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Livro Digital: Instalações Prediais

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ACESSE AQUI O SEU LIVRO 
NA VERSÃO DIGITAL!
PROFESSORES
Me. Audrey Cristine Esteves
Esp. Daiane Rodrigues 
Instalações 
Prediais
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3604
FICHA CATALOGRÁFICA
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. 
Núcleo de Educação a Distância. ESTEVES, Audrey Cristine; 
RODRIGUES, Daiane.
Instalações Prediais. 
Audrey Cristine Esteves, Daiane Rodrigues.
Maringá - PR.: Unicesumar, 2021. 
264 p.
“Graduação - EaD”. 
1. Engenharia 2. Instalações 3. Prediais. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 629.8 
CIP - NBR 12899 - AACR/2
ISBN 978-65-5615-339-1
Impresso por: 
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar
Diretoria de Design Educacional
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jd. Aclimação - Cep 87050-900 | Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
 
 
Coordenador de Conteúdo Fábio Augusto Gentilin Designer Educacional Aguinaldo Jose Lorca Ventura Junior Revisão 
Textual Meyre Aparecida Barbosa da Silva, Ariane Andrade Fabreti e Nagela Neves da Costa Editoração Matheus Silva de 
Souza Ilustração André Azevedo, Natalia de Souza Scalassara, Welington Vainer Fotos Shutterstock. 
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
EXPEDIENTE
DIREÇÃO UNICESUMAR
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Design Educacional Débora Leite 
Diretoria Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho Diretoria de Cursos Híbridos Fabricio Ricardo Lazilha 
Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie Fukushima Head de 
Produção de Conteúdo Franklin Portela Correia Gerência de Contratos e Operações Jislaine Cristina da Silva Gerência de 
Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisora de Projetos 
Especiais Yasminn Talyta Tavares Zagonel Supervisora de Produção de Conteúdo Daniele C. Correia
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
Reitor 
Wilson de Matos Silva
Neste mundo globalizado e dinâmico, 
nós trabalhamos com princípios éticos 
e profissionalismo, não somente para 
oferecer educação de qualidade, mas 
também, acima de tudo, gerar a conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. 
Baseamo-nos em quatro pilares: intelectual, 
profissional, emocional e espiritual.
Assim, iniciamos a Unicesumar em 1990, 
com dois cursos de graduação e 180 
alunos. Hoje, temos mais de 100 mil 
estudantes espalhados em todo o Brasil, 
nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Londrina, Curitiba e Ponta Grossa) e em 
mais de 500 polos de educação a distância 
espalhados por todos os estados do Brasil 
e, também, no exterior, com dezenas de 
cursos de graduação e pós-graduação. Por 
ano, produzimos e revisamos 500 livros e 
distribuímos mais de 500 mil exemplares. 
Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 por 
sete anos consecutivos e estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos 
educadores soluções inteligentes para as 
necessidades de todos. Para continuar 
relevante, a instituição de educação precisa 
ter, pelo menos, três virtudes: inovação, 
coragem e compromisso com a qualidade.
Por isso, desenvolvemos para os cursos 
híbridos, metodologias ativas, as quais 
visam reunir o melhor do ensino presencial 
e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão,
que é promover a educação de qualidade
nas diferentes áreas do conhecimento,
formando profissionais cidadãos
que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
BOAS-VINDAS
MEU CURRÍCULO
MINHA HISTÓRIA
Aqui você pode 
conhecer um 
pouco mais sobre 
mim, além das 
informações do 
meu currículo.
Meu nome é Audrey C. Esteves, irei acompanhá-los no 
decorrer deste curso de instalações prediais onde pode-
rei contribuir com minha experiência prática e teórica, 
nas unidades relativas às instalações elétricas prediais.
Meu interesse na área de exatas e, também, por esportes 
sempre foi dividido e, com isso, minhas atividades sem-
pre seguiram este caminho. Desde pequena, fui muito 
curiosa em desmontar coisas, mas, claro, sem sucesso 
em remontar depois. Meu interesse pela ciência iniciou 
logo cedo, em cursos de Astronomia, no planetário de 
São Paulo, quando ainda tinha dez anos de idade. Pa-
ralelamente, o esporte sempre me puxou, ex-atleta de 
voleibol, surf e jiu jitsu, cuja prática é constante até hoje.
Amo Física e Matemática com que iniciei minhas ativida-
des docentes em cursinhos pré-vestibulares, após isso, 
áreas mais técnicas em faculdades, nas engenharias. 
Sempre fui rata de sebo e, hoje, de novas tecnologias 
empregadas na área, então, gosto muito de pesquisar 
novidades, mesmo que não sirvam para nada. Afinal, 
vamos lembrar que a funcionalidade é ótima, mas temos 
uma inclinação para enfeitar coisas.
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/6774
5
MEU CURRÍCULO
MINHA HISTÓRIA
Aqui você pode 
conhecer um 
pouco mais sobre 
mim, além das 
informações do 
meu currículo.
Oi! Eu sou a Daiane. Desde pequena, minha família sem-
pre foi uma grande referência para mim, somos aquela 
família que fala alto, que ama cachorros (nós amamos 
muito cachorros) e que gosta de se reunir, sabe? E os 
meus pais?! São os mais corujas do mundo! Meu irmão 
sempre foi muito ligado à música, e isso me deu um bom 
incentivo para começar a tocar algo, e o instrumento que 
escolhi foi o violão. Não quer dizer que eu toque bem, 
mas dá para brincar um pouco, é um dos meus hobbies. 
Agora, casada, chegou a minha vez de construir minha 
família. Como não poderia faltar, é claro que temos um 
cachorrinho chamado Balu, adotamos ele porque achá-
vamos que seria um cachorro tranquilo e que gostaria 
de colo, mas não poderíamos estar mais enganados, 
o Balu é um furacão. Acredite, ele é pior que o Marley. 
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/6773
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/6773
IMERSÃO
RECURSOS DE
Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo Unicesumar 
Experience para ter acesso aos conteúdos on-line. O download do aplicativo 
está disponível nas plataformas: Google Play App Store
Ao longo do livro, você será convidado(a) a refletir, questionar e transformar. Aproveite 
este momento.
PENSANDO JUNTOS
EU INDICO
Enquanto estuda, você pode acessar conteúdos online que ampliaram a discussão sobre 
os assuntos de maneira interativa usando a tecnologia a seu favor.
Sempre que encontrar esse ícone, esteja conectado à internet e inicie o aplicativo 
Unicesumar Experience. Aproxime seu dispositivo móvel da página indicada e veja os 
recursos em Realidade Aumentada. Explore as ferramentas do App para saber das 
possibilidades de interação de cada objeto.
REALIDADE AUMENTADA
Uma dose extra de conhecimento é sempre bem-vinda. Posicionando seu leitor de QRCode 
sobre o código, você terá acesso aos vídeos que complementam o assunto discutido
PÍLULA DE APRENDIZAGEM
Professores especialistas e convidados, ampliando as discussões sobre os temas.
RODA DE CONVERSA
EXPLORANDO IDEIAS
Com este elemento, você terá a oportunidade de explorar termos e palavras-chave do 
assunto discutido, de forma mais objetiva.
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3881
INICIAIS
PROVOCAÇÕES
Em algum momento, você já parou para pensar em sua casa sem torneiras e 
sem tomadas? 
Pois bem, seria um caos! Para que possamos usufruir destas pequenas parcelas das 
instalações que nos proporcionam conforto e funcionalidade indispensáveis ao nosso 
cotidiano, é necessário todo um planejamento e uma construção. Desse modo, deve-
mos entender como estão dispostas essas instalações dentro da estrutura.
Enquanto tudo funciona,nossa satisfação é plena, porém, e quando as demandas 
começam a aparecer, como devemos agir?
Você já deve ter se deparado com situações cotidianas, como vazamentos, baixa 
pressão no fornecimento de água, tubulações rompidas, mau cheiro em banheiros, 
falta de energia, curtos circuitos entre outras. Qualquer problema ou necessidade que 
envolva parte hidráulica sanitária ou elétrica requer a ação de profissionais capacita-
dos. O princípio dessas instalações não envolve apenas a entrega de água e energia 
a nós, o processo até esse fim é muito mais complexo e organizado.
Tudo que abordaremos nesse curso lhe dará respaldo para atuação e conhecimento 
em sua profissão. Lembre-se de que o abastecimento tanto de água quanto de energia 
são os pilares da construção. Veremos como se dá o abastecimento e a instalação de 
água fria bem como o de água quente para que você possa compreender a cadeia de 
processos até o uso e, ainda, a prevenção de incêndio. Compreenderemos, também, 
como se dá a coleta de esgoto sanitário e de águas pluviais e seus dimensionamentos 
nas obras. Já nas instalações elétricas, abordaremos desde o padrão de entrada da 
concessionária, as divisões dos circuitos no interior das unidades, os sistemas usados 
em proteção, como aterramento e, ainda, como se dá um projeto em iluminação, que, 
além da funcionalidade, proporciona o lado estético.
O objetivo de todo aprendizado é que aumente sua gama de conhecimento e habili-
dades para atuação em sua profissão. Então, vamos lá!
INSTALAÇÕES PREDIAIS
Neste material, você terá acesso a algumas partes de projetos reais para identificação 
de componentes, visualização e organização de cada uma das partes. Então, inicie 
seus estudos sempre na tentativa de antecipação a cada situação abordada nos ca-
pítulos e, no decorrer do curso, você terá plenas condições de elaborar, por etapas, 
um projeto simples.
Sua compreensão acerca destas instalações estará vinculada à sua reflexão sobre todo 
o processo de instalação, cada uma das suas subdivisões, suas escolhas de pontos e 
materiais, além de prever as demandas solicitadas.
Neste momento, você estará adquirindo conhecimentos sobre a importância da con-
fecção de um projeto muito bem elaborado e dimensionado de acordo com as normas 
vigentes, visando sempre à segurança, ao conforto e à satisfação dos clientes, bem 
como a execução de uma obra.
Sua visão ampla dependerá de buscar sempre novas soluções, novas tecnologias ou 
a resolução rápida e com menor custo para atender a toda e a qualquer demanda 
necessária.
Identificaremos e entenderemos, então, situações que possam ocorrer nos sistemas 
de abastecimento, de armazenamento e de coleta, buscando sempre os elementos téc-
nicos necessários para idealização, confecção, interpretação e execução dos projetos.
A interligação e a interdependência de cada uma destas partes desde o abastecimen-
to até a coleta residual, da entrada de energia até sua disponibilização nos pontos 
adequados vão de encontro à logística de usabilidade das instalações.
Um dos pilares de uma boa obra é um anteprojeto, seguido de um projeto detalhado 
sobre a instalação. De acordo com estatísticas de obras, cerca de 80% das patologias 
em estruturas são causadas por falhas nas instalações prediais, o que acarreta um 
alto custo para manutenção, visto que esta é uma parte embutida, e que todas as 
demandas de reformas envolvem, também, o acabamento.
10
A tentativa de desenvolver um material que possa orientar e esclarecer os principais 
desafios, desde a elaboração do projeto hidro-sanitário e elétrico até sua execução, 
exemplificando desde as instalações para fornecimento de água fria, quente e pluvial, 
prevenção de incêndio, esgoto, certificando que o dimensionamento e a escolha dos 
materiais serão adequados, até a escolha dos padrões de energia e de todo o escopo 
a ser empregado nesta instalação, evidenciando as normas brasileiras para que você, 
futuro engenheiro, possa utilizar essas informações em sua prática profissional.
Tenhamos sempre, ao final do processo, uma mente aberta na busca de novas téc-
nicas, diminuição de custos e sustentabilidade, que, hoje, é um aspecto importante 
neste tipo de planejamento. Ser um engenheiro criativo é saber usar os recursos já 
disponíveis com mais eficiência.
Espero que a condução do curso desperte seu interesse em se aprofundar cada vez 
mais nestes conceitos e os transfira para a prática, que torne mais fácil a tomada de 
decisões frente aos desafios encontrados em projetos e obras, que consiga oferecer, 
cada vez mais, melhores opções e serviços a um preço justo e executável, e que sem-
pre tenha em mente que segurança é muito importante e está aliada à qualidade de 
todos os materiais usados.
Caro(a) aluno(a), espero que você tenha a dedicação e o interesse necessários ao 
processo de entendimento do que lhe foi, aqui, apresentado e que, claro, estaremos 
ofertando ao longo destes nove capítulos. Seja bem-vindo ao iniciar mais uma etapa, 
e espero poder ajudar em cada abordagem feita.
Forte abraço!
APRENDIZAGEM
CAMINHOS DE
1 2
4
6
3
5
15
75
45
105
ABASTECIMENTO DE 
ÁGUA FRIA 
INSTALAÇÕES DE 
ÁGUA QUENTE E 
DE COMBATE A 
INCÊNDIOS
INSTALAÇÕES DE 
ÁGUA FRIA 
COLETA DO ESGOTO 
SANITÁRIO 
135 161
COLETA DE ÁGUA 
PLUVIAL 
A ENERGIA 
ELÉTRICA E A SUA 
ALIMENTAÇÃO 
7
9
8
SISTEMAS DE 
ILUMINAÇÃO 
183
233
205
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS PREDIAIS
SPDA – SISTEMAS 
DE PROTEÇÃO 
PARA DESCARGAS 
ATMOSFÉRICAS
1Abastecimento de água fria 
Esp. Daiane Rodrigues
Caro(a) aluno(a), o fornecimento de água à população é de fundamental 
importância para que ela possua um nível de vida satisfatório, uma vez 
que a qualidade de entrega da água está, diretamente, relacionada à 
saúde. Nós a vemos chegando em nossas casas e, muitas vezes, não 
paramos para pensar no longo caminho que ela percorre, e é justa-
mente isso que aprenderemos ao longo dessa unidade, conheceremos 
as instalações prediais e entenderemos como funciona o conjunto de 
tubulações conexões, peças, aparelhos sanitários e acessórios até seu 
ponto de utilização. 
16
UNICESUMAR
A água do seu chuveiro já ficou fraca, enquanto você 
estava coberto de sabão, só porque alguém ligou 
uma torneira lá na cozinha? Acredito que sim. Por 
este motivo, agora, conheceremos um pouco melhor 
a história de João. Ele estava tendo problemas hi-
dráulicos em sua residência e por esta razão, cansado 
de tantas situações desgastantes, ele resolveu se mu-
dar e comprar um novo imóvel. Provavelmente, você 
também já deve ter passado por situações desgas-
tantes, não é mesmo? Talvez você já tenha passado 
por alguma situação em que a vazão de algum outro 
ponto de utilização ficou quase inexistente por ter 
vários dispositivos hidráulicos ligados. Você sabe 
por que isso acontece? Continue lendo este capítulo 
para entender mais sobre este assunto e ajudar João! 
Imagine que o João comprou um apartamento 
e, para verificar o perfeito funcionamento de seu 
novo imóvel, ele foi testar a parte hidráulica para 
compreender a vazão do seu chuveiro, então, ele 
percebeu que ela não estava muito boa e, para sua 
surpresa, sua mulher estava na cozinha ligando a 
torneira quando isso aconteceu.
Descrição da Imagem: à direita está uma torneira aberta com a água escoando, e, à esquerda, um chuveiro aberto com a água escoando.
Figura 1- Torneira e chuveiro ligados ao mesmo tempo
17
UNIDADE 1
Descrição da Imagem: à esquerda, temos uma mulher ensaboando o cabelo e perplexa, pois a água foi interrompida durante seu banho. 
Ela está com o corpo coberto de sabão e com a mão posicionada abaixo do chuveiro, que se encontra no canto direito na parte superior 
da imagem, logo acima de sua cabeça. 
João pensou estar se livrando de alguns problemas que tinha em 
sua antiga residência, mas acabou se deparando com problemas 
parecidos neste novo imóvel. Em algum momento, você deve ter 
percebido a pressão da água chegar de uma forma diferente e não 
entendeumuito bem o porquê de aquilo estava acontecendo, em 
casos mais graves, a vazão pode até se tornar inexistente. Situações, 
como interrupções durante o banho, por conta de uma descarga ou 
abertura de uma torneira, podem ser comuns em uma residência, 
devido à má distribuição de pressão nestes pontos. 
Figura 2 - Água cessada interrompendo banho 
Talvez você até tenha entendido a causa destas situações, como 
o João, que percebeu que isso ocorreu quando sua esposa ligou a 
torneira da cozinha. Tudo isso é resultado de um dimensionamento 
incorreto das tubulações de água (neste caso, água fria). 
18
UNICESUMAR
Bom, mas vamos voltar ao caso do João. Quando ele percebeu que isso aconteceu, foi logo perguntando ao 
corretor qual era a forma como o sistema hidráulico da casa estava ligado, mas ele não o soube responder. 
E você saberia responder a pergunta do João? Se não, a boa notícia é que, nesta unidade, você está prestes 
a entender este e outros conceitos e começar a aprender a forma correta de dimensionar.
Você já teve a curiosidade de saber como a água chega até os pontos de distribuição da sua casa, por 
exemplo torneira e/ou chuveiro? Saiba que isso interfere, diretamente, na vazão que chega até esses pontos. 
Verifique, em sua residência, como a sua água chega até esses pontos. Para esta tarefa, você pode procurar os 
encanamentos aparentes e segui-los, dessa forma, você entenderá melhor o conteúdo ao longo desta unidade. 
E aí? Conseguiu verificar se os encanamentos levam até a caixa d’agua ou até a rua? Ou os dois, por 
exemplo? Você já ouviu falar das ETAS (Estações de Tratamento de Água)? Este é o local de tratamento das 
águas, onde podemos resumir as etapas de tratamento em, basicamente, quatro: coagulação, decantação, 
filtração e desinfecção. 
Nos reservatórios elevados (geralmente, localizados nas cotas mais altas), temos uma tubulação a que 
chamamos rede de distribuição, é ela que conduz a água até as casas, passando por todas as ruas e avenidas 
da cidade. O mais comum em serem encontrados nas residências é o sistema misto, como veremos ao longo 
desta unidade. Esse sistema contempla tanto a caixa d’agua como a água vindo direta da concessionária. 
Provavelmente, ao fazer esta verificação, você deve ter encontrado a sua caixa d’agua. Você consegue 
descobrir qual a capacidade máxima dela? Por que ela possui este tamanho? Qual a importância do ta-
manho da caixa d’água para sua residência? Todos estes questionamentos estão interligados, e você, como 
estudante de engenharia e futuro profissional, conseguirá respondê-los, ao longo dessa unidade, com muito 
mais precisão. Vamos lá? 
DIÁRIO DE BORDO
19
UNIDADE 1
Crescemos ouvindo sobre a importância da água, e, por meio 
de uma simples observação, conseguimos notar a sua necessi-
dade. A água tem sido reconhecida por todos e vem ganhando 
importância ao longo dos anos. Quando a água não apresenta 
tratamento e distribuição adequados, toda a população recep-
tora sofre com isso, pois a saúde e a qualidade da água estão in-
terligadas e, por estar presente em praticamente todas as nossas 
atividades, ela é imprescindível para nossa higiene, além da sua 
diversa importância em outros usos, tais como barragens para 
geração de energia elétrica e, também, combate ao incêndio. 
Poderíamos citar mais inúmeras utilidades que a água apre-
senta para o ser humano e discutirmos a respeito deste assunto 
por páginas e páginas, por este motivo, vamos nos voltar, nessa 
unidade, a alguns pontos específicos desse assunto. 
Descrição da Imagem: à esquerda da imagem, temos uma criança segurando uma escova de dentes ao lado de sua mãe, e ambas estão 
escoradas em uma pia com torneira e prontas para realizar a escovação dos dentes. 
Figura 3 - Mãe e filha utilizando a água para higiene pessoal 
20
UNICESUMAR
O desenvolvimento de um projeto de água fria deve levar em conta diversos fatores, 
como: a preservação da qualidade da água, que deve ser considerada na especificação 
e na seleção dos materiais e na execução, pois, como os componentes estarão em 
constante contato com a água potável, eles não podem alterar o padrão de potabili-
dade, transmitir gosto, cor, odor ou toxicidade à água, nem promover, ou favorecer 
o crescimento de micro-organismos. 
Descrição da Imagem: ao centro, temos uma pia com uma torneira aberta pela qual está saindo água escura, 
sem condições de ser consumida. 
Figura 4 - Água fora dos padrões de potabilidade
DESTAQUE
São preconizados pela NBR 5626 como requisitos essenciais para um projeto de ins-
talações de água fria: 
• Garanta potabilidade dentro dos parâmetros que não interfiram à saúde dos usuários;
• Que tenha previsibilidade de manutenção das partes de todas as partes da instalação;
• Que se evite a interrupção total do fornecimento, mesmo em operações de manu-
tenção;
• Que seja corretamente dimensionado, para uso diário, reservas ou de segurança 
(incêndio quando se aplicar);
• Que atenda Pressões e Vazões, conforme demandas específicas e funções das edi-
ficações; 
21
UNIDADE 1
Um projeto predial de água fria é desenvolvido, em grande parte dos 
casos, partindo de um subsistema para outro sistema maior, de um 
ponto de entrada até seu ponto final de distribuição, englobando, tam-
bém, as instalações prediais de água quente e de combate a incêndio. 
Dessa forma, entenderemos como se dão as distribuições e as entradas 
de água fria para o desenvolvimento apropriado de um projeto. 
Descrição da Imagem: encanamentos vermelhos e azuis sobre uma parede de azulejos, simbolizando, respectivamente, água quente e fria. 
Figura 5 - Tubulações de água quente e fria
Agora, entenderemos melhor a entrada e a distribuição de água fria, e, 
para isso, analisaremos qual a forma de alimentação que pode ser feita 
para este tipo de projeto. Existem duas formas distintas que podem ser 
utilizadas, sendo a primeira delas a rede pública, e a outra um sistema 
particular ou privado. Normalmente, essa segunda opção é utilizada 
em locais em que a rede pública não consegue atender à solicitação. A 
entrada predial de água precisa ser alimentada por um ramal, no caso 
da rede pública de abastecimento, esse ramal será alimentado pela 
própria concessionária, fazendo a ponte entre a entrada do prédio e a 
rede pública de distribuição (CARVALHO JUNIOR, 2011).
22
UNICESUMAR
Figura 6 - Encanamentos vindos da concessionária para o conjunto habitacional 
Descrição da Imagem: ao fundo, temos um conjunto habitacional, e, à frente da imagem, podemos ver dois encanamentos chegando 
para abastecer os prédios. 
As responsabilidades envolvidas em um projeto de água fria são 
muitas, por este fato, o engenheiro deve estar ciente de todas as 
informações pertinentes ao projeto do local que será executado o 
projeto. Deve-se, sempre, solicitar a ligação de água, após realizar 
uma consulta prévia junto à concessionária local para obter todos 
os dados necessários a respeito do fornecimento de água no local 
de execução da obra.
Quanto maior o número de informações necessárias ao projeto 
for adquirida maior a probabilidade de não ocorrerem surpresas 
desnecessárias ao longo do desenvolvimento do projeto. Então, 
é importante obter informações tais como: limitações de vazão, 
do regime de variação de pressões, das características da água, da 
constância de abastecimento, entre outros. 
23
UNIDADE 1
Quando pensamos a respeito da forma como a edificação pode 
ser abastecida, inúmeras perguntas podem nos vir à cabeça, dessa 
forma, é necessário entender como cada uma funciona e quais as 
possibilidades para cada projeto. Segundo Carvalho Júnior (2011), 
é possível admitir três formas de abastecimento: direto, indireto e 
misto, sendo que cada um deve ser estudado a fim de entendermos 
suas vantagens e desvantagens, que devem ser analisadas pelo res-
ponsável em desenvolver o projeto, conforme a realidade local e as 
características do edifício em que esteja trabalhando. 
Quando falamos a respeitodo sistema direto de alimentação da 
rede predial de distribuição, estamos dizendo que ela é feita, direta-
mente, da rede pública de abastecimento, ou seja, o reservatório não 
está incluso na distribuição, pois é inexistente, e a distribuição é feita de 
forma ascendente, com isso estamos dizendo que as peças de utilização 
de água são abastecidas, diretamente, da rede pública. A vantagem de 
utilização desse sistema inclui o baixo custo de instalação, porém, se 
houver qualquer problema que ocasione a interrupção no fornecimen-
to de água no sistema público, o receptor ficará sem abastecimento, ou 
seja, faltará água para os usuários da habitação. 
Tubulação de água fria
Torneira
Registro
Descrição da Imagem: esboço simplificado de uma casa com encanamento; em azul, temos a representação da água fria vindo, 
diretamente, da rua.
Figura 7 - Sistema direto / Fonte: a autora. 
24
UNICESUMAR
Outra alternativa que temos ao projetar um 
sistema é o sistema indireto, neste caso, são 
adotados reservatórios. Como são diversos os 
problemas que podem ocasionar ter uma ali-
mentação por meio da rede pública, este tipo de 
sistema visa minimizar os problemas referentes 
à intermitência ou às irregularidades no abas-
tecimento de água e às variações de pressões. 
Dentro desse sistema, podemos ter algumas 
variações, por exemplo o sistema indireto sem 
bombeamento, quando se tem um reservató-
rio superior, e sabemos que a pressão vinda da 
concessionária é suficiente para alimentar esse 
reservatório e distribuir a água até os pontos 
indicados (CARVALHO JUNIOR, 2011).
O reservatório superior é utilizado para ali-
mentação dos pontos de consumo da residência 
ou das residências, dessa forma, por meio da 
gravidade a água chega até os pontos, por essa 
razão a altura que o reservatório será instalado 
é um fator muito importante para que todo o 
sistema funcione da forma adequada. Esse sis-
tema torna-se interessante, pois quando ocorre 
alguma limitação na entrega de água da rede 
pública, ele consegue garantir, por algum tempo, 
o fornecimento de água, variando com a capaci-
dade do reservatório e o consumo dos usuários, 
sendo assim, esse sistema acaba sendo muito 
utilizado em edificações de até três pavimentos. 
(CARVALHO JUNIOR, 2011).
Outra opção que temos é o sistema indireto 
com bombeamento. Ao contrário do sistema 
sem bombeamento, este é utilizado quando a 
pressão da rede pública não é suficiente para 
alimentar, diretamente, o reservatório superior, 
e, nesse caso, a bomba é utilizada para que a 
vazão necessária chegue até os pontos. O siste-
ma do reservatório superior funciona de forma 
equivalente, onde a água desce por gravidade, 
Figura 8 - Caixa de água 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta, ao centro, um 
reservatório de água simbólico e uma tubulação saindo da 
parte superior da tampa do reservatório. 
porém o diferencial desse sistema é o reserva-
tório inferior, em que a água é bombeada até o 
reservatório elevado, por meio de um sistema 
de recalque. Este tipo de sistema é utilizado em 
edificações com altura superior a três pavimen-
tos ou nove metros. 
E, por último, dentro dos sistemas indiretos, 
temos o sistema indireto hidropneumático, sen-
do esse pouco recomendado visto que possui 
algumas desvantagens, como, ao faltar energia 
elétrica, ele fica inoperante, a não ser que o local 
possua um gerador para alimentá-lo. Esse sistema 
de abastecimento requer um equipamento para 
pressurização da água a partir de um reservatório 
inferior. Ele é adotado sempre que há necessidade 
de pressão em determinado ponto da rede que não 
pode ser obtida pelo sistema indireto por gravida-
de, ou quando, por razões técnicas e econômicas, 
se deixa de construir um reservatório elevado, e, 
por exigir manutenção, acaba não sendo muito 
recomendado (CREDER, 2006).
Agora, o sistema mais utilizado nas residências 
é o sistema de distribuição mista, em que po-
25
UNIDADE 1
demos alimentar a rede de distribuição de duas formas distintas. A 
primeira forma consiste em utilizar a rede pública em conjunto com 
o reservatório superior, o que chamamos de sistema misto. Este tipo 
de sistema apresenta vantagens distintas, pois agrega os benefícios 
contido nos dois métodos, sendo algumas peças alimentadas, direta-
mente, pela rede pública, como torneiras externas, tanques em áreas 
de serviço ou edícula, situados no pavimento térreo, e o restante pelo 
reservatório superior. Nesse caso, teremos uma diferença de pressão 
entre os pontos de abastecimento da casa, pois a pressão na rede pú-
blica quase sempre é maior do que a obtida a partir do reservatório 
superior. Dessa forma, os pontos de utilização que serão abastecidos 
pela rede pública terão uma pressão maior do que os abastecidos pelo 
reservatório. Os reservatórios que utilizamos nos sistemas prediais 
têm sido uma boa solução para fugir de possíveis problemas da rede 
pública, como a falta de abastecimento. 
Reservatório superior
Tubulação vinda
do reservatório
Tubulação de alimentação
da concessionária
Descrição da Imagem: ao centro, uma simbologia representando uma casa de dois pavimentos, com um reservatório na parte 
superior. A residência apresenta dois tipos de alimentação, um vindo direto da concessionária, e outra do reservatório superior. 
Figura 9 - Sistema indireto ou misto / Fonte: a autora. 
26
UNICESUMAR
O sistema direto e o sistema misto costumam ser os mais utilizados, 
sendo o misto o mais indicado para residências, ou o direto e o indireto 
mais indicado para edifícios. Lembrando que é sempre necessário o 
engenheiro responsável pelo projeto analisar as condições existentes 
no local de implantação e a necessidade do projeto desenvolvido para 
validar o melhor sistema indicado para cada caso. O sistema hidrop-
neumático é pouco utilizado, devido ao seu alto custo de implantação 
e inconvenientes necessários à manutenção.
Você já percebeu que o tipo de reservatório possui total importância 
no sistema hidráulico de uma casa, não é mesmo? Agora, imagine a 
confusão que pode ser gerada se ele não for detalhado de forma correta 
dentro dos projetos, ou não tiver um acompanhamento. Ao elaborar 
um projeto de residência, muitos profissionais acabam esquecendo de 
locar a caixa d’água, e, por mais absurdo que isso possa parecer, é um 
erro que acontece com frequência.
Ao realizar a concepção do projeto, é necessário pensar em todos 
os detalhes, inclusive, a caixa d’água, visto que ela necessita de um 
bom espaço para ser alojada. Ao dimensionar, ou alocar o reservatório 
superior, é necessário detalhar alguns itens, como: localização, altura, 
tipo, capacidade etc. Se possível, o aconselhável é procurar a marca e 
a capacidade do reservatório que será utilizado e indicá-lo no projeto 
para que não ocorram imprevistos quanto à execução do projeto. 
Figura 10 - Projetos em desenvolvimento 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta um projeto aberto sobre a mesa e 
alguns outros projetos enrolados, na lateral esquerda; há, também, as mãos do 
projetista segurando um lápis, apoiadas sobre os projetos. 
27
UNIDADE 1
Quando os reservatórios apresentarem uma capacidade maior, 
eles devem ser divididos em dois ou mais compartimentos 
(interligados por meio de um barrilete), pois este espaço é re-
querido para as operações de manutenção sem interrupção na 
distribuição de água. 
Figura 11 - Detalhamento de projetos
Alguns pontos precisam ser verificados para que não seja neces-
sário realizar modificações que possam atrapalhar todo o fluxo 
do projeto, tais como: verificar se será necessário comportar a 
reserva de incêndio, que consiste em um acréscimo de reserva 
além daquela que havia sido prevista para consumo, ou se será 
feita a captação da água das chuvas. Além do dimensionamento 
e da localização dos reservatórios, ele deve prever uma altura 
adequada para o barrilete. Vale ressaltar a importância deste 
ponto, afinal, muitos projetos dimensionam este espaço de forma 
incorreta, pois eledeve conter facilidade de acesso, o que facilita 
as manutenções que deverão ser feitas ao longo de toda vida útil 
da estrutura (CARVALHO JUNIOR, 2011).
Descrição da Imagem: à esquerda, temos metade do corpo de um homem com 
o braço estendido, segurando um projeto em 3D, e, ao redor do projeto, estão as 
anotações do mesmo.
28
UNICESUMAR
Figura 12 - Sobrado em corte com tubulações aparente 
Ao executar o reservatório elevado, o acesso é de extrema im-
portância e deve ser observado e pensado de modo a facilitar a 
entrada dos operadores, como a utilização de escadas ou portas 
independentes. O acesso ao interior do reservatório para ins-
peção e limpeza deve ser garantido, por meio de uma abertura 
mínima de 60 cm, em qualquer direção. Já o reservatório inferior 
também precisa de recomendações específicas, tais como ser 
instalado em locais de fácil acesso, de forma isolada, e afastado 
de tubulações de esgoto para evitar eventuais vazamentos ou 
contaminação pelas paredes. 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta um sobrado cortado ao meio, com as mobílias e as tubulações aparentes. À direita, é 
possível observar as tubulações do banheiro e da lavanderia, e, à esquerda, os mobiliários da sala e do quarto. 
29
UNIDADE 1
Figura 13 - Casa, na Austrália, com reservatório de água 
Descrição da Imagem: a imagem conta com um gramado em toda sua extensão e uma casa localizada ao fundo, com um grande 
reservatório de água no nível térreo e uma cerca de madeira em toda a extensão do terreno. 
Quando os reservatórios estiverem localizados no subsolo, é preciso 
se atentar às elevações das tampas que deverão estar a, pelo menos, 
10 cm em relação ao piso acabado, e nunca no mesmo nível, a fim 
de se evitar a contaminação pela infiltração de água. No projeto, 
deve ser previsto um espaço físico para localização do sistema ele-
vatório, denominado casa de bombas, suficiente para a instalação 
de dois conjuntos de bomba, ficando um de reserva para atender a 
eventuais emergências (CREDER, 2006).
O reservatório inferior é extremamente importante para o sis-
tema elevatório, pois estão interligados, dessa forma, ao projetar o 
reservatório inferior, este aspecto deve ser levado em consideração. 
Quanto às bombas, existem dois tipos básicos de disposição com 
relação ao nível de água do poço de sucção: acima do reservatório; 
em posição inferior, no nível do piso do reservatório (bomba afoga-
da). A disposição mais utilizada é a que está em nível mais elevado, 
que permite melhores condições de manutenção do sistema e de 
seu próprio abrigo (CARVALHO JUNIOR, 2011).
30
UNICESUMAR
Agora que você já entendeu os conceitos relativos aos reservatórios e 
sua importância, vamos à parte prática, o dimensionamento. Prova-
velmente, você estava ansioso para a chegada deste momento, não é 
mesmo? Mas não se engane, os conceitos teóricos são extremamente 
importantes para que o engenheiro seja capaz de dimensionar de forma 
correta, pois, assim, conseguirá se atentar melhor aos detalhes, e não 
somente às contas necessárias. Podemos definir o ato de dimensionar 
como a determinação de dimensões e grandezas. 
Ao projetar as instalações de água fria, os requisitos citados na NBR 
5626 (ABNT, 2020) devem ser atendidos ao serem executados. Sendo 
assim, um bom projeto deve garantir o fornecimento de água sem 
interrupções e em quantidade suficiente, de forma que todo o sistema 
funcione, perfeitamente, além de preservar, rigorosamente, a qualidade 
da água do sistema de abastecimento e dentro do que for possível, 
garantir o máximo de conforto aos usuários, incluindo a redução dos 
níveis de ruído nas tubulações. O dimensionamento das instalações 
prediais de água fria segue, basicamente, duas etapas, as quais conhe-
ceremos a seguir e aprenderemos a iniciar o dimensionamento através 
dos reservatórios (CARVALHO JUNIOR, 2011).
• Necessitam de manutenção;
• Devem preservar a água, garantindo 
isenção das características organolépticas 
(cor, odor e sabor) ou toxinas;
• Apresentar estanqueidade a poeira, 
insetos, líquidos, entre outros;
• Não devem ser apoiados no solo ou 
enterrados (total ou parcial), devido à 
in�ltração, distanciados de pelo
menos 0,60 m.
31
UNIDADE 1
Conforme conversamos, é grande a responsabilidade do projetista 
visto que existe uma série de requisitos que precisam estar de acordo 
com a NBR 5626 – Instalação Predial de Água Fria (ABNT, 2020), que 
estabelece os critérios necessários para dimensionar as instalações 
prediais de água fria, atendendo às condições técnicas mínimas de 
higiene, economia, segurança e conforto aos usuários. 
Quando chegamos ao ponto em que é necessário definir o 
tamanho dos reservatórios, precisamos levar em consideração 
as recomendações da NBR 5626 (ABNT, 2020), pois existe uma 
maneira correta para definirmos o tamanho dos reservatórios 
Inferior e Superior, e ela deve ser seguida. Segundo a NBR 5626 
(ABNT, 2020), a caixa d’água precisa atender a um critério mí-
nimo de abastecimento, que é ser um reservatório capaz de ar-
mazenar água para dois dias de consumo (caso ocorra alguma 
interrupção no abastecimento público de água), o reservatório 
inferior deve ser 3/5 do total de consumo para esse período, e o 
superior 2/5, e, caso seja necessário, ainda deve ser acrescentado 
de 15 a 20% desse total para a reserva de incêndio. 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta, no canto superior direito, um chuveiro aberto, e, abaixo dele, uma pessoa com as mãos 
na cabeça tomando banho. 
Figura 14 - Consumo de água no banho 
32
UNICESUMAR
A seguir, teremos um exemplo para que fique clara a forma como cada orientação deve ser aplicada. 
Realizaremos as operações necessárias em um prédio com reservatório superior de 7000 litros. Neste 
caso, teríamos 1400 litros para reserva de incêndio, ou seja:
7000 x 20/100 = 1400 litros. 
Vamos a outro exemplo prático. Todas as vezes que efetuarmos o dimensionamento, precisamos analisar 
os cômodos e a quantidade de possíveis moradores na residência. Como saber qual a capacidade da 
caixa d’água de uma residência que atenderá duas pessoas? Para isso, existe uma tabela que contém as 
informações de que precisamos para análise, a tabela de estimativa de consumo predial diário mos-
tra-nos o consumo médio em litros/dia em diferentes edificações, então, analisando a tabela, vemos 
que uma pessoa consome, em média, 150 litros de água por dia. 
Tipo de construção Consumo médio (litros/dia)
Alojamentos provisórios 80 por pessoa
Casas populares ou rurais 120 por pessoa
Residências 150 por pessoa
Apartamentos 200 por pessoa
Hotéis (s/cozinha e s/ lavanderia) 120 por hóspede
Escolas - internatos 150 por pessoa
Escolas - semi internatos 100 por pessoa
Escolas - externatos 50 por pessoa
Quartéis 150 por pessoa
Edifícios públicos ou comerciais 50 por pessoa
Escritórios 50 por pessoa
Cinemas e teatros 2 por lugar
Templos 2 por lugar
Restaurantes e similares 25 por refeição
Garagens 50 por automóvel
Lavanderias 30 por kg de roupa seca
Mercados 5 por m² de área
Matadouros - animais de grande porte 300 por cabeça abatida
Matadouros - animais de pequeno porte 150 por cabeça abatida
Postos de serviço p/ automóveis 150 por veículo
Cavalariças 100 por cavalo
Jardins 1,5 por m²
Orfanato, asilo, berçário 150 por pessoa
Ambulatório 25 por pessoa
Creche 50 por pessoa
Oficina de costura 50 por pessoa
Tabela 1- Tabela de estimativa de consumo diário/ Fonte: Tomaz (2000, p.198). 
33
UNIDADE 1
IMPORTANTE:
quando não se sabe quantas pessoas morarão na casa, devemos fazer uma estimativa 
analisando os ambientes do projeto. Agora, voltando ao nosso exemplo, para uma 
residência de duas pessoas, devemos, inicialmente, calcular o consumo diário. Assim, 
devemos multiplicar:
 2 pessoas X 150 litros/dia = 300 litros/dia de consumo de água na casa. 
Lembrando que o reservatório deverá atender à casa por dois dias, e este valor deverá 
ser multiplicado por 2, ou seja: 300 X 2 = 600 litros para dois dias de consumo para 
dois moradoresda casa. 
Neste caso, o consumidor pode optar por uma caixa de 1000 litros ou duas de 500 
litros. Mas se o consumo para dois moradores foi feito e o mínimo solicitado foi 600 
litros, por que o projetista deverá optar por 1000 litros? A resposta é simples: o pro-
jetista deve sempre olhar os modelos disponibilizados. Se o consumo tivesse dado 
800 litros, ele teria que optar por uma de 1000 litros da mesma forma, pois, depois de 
500 litros, a mais comum de ser encontrada é a caixa de 1000 litros. No entanto outro 
ponto importante é nos atentarmos à condição financeira do cliente e sempre usar 
o bom senso ao chegar a um valor final para o tamanho que será utilizado na caixa. 
Você já parou para pensar qual o tamanho da sua caixa d’água e em como ela foi dimensionada? 
Já sofreu com alguma parada de água repentina e ficou sem água em casa? O dimensionamento 
da caixa d’água é importante para situações como essa em que o abastecimento depende, uni-
camente, do reservatório de cada residência. 
Observação: muitas vezes, o projetista precisa utilizar o seu bom senso e realizar uma 
análise diferente da que fizemos anteriormente para definir o tamanho do reservatório. 
Ainda, em nosso exemplo, foi estimado um mínimo de 600 litros por dia, dessa forma, 
poderíamos optar por uma caixa de 500 litros. Caso o cliente não queira desembolsar uma 
quantia maior pelos 100 litros/dia excedentes, devemos lembrar que, além das despesas 
com o reservatório, dependendo do tamanho escolhido, o valor desembolsado para a 
estrutura também aumentará visto que terá que resistir ao peso da caixa. Para efeito de 
comparação, é importante saber que 1000 litros equivalem a 1000 kg. 
34
UNICESUMAR
O valor dimensionado foi de 600 litros, após este dimensiona-
mento, são estimadas as capacidades dos reservatórios inferior 
e superior, então, teremos:
• Reservatório inferior: para calcular o tamanho da caixa 
d’água inferior, devemos achar o valor correspondente a 3/5 
de 600 da seguinte forma: 
3/5 X 600 = 360 litros
 Neste caso, como não se encontra no mercado caixa d’água com 
este volume, deve-se instalar a caixa d’água de 500 litros ou de 310 
litros, conforme conversamos na observação anterior. 
• Reservatório superior: para a caixa d’água superior, o valor 
que devemos encontrar é de 2/5 do consumo, ou seja, 2/5 de 600: 
2/5 X 600 = 240 litros
Também, neste caso, não encontramos, no mercado, caixa d’água 
com 240 litros, portanto, deve-se instalar a caixa d’água de 310 litros 
(CARVALHOJUNIOR, 2011).
Descrição da Imagem: no centro da imagem, é possível observar as mãos de duas 
pessoas segurando cada uma sua escova de dentes. Ao canto direito, a torneira está 
aberta, derramando água sobre as escovas. 
Figura 15 - Casal dividindo a torneira para escovar os dentes
Ao realizarmos a análise total dos reservatórios, verificamos que, se 
for colocada uma caixa d’água de 310 litros tanto no reservatório 
superior como no reservatório inferior, teremos um total de 620 
litros, 20 litros a mais do que foi calculado como o consumo diário 
dos 2 moradores da residência. 
35
UNIDADE 1
TORRE CAIXA D'ÁGUA Obs: Sistema de 
aquecimento solar deverá 
ser dimensionado na 
instalação
DETALHE H3
ESCALA 1:50
Suspiro
A
lim
en
ta
çã
o
2,
50 1,
88
CAIXA D'ÁGUA
Reservatório
de água
quente
Vai para placas solares
Vai para utilização 
Vai para utilização
Figura 16 - Detalhamento de caixa d’água / Fonte: a autora. 
Descrição da Imagem: ao centro da imagem, temos uma caixa d’água e um reservatório de água quente, na parte inferior dela, a 
imagem apresenta dois tipos de encanamentos, os azuis representando as tubulações de água fria, e os vermelhos representando as 
tubulações de água quente. 
Entender a forma que a água chega até nossas torneiras envolve muito mais conceitos de pontos 
de atenção do que você imaginou, não é mesmo? Por este motivo, entender esses conceitos são tão 
importantes para que não ocorram falhas no dimensionamento. Dessa forma, vamos recapitular o 
que vimos até agora:
• - Existem três principais formas de dimensionar o sistema de um local, são eles: os sistemas direto, 
indireto e misto, sendo o sistema direto aquele em que todo o sistema depende da concessio-
nária, exclusivamente; o indireto em que o abastecimento conta com o uso de reservatórios, e 
o misto, que contempla os dois sistemas anteriores. 
• - Quando houver dúvidas em relação ao projeto, o projetista arquitetônico deve ser consultado, 
imediatamente, antes de avançar com o projeto para que não haja incoerências, e as necessi-
dades do cliente sejam respeitadas. 
• - Ao dimensionar a caixa d’água, é necessário ser sensato em relação às necessidades do clien-
te, utilizando tanto do bom senso do projetista como verificando as limitações financeiras do 
projeto/cliente.
36
UNICESUMAR
Vamos entender um pouco melhor a rede de distribuição. Esta 
pode ser compreendida, por meio das canalizações que fazem a 
ligação entre os pontos de consumo ao reservatório da edificação. 
Para que a rede de distribuição seja melhor compreendida, e se-
jam evitados possíveis erros ao estabelecer como serão realizadas 
as ligações, é sempre aconselhável fazer a divisão dos pontos de 
consumo. Uma boa dica para iniciar este estudo é estabelecer 
que os pontos de consumo do banheiro devem ser alimentados 
por uma canalização, e os pontos de consumo da cozinha e da 
área de serviço por outra. Podemos justificar esta separação por 
dois motivos: canalização mais econômica e uso não simultâneo. 
Quanto menor for o número de pontos de consumo de uma 
canalização, menor será seu diâmetro, e, consequentemente, seu 
custo (CARVALHO JUNIOR, 2011).
1,50 0,96 0,78 0,30 0,05
0,
20
0,
800,
90
0,
10
PVC 0,25 mm
Entrada tanque 
A.F. Entrada tanque 
A.F.
Entrada tanque 
A.F.
PVC 0,25 mm
Figura 17 - Pontos de utilização de água fria da lavanderia / Fonte: a autora. 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma tubulação azul à direita, no sentido horizontal, a 0,90 e 0,80m do chão; a tubulação 
apresenta descrição de PVC com diâmetro de 25 mm. 
37
UNIDADE 1
A comunicação entre todos os envolvidos no projeto e na execução deve ser a mais clara possível 
para evitar eventuais equívocos. Assim, os pontos de alimentação devem ser levantados da forma 
correta e, para isso, é interessante que todas as dúvidas sejam esclarecidas antes de iniciar a execução 
junto ao autor do projeto arquitetônico. Caso o projetista tenha dúvidas a respeito de algum ponto, 
o autor do projeto arquitetônico deve ser comunicado para que todas as dúvidas sejam sanadas. 
Agora que você já aprendeu a respeito dos sistemas que estão envolvidos, entenderemos como 
funcionam os aparelhos de medição da água utilizada. O hidrômetro é o aparelho utilizado para 
realizar a medição da água consumida, porém ele precisa ser instalado de acordo com as normas 
vigentes em cada região. 
Já foi muito utilizada a medição de água por meio de um único hidrômetro, porém, ao se 
perceber que este sistema de medição era injusto, pois acabavam pagando, igualmente, sendo que 
nem todos utilizavam a mesma quantidade de água, em alguns locais, eles, porém os medidores 
de água individuais, foram estabelecidos como o único que deve ser utilizado a partir de 2021, 
pois estes apresentam igualdade e justiça no valor cobrado por utilização. 
As edificações mais atualizadas, fazem a individualização dos ramais de entrada, com hidrô-
metro dedicado para cada unidade consumidora, permitindo proporcionalidade de consumo, 
mesmo em edificações de múltiplo uso (edifício verticais e comerciais) por exemplo além da 
leitura individual, tem um hidrômetro em separado para utilização dos serviços em área comum, 
normalmente sendo a taxas cobradas dentro do condomínio. 
Esta individualização de consumos e em hidrômetros específicos, facilita muito a organização 
de manutenção pois, eventuais vazamentos em uma das unidades, não seria necessário, desativar 
toda instalação relacionada as demaisunidades consumidoras, e sim somente aquela que precise 
de manutenção.
Em projetos mais modernos, além da individualização dos hidrômetros, adotam-se logo 
após os hidrômetros, no início de cada ramificação interna 
para unidades consumidora, registros, de controle, 
nas ramificações, para que manutenções parciais 
consigam ser feitas sem desabastecer a uni-
dade. A cobrança de eventuais problemas 
de manutenção e vazamentos são de 
exclusividade de cada unidade, logo, 
obrigando os proprietários, melhorar 
a periodicidade de manutenção das 
instalações sanitárias. é importante 
que os projetistas estejam alinhados 
quanto às necessidades do cliente. Vale 
ressaltar que o ponto de utilização da bacia 
sanitária deve ser deslocado, horizontalmente, 
0,15 m em relação ao eixo da bacia. 
38
UNICESUMAR
 
0,
25
PVC O 22 mm
PVC O 25mm
2,
08
0,
30
0,
58
Entrada pia 
A.Q.
Entrada Pia 
A.F. Entrada V.S.
0,
45
0,
43
PVC O 25mm
PV
C 
O
 2
5m
m
PV
C 
O
 2
5m
m
0,19 0,22 0,64 1,13 0,17 0,14 0
,9
5
0,
88
Figura 18 - Pontos de utilização banheiro / Fonte: a autora. 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta duas tubulações, uma vermelha e outra verde, mostrando os pontos de utilização do 
banheiro com suas respectivas cotas. A 2,08m do chão, é possível perceber o ponto do chuveiro. 
Você conhece a importância e a forma de instalação dos hidrômetros? 
Sabia que os hidrômetros não podem ser colocados de qualquer for-
ma? Isso mesmo! E, caso o engenheiro responsável autorize a insta-
lação do hidrômetro errado, a alteração será inevitável. Que tal saber 
mais a respeito dos padrões de instalações e da importância dos hi-
drômetros? Fique por dentro deste conteúdo acessando o Podcast. 
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/6431
Que tal reforçarmos estes conceitos e aprendermos um pouco mais so-
bre as peças do sistema hidráulico? Assista ao vídeo indicado e visualize 
os conteúdos desta unidade, de forma resumida e didática. 
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
39
UNIDADE 1
As alturas recomendadas para cada ponto de utilização devem ser observadas pelo projetista e podem 
sofrer alterações em função do projeto arquitetônico, por esta razão, é importante que os projetistas 
estejam alinhados quanto às necessidades do cliente. Vale ressaltar que o ponto de utilização da bacia 
sanitária deve ser deslocado, horizontalmente, 0,15 m em relação ao eixo da bacia.
Você viu, ao longo desta unidade, que as instalações de água fria consistem no conjunto de tubulações, 
dispositivos, equipamentos e reservatórios que têm a finalidade de abastecer os pontos de utilização de 
água em uma edificação. Elas começam, na verdade, na definição de qual sistema será utilizado dentro 
da residência para que os outros pontos possam ser definidos dentro do projeto hidrosanitário. Tudo 
deve ser elaborado de modo a tornar o mais eficiente possível a utilização da água, contemplando os 
valores mínimos necessários e suficientes para o bom funcionamento da instalação e para a satisfação 
das exigências do usuário. 
Dessa forma, por meio dos cálculos aprendidos ao longo desta unidade, é possível calcular a quanti-
dade adequada de um reservatório de água para uma família, sabendo, apenas, quantas pessoas estarão 
morando na residência. Podemos citar, também, algo que comentamos, no início dessa unidade, a 
respeito do fluxo de água. Lembra? Este é um problema muito comum dentro das residências, e mui-
tas pessoas afirmam que ele é causado por baixa pressão d’água. Porém o que determina a pressão de 
entrada da água é a altura do reservatório (ou seja, a caixa d’água), dessa forma, como profissional, 
cabe a você realizar esta análise. Ademais, agora, você possui capacidade de analisar a canalização da 
sua residência, conforme propomos no Mão na Massa, verificando se elas estão dispostas da melhor 
maneira para seus respectivos usos. 
O projeto de água fria para o engenheiro civil é muito importante visto que ele está presente, 
obrigatoriamente, em unidades a partir de 100m², e é a partir dele que se escolhe qual sistema será 
utilizado em sua casa, os pontos de utilização e como as tubulações chegarão até cada ponto, além do 
seu dimensionamento, que veremos nas próximas unidades, completando seu conhecimento a respeito 
deste assunto. 
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/6436
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M
A
P
A
 M
EN
TA
L
Agora, é hora de testar seus conhecimentos e fixarmos os assuntos mais importantes estudados 
até aqui. Relembre todos os conceitos que estudamos, no decorrer desta unidade, a respeito 
dos reservatórios e suas aplicações e fique à vontade para fazer anotações pertinentes, que lhe 
ajudarão a reforçar o conteúdo aprendido. Iniciei o Mapa Mental com a intenção de lhe dar um 
direcionamento, mas gostaria que você o completasse. Ok? 
Re
si
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O
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1. A água é essencial para nossa higiene e saúde, fazemos seu uso para escovar nossos dentes, 
tomar banho, limpar a casa, lavar os alimentos entre tantas outras coisas. Por este motivo, 
é importante que o sistema de água de nosso lar esteja, corretamente, dimensionado a fim 
de evitar a escassez deste recurso. A respeito do dimensionamento de reservatórios, analise 
as afirmações a seguir:
I) O sistema de alimentação direto possui como sua principal vantagem o fato de ser conec-
tado, diretamente, com a concessionária.
II) O sistema de alimentação direto possui como sua principal desvantagem ser, unicamente, 
ligado à concessionária. 
III) O sistema misto é o mais indicado e comum para usos residenciais. 
Está correto o que se afirma em:
a) I apenas. 
b) I e II.
c) II e III.
d) III apenas.
e) II apenas. 
2. Ao dimensionarmos um reservatório, é necessário se atentar a alguns itens, entre eles o 
número de moradores que ocuparão a residência, o padrão de consumo da família e o bom 
senso do projetista. Após analisar todos estes fatores, conseguimos obter o correto dimensio-
namento para o reservatório. No caso de uma casa de padrão comum, com três moradores, 
qual seria o tamanho de reservatório adequado? Assinale a alternativa correta. 
a) 1 reservatório de 500 litros.
b) 2 reservatórios de 250 litros. 
c) 1 reservatório de 250 litros. 
d) 1 reservatório de 500 litros e 1 reservatório de 250 litros.
e) 1 caixa de 1000 litros.
42
A
G
O
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A
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 C
O
M
 V
O
C
Ê
3. Para uma obra ser bem executada, é comum que as funções de todos os projetos necessários 
para tal sejam distribuídas entre diferentes projetistas, desta forma, a comunicação entre eles 
é muito importante para evitar que ocorram erros por conta da ausência da comunicação. 
Agora é com você, analise quais afirmações são verdadeiras e quais são falsas, marcando V 
ou F nas afirmativas a seguir: 
 ) ( O projeto arquitetônico não precisa prever a caixa d’água. 
 ) ( A entrada de água compartilhada é o melhor método para realizar a medição de consumo.
 ) ( Quanto maior for o detalhamento do projeto hidráulico, mais confusa será sua execução.
 ) ( A altura da caixa d’água influencia, diretamente, a pressão de água por gravidade.
Está correto o que se afirma em:
a) V, V, V, F.
b) F, F, F, V.
c) F, V, F, V.
d) V, V, F, F.
e) F, F, V, V.
43
C
O
N
FI
R
A
 S
U
A
S 
R
ES
P
O
ST
A
S
1. Alternativa C; o sistema direto possui como desvantagens sua única ligação com a concessio-
nária, pois, em casos de falta de água, ele não possui um reservatório para suprir as necessi-
dades da residência até que a situação normalize. 
2. Alternativa E; 3 pessoas na residência X 150 litros/dia = 450 litros/dia de consumo de água na 
casa. Lembrando que o reservatório deverá atender à casa por dois dias, então, este valor 
deverá ser multiplicado por 2, ou seja: 
450 X 2 = 900 litros para dois dias de consumo para dois moradores da casa. 
Neste caso, o consumidor pode optar por uma caixa de 1000 litros.
3. Alternativa B;o projeto arquitetônico precisa prever a caixa d’água para que tenha o correto 
espaço de posicionamento da mesma, quanto maior o nível de detalhes mais clara se torna 
a execução do projeto, e a entrada de água individual torna mais justo o que é cobrado pelo 
consumo de água. 
44
R
EF
ER
ÊN
C
IA
S
ABNT. NBR 5626 – Sistemas prediais de água fria e água quente – Projeto, execução, operação e manutenção. 
Rio de Janeiro: ABNT, 2020.
CREDER, H. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 6. ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2006. 
CARVALHO JUNIOR, R. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura. 12. ed. São Paulo: Blucher, 
2011.
TOMAZ, P. Previsão do consumo de água. Interface das instalações prediais de água e esgoto com os 
serviços públicos. São Paulo: Comercial editora Hermano & Bugelli Ltda., 2000.
2Instalações de água fria 
Esp. Daiane Rodrigues
Caro(a) aluno(a), nesta unidade, entenderemos como as tubulações 
influenciam em diversos aspectos do uso da água, tais como pressão 
e qualidade da mesma, além de entender a contribuição que as perdas 
de carga têm na pressão da água. É de suma importância o conteúdo 
aprendido neste capítulo visto que serão abordados os dimensiona-
mentos a respeito de perda de carga e diâmetro de tubulação. Desejo 
que você faça um bom proveito desta unidade e saia mais capacitado 
ao fim do seu estudo. 
Imagine que você está elaborando um projeto para uma edificação de dois pavimentos (sobrado), em que 
residirão quatro pessoas, você saberia indicar qual a tubulação correta a ser utilizada em cada ambiente no 
projeto hidráulico? Qual o diâmetro apropriado para utilizar, ou como saber quando alterar o diâmetro da 
tubulação? Estas são algumas perguntas que serão respondidas ao longo dessa unidade. 
Para o engenheiro civil, tanto as áreas mais dedicadas ao projeto quanto a execução são importantes e, 
para isso, todos os processos envolvidos em cada uma de suas atividades precisam ser entendidos em seus 
mínimos detalhes. Somente com a prática, claro, que o entendimento será aperfeiçoado, porém entender a 
teoria é parte fundamental para o sucesso em sua profissão, afinal, um bom engenheiro concilia bem estas 
duas partes: Teoria e Prática. 
Dessa forma, quando você estiver em campo, ou sentado à mesa elaborando um projeto hidráulico, saberá 
como projetar, corretamente, os detalhes e prever possíveis erros que possam ocorrer em seu projeto, ou, 
até mesmo, entenderá como fazer contas rápidas para responder a questionamentos que possam surgir na 
obra e precisam de uma resposta imediata. Para que você saiba dimensionar, corretamente, uma tubulação, 
é necessário que você tenha o conhecimento de algumas tabelas que nortearão seu dimensionamento. 
Para dar início ao projeto, precisamos entender o conceito de demanda do recurso hídrico no uso das 
edificações e, para isto, contamos com uma série de tabelas de apoio (normas e livros especializados) para 
primeiro entender predimensionar o consumo, logo, o que deve ser reservado para consumo, e do ponto 
de armazenamento (caixa d´água) fazer as descidas até os pontos efetivos de consumo. Da caixa d´água até 
os pontos de consumo, precisamos entender além da geometria da tubulação, precisamos elencar todo o 
conjunto de peças que compõe o sistema (tubulações, curvas/cotovelos, válvulas, entre outros) para enten-
der como se dá a vazão e a pressão necessária para cada ponto de consumo (torneiras, chuveiros e demais 
equipamentos) que precisam ser abastecidos.
Por esta razão, o conteúdo que será desenvolvido ao longo desta unidade é tão importante para você 
aluno(a) para que possa ter seus conhecimentos a respeito dos cálculos da rede hidráulica expandidos e 
saiba resolver questões relacionadas a eles tanto no projeto quanto em obra. 
Agora, imagine a seguinte situação: você está em um almoço de família e seus parentes se reúnem à 
mesa com você para almoçar, e, ao longo da conversa, perguntam a você por que a pressão do chuveiro da 
casa do seu tio Celso é tão baixa. Como um engenheiro(a) sensato(a), você responde que diversos podem 
ser os fatores que ocasionam este tipo de situação, então, seu tio começa a lhe contar toda a história da 
construção de sua casa. 
Para iniciar a conversa, ele já vai logo avisando que não fizeram o projeto hidráulico de sua casa, pois, por 
ser uma casa não tão grande, acharam que não seria necessário. Após isso, ele começa a lhe contar como o 
local da caixa d’água, inicialmente proposto perto dos banheiros, foi deslocado, pois não havia pilares para 
apoiá-la e, dessa forma, ela precisou ficar em cima da garagem, no outro lado da casa. E aí, você conseguiria 
começar a responder os questionamentos do tio Celso a partir destas informações que ele lhe apresentou?
Vamos refletir acerca da situação apresentada, mas, em primeiro lugar, é necessário extrair o máximo 
de informações possível. Em todos os problemas que resolveremos como engenheiro(a), precisaremos de 
uma lista de informações, sempre que possível, para que possamos analisar da forma correta o que está 
acarretando a situação em análise. 
46
UNICESUMAR
1. Função da edificação. 
2. Número de usuários. 
3. Consumo per capita.
4. Legislação local ou normativa para o tipo de edificação.
Para dimen-
sionamento da 
reserva de con-
sumo.
1. Instalação do cavalete e do hidrômetro (concessionária) e como ficará a ligação 
até os pontos de reserva (caixa d´água ou cisterna).
2. Localização do ponto de reserva (caixa d´água ou cisterna).
3. Localização dos pontos de consumo.
4. Geometria da tubulação e acessórios interligando a reserva (caixa d´água ou 
cisterna).
5. Vazão necessária nos pontos de consumo.
6. Pressão necessária dos pontos de consumo.
7. Se for fluxo descendente, sem adoção de bomba, verificar posicionamento da 
caixa d´água e verificar vazão e pressão dos pontos de consumo.
8. Se for fluxo ascendente, necessário estudo específico e consulta de catálogo de 
fornecedores para atender a vazão e a pressão dos pontos de consumo.
Para dimensio-
namento da tu-
bulação, todas 
estas variáveis 
são influentes 
sobre a pressão 
e vazão. 
Quadro 1 - Lista de informações / Fonte: a autora. 
Cabe salientar que é apenas um início de coleta de informações, temos que nos preocupar como 
projetista e, depois, como executor deste projeto, o atendimento dos requisitos normativos (ABNT, 
por exemplo), ou mesmo dos requisitos de concessionárias de fornecimento de água locais, ou dos 
códigos de prevenção contra incêndio (variam de Estado para Estado) que podem pedir atendimento 
de requisitos mais específicos, exigindo, ainda mais, o detalhamento dessas informações iniciais.
Após isso, é preciso levar alguns conceitos em consideração, como o que é vazão e pressão, além 
das formulações disponibilizadas, ao longo desta unidade. Faça uma lista dos possíveis problemas que 
possam estar ocasionando o enfraquecimento da pressão de água no chuveiro. 
DIÁRIO DE BORDO
47
UNIDADE 2
As instalações hidráulicas estão inseridas em nosso dia a dia, em nossa rotina e, praticamente, em tudo 
ao nosso redor. Por esta razão, é difícil falarmos a respeito de algum ponto que você não conheça, mas, 
talvez, possamos conversar acerca de circunstâncias que você ainda não havia parado para pensar sobre 
sua importância. Por exemplo, você sabe em que consiste um sistema de distribuição de água? Quero 
dizer, você sabe explicá-lo com propriedade? Provavelmente, você já deve ter ouvido falar de sistema 
de água, porém não deve ter parado para pensar em tudo que ele consiste. 
Segundo Carvalho Júnior (2013), podemos defini-lo como uma rede formada por um conjunto de 
tubulações, conexões, reservatório e bombas hidráulicas, tendo como sua principal função atender os 
pontos ao qual foi projetado dentro dos requisitos solicitados, tais como 
condições sanitárias apropriadas, vazão e pressão. Os detalhes 
relacionados ao sistema de água variam em relação ao local 
em que se encontram, pois são diversos os fatores 
que podeminfluenciar em sua estrutura, mas, 
de modo geral, podemos dizer que são as con-
cessionárias as responsáveis por fazer com que 
a água chegue até a entrada de cada residência, 
onde a instalação do cavalete e do hidrômetro 
são feitas. Até este ponto, a concessionária tor-
na-se responsável para que a água chegue, 
porém, a partir daí, cada consumidor precisa 
zelar por seu ponto de consumo. 
Caso você esteja se questionando a respeito de 
como as decisões são tomadas em torno das 
redes hidráulicas, então, eu preciso lhe res-
ponder que tudo é normatizado. Por exem-
plo, para a regulamentação de projetos de 
rede de distribuição e abastecimento, temos a 
NBR 12218. Esta norma é extremamente impor-
tante, pois é nela que se define uma série de 
critérios importantes para nós, engenheiros 
civis, e sociedade de uma forma geral. Por 
meio dela a rede de distribuição é definida 
como uma “parte do sistema de abasteci-
mento formada por tubulações 
e órgãos acessórios, destinadas 
a colocar água potável à dis-
posição dos consumidores, de 
forma contínua, em quantidade e 
pressão recomendadas” (ABNT, 2020).
48
UNICESUMAR
De acordo com Carvalho Júnior (2013), neste ponto é onde 
a atenção precisa ser redobrada, pois é momento em que temos 
um grande nível de complexibilidade tanto em relação ao di-
mensionamento, como manutenção e operação. Por se tratar da 
parte mais trabalhosa do projeto global de abastecimento, aqui, o 
conhecimento do engenheiro é colocado em prática em relação 
aos parâmetros do sistema, das hipóteses de cálculo assumidas e 
das metodologias, de modo a se obter um projeto eficiente. 
Para iniciarmos o nosso dimensionamento do ramal predial, 
precisamos ter algumas informações já em mãos, e estas foram 
apresentadas na Unidade 1. O dimensionamento do ramal predial 
usará as seguintes informações:
• Consumo diário (CD) do imóvel.
• Pressão disponível da rede de distribuição.
Ainda referenciando Carvalho Júnior (2013) para dimensiona-
mento da rede de distribuição, é preciso atenção sobre alguns 
pontos que discutimos na unidade anterior, tais como altura da 
caixa d’água, distribuição nos pontos de consumo e alimentação 
dos mesmos: “Tal fato se justifica por dois motivos: canalização 
mais econômica e uso não simultâneo. Quanto menor for o nú-
mero de pontos de consumo de uma canalização, tanto menor 
será seu diâmetro e, consequentemente, seu custo” (CARVALHO 
JÚNIOR, 2013, p. 52).
Ao iniciarmos nosso estudo a respeito da rede de distribuição, 
precisamos conhecer o barrilete, que pode ser definido, segundo 
Carvalho Júnior (2013), como sendo o conjunto de tubulações 
que possuem a origem no reservatório e do qual as colunas de 
distribuição se originam, podendo ser concentrado ou ramificado. 
Primeiramente falaremos sobre o barrilete concentrado, como 
o próprio nome diz, ele apresenta uma concentração maior da tu-
bulação em um espaço menor, facilitando, assim, a manutenção e o 
controle do sistema, pois, devido às tubulações estarem próximas, é 
possível criar um local para realizar as manutenções e a segurança 
das tubulações. O barrilete ramificado, por outro lado, apresenta 
suas tubulações mais espaçadas, em que os registros são colocados 
antes do início das colunas de distribuição. Como vantagem, este 
método utiliza um número menor de registros e, por este motivo, 
acaba se tornando mais econômico (CARVALHO JÚNIOR, 2013).
49
UNIDADE 2
Figura 1- Colunas de distribuição
Você observou uma palavrinha diferente ali, quando falamos a respeito do barrilete ramificado? Isso 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta diversas colunas de tubos com um registro fixado em parte da tubulação. 
mesmo, colunas de distribuição. Talvez você tenha lido de forma rápida e não parou para pensar do 
que ela se tratava. Apesar de seu nome dar uma ideia intuitiva do seu funcionamento, elas se originam 
no barrilete e tem por objetivo alimentar os ramais, e estes, os sub-ramais. Vale lembrar que uma re-
sidência possuirá um sistema mais simplificado do que uma edificação de múltiplos pavimentos. Na 
edificação de multiplico pavimentos, a coluna de distribuição é aquela que realizará a distribuição de 
água do barrilete para os ramais dos diferentes andares de uma edificação. 
Por fim, nas peças de utilização, como você pode perceber, o sistema funciona com uma cadeia 
de alimentação, então, você já consegue parar para pensar no que acontece caso algo dê errado nesse 
tempo entre a água sair da caixa d’água e chegar até os pontos de alimentação? Simplesmente, o usuário 
não teria mais água para utilizar, ou teria por algum tempo até a caixa d’água esvaziar por completo. 
Por isso, existem algumas soluções que os engenheiros devem adotar em seus projetos a fim de 
minimizar eventuais desastres que possam ocorrer na rede. Vamos, agora, entender algumas particu-
laridades a respeito das colunas de distribuição. Quando falamos de registro de gaveta, cada coluna 
deve possuir seu próprio registro, e este fica posicionado a montante do primeiro ramal, já as válvulas 
de descarga devem ser exclusivas para cada coluna, pois podem ocorrer problemas nas tubulações, 
como falamos anteriormente. 
A NBR 5626:2020, no item 6.5.12.5, faz recomendação quanto ao sistema de distribuição, indicando 
que ele deve ser setorizado de forma a permitir a operação e a manutenção dos diversos pavimentos 
de forma autônoma. 
50
UNICESUMAR
 “
O sistema de distribuição deve ser setorizado de forma a permitir 
a operação e a manutenção independente de diferentes pavimen-
tos, unidades autônomas ou economias e atividades-fim (ABNT, 
2020, p. 28).
As válvulas de descarga também merecem atenção especial por outro 
motivo, existe um fenômeno conhecido como retrossifonagem, que 
pode ocorrer neste tipo de válvula e é definido como o fenômeno de 
intrusão da água servida na instalação de abastecimento de água po-
tável. Com fim de evitá-lo, existe a recomendação na NBR 5626, muito 
interessante, que é a inserção da ventilação na coluna para instalação 
de válvulas de descarga, conforme figura apresentada.
Descrição da Imagem: a imagem apresenta dois reservatórios, sendo o primeiro apresentando apenas o tubo de ventilação, e o 
segundo reservatório apresenta ramal ramificado com o tubo de ventilação também. 
Reservatório Reservatório 
NA
Tubo de
ventilação 
NA
Alternativa 1 Alternativa 2
Figura 2 - A primeira figura apresenta um esquema de separação atmosférica padronizada, e a se-
gunda imagem apresenta o esquema de ventilação da coluna / Fonte: ABNT (2020, p. 15).
51
UNIDADE 2
Esta solução, além de evitar este fenômeno, ajuda 
no extermínio da formação de bolhas de ar que 
podem ocasionar a redução das vazões nas tubu-
lações, veja o que o autor Junior diz a esse respeito:
 “
Com a ventilação da coluna essas bolhas serão 
expelidas, melhorando o funcionamento das 
peças de utilização. Também no caso de es-
vaziamento da rede por falta de água e, ao ser 
preenchido de água novamente, o ar fica ‘preso’, 
dificultando a passagem da água. Neste caso, 
a ventilação permitirá a expulsão do ar acu-
mulado (CARVALHO JÚNIOR, 2013, p. 54).
Descrição da Imagem: ao centro da imagem, vemos nove tubos de PVC de diferentes tamanhos e espessuras. Todos os tubos 
estão encostados uns nos outros. 
Você já deve ter percebido que a NBR 5626 é 
a nossa bússola de orientação por aqui, não é 
mesmo? Ela também nos traz recomendações 
sobre os tipos de materiais que podem ser em-
pregados nas instalações prediais, essas indi-
cações são feitas com base em três primícias: 
• Potabilidade da água. 
• Desempenhos dos componentes em rela-
ção a água. 
• Desempenho dos componentes em relação 
ao uso.
Figura 3 - Tubos de PVC
52
UNICESUMAR
A escolha do material apropriado ao projeto con-
tará com o conhecimento do projetista em obser-
vância com a norma técnica, visto que é necessário 
observar os benefícios e a adequação dos sistemas 
construtivos utilizados. Todo cuidado na seleção 
de materiais da tubulaçãoé feita a fim de mini-
mizar possíveis erros que possam ocorrer ao qual 
o material possa causar qualquer agravamento. 
Dessa forma, devemos optar sempre pela escolha 
mais segura em observância com a norma. 
A vida útil dos materiais que serão empre-
gados na execução do projeto varia muito, pois 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta quatro tubos de cobre retos e três conectores em cobre. 
Figura 4 - Tubulação hidráulica de cobre 
são diferentes aspectos que contribuem, como 
o tipo de material e o cuidado que será empre-
gado na manutenção e na utilização. Entre os 
materiais mais utilizados dentro dos projetos de 
água fria, pois temos diferentes tipos de acessó-
rios em um projeto, como tubos e conexões e 
válvulas por exemplo, porém, os materiais que 
mais são utilizados são: Cloreto de polivinila 
(PVC rígido), aço galvanizado e cobre. É im-
portante sempre se atentar à norma, pois ela 
apresenta alguns outros tipos de materiais ao 
qual recomenda a utilização. 
53
UNIDADE 2
Segundo Carvalho Júnior (2013), a grande maioria das tubulações destinadas ao transporte de água 
potável são encontradas em tubos de plástico (PVC), que apresentam uma grande vantagem, o fato de 
serem imunes à corrosão. Provavelmente, você já deve ter visto tubos de PVC com grande frequência 
nas tubulações aparentes, pelo fato de ele ser o principal tubo adotado em construções residenciais, 
e, por encontrarmos uma diversidade grande de fabricantes, com algumas marcas um pouco mais 
conhecidas que outras, até pelo padrão de qualidade que apresentam.
Por recomendação normativa, para projeto de instalações de água existe recomendação normati-
va quanto ao tipo de material e sua aplicabilidade. A bitola deve ser obtida pelo cálculo de perda de 
pressão durante o percurso da tubulação do ponto de reserva (caixa d´água ou cisterna) até os pontos 
de consumo, e toda a geometria e os componentes envolvidos. Entre os mais comuns atualmente uti-
lizados em hidráulica predial são:
Nome Aplicação Características
PVC - Policloreto 
de Vinila
Um dos mais populares e comuns 
entre as opções de mercado e uti-
lizado na maioria das construções 
por ser de baixo custo, principal-
mente, quando a temperatura da 
água não excede 25ºC. 
Facilidade de instalação, como na soldagem a 
frio por cola específica em tubos e conexões;
Recomendação de teste de estanqueidade
(NBR 5626) deve ser feito 12 horas após as 
soldagens.
CPVC - 
Policloreto de 
Vinila Clorado
Versatilidade no uso para água 
quente e fria, baixa condutividade 
térmica e suporta temperatura de 
até 80ºC.
Soldagens são realizadas a frio por cola adesiva 
específica.
Recomendação de teste de estanqueidade
(NBR 5626) deve ser feito 12 horas após as 
soldagens.
PEX - Polietileno 
Reticulados 
Flexível
Também apresenta versatilidade de 
uso tanto para transporte de água 
quente ou fria, porém de custo, re-
lativamente, alto, considerando que 
possui alta resistência térmica e su-
porta temperaturas de até 140ºC. 
O acoplamento entre tubo e conexão é feito 
por um equipamento que os une por meio 
de pressão, visto que seu material e formato 
assemelham-se a uma mangueira de jardim; 
sendo maleável, tem flexibilidade de curvaturas 
e facilidade de instalação.
Tem pouco uso de conexões em curvas e uti-
lizadas quando há necessidade de derivações 
e mudanças de sentido da tubulação.
A vantagem é a sua flexibilidade, que facilita o 
acesso para eventuais manutenções, evitando 
quebras.
PPR - 
Polipropileno 
Copolímero 
Random
A união de tubos e conexões é feita 
por termofusão e elimina a necessi-
dade de soldas, pasta, colas, evitan-
do o risco de vazamentos, suporta 
temperatura de até 80ºC. 
Por possuir parede reforçada, mantém a tem-
peratura do fluido, praticamente, constante 
durante todo o percurso.
Quadro 2 - Tipos de materiais e sua aplicabilidade / Fonte: a autora.
54
UNICESUMAR
http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4274
http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4274
Figura 5 - Tubulação de PVC 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta um fundo de madeira e uma tubulação branca passando por cima dele, a tubulação 
está fazendo algumas curvas, e seu material é PVC. 
Agora, falaremos um pouco sobre as vantagens deste tipo de 
tubulação, o tubo de PVC. Como já falamos, possui muitos fa-
bricantes, o que nos permite ter uma variabilidade muito grande 
no mercado na hora de escolher tanto em preço quanto em qua-
lidade. Mas, além deste ponto, podemos citar como vantagens 
desse tipo de tubo: leveza e facilidade de transporte e manu-
seio; durabilidade ilimitada; resistência à corrosão; facilidade 
de instalação; baixo custo e menor perda de carga. As principais 
desvantagens são: baixa resistência ao calor e degradação por 
exposição prolongada ao Sol. Já as principais desvantagens são: 
baixa resistência ao calor e degradação por exposição prolongada 
ao Sol (CARVALHO JÚNIOR, 2013).
55
UNIDADE 2
Outro tipo de tubulação que podemos citar são os tubos 
metálicos, que, assim como os tubos de PVC, apresentam van-
tagens e desvantagens em relação ao seu uso. Carvalho Jú-
nior (2013) diz que podemos citar como vantagens: maior 
resistência mecânica; menor deformação; resistência a altas 
temperaturas (não entram em combustão nas temperaturas 
usuais de incêndio). As desvantagens são: suscetíveis à corrosão; 
possibilidade de alteração das características físico-químicas 
da água pelo processo de corrosão e de outros resíduos; maior 
transmissão de ruídos ao longo dos tubos; maior perda de pres-
são os tubos e conexões de ferro galvanizado, geralmente, são 
utilizados em instalações aparentes e nos sistemas hidráulicos 
de combate a incêndios. 
Nas instalações de água quente, os tubos e as conexões de 
cobre são mais facilmente encontrados, e este será um assunto 
de que falaremos nos próximos capítulos. Mas, apesar de ser 
mais comumente utilizado em águas quentes, também pode 
ser utilizado em água fria. Outro aspecto interessante sobre 
este tipo de tubulação é a respeito da economia que ele traz 
no dimensionamento, pois proporcionam menores diâmetros 
no dimensionamento, porém, é preciso analisar muito bem o 
projeto em questão visto que seu custo é maior que as de PVC. 
Você sabia que mesmo um projeto sendo feito com um 
mesmo tipo de material em suas tubulações, elas podem 
apresentar diferentes durabilidades? Isso ocorre, pois ela 
depende de diferentes fatores, como: junta utilizada, o meio 
ao qual o material foi exposto e natureza química, além do 
uso específico do material que contempla a temperatura 
do líquido que será transportado pela tubulação.
 Fonte: adaptado de Gedore (2016, on-line)1.
56
UNICESUMAR
Independentemente do que o projetista escolher para as instalações, o 
material sempre deve ser verificado, assim como todos os outros pontos 
em conformidade com a NBR em questão. Uma dica interessante é, na 
hora da compra do material, verificar se eles possuem marcação com o 
número da norma da ABNT correspondente e a marca do fabricante. 
Figura 6 - Registro de aço galvanizado em péssimas condições 
devido à falta de manutenção
Descrição da Imagem: ao centro, é possível observar um Registro de aço galvani-
zado em péssimas condições, devido à falta de manutenção, confinado entre dois 
pedaços de madeira. 
Agora que você já conhece um pouco mais sobre os materiais disponí-
veis e as tubulações de um modo geral, conheceremos qual a influên-
cia delas nas pressões dos dispositivos e em seu dimensionamento. 
Você já teve a oportunidade de estar em uma obra no momento da 
instalação hidráulica? Que tal você visualizar um pouco mais a respeito 
de um projeto de instalações hidráulicas em 3D? Eu indico a animação a 
seguir para que você consiga se aproximar um pouco mais da realidade 
de projetos hidráulicos. 
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
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UNIDADE 2
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/6441
Após a escolha do material que será utilizado, o projetista precisa 
ponderar a instalação dos

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