
Figura 3: Caroma Profile 5 
 
Fonte: www.freeflush.co.uk 
 
 Existem também produtos desenvolvidos com foco no reuso da água 
voltados aos chuveiros. Um deles é o chuveiro “Nebia” (Ver Figura 4) que 
aparentemente é um chuveiro comum, mas que segundo os criadores evita 70% de 
gasto desnecessário com água no banho. Isso ocorre pois ele reduz as gotículas de 
água liberadas, formando uma espécie de névoa ao redor do usuário, como o 
funcionamento de uma sauna, por exemplo. A estética dele é agradável, moderna, 
e pela análise é funcional e prático a sua utilização, apenas possui a questão do 
custo elevado de certa forma que gira em torno de US$ 250,00 (duzentos e 
cinquenta dólares). Um ponto interessante a citar é que a criação não foi projetada 
com foco na sustentabilidade, mas sim em criar um produto premium que 
melhorasse a experiência do banho, segundo os inventores. Ou seja, fica claro que 
por vezes no desenvolvimento de um novo produto as ações que aquele produto 
pode provocar na natureza não é tida como objetivo, ficando em segundo plano. 
 
 
 
 
27 
 
Figura 4: Chuveiro Nebia 
 
Fonte: universoiwill.wordpress.com 
 
Porém existem outros produtos que demonstram ter uma real preocupação 
com a questão ambiental. Um deles é o “Gris” (Ver Figura 5) que ainda não é 
fabricado, mas foi projetado conceitualmente por um designer húngaro totalmente 
no sentido de reutilizar água. O autor do projeto, Alberto Vasquez realizou estudos 
que comprovam que a sua criação recicla até 90% da água residual do banho. Essa 
demonstra ser uma porcentagem motivante, porém a capacidade total do sistema é 
de apenas 40 Litros, algo que teoricamente não deveria ser um problema, mas dada 
a demora no banho do brasileiro, como apontado no questionário realizado para 
esse trabalho em que 60,2% afirmaram gastar mais de 7 minutos no banho, se torna 
preocupante, pois muito provável esse tempo de banho exceda o limite de 
armazenamento e os litros que ultrapassam vão direto para o esgoto. 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Figura 5: Gris I 
 
Fonte: https://igen.design/ 
 
O Gris funciona da seguinte maneira: os blocos que são conectados por 
travas se tornam uma espécie de piso, que deve se posicionar abaixo do chuveiro. 
Durante todo o banho o usuário se locomove sobre o piso, que como apontado é 
antiderrapante (Ver Quadro 5), e toda água é retida pelas quatro entradas ao centro 
do produto. Ao fim do banho o usuário pode destravar os quatro blocos e usar a 
água contida neles da forma achar oportuna, podendo usar como descarga por 
exemplo (Ver Figura 6). O problema maior é que essa água se classifica como água 
cinza, que como explicado no capítulo anterior contém resíduos, e sendo assim não 
poderá ser utilizada diretamente para certas ações, como exemplo regar plantas, 
por justamente não ser tratada e conter contaminação. Um último detalhe sobre o 
Gris é que ele ainda não é fabricado, mas há cálculos que computam um valor entre 
vinte e quarenta dólares a unidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://igen.design/
29 
 
Quadro 5: Aspectos Gris 
Fonte: https://igen.design/ 
 
Figura 6: Gris II 
 
Fonte: https://igen.design/ 
 
 Ainda há no mercado produtos que realizam essa mesma função, como o 
“Aguawell” (Ver Figura 7) que possui o mesmo funcionamento do Gris, porém sua 
dimensão é reduzida o que permite pouco espaço para movimentação do usuário e 
sua capacidade se resume em apenas 12 litros. Com isso ele restringe o uso para 
grupos seletos de pessoas, pois um cadeirante ao tomar banho ficará 
impossibilitado de usar tal produto por conta da pequena área, e também com sua 
quantidade mínima irá desperdiçar boa parte da água do banho. Por outro lado, ele 
possui aspectos positivos, como ser antiderrapante, suporta até cento e vinte quilos, 
https://igen.design/
https://igen.design/
30 
 
possui várias opções de cor e seu peso é de um total de 1,5 kg, e se atenta às 
questões ambientais na sua criação. 
 
Figura 7: Aguawell 
 
Fonte: www.vivagreen.com.br 
 
 
 Essa análise permitiu identificar que a grande maioria dos produtos 
existentes para uso no banheiro doméstico se preocupam em reusar água, porém 
quase em sua totalidade o reuso de água necessita de tratamento para retirada das 
impurezas. Isso demonstra que o ato de economizar água seria de maior vantagem, 
não só pela questão de não precisar ser realizado tratamento, mas também pela 
praticidade em ser realizado que provavelmente provocará uma melhor aceitação 
do público para ser implantada no seu cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
3. DESENVOLVIMENTO DE PROJETO – SMART SINK 
 
 Após o entendimento do problema e a irresponsabilidade existente no 
consumo doméstico, foi necessário a definição de características e metas a serem 
alcançadas por meio do produto. Com isso, foi desenvolvido os requisitos do projeto, 
sugeridos pela autora (Ver Quadro 6). 
 
Quadro 6: Requisitos de projeto 
 
Fonte: Autora 
 
 Os requisitos funcionam como um guia para o projeto, de forma que nada 
fuja do objetivo final como explica Ana Pazmino (2013). Eles foram divididos em 3 
categorias contendo os essenciais que obrigatoriamente devem existir, os 
desejáveis e opcionais que não são exigidos, mas se possível podem ser 
implantados ao projeto. Após essas definições foi preciso a aplicação de 
ferramentas utilizadas no campo de criação do Design para averiguar a melhor 
32 
 
solução para este trabalho. Os próximos subcapítulos abordarão todos os passos 
seguidos e os resultados obtidos. 
 
3.1. Passo 1: Desenvolvimento de Persona e Cenários 
 
 A escolha do público alvo em questão foi a classe média alta, que goza de 
um ótimo padrão de vida, possuindo um poder aquisitivo desejável para a proposta 
do projeto, e por isso foi visto como um público que estaria disposto a pagar um 
pouco mais por um produto com consciência ecológica nesse ambiente. Com essa 
definição foi possível a aplicação a ferramenta “Persona e Cenários” para melhor 
conceituação e entendimento dos valores e necessidades do público escolhido. Foi 
investigado dois tipos de usuários e é perceptível que apesar de serem da mesma 
classe social há necessidades diferentes a serem supridas, mas o produto a ser 
desenvolvido deve agradar igualmente os dois. Contudo eles possuem aspectos em 
comum, pois ambos são solteiros, classe média alta, vivem em Natal/RN e são 
bastantes vaidosos. A Persona 1 se refere a Haila Braga (30) que possui uma rotina 
corrida, e que valoriza o status social que marcas e produtos lhe promovem, já a 
Persona 2 retrata o Dário Vilela (44) que possui uma rotina também movimentada, 
no entanto é mais caseiro e preza o conforto e segurança à status (Ver Figuras 8 e 
9). 
33 
 
Figura 8: Persona 1: Haila Braga 
 
Fonte: Autora 
 
 
 Ainda nessa ferramenta foi discorrido uma rotina fictícia desses usuários que 
exemplifica alguns hábitos dos mesmos, cita momentos que eles fazem uso da 
bancada do banheiro,que ajudam a compreender ainda mais o público escolhido 
(Ver Figuras 10 e 11). 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Figura 9: Persona 2: Dário Vilela 
 
Fonte: Autora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
Figura 10: Rotina Haila 
 
Fonte: Autora 
 
 
Figura 11: Rotina Dário 
 
Fonte: Autora 
 
 E para finalizar a compreensão do público-alvo, foram desenvolvidos os 
Cenários para cada Persona. Vale mencionar que diferentemente das Personas e 
suas rotinas, a ferramenta de Cenário não utiliza texto em sua aplicação, mas é 
composta por um painel visual de locais que a Persona frequenta, ou seja, é uma 
forma de englobar o designer no contexto em que essas pessoas transitam. É 
perceptível nas imagens que há muita interação social em ambos os casos, eles 
36 
 
sempre estão reunidos com amigos ou família, e que há uma preocupação com a 
saúde e estética, isso é visto pela idas ao salão de beleza ou aulas de Ioga por parte 
da Haila, como prática de surf e musculação pelo Dário (Ver Figuras 12 e 13). 
 
Figura 12: Cenário Haila 
 
 
Fonte: Autora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Figura 13: Cenário Dário 
 
 
Fonte: Autora 
 
 
3.2. Passo 2: Lista de verificação 
 
 Após o entendimento do público do produto em estudo foram observadas as 
bancadas existentes, ou seja, todo conjunto entre pia, torneira e espelho. Foram 
analisados três padrões com estéticas frequentemente usadas pela classe 
escolhida, por meio de uma “Lista de Verificação” e foram colocados em questão 
cinco requisitos de projeto (tecnologia, inovação, número de funções, número de 
peças e harmonização estética). Essa análise possibilitou avaliar as lacunas que 
existem na configuração da bancada (Ver Figuras 14, 15 e 16). 
 
 
 
 
 
38 
 
Figura 14: Padrão I 
 
Fonte: Autora 
 
 
Figura 15: Padrão II 
 
Fonte: Autora 
 
 
 
 
39 
 
Figura 16: Padrão III 
 
Fonte: Autora 
 
 Nessas comparações foi percebido que não há um número excessivo de 
armários ou estantes para se alocar objetos, e isso demonstra a tendência do 
minimalismo, algo que será tido em mente para a criação pois se adequa a 
inclinação de escolha do mercado atual. Isso também é justificado em fato das 
Personas escolhidas serem compostas por dois solteiros que necessitam guardar 
menos artefatos nesse ambiente, ou já possuem outro lugar específico para estocá-
las, liberando espaço e alívio visual na estação. 
 Para melhor se entender esse gosto vigente do mercado na área foram 
realizadas duas visitas externas, sendo uma delas a loja de decoração Leroy Merlin 
(Nova Parnamirim), e outra a Casa Cor Natal 2019. Como citado uma tendência 
atual é o minimalismo que prevê a criação de um ambiente contemporâneo fazendo 
uso de poucos elementos e criando assim um cenário limpo visualmente (Ver Figura 
17). 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Figura 17: Banheiro minimalista 
 
Fonte: www.originalhome.com.br 
 
 
 E esse minimalismo foi percebido também nas torneiras atuais, que estão 
buscando inovar com novas formas de abertura, de ativação, com novos usos de 
cores, formatos, dimensionamento e materiais. Para demonstrar as variedades 
existentes no mercado foi realizado um painel com vários modelos que fogem do 
padrão habitual desse utensílio no banheiro residencial (Ver Figura 18). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.originalhome.com.br/
41 
 
Figura 18: Painel de torneiras 
 
Fonte: www.google.com.br 
 
 
3.3. Passo 3: Análise de Falhas 
 
 Para a análise de falha foi escolhida a bancada Versati Ventur da marca 
Sensea com indicação de cuba de apoio, que são cubas que ficam inteiras sobre a 
bancada. A escolha como referência desse modelo foi por ele ser de um valor 
monetário médio e possuir minimalismo como estética adotada. Essa análise servirá 
para detectar as falhas possíveis em uma lista de funções e ações que podem ser 
realizadas nesse ambiente (Ver Figura 19). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
Figura 19: Análise de falhas 
 
Fonte: Leroy Merlin 
 
 Uma preocupação a ser salientada é o uso do MDF (Fibra de média 
densidade) que é composto por madeira e resinas sintéticas, comumente utilizado 
nesse local. Ele é um material com um baixo custo, de baixa densidade, permite 
diversas formatações visuais, contudo é hidrofóbico o que facilita seu desgaste. Por 
fim, a análise de falhas contribuiu para confirmar problemas já detectados nas 
ferramentas anteriores, como o pouco espaço para realizar as atividades nesse 
local, e também descobriu novos problemas, como as quinas pontiagudas que 
podem por ventura machucar o usuário. As falhas servirão como guia de soluções 
a serem alcançadas, isso não significa que o conceito final deve solucionar todos 
os 15 problemas encontrados, mas se possível a sua grande maioria. 
 
3.4. Passo 4: Hierarquia das funções 
 
 Após a compreensão dos problemas existentes por meio das ferramentas já 
apresentadas, foi criada uma lista contendo as diversas ações realizadas na 
bancada (Ver Figura 20). Entre as ações listadas há uma gradação das mais 
43 
 
corriqueiras como lavar as mãos, mas também conta com ações menos 
corriqueiras, como colocar colírio. Elas foram divididas em 3 categorias (baixa 
prioridade, média prioridade e alta prioridade), e essa divisão se deu justamente 
pelo quesito se ocorrem habitualmente ou raramente definido pela autora. 
 
Figura 20: Hierarquização das funções 
 
Fonte: Autora 
 
 
 No entanto, percebeu-se que muitas funções necessitavam de uma atenção 
maior. Como exemplo cita-se a praticidade de limpeza, em que na maioria dos 
casos as bancadas possuem materiais distintos, e precisam de cuidados 
específicos para cada um. Pensando nisso foram realizadas modificações na 
hierarquia desenvolvida, em que todas as funções permaneceram, porém houveram 
mudanças de prioridades na grande maioria. Isso pode ser observado na Figura 21 
em que os blocos adicionais são as funções que mudaram de peso e terão níveis 
maiores de prioridade no conceito a ser desenvolvido. 
 
 
 
 
 
44 
 
Figura 21: Hierarquização das funções modificada 
 
Fonte: Autora 
 
 Essa hierarquização não significa que para cada ação listada deverá existir 
um local específico na bancada para ser realizada. Ela significa que serão ações 
que poderão ter uma maior área para serem realizadas permitindo liberdade 
espacial para o usuário. Ou seja, no exemplo de usar o secador de cabelo, o novo 
projeto não deverá obrigatoriamente possuir um porta-secador, mas ele poderá 
oferecer opções de áreas seguras para colocar o utensílio quando estiver sendo 
usado no local, evitando seu contato com água. 
 
3.5. Passo 5: Matriz de tecnologias existentes 
 
Como já exemplificado o objetivo deste trabalho é desenvolver uma torneira 
inteligente conceituada para a sustentabilidade para o banheiro residencial que 
promova ergonomia, praticidade no uso e racionalidade nos gastos de recursos 
hídricos. As visitas externas à loja e a exposição de arquitetura já mencionadas, 
ampliaram as opções de inovações na área, mas também foram analisados estudos 
de projetos como o “Chuveiro Inteligente” (Revista científica da FAEX, 2013), que 
utiliza da tecnologia do temporizador para limitar o período de fluxo de água, e 
possui ativação por meio do sensor de presença; como também o artigo “Domótica: 
a casa do futuro já presente” (Revista Online I-POG ESPECIALIZE, 2016) que 
45 
 
descreve tecnologias aplicadas ao cotidiano no ambiente residencial, como 
exemplo: controle de iluminação, controle de acesso, portas e cortinas automáticas. 
 Após o estudo das tecnologias que pudessem ser implantadas para 
acionamento da torneira, foi aplicada a ferramenta “Matriz de decisão” (Ver Tabela 
1), que mede os atributos de cada uma por meio do somatório de pontos, sendo 
eles divididos em três categorias: 1 ponto se não atende, 2 pontos se atendeparcialmente e 3 pontos se atende plenamente ou satisfatoriamente. 
 
Tabela 1: Matriz tecnologias 
 
Fonte: Autora 
 
Como apresentado o Sensor Ultrassônico (Ver Figura 22) foi o escolhido a 
ser aplicado, e sua funcionalidade é dada por detectar objetos e permitir uma ação 
ao ser detectado. Nesse caso ele irá detectar uma proximidade humana e a torneira 
automaticamente ativará o fluxo de água, como também após distanciamento do 
usuário o fluxo cessará da mesma maneira. Esse sensor possui um baixo custo o 
que também facilita sua utilização, é leve, ocupa uma pequena área, e pode ser 
usado com a tecnologia do Arduino, ou seja, funciona por programação que pode 
ser facilmente atualizada. Uma observação sobre essa aplicação é que em alguns 
46 
 
lugares públicos já utilizam essa tecnologia e o usuário não se sentiria ameaçado 
com a novidade em seu lar. 
 
Figura 22: Sensor ultrassônico 
 
Fonte: www.google.com.br 
 
3.6. Passo 6: Brainstorming 
 
 Finalizada a etapa de análise e pesquisa, deu-se início a etapa de 
desenvolvimento de ideias e nela foi aplicada uma ferramenta do Design nomeada 
“Brainstorming”. Esse processo de criação utilizou como direcionamento os 
objetivos e todos resultados das ferramentas aqui apresentadas, pois essas 
gerações de ideias devem sanar os problemas apontados por eles. Foram 
realizados diversos sketches (Ver Figura 23) da torneira e de toda a bancada, 
alguns com formas arredondadas, outros mais geométricos. Porém, como 
mencionado anteriormente, o design minimalista é uma estética que agrada o 
público escolhido, e foi a escolha a ser usada nas peças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
Figura 23: Sketches 
 
Fonte: Autora 
 
 A torneira foi uma solução pensada para que seu formato facilitasse a 
retirada do sensor ultrassônico caso eventualmente ele precise. Como mencionado 
ele pode ser atualizado quando necessário utilizando programação por meio do 
Arduino, e por isso é importante ter um acesso a ele de maneira prática. A Figura 
24 mostra o sketch inicial da torneira, que terá a retirada do sensor por meio de 
encaixe, no próximo capítulo serão apresentados mais detalhes sobre o 
funcionamento e desenho final da mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
Figura 24: Sketch torneira 
 
Fonte: Autora 
 
 Já para a escolha do modelo da bancada se fez necessário a aplicação de 
uma nova matriz decisória (Ver Quadro 7) para definir qual desenho iria ser 
realizado o refinamento, pois foi percebido em 3 sketches boa adequação às formas 
e funções, porém ainda permanecia o questionamento se atendiam 
satisfatoriamente aos objetivos deste. E novamente por meio do somatório foi 
percebido uma adequação maior do modelo 2, que será melhorado e apresentado 
no próximo capítulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
Quadro 7: Matriz de decisão modelos 
 
Fonte: Autora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
4. MODELAGEM DIGITAL 
 
 A modelagem foi desenvolvida seguindo as diretrizes das ferramentas já 
apresentadas e os requisitos propostos no início do projeto. Porém, antes da 
visualização da mesma é de suma importância esclarecer no trabalho em questão 
o que é entendido como harmonia estética. O primeiro conceito adotado é que a 
palavra “Harmonia” deriva do latim harmonĭa e significa “combinação” ou 
“ajustamento”, e o segundo conceito é da palavra “Estética” que é um ramo de 
estudo da filosofia que estuda os fundamentos da arte e beleza. Com isso, a 
harmonia estética aqui pretendida é uma combinação de cores e formas que 
produzem uma sensação agradável e possuem coerência visual. Tendo isso em 
mente a proposta final teve seus elementos pensados para um agrado visual e 
juntamente com isso solucionou diversos problemas já abordados. 
 
4.1. Torneira 
 
A torneira como já explicada possui acionamento automático por sensor 
ultrassônico e por isso necessitou de um desenho específico que facilitasse a 
retirada do sensor caso seja necessário (Ver Apêndice A). O modelo desenvolvido 
permite que o sensor fique alocado dentro de um retângulo encaixado na torneira, 
e sua movimentação se faz por meio de ações de “puxa e empurra”. Ela também 
possui outro detalhe interessante, a cascata, que permite o deságue da água de 
uma maneira inovadora e que evita a mesma molhar o sensor. As Figuras 25 e 26 
apresentam a cascata e o sensor na sua parte interna como também na parte 
externa, respectivamente. Uma observação é para o nome do projeto foi pensado 
algo que ao ser lido demonstrasse o diferencial do produto, e a escolha final foi 
“Smart Sink” que traduzindo do inglês é “pia inteligente”. 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
Figura 25: Sketch digital torneira 
 
Fonte: Autora 
 
 
 
Figura 26: Sketch digital torneira II 
 
Fonte: Autora 
 
52 
 
 Na área inferior da torneira há duas aberturas que permitem a passagem da 
água e da fiação referente ao sensor (Ver Figura 27). A fiação do sensor 
corresponde a apenas 1 (um) fio que alimentará por energia elétrica o mesmo, e 
esse fio irá ser plugado a uma tomada que se indica ser localizada abaixo da 
bancada. Um último detalhe é que a torneira pode ser programada para ser 
desligada automaticamente, isso é essencial pois se o usuário esquecer algum 
objeto em frente da mesma ele poderá ativar a passagem de água por horas, e 
possuindo o desligamento automático ela evitará o desperdício de água. 
 
Figura 27: Sketch digital torneira III
 
Fonte: Autora 
 
 
4.2. Bancada 
 
Referente à bancada proposta foi realizado para visualização das soluções 
encontradas um quadro visual que apresenta todas as falhas mencionadas na 
“Análise de Falhas” e indicando quais delas foram resolvidas. Esse quadro pode ser 
53 
 
visto na Figura 28, e a Figura 29 apresenta o modelo final desenvolvido neste 
projeto apontado suas inovações. 
 
Figura 28: Quadro de soluções 
 
Fonte: Autora 
 
 
 
 
 
 
54 
 
Figura 29: Sketch digital bancada 
 
Fonte: Autora 
 
 A escolha no uso de preto e branco se deu por estar sendo uma tendência 
em uso atualmente. Um exemplo real é a nova coleção de “Decoração Preto e 
Branco – Natal 2019” da empresa Etna, muito famosa no Brasil. Os itens da coleção 
fazem uso do preto e branco e permitem a criação de um ambiente sofisticado, 
como também promove inovação a usar cores incomuns em uma data 
comemorativa tão tradicional. Um outro detalhe sobre a bancada é sua fixação, que 
será realizada com auxílio de mão-francesa feita em cantoneiras metálicas que 
serão chumbadas na parede, como é usualmente utilizada nesse nicho. A Figura 30 
apresenta o sketch digital de um outro ângulo da bancada. 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
Figura 30: Sketch digital bancada II 
 
Fonte: Autora 
 
 Como demonstrado no quadro de soluções há apenas três problemas que 
não foram solucionados plenamente, porém dois deles (‘não há contenção de água” 
e “não indica se há vazamento”) foram melhorados no projeto, pois os canos 
utilizados no projeto serão de cobre que é um material com maior durabilidade e 
isso já demonstra uma efetividade maior frente a esses dois problemas (ler sobre 
cobre no subcapítulo “Materiais”). E o terceiro problema que não foi solucionado é 
referente a indicação se a torneira está aberta ou fechada para caso ocorra um 
vazamento e o usuário necessita saber para qual lado girá-la, no entanto como a 
torneira projetada é ativada por sensor de presença, não se fez necessário essa 
indicação. 
 
 
 
56 
 
Porta sabonete 
 
 Ao lado da torneira se localiza o porta sabonete que como já apontado não 
há usualmente um espaço adequado para esse produto e por vezes quando existe 
há uma distância que permite respingar água pela bancada. A solução encontrada 
foi criar um espaço com dimensões de 10 cm x 7 cm com 1 cm de profundidade 
para comportar o sabonete. Esse espaço possui baseselevadas para a água que 
porventura caia nesse local não fique em contato direto com o sabonete causando 
seu desgaste, como também possui uma abertura inclinada diretamente para a cuba 
que faz a água acumulada no local escorrer naturalmente (Ver Figura 31). 
 
Figura 31: Sketch digital porta sabonete 
 
Fonte: Autora 
 
Elevação da bancada 
 
Uma outra solução para o problema de a água escorrer pela bancada e entrar 
em contato com objetos presentes nela, foi criação de uma elevação da parte lisa 
da bancada, para com a parte que contém a cuba. Essa elevação possui 2 cm de 
diferença, formando assim uma espécie de barreira (Ver Figura 32). 
 
 
57 
 
Figura 32: Sketch digital elevação bancada 
 
Fonte: Autora 
 
Elemento em “L” 
 
Acima da bancada há um elemento em formato de “L” invertido que foi 
pensado não apenas pela estética, mas ele serve para evitar a água respingar e 
manchar o espelho, ao seu redor se localiza o filamento de luz LED (Light Emitting 
Diode) que promove a iluminação do espelho e além disso ele acomoda o porta 
toalha e porta copo, que serão explicados a seguir (Ver Figura 33). 
 
Figura 33: Sketch digital elementos 
 
Fonte: Autora 
 
 
58 
 
Porta toalha 
 
A localização da porta toalha se encontra acima da torneira facilitando a 
movimentação das mãos e seu formato é circular contendo 9 cm de abertura, 
espaço suficiente para comportar uma toalha de rosto (Ver Figura 34). 
 
Figura 34: Sketch digital porta toalha 
 
Fonte: Autora 
 
Porta copo 
 
 Já o porta copo é uma inovação não encontrada nos estudos realizados, ela 
é uma opção para armazenar as escovas dentárias. Muitas pessoas possuem o 
hábito de guardá-las em copos localizados no próprio banheiro, então foi pensada 
uma solução que já fizesse parte da bancada. Nesse caso o copo foi desenhado 
para guardar as escovas, mas também possui uma fácil limpeza e retirada (Ver 
Figura 35). 
 
 
 
 
59 
 
Figura 35: Sketch digital porta copo 
 
Fonte: Autora 
 
Espaços livres 
 
 Na parte de armazenar objetos diversos foram desenvolvidos três locais, um 
é a estante lateral com 2 bases de apoio, o outro é um nicho abaixo da bancada 
lisa, e o último são dois gavetões. A estante e nicho servirão para colocar objetos 
decorativos ou quaisquer elementos que se deseje ocupar o espaço. Os gavetões 
foram pensados para armazenar objetos que não se desejam ficarem à vista, como 
produtos de limpeza. Na Figura 36 será demonstrada alguns de seus usos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
Figura 36: Sketch digital Smart Sink em uso 
 
Fonte: Autora 
 
 E por último cita-se o espelho que foi configurado seguindo a estética dos 
outros elementos, possuindo assim também uma forma arredondada. Um 
questionamento realizado é que geralmente esse elemento não possui muita 
atenção, então houve os cuidados para proteção para não o manchar e iluminação 
própria, como já explicado. As Figuras 37, 38 e 39 apresentam rendering do modelo 
final. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
Figura 37: Rendering digital Smart Sink I 
 
Fonte: Autora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
 
Figura 38: Relação entre usuário e bancada 
 
Fonte: Autora 
 
Figura 39: Rendering digital da torneira 
 
Fonte: Autora 
 
 
63 
 
4.3. Materiais 
 
 Na escolha dos materiais foi pensado inicialmente um a ser aplicado em toda 
bancada e foi analisado os que possuem boa durabilidade, não gerem mofo, 
possuem fácil limpeza, possam se adequar as formas propostas, e de que 
possibilitem harmonia estética. A escolha final a ser aplicada na grande maioria do 
projeto foi o Corian, material sintético desenvolvido pela empresa Dupont (Estados 
Unidos). Ele é composto de 1/3 por resina acrílica (PMMA) e 2/3 de hidróxido de 
alumínio (tri-hidrato de alumínio). Ele possui diversas qualidades e uma delas é a 
capacidade de ser moldado e de também poder ser translúcido, o que permitirá uma 
diversidade no uso (Ver Quadro 8). 
 
Quadro 8: Características e vantagens Corian 
 
Fonte: www.avita.com.br/ 
 
https://avita.com.br/
64 
 
 Nota-se que o Corian se adequa às necessidades do projeto e aos requisitos 
do mesmo, sendo 100% higiênico e permitindo elegância nas formas e cores algo 
desejável para o público alvo. Um exemplo do uso atual deste material pode ser 
observado na Figura 40 em que foi aplicado em um cenário de programa da TV 
Record e foi realizado pela empresa Avitá que se destaca no mercado brasileiro 
com aplicações do Corian. 
 
Figura 40: Exemplo real de uso do Corian 
 
Fonte: www.avita.com.br/ 
 
 Para as outras peças se fizeram necessário a decisão de materiais 
agradáveis esteticamente e que possuem boa resistência e durabilidade. Para a 
torneira foi pensado na utilização da liga do cobre, material que possui alta 
resistência à corrosão, possui facilidade de fabricação por muitas empresas 
trabalharem com o material no Brasil, e de possuir elevada resistência mecânica e 
à fadiga, algo desejável pois permitirá um longo ciclo de vida ao produto. As outras 
peças possuem materiais que já são usados nessa área e se adequam às 
necessidades requeridas (Ver Quadro 9). 
 
 
 
 
 
 
https://avita.com.br/
65 
 
Quadro 9: Lista de materiais utilizados 
 
Fonte: Catalogo de materiais (DEM/UFRN) 
 
 Uma parte de grande importância em uma bancada é o encanamento, e 
como apresentado no projeto desenvolvido ele é aparente por isso existe a 
necessidade de ser harmônico com os outros elementos e possuir alta resistência. 
A escolha final foi cobre, por possui vida útil longa, requer pouca manutenção, não 
rachar ou sofrer ressecamento, e isso é de grande valia pois nesse ambiente se faz 
necessário um duto que não sofra deformações ou rompimentos. Ainda se 
menciona o fato dele ser um material bactericida, fungicida e algicida, ou seja, evita 
todo tipo de proliferação referente às bactérias, fungos ou algas no local. Porém, 
um detalhe é que no projeto em questão ele não será utilizado com sua cor natural, 
o tom alaranjado, mas será pintado da cor preta para harmonizar com a paleta da 
bancada. 
 
 
4.4. Ergonomia 
 
 Todo projeto de produto deve ser pensado para causar o máximo de conforto 
e praticidade no seu uso, e para isso é estudado e aplicado a Ergonomia. O trabalho 
em questão se baseou nos conceitos do engenheiro de produção Itiro Iida (2005). 
O foco do estudo foi na Antropometria que estuda as dimensões do corpo humano, 
os alcances para cada movimento específico e forças musculares exercidas. Como 
66 
 
já direcionado nas “Personas” o projeto é pensado para brasileiros, e para isso é 
necessário ter por base as dimensões dos mesmos. A Figura 41 apresenta os 
valores para menor e maior usuário dos brasileiros estudados. 
 
Figura 41: Dimensões estatura de brasileiro
s 
Fonte: Itiro Iida (2005) 
 
 Além das medidas demonstradas foram realizadas visitas a bancadas 
presentes no meio residencial e retirado as principais medições com trena 
convencional nesses ambientes. Realizado esses estudos e com base nos 
preceitos do livro “Ergonomia – Projeto e produção” (ITIRO IIDA, 2005) foi definido 
as dimensões da estação atual (para maiores informações ir para Apêndice). E para 
facilitar a visualização na aplicação foi configurado dois exemplos para entender a 
dimensão da estação, ao lado do usuário (Ver Figuras 42 e 43). 
 
 
 
 
 
67 
 
Figura 42: Dimensões estatura de brasileiro em relação ao produto 
 
Fonte: Autora 
 
Figura 43: Maior e menor usuário em relação ao produto 
 
Fonte: Autora 
68 
 
 Na criação de um projeto de Design é importante ter a compreensão que um 
produto não pode ser voltado somente para dimensões de um só usuário, pois como 
é sabido há variações de estruturas físicas. Para isso foi tido como características 
de maior e menor usuário as dimensões já apresentadas na Figura 43, e estudadoas melhores proporções que se adequassem de forma satisfatórias aos dois. Um 
exemplo dessa adequação de proporção é na altura da bancada, em que as 
recomendações por Itiro Iida é de 85cm até 90 cm para mulheres e de 90 cm à 95 
cm para os homens (ver Figura 44), e a decisão foi utilizar 92 cm para a área lisa e 
90 cm para a parte que contém a torneira e cuba. Para não haver problemas com o 
menor usuário em alcance essa média fica no máximo da dimensão para ele e como 
também na mínima especificada para o maior usuário, não causando problemas 
para o uso dos dois e nem dos médios usuários. Para visualizar todas as dimensões 
que o trabalho propôs ver os Apêndices A, B e C que apresentam as dimensões 
técnicas da torneira, bancada e sensor. 
 
Figura 44: Altura trabalho brasileiros 
 
Fonte: Itiro Iida 
 
 
 
69 
 
RESULTADOS ALCANÇADOS 
 
 É notório que os nichos de diversos mercados buscam está sempre se 
atualizando com as novas tendências e linguagens visuais que atraiam seu público-
alvo, mas por vezes a questão funcional é menosprezada nas novidades lançadas, 
e como apresentado no nicho de bancadas residenciais também existe essa 
problemática. O desenvolvimento do projeto smart sink com torneira conceitual e 
bancada para banheiro residencial permitiu a resolução de muitos dos problemas 
encontrados justamente nas bancadas atuais por meio das análises realizadas, 
como também obteve êxito no uso de tecnologia e material que visem a 
sustentabilidade, atendendo dessa maneira aos requisitos estabelecidos. Um 
aspecto importante na resolução de problemas é ter em foco as necessidades, 
desejos e dificuldades dos usuários, e esse foi um ponto alcançado pela aplicação 
de ferramentas nesse intuito. 
 Contudo, para desenvolver fisicamente o produto é necessário a realização 
de prototipagem para testes de usabilidade, verificação da propagação de 
luminosidade, testar os encaixes e assim identificar com maior eficácia se há 
pendências e melhorias a serem realizadas. Uma outra questão é que não há 
produção local do produto, pois o Corian é um material com custo elevado (m² custa 
em média R$ 3.000,00) e há poucas empresas no País especializadas. Vale 
mencionar que o custo é elevado, mas como apresentado possui diversas 
qualidades que promovem durabilidade e eficiência por anos permitindo um ótimo 
custo benefício. 
 Uma dificuldade a se relatar no trabalho ocorreu na fase de sketches, pois 
se mantinha o desejo de solucionar todos os problemas criando novas funções para 
eles, no entanto no processo foi explanado o pensamento de “menos é mais” para 
enfim chegar à decisão final do modelo. Um fator interessante foi a utilização de 
diversas ferramentas que auxiliam nas tomadas de decisões e identificações de 
problemas, juntamente com as visitações externas, que permitiram a expansão de 
geração de ideias e uma visualização real dos problemas abordados. 
 
 
 
 
70 
 
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