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1 Administração e Economia Para Engenheiros CONCEITOS GERAIS E FUNDAMENTOS SOBRE MICROECONOMIA Prof. Henrique Conteúdo – Aula 03 Unidade 3 – Conceitos gerais e fundamentos sobre microeconomia Seção 3.1 - Fundamentos da matemática financeira Seção 3.2 - Fundamentos gerais relacionados à economia Seção 3.3 - Contextualização histórica da economia Seção 3.4 - Introdução à microeconomia Contextualização • Como o setor da economia se relaciona com a engenharia? • o que é e como a matemática financeira atua sobre a engenharia? • Fundamentos da matemática financeira e sua importância? • Como podem ser controladas todas as entradas e saídas de recursos financeiros da empresa? • O que é um fluxo de caixa? Fundamentos da matemática financeira. Empresas https://images.app.goo.gl/XY3hCxv11HS93N2T7 https://images.app.goo.gl/bVMxqAcyLiTPQCvo8 Controle financeiro https://images.app.goo.gl/Mp3QzEisfMAK6LtM7 https://images.app.goo.gl/p4b964xi2NMXDtHT6 https://images.app.goo.gl/ChikMah5pKAf6qzd7 1 2 3 4 5 6 2 Fonte: Material didático Exemplo de Fluxo de Caixa https://images.app.goo.gl/BfHgkNPsAhmTrpV79 Exemplo de Fluxo de Caixa Fluxo de caixa Outra importante situação, ao se analisar o fluxo de caixa, é a observação do capital de giro, que é aquele recurso que precisa estar disponível para que se mantenham as operações básicas do dia a dia da empresa. capital de giro Recurso financeiro Margem de trabalho mais tranquila Situações indesejadas Possam ser administradas https://images.app.goo.gl/zfKWUHXnrFCVkkyv6 Conceitos Empréstimos Taxas e Juros Juros são os rendimentos do dinheiro, ou seja, algo que alguém ou uma empresa recebe ao disponibilizar algum recurso para outro. A taxa de juros é estipulada de acordo com alguns fatores, tais como: a inflação, contratos ou até mesmo o risco de não receber o dinheiro de volta. https://images.app.goo.gl/4VfVPurvhLUh9nD26 Juros Simples Equação Juros Simples Em que: Jn = Juros P = Valor Presente (Capital inicial) i = Taxas de juros n = tempo de aplicação (número de períodos de incidência da taxa de juros) Montante Juros simples Exemplo: Juros Simples Empréstimo (P): R$100,00. Taxa (i) = 15% a.m. Período (n) = 2 meses Cálculo: Juros Simples Cálculo: Montante Juros Simples Fn = 100 + 30 Fn = R$130,00 7 8 9 10 11 12 3 Juros compostos Exemplo: - Empréstimo (P): R$10.000,00. - Taxa (i) = 10% a.m. - Período (n) = 3 meses Equação Juros Composto Amortização São os pagamentos do principal da dívida, ou seja, do montante emprestado. Não confunda a amortização com a parcela desembolsada total, que pode incluir juros. Os juros não fazem parte da amortização do principal. Se alguém pegar R$ 20.000,00 de financiamento para comprar um veículo e tiver que pagar ao banco um valor total de R$ 35.000,00, teremos que pagar R$ 20.000,00 de amortização e R$ 15.000,00 de juros SAC Fonte: SCHMIDT, A. C., Matemática Financeira, 2019 p. 189 Sistema de Amortização Constante (SAC): O pagamento do empréstimo ocorre por meio de um conjunto de prestações em que as amortizações do saldo devedor são constantes ao longo de todo o período do contrato. SAC – Exemplo Empréstimo = R$ 100.000,00 Tempo = 5 anos. - Juros = 30% a.a. Amortização = R$ 100.000,00/5 Amortização = R$ 20.000,00/ano TP (Tabela Price) O sistema Price, também conhecido como “sistema francês”, consiste no pagamento de um empréstimo por meio de um conjunto de prestações sucessivas e constantes, de modo que a amortização do saldo devedor é realizada ao longo do contrato. Fonte: SCHMIDT, A. C., Matemática Financeira, 2019 p. 191 TP - Exemplo Fonte: SCHMIDT, A. C., Matemática Financeira, 2019 𝑃𝑀𝑇 = 𝑉𝑃 1 − (1 + 𝑖 100 ) 𝑖 100 VP (Valor Presente) = 100.000 i (taxa de juros) = 30% ao ano n (período de pagamento) = 5 anos PMT (valor das prestações) = ? 100.000 100.000 30 30 2,43557 41.058,16 13 14 15 16 17 18 4 TP - Exemplo Todas as prestações são iguais. A amortização é calculada após o cálculo dos juros, sendo a diferença entre a prestação e os juros Fundamentos gerais relacionados à economia. O que é economia? É uma ciência social que estuda de que maneira a sociedade escolhe empregar os recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as pessoas, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Economia: Os recursos de produção, de forma generalista, são a mão de obra (trabalho), a terra, e os equipamentos/máquinas (capital), ou seja, são aqueles fatores indispensáveis para que haja a produção de um bem ou serviço. No entanto, as necessidades do ser humano por bens e serviços são ilimitadas, já que sempre temos de nos alimentar, nos vestir, ter a higiene básica feita, carro, casa... O que é economia? E aí temos, então, o problema de escassez: os recursos produtivos que são usados para produzir bens e serviços são limitados, mas as necessidades humanas por bens e serviços são ilimitadas. Como isso tudo influencia o poder de compra das pessoas, as questões básicas desse problema econômico são: o que produzir, como produzir, quanto produzir e para quem produzir. Fonte: Material didático Sistemas econômicos Os sistemas econômicos são as formas sociais, políticas e econômicas em que uma sociedade está organizada, envolvendo os sistemas de: produção, distribuição e consumo de bens e serviços que são disponibilizados para as pessoas. Sistema Capitalista (Economia de mercado) Sistema Socialista (Economia de centralizada) Fluxo circular de renda Fonte: Garcia e Vasconcellos (2011, p. 10). 19 20 21 22 23 24 5 Demanda Em economia, a intenção de comprar bens e serviços é chamada de Demanda. A demanda é influenciada por muitos fatores: Preço de uma mercadoria; Preço de outra mercadoria renda da população; hábito de consumo; Campanha de marketing; Aumento/diminuição da população, Entre outros. O preço de venda de uma mercadoria é o principal fator que determina a demanda de uma mercadoria! "o que produzir?“: o que as famílias, empresas, governo e outros países têm interesse em comprar. O que é economia? Assim podemos abrir sobre o conceito de oferta e procura. Fonte: Material didático Curva de Demanda Oferta Já a pergunta "como produzir?" está relacionada com a maneira que a empresa vai organizar a sua produção. Em economia, a intenção de produção é chamada de oferta. A oferta é influenciada por vários fatores: Número de novos participantes no mercado; Preço de uma mercadoria; Preço de outra mercadoria; Custos de produção; Descoberta/esgotamento de bacias, jazidas, fontes naturais. O que é economia? Fonte: Material didático Curva de Oferta Vamos abrir uma fábrica? Temos duas opções: Produto A: 0,10/Kg Produto B: 20,00/Kg O custo operacional é o mesmo... E ai? Qual você prefere? Tipos de bens Para responder a pergunta “o quanto produzir”, é necessário falar sobre os três tipos de bens: Bens de capital Bens de consumo Bens intermediários Equilíbrio de mercado Depois que entendemos que existem vários tipos de bens, a economia vai alcançar a quantidade transacionada de cada mercadoria (ou seja, vai responder o quanto ela vai produzir), através do equilíbrio do mercado. Fonte: SILVA, D. F., Economia, 2017 p.89 25 26 27 28 29 30 6 Equilíbrio de mercado No ponto de equilíbrio, produtores maximizam os seus lucros e consumidores maximizam o seu bem-estar. Então, em qualquer ponto fora do equilíbrio, ou consumidor ou produtor está sendo prejudicado Contextualização histórica da economia. História da economia Tal preceito envolvia o acúmulo da riqueza proveniente de metais (até que os metais evoluíram com a criação da moeda). Os mercantilistas diziam que um governo era forte à medida que tinha muito metal em seus estoques. E, com essa visão, a política mercantilista deu origem a muitas guerras. Ainda na fase pré-científica (384 – 322 a.C), com o crescimento das relações comerciaisem diversos locais, aparece o mercantilismo. Ali foi dada uma ênfase à existência do comércio exterior e às transações comerciais internas de uma sociedade, como fator de enriquecimento. Pré-científica Científica-econômica Aristóteles - trata das condições necessárias para a subsistência da família e da cidade. - A sobrevivência de cada família em particular e da cidade como um todo depende de relações de intercâmbio com a natureza e com outros homens. - desigualdade excessiva entre os cidadãos colocava em risco a estabilidade política e a coesão da comunidade 384 a.c. – 322 a.c. Aristóteles Platão - Abordou a vida econômica de uma perspectiva ética, mas seu foco não era a unidade familiar, e sim a pólis. - Deve-se a ele a primeira análise que atribui à divisão social do trabalho o papel de promover a coesão da comunidade. 427 a.c. – 347 a.c. Platão A pólis é o ambiente no qual os homens cooperam entre si para produzir e obter, por meio da troca, os produtos de que necessitam para viver melhor. Xenofonte Cunhou o termo economia, no sentido de gestão dos bens privados, em que um casal deveria dividir as atribuições e responsabilidades perante a sua família. Neste caso, o homem tinha o dever sobre a propriedade, gerando patrimônio e bens, ao passo que a mulher teria o dever sobre o governo do lar, administrando a riqueza trazida pelo homem. 430 a.C. – 354 a.C. Xenofonte A economia para Xenofonte, era basicamente a administração do lar 31 32 33 34 35 36 7 História da economia: Mercantilismo No mercantilismo, os principais pensadores pregavam que a religião deixou de ser a regente da economia, dando espaço para que o Estado assumisse esta função, gerindo as questões sociais e econômicas dos países. Nesta fase, a relação comercial não era mais baseada no escambo, mas na troca de mercadorias por moedas (dinheiro); e foi justamente este o problema do mercantilismo: atribuir grande valor à posse da moeda, ou seja, a concentração da riqueza ganha espaço em detrimento do fator trabalho. Fase científico-econômica A fase científico-econômica é subdividida em: Fisiocracia; Escola clássica; Escola neoclássica; Teoria Keynesiana. História da economia: Fisiocracia “a agricultura é a formadora de riqueza, e outras formas de produção são somente para fazer a transformação das coisas originadas da terra”. A Fisiocracia foi a primeira teoria econômica com caráter científico. A riqueza vem da terra, e daquilo que ela provem. As cidades com fábricas e indústrias servem apenas para processar o a matéria-prima que vem da terra, ou seja, sem terra nada existiria. Assim, com essa produção deveriam ser pagos os donos das terras, que repassavam sua riqueza ao comércio, e que depois a devolviam aos agricultores Escola Clássica: Liberalismo econômico Adam Smith, principal pensador dessa escola, dizia que o crescimento de uma sociedade era guiado por uma “mão invisível”(uma força natural que empurrava a economia, como se fosse uma mão invisível), pois não havia a necessidade da atuação do Estado, já que a riqueza só poderia acontecer com o trabalho humano, e a sua origem era estabelecida pelos valores de troca, e não pela moeda. Na sequência aparece a escola Clássica, que destacava o “liberalismo econômico”, onde as relações de mercado (entre compradores e vendedores) eram eficientes, sem que houvesse a necessidade da participação do governo, intervindo nessas relações. Escola Clássica: Adam Simth - A teoria de Smith afirmava também que a concorrência era salutar. - Adam Smith tinha preocupação em trazer teorias que elevassem a qualidade de vida de todas as pessoas, e não apenas dos nobres. - Em seu livro (The Wealth of Nations (A Riqueza das Nações), trata dos princípios que formaram as análises de valor, juros, lucros, distribuição de trabalho e as rendas originadas das terras. - A constituição das classes. https://images.app.goo.gl/9xJVP3yEMGhcXxeTA História da economia: Teoria Neoclássica Os neoclássicos trouxeram, então, contextos que trazem as realidades de valor, produção e trabalho, e por isso, toda a economia clássica havia sido revisada, reforçando que a ideia das livres relações comerciais garante a alocação eficiente dos recursos No final do século XIX, devido aos diversos novos pensamentos que apareciam, surgiu a teoria neoclássica, que tinha foco em estudos de racionalização dos recursos (que são escassos), trazendo a ideia de que os homens sabem racionalizar seus ganhos e gastos, sendo esse um forte pensamento liberal 37 38 39 40 41 42 8 História da economia: Marx Mais-Valia Surge Karl Marx com os preceitos do socialismo e sua teoria Marxista. Marx trabalhou na análise da teoria objetiva do valor e desenvolveu a teoria da mais-valia do trabalho. Ao pegarmos o preço de venda de todas as mercadorias feitas por um trabalhador em um mês, por exemplo, ele receberia um salário equivalente a 100 horas mensais de trabalho, apesar de ter trabalhado 220 horas (a diferença dessas 120 horas seria a mais- valia do trabalho, que era totalmente apropriada como lucro, pelo dono da empresa). História da economia: Marx e Keynes Dessa forma, Marx tem uma preocupação constante com a distribuição da renda, fazendo com que houvesse o “aparecimento de várias experiências sociais influenciadas pela ideia da valorização do ser humano e do mutualismo, através de cooperativas e associações de produção de socorro mútuo, criadas por trabalhadores, com o intuito de minimizar os efeitos trazidos pelo sistema liberal capitalista. Por volta da década de 1930, a evolução do pensamento econômico ganhou outra grande contribuição, pois os conceitos clássicos já não estavam mais resolvendo os problemas econômicos que estavam sendo apresentados (desemprego involuntário), então surge John Maynard Keynes. História da economia Governo precisa aumentar seus gastos públicos (suas demandas) para gerar emprego e renda para a população. Solicitação de produção de carteira escolar Aumento na demanda = contratação de funcionário (gera empregos) Empregados trabalhando precisam de roupas... Aumento na demanda de roupas nas fabricas... Fábricas de roupas contratam mais pessoas para a demanda. ........ E assim por diante..... Introdução à microeconomia. Microeconomia O engenheiro deve entender que há duas grandes áreas do estudo econômico que são fundamentais para suas ações: a macroeconomia e a microeconomia. A macroeconomia = estudo da economia como um todo. Já a microeconomia é o estudo para entender como se comportam as escolhas individuais dos agentes econômicos (pessoas e empresas). Microeconomia O A estrutura de mercado é o que forma a decisão dos preços, da produção e do investimento das empresas, observando como os concorrentes se comportam. Mercado atomizado Mercado não atomizado Sob a ótica dos produtores, os mercados têm suas estruturas compostas por três variáveis fundamentais: o número de firmas (empresas) produtoras, a diferenciação do produto e a existência de barreiras para entrada de novas empresas. 43 44 45 46 47 48 9 Microeconomia Considerando essas variáveis para a composição do mercado de bens e serviços, a estrutura de mercado pode ser dividida em: • Concorrência perfeita • Monopólio • Concorrência monopolística • Oligopólio. Concorrência Perfeita É um mercado fundamentado pela existência de muitos vendedores e compradores, mas nenhum tem poder o suficiente para determinar, sozinho, os preços das mercadorias, ou seja, as empresas e os consumidores, em conjunto, são os que determinam, no ambiente mercadológico, a quantidade e preço dos bens a serem praticados por todos os agentes. Concorrência Perfeita Outra característica é que há livre entrada e saída de empresas, a qualquer momento. Isso significa que não existem barreiras à entrada, nem à saída. Assim, muitas empresas podem entrar no mercado, aumentando a concorrência. Por outro lado, muitas podem fechar, saindo do mercado. Monopólio O monopólio pode serfacilmente entendido, pois é o mercado composto por uma única empresa produtora de um bem ou serviço. Para a configuração do monopólio também é necessário: A inexistência de bens substitutos perfeitos; Haver barreiras para a entrada de novas empresas nesse mercado. https://images.app.goo.gl/TmXRzy8rdt2WxodS6 Monopólio Isso significa que há uma procura de mercado maior do que a oferta. Assim, o poder de barganha dos produtores perante os demandantes cresce. Portanto, as leis de mercado não se aplicam para o caso de empresas monopolistas. A quantidade de consumidores é elevada na estrutura monopolística . https://images.app.goo.gl/Arrn3MJ7Wwz9FHjo6 Concorrência Monopolística Quando existe um grande número de empresas com a liberdade de entrar e sair desse mercado (característica da concorrência perfeita), oferecendo produtos que não são idênticos, apesar de serem similares (mesma mercadoria, por exemplo, tênis), mas com características diferentes (cores, marcas, tamanhos, etc.), temos um mercado de concorrência monopolística. 49 50 51 52 53 54 10 Oligopólio É quanto um pequeno número de vendedores controlam a oferta de um determinado bem ou serviço. Isso faz com que os oligopolistas se comportem de diversas maneiras quanto ao preço e a competição extra preço. Os oligopólios existem à medida que as empresas formam estrategicamente as suas ações de produção e precificação, sempre de olho nas estratégias dos seus concorrentes https://images.app.goo.gl/CVjdxt7hzobHocCk6 Oligopólio No Brasil, existem leis que proíbem acordos de preços entre empresas, visando proteger o interesse público e a livre concorrência. Essas proibições são chamadas de leis antitrustes que tendem a incentivar a competição em detrimento à cooperação, com a aplicação de práticas de mercado, tais como a fixação de preços de revenda, a aplicação de um corte de preços, que é chamada de determinação de preços predatórios. Monopsônio e o Oligopsônio Ao olhar para os compradores, pode-se ter mais duas estruturas de mercado: Monopsônio Oligopsônio Recapitulando Recapitulando Fluxo de caixa Juros Simples Compostos Amortização SAC TP Fonte: SCHMIDT, A. C., Matemática Financeira, 2019 p. 189, 191 Recapitulando Problemas econômicos fundamentais Oferta e Demanda Fonte: SCHMIDT, A. C., Matemática Financeira, 2019 p. 189, 191 55 56 57 58 59 60 11 Recapitulando Evolução do pensamento econômico 61 62
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